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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E 
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
UNIDADE III
APLICAÇÃO PRÁTICA
Elaboração
Tarcísio Petter Luiz Franco
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE III
APLICAÇÃO PRÁTICA ..........................................................................................................................................................................5
CAPÍTULO 1 
ELABORAÇÃO DE BASES GEOGRÁFICAS ............................................................................................................................ 5
CAPÍTULO 2 
ANÁLISE ESPACIAL DE DADOS GEOGRÁFICOS ................................................................................................................ 8
CAPÍTULO 3 
INTEGRAÇÃO ............................................................................................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................20
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UNIDADE IIIAPLICAÇÃO PRÁTICA
CAPÍTULO 1 
ELABORAÇÃO DE BASES GEOGRÁFICAS
Uma base cartográfica digital bem elaborada pode contribuir grandemente para 
o desenvolvimento de uma região, no ordenamento e na gestão do território, na 
gestão ambiental, na identificação de público-alvo para políticas públicas, entre 
outros. Nesse sentido, utilizaremos aqui imagens digitais ou bases cartográficas 
digitalizadas na geração de informação. 
Após tratamento das informações, classificação, criação de camadas vetoriais a 
partir de informações secundárias como imagens, cartas digitalizadas, adição 
de camadas já existentes e ainda importação de arquivos de obtenção de dados 
em campo, como GPS, o próximo passo será fazer com que as informações 
cartográficas geradas tenham boa visualização e orientação, auxiliando os 
profissionais e administradores na tomada de decisões. 
Se a apresentação desses resultados for um mapa impresso ou digital, deverá 
conter indicadores que permitam leitura fácil e de forma eficiente das 
informações apresentadas. Cada mapa possui informações que devem ser 
evidenciadas, porém todos devem conter uma formatação com os identificadores 
que são comuns e difundidos aos usuários, por exemplo, norte de orientação, 
grade de coordenadas, legenda e informações cartográficas, como projeção 
cartográfica, escala etc.
Gerar um mapa no QGIS é bastante simples e pode conter quantas informações 
forem necessárias para facilitar a leitura/interpretação. Então, clique em ‘Projeto’ 
→ ‘Novo Layout de Impressão’ para iniciar a formatação do produto final. 
O layout de impressão permite que você adicione elementos como área de 
extensão do mapa, legenda, barra de escala, imagens, formas básicas, setas e 
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UNIDADE III | APLICAÇÃO PRÁTICA
rótulos de texto. Você pode dimensionar, agrupar e alinhar a posição de cada 
elemento e ajustar as propriedades para criar seu modelo. 
O modelo criado pode ser impresso ou exportado para formatos de imagem, 
Postscript, PDF ou SVG, e você pode salvar o modelo e carregá-lo novamente em 
outra sessão. Veja uma lista de ferramentas na Figura 30.
Figura 30. Criando um novo layout de impressão.
Fonte: arquivo do autor.
O compositor de impressão possui uma barra de menus e uma barra de 
ferramentas. Logo abaixo temos a janela que define a ‘Área de Impressão’ e, à 
direita, algumas abas de configuração.
Figura 31. Ferramentas para criação de layout de impressão.
Fonte: arquivo do autor.
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APLICAÇÃO PRÁTICA | UNIDADE III
 » Na aba ‘Modelo’ é possível configurar as dimensões do papel e a qualidade 
de impressão. Também é possível definir uma grade de fundo para auxiliar 
o alinhamento de objetos na área de impressão. Para ligar a grade, utilize o 
menu ‘Visão’, opção ‘Mostrar grade’. 
 » Nela estão disponíveis opções de exportação e também existe a opção de 
‘Atrair para grade’. Para modificar o tipo de grade (pontos, cruzes ou sólido), 
utilize o menu ‘Configurações’ → ‘layout’.
 » Aqui há informações de escala, sistema de referência; a opção ‘Travar 
camadas’ congela as camadas de um item. Dessa forma, podemos alterar 
a visualização das camadas na tela principal do QGIS sem alterar a 
aparência do item. Nessa aba também é possível definir a extensão do mapa, 
configurar uma grade interna, definir posição e tamanho do item, definir 
a existência, ou não, de moldura, definir a cor de fundo (ou a transparência 
se a caixa ‘Fundo’ for desligada), entre outras coisas.
