Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS-AFYA MEDICINA TIC’S SISTEMAS ORGANICOS INTEGRÂDOS III MURILO GABRIEL MARTINS JESUS TIC’S SEMANA 05: MECANISMO DE AÇÃO - ANTIMICROBIANOS Porto Velho-RO 2024.1 MURILO GABRIEL MARTINS JESUS TIC’S SEMANA 05: MECANISMO DE AÇÃO - ANTIMICROBIANOS Atividade apresentada a Sistemas Orgânicos Integrados III do curso de Medicina do Centro Universitário São Lucas como requisito parcial a obtenção de nota para compor a modalidade de TIC’S conforme a semana vigente. Docente: Profª. Aghata Cris Larrana de Farias Gondim Porto Velho-RO 2024.1 S05: “MECANISMO DE AÇÃO - ANTIMICROBIANOS” Caso: Envie aqui um detalhamento sobre o mecanismo de ação dos antimicrobianos conforme o modelo disponibilizado a turma. Os agentes antimicrobianos representam substâncias com a capacidade de impedir o desenvolvimento de microorganismos, podendo ser classificados como substâncias naturais (antibióticos) ou sintéticas (quimioterápicos). Tais substâncias atuam inibindo o crescimento ou causando a destruição dos microorganismos, desempenhando um papel crucial na prevenção de infecções. Existem diversas categorias de antimicrobianos, cada uma atuando por meio de mecanismos específicos. Sendo elas: Desestabilizadores da membrana citoplasmática bacteriana: Exemplificados pelas polimixinas e daptomicinas. As polimixinas interagem com o polissacarídeo da membrana externa das bactérias gram-negativas, retirando cálcio e magnésio, resultando em desestabilização molecular. Por sua vez, as daptomicinas se ligam à membrana celular bacteriana, induzindo rápida despolarização do potencial de membrana, inibindo a síntese de DNA e RNA, e, consequentemente, levando à morte bacteriana. Inibidores da síntese de folato: Os microorganismos também necessitam de ácido fólico para seu crescimento e reprodução, realizando a síntese do folato a partir do ácido p-aminobenzóico (PABA), pteridina e glutamato. Enquanto o organismo humano não tem a capacidade intrínseca de produzir ácido fólico, dependendo da captação do folato pré-formado através da ingestão de vitaminas na dieta. Os antimicrobianos que atuam como antagonistas do folato são categorizados como bacteriostáticos, inibindo a síntese do ácido fólico, sendo representados principalmente pelas sulfonamidas e trimetoprima. Inibição da síntese da parede celular: Pertencentes aos betalactâmicos, interferem na síntese do peptideoglicano, essencial para a integridade da parede bacteriana. Estes antimicrobianos necessitam penetrar na bactéria através das porias da membrana externa, ligando-se e inibindo as proteínas ligadoras de penicilina (PLP) responsáveis pela síntese da parede bacteriana. Inibição da síntese de ácidos nucleicos: Constitui outro mecanismo, onde os antimicrobianos atuam inibindo a ação da DNA girase ou topoisomerase II, enzima crucial para a sobrevivência bacteriana. A falta de replicação das moléculas de DNA, resultante dessa inibição enzimática, é determinante para a morte bacteriana. Inibição da síntese proteica bacteriana: Estes agentes antimicrobianos atuam nos ribossomos das bactérias, as estruturas celulares responsáveis pela fabricação de proteínas. Assim, esses medicamentos exercem um efeito inibitório na síntese proteica bacteriana ao se acoplar e interferir com os ribossomos. A maioria dessas substâncias possui natureza bacteriostática, embora alguns se revelem bactericidas contra organismos específicos. Contrariamente aos ribossomos das células eucarióticas, que compreendem duas subunidades, 60S e 40S, os ribossomos presentes nas células procarióticas consistem em subunidades 50S e 30S. Essa disparidade confere aos antimicrobianos a capacidade de ação seletiva, restringindo a inibição da síntese proteica apenas às bactérias. Integram essa classe os aminoglicosídeos, tetraciclinas, anfenicóis, macrolídeos, lincosamida e oxazolidinonas. REFERÊNCIAS MARQUES, Antonio. Farmacologia Clínica: através da análise dedutiva do fármaco . Barany Editora, 2019. TAVARES, W. . São Paulo. Editora Antibióticos e Quimioterápicos para o clínicoAtheneu. 1ª edição. 2006.
Compartilhar