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Prova Impressa GABARITO | Avaliação Final (Discursiva) - Individual (Cod.:884140) Peso da Avaliação 4,00 Prova 70519699 Qtd. de Questões 2 Nota 9,00 A arbitragem encontra-se submetida a alguns princípios consagrados, expressa ou implicitamente, na Lei nº 9.307/1996. Existem dez princípios aplicáveis à arbitragem. Fonte: BRASIL. Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Dispõe sobre a arbitragem. Brasília, DF: Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 23 set. 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htm. Acesso em: 24 ago. 2023. Conforme o texto apresentado, cite brevemente três princípios aplicados à arbitragem e explique-os. Resposta esperada 1. Princípio da autonomia privada: confere às partes os poderes da autorregulamentação e autodeterminação de seus interesses, em esfera arbitral, desde que não sejam contrários à ordem pública, aos bons costumes e às normas vigentes. 2. Princípio da boa-fé: veda o abuso de direito, o comportamento contraditório, o ato emulativo e/ou eivado de boa-fé, bem como alegação em juízo, por qualquer das partes que voluntariamente elegeram a esfera arbitral para solução de conflito. 3. Princípio da autonomia da cláusula da convenção de arbitragem em relação ao contrato: significa que, independentemente da nulidade do contrato, a cláusula da convenção arbitral é soberana, ou seja, a nulidade do contrato não implicará na nulidade da cláusula arbitral. 4. Princípio da autonomia da vontade: a arbitragem é voluntária e a sua utilização depende de manifestação de vontade das partes, por meio da celebração da convenção de arbitragem (cláusula compromissória ou compromisso arbitral), na forma do Art. 3º da Lei de Arbitragem. 5. Princípio Competência-Competência: o árbitro é o juiz primeiro da sua própria competência. Assim, cabe ao árbitro, com prioridade ao Poder Judiciário, decidir, de ofício ou por provocação das partes, se possui competência para julgar o conflito, inclusive sobre a existência, validade e eficácia da convenção de arbitragem e do contrato que contenha a cláusula compromissória. 6. Princípio do contraditório: é o que chamamos de devido processo legal, ou seja, não há processo justo sem que se assegure à parte o direito ao contraditório. Por força do contraditório, as partes devem ser cientificadas de todos os atos do procedimento, desde a instauração da arbitragem até a sentença arbitral final, para que possam se manifestar a respeito e ter os seus argumentos considerados pelo árbitro da causa. Tem a parte o direito de ser ouvida e de produzir as provas necessárias à demonstração da veracidade de suas alegações, assegurando-se sempre à parte adversa a possibilidade de contraditar as evidências produzidas. Assim, a comunicação dos atos processuais deverá ser feita com o máximo de diligência, mesmo que por acordo entre as partes ou por determinação da entidade arbitral, permitindo que os litigantes possam influenciar nas tomadas de decisões. VOLTAR A+ Alterar modo de visualização 1 7. Princípio da igualdade das partes: os árbitros devem dispensar tratamento isonômico às partes durante todo o procedimento arbitral, inclusive na produção de provas, na escolha e nas impugnações dos árbitros, sendo vedada a discriminação odiosa ou desproporcional entre as partes. 8. Princípio da imparcialidade do árbitro: os árbitros devem atuar com imparcialidade durante todo o procedimento, revelando qualquer situação que possa trazer dúvida a respeito da sua independência ou imparcialidade. Esta revelação deverá ocorrer antes mesmo da sua aceitação da função de árbitro. Cabe, assim, reforçar a importância da imparcialidade do árbitro, mantendo-se distante dos interessados, isto é, não ser devedor ou credor das partes, sem quaisquer ligações entre elas, além de não possuir interesse na lide. 9. Princípio do livre convencimento motivado: os árbitros possuem liberdade para avaliação e valoração das provas, com a prolação de decisão fundamentada sobre as questões suscitadas no procedimento arbitral. O julgamento a ser proferido pelo árbitro deverá ser feito com o seu livre convencimento a respeito das provas e das circunstâncias do procedimento arbitral. 10. Princípio da não revisão do mérito da sentença arbitral: não cabe ao Poder Judiciário rever o mérito da sentença arbitral. Destaca-se que, mesmo nos casos restritos de cabimento da ação anulatória da sentença arbitral, a atuação do Poder Judiciário restringe- se à eventual anulação da decisão para submeter o litígio a nova decisão do Tribunal Arbitral, não podendo o juiz substituir o árbitro no julgamento do mérito da causa. As hipóteses restritas de anulação da sentença arbitral relacionam-se aos casos de erros no procedimento e não à justiça material da decisão arbitral. Referência bibliográfica: LIMA, M. A. B. Perícia Contábil. Indaial: Arqué, 2022. p. 140-215. PRINCÍPIOS DA ARBITRAGEM. Minha resposta Alguns princípios aplicáveis à arbitragem são: • Princípio da imparcialidade do árbitro: os árbitros precisam agir com imparcialidade durante todo o processo, não tendo qualquer ligação entre as partes e nem possuir interesse relacionado a questão de disputa. • Princípio da autonomia privada: concede às partes o poder da auto-regulamentação e autodeterminação de seus interesses, em esfera arbitral, contanto que não sejam contrários à ordem pública, às normas vigentes e aos bons costumes. • Princípio da boa-fé: impede o abuso de direito, o comportamento contraditório, o ato corrompido de boa-fé, bem como alegação em juízo, por qualquer das partes que escolheram de forma voluntaria a esfera arbitral para a resolução do conflito. Retorno da correção Parabéns, acadêmico, sua resposta atingiu os objetivos da questão e você contemplou o esperado, demonstrando a competência da análise e síntese do assunto abordado, apresentando excelentes argumentos próprios, com base nos materiais disponibilizados. O cadastro do profissional Contador no CNPC se dará através da aprovação no Exame de Qualificação Técnica para Perito Contábil (EQT), cujo objetivo é aferir o nível de conhecimento e a competência técnico-profissional necessários aos profissionais que pretendem atuar na atividade de perícia contábil. No exame são exigidos conhecimentos de, pelo menos, seis áreas específicas do contador perito. Com base no texto apresentado, cite quais áreas específicas são abordadas no exame de qualificação técnico para perito contábil. Resposta esperada No exame de Qualificação Técnica Geral para perito contábil são exigidos conhecimentos do contador nas seguintes áreas: Legislação Profissional; Ética Profissional; Normas Brasileiras de Contabilidade, Técnicas e Profissionais, editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, inerentes à perícia; Legislação Processual Civil aplicada à perícia; Língua Portuguesa e Redação; Direito Constitucional, Civil e Processual Civil afetos à legislação profissional, à prova pericial e ao perito. Referência Bibliográfica: LIMA, M. A. B. Perícia Contábil. Indaial: Arqué, 2022. p. 3-58. PERÍCIA, PERITO JUDICIAL E CAMPO DE ATUAÇÃO. Minha resposta 2- Serão exigidos do contador no exame de Qualificação Técnica Geral para perito contábil conhecimentos nas seguintes áreas: • Normas Brasileiras de Contabilidade, Técnicas e Profissionais, editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, inerentes à perícia. • Legislação Processual Civil aplicada à perícia. • Direito Constitucional, Civil e Processual Civil afetos à legislação profissional, à prova pericial e ao perito. • Legislação Profissional. • Ética Profissional. • Língua Portuguesa e Redação. Retorno da correção Prezado acadêmico, sua resposta contemplou alguns dos elementos da questão com base nos materiais disponibilizados, porém, poderia ter explorado mais os conteúdos fundamentais da disciplina) 2 Imprimir
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