Buscar

Palestra_Sistema Locomotor_20240307 (1)

Prévia do material em texto

07/03/2024
Sistema 
Locomotor
Semana 4
Sarcopenia 
Palestra 1
Maria Helena Durães Alves Monteiro 
maria.duraes@unigranrio.edu.br
1
2
07/03/2024
Tópicos
 Epidemiologia
 Fisiopatologia
 Métodos diagnósticos
 Tratamento
 Prevenção
Sarcopenia
3
4
07/03/2024
Sarcopenia
Conceito
A sarcopenia é uma doença muscular reconhecida
com código de diagnóstico no CID-10 e arraigada em
mudanças musculares acumuladas ao longo da vida.
É um transtorno progressivo e generalizado
da musculatura esquelética, envolvendo uma acelerada
perda de massa, força e função muscular que se associa
ao aumento de desfechos negativos em idosos, como
declínio funcional, fragilidade, quedas e morte. 
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
Epidemiologia
• O diagnóstico da sarcopenia raramente feito ou documentado nos
prontuários médicos.
• Pesquisa recente realizada pela SBGG:
• cerca de 30% dos médicos não especialistas em geriatria
declararam que não sabem fazer o diagnóstico da sarcopenia.
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
5
6
07/03/2024
Etiologia
Primária
• Idade (perda de massa e força 
muscular)
Secundária
• Malnutrição
• Inatividade
• Iatrogenia
• Doenças
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
Etiologia
Causas secundárias
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
7
8
07/03/2024
Etiologia
Causas secundárias
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
Etiologia
Causas secundárias
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
9
10
07/03/2024
Diagnóstico
 Consenso de European Working Group on
Sarcopenia in Older People 2 (EWGSOP2) (2019)
atualizou a definição e o algoritmo para o
diagnóstico de sarcopenia.
 Incorporando o um raciocínio que visa:
“encontrar, avaliar, confirmar e estabelecer a 
gravidade dos casos”, com o objetivo de facilitar 
seu uso em contextos clínicos.
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
Diagnóstico
DEXA: Absorciometria de 
dupla energia por raios X BIA: bioimpedância
TC: tomografia 
computadorizada
RM: ressonância magnética
SPPB: Short Physical
Performance Battery = 
avaliação de performance 
física (inclui velocidade de 
marcha, teste de 
equilíbrio e teste de 
sentar e levantar) 
TUGT: Timed Up and Go 
Test 
Parâmetros que compõem o algoritmo 
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
11
12
07/03/2024
Algoritmo EWGSOP2 modificado para encontrar os casos, fazer o diagnóstico e estabelecer a 
gravidade na prática clínica.
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
Diagnóstico
Primeira etapa – Encontrar o caso
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
13
14
07/03/2024
Diagnóstico
Segunda etapa – Avaliar força muscular
Para avaliar a provável sarcopenia na segunda etapa, o EWGSOP2 recomenda o uso de um 
dinamômetro para medida da força de preensão palmar ou o teste de sentar e levantar da 
cadeira.
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
Diagnóstico
Terceira etapa – Confirmar Quantidade ou Qualidade Muscular
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
15
16
07/03/2024
Diagnóstico
Quarta etapa –Estabelecer a gravidade
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
Abordagem terapêutica
Treinamento 
Programa de Treinamento Progressivo Resistido
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
17
18
07/03/2024
Abordagem terapêutica
Nutricional 
O processo de envelhecimento pode 
contribuir para a redução da ingestão 
alimentar, gerando queda no aporte proteico 
e calórico, associado a modificações no 
padrão alimentar, o que pode favorecer o 
declínio da massa muscular e instalação da 
sarcopenia. 
O processo de envelhecimento pode 
contribuir para a redução da ingestão 
alimentar, gerando queda no aporte proteico 
e calórico, associado a modificações no 
padrão alimentar, o que pode favorecer o 
declínio da massa muscular e instalação da 
sarcopenia. 
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
Abordagem terapêutica
Nutricional 
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
19
20
07/03/2024
Abordagem terapêutica
Nutricional 
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
Abordagem terapêutica
Nutricional 
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
21
22
07/03/2024
Abordagem terapêutica
Nutricional 
A suplementação nutricional é 
indicada nos casos em que a 
ingesta calórica seja menor que 
70% das necessidades diárias. 
Para idosos com desnutrição ou 
em risco de desnutrição, 
fornecer pelo menos 400 
kcal/dia (incluindo 30 g ou 
mais de proteína/dia).
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
Abordagem terapêutica
Manejo da disbiose
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
23
24
07/03/2024
Abordagem terapêutica
Medicamentosa 
Avaliação clínica
Reposição de vitamina D 
em idosos com baixos 
níveis séricos, definidos 
geralmente por valores 
abaixo de 20 ng/ml de 
25(OH) vitamina D
Controversos
insulina, estrógeno, 
testosterona, dehi-
droepiandrosterona
(DHEA), hormônio do 
crescimento (GH), fator de 
crescimento semelhante à 
insulina (IGF-1) e 
paratormônio (PTH).
