Buscar

Unidade didática de ensino em primeiros socorros

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________338 
 
 
UNIDADE DIDÁTICA DE ENSINO DOS PRIMEIROS SOCORROS 
PARA ESCOLARES: EFEITOS DO APRENDIZADO 
 
 
Charles Wesley Alves Costa 
Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, Pernambuco, Brasil 
 
Diego Luz Moura 
Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, Pernambuco, Brasil 
 
Francisco Luís de Oliveira Costa 
Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, Pernambuco, Brasil 
 
Roberta de Sousa Melo 
Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, Pernambuco, Brasil 
 
Sérgio Rodrigues Moreira 
Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, Pernambuco, Brasil 
 
 
 
 
 
Resumo 
O ensino do conteúdo Primeiros Socorros (PS) deve ser oportunizado na escola, uma vez que todo 
indivíduo poderá, em algum momento da vida, necessitar de tal conhecimento. O objetivo do 
estudo foi investigar o rendimento do aprendizado e sua retenção, sobre uma unidade didática de 
ensino do conteúdo PS para escolares. Foi aplicada uma unidade didática para 20 estudantes do 
Ensino Fundamental, divididos em dois grupos: ‘Controle (C)’ e ‘PS’. A unidade didática 
contemplou o ensino da contenção de hemorragia, queimaduras e parada cardiorrespiratória. Foi 
adotado um método avaliativo padronizado para os conteúdos na pré-intervenção, e pós-intervenção 
- de cinco e a 45 dias. Ao contrário do C, o PS obteve resultados de aprendizado significativos aos 
cinco e aos 45 dias pós-intervenção (p<0,05), diferindo estatisticamente do C (p<0,05). Conclui-se 
que a unidade didática de ensino pode ser efetiva no aprendizado dos PS para escolares. 
Palavras-chave: Primeiros Socorros. Aprendizagem. Retenção. Escolares. 
 
 
Introdução 
 
 A história do atendimento de primeiros socorros pode ser lembrada pelos ensinamentos de 
médicos cirurgiões aos soldados que estavam em batalhas, para que estes realizassem condutas 
iniciais para socorrer militares feridos (MARKENSON et al., 2010). Tais condutas mostraram-se 
eficazes e realmente conseguiram diminuir a quantidade de combatentes mortos em batalhas. Esses 
DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________339 
 
 
procedimentos contemplavam condutas simples de contenção de hemorragias, reanimação 
cardiopulmonar, entre outras ações importantes para manter o suporte básico da vida 
(MARKENSON et al., 2010). 
A expressão ‘primeiros socorros’ é usada para caracterizar uma série de procedimentos 
adotados com o fim de preservar vidas em risco iminente e em condições de urgência e emergência 
(CBMPR, 2013). Esses procedimentos geralmente são realizados por pessoas comuns, com 
conhecimento teórico e prático acerca das técnicas utilizadas. Os conhecimentos de primeiros 
socorros são escalonados de acordo com o nível de conhecimento na área, necessidade de emprego 
e maturidade dos educandos. Nesse caminho, especula-se que o conhecimento sobre primeiros 
socorros se faz necessário nas diferentes faixas etárias e para indivíduos de diferentes segmentos 
sociais e profissionais, pois o emprego desses procedimentos pode se fazer necessário para os mais 
variados grupos de uma população. Entretanto, apesar da explícita exposição sobre tal conteúdo, 
esse conhecimento ainda precisa ser ensinado e de fato absorvido pela população, visando a uma 
eficiente utilização quando necessário, nas diferentes situações de risco da vida diária e pelos 
diferentes grupos sociais envolvidos. Cabe salientar, portanto, a importância deste estudo, inclusive 
por abordar situações que fazem parte do cotidiano dos indivíduos envolvidos, colaborando, assim, 
com novos conhecimentos e informações significativas para a cultura do “prestar socorro”. 
Ademais, foi noticiado em programa televisivo de abrangência nacional no ano de 2013 
(informação verbal)
55
, que uma criança com prévio treinamento em primeiros socorros, tornara-se 
“herói” ao salvar seu irmão em uma situação de urgência e necessidade de suporte à vida. Nesta 
mesma reportagem foi relatado que os Bombeiros do Estado de São Paulo possuíam um programa 
de instrução para prevenção de acidentes e procedimentos de emergência em escolas públicas do 
referido estado. Contudo, essa realidade não ocorre em todos os estados do País, com necessidade 
de criação de diversificados programas de treinamento aplicados por essas entidades competentes, 
ou mesmo formatação de unidades didáticas de ensino que viabilizem essa instrumentalização, 
visando à sua aplicação nos diversos segmentos da sociedade e entre as diferentes faixas etárias. 
Em ambiente escolar, o conteúdo primeiros socorros costumeiramente é ministrado pelos 
professores de Educação Física. Em pesquisa realizada por Bernardes, Maciel & Del Vecchio 
(2007), os professores de Educação Física apresentaram nível regular de capacitação em primeiros 
socorros, e não realizaram outra capacitação além da formação básica, tendo demonstrado 
deficiência em abordagens mais críticas, como, por exemplo, sobre o aspecto cardiopulmonar. 
Na atualidade, diversos estudos na área dos primeiros socorros (GHIROTTO, 1998; 
SANTANA, 1999; PERGOLA, 2009; MAIA et al., 2012) foram realizados com foco apenas no 
conhecimento de professores sobre o conteúdo, e nenhum deles com direção a testagem e 
implementação de unidades didáticas de ensino-aprendizagem. 
Na perspectiva desse problema, seria de grande importância o ensino deste conteúdo visando 
à transmissão eficiente de tal conhecimento a escolares, uma vez que estes podem ser agentes 
multiplicadores da cultura de socorrer da forma correta, sem causar danos secundários à vítima de 
um acidente inesperado (ALVAREZ & CANETTI, 2007). Sendo assim, os objetivos do presente 
 