Na aba ‘Guias’, é possível colocar linhas verticais e horizontes que orientarão no 
alinhamento do mapa.
Cada profissional deve criar o compositor de impressão que melhor represente 
as informações do seu produto, porém muitos layouts de mapas se assemelham, 
e, felizmente, o QGIS permite salvar um compositor de impressão para ser 
aproveitado em outros mapas. Melhor ainda: no site da comunidade do QGIS 
no Brasil, os membros criam-no e disponibilizam-no para utilização de demais 
usuários. O modelo ilustrado na Figura 32 foi criado pelo autor desta apostila, 
Tarcísio Franco, utilizando o layout de impressão do QGIS para um estudo de 
impacto em terras indígenas no Ceará.
Figura 32. Modelo de compositor de impressão.
Fonte: arquivo do autor.
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CAPÍTULO 2 
ANÁLISE ESPACIAL DE DADOS GEOGRÁFICOS
Um SIG tem como uma de suas principais características a capacidade de permitir 
análise espacial mediante os dados espaciais e atributos armazenados no banco 
de dados para responder às perguntas, o que ocorre por meio de simulações de 
situações em modelos do mundo real. O objetivo da análise espacial é extrair 
ou questionar informações úteis que satisfaçam às exigências dos objetivos do 
usuário para tomada de decisão técnica, fornecendo subsídios que permitam 
prever acontecimentos. Exemplo prático é a possibilidade de identificar os locais 
onde podem ocorrer inundações devido a chuvas; com o auxílio de informações 
hidrometeorológicas, é possível calcular o tempo e a quantidade de escoamento 
de água e, assim, saber onde e quando ocorrerão as cheias. Essa é uma ferramenta 
fantástica do SIG, a qual salva vidas.
A análise espacial consiste em recuperar, reclassificar, medir, sobrepor, conectar e 
relacionar os dados gráficos e seus atributos por meio de operações que reavaliam 
os valores temáticos nas categorias do mapa, por exemplo, identificar, a partir de 
um modelo digital de elevação cruzado com o mapa de urbanização, onde estão as 
áreas de maior possibilidade de risco de desmoronamentos quando na ocorrência 
de fortes chuvas. O resultado será outro mapa resultado da associação de funções e 
localização de dois ou mais mapas.
O QGIS permite consultas espaciais, exploração interativa de dados, identificação 
e seleção de geometrias, pesquisa, visualização e seleção de atributos, bem como 
criação de simbologia. Além disso, permite o processamento georreferenciado de 
camadas matriciais e vetoriais, como sobreposição, recorte, buffer, amostragem, 
interpolação TIN (Triangular Irregular Network), interpolação IDW (Inverse 
Distances Weight), análise de parâmetros morfológicos e gestão das geometrias 
dos dados associados. Possibilita também manusear camadas raster. 
No QGIS, é instalado automaticamente o complemento/plugin GRASS, que é 
o módulo de interpolação espacial do GRASS GIS. Em sua instalação padrão, 
fornece módulos para interpolação de informações pontuais de tal forma que 
esses dados possam ser extrapolados de forma uniforme na superfície espacial. 
Esse plugin permite o acesso a centenas de comandos e análises espaciais 
complexas, tanto raster como vetorial, incluindo álgebra de mapas, modelação 
hidrológica, interpolação de superfícies, análise de redes, análise de imagem, 
operações de base de dados etc. 
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APLICAÇÃO PRÁTICA | UNIDADE III
Os arquivos, assim que carregados no QGIS, apresentam uma cor única quenem sempre facilita a visualização e a compreensão do tema referente àquele 
mapa, entretanto é possível modificar a apresentação do mapa tornando-a mais 
interessante e realçando as características desejadas por meio dos seus atributos. 
Nesse contexto, no primeiro exemplo, faremos uma classificação categorizada. 
Com o botão direito sobre a feição, clique em 1. ‘Propriedades’; a janela se 
abrirá e, na aba 2. ‘Simbologia’, escolha a opção ‘Categorizado’ e a coluna que 
deseja classificar. Escolha também a graduação de cores que deseja utilizar Cor 
de degradê → 3. ‘Classificar’ → 4. ‘Aplicar’. O resultado pode ser observado na 
Figura 33. 
