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1 
 
Disciplina: Gestão integrada de riscos 
Autores: M.e Sandro Fabiano da Luz 
Revisão de Conteúdos: Esp. Irajá Luiz da Silva 
Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki 
Ano: 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
2 
 
Sandro Fabiano da Luz 
 
 
 
 
Gestão integrada de riscos 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
LUZ, Sandro Fabiano da. 
Gestão integrada de riscos / Sandro Fabiano da Luz. – Curitiba, 2018. 
51 p. 
Revisão de Conteúdos: Irajá Luiz da Silva. 
Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki. 
Material didático da disciplina de Gestão integrada de riscos – Faculdade 
São Braz (FSB), 2018. 
 ISBN: 978-85-5475-209-5 
 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Apresentação da disciplina 
 
A disciplina de Gestão Integrada de Riscos em projetos, foi dividida em 
quatro aulas que irão subsidiar a construção do conhecimento sobre uma 
metodologia de gerenciamento de riscos. As aulas também auxiliarão na 
classificação, identificação, monitoramento e na tomada de ação sobre o 
envolvimento de riscos em um projeto. 
Serão disponibilizadas entre os módulos as análises de riscos, 
observando como é realizada, buscando os recursos atuais, no mercado 
financeiro, com o viés macroeconômico. 
Sendo assim, as aulas em vídeos somadas as especificações teóricas 
darão plenas condições de efetivar as atividades avaliativas, proporcionando o 
conhecimento necessário para ampliar a visão mercadológica, bem como impor 
reflexão e análise no contexto proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Aula 1 – Introdução ao Gerenciamento de Riscos 
 
Apresentação da aula 1 
 
Nesta aula, a abordagem será no contexto do conhecimento metodológico 
para gerenciar projetos, riscos, bem como, conhecer uma forma de classificação 
dos riscos e seus impactos no ciclo de vida de um projeto. Será uma aula 
importante e muito aderente ao que está sendo estudado sobre riscos de 
projetos na atualidade. 
O Project Management Institute (PMI) é uma instituição dos Estados 
Unidos, sem fins lucrativos que organiza o estudo sobre projetos. Ela associa e 
capacita pessoas de todo o mundo nas mais diversas categorias de 
conhecimento sobre projetos. É também responsável pela publicação do Guide 
to the Project Management Body of Knowledge, conhecido por PMBOK, que 
pode ser entendido em português como o Guia do Conhecimento em 
Gerenciamento de Projetos. 
 
1. Projetos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://artia.com/wp-content/uploads/2017/09/ciclo-de-vida-em-projetos.png 
 
 
7 
 
Os projetos rodeiam a vida das pessoas e das empresas. Nas 
organizações, eles são desenvolvidos em todos os níveis operacionais. Podem 
envolver um pequeno grupo de pessoas ou até mesmo milhões delas. Podendo 
ser executados em 10 ou 10 milhões de horas, ou ainda dentro de uma empresa 
ou até mesmo envolvendo diversos países. 
No momento inicial é importante identificar a diferenciação entre projetos 
e processos. Ou seja, nas organizações, processos são funções da própria 
constituição da organização. São atividades realizadas com determinada 
periodicidade, porém não possuem seu final determinado, por exemplo, o 
processo realizado na linha de montagem de uma indústria de transformação. 
Já os projetos são empreendimentos temporários, que via de regra, possuem 
como principal objetivo a criação de um objeto ou serviço único. Pode-se 
entender como exemplos de projetos a criação de um serviço ou produto novo, 
construir uma casa ou prédio, implementar um novo processo ou até mesmo um 
procedimento organizacional, planejar um veículo novo ou melhoria em uma 
linha de produção. Pode-se entender como a criação de um novo modelo de 
televisores como um projeto, porém a sua fabricação na linha de produção de 
uma fábrica, pode ser entendido como um processo da indústria. 
Para o entendimento de projeto, as definições “temporário” e “serviços 
únicos” são importantes. Em uma empresa na atualidade é muito importante a 
diferenciação entre processos e projetos, para melhor otimização da prática 
empresarial, dessa forma as principais características de um projeto estão 
focadas em Temporários e Únicos. Como temporário, pode-se compreender que 
um projeto possui início, meio e fim, de formas definidas. Assim, quando um 
projeto chega ao fim, entende-se que ele atingiu os seus objetivos idealizados. 
A natureza de temporariedade identificada nos projetos, aplica-se também a 
outros aspectos funcionais do referido. Isso é constatado quando um grupo 
destinado à organização de um projeto é desfeito e quando o objetivo do projeto 
é atingido. Essa particularidade o cataloga como temporário, porque ele realoca 
os seus recursos ao final do projeto. 
Outra consideração importante sobre a temporariedade é a relação de 
prazo estudado em projetos de diversas naturezas. Os projetos são realizados 
em tempo determinado. Quando ele está na fase inicial, criam-se os objetivos e 
também, levando em consideração os recursos e complexidade, determina-se o 
 
8 
 
tempo destinado a esse projeto. Assim, o tempo e a alocação de recursos, 
possuem relações importantes na questão de temporariedade. 
 Já a relação de “serviços únicos” lhe dá um caráter de exclusividade, 
importante para o cumprimento dos seus objetivos. Um projeto pode ser 
considerado exclusivo, porém, não necessariamente inédito. Um exemplo disso 
pode ser verificado na indústria da construção civil. Inúmeros prédios já foram 
construídos, porém, um projeto de concepção de um prédio, aloca recursos 
exclusivos e pessoas em um tempo determinado que o caracteriza como tal. 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
Leia o PMBOK que na versão em português 
chama-se Guia do Conhecimento em 
Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). 
Nele são apresentados todos os conceitos e 
conhecimentos sobre gerenciamento de 
projetos utilizado por Gerentes de Projetos no 
mundo todo. 
 
Por fim, a NBR ISSO 10006 (2000) define um projeto como um processo 
único e exclusivo, que é constituído por atividades coordenadas e prazos 
definidos, elas possuem data inicial e final para todas as atividades. É um 
empreendimento focado no alcance de um objetivo, conforme requisitos 
específicos, incluindo limitação de tempo, custo e recursos. 
 
1.1 Fases de um Projeto 
 
Os projetos possuem fases determinadas, porém de duraçõesmuito 
particulares. Os prazos variam muito em conta de sua complexidade e tamanho. 
Porém não importa o seu prazo ou recursos, todos os projetos possuem o seu 
início, organização, processo de preparação, execução e por fim o seu 
encerramento. 
 
Segundo o guia do PMI: 
 
9 
 
As fases do projeto são as divisões de um projeto onde o controle 
adicional é necessário para gerenciar de forma efetiva o término de 
uma entrega importante. Geralmente as fases são terminadas 
sequencialmente, mas podem sobrepor em algumas situações. A 
natureza do alto nível das fases de um projeto as torna um elemento 
importante do ciclo de vida de um projeto. (PMBOK, 2008, p. 18). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.oficinadanet.com.br/imagens/post/14644/pmbok.jpg 
 
Sendo assim, ao realizá-lo é importante a identificação das fases que o 
compõe. Dessa forma, a execução faz parte de uma das suas fases. 
Assim, para auxiliar na identificação das ações a serem desenvolvidas 
dentro de um projeto é importante dividi-lo em fases. Que são: 
 Inicialização; 
 Planejamento; 
 Execução; 
 Encerramento. 
 Lembrando também a etapa de monitoramento que acompanha o 
andamento de todas as fases anteriores. 
Conhecer as atividades que compreendem o ciclo de vida de um projeto 
é fator determinante para que seja possível realizar as atividades em cada ciclo. 
Dessa maneira, a Inicialização é o ciclo anterior ao do Planejamento, devendo 
ser iniciado próximo de ser concluído. Para a realização completa de um projeto, 
 
10 
 
é necessário entender as características de cada uma das fases que o compõe. 
Assim, o monitoramento e a fase que possui como duração toda sua execução. 
Elas são divididas conforme a figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://carledwinj.wordpress.com/2013/03/27/ciclo-de-vida-de-um-projeto 
 
Em um projeto, muitas vezes não é possível identificar quando uma fase 
se inicia e quando outra termina. Elas funcionam como um organismo vivo, que 
se desenvolvem conforme a evolução do andamento do projeto em si. A fase de 
planejamento pode não estar totalmente finalizada, porém em um curto período 
a fase de execução já pode ser inicializada. 
Vale considerar que os riscos acompanham e devem ser levados em 
consideração em todas as fases, porém para que o projeto siga seu fluxo e 
atenda os prazos e qualidade estipulados em seu início, criou-se a figura do 
Gerente de Projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
https://carledwinj.wordpress.com/2013/03/27/ciclo-de-vida-de-um-projeto
 
11 
 
1.2 Gerente de Projeto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://the-sever.ru/wp-content/uploads/2017/08/0111.jpg 
 
O Gerente de Projeto é uma figura importante de função vital para o 
desenvolvimento de projeto e para o entendimento sobre projetos e riscos. Ele 
pode ser uma pessoa ou grupo de pessoas que são os responsáveis diretos pelo 
sucesso final da ação. A sua atuação varia de acordo com a fase e característica 
do projeto. Deve ser nomeado o mais cedo possível e via de regra, é o 
responsável pelos levantamentos, acompanhamentos, contingenciamento e 
tomadas de decisões, enfim, o Gerente de Projeto é o responsável por todos os 
eventos do referido, desde o início ao final, mesmo que tenha delegado a 
responsabilidade a outro profissional. 
O entendimento sobre a figura do Gerente de Projetos e de todos os 
envolvidos é importante para entender o nível de complexidade de um projeto e 
para que posteriormente, seja possível realizar a análise dos riscos de forma 
efetiva. 
Existem outras pessoas ou organizações que possuem impacto direto 
na realização dos projetos (chamados de partes interessadas). Elas podem ser 
atingidas positiva ou negativamente pelo produto final de um projeto. Existe 
também a figura do patrocinador que é o provedor de recursos financeiros para 
o projeto, o cliente que é um interessado importante na realização e outras 
figuras como o grupo do projeto, gerentes funcionais, gerentes seniors, comitê 
executivo e outras figuras importantes conforme o tamanho de cada projeto. 
 