55
 Notícia transmitida pelo programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão. Disponível em: 
<http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/03/menino-vira-heroi-ao-salvar-irmao-apos-ter-aula-de-primeiros-
socorros.html>. Acesso em: 30 mar. 2013. 
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/03/menino-vira-heroi-ao-salvar-irmao-apos-ter-aula-de-primeiros-socorros.html
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/03/menino-vira-heroi-ao-salvar-irmao-apos-ter-aula-de-primeiros-socorros.html
DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________340 
 
 
estudo foram: 1) investigar os efeitos de rendimento do aprendizado de uma unidade didática de 
ensino do conteúdo ‘primeiros socorros’ em escolares do Ensino Fundamental; e, 2) verificar a 
retenção do conhecimento adquirido a partir da unidade didática de ensino aplicada. 
 
Materiais e Métodos 
 
Amostra e Cuidados Éticos 
O estudo de caráter experimental com o grupo Controle foi realizado entre 20 alunos de 
ambos os sexos (13 Fem. e sete Masc.) do Ensino Fundamental do 8º ano de escola do Estado da 
Bahia. A amostra foi selecionada por conveniência e dividida em dois grupos. As características 
gerais da amostra estão apresentadas na Tabela 1. 
A pesquisa atendeu todos os procedimentos éticos norteadores da resolução 466/12 do 
Conselho Nacional de Saúde (CNS). A unidade escolar foi informada de todos os procedimentos 
realizados na pesquisa e assinou carta de anuência. Todos os responsáveis e participantes foram 
comunicados sobre os procedimentos éticos e assinaram o Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido. Destaca-se que, de igual modo, após término dos procedimentos experimentais da 
pesquisa, o grupo Controle também foi contemplado com a unidade didática de ensino dos 
primeiros socorros, atendendo assim os pressupostos éticos para grupo-controle, segundo a 
Resolução 466/12–CNS. 
 
