Buscar

MODULO_CONTROLE_DA_INCIDENCIA_TRIBUTARIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
 
MÓDULO: CONTROLE DA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
SEMINARIO I
QUESTÕES
1. O que é norma Jurídica? E regra matriz de incidência tributaria (RMIT)? Qual a função do conseqüente normativo?
R: Norma jurídica é uma corrente de pensamento do legislador que busca soluções para problemas sociais ou científicos , esses pensamentos são dotados de juridicidade, ou seja, de poder, normas jurídicas orientam a conduta da coletividade, os seus valores , o pensamento natural do homem passa a ser artificial,pois passa a ser escrito em forma de condutas.
A Regra Matriz de incidência é uma norma jurídica, pois o legislador descreve as possíveis condutas do contribuinte, é o que os doutrinadores chama de fato gerados em abstrato, ou seja, caso o contribuinte (sujeito passivo) pratique determinada conduta descrita na norma jurídica, constituirá a relação jurídico tributaria tendo que cumprir a obrigação de tributária pecuniária. 
A função do consequente normativo é descrever a relação jurídico tributária que vai de acordo com cada regra matriz de incidência.
2. Distinguir: obrigação tributaria e deveres instrumentais. Multa pelo não pagamento caracteriza-se como obrigação tributaria? Justifique analisando criticamente o art. 113 do CTN.
R: A obrigação tributária para Paulo de Barros Carvalho é a obrigação que o contribuinte (sujeito passivo) tem de entregar o objeto da obrigação tributária (pecúnia) ao sujeito ativo, já os deveres instrumentais caracterizam - se por imposições de prestações de informações aos sujeito ativo.
Acredito que esta concepção esteja equivocada pois os deveres instrumentais também constituem uma obrigação tributária pois estão descritos na norma surgindo assim a relação jurídico tributária e caso o contribuinte não compra estará sujeito as penalidades nela descritas, há casos também em que o sujeito passivo é imune ou isento de impostos mas mesmo assim possui deveres instrumentais ou seja, constitui a relação jurídica com o fisco, previstas no artigo 113 §§2 do CTN.
Segundo o artigo 113 § 1 do CTN a "obrigação principal surge com o a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária", o artigo 3º do referido código exclui expressamente as sanções de atos ilícitos. 
3. Que é sujeição passiva? Definir os conceitos de: (i) sujeito passivo; (ii) contribuinte; (iii) responsável tributário; e (iv) substituído tributário- distinguindo: substituição tributaria para trás; substituição (convencional); agente de retenção e substituição para frente. O responsável (art. 121,II, do CTN) é (i) sujeito passivo da relação jurídica tributaria ; (ii) relação de dever instrumental ;(iii)relação jurídica sanciona tória?
R: SUJEIÇÃO PASSIVA,é capacidade de estar no polo passivo da relação tributária, qualquer pessoa desde possua personalidade jurídica pode ser sujeito passivo de uma relação tributária, SUJEITO PASSIVO é a pessoa física ou jurídica, privada ou pública de quem o sujeito ativo irá exigir o cumprimento de determinada obrigação ou prestação; CONTRIBUINTE é a pessoa que arca com o pagamento do tributo, pois existe o contribuinte de fato e o contribuinte de direito, o contribuinte de fato é aquele que participou diretamente da operação que gerou a relação jurídico tributária e o contribuinte de direito no caso o RESPONSAVEL TRIBUTÁRIO é a pessoa física ou jurídica que embora não tenha participado da relação, se reveste na condição de contribuinte, sua obrigação de contribuinte decorre de disposição expressa; CONTRIBUINTE SUBSTITUÍDO, é aquele que, nas operações ou prestações antecedentes é beneficiado imposto diferido (substituição tributaria pra trás) e nas operações ou prestações subseqüentes sofre a retenção (substituição tributária pra frente). O responsável é sujeito passivo indireto pois a ele foi imputado dever tributário sem que este obtivesse vantagem econômica do fato tributado, e a relação com o substituído é patrimonial e instrumental, pois cabe os substituto pagar os tributos e entregar deveres instrumentais. 
4. A empresa “A” adquiri estabelecimento industrial da empresa “B” e continuou sua atividade . Aproximadamente um ano depois da aquisição, a empresa “A” é demandada pelo Fisco em relação a fatos geradores realizados pela empresa “B” . No contrato de compra e venda não há disciplina a respeito das duvidas tributarias anteriores á aquisição.Pergunta-se:
a) Pode o físico, após a indigitada operação de compra e venda, exigir os tributos, cujos os fatos geradores foram realizados por “B” antes de sua aquisição, diretamente de “A”? Há relevância se houver no contrato cláusula de responsabilidade de “B” quando aos débitos anteriores á operação?
R: A resposta correta é sim, o fisco pode cobrar o tributos cujos fatos geradores foram realizados por "B", pois o CTN é claro, quem adquire estabelecimento comercial responde pelos tributos até a data da compra e mesmo que existisse uma cláusula de responsabilidade, esta só teria validade entre "A" e "B" pois convenções particulares não são oponíveis contra o fisco. 
b) A empresa “A” sujeita-se ás sanções tributarias materiais: (i) multa de mora, (ii) multa pelo não pagamento de tributo, (iii) juros e (iv) multa pelo descobrimento de deveres instrumentais, se aplicados antes da operação de compra e venda? E se aplicados depois da operação? 
R: A resposta é depende, pois, com o perdão do pleonasmo irá depender do tipo operação realizada pelo contribuinte, por exemplo uma incorporação, a empresa incorporada " transfere" todo o seu patrimônio para a empresa incorporadora e deixa de existir ou seja é baixada, neste caso por exemplo concordamos com o STF, e as multas tanto moratórias, quanto as punitivas podem ser impostas ao sucessor, pois integram o patrimônio jurídico - material da sociedade sucedida.
Mas isso é só um exemplo que deve ser analisado caso a caso pois a multa seja de caráter moratório ou punitivo, tem natureza de sansão e como tal se originaram da conduta do agente, e ninguém pode ser punido por ato/fato alheio. 
5. Quanto ao artigo 135 do CNT, pergunta-se:
a) Qual a espécie de responsabilidade prevista? Poderia o fiscal lavrar auto de infração contra o contribuinte e, posteriormente , executar o sócio de forma solidaria á empresa?
R: A responsabilidade descrita no artigo 135 do CTN é pessoal, ou seja, o sócio, gerente, administrador respondem com o próprio patrimônio, mas o fiscal só pode lavrar o auto de infração e posteriormente executar o sócio, gerente, administrador, se estes praticarem atos com excesso de poder, infração a lei ou contrato social. 
b) A dissolução irregular da sociedade caracteriza infração á lei apta a ensejar a responsabilidade do(s)sócio(s) pelas dividas da pessoa jurídica? E o mero inadimplemento da obrigação de pagar o tributo?
R: A dissolução irregular da sociedade para a jurisprudência dominante e para o STF sumula 435, esta apta para ensejar a responsabilidade dos sócios pelas dívidas da pessoa jurídica, mas recentemente em decisão inédita o STJ reabriu as discussões com a decisão do REsp 1.395.288/SP, para o STJ a simples dissolução da sociedade não enseja a responsabilização dos sócios, a dissolução precisa estar aliada com mais fatos concretos de que os credores não serão pagos.
O mero inadimplemento da obrigação também não esta apto a ensejar a responsabilização dos sócios pelas dívidas da pessoa jurídica pois para a jurisprudência o mero inadimplemento não é considerado infração a lei.
 6) Que é grupo econômico? Quais os critérios para caracterizar a formação degrupo econômico de empresas no ordenamento jurídico brasileiro? A caracterização implica reconhecimento de responsabilidade solidaria ?
R: Grupo econômico é a denominação que se dá a um grupo de empresas que tem um interesse e uma gestão comum buscando reduzir o custo e aumentar o lucro, segundo a jurisprudência dominante para se caracterizar grupo econômico é necessário a existência de uma empresa de comando (principal) e as demais subordinadas com a relevância da confusão patrimonial, caso contrário teríamos empresas parceiras e não um grupo econômica. Sim a caracterização implica em responsabilidade solidária por segundo o artigo 124 do CTN são solidariamente obrigadas as empresas que tenham interesse comum na situação que gerou o fato gerador ou se forem obrigadas por lei como no caso da CLT.
 