Outras classificações podem ser feitas em sequências de passos semelhantes. 
Figura 33. Classificação categorizada.
Fonte: arquivo do autor.
Uma ferramenta de grande importância e utilidade é a de recortar camadas, sejam 
elas vetoriais, sejam matriciais. Isso facilita o processamento mais rápido por 
trabalhar sobre a área de interesse. 
O recorte pode ser realizado com um retângulo delimitado para nossa área 
de estudos. 1. ‘Camada’ → ‘Criar Nova Camada’ → ‘Nova Camada Shapefile’. 
Em seguida, na janela que se abrirá, escolha o tipo de camada (nesse caso, 2. 
‘Polígono’). Em seguida, especifique a 3. ‘Projeção’. Importante: caso deseje 4. 
‘Novos Atributos’ à sua feição, essa é a hora. Por fim, finalize 5. ‘OK’.
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UNIDADE III | APLICAÇÃO PRÁTICA
Figura 34. Criando camada vetorial no QGIS.
Fonte: arquivo do autor.
O recorte pode ser feito para os limites da camada criada anteriormente ou para os 
limites de uma feição selecionada de outra camada. No caso desse exemplo, antes 
de iniciar o recorte, foi feita uma seleção da área limite de referência para o recorte 
em seguida 1. ‘Vetor’ → ‘Geoprocessamento’ → ‘Recortar’. Na janela que se abrirá, 
selecione a camada a ser cortada e também o polígono de referência.
Figura 35. Recorte em camada vetorial.
Fonte: arquivo do autor.
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Outro tipo de análise que faremos é de relevo. Para tal, nesse exemplo, utilizamos 
camada vetorial de curvas de nível e análise espacial simples, gerando o Modelo 
Digital de Terreno (TIN).
Na camada vetorial ‘Curvas de Nível’, houve a interpolação. Para isso, clicamos na 
ferramenta 1. ‘Processar’ → ‘Caixa de Ferramentas’. No lado direito do seu projeto 
QGIS, será aberta um guia de ferramentas/algoritmos, na qual você verificará 
‘Interpolar’.
Ao clicar em 2. ‘Interpolação TIN’, abrirá uma janela. Nesta (Figura 36), 
como ‘entrada’, escolhemos a camada vetorial ‘Curva de Nível’ e o atributo de 
interpolação ‘Cota’. 
Pode ser gerado um modelo de elevação para toda extensão da camada, para 
parte visível, ou ainda podemos 3. ‘Selecionar extensão na tela’. Esta nos permite 
solicitar o processamento de uma área do tamanho que desejarmos.
Figura 36. Interpolação triangular para gerar modelo digital de terreno.
Fonte: arquivo do autor.
Feito isso, ‘Executar’ e aguardar o resultado.
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Figura 37. Processamento para gerar modelo digital de terreno.
Fonte: arquivo do autor.
O TIN resultante será apresentado em tons de cinza, então, para melhor 
visualização, na janela de 1. ‘Propriedades’ da camada, altere a graduação 
de cores para apresentação do modelo de elevação. Podemos escolher a 
apresentação em 2. ‘Falsa cor’ como mapa de cor e haverá graduações coloridas 
para os intervalos de altitudes. 
Figura 38. Resultado e configuração de simbologia de representação do modelo digital de elevação.
Fonte: arquivo do autor.
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Leia o manual do usuário do Quantum GIS.
Esses SIGs têm grande quantidade de aplicações; se fôssemos apresentar 
cada uma delas, esta apostila ficaria muito grande e extrapolaria o tempo 
de curso. Dessa forma, fica como sugestão aprender mais sobre essas 
fantásticas ferramentas. Além disso, fundamente mais seus conhecimentos 
sobre o Quantum GIS, que possui muitas aplicações; certamente alguma 
delas será útil ao seu conhecimento acadêmico e também profissional. Então, 
recomendo, além de outras bibliografias, acompanhar o manual do usuário e a 
evolução do Quantum GIS. 
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CAPÍTULO 3 
INTEGRAÇÃO
Além das conexões apresentadas pelos plugins ‘QuickMapServices/OpenLayers’, 
outras formas de integração estão tornando-se comuns, por exemplo, o uso de um 
tipo especial de sistemas gerenciadores de banco de dados e geoserviços.