Procedimentos 
A pesquisa foi realizada nas dependências de duassalas de aula do colégio participante. Para 
evitar o contato entre os alunos dos diferentes grupos, foram selecionados para o grupo Controle 
estudantes do turno vespertino e, para o grupo Primeiros Socorros, estudantes do turno matutino. A 
aplicação da unidade didática de ensino e das avaliações pré e pós-ensino- aprendizagem foram 
realizadas no contraturno dos escolares. Durante a aplicação da unidade didática de ensino-
aprendizagem dos primeiros socorros foram ensinadas técnicas de contenção de hemorragias 
(HEMO), atendimento inicial a queimaduras (QUEIM) e procedimentos para suporte à vida durante 
a parada cardiorrespiratória (PCR). 
Os procedimentos avaliativos da eficiência da unidade didática empregada foram aplicados 
por um avaliador externo convidado, o qual não tinha conhecimento da mesma e nem da divisão 
dos grupos. O mesmo avaliador, um oficial Capitão do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, 
também desconhecia quais alunos faziam parte do grupo Controle e do grupo Primeiros Socorros. O 
mesmo adotou os procedimentos avaliados de forma semelhante em HEMO, QUEIM e PCR para 
ambos os grupos. Cada aluno foi avaliado individualmente nos momentos pré- e pós-ensino-
aprendizagem, cinco dias após o ensino (1ª avaliação), com objetivo de verificar a eficiência da 
aplicação da unidade didática, e 45 dias após o ensino (2ª avaliação), com o objetivo de verificar a 
retenção do conhecimento pelos escolares. 
 
 
 
 
DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________341 
 
 
Unidade Didática de Ensino dos Primeiros Socorros 
 
A unidade didática contemplou o ensino dos conteúdos HEMO, QUEIM e PCR. Tais 
conteúdos foram trabalhados durante dois dias, com duração total de seis horas, através de 
exposição ilustrada e dialogada dos assuntos (documento suplementar). Também foram incluídas 
atividades práticas. O modelo de ensino adotado pelo instrutor priorizou informações do Manual 
Básico de Socorro de Emergência (ALVAREZ & CANETTI, 2007). Em síntese, os conteúdos foram 
trabalhados a partir das seguintes diretrizes: 1. ‘Chamar Socorro’: números 190, 193 ou 192; 2. 
‘Hemorragia’: biossegurança (uso de equipamentos de proteção individual), pressão direta no 
ferimento, elevação do membro lesado, ponto de pressão, curativo compressivo; 3. ‘Queimaduras’: 
usar água corrente, remover joias, evitar remédios caseiros (ex. ovo, creme dental, margarina, borra 
de café, etc.), não perfurar as bolhas, regra dos 9 (braço 9%) e; 4. ‘Parada Cardiorrespiratória’: 
manter a vítima em decúbito dorsal, utilizar local rígido e plano, identificar pulso carotídeo, braços 
estendidos do socorrista durante a massagem cardíaca, 100 massagens cardíacas por minuto, sendo 
o protocolo para leigos sugerido por Markenson et al. (2010). Ao final de cada conteúdo, exemplos 
de fixação do conhecimento foram enfatizados na HEMO, QUEIM e no PCR. 
A principal meta que a aplicação da unidade didática proposta busca atender é preparar o 
jovem escolar para uma eventual situação de emergência ou urgência, bem como capacitá-lo a atuar 
em circunstâncias que exijam um atendimento rápido, eficaz e capaz de salvar vidas. 
No primeiro conteúdo, foram ensinados aos alunos o conceito e a classificação das 
hemorragias (internas, externas, arteriais e venosas). A partir disso, foram transmitidas informações 
sobre contenção das hemorragias. Tratou-se primeiramente da necessidade de utilizar “barreiras de 
proteção” durante o contato direto com sangue (biossegurança), sendo verificado o uso de luvas, 
óculos e máscara. No caso de não haver esses equipamentos de proteção individual (EPI), o jovem 
socorrista (JS) poderia adotar de “meio de fortuna” e improvisar utilizando, por exemplo, um saco 
plástico limpo. As formas de contenção de hemorragias ensinadas foram: Pressão Direta — quando 
o JS, utilizando barreiras de proteção, contém de forma direta e firme o local da hemorragia; 
Elevação do membro — quando o JS, utilizando barreiras de proteção, eleva o membro superior ou 
inferior onde está ocorrendo a hemorragia até uma altura superior à linha do coração, para que a 
gravidade ajude na contenção da mesma; Ponto de Pressão (Pressão Indireta) — quando o JS, 
utilizando barreiras de proteção, realiza a pressão na artéria braquial, no caso de hemorragia em 
membros superiores, ou a artéria femoral, no caso de hemorragia em membros inferiores, 
utilizando, por exemplo, uma mangueira de jardim que, ao ser pressionada, diminui 
significativamente o fluxo de água; e o Curativo Compressivo — quando o JS, utilizando barreiras 
de proteção, desenrola uma atadura limpa, de maneira firme no local da hemorragia, realizando 
pequena compressão, apenas para contê-la, e não para impedir totalmente o fluxo sanguíneo, 
fixando a parte final da atadura com esparadrapo ou realizando um ‘nó simples’. 
O segundo conteúdo trabalhado na unidade didática foi queimaduras, ocasião em que foram 
ensinadas aos alunos as classificações das queimaduras quanto à profundidade e quanto à extensão, 
sendo que no primeiro caso as queimaduras podem ser de primeiro grau — quando ocorre apenas 
dor e vermelhidão na pele de forma superficial; de segundo grau — quando além da dor local e 
vermelhidão ainda formam bolhas, de forma mais profunda; e de terceiro grau — quando existe dor, 
vermelhidão, formação de bolhas e ainda pode queimar mais profundamente os ossos, articulações e 
nervos. No segundo caso, a extensão da queimadura pode ser avaliada e medida seguindo a Regra 
DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________342 
 