Em estudo
inibidores da miostatina, 
antagonistas de 
receptores da ativina, 
bloqueadores do sistema 
renina-angiotensina-
aldosterona, moduladores 
seletivos de receptores de 
androgênio.
As evidências científicas atuais são insuficientes para recomendar o uso 
de medicamentos para o tratamento de primeira linha da sarcopenia.
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2021.
Referências
 Alexandre TS, Duarte YA, Santos JL, Wong R, Lebrão ML. Prevalence and associated factors of
sarcopenia among elderly in Brazil: findings from the SABE study. J Nutr Health Aging. 2014
Mar;18(3):284-90. doi: 10.1007/s12603-013-0413-0.
 Moreira VG, Perez M, Lourenço RA. Prevalence of sarcopenia and its associated factors:the
impact of muscle mass, gait speed, and handgrip strength reference values on reported
frequencies. Clinics (Sao Paulo). 2019 Apr 8;74:e477. doi: 10.6061/clinics/2019/e477.
 Avgerinou C. Sarcopenia: why it matters in general practice. Br J Gen Pract. 2020 Mar
26;70(693):200-201. doi: 10.3399/bjgp20X709253.
 Campanha Sarcopenia. Pesquisa DANONE/SBGG, 2021.
 Morley JE. Frailty and sarcopenia in elderly. Wien Klin Wochenschr. 2016 Dec;128(Suppl
7):439-445. doi: 10.1007/s00508-016-1087-5.
 Cruz-Jentoft AJ, Sayer AA. Sarcopenia. Lancet 2019 ; Jun 29; 393(10191): 2636-2646. doi:
10.1016/S0140-6736(19)31138-9
 Cruz-Jentoft AJ, Bahat G, Bauer J, Boirie Y, Bruyère O, et al. Sarcopenia: revised European
consensus on definition and diagnosis. Age Ageing. 2019 Jan 1;48(1):16-31. doi:
10.1093/ageing/afy169. Erratum in: Age Ageing. 2019 Jul 1;48(4):601.
25
26
07/03/2024
Principais defeitos 
congênitos ósseos
Palestra 2
Maria Helena Durães Alves Monteiro 
maria.duraes@unigranrio.edu.br
Tópicos
 Epidemiologia
 Fisiopatologia
 Diagnósticos diferenciais dos defeitos congênitos ósseos.
27
28
07/03/2024
Epidemiologia
Incidência (Brasil)
1,5 a 5,0% de todos os nascimentos
• Defeitos congênitos ou anomalias congênitas são termos
utilizados para descrever erros do desenvolvimento presentes
na ocasião do nascimento.
• Podem se apresentar como defeitos únicos/isolados ou
anomalias congênitas múltiplas.
Fonte: Nazari, E.M. Embriologia humana. UFSC, Florianópolis. 2011. 170 p. 
Classificação
• Defeito morfológico de um órgão, parte 
dele ou de parte maior do corpo, resultante 
do processo de desenvolvimento 
intrinsecamente anormal.
Malformação
• Defeito morfológico de um órgão, parte de 
um órgão ou região maior do corpo, 
resultante da interferência do 
desenvolvimento originariamente normal.
Disrupção
Fonte: Nazari, E.M. Embriologia humana.UFSC, Florianópolis. 2011. 170 p. 
29
30
07/03/2024
Classificação
• Forma ou posição anormal de 
parte do corpo causada por forças 
mecânicas, não disruptivas; 
Deformidade
• Padrão de anomalias múltiplas 
supostamente relacionadas 
geneticamente.
Síndrome
Fonte: Nazari, E.M. Embriologia humana. UFSC, Florianópolis. 2011. 170 p. 
Etiologia
Fonte: Nazari, E.M. Embriologia humana. UFSC, Florianópolis. 2011. 170 p. 
50% 
25%, base genética, 
10%, fatores ambientais / 
teratógenos físicos e 
químicos,
15%, causas multifatoriais.
31
32
07/03/2024
Etiologia
Teratôgenos
É qualquer agente capaz de produzir anomalias congênitas 
ou de aumentar a incidência de uma anomalia em 
determinada população. 
Os mecanismos através dos quais drogas, produtos químicos 
e outros fatores ambientais interferem no desenvolvimento 
embrionário e induzem as anormalidades são ainda bastante 
desconhecidos.
A conscientização das mulheres quanto aos efeitos nocivos 
das drogas, dos produtos químicos e de vírus é fundamental 
na prevenção. 
Fonte: Nazari, E.M. Embriologia humana. UFSC, Florianópolis. 2011. 170 p. 