12 
 
O Gerente do Projeto é responsável por organizar todos os envolvidos 
em prol do cumprimento de prazos e qualidade do produto final estipulado para 
o projeto. Ou seja, o Gerente do Projeto acompanha o processo para o 
atingimento do sucesso final. Sendo importante a figura que centraliza as 
informações sobre o planejamento, execução e o monitoramento. Ele é 
designado logo no início para acompanhamento de todo projeto. 
 
1.3 Processos de Gerenciamento de Projetos 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.gestaoporprocessos.com.br/wp-content/uploads/2014/10/imagem0199.jpg 
 
Para facilitar o gerenciamento dentro de cada fase de um projeto, 
existem alguns processos que se realizados de forma efetiva, auxiliam no 
atingimento dos seus objetivos. É importante considerar que esses processos 
não são fases, são atividades que precisam de documentos e resultado final, 
que se realizadas de forma ordenada, maximizam a possibilidade do atingimento 
do resultado final esperado para um projeto de qualquer tamanho e 
complexidade. 
Os processos realizados dentro de um projeto são: 
 Gerenciamento de Integração do Projeto; 
 Gerenciamento do Escopo; 
 Gerenciamento do Tempo; 
 Gerenciamento do Custo; 
 Gerenciamento da Qualidade; 
 Gerenciamento dos Recursos Humanos; 
 Gerenciamento das Comunicações; 
 Gerenciamentos dos Riscos; 
 Gerenciamento das Aquisições. 
 
13 
 
Nesse sentido, apesar do Gerenciamento de Riscos ser tratado em um 
único processo, o seu monitoramento é importante, pois os riscos podem afetar 
o trabalho em qualquer uma das fases anteriores. 
Claro que dependendo do enfoque, cada processo possui a sua 
importância particular, mas analisando especificamente o processo de 
Gerenciamento dos Riscos, pode-se aplicar maior grau de complexidade, pois a 
sua negligência ou relativização, pode acarretar em perda de produção e 
otimização, em qualquer um dos outros processos de gerenciamento anteriores. 
Cada um dos processos de gerenciamento acontece em fases distintas 
do projeto. Por exemplo, o Gerenciamento de Comunicação que possui 
atividades na fase de inicialização, planejamento, execução e monitoramento. 
Esse tipo de análise é importante para constatar a visualização de cada um dos 
processos e cristalizar o entendimento sobre, em qual fase ele ocorre, dentro do 
ciclo de vida de um projeto. 
Desta feita, pode-se indicar, por exemplo, que o processo de 
identificação de riscos não seja realizado no encerramento do projeto, ou então 
as organizações das ações, as respostas aos riscos não sejam realizadas nas 
suas fases iniciais, quando os objetivos ainda não estão totalmente definidos. O 
melhor momento para se realizar a identificação dos riscos é na fase do 
planejamento do projeto. 
 
1.4 Gerenciamento de Riscos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:http://d3471jwnanfw53.cloudfront.net/wp-content/uploads/2014/11/o-que-e-
gerenciamento-de-riscos.jpg 
 
14 
 
Sobre o Gerenciamento de Riscos, é importante salientar que o risco em 
si, pode ser entendido como um acontecimento incerto que orbita por todo o 
andamento de um projeto. Porém, vale salientar que um risco não 
necessariamente pode ser considerado como algo negativo, por outro lado, se 
não houvessem riscos, não haveriam recompensas ou méritos sobre o 
atingimento de um resultado. O bom Gerenciamento de Riscos não tem por 
objetivo a eliminação total dos riscos do projeto, até porque isso não seria 
possível ou então teria um custo elevado. 
O principal objetivo do Gerenciamento de Riscos em projetos é entender 
e realizar o seu controle de forma completa, a ponto de conseguir transformar os 
seus malefícios em aspectos positivos ou então que seu acontecimento não 
interfira de forma significativa nos objetivos criados pelo projeto. Lembrando queo gerenciamento de risco é uma atividade importante para a conclusão do projeto 
e faz parte da fase do ciclo de vida desse trabalho, onde no planejamento 
acontece a maior parte das ações. 
 
Importante 
Se os Gestores de Projetos não controlarem os riscos, serão 
controlados por eles. 
 
 
O processo de gerenciar os riscos de um projeto não é uma tarefa de 
criar condições para evitar os riscos, mas sim estudá-los e conhecê-los com o 
intuito de maximizar as oportunidades trazidas por eles e minimizar os efeitos 
negativos que possam causar. Um planejamento de gerenciamento de riscos 
bem idealizado possibilita aos envolvidos terem conhecimento de qual parte do 
projeto o acontecimento de um risco pode comprometer e ainda saber com 
antecipação seu impacto de forma organizada. 
Cada decisão dentro de um projeto pode acarretar em um risco. Por isso: 
 
[...] as decisões tomadas sob condições de risco ou incerteza não são 
programáveis. Sob tais circunstancias, o projeto é caracterizado por 
diversas condições ambientais que exigem que a equipe do projeto se 
 
15 
 
adapte a novas situações. Assim, gerenciar riscos deve ser um 
processo sistemático de definir, analisar e responder aos possíveis 
riscos do projeto, visando diminuir o grau de incerteza interna e externa 
do mesmo. Alguns riscos a serem gerenciados incluem: dados físicos, 
oscilações econômicas e de mercado, riscos tecnológicos, 
empresariais e comerciais, e de mudança social. (DISMORE et al; 
2010, P. 8). 
 
Assim, os processos de Gerenciamento dos Riscos consistem na 
definição de como conduzir o gerenciamento de riscos do projeto. Um dos pontos 
fundamentais do planejamento de gerenciamento dos riscos é a garantia da 
proporcionalidade entre o grau, tipo e visibilidade dos riscos, mediante a 
importância do projeto para a organização. Para que isso ocorra, é muito 
importante que os riscos sejam devidamente identificados, analisados 
qualitativamente e quantitativamente e tenham um planejamento de resposta 
aos riscos coerentes com as necessidades e objetivos do projeto. 
Segundo o livro PMBOK, o conceito de planejamento de resposta aos 
riscos, se define ao processo de desenvolvimento de opções e ações para 
aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto. 
Na área do Gerenciamento de Riscos, entende-se que a maior parte do 
esforço acontece na fase do planejamento. Isso é necessário para que nenhum 
risco ocorra na fase de execução, porém, ainda assim, mesmo que haja mais 
esforços na área do planejamento, os riscos devem ser acompanhados, 
monitorados, e principalmente, identificados durante todo o projeto. 
Para realização de respostas aos riscos positivos em um projeto é 
necessária a utilização de algumas técnicas, que nesse caso é a técnica de 
Compartilhar. Para realização de respostas aos riscos negativos em um projeto, 
a técnica utilizada é a Mitigar. 
Vale ressaltar que é importante realizar, após o processo de aplicação 
das respostas aos riscos, a atividade de atualizar os documentos de 
gerenciamento de riscos. 
Curiosidade 
O processo de Gerenciamento de Riscos teve seu surgimento com 
a publicação do livro Risk Management in the Business, de Robert 
Mehr e Rov Hedges, nos Estados Unidos, em 1963. 
 
16 
 
O processo de Gerenciamento de Riscos inclui atividades como Planejar 
o Gerenciamento dos Riscos; identificar os Riscos; Realizar a Análise Qualitativa 
dos Riscos; Realizar a Análise Quantitativa dos Riscos; Planejar as Respostas 
aos Riscos; Monitorar e controlar os riscos. 
 
Resumo da Aula 
 
Nesta aula foi possível verificar a diferenciação entre projetos e 
processos. Sobre projetos, foram analisadas suas respectivas fases, bem como 
os processos que compõem todos os projetos. Foi analisado a importância do 
livro PMBOK que contempla uma metodologia utilizada para o gerenciamento de 
projetos. Foi apresentado de forma mais detalhada a importância do 
Gerenciamento de Riscos e suas implicações. Também se verificou a 
importância dos envolvidos em um projeto, bem como a figura do Gerente de 
Projeto ou grupo que gerenciará as atividades de um projeto. 
Assim, pode-se entender que os projetos são atividades realizadas por 
uma pessoa ou grupo de pessoas, e que possui prazo e objetivos definidos. É 
de suma importância para a concretização do resultado final do projeto a 
realização de um processo de planejamento bem orquestrado e monitorado. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Na empresa que você trabalha ou trabalhou, ou ainda em uma que 
você conheceu, procure relacionar as atividades realizadas por elas 
que podem ser consideradas processos e também as atividades que 
podem ser relacionadas aos projetos. 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Aula 2 – Primeiros Processos do Gerenciamento de Riscos 
 
Apresentação da aula 2 
 
 Nesta aula, o conhecimento será sobre quatro metodologias importantes 
para a realização de um bom Gerenciamento de Riscos, que é o Planejamento 
do Gerenciamento de Risco; Identificação dos Riscos; e a Realização de uma 
Análise Qualitativa e Quantitativa em projetos 
O planejamento e as ações relativas às respostas aos riscos refletem o 
equilíbrio da Instituição entre correr ou evitar riscos. Uma organização deve 
possuir uma abordagem proativa e consistente no que tange ao gerenciamento 
de riscos durante o ciclo de vida de um projeto. Os riscos existem a partir da 
concepção do projeto. Dar continuidade ao projeto sem uma postura proativa no 
gerenciamento de riscos, aumenta o nível de impacto que um determinado fator 
de risco pode causar sobre o referido, o que pode inclusive, levá-lo ao fracasso. 
 