3.1. Conectar QGIS ao PostGIS
Nos chamados bancos de dados geográficos, em que os sistemas gerenciadores 
possuem módulos espaciais, um dos mais conhecidos é o PostGIS, que é uma 
extensão espacial do PostGreSQL. Ao passo que a área das geotecnologias vem 
desenvolvendo-se, percebeu-se a grande utilidade de conectar os bancos de dados 
geográficos com inúmeros softwares de SIG, não fazendo diferença com o QGIS, 
que é o mais importante software livre de SIG. 
Se você possui conhecimentos em PostGIS, pode criar um banco de dados e dar 
carga de dados geoespaciais, mantendo seus dados salvos em um sistema de 
armazenamento e gerenciamento de dados. Isso possibilitará a conexão por meio 
do QGIS de onde você estiver e permitirá acessos diversos.
Então, apresentamos a seguir o passo a passo para adicionar uma camada de 
armazenado em uma tabela PostGIS para visualização no QGIS:
Utilize o ícone 1. ‘PostGIS’ disponibilizado nas ferramentas de navegação 
conforme ilustrado na Figura 39. Serão disponibilizados os bancos de dados 
com conexão estabelecida (nesse exemplo, ‘tarcisio_posgeo’). Dentro deles, 
são disponibilizados os esquemas; nesse caso, os dados estão salvos em 2. 
‘Public’, e, dentro dele, há as tabelas. A escolhida aqui foi de 3. ‘Municípios’. 
Para adicioná-lo, basta clicar sobre a camada e arrastá-la para a janela principal 
do seu projeto.
Caso não possua conexão configurada a um banco de dados geoespaciais 
existente, clique com o botão direito e insira os parâmetros na janela ‘Criar uma 
Nova Conexão PostGIS’. Então, o programa abrirá uma janela para que sejam 
informados os parâmetros específicos para a nova conexão de seu servidor de 
dados. 
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APLICAÇÃO PRÁTICA | UNIDADE III
Figura 39. Conexão ao banco de dados em PostgreSQL/PostGIS.
Fonte: arquivo do autor.
Os parâmetros a serem inseridos nas lacunas ilustradas na Figura 39 
correspondem a:
 » Nome: a sugestão é que seja utilizado o mesmo nome do banco a ser 
conectado, nome dos dados a serem utilizados ou mesmo o nome do usuário 
do banco, porém a denominação é aleatória, permitindo qualquer nome.
 » Serviço: esse campo pode ser deixado em branco.
 » Máquina: caso a conexão seja na própria máquina do usuário, digite 
‘localhost’; se a conexão for a outro servidor, insira o IP da máquina.
 » Porta: ‘5432’ (padrão do PostGIS), mas pode ser outra porta a ser definida 
anteriormente.
 » Base de dados: nesse campo, insira o nome do banco.
 » Usuário e senha: ao instalar o PostGIS, normalmente são criados ‘usuário’ 
e ‘senha’ com o mesmo nome ‘postgres’, porém se foram definidos senha e 
usuário diferentes no ato de instalação do Postgresql/PostGIS, eles devem ser 
inseridos aqui.
Informados os parâmetros, clique em ‘Testar Conexão’; se aparecer a mensagem 
‘conexão com... foi estabelecida’, clique em ‘OK’.
As tabelas do banco conectadas estarão visíveis, então selecione e arraste a escolhida. 
Com as tabelas adicionadas, você poderá trabalhar nos dados, realizar consultas 
espaciais, exportar seleções, entre muitas outras possibilidades de análises. 
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UNIDADE III | APLICAÇÃO PRÁTICA
O contrário também pode ser feito, isto é, alimentar o seu banco de dados PostGIS 
pelo QGIS. O procedimento é simples; siga os passos abaixo:
Em 1. ‘Banco de Dados’ → ‘Gerenciador de BD’, na janela do gerenciador de banco 
de dados, selecione ‘PostGIS’. Escolha o banco a ser carregado e, em seguida, o 
2. ‘esquema’ de banco no qual deseja dar carga ou descarregar o dado geoespacial, 
conforme ilustrado na Figura 40:
Figura 40. Acessandoo gerenciador de banco de dados geoespaciais PostgreSQL/PostGIS.
Fonte: arquivo do autor.