 
dos 9 (ALVAREZ & CANETTI, 2007). A partir da classificação das queimaduras, ocorreu a 
instrumentalização sobre o que fazer e não fazer em situações de atendimento quando inicialmente 
foi ensinado ao JS a utilizar água corrente para lavar o local afetado, bem como gerar sensação de 
alívio quanto ao aquecimento causado pela queimadura (queimadura por calor, queimaduras por 
frio, elétricas e químicas). Outro ponto importante foi a orientação sobre a necessidade de remoção 
imediata das joias que eventualmente a vítima estiver utilizando, especialmente nos dedos, pois 
assim evitam-se complicações por formação de edemas. Outro ponto abordado no conteúdo de 
queimaduras foi a atenção quanto aos remédios caseiros que deveriam ser evitados, tais como: 
aplicação de ovos, margarina, creme dental e até mesmo borra de café no momento e local em que 
ocorre a queimadura. Tais opções equivocadas poderiam provocar infecções no local da 
queimadura. Ademais, a ação de não perfurar as bolhas com alfinetes ou agulhas, mesmo que 
estéreis ou esterilizadas, já seria uma estratégia de segurança contra infecções locais. 
O terceiro e último conteúdo ministrado na unidade didática dos primeiros socorros foi a 
parada cardiorrespiratória, onde os alunos foram orientados a verificar se a vítima respira e se tem 
pulso. Previamente, foi definido o conceito de parada cardíaca, além de terem sido dadas instruções 
sobre como identificá-la em jovens e adultos através do pulso carotídeo. Nesse momento, cada 
aluno localizou seu próprio pulso carotídeo e o de outro colega (prática em duplas). Salientou-se 
ainda que o local da verificação do pulso em bebês é o pulso braquial. A partir disso, seguiu-se com 
os procedimentos de como fazer uma massagem cardíaca eficiente, através dos seguintes passos: 1. 
Vítima posicionada em decúbito dorsal; 2. Sobre uma superfície plana e rígida; 3. Identifica-se o 
pulso carotídeo; 4. Mantêm-se os braços estendidos; 5. Posiciona-se o “calcanhar da mão” do JS 
sobre o centro do peito da vítima, na linha dos mamilos; e, 6. Realizam-se 100 compressões por 
minuto, conforme protocolo para leigos (MARKENSON et al., 2010). 
Durante a aplicação da unidade didática de ensino foi importantedestacar que no adulto são 
utilizados os dois braços para realização das compressões cardíacas, que deve ter um comprimento 
de um terço da largura do tórax da vítima; no idoso e na criança utiliza-se apenas um braço; no caso 
do bebê, utilizam-se apenas dois dedos, sendo que o local de posicionamento dos dois dedos do JS 
seria a aproximadamente um dedo abaixo da linha dos mamilos da vítima. Para concluir, a aula foi 
conduzida com importantes informações de quando se deve encerrar o procedimento de salvamento 
em PCR. Tal condição ocorreria por: 1. Retorno da respiração espontânea (com uma parada não 
superior a 10 segundos para reavaliar a respiração e o pulso da vítima); 2. Com a chegada de uma 
equipe de suporte avançado de vida; ou, 3. Quando a vítima for entregue aos cuidados médicos em 
um hospital ou posto de saúde. Outras informações também necessárias são as que definem quando 
não realizar o procedimento de salvamento em PCR, sendo: 1. Ao encontrar vítimas de calcinação 
(totalmente queimadas); 2. Em rigidez cadavérica (passado muito tempo da morte); 3. Em 
decapitação (com a cabeça separada do corpo); ou, 4. No caso mais importante, com a pessoa em 
boas condições de saúde, pois neste último caso, jovens (crianças e/ou adolescentes) ainda sem uma 
plena maturidade, poderiam entusiasmar-se pelos conteúdos aprendidos e tentarem aplicá-los em 
indivíduos próximos como irmãos, primos, colegas e vizinhos. Sendo assim, destacou-se que, numa 
condição de boa saúde, o coração funciona com estímulos elétricos, e que não seria saudável, 
anatomofisiologicamente, aplicar estímulos mecânicos neste órgão. Ao final de todo o conteúdo 
trabalhando, ainda foi realizada uma breve revisão geral, visando à fixação do conteúdo e à 
minimização de possíveis dúvidas sobre o assunto. 
DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________343 
 