2. Planejar o Gerenciamento de Risco do Projetos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://midia.oregionalsul.com/2017/03/unbalanced_custom_text_13854.png 
 
O gerenciamento de riscos de um projeto inclui os processos que tratam 
da realização de identificação, análise, respostas, monitoramento, controle, e 
planejamento do gerenciamento de riscos em um determinado projeto. A maior 
 
18 
 
parte desses processos são atualizados durante toda a realização desse projeto, 
e os riscos podem ser considerados como um evento ou uma condição incerta 
que, se ocorrerem, terão um efeito positivo ou negativo sobre os objetivos da 
ação. 
Nesse sentido, planejar o gerenciamento de riscos de um projeto é muito 
importante, como documento norteador de ações do referido. 
O documento do Gerenciamento de Riscos deve constar toda a 
formatação de análise de requisitos e modelos de comunicação, planos de 
atuação com relação aos riscos de um projeto. Assim, o processo decisório de 
definição e atuação de como conduzir as atividades de um gerenciamento de 
projetos é importante para aumentar a probabilidade de sucesso dos demais 
processos relacionados ao gerenciamento do próprio projeto em si. 
Ele também serve para garantir que a visibilidade, o grau e também os 
tipos de riscos sejam proporcionais para todos os fatores de riscos da 
organização. Essa análise sobre riscos é particular de cada empresa. Por 
exemplo, uma Instituição de qualquer ramo pode possuir uma aversão a riscos 
maior que uma outra empresa do mesmo ramo. Ou seja, o planejamento de risco 
deve ser realizado com as minucias e complexidades particulares de cada 
instituição. 
O processo de planejamento do gerenciamento de riscos deve ser 
realizado no início de um projeto e ser revisado durante todo o ciclo de duração. 
Em um planejamento de riscos para um projeto, é necessário que as etapas 
sejam realizadas de forma linear. Assim, a criação do documento de 
gerenciamento de riscos deve ser o primeiro processo no gerenciamento de 
riscos em um projeto. 
Para que a criação do documento de gerenciamento de riscos em um 
projeto seja realizada de forma efetiva, existe a necessidade da participação de 
alguns elementos do projeto, onde todos os membros envolvidos com o referidodevem participar da criação do plano de gerenciamento de riscos. 
 
 
 
19 
 
Importante 
 
O plano de gerenciamento de riscos é um documento composto 
por considerações sobre a métrica de importância do projeto 
para instituição, de que forma os riscos serão analisados 
durante todo o projeto, qual o nível de tolerância aos eventos de 
riscos assumidos por parte dos interessados no projeto e 
também, nesse documento, apresentam informações sobre o 
comportamento dos envolvidos em determinadas ações com 
relação aos riscos que serão monitorados ao longo da 
realização do projeto. 
 
Para a realização de um planejamento do gerenciamento de riscos de um 
projeto, são comuns a realização de reuniões capitaneadas pelas equipes. 
Normalmente, participam dessas reuniões o gerente de projeto, ou grupo 
gerenciador, membros e especialistas da equipe e das partes interessadas. 
Nessa fase do projeto, é importante a participação de todos. Como resultado 
final dessas reuniões, o documento de plano de gerenciamento dos riscos 
deverá ser criado. 
Porém, a realização de reuniões é importante também para a criação de 
vários outros documentos do projeto, como o plano de gerenciamento do projeto 
em si. Esse documento apresenta considerações sobre o gerenciamento do 
projeto de forma ampla, não analisando apenas pelo prisma de riscos, mas 
também, analisando informações sobre elementos de custo e cronograma para 
inclusão no orçamento e dos recursos humanos necessários ao longo das 
atividades realizadas no projeto. Também apresentam formas de tratamento aos 
eventos de riscos, aspectos significativos para confecção, revisão de reservas 
de contingências importantes, os papéis e responsabilidades específicas para o 
projeto e adaptações de modelos organizacionais porventura necessários. 
 
2.1 Identificar os Riscos 
 
Segundo o PMBOK (2008) identificar os riscos é um processo de 
determinação dos riscos que podem afetar o projeto e de documentação de suas 
características. Identificar riscos é um processo interativo porque novos riscos 
podem surgir ou se tornaram conhecidos durante o ciclo de vida de um projeto. 
 
20 
 
A frequência de interação e os participantes de cada ciclo variam de acordo com 
a situação. O formato de declaração de riscos deve ser consistente para garantir 
a capacidade de comparar o efeito relativo a um evento de risco com outros ao 
longo de um projeto. O processo deve envolver a equipe do projeto de modo que 
possa desenvolver e manter um sentido de propriedade e responsabilidade pelos 
riscos e pelas ações associadas à resposta aos riscos. 
Já a NBR ISO 31000:2009, norma brasileira que estabelece algumas 
diretrizes focadas em uma gestão de riscos mais eficiente, indica algumas etapas 
para o processo de identificação de riscos. Segundo ela, inicialmente, busca-se 
o reconhecimento e descrição dos riscos, identificando a fonte que pode agir 
individual ou combinada, a probabilidade de ocorrência e a consequência de seu 
impacto. 
Porém para que o processo de identificação dos riscos seja realizado de 
forma plena, é necessário entender todas as informações prévias importantes 
para a realização desse processo. Também é importante entender as 
ferramentas e técnicas que devem ser utilizadas para que tenhamos, ao final, o 
documento de registro de riscos. É muito importante o entendimento de que a 
identificação dos riscos só pode ocorrer após a criação do plano de 
gerenciamento de riscos realizado na fase anterior. Para a realização de uma 
melhor identificação de riscos, é necessário também, que tenhamos as 
estimativas de custo das atividades, de duração, toda a linha de base de escopo 
do projeto, os registros das partes interessadas, o plano de gerenciamento da 
qualidade e também fatores ambientais da empresa entre outros. 
 
Vocabula rio 
Fatores Ambientais da Empresa: Segundo o PMBOK (2008) 
os fatores ambientais da empresa referem-se tanto aos 
fatores ambientais internos quanto externos que cercam ou 
influenciam o sucesso de um projeto. Esses fatores são de 
qualquer uma ou de todas as empresas envolvidas no projeto. 
Os fatores ambientais da empresa podem aumentar ou 
restringir as opções de gerenciamento de projeto e podem ter 
uma influência positiva ou negativa sobre o resultado. Eles 
são considerados importantes para a maioria dos processos 
 
21 
 
de planejamento. Os fatores ambientais da empresa incluem 
a cultura e estrutura organizacional, padrões governamentais 
ou de um determinado setor, infraestrutura da empresa, 
recursos humanos existentes, condições de mercado, 
tolerância a risco das partes interessadas, clima político, entre 
outros. 
 
Toda essa documentação é necessária para que, de posse dela, seja 
realizado um processo de identificação de riscos bem definido. Esse processo 
sem o escopo de um projeto concluído ou sem a expectativa de prazo das 
atividades bem definida, dificulta a identificação e até mesmo reduzindo ou 
impedindo a mensuração real de riscos existentes. 
Uma lista com a identificação dos riscos em um projeto pode ser composta 
como a tabela que segue abaixo: 
Tabela de Riscos Identificados 
 
RISCOS 
 
 
Retrabalho nas tarefas do projeto. 
 
 
Demora da retomada do trabalho, após troca de pessoas chaves no 
projeto. 
 
 
Atraso na entrega de fração importante do projeto, por parte do 
fornecedor. 
 
 
Falta de infraestrutura. 
 
 
Falta de verba para as fases finais do projeto. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor (2018). 
 
O documento de registro de riscos é necessário para todos os processos 
de gerenciamento de riscos seguintes. Sem o registro de riscos bem delineado, 
é impossível que o monitoramento de riscos e o planejamento de resposta aos 
riscos, por exemplo, sejam feitos de forma efetiva. Assim, para muitos autores, 
 
22 
 
o processo de identificação de riscos é o mais importante entre os processos de 
gerenciamento de riscos. 
 
2.2 Realizar a Análise Qualitativa e Quantitativa dos Riscos 
 
Os processos de análise quantitativa e qualitativa dos riscos de um projeto 
devem ser realizados logo após o processo de identificação dos riscos. Porém 
por uma ordem de organização de projetos, o processo de realização da análise 
qualitativa dos riscos deve ser realizado de forma anterior a análise quantitativa 
dos riscos. 
 
2.2.1 Realizar a Análise Qualitativa dos Riscos 
 
Segundo Barkley (2004), a análise qualitativa possui um perfil 
relativamente mais subjetivo, devido à dificuldade de quantificação real dos 
riscos. Isso também ocorre por conta da priorização dos riscos por meio de uma 
avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência, com o seu 
respectivo impacto. 
A análise qualitativa de riscos é uma maneira rápida e econômica de 
estabelecer algumas prioridades relevantes para o planejamento de respostas 
aos riscos. Dessa feita, ela consegue estabelecer uma base para a realização 
de análise quantitativa de riscos, se for necessária posteriormente. Essa análise 
deve ser examinada durante o ciclo de vida do projeto para acompanhar as 
mudanças. 
A análise qualitativa é baseada em algumas escalas como as nominais, 
também pode se utilizar de matrizes de probabilidades e consequências de risco. 
Esse método é bastante preciso para uma análise inicial, ou então para uma 
análise que necessite de determinada urgência, rapidez e subjetividade da 
verificação. 
Segundo Carvalho et al. (2005), o objetivo dessa fase é priorizar os riscos 
do projeto com base na análise conjunta da probabilidade de ocorrência e seu 
impacto nos objetivos finais. Já de acordo com o PMBOK (2008), realizar a 
análise qualitativa dos riscos é o processo de priorização de riscos para análise 
ou ação adicional por meio da avaliação e combinação de sua probabilidade de 
 
23 
 
ocorrência e impacto, tendo como principal benefício habilitar gerentes a reduzir 
o nível de incerteza e focar os riscos dealto nível. 
Segundo o PMBOK (2008, p. 218), uma das ferramentas para a realização 
da análise qualitativa de projetos é a avaliação de probabilidade e impacto dos 
riscos. 
[...] análise da probabilidade de riscos investiga a probabilidade de 
cada risco específico ocorrer. A avaliação do impacto de riscos 
investiga o efeito potencial sobre o objetivo do projeto, bem como 
cronograma, custo, qualidade ou desempenho, incluindo tanto os 
efeitos negativos das ameaças, como os efeitos positivos das 
oportunidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://vista.ir/include/articles/images/67b8f3b23bd62175c83ec5c05a486c48.jpg 
 
Outra ferramenta utilizada na análise qualitativa é também conhecida 
como matriz de probabilidade e impacto. A sua função principal é priorizar os 
riscos para posterior análise quantitativa e resposta aos riscos, após a sua 
classificação. Em geral, regras de classificação de risco são identificadas e 
acordadas pela organização, principalmente na fase de planejamento do 
gerenciamento de riscos. 
 
