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Resumão FisioVeg

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Resumão
Fisiologia
Vegetal
Estudo da função fisco-química
Célula vegetal ➔Parede celular (celulose, hemicelulose, peptídeos), cloroplastos, vacúolo.
Podem se especializar (diferenciação).
Transporte passivo ➔ Planta não gasta energia para absorver nem transportar a água. Vai
da maior concentração (maior gradiente de energia) para a menor. Difusão. Água
absorvida por raízes e folhas.
Transporte ativo ➔ Célula gasta energia. Quanto mais alto, maior a energia potencial.
Membrana celular ➔ Delimita a célula, ambientes eletroquímicos distintos dentro e fora
da célula, 2 camadas de fosfolipídeos (parte polar e apolar) e muitas ptn, ptns de
transporte permitem passagem seletiva. Fluida e estável.
Xilema ➔ Transporte de água e nutrientes. Traqueídeos, traqueias, fibras (pontoações
fazem transporte transversal da água). Na maturidade, o conteúdo morre e sobra a
parede, formando sistema de cano (suberina e lignina dão estrutura rígida que aguenta
pressão e vazão da água).
loema ➔ Carrega açúcares da fonte para o dreno (onde a planta precisa e regiões de
crescimento). Células vivas. Fonte são folhas e caule para fotossíntese. Raízes são dreno,
pois não fazem fotossíntese.
1 - Estrutura-Função
1 - Estrutura-Função
Raízes ➔ Fixação, absorção de água e minerais dissolvidos, estoque (açucares excedentes,
amido), condução de água/nutrientes
Amido ➔ Acúmulo energético. Polimerização de açúcar (vários açúcares grudados), pois
açúcar isolado é meio osmótico, na forma de amido é osmoticamente inativo.
Estria de Caspary ➔ Hidrofóbica (suberina/ lignina) impregnada por ceras. Controla a
qualidade da água e minerais para o xilema. 
Eletricamente neutra, dipolo elétrico (O é mais eletronegativo que H, então puxa elétrons
para perto dele). Atração do dipolo da água com a parede celular. 
Estabilidade ➔ Alto calor específico (aquecimento lento da água) e alto calor latente de
vaporização. Resistência à compressão e tensão.
Adesão ➔ Alta atração a superfícies de cargas elétricas livres
Coesão ➔ Atração a outras moléculas de água (pontes de H), andam juntas
Movimento da água sempre passivo (difusão, fluxo de massa)
Difusão ➔ Depende da concentração/ grau de energia cinética. A taxa de difusão é rápida
a curtas distâncias (pequenas moléculas a dimensões celulares), mas muito lenta a longas
distâncias. 
Fluxo de massa ➔ Depende da variação de pressão (quanto mais alto, mais pressão).
Transporte de água a longas distâncias. Aquaporinas (canais de água na membrana). Ex:
rio fluindo, água no xilema.
Potencial químico ➔ Energia livre por mol. Quanto maior o potencial químico, maior a
capacidade de sofrer reações químicas e outros processos.
Potencial de água ➔ Diferença entre o potencial químico da água no sistema (ou solução)
e o potencial químico da água pura.
2 - Água
2 - Água
Processo espontâneo ➔ Maior potencial (energia) para o menor
Potencial químico da água pura = 0
Ψ = Unidade de pressão
Ψ soluções ➔ Negativo, pois algo dilui a água pura e diminui o potencial (ex: sal)
Potencial da água ➔ (Ψ w) = Ψ p - Ψ s
 Ψ p = pressão 
Ψ s ou π = concentração do soluto = C . R . T (concentração, 0,0083 e temperatura + 273)
Célula hipotônica ➔ Acumula H2O até se restabelecer um equilíbrio dinâmico com a água
externa. Célula túrgida. 
Célula hipertônica ➔ Perde H2O até a célula ficar plasmolizada. Célula flácida.
Forças muito altas são necessárias para o transporte da água do solo até as folhas. Porém
forças de resistências contra este movimento: força da gravidade, resistências nas
estruturas internas de vasos (placas de perfuração).
3 teorias ➔ Pressão da raiz (estrias de Caspary), mas serve só para herbáceas;
Capilaridade (pressão por adesão e tensão superficial), mas precisa de diâmetro nunca
encontrado; Adesão-coesão-transpiração (células perdendo água por evaporação, água
vai para as células coesas por osmose numa coluna ininterrupta do solo para folhas.
2 - Água
Pontos críticos ➔ Físicos: colunas capilares de água sob tensão, com abalo mecânico
(cavitação - formação de bolhas na coluna, impedindo transporte de água; perfurações
impedem embolismo). Inverno: congelamento do conteúdo do xilema, na primavera o
fluxo recomeça. Corte de ramos: permite entrada de ar nos vasos, que absorvem a água
quando recolocados em água.
Osmose ➔ Movimento espontâneo da água através de membrana seletivamente
permeável, com fluxo de massa e difusão. Direção e taxa de fluxo são determinadas pelos
gradientes de concentração de água e de pressão (gradiente de Energia livre da água). A
força diretiva é expressa como gradiente do potencial de água. A água move-se da região
de maior potencial químico para de menor potencial, nenhum trabalho está envolvido,
Energia é liberada.