 
Ademais, a assimilação desses novos saberes e de novas posturas para lidar com essas 
situações pode ser visto como algo positivo para a rotina dos escolares, além de estimular sua 
habilidade em transmitir seu aprendizado entre as pessoas próximas. 
 
Avaliação dos Conteúdos da Unidade Didática 
 
Para HEMO o avaliador mostrou um boneco com maquiagem de hemorragia em um dos 
membros superiores. Mostrou ainda os vários objetos que repousavam sobre a mesa, tais como: 
luva de procedimento, saco plástico limpo, atadura, gaze, esparadrapo, pano sujo e esponja de lavar 
pratos. Após visualização pelo JS o avaliador lhe indagou: “Esta criança caiu, cortou seu braço 
direito profundamente e está sangrando, como você pode ver. Você poderá utilizar qualquer desses 
itens ou nenhum deles. Como você agiria na contenção desta hemorragia?”. Para QUEIM o 
avaliador mostrou o outro membro superior do boneco com maquiagem de queimadura na região do 
braço e uma bolha decorrente de queimadura de segundo grau. Na cena (mesa) foi adaptada uma 
torneira para saída ilustrativa de água. No braço do boneco haviam joias (bijuteria), havia ainda na 
mesa borra de café, creme dental, ovos, margarina e alfinetes. Após visualização pelo JS o avaliador 
perguntou-lhe: “O que fazer em caso de queimadura e como sabemos ou calculamos quantos por 
cento do corpo foi afetado pela queimadura, lembrando que queimou apenas um dos membros 
superiores?”. Na avaliação do conteúdo PCR, o avaliador deixou um boneco sentado numa cadeira 
e informou que ele possivelmente foi vítima de um infarto ou de uma parada cardíaca. Após 
visualização pelo JS, o avaliador questionou: “Como você sabe se a vítima teve uma parada 
cardíaca e o que você poderá fazer?”. O resultado esperado para os diferentes conteúdos consta no 
Quadro 1, sendo atribuído, para cada item correto, o valor de dois pontos, e para cada item 
incorreto, o valor de zero pontos. A somatória de cada conteúdo no quadro poderá chegar ao valor 
de 10 pontos, e ao final é atribuída a média das notas dos três conteúdos. 
 
Conteúdo Procedimentos Pontos 
A. Hemorragia (HEMO) 
1. Biossegurança; 2. Pressão Direta; 3. Elevação do membro; 4. Ponto de 
Pressão; 5. Curativo Compressivo. 
 
B. Queimadura (QUEIM) 
1. Uso de água corrente; 2. Remover jóias; 3. Evitar remédios caseiros; 4. Não 
furar bolhas; 5. Regra dos 9 (superfície). 
 