 
24 
 
Amplie Seus Estudos 
 SUGESTÃO DE LEITURA 
Leia a obra Tecnologias Consagradas de 
Gestão de Riscos: Riscos e Probabilidades. De 
Francesco de Cicco e Mario Luiz Fantazzini. 
Esse livro pode ser baixado de forma gratuita na 
internet e possui informações valiosas sobre 
ferramentas tecnológicas na gestão de risco. 
 
Na fase do planejamento, deve-se criar tabelas de probabilidade e 
impacto, como a tabela a seguir. Ela auxiliará na análise e atuação nos riscos 
encontrados nos projetos posteriormente. 
 
 
 
Tabela de Referência para Probabilidade e Impacto em Projetos 
 
Escala 
 
 
Percentual de 
Probabilidade de 
Ocorrência 
 
 
Descrição Qualitativa da 
Ocorrência 
Muito Alta Acima de 90% 
Certamente ocorrerá durante o 
projeto 
Alta 71% a 90% 
Provavelmente acontecerá durante o 
projeto 
Média 26% a 70% 
Possivelmente ocorrerá durante do 
projeto 
Baixa 6% a 25% 
Baixa probabilidade de ocorrer 
durante o projeto 
Muito Baixa Até 5% 
Não é considerada como ocorrência 
durante o projeto 
Fonte: Elaborada pelo autor (2018). 
 
 
 
25 
 
Como resultado final da análise qualitativa dos riscos, temos uma lista de 
riscos que requerem respostas de curto prazo, riscos agrupados por categoria e 
lista de riscos para análise adicional entre outras. 
 
2.2.2 Realizar a Análise Quantitativa dos Riscos 
 
O que diferencia uma análise qualitativa de uma análise quantitativa dos 
riscos, é o fato de que a análise qualitativa irá qualificar os riscos em alta, média 
ou baixa criticidade. Ou ainda, o projeto definirá os termos para tratamento dos 
riscos conforme definida no planejamento do projeto. De acordo com o que 
estiver definido previamente no plano de gerenciamento de riscos, esses 
passam a ser tratados com outro viés; agora no processo de análise qualitativa 
de riscos. Por exemplo, se no plano de gerenciamento de riscos, identificado e 
acordado pelo grupo gestor do projeto, indica que somente os riscos de alta e 
altíssima criticidade serão quantificados, significa que os demais riscos de média 
ou baixa criticidade, por exemplo, serão apenas documentados ou monitorados 
durante a ocorrência de todo o projeto. 
Já no processo de análise quantitativa ocorrerá um processo de 
quantificação numérica do efeito da ocorrência do risco identificado, sobre um 
objetivo do projeto ou sobre todos eles. Essa análise pode se valer de valores 
monetários, temporais ou qualidade dos riscos. Vale ressaltar que essa 
quantificação é bem menos subjetiva do que o processo de qualificação. 
Significa dizer que na análise qualitativa, normalmente, é um meio mais rápido e 
econômico para estabelecer prioridades sobre os riscos do projeto. 
Porém nessa fase de análise quantitativa, iremos verificar o real impacto 
do evento de risco no projeto e de qual será o impacto no projeto, se determinado 
risco vir efetivamente a acontecer. 
 
Para Refletir 
Em alguns casos a análise quantitativa dos riscos pode não 
ser necessária para o desenvolvimento de respostas 
eficazes aos riscos em um projeto. 
 
26 
 
 
 
 
O processo de análise quantitativa dos riscos, normalmente, sucede o 
processo denominado, realizar a análise qualitativa dos riscos, e visa analisar 
de forma numérica, o efeito dos riscos anteriormente priorizados. Essa 
priorização pode ser realizada de forma individual, analisando cada risco, ou de 
forma conjunta, categorizando os riscos e tratando-os de forma setorial. 
O próximo passo para a análise de riscos é o processo de criação de 
resposta aos riscos, porém, pode existir alguma situação em que o processo de 
análise quantitativa pode ser desnecessário, para o desenvolvimento de 
respostas eficazes aos riscos. 
Vocabula rio 
Análise Quantitativa de Riscos: A análise quantitativa de riscos é 
o processo de analisar numericamente o efeito dos riscos 
identificados nos objetivos gerais do projeto. 
 
 
A análise quantitativa dos riscos, intenciona quantificar a exposição aos 
eventos de risco aceitáveis para o projeto, determinar a quantidade de reserva 
de contingência de custo ou de cronograma que possa ser necessária para que 
nenhum objetivo do projeto seja comprometido, e por fim, identificar os riscos 
que requerem uma maior atenção, e assim, quantificando sua contribuição 
relativa ao risco do projeto. 
Segundo o PMBOK (2008), como técnicas o processo de análise 
quantitativa de riscos necessita dos registros de riscos; plano de gerenciamento 
de riscos; plano de gerenciamento de custos; plano do gerenciamento de 
cronograma e também os ativos e processos organizacionais da empresa, que 
são os ativos de processos organizacionais que podem influenciar o processo 
de realizar a análise quantitativa de riscos. Inclui entre outros, informações sobre 
o projeto e semelhantes já concluídos, estudos de projetos semelhantes feitos 
 
27 
 
por especialistas em riscos e bancos de dados de riscos disponibilizados pelo 
setor ou pelas fontes proprietárias. 
Para que a análise quantitativa de riscos seja realizada, os organizadores 
do projeto podem valer-se de técnicas de coleta e apresentação de dados, 
técnicas de modelagem e análise quantitativa de riscos e também da opinião 
especializada. Uma das técnicas utilizadas para análise quantitativa de riscos é 
a entrevista, que busca por meio de conversa com as pessoas que já passaram 
por projetos similares, trazer dados que possam auxiliar no impacto de riscos 
dos projetos. Por esse motivo ela é extremamente dependente de dados 
históricos e de experiência da pessoa entrevistada para a quantificação da 
probabilidade e impacto do risco. 
 
Resumo da Aula 
 
Nesta aula foi possível verificar a importância de planejar o gerenciamento 
de riscos, identificá-los e também realizar a análise qualitativa e quantitativa dos 
riscos de um determinado projeto. O principal intuito dessas atividades é 
propiciar que a execução do projeto seja realizada de forma efetiva. Tornando o 
planejamento mais minucioso, a possibilidade de inconsistências ou até mesmo 
incompatibilidades na execução efetiva de um projeto diminuem de forma 
considerável. Assim, essas atividades são importantes para que nenhum 
objetivo do projeto seja comprometido. 
Dessa forma, pode-se entender que os projetos são suscetíveis ao 
acontecimento das mais diversas ocorrências de riscos. Eles devem ser 
analisados de forma efetiva, principalmente no processo de seu planejamento, 
identificação, análises qualitativas e quantitativas dos riscos verificados. Esse 
processo facilita o andamento do projeto e oferece aos responsáveis pelo projeto 
a possibilidade de responder as ocorrências de riscos de forma mais fácil e 
dinâmica e assim, otimizando o resultado final do projeto. 
 
 
28 
 
Atividade de Aprendizagem 
Crie um projeto pessoal e nele, procure criar um plano para o 
gerenciamentodos riscos, bem como, realize um processo de 
identificação dos riscos existentes. São muitos riscos? 
Posteriormente, crie uma análise qualitativa e quantitativa desses 
riscos para atuação quando necessário. 
 
 
Aula 3 – Monitorando e Planejando Respostas aos Riscos 
 
Apresentação da aula 
 
Nesta aula, uma das ações relevantes na coordenação de um projeto é o 
planejamento de respostas aos acontecimentos de riscos, e também o 
monitoramento e controle permanente dos riscos ao longo do curso de um 
projeto. É sobre essas duas etapas, tanto planejamento de resposta aos riscos, 
quanto o monitoramento e controle de riscos que será tradado nesta terceira 
aula. 
É possível imaginar que um planejamento de resposta aos riscos ou o 
monitoramento e controle de riscos é pertinente apenas para grandes 
organizações, com projetos compartilhados em diversos países e com enormes 
orçamentos. Ou então, algumas organizações que executam grandes projetos 
como na área de construção civil, pavimentação ou mesmo a alguns ramos da 
indústria. Porém, esse pensamento de planejamento de resposta aos riscos, 
monitoramento e controle, é necessário tanto para as grandes empresas, quanto 
para as empresas médias, pequenas e até mesmo na área de serviço. Os riscos 
podem comprometer os objetivos do projeto em qualquer empresa e de qualquer 
tamanho de projeto, por isso eles devem ser sempre muito bem monitorados e 
controlados. 
 
