Buscar

Responsabilidade Civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anotações sobre Responsabilidade civil
Diante dos fatos apresentados, trata de ação de responsabilidade civil. A responsabilidade civil no sistema jurídico brasileiro foi estruturada com base na regra geral subjetivista cujos pressupostos estão fundados na conduta, nexo causal, culpa e dano. Situações que envolve possibilidade de indenização, com base na teoria da perda de uma chance, considera que quem, de forma intencional ou não, retira de outra pessoa a oportunidade de um dado benefício, devendo responder pelo fato (Brasil, 2002)
De aplicação normalmente complexa, a teoria da perda de uma chance é continuamente analisada em diversos contextos e tem tido ampla aceitação na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (Brasil, 2020).
Grande parte da jurisprudência e da própria doutrina entende que a perda de uma chance pode ser caracterizada quando a probabilidade da oportunidade ultrapassar os 50% (Brasil, 2020).
A teoria da perda de chance está inserida no campo da responsabilidade civil junto com os danos materiais e morais. A doutrina tradicional ou teoria clássica da responsabilidade civil costuma apontar três pressupostos ou elementos essenciais para a caracterização da responsabilidade civil: a ação ou omissão culposa do agente, o dano e o nexo de causalidade entre a ação e prejuízo sofrido pela vítima (Brasil, 2002)
A conduta pode corresponder a uma ação (positiva) ou omissão (negativa), voluntária (dolosa) ou involuntária (culpa stricto sensu: negligência, imprudência ou imperícia), contrária ao ordenamento jurídico, ou, eventualmente, por ato lícito nas hipóteses de responsabilidade civil objetiva, bem como nas hipóteses em que o dever de indenizar decorre de atividades lícitas praticadas em estado de necessidade (art. 188, II, do CC/2002), em que o autor é obrigado a indenizar o dono da coisa (art. 929 do CC/2002) (Brasil, 2002) 
A chance é uma situação em que o desenrolar natural dos fatos propicia uma oportunidade de, no futuro ter um resultado benéfico. A perda de chance corresponde à interrupção desse desenrolar natural dos fatos em razão da conduta antijurídica do agente que destrói essa oportunidade. Na perda de chance, a conduta é, portanto, o comportamento humano capaz de retirar da vítima a chance que ela tinha (Brasil, 2002).
A conduta que erradica a chance pode corresponder tanto na frustração da oportunidade de ter uma vantagem que nunca mais vai se concretizar, como pode refletir na frustração da oportunidade de se evitar um dano que, por isso, se efetivou. (Brasil, 2002)
Diante dos fatos apresentados, podemos considerar que sim, houve má fé por parte da ré, por não ter concedido a oportunidade da autora de comprovar a sua capacidade para ganhar o prêmio máximo, não restando outra opção a não ser a propositura da ação de responsabilidade civil (BRASIL, 2002) 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF: Presidência da República, 10 jan. 2002a. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 07 nov. 2023.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Oportunidades perdidas, reparações possíveis: a teoria da perda de uma chance no STJ. Brasília, DF: STJ, 2020. Disponível em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/09082020-Oportunidades-perdidas--reparacoes-possiveis-a-teoria-da-perda-de-uma-chance-no-STJ.aspx. Acesso em: 07 nov. 2023.

Continue navegando