3 - Embebição
Absorção de água por macromoléculas
(substâncias coloidais) por atração elétrica
A força que a água é retirada depende da
natureza da matriz, da carga, do potencial da
água e da distância entre as moléculas de água
e a superfície da matriz.
Sementes secas (sistema coloidal hidrófilo)
retém a água com muita força, formando um
filme de água fino em volta da superfície, com
grande atração elétrica. As moléculas de água
são retiradas por força de adesão.
Há concentração da água por um ordenamento
e disposição mais compacta de moléculas
sobre as superfícies do embebente (semente).
Os coloides hidrófilos mantém a umidade de
água em equilíbrio com a umidade atmosférica
para conservar a água.
Na célula vegetal, há colóides
hidrófilos nas paredes celulares, no
protoplasma e no vacúolo. Essas partes
absorvem e retém água por embebição.
A força de crescimento de órgãos
vegetais novos e de raízes resulta das
forças de embebição das células novas.
As folhas novas têm poder de absorção
de água alto, com pressão de
embebição elevada (células pouco
vacuolizadas), permitindo que
absorvam água de outras partes (folhas
velhas) e reter água com mais energia,
contra a transpiração. Plantas com
resistência à seca possuem alto teor de
colóides hidrófilos em suas células.
3 - Transpiração
É considerável a quantidade de água que é retirada do solo e passa pela planta desde a
germinação da semente até a reprodução. Mas, o uso da água para o seu crescimento e
desenvolvimento é muito menor, considerando as perdas pela transpiração.
A área foliar total de um vegetal mostra o potencial da perda de água por transpiração.
As perdas de água ocorrem de 2 formas: gasosa (vapor de água) ou líquida (gutação). A
predominância é gasosa, por transpiração e estomática, através dos estômatos.
Gutação ➔ Gotas d'água nas margens ou ápice das folhas. Eliminação de gotículas através
dos hidatódios, poro localizado perto de células parenquimatosas de paredes finas e
largos espaços intercelulares (epitema). Ocorre quando as condições são favoráveis à
absorção de água (solo úmido) e desfavoráveis à transpiração (à noite), resultado da
turgescência no interior dos vasos, originada na absorção osmótica de água pelas raízes.
Transpiração ➔ Todas as superfícies em contato direto ou indireto com a atmosfera
perdem maior ou menor quantidade de água. Caules, flores, frutos, transpiram, mas a
perda maior de água por transpiração é através das folhas.
O grau de abertura dos estômatos é variável nas diferentes horas do dia e vai determinar
as variações de perdas de água pelo vegetal.
3 - Transpiração
A transpiração ocorre em duas fases: a evaporação da água para os espaços intercelulares
(os vacúolos estão cheios de água, saturando o protoplasma e as paredes celulares); e a
difusão da água para a atmosfera. 
Transpiração estomática ➔ 90-95% da perda total de vapor de água. A abertura dos
estômatos depende do grau de saturação hídrica das células estomáticas, então pode
haver restrição da transpiração quando houver déficit de água. Folhas murchas perdem
pouca água, pois os estômatos permanecem fechados. As perdas de água à noite também
são pequenas devido ao fechamento dos estômatos, com a falta de luz.
Transpiração cuticular ➔ Quando estômatos estão fechados, é contínua. Cutina na
epiderme, poucopermeável, pode restringir a transpiração. Quanto mais impermeável a
cutícula, mais baixa a transpiração cuticular da folha. Depende da riqueza em substâncias
impermeabilizantes (cutina, ceras), pectinas e celulose. Em plantas de regiões áridas, a
camada de cutina é espessa, diminuindo a transpiração cuticular. A água da chuva embebe
as pectinas da cutícula, aumentando sua permeabilidade, que aumenta a transpiração, e
assim a planta murcha.
3 - Transpiração
Transpiração lenticelar ➔Lenticelas são pequenas aberturas numa camada de súber na
epiderme em caules e ramos, que podem promover a perda de água por transpiração, mas
é bem inferior às outras formas de perdas. Pode ser significativa em plantas decíduas
(com perda acentuada de folhas) nas estações mais secas. Além desses tipos, há
possibilidades de perda por rachaduras na cutícula, ou injúrias nas folhas, por vento,
pragas ou moléstias.
Resistências à perda de água ➔ Superfície evaporante para o meio, devido à camada de ar 
sobre a superfície evaporante: a resistência do ar (R ar). Estômatos (R est) variando em
função do número, tamanho, espaçamento, e,se estão abertos ou não. Pequena quando
estão abertos e grandes quando fechados. Espaços intercelulares (R ei) nas folhas. 
 Cutícula da epiderme (R c), dependendo da espessura, estrutura e composição.