 
 
 
 
29 
 
3.1 Planejar as Respostas aos Riscos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS_BABF5m-
tXr9b4MBpmplm-yiU2_GIIFZOAt1DwQ0IongfiRjm 
 
O processo de quantificação dos riscos em um projeto, requer um nível 
de detalhamento no seu trabalho e de uma meticulosa atenção, Kerzner (2002) 
acredita que o plano de respostas é importante para os projetos, pois é com ele 
que será medido o grau de adequação das estratégias de risco aos riscos que 
efetivamente podem acontecer no projeto. Assim sendo, estratégias bem 
definidas, podem produzir resultados esperados e assim, até seriam fatores 
determinantes para evitar, consideravelmente, que os riscos se tornem 
realmente um malefício. 
Uma lista priorizada de riscos, que também pode ser entendida como uma 
lista composta pela classificação, tipo de risco, probabilidade de ocorrência e 
grau de impacto no projeto, é uma base importante para a criação das demais 
etapas dos processos de análise de riscos do projeto, conforme indica Hulett 
(2002). 
É possível entender que o principal objetivo do processo de planejar 
respostas aos riscos é minimizar ou eliminar as ameaças, maximizando as 
oportunidades em relação aos objetivos do projeto, utilizando uma estratégia de 
resposta mais adequada, segundo o PMBOK (2008). O planejamento de 
resposta aos riscos deve ser criado de forma específica, contemplando a 
particularidade de cada risco e também propiciando uma reflexão sobre a 
importância ou prioridade atribuída ao risco. É comum, e inclusive pode ser 
 
30 
 
importante, que haja mais de uma ação de mitigação possível para um 
determinado risco. Assim, nessa particularidade, uma análise importante para a 
escolha de quais ações efetivamente podem ser desenvolvidas, é sob a ótica de 
custos. Os responsáveis pelo projeto, podem escolher as opções que possam 
apresentar menor custo de implementação. Ou ainda, podem ser escolhidas as 
ações que, por ventura, possam ser executadas de forma mais rápida. Isso é 
importante para tornar o gerenciamento de riscos mais eficiente. 
Para a realização de um efetivo gerenciamento de riscos é necessário em 
alguns momentos a utilização de ferramentas que possibilitam uma melhor 
otimização, com relação aos resultados apresentados pelo evento de risco, 
sendo assim no planejamento de resposta aos riscos é o momento que pode ser 
utilizada as Joint Ventures. 
 
Vocabula rio 
Joint Ventures: É o acordo entre duas ou mais empresas 
para benefício mútuo. Ao final do exercício as empresas 
dividem os lucros ou os prejuízos possíveis desse acordo 
inicial. 
 
 
Importante 
 
Segundo PMBOK (2008), planejar respostas aos riscos é o processo 
de desenvolvimento de opções e ações para aumentar as 
oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto. 
 
 
É importante que as respostas aos riscos reflitam a importância do risco 
em si e também devem ser financeiramente econômicas ao enfrentar realmente 
o desafio que apresentam, de uma rápida realização dentro do contexto do 
projeto e também compreendidas e acordadas por todas as partes envolvidas. 
Para ser realizado o planejamento de respostas aos riscos, são necessários, 
 
31 
 
previamente já realizados, os registros de riscos e um plano de gerenciamento 
de riscos entre outros documentos vistos nas aulas anteriores. 
Primeiramente, é necessário visualizarmos que os riscos de um projeto 
podem ser positivos ou negativos. Eles podem ser danosos para os objetivos de 
um projeto ou ainda benéficos ao progresso de um projeto. 
Assim, como ferramentas ou técnicas que possam ser utilizadas para um 
melhor planejamento de resposta aos riscos, pode-se citar; adoção de 
estratégias para riscos negativos ou ameaças; estratégias para riscos positivos 
ou oportunidades; estratégias para as respostas de contingência e também 
opinião especializada. 
Como estratégias para respostas aos riscos ou ameaças, podemos citar 
as seguintes: eliminar, transferir, mitigar e aceitar. 
A estratégia de eliminar um risco negativo, pode ser entendida, como a 
realização de uma mudança no plano real do projeto, para eliminar o risco ou a 
condição que leva ao acontecimento do risco, ou ainda para proteger os objetivos 
do projeto desses impactos. Um exemplo disso, pode ser o monitoramento dos 
requisitos funcionais de um projeto, obtenção de informações adicionais ou ainda 
melhoria na comunicação entre os envolvidos. 
O planejamento de resposta aos riscos também possui como estratégia a 
ação de transferir um risco. Isso significaria procurar alterar a consequência ou 
o impacto de um risco para uma terceira pessoa externa ao projeto, junto com a 
responsabilidade da empresa. Exemplos disso são os seguros, as garantias 
realizadas ou até mesmos os acordos contratuais. 
Para Refletir 
Em um projeto existem riscos positivos e negativos. É importante 
a sua identificação para melhor explorar os objetivos do projeto. 
 
 
Outra estratégia eficiente que pode ser utilizada como resposta aos riscos 
negativos de um projeto, seria mitigar o risco, que significa reduzir a 
probabilidade ou as consequências de um evento de risco, identificado no 
 
32 
 
planejamento do projeto, ao limite que possa ser considerado aceitável para o 
risco. Essa estratégia pode ter como exemplo, a realização de mais testes em 
uma fase do projeto, ou a escolha de um outro fornecedor mais estável e com 
maior experiência no ramo de projeto desenvolvido, ou ainda a criação de 
protótipos que auxiliem na maior análise do projeto. 
Já a estratégia de resposta aos riscos, denominada aceitar o risco, pode 
ser entendida como a pura aceitação do acontecimento do risco. Isso acontece 
quando é impossível a utilização de qualquer estratégia anteriormente citada, ou 
então quando o impacto e probabilidade do evento de risco é tão pequena que 
não vale a pena tratá-lo. 
Também existem no planejamento de resposta aos riscos, as estratégias 
para riscos positivos ou oportunidades que seriam explorar, compartilhar, 
melhorar ou ainda aceitar. 
Vale uma ressalva pontual, onde a estratégia de aceitar representa o 
menor esforço de planejamento de ações para um risco negativo para o projeto. 
Adoção de uma estratégia para um risco positivo ou oportunidades 
denominada explorar, pode ser entendida como uma estratégia para tentar 
garantir ao máximo que a oportunidade identificada seja realmente concretizada 
no projeto. Essa estratégiatenta eliminar o evento de incerteza que pode estar 
sendo associado ao risco positivo específico, construindo um ambiente propício 
para que a oportunidade definitivamente aconteça. Um exemplo disso, poderia 
ser considerado como a designação de uma pessoa ou recurso considerado 
mais capacitado, para a realização de uma atividade no projeto, a fim de obter 
uma redução no tempo para o término da atividade. 
Outro exemplo poderia ser identificado como um processo de capacitação 
aos recursos do projeto, a fim de fornecer uma qualidade maior do que a 
originalmente planejada. Já a utilização da estratégia denominada compartilhar, 
poderia ser entendida como a de distribuir a propriedade a terceiros, que possam 
capturar de forma mais otimizada a oportunidade identificada, em benefício da 
realização do projeto. Um exemplo, seriam as parcerias entre empresas ou as 
Joint Ventures. 
A utilização de uma estratégia pode melhorar os riscos positivos ou 
oportunidades evidenciadas em um projeto, podendo ser definida como uma 
forma de procurar o encontro de meios que contribuam para facilitar ou então 
 
33 
 
fortalecer as causas de determinada oportunidade e direcionar ou então reforçar, 
de forma proativa, suas condições de acionamento. A diferença para a técnica 
explorar é que aqui, o objetivo principal é aumentar a probabilidade e o impacto 
do risco. 
Por fim, a adoção de uma estratégia para resposta aos riscos positivos ou 
oportunidade denominada aceitar, pode ser definida como meramente o desejo 
ou então uma vontade casual da concretização da oportunidade, mas não a 
perseguição ou tomada de ação decisiva para que o propósito aconteça. 
Normalmente, isso ocorre muito por conta do tamanho do benefício reduzido ou 
até mesmo tão improvável, que não vale a pena coordenar ações. 
Após a realização do planejamento de resposta aos riscos, é necessária 
uma série de atualizações nos planos de gerenciamento do projeto. Uma ação 
importante nessa fase do projeto é a análise de riscos residuais e riscos 
secundários. Os riscos residuais são os riscos que sobraram após serem 
planejadas as execuções das ações de resposta aos riscos, ou os que foram 
aceitos, por isso, não terão nenhuma resposta nesse momento. 
Deve-se entender que esses riscos precisam ser acompanhados para que 
não se tenha impacto no projeto. Já os riscos secundários são aqueles que 
surgem após a aplicação das estratégias de resposta aos riscos anteriormente 
planejadas. Podem ser consideradas como um efeito colateral da aplicação de 
um plano de ação. Esses precisam ser identificados e tratados como qualquer 
outro risco. 
Um exemplo de risco secundário pode ser idealizado na realização de um 
projeto de tecnologia de informação. Imaginemos que em um projeto existe um 
risco identificado que pode haver um atraso de 30 dias para a entrega de uma 
parte do projeto, por conta do desconhecimento da equipe de uma determinada 
linguagem de programação. Para eliminar esse risco, o grupo gerenciador do 
projeto define a realização de uma capacitação sobre esse programa para a sua 
equipe. Porém, é sabido que profissionais que conhecem esse determinado 
programa, possuem um alto valor no mercado de trabalho em grande evolução 
no momento da realização do projeto. Agora com esse novo conhecimento 
adquirido, surge um novo risco para o projeto que seria a possível perda de 
profissionais para o mercado, pois a equipe atualmente está capacitada e 
conhece uma determinada programação. 
 
34 
 
Segundo PMBOK (2008), no processo de planejar as respostas aos 
riscos, as respostas apropriadas são escolhidas, acordadas e incluídas no 
registro de riscos. O registro dos riscos deve ser gravado em um nível de 
detalhamento que compreenda a classificação de propriedades e a resposta 
planejada. Em geral os riscos altos e moderados são abordados em detalhe. Os 
riscos considerados de baixa prioridade são incluídos em uma lista de 
observação para monitoramento periódico. Os componentes do registro de risco, 
nesse ponto devem incluir: os riscos identificados, suas descrições, áreas do 
projeto afetadas, o proprietário dos riscos e as responsabilidades atribuídas, 
resultado do processo, realizar a análise qualitativa, estratégias de respostas 
acordadas, ações específicas para implementar a estratégia da resposta 
escolhida, orçamento e atividade de cronograma requerida para implementar a 
resposta escolhida, entre outros. 
 