C. Parada 
Cardiorrespiratória (PCR) 
1. Vítima em decúbito dorsal; 2. Local rígido e plano; 3. Identificar Pulso 
Carotídeo; 4. Braços estendidos na massagem; 5. Compressões 100/min. 
 
Total Média dos três conteúdos. 
Quadro 1. Modelo de avaliação nos conteúdos Hemorragia 
(A), Queimadura (B) e Parada Cardiorrespiratória (C). 
 
Após avaliação dos conteúdos de primeiros socorros adotados no presente estudo para ambos 
os grupos (Controle e Primeiros Socorros) nos momentos pré- e pós-ensino-aprendizagem (1ª 
avaliação: cinco dias após a intervenção, e 2ª avaliação: 45 dias após a intervenção, apenas para o 
grupo Primeiros Socorros), os resultados foram tabulados em planilha eletrônica para cálculo das 
médias dos resultados obtidos para cada conteúdo de ensino, bem como das médias do conteúdo 
total trabalhado na unidade didática de ensino dos primeiros socorros. 
DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________344 
 
 
Análise Estatística 
 A normalidade dos dados foi testada pelo Shapiro-Wilk test. A análise dos dados foi realizada 
a partir de estatística descritiva com medidas de tendência central (média), dispersão (desvio 
padrão) e frequências percentuais. Teste t de Student pareado e não paramétrico (Wilcoxon matched 
pairs test) dentro do grupo Controle (Pré vs. Pós
1
), e teste t de Student para amostras independentes, 
comparando o pré-teste entre grupos (Mann-Whitney test) foram adotados. Análise de variância 
ANOVA para medidas repetidas com Post Hoc de Dunn — Friedman test (para dados não 
paramétricos), que detectou as possíveis diferenças dentro do grupo Primeiros Socorros (Pré vs. 
Pós
1
 vs. Pós
2
). Além disso, uma ANOVA ordinária com Post Hoc de Dunn — Kruskal-Wallis test 
(para dados não paramétricos) evidenciou as possíveis diferenças das variações percentuais do pré 
para o pós-treinamento entre os grupos Controle e Primeiros Socorros. O nível de significância 
adotado no estudo foi p<0,05 e o software utilizado foi o GraphPad InStat (versão 3.0). 
 
RReessuullttaaddooss 
 
A Tabela 1 apresenta as características antropométricas da amostra de escolares para o grupo 
Controle, o qual não recebeu o ensino através da unidade didática, e para o grupo Primeiros 
Socorros, o qual recebeu a intervenção da unidade didática. Constata-se que ambos os grupos não 
diferem nas características gerais apresentadas (p>0,05), o que, nesses aspectos, deixa-os pareados 
para posteriores comparações. 
 
 
 Controle 
Primeiros 
Socorros 
p 
Amostra (n) 
Idade (anos) 
10 
12,9±0,6 
10 
13,0±0,5 
- 
0,673 
Peso (Kg) 54,3±14,3 58,7±18,9 0,564 
Estatura (cm) 162,0±7,0 163,0±8,0 0,725 
IMC (Kg.m
2(-1)
) 20,5±3,9 21,7±4,9 0,554 
IMC: Índice de Massa Corporal. 
Tabela 1. Características gerais dos participantes dos grupos 
Controle e Primeiros Socorros. 
 
A Tabela 2 apresenta a comparação, no grupo Controle e grupo Primeiros Socorros, das 
condições pré e pós-ensino-aprendizagem de primeiros socorros. Evidenciou-se que, ao contrário do 
grupo Controle, o grupo que recebeu a intervenção com a unidade didática de ensino dos primeiros 
socorros obteve resultados estatisticamente superiores de rendimento de aprendizado na Avaliação 
1, aos cinco dias após o ensino (Pós
1
), e na Avaliação 2 aos 45 dias após o ensino (Pós
2
), nos 
componentes queimadura (QUEIM) e reanimação por parada cardiorrespiratória (PCR), bem como 
na média total de todos os componentes avaliados (p<0,05). Para o conteúdo HEMO, quando 
comparado a condição pré-avaliação,ocorreu aumento do rendimento de aprendizado (p<0,01) na 
Avaliação 1 aos cinco dias após o ensino (Pós
1
), sem aumento significativo na Avaliação 2 aos 45 
DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________345 
 
 
dias após o ensino (Pós
2
), contudo, o resultado obtido no momento Pós
2
 não diferiu do momento 
Pós
1
 (p>0,05). 
 