4 - Água/ Solo
Há 16 elementos essenciais, sendo 13 presentes no solo: N, P, K, Ca, Mg, S, Mn, Fe, B, Zn,
Cu, Mo, Cl, C, H, O (os 3 últimos da atmosfera). A maioria encontra-se adsorvidos às
partículas coloidais (matéria orgânica do solo). 
Cálcio ➔ Deficiência: folhas jovens deformadas e necróticas, morte dos meristemas.
Imóvel, então sintomas são nas folhas jovens.
Magnésio ➔ Deficiência: clorose (pouca clorofila), folhas amareladas. Móvel, então
quando em déficit vai das folhas velhas para as novas, e sintomas são nas folhas velhas.
Enxofre ➔ Deficiência: clorose generalizada, pouco crescimento. Imóvel, sintomas nas
folhas jovens.
Potássio ➔ Deficiência: clorose nas folhas mais velhas e manchas necróticas nas margens
Fósforo ➔ Deficiência: intensa coloração verde das folhas nos ápices, malformação e
manchas necróticas. Aspecto roxo-esverdeado. Caules curtos, produção de frutos e
sementes reduzida. Móvel, então sintomas são nas folhas velhas. Excesso: efeito oposto ao
nitrogênio - estimula grande desenvolvimento de raízes em detrimento do caule.
Nitrogênio ➔ Excesso: muito crescimento da folha, se sombreando e atrapalhando na
fotossíntese, clorose na ponta da folha.
4 - Água/ Solo
Ferro ➔ Deficiência:
fitosideróforos produzem
substâncias fenólicas,
transporta Fe na raiz
Cobre ➔ Deficiência:
plantas crescem demais,
cor verde escura,
vulneráveis a doenças
(fungos) oídio, ferrugem
Os macronutrientes (Ca,
Mg) e micronutrientes são
antagonistas, pois o
excesso de um causa a
deficiência do outro.
4 - Água/ Solo
Potencial eletroquímico ➔
Relação entre potencial de
membrana e distribuição
de íons
Gradiente de concentração
(da maior para a menor) 
Transporte passivo
Equação de Nernst
Quando a concentração
interna é quase igual à
concentração interna
prevista, é transportado ou
acumulado passivamente.
Do contrário, são
ativamente acumulados ou
eliminados. 
4 - Água/ Solo
Proteínas transportadoras:
Bombas de prótons ➔ Enzima H+ ATPase. Ativadas por energia química (ATP) ou por
energia luminosa (hidrolisa ATP). Ex: células vegetais e fungos
Carregadoras ➔ Ligam-se ao soluto específico a ser transportado e passam por alteração
conformacional (a lig movimenta a ptn, expondo sítios de lig específicos).
Canais ➔ Formam poros cheios de água que se estendem através da membrana e, quando
abertas, permitem a passagem por eles de solutos específicos.
Simplasto ➔ Integração de retículo endoplasmático entre todas as células, desde a raiz
até a folha. A planta é um simplasto único, parte viva.
Apoplasto ➔ Comunicação com o ambiente através da parede celular.
Transporte passivo ➔ Difusão via apoplástica (parede hidrofílica), simplástica (potencial
do solo maior que da raiz e transporta para a célula; retículo endoplasmático) ou
transmembranar (pela membrana das células).
Na via apoplástica, há uma parede de suberina hidrofóbica barrando a entrada de água,
forçando a entrada via simplástica. Para a água passar, a membrana seleciona.
5 - Floema
Floema ➔ Tecido de condução para o
transporte e distribuição de nutrientes
para áreas de síntese ou órgãos de
reserva, ou seja, áreas de consumo ou
armazenamento, como: folhas novas,
flores, frutos, raízes e sementes.
5 - Floema
5 - Floema
A relação fonte-dreno em plantas lembra um sistema de vasos comunicantes.
As fontes são áreas de produção de fotossintatos onde ocorre a translocação, para áreas
de metabolismo intenso ou órgãos de reserva: dreno. Ela é dreno quando consome mais
que produz, e fonte quando produz mais que consome.
5 - Floema
Carbono e Nitrogênio ➔ Macronutrientes mais importantes, por isso as plantas os
transportam em diversas formas.
As velocidades de transporte no floema são bastante altas, muito além da taxa de
difusão em grandes distâncias. Qualquer mecanismo proposto para translocação no
floema deve levar em conta essas altas velocidades. 
O transporte de sacarose é ativo.
A via simplástica por ser intracelular é mais lenta, mas permite uma absorção seletiva
dos solutos. O transporte apoplástico é feito em contínuo ao longo das paredes
celulares e espaços extracelulares, exceto quando interrompido pelas bandas de
Caspary, bolsas de ar ou cutícula da planta.
Poda ➔ Técnica de manipulação de fontes e drenos utilizada por horticultores com a
finalidade de modificar a partição de assimilados. O objetivo é deslocar os
fotoassimilados para os drenos de interesse e aumentar a produtividade.
É comum eliminar os ramos ladrões em fruteiras perenes e brotações lateiras em
culturas anuais de tomateiro. A poda é útil para quebrar a dominância apical em plantas
ornamentais e frutíferas para incrementar o florescimento e melhor produção de frutos.

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