3.2 Monitorar e Controlar os Riscos 
 
Segundo PMBOK (2008), monitorar e controlar os riscos, é um processo 
de implementação dos planos de resposta aos riscos, acompanhamento dos 
riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação de novos 
riscos e avaliação da eficácia do processo de riscos durante todo o projeto. As 
respostas planejadas aos riscos não são incluídas no plano de gerenciamento 
do projeto e são executados durante o ciclo de vida do projeto, mas o trabalho 
do projeto deve ser continuamente monitorado em busca de riscos novos, 
modificados e desatualizados. 
Ainda de acordo com o PMBOK (2008), o processo de monitorar e 
controlar os riscos utiliza técnicas como análises de reações e tendências, que 
requerem o uso das informações de desempenho geradas durante a execução 
do projeto. Outras finalidades do processo de monitorar e controlar os riscos 
determinam: se as premissas do projeto ainda são válidas; a análise mostra um 
risco avaliado que foi modificado o que pode ser desativado; se as políticas e os 
procedimentos de gerenciamento de riscos estão sendo seguidos; as reservas 
para contingência de custo ou cronograma devem ser modificadas de acordo 
com a avaliação atual dos riscos. 
 
35 
 
Somente para constar, o planejamento é a fase do ciclo de vida de um 
projeto onde concentra o maior número de ações para o gerenciamento de risco. 
O monitoramento e o controle de riscos podem envolver escolhas de 
estratégias alternativas, a execução de um trabalho particular ou ainda de 
contingência, adoção de algumas ações corretivas e a modificação do plano de 
gerenciamento do projeto, tendo em vista a real importância desse processo para 
o sucesso dos negócios. 
Os autores Smith e Merritt (2002) criaram um indicador que pode ser 
utilizado para o monitoramento e controle dos riscos identificados no projeto. 
Eles apresentam uma equação denominada de percentual de riscos de um 
projeto. Ela é a resultante da exposição do projeto a riscos dividido pelo 
orçamento total do projeto. O indicador da equação expressa, percentualmente, 
o valor de exposição dos seus riscos, em relação ao seu grau do orçamento total 
e permite a identificação de projetos com maior exposição com relação aos 
riscos. 
O resultado final dessa equação é obtido por meio da somatória dos 
valores de perda projetadas pelos riscos encontrados e analisados nas fases 
anteriores do processo de gerenciamento de riscos. 
Já Kerzner (1998) indica a importância de, no processo de 
monitoramento e controle dos riscos, realizar a documentação das lições 
aprendidas durante o gerenciamento de riscos. A intenção principal, seria 
proporcionar ao gerente de projetos ou grupo gerenciador de projetos, 
juntamente com a sua equipe, um repositório de acertos e os erros vivenciados 
nos projetos. 
 
Vocabula rio 
Monitoramento e Controle de Riscos: O processo de 
monitoramento e controle de riscos pode ser entendido como 
processo de implementação dos planos de respostas aos 
riscos, acompanhamento dos riscos identificados, 
monitoramento dos riscos residuais, identificação de novos 
riscos e avaliação da eficácia do processo de riscos durante 
todo o projeto. 
 
 
36 
 
 
As respostas aos riscos deverão ser avaliadas a cada ocorrência e 
durante o processo de monitoramento e controle de riscos. As atividades do 
processo de monitoramento e controle de riscos auxiliam a determinar: se as 
respostas de riscoestão sendo implementadas como planejadas; se as ações 
de resposta aos riscos são eficazes como esperadas ou se novas respostas 
devem ser desenvolvidas; premissas ainda são válidas; análise de tendência da 
exposição de risco tem mudado prioridades; se ocorreu algum sintoma de risco; 
se as políticas e os procedimentos adequados estão sendo seguidos; e por fim, 
a identificação de novos riscos. 
 
Importante 
 
Premissas são informações iniciais e essenciais que serão 
utilizadas como verdadeiras ao longo do andamento do projeto. 
 
 
 
Com isso, para que o monitoramento e controle de riscos seja realizado 
de forma efetiva é necessário, inicialmente, ter em mãos: os registros de riscos; 
plano de gerenciamento do projeto; informações sobre o desempenho do 
trabalho; e também os relatórios de desempenho. 
De posse dessas informações e documentos do projeto é necessário: 
fazer a reavaliação dos riscos; auditoria dos riscos; análise de variação de 
tendências; medição e desempenho técnico; análise das reservas; e também 
reuniões de andamento. De posse desses documentos e informações, e após a 
realização das diversas medições, análises, reuniões e auditoria, é necessário a 
realização de um processo de atualização dos registros do projeto. 
Após a realização desses processos, vários registros sobre os riscos 
devem ser atualizados, assim como a solicitação de mudanças também podem 
ser iniciadas, de posse dos resultados coletadas anteriormente. Para o processo 
de solicitação de mudança é necessário entender que a implementação de um 
 
37 
 
plano de contingência, ou soluções de contorno, às vezes, resulta em uma 
solicitação de mudança. 
Para a efetividade do processo de monitoramento e controle de riscos em 
todos os projetos, é extremamente necessária a utilização de indicadores de 
desempenho. O monitoramento e controle de riscos deve ser consistente e deve 
se valer de informações que sirvam ao controle e não para a consideração de 
informações implícitas, falsas ou com uma grande dependência de informantes 
externos ao projeto. 
Como critério de seleção de indicadores, é necessário evidenciarmos a 
diferenciação entre eficiência, eficácia e efetividade. De posse dessas 
informações, será possível construir um melhor entendimento sobre indicadores 
e monitoramento de projetos. 
Eficiência, pode ser entendida como as informações que envolvem a 
economia de recursos, a produtividade adequada e o cumprimento de normas 
de procedimento. Eficácia, referem-se a cumprir ou atingir o objetivo direto do 
projeto. E efetividade, mais do que eficácia, refere-se à conquista dos resultados 
esperados e benefícios qualificados no projeto. 
Assim sendo, um gerente de projetos maduro ou uma equipe de 
gerenciamento de projetos, não deveriam almejar apenas serem eficientes. Isso 
porque não possui relação direta com o foco de resultados do projeto em si. 
Também não deveria se limitar exclusivamente ao cumprimento de prazos ou ao 
orçamento aprovado do projeto. O que importa, de fato, é a obtenção de 
resultados, atingimento dos propósitos para o qual o projeto foi concebido. 
Ou seja, agora que foi possível analisarmos todas as etapas do processo 
de gerenciamento de riscos, também é necessário revisar os processos na 
perspectiva do ciclo de vida de um projeto. A intenção é verificarmos os conceitos 
que aprendemos na 1ª aula e os impactos na gerência de projetos. Como visto 
anteriormente, os ciclos do projeto são compostos por inicialização, 
planejamento, execução, encerramento, e também o ciclo monitoramento e 
controle. 
Assim, podemos indicar que a maior parte dos processos do 
gerenciamento de risco concentram-se no ciclo de vida denominado 
planejamento. Das seis áreas de gerenciamento existentes para a temática de 
riscos em um projeto, cinco ocorrem no ciclo de vida planejamento. São eles: 
 
38 
 
planejar o gerenciamento de riscos; identificar os riscos; realizar a análise 
qualitativa dos riscos; realizar a análise quantitativa dos riscos; e também o 
processo planejamento de resposta aos riscos. Ou seja, na fase de planejamento 
é realizada a análise qualitativa dos riscos e ao final dessa fase é criada uma 
tabela ou relação com os riscos e sua probabilidade de ocorrência. Já a análise 
quantitativa de riscos, segundo PMBOK, é o processo de verificar 
numericamente o efeito dos riscos identificados nos objetivos do projeto, que 
para a realização de uma análise quantitativa de riscos precisam ser criados 
anteriormente ao documento com análise qualitativa dos riscos. 
 
Para Refletir 
Dessa forma, todas essas etapas acontecem na fase de 
planejamento de um projeto e apenas um processo ocorre na 
fase de monitoramento e controle de um projeto que é a fase 
chamada monitorar e controlar os riscos. 
 
 
Durante o monitoramento e controle de um projeto, a única atividade 
necessária a ser realizada pelo prisma de riscos, é a atividade monitorar e 
controlar os riscos. Assim sendo, vale ressaltar que o processo de identificar os 
riscos deve ser realizado nas fases de planejamento do ciclo de vida de um 
projeto, ou seja, quando o projeto iniciar a sua fase de execução, a maioria dos 
processos de gerenciamento de riscos já deveriam estar sido concluídos. O 
projeto apresenta grandes riscos de insucesso se a fase de identificar riscos for 
realizada na execução do projeto ou até mesmo nas fases iniciais, quando o 
escopo ainda não está totalmente definido. Essa visão é importante para ordenar 
as ações dentro do ciclo de vida e potencializar o sucesso de projeto ao final da 
sua realização. 
 
Resumo da Aula 
 
Nesta aula, foi possível verificar a importância e a dependência das 
atividades de planejar respostas aos riscos, na fase de planejamento de um 
 
39 
 
projeto e também a atividade do monitoramento e controle dos riscos, ao longo 
de todo o projeto. Entendemos que a atividade de planejamento de resposta aos 
riscos é o processo de desenvolvimento de opções e ações, para aumentar as 
possíveis oportunidades que existem em um projeto, e também diminuir ao 
máximo as ameaças que possam comprometer os seus objetivos. Também 
verificamos que o processo de monitorar e controlar os riscos é também 
conhecido como processo de implementação dos planos de respostas aos 
riscos, bem como a realização do acompanhamento dos riscos identificados e o 
seu monitoramento constante ao longo da realização de todo projeto. 
Assim, todos os processos de gerenciamento de riscos de um projeto, no 
que se refere aos riscos. Estas aulas foram importantes para verificarmos a 
necessidade da realização das atividades e de sua sequência ao longo da 
realização de um projeto. Para a aula quatro, aplicaremos estes ensinamentos 
na prática, no ramo da economia e finanças e verificaremos a sua efetividade no 
mercado. 
Atividade de Aprendizagem 
Revise os processos do gerenciamento de resposta a riscos e 
monitoramento de riscos e procure lembrar se em algum projeto 
de sua empresa ou pessoal, estes processos foram realizados 
com sucesso ou não, e identifique-os para uma melhor 
utilização futura. 
 
 
Aula 4 – Riscos no Mercado Financeiro 
 
Apresentação da aula 4 
 
Nesta aula, será possível analisar os riscos sob o prisma da 
macroeconomia. Nas aulas anteriores, foi muito importante verificarmos a 
implicação dos riscos nos projetos e nas atividades desenvolvidas pelas 
empresas de um modo geral. Porém agora, de posse desse conhecimento prévio 
sobre uma metodologia para monitorar e identificar os riscos, também é 
 
40 
 
importante analisarmos de que forma os riscos impactam no mercado financeiro. 
Assim, analisaremos os riscos da macroeconomia em diversas implicações no 
sistema financeiro. 
A macroeconomia se apresenta como um campo vasto para atividade de 
riscos, cenário onde todos os agentes se interagem, assim o conceito de 
macroeconomia pode ser entendido comoo ramo da ciência econômica que trata 
da expansão e da retratação da economia em geral. 
 
4.1 Macroeconomia e Microeconomia - Cenários Econômicos 
 
Para o atingimento do sucesso em um empreendimento de qualquer ramo 
de atividade econômica, é muito importante o acompanhamento, análise e 
identificação dos riscos envolvidos nessa atividade. Assim, foi necessário 
analisarmos uma metodologia que nos auxiliasse no entendimento de todas as 
vertentes com relação ao monitoramento, identificação e controle dos riscos em 
projetos, tanto das empresas, quanto em projetos pessoais. Porém, existe na 
economia, de uma forma geral, uma estrutura bem fundamentada, bastante 
importante, que controla, monitora e divulga, informações sobre riscos 
econômicos, riscos soberanos e riscos do mercado financeiro, que impactam de 
forma direta nas empresas e também nas pessoas. Para que entendamos de 
forma completa, o comportamento desses riscos, inicialmente, teremos que 
identificar alguns conceitos importantes sobre macroeconomia e também 
cenários econômicos. 
A macroeconomia pode ser entendida, segundo Mankiw (1999), como o 
estudo da economia como um todo. Nesse estudo, pode ser incluído o 
crescimento das rendas dos agentes, das variações nos preços nas indústrias e 
também da taxa de desemprego apresentada. Esse estudo procura analisar 
variáveis para o aprimoramento das políticas públicas, para uma otimização do 
desempenho econômico e também com o intuito de explicar os eventos 
econômicos apresentados nos mercados. Já Krugman e Wells (2007), utilizam a 
definição de macroeconomia como uma segmentação da economia, preocupada 
com os estágios de expansão e da retração econômica. 
 Uma outra definição importante para identificarmos o campo de atuação 
dos riscos é a microeconomia, que segundo Carvalho (2011) é o ramo da Ciência 
 
41 
 
Econômica voltada ao estudo do comportamento das unidades de consumo 
representadas pelos indivíduos e/ou famílias e do estudo das empresas de forma 
setorial. Ela apresenta uma análise segmentada de um determinado mercado. 
 
Para Refletir 
Não existe associação entre a microeconomia e a economia 
das empresas. A contabilidade, administração de recursos 
humanos, direito empresarial, são atividades que ocorrem 
dentro das empresas. Os seus estudos estão centrados nos 
seus respectivos campos de atuação. A microeconomia é um 
estudo focado também, na análise da flutuação de preço em 
um determinado mercado. A microeconomia, dessa forma, 
possui mais pontos de aderência com a macroeconomia, do 
que com a economia das empresas. 
 
Nesse sentido, a macroeconomia se apresenta, como um campo vasto 
para atividade de riscos, cenário onde todos os agentes se interagem, preços 
são formados e flutuações de mercado com as suas expansões e retrações 
econômicas, acontecem. Para que uma identificação de riscos seja realizada, no 
cenário econômico, de forma eficiente, é importante a análise de criação de 
cenários. 
A construção de cenários é um ramo de estudo da administração 
estratégica. Segundo Porter (1996), a construção de cenários é uma visão de 
futuro, que é embasada em suposições contundentes sobre algum evento que 
influenciará um determinado setor ou empresa. Nesse sentido, o entendimento 
dos riscos na idealização de cenários é importante, porque os eventos de 
incertezas podem causar danos a um planejamento de ação futura. 
Assim, a construção de cenários é uma ferramenta importante para a 
gestão de riscos corporativos, principalmente do setor financeiro. Esse setor tem 
elevado os seus esforços na identificação de riscos antes do seu acontecimento, 
principalmente pelos últimos eventos de insolvência de bancos e a ocorrência de 
inúmeras crises em mercados tidos como estáveis. 
 
 
42 
 
Saiba Mais 
O sistema financeiro mundial é regido por um acordo 
realizado pelo Bank for International Settlements (BIS), ou o 
Banco de Compensações Internacionais. Essa instituição 
criada na década de 30, coordenou um acordo denominado 
de Acordo da Basiléia. Este acordo foi redigido em três 
versões ao longo da história. Esses três acordos compõem 
documentos importantes que apresentam as principais 
diretrizes de atuação das instituições financeiras de todo o 
mundo. 
 
 
No próximo capítulo, analisaremos os riscos que impactam as instituições 
do sistema financeiro, bem como as suas definições e impacto na organização 
de suas atividades. 
 
4.2 Riscos do Sistema Financeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.btgpactualdigital.com/wp-content/uploads/2017/07/mercado-financeiro-
subdivisoes-btg-pactual.jpg 
 
 
4.2.1 Risco de Crédito 
 
De acordo com o Banco Central do Brasil (2009), por meio da Resolução 
nº 3.721 de 30 de abril de 2009, indica que o risco de crédito é: 
 
https://www.btgpactualdigital.com/wp-content/uploads/2017/07/mercado-financeiro-subdivisoes-btg-pactual.jpg
https://www.btgpactualdigital.com/wp-content/uploads/2017/07/mercado-financeiro-subdivisoes-btg-pactual.jpg
 
43 
 
[...] a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não 
cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas 
obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de 
contrato de crédito, decorrente da deterioração na classificação de 
risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às 
vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. 
 
Segundo Sinkey (1998), o risco de crédito acaba sendo realmente o maior 
risco que as instituições financeiras escolhem. Ele também associa o risco de 
crédito a uma incerteza inerente ao pagamento dos tomadores de recursos por 
suas dívidas. 
Desta feita, ao entender o sistema financeiro como ativo e com atores 
interagindo pelo mundo todo, emprestando e tomando empréstimo em outros 
países, os grandes tomadores de crédito possuem sua atividade associada a 
uma escala de bons ou maus pagadores, o chamado rating de crédito. Ele nada 
mais é do que uma escala de qualidade de crédito que indica, antecipadamente, 
qual a probabilidade de pagamento que cada entidade possui. Tanto empresas, 
bancos e países são analisados por esta métrica, por diversas instituições do 
sistema financeiro. O rating de crédito das empresas serve como índice de 
expectativa de pagamento de crédito que auxilia na identificação de futura 
inadimplência. O rating de crédito realizado por organizações internacionais 
classifica instituições e as Empresas, Bancos e Países são instituições que 
fazem parte dessa métrica., 
As instituições mais conhecidas são Fitch Ratings, Moody's e Standard & 
Poor's, que possuem escalas próprias, mas via de regra, enquadram as 
instituições em escalas que podem variar de AAA, como entidade com risco 
quase zero de inadimplência e por último a escada D, onde concentram as 
entidades com alto risco de inadimplência futura. 
 
4.3 Risco de Variação nas Taxas de Juros e de Câmbio 
 
As instituições financeiras são organizações importantes para a 
realização do efeito multiplicador da moeda. Elas emprestam e tomam 
empréstimos de vários agentes do sistema financeiro. Porém a realização de 
empréstimos sob o prisma do prazo desse empréstimo, invariavelmente, sofrerá 
o impacto da variação da taxa de juros. 
 
 
44 
 
Amplie Seus Estudos 
No Brasil, a Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de 
Custódia), é a taxa básica da economia. Ela é uma temática 
importante na análise de cenários e para a administração de 
riscos financeiros. Para saber mais sobre ela, acesse o link 
http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/SELICTAXA 
 
 
A taxa de juros é um evento importante de risco em inúmeros projetos e 
construção de cenários em todo o mundo. Sobre esse movimento de 
empréstimos, as instituições financeiras, recolhem recursos emprestados, via de 
regra com prazos curtos e emprestam esses recursos a um prazo mais longo. 
Assim, as instituições não operam totalmente em sincroniacom o cronograma 
de seus empréstimos e créditos. 
A importância da taxa SELIC é um instrumento para a construção de 
cenários, sem dizer o contexto de juros básica da economia. 
Ao tomar esta posição, elas se colocam em uma posição de risco frente a 
constante variação de juros na economia. Um exemplo disso, pode acontecer 
quando uma instituição realiza uma captação com o prazo de um ano. Porém 
realiza um empréstimo com prazo de dois anos. Ou seja, a instituição se coloca 
na posição de incerteza de um ano do recebimento desse crédito à finalização 
dessa dívida. Ou seja, se no prazo de um ano a taxa de juros estiver menor, a 
instituição financeira terá sua rentabilidade aumentada. Porém, caso a taxa de 
juros tenha aumentado, ela terá aceitado um rendimento menor para esse 
empréstimo. 
O risco da variação de câmbio se assemelha ao risco da taxa de juros, 
muito por conta do processo de globalização e das transações financeiras 
atualmente serem realizadas neste cenário global. As negociações realizadas 
em moedas estrangeiras sofrem oscilações constantes, trazendo muitas 
incertezas nas escolhas de posição de compra em um mercado externo, ou 
também na tomada de empréstimos ou realização de negócios em moeda 
estrangeira. 
 
45 
 
Porém, também se constata a existência de ocorrência de risco positivo 
ou risco negativo, tanto quanto ao risco de flutuação da taxa de juros, quanto ao 
risco na flutuação da taxa de câmbio. 
 