Etiologia
Teratôgenos
Fonte: Nazari, E.M. Embriologia humana. UFSC, Florianópolis. 2011. 170 p. 
33
34
07/03/2024
Etiologia
Teratôgenos
Fonte: Nazari, E.M. Embriologia humana. UFSC, Florianópolis. 2011. 170 p. 
Principais defeitos congênitos ósseos
Displasias:
•Displasia do desenvolvimento do quadril (DDH)
•Displasia Teratológica do Quadril
•Displasia Neuromuscular do Quadril 
Doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP) 
Osteogênese imperfeita
Torcicolo muscular congênito (TMC)
35
36
07/03/2024
Displasia do desenvolvimento do quadril 
(DDH) (= Luxação Congênita do quadril) (APG)
 Descreve um espectro de condições relacionadas ao
desenvolvimento do quadril em bebês e crianças
pequenas.
 Inclui desenvolvimento anormal do acetábulo e fêmur
proximal e instabilidade mecânica da articulação do
quadril.
Displasias
• Ocorre em associação com várias 
síndromes.
• Ex: Ehlers-Danlos, síndrome de Down, 
artrogripose.
Teratológica do 
quadril
• Ocorre quando há fraqueza e / ou 
espasticidade em alguns ou em todos os 
grupos musculares do quadril.
• Ex: espinha bífida ou paralisia cerebral. 
Neuromuscular 
do quadril
37
38
07/03/2024
Doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP)
Definição 
Síndrome afecção autolimitada de origem idiopática, 
decorrente da interrupção do suprimento sanguíneo arterial 
para a epífise femoral proximal e que resulta em uma área de 
necrose óssea (osteonecrose, necrose avascular) do quadril. 
A necrose avascular também pode ocorrer secundária a uma 
condição subjacente (por exemplo, insuficiência renal, uso de 
glicocorticoides, lúpus eritematoso sistêmico, HIV, doença de 
Gaucher).
Doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP)
Quadro clínico 
Dor no quadril, 
de início agudo 
ou insidioso
Bilateral (10-
20% pacientes)
Crianças (3 e 
12 anos de 
idade)
Incidência: 
entre 5 e 7 
anos
Proporção 
homem / 
mulher: 3-4,1
39
40
07/03/2024
Doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP)
Etiologia 
Etiologia
Permanece 
indefinida
10% dos casos são 
familiares
Os pacientes 
apresentam atraso 
no 
desenvolvimento 
ósseo (idade e 
altura).
Doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP)
Fatores de risco 
Obesidade
imaturidade esquelética
Vulnerabilidade
socioeconômica 
predisposição genética 
41
42
07/03/2024
Doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP)
Fisiopatologia (Hipóteses) 
1) Distúrbio do suprimento sanguíneo da epífise
2) Sinovites recorrentes
• De ocorrência prolongada constituem a condição mais 
aceita (de 1% - 3%).
• A limitação da mobilidade provocada pela sinovite e pela 
irritação do quadril
Osteogênese imperfeita (OI) 
É um distúrbio hereditário do tecido conjuntivo com muitas apresentações 
fenotípicas, frequentemente chamado de "doença óssea quebradiça". 
Os pacientes gravemente afetados sofrem múltiplas fraturas com trauma 
mínimo ou nenhum traumatismo, e os bebês com a pior forma de OI 
morrem no período perinatal. Formas leves de OI podem se manifestar 
apenas com osteoporose prematura ou perda mineral óssea pós-menopausa 
grave. A incidência estimada de OI é de aproximadamente 1 por 20.000 
nascimentos. 
43
44
07/03/2024
45
46
07/03/2024
47
48
07/03/2024
49
50
07/03/2024
51
52
07/03/2024
53
54
07/03/2024
55
56
07/03/2024
57
58
07/03/2024
59
60
07/03/2024
Referências
 GUARNIERO, Roberto. Displasia do desenvolvimento do quadril: atualização.
Revista Brasileira de Ortopedia, v. 45, p. 116-121, 2010. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbort/a/YWFr5m6hrjVT9K7VMBsSWhc/abstract/?lang=pt.
Acesso em 26 abr. 2023.
 LIMA, Emílio Pandeló et al. Uma análise da displasia do desenvolvimento de
quadril no Brasil: revisão de literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 15, n.
7, p. e10698-e10698, 2022. Disponível em:
https://acervomais.com.br/index.php/saude/ article/view /10698 /6320. Acesso
em 26 abr. 2023.
 WATANABE, Cyntia; VERONA, Beatriz Rodrigues. Displasia do desenvolvimento do
quadril. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, 2018. Disponível
em: https://revistas.pucsp.br/RFCMS/article/view/40047. Acesso em 26 abr.
2023.
Para saber mais...
61
62

Continue navegando