7) Dada a seguinte lei (fictícia);
PREFEITURA DE SÃO PEDRO, LEI N. 5.151, DE 12/10/2001, D.M 25/10/2001
Art. 1° Fica instituída taxa de conservação e limpeza urbana para o custeio do serviço publico municipal de conservação e limpeza de vias publicas.
Art. 2° A taxa tem como fato gerador a prestação de serviço de limpeza das vias publicas.
Art.3° A base de calculo é o valor venal do imóvel .
Art. 4° A alíquota é de 0,1 %.
Art. 5° O contribuinte é o proprietário do imóvel.
Art. 6° Dá –se incidência todo dia 1° de cada ano.
Art. 7° A importância devida a titulo de tributo deve ser recolhida até o décimo dia do segundo mês subseqüente.
1° No caso de compra e venda realizada antes do prazo para o pagamento e após o 1° dia do ano, o responsável pelo pagamento de tributo .
2° No caso de compra e venda realizada antes do prazo para o pagamento e após o 1° dia do ano , o responsável pelo pagamento do tributo é o adquirente do imóvel.
3° O não recolhimento no prazo estipulado implica multa de 20% do valor do tributo devido.
Art. 8° Fica o contribuinte obrigado a entregar para a Secretaria de Planejamento Urbano declaração do valor imobiliário até o dia 10 de novembro de cada ano.
Parágrafo único . A ausência de entrega no prazo a que se refere o caput desde artigo implicará multa de 100 UFIRS.
Pergunta-se :
a) Construir as normas jurídicas veiculadas nessa lei, identificando os critérios do conseqüente da RMIT.
R: Prefeitura de São Pedro (sujeito ativo); Prestação do serviço de limpeza das vias públicas – (Critério material); A base de cálculo é o valor venal do imóvel – (Critério quantitativo); A alíquota é de 0,1%. – (Critério quantitativo), O contribuinte é o proprietário do imóvel – (Sujeito passivo);
Incidência todo dia 1º de cada ano. – (Critério Temporal).
b) Quais as funções da base de calculo? A base de calculo eleita é compatível com a hipótese tributaria? Se incompatíveis, qual deve prevalecer para o efeito de se determinar a espécie tributária: o enunciado da hipótese tributária ou o enunciado da base de calculo? Ambos? Nenhum dos dois? 
R: A base de calculo tem a função de mensurar o valor do tributo, ela da proporções econômicas ao fato gerador, no caso da presente lei a base de calculo eleita não é compatível com a hipótese tributária, pois segundo o artigo 145 2, as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos, e a base de cálculo do valor venal do imóvel é do IPTU.
A base de calculo eleita como já mencionamos é a do IPTU, o que faz com a base de cálculo não seja compatível com o a hipótese de Taxa, devendo prevalecer a base de calculo. 
BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário: linguagem e método. 5ª. edição. São Paulo: Noeses, 2013.

Continue navegando