 Controle (n=10) Primeiros Socorros (n=10) 
 Pré Pós
1
 Pré Pós
1
 Pós
2
 
HEMO 1,80±0,63 1,80±0,63 1,40±1,35 9,40±1,00* 5,60±1,84 
QUEIM 1,20±1,03 1,40±1,35 1,20±1,40 9,20±1,00* 8,00±2,11* 
PCR 0,20±0,63 0,60±1,35 1,20±1,93 9,60±0,80* 9,20±1,93* 
TOTAL 1,07±0,47 1,27±0,49 1,27±1,24 9,40±0,66* 7,60±1,48** 
HEMO: Conteúdo hemorragia; QUEIM: Conteúdo queimadura; PCR: Conteúdo parada 
cardiorrespiratória; TOTAL: Média de todo conteúdo pedagógico trabalhado; Pós
1-2
: 1ª e 2ª 
avaliação no momento pós-intervenção. *p<0,01 em relação ao Pré no mesmo grupo; **p<0,05 em 
relação ao Pré no mesmo grupo; †p<0,05 em relação ao Pós
1
 no mesmo grupo. 
Tabela 2. Média (±DP) do rendimento escolar no conteúdo primeiros socorros pré-ensino-
aprendizagem (Pré) e pós-ensino aprendizagem (Pós
1-2
) nos grupos Controle e Primeiros Socorros. 
 
 A Figura 1 apresenta a variação percentual do rendimento nos conteúdos de primeiros 
socorros, considerando o resultado da condição pós-ensino-aprendizagem menos a condição pré-
ensino-aprendizagem para o grupo Controle e grupo Primeiros Socorros. Verifica-se que ocorreram 
aumentos entre 80 e 84% no aprendizado do grupo Primeiros Socorros na 1ª avaliação após 
aplicação da unidade didática de ensino (cinco dias após o ensino) e aumentos entre 42 e 80% no 
aprendizado ao se considerar a 2ª avaliação após aplicação da unidade didática de ensino (45 dias 
após o ensino). Ao considerar o rendimento total do aprendizado de primeiros socorros neste grupo, 
ocorreram aumentos de 81,3% (cinco dias após o ensino) e 63,3% (45 dias após o ensino), sendo 
esses valores estatisticamente significantes (p<0,01) quando comparados ao grupo Controle, o qual 
obteve aumentos não significantes entre 0 e 4% (p>0,05). 
 
Figura 1. Média (±DP) da variação percentual (∆%) do rendimento pós-
ensino-aprendizagem para o rendimento pré-ensino-aprendizagem nos 
DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________346 
 
 
grupos Controle (n=10) e Primeiros Socorros (n=10) na 1ª (PS1) e 2ª 
avaliação (PS2). HEMO: Conteúdo hemorragia; QUEIM: Conteúdo 
queimadura; PCR: Conteúdo parada cardiorrespiratória; TOTAL: Média de 
todo conteúdo pedagógico trabalhado. **p<0,01 em relação ao grupo 
Controle dentro de cada conteúdo; *p<0,05 em relação ao PS1 no 
conteúdo HEMO; †p<0,05 em relação ao grupo Controle no conteúdo 
HEMO. 
 