O próximo passo será escolher qual operação deseja fazer, por exemplo, ‘Criar um 
script’, ‘Importar camada/arquivo’ ou ‘Exportar para arquivo’. Na imagem a seguir, 
será ilustrado o processo de importação de um arquivo vetorial shapefile para um 
banco de dados:
Figura 41. Importando camadas em QGIS para tabelas em BD PostgreSQL/PostGIS.
Fonte: arquivo do autor.
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APLICAÇÃO PRÁTICA | UNIDADE III
Clique em ‘Banco de Dados’ → ‘Gerenciador BD...’; em seguida, selecione o 
‘Esquema’ no qual deseja armazenar sua tabela. Então, informe os ‘Fonte SRID’ e 
‘SRID de destino’. 
Outro parâmetro importante é a ‘Codificação’. Além disso, também foi solicitada a 
criação de um ‘Índice Espacial’ para melhorar a performance na busca dos dados. 
Por fim, clique em ‘OK’.
A camada importada pode ser visualizada no QGIS ao conectar o banco e 
adicioná-la ao seu projeto.
Figura 42. Visualizando tabelas em BD PostgreSQL/PostGIS.
Fonte: arquivo do autor.
Ao selecionar o arquivo e clicar em adicionar, as camadas vetoriais estarão 
disponibilizadas para visualização e manuseio no projeto QGIS. 
3.1.1. Conectar QGIS a geoserviços externos
Os geoserviços via web, WMS, WFS e WCS são fornecidos por um servidor e 
conectados por meio da rede. A resposta é fornecida em formato de arquivos XML, 
em estrutura Simple Object Access Protocol (SOAP), um padrão de comunicação 
especificado por meio de serviços web (web services). Nesse contexto, a resposta 
ao geoserviço varia de acordo com os protocolos do OGC (Open Geoespacial 
Consortium) utilizados.
O OGC é uma instituição que congrega empresas, órgãos governamentais e 
universidades com o objetivo de definir padrões na área de geotecnologias. Uma 
das ações do OGC é a definição de “web services” voltados para a informação 
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cartográfica. Com o estabelecimento desses padrões, é possível criar softwares 
que realizam a integração de dados.
Os principais padrões de armazenamento de camadas definidos pelo OGC são:
 » WMS – Web Map Service: fornece mapas digitais na forma de imagens 
que permitem somente leitura.
 » WFS – Web Feature Service: fornece dados no formato GML, isto é, 
vetores que permitem leitura e alterações.
 » WCS – Web Coverage Service: aprimora o padrão WMS e fornece 
imagens com valores que indicam propriedades geográficas, não apenas 
valores referentes a uma determinada cor. As imagens disponibilizadas em 
WCS permitem leitura e alterações.
O acesso a esses geoserviços pode ser feito por softwares de processamento 
geográfico, livres ou adquiridos, como QGIS e outros, ou simplesmente 
navegadores web, o que permite o acesso a interfaces do tipo WebSIG.
No QGIS, a conexão com web services é feita pelos seguintes ícones:
Figura 43. Conexão a geoserviços pelo QGIS.
Fonte: arquivo do autor.
Para conectar-se a um web service WMS pelo QGIS, siga os passos:
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Clique com o botão direito em ‘Adicionar Camada WMS/WCS’. Em seguida, ‘Nova 
Conexão’, então preencha os campos ‘Nome’ e ‘URL’ para geoserviços abertos e os 
demais campos quando acesso restrito. Após, clique em ‘OK’, conforme ilustrado 
abaixo:
Figura 44. Inserindo parâmetros para conexão a geoserviços e consumindo dados.
Fonte: arquivo do autor.
Estabelecida a conexão com o servidor, escolha a camada a ser adicionada ao seu 
projeto e, como indicado no passo 3 e ilustrado na figura acima, clique sobre ela e 
arraste-a para a janela principal do seu projeto QGIS.
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REFERÊNCIAS
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Agrária (Incra). Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais. 3. ed. 
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Agrária (Incra). Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais. Disponível 
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Disponível em: www.fossgisbrasil.com.br. Acesso em: 4 mar. 2022.
	UNIDADE Iii
	Aplicação prática
	Capítulo 1 
	Elaboração de bases geográficas
	Capítulo 2 
	Análise espacial de dados geográficos
	Capítulo 3 
	Integração
	Referências

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