4.4 Risco Mercado ou Setor 
 
De acordo com a Resolução nº 3.464 de 26 de junho de 2007 do Banco 
Central do Brasil, dispõe sobre uma estrutura de gerenciamento do risco de 
mercado nas instituições financeiras, o risco de mercado pode ser entendido 
como: 
[...] a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação 
nos valores de mercado, de posições detidas por uma instituição 
financeira. 
 
 
Ou seja, o risco de mercado tem relação com os riscos decorrentes de 
variação de câmbio, da variação de taxa de juros, das opções de mercado e da 
posição indicada pela instituição financeira. 
Amplie Seus Estudos 
 SUGESTÃO DE LEITURA 
O Livro Gestão de Risco de Mercado - 
Metodologia Financeira e Contábil de 
Fernando P. Torres é um importante aliado 
no entendimento sobre os riscos 
apresentados e na redução de prejuízo para 
as empresas que operam neste mercado. 
 
 
O gerenciamento e monitoramento dos riscos das instituições financeiras 
é parte importante para o alcance dos seus objetos, muito por conta da constante 
volatilidade e certa imprevisibilidade dos agentes. Assim, o risco de mercado 
existe sempre que a instituição financeira realiza negociação e toma posição 
ativos e passivos ao invés de manter o ativo no longo prazo. 
 
 
 
 
46 
 
4.5 Risco Sistêmico 
 
O risco sistêmico se assemelha ao evento de risco de mercado e possuem 
ações de risco semelhantes para os agentes envolvidos. O risco sistêmico 
discorre sobre as flutuações e desequilíbrios de determinados sistemas 
econômicos e constituem um evento de risco importante para os agentes 
envolvidos. Para esses eventos de riscos, a taxa de câmbio e de juros são 
grandes aliadas na mensuração e previsão de ocorrência. 
No mercado financeiro atual, onde todos os agentes estão interligados, o 
acontecimento de um evento rotulado como sistêmico, causará um efeito dominó 
em todos os outros mercados. O monitoramento da solvência de instituições 
financeiras e governos é um importante aliado na análise desse risco. 
O monitoramento deste risco sistêmico no sistema financeiro mundial, tem 
sido tema de debates, constante preocupação e tomadas de ações por parte de 
importantes organizações internacionais. As diversas crises financeiras 
mundialmente ocorridas causaram consideráveis prejuízos econômicos e 
elevados custos sociais em diversos países. As pesquisas para monitoramento 
desse risco têm a intenção de encontrar padrões comuns de mercados que 
possam auxiliar na previsão da proximidade dessas crises. Para isso, a utilização 
de indicadores se torna um aliado importante, tais como, como as reservas 
internacionais em moedas estrangeiras, taxa de câmbio e taxa de juros. Porém 
também se considera a importância de informações contábeis e bancárias no 
monitoramento desse risco. 
Os riscos de variações de taxa de câmbio podem ser entendidos como 
riscos assumidos por instituições com operações financeiras atreladas à 
oscilações constantes nas taxas de câmbio. 
 
4.6 Risco Soberano 
 
O risco soberano também possui bastante influência dos agentes 
classificadores de risco. O risco soberano pode ser entendido como o risco do 
crédito concebido em operações de crédito associados a Estados soberanos. 
Segundo Ferreira et al (2012, p. 1): 
 
 
47 
 
Assim como nas avaliações de risco de crédito de agentes privados, 
no risco soberano busca-se avaliar a capacidade do agente tomador 
de recursos em cumprir com as obrigações referentes à dívida nos 
prazos e nas condições contratuais acordados. Contudo, o risco 
soberano é uma modalidade de risco de crédito específica, haja vista 
que não há como forçar um ente soberano a cumprir nada alheio a sua 
vontade. Constitui-se, portanto, objeto de avaliação do risco soberano 
a capacidade de pagamento e a disposição do ente soberano a pagar 
sua dívida, tendo em vista que essa disposição ou desejo de pagar. 
 
Importante 
Assim, o objeto de avaliação do risco soberano é avaliar 
metricamente a capacidade de pagamento, bem como a 
disposição de um determinado ente soberano a pagar sua 
dívida. 
 
 
A importância ao monitoramento do risco soberano teve seu início logo 
após a década de 80, nesse momento histórico, determinados entes soberanos 
como o Brasil e o México, determinaram a suas respectivas moratórias e o não 
pagamento de suas dívidas externas, por determinado período de tempo. Essa 
decisão causou abalo em todo o sistema financeiro, muito porque grandes 
bancos internacionais detinham posição de exposição externa nesses países. 
Depois desses eventos, os grandes credores financeiros internacionais tiveram 
que criar mecanismos de reservas financeiras contra esse tipo de exposição. 
Anos depois, o México novamente sinalizou que não cumpriria suas obrigações 
financeiras decretando processo de moratória, assim como a Argentina. 
Dessa forma, os entes soberanos, precisavam ser catalogados para 
melhor entendimento da expectativa de risco. Assim, a seguir será apresentada 
a tabela de enquadramento onde as três maiores instituições de métricas 
financeiras, enquadram os entes soberanos. 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:http://www.ie.ufrj.br/intranet/ie/userintranet/hpp/arquivos/canuto_o._e_santos_p._risco_s
oberano_e_premios_de_risco_2003.pdf 
 
Porém, segundo o Banco Central brasileiro, de forma oficial, o Brasil 
possui contrato firmado para classificação de seu risco de crédito das agências 
de classificação de risco: Standard & Poor´s (S&P), Fitch Ratings e Moody´s. 
Porém, existem ainda outras agências internacionais, que também fazem o 
monitoramento do risco de crédito do país. Temos, por exemplo, a Dominion 
Bond Rating Service (DBRS), a Japan Credit Rating Agency(JCR) e Rating and 
Investment Information (R&I). 
 
Resumo da Aula 
 
Nesta aula foi possível verificar a importância do monitoramento de risco 
no sistema econômico e na macroeconomia. Iniciamos a aula apresentando 
fundamentos da macroeconomia e também a importância da construção de 
cenários econômicos para o planejamento estratégico. Também analisamos os 
riscos corporativos, riscos financeiros, riscos de crédito, riscos de variação 
 
49 
 
cambial e de taxa de juros entre outros, com a intenção de apresentar a 
implicação dos riscos no cenário financeiro e na economia como um todo. 
Verificamos a função das agências de classificação de risco e o impacto em 
eventos derisco no mercado. 
Assim, foi possível entender a importância dos riscos e do seu respectivo 
monitoramento no sistema financeiro global. Verificamos, na prática, as noções 
de riscos e analisamos as grandes agências responsáveis por esse 
monitoramento e divulgação de relatórios que auxiliam na tomada de decisão, 
dos agentes financeiros na economia. Esse monitoramento, no âmbito 
econômico, é extremamente importante e volátil. Permanentemente notícias e 
eventos de impacto de risco econômico são visualizados, alterando a ação dos 
envolvidos no sistema financeiro. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Pesquise na atualidade, qual a nota de crédito recebida pelo 
Brasil nas agências de risco de crédito. Visualize que essas 
agências também atribuem nota a outras diversas empresas 
brasileiras. Verifique as notas delas também. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Resumo da disciplina 
A disciplina gestão integrada de risco apresentou conceitos e uma 
metodologia para a Gestão de Risco criada pelo PMI (Project Management 
Institute). Analisou técnicas de ordenação de atividades para o monitoramento, 
identificação e planejamento de resposta aos riscos que tem como intuito, 
facilitar o processo de decisão sobre os eventos de risco. Também apresentou 
fundamentos da macroeconomia e construção de cenários econômicos com a 
intenção de facilitar o planejamento estratégico. 
A disciplina também apresentou informações sobre riscos do mercado 
financeiro. Foi apresentado informações sobre riscos de crédito, de variação da 
taxa de juros, variação cambial e riscos de mercado entre outros. Também foi 
apresentada a importância das agências de classificação da nota de crédito dos 
entes soberanos, como forma de antever um risco de possível inadimplência e 
realizar assim, uma atuação proativa em um cenário de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
Referências 
 
 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 31000, 2009. 
Sistema de Gestão de Qualidade Requisitos. Associação Brasileira de 
Normas Técnicas – ABNT. Rio de Janeiro 
 
BARKLEY, B.T. Project Risk Management. New York: McGraw-Hill, 2004. 
CARVALHO, M. M.; RABECHINI Jr., R. Construindo Competências para 
Gerenciar Projetos: Teoria e Casos. São Paulo: Atlas, 2005. 
 
DISMORE; P. C.; NETO, F. H. S.; Gerenciamento de Projetos: Como Gerenciar 
Projetos com Qualidade, Dentro do Prazo e Custos Previsto. 5ª Reimpressão. 
Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, 2010. 
 
FERREIRA, B.; DINIZ, T.; AMARAL, H.; Avaliação do Risco Soberano: O 
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<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-
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HULETT D. T. Key Characteristics of a Mature Risk Management Process. 
New York: International Institute for Learning, 2002. 
 
KERZNER, H. Gestão de Projetos: As Melhores Práticas. Porto Alegre: 
Bookman, 2002. 
 
KERZNER, H. Project Management: A Systems Approach to Planning, 
Scheduling and Controlling. New York: John Wiley & Sons, 1998 
 
KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2007. 
 
MANKIW, N. G.; Introdução à Economia: Princípios de Micro e 
Macroeconomia. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 
NBR ISO 10006. Gestão de Qualidade – Diretrizes para a Qualidade no 
Gerenciamento de Projetos. ABNT – Associação Brasileira de Normas 
Técnicas, 2000. 
 
PMBOK. A Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK 
Guide). 4ª ed. Newtown Square: PMI, 2008. 
 
PORTER, M. E.; Competição: Estratégias Competitivas Essenciais. 7. ed. Rio 
de Janeiro: Campus, 1999. 
 
SINKEY, J. F.; Commercial Bank Financial Management. New Jersey: 
Prentice Hall, 1998. 
 
SMITH, P. G.; MERRITT, G. M. Proactive Risk Management: Controlling 
Uncertainty in Product Development. Nova York: Productivity, 2002.

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