DDiissccuussssããoo 
 
 Os principais achados do presente estudo indicaram que a unidade didática de ensino-
aprendizagem do conteúdo primeiros socorros repercutiu em um significativo rendimento de 
aprendizado dos conteúdos HEMO, QUEIM e PCR em escolares do Ensino Fundamental. Além 
disso, com exceção do conteúdo HEMO, ocorreu retenção do conhecimento para os conteúdos 
QUEIM, PCR e conteúdo total quando a amostra foi novamente avaliada 45 dias após a aplicação 
da unidade didática (Tabela 2 e Figura 1). Embora os escolares não tenham retido o conhecimento 
do conteúdo HEMO aos 45 dias após realização da unidade didática de ensino, os resultados ainda 
se mostraram significantemente superiores quando comparados ao grupo Controle (Figura 1). O 
grupo Primeiros Socorros aumentou em cerca de 80 e 84% o aprendizado nos diferentes conteúdos 
abordados (contenção de hemorragia, queimadura e parada cardiorrespiratória) na 1ª avaliação após 
aplicação da unidade didática, cinco dias pós-ensino, e aumentou entre 42 e 80% no aprendizado ao 
se considerar a 2ª avaliação após aplicação da unidade didática, 45 dias pós-ensino. Ao considerar o 
rendimento total do aprendizado de primeiros socorros neste grupo, ocorreram aumentos de 81,3% 
(1ª avaliação) e 63,3% (2ª avaliação), sendo esses valores estatisticamente superiores (p<0,01) 
quando comparados ao grupo Controle, o qual obteve aumentos não significantes entre 0 e 4% 
(Figura 1). 
Alguns autores têm verificado a importância e/ou o conhecimento de profissionais da área da 
saúde sobre os conteúdos de primeiros socorros (GHIROTTO, 1998; SANTANA, 1999; 
PERGOLA, 2009; MAIA et al., 2012). Entretanto, ainda existe uma carência de informações quanto 
à proposição de unidades didáticas de ensino e aprendizagem direcionadas a escolares, o que foi 
proposto neste trabalho. Em nosso conhecimento, esse é o primeiro estudo, com grupo-controle e 
avaliação cega a investigar a efetividade e a retenção do conhecimento com a aplicação de uma 
unidade didática de ensino e aprendizagem de primeiros socorros em adolescentes escolares do 
Ensino Fundamental. 
A partir da unidade didática para o ensino do conteúdo primeiros socorros proposto no 
presente estudo para escolares adolescentes do Ensino Fundamental, a qual demonstrou sua 
efetividade no ensino-aprendizagem desse assunto, espera-se contribuir para a orientação de 
profissionais da saúde que visam à formação de jovens (crianças e adolescentes) mais preparados 
para cuidar da saúde e integridade da vida do próximo em situação de urgência e/ou emergência 
durante um acidente e/ou condição de risco de vida iminente. Além da possível atuação desse 
escolar em uma situação real de atendimento de primeiros socorros, poderão promover a 
multiplicação dos conhecimentos, tanto a seus pares como a seus familiares e cidadãos em comum 
na sociedade. Além disso, passará a melhor compreender o processo saúde–doença e vida–morte, o 
DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________347 
 
 
que naturalmente possibilitará o maior cuidado e preocupação com a qualidade de vida da 
população. 
Uma limitação do presente estudo foi não ter investigado uma unidade didática tradicional de 
ensino dos primeiros socorros, como por exemplo, o ensino que vem sendo realizado sobre esse 
assunto nas escolas. Tal limitação se justifica pela dificuldade de se verificar a sistematização desse 
conteúdo, já que o assunto fica resumido a comentários diluídos em diferentes disciplinas da escola. 
Nesse sentido, pensando numa aplicação prática, torna-se necessário que se construa um 
aparato legal que garanta a inserção dos conteúdos de primeiros socorros na escola, com um aspecto 
mais formal e ajustando-os à carga horária escolar, para assim se estabelecer uma relação de ensino 
e aprendizagem que valorize a metodologia didática de aplicação do conteúdo e, sobretudo, sua 
avaliação. 
 
Considerações Finais 
 
Conclui-se que a unidade didática de ensino-aprendizagem do conteúdo primeiros socorros 
pode ser efetiva no rendimento de aprendizagem em adolescentes escolares do Ensino Fundamental. 
Em adicional, com exceção do conteúdo hemorragia, ocorreu retenção do conhecimento no grupo 
experimental de primeiros socorros 45 dias após o ensino. Sugere-se mais estudos investigando 
novas metodologias de ensino dos primeiros socorros para escolares do Ensino Fundamental, 
especialmente para o conteúdo hemorragia, o qual a retenção do conhecimento não foi satisfatória, 
bem como propondo metodologias para escolares de faixas etárias diferentes às estudadas na 
presente pesquisa. 
 
TRAINING UNIT OF TEACHING FIRST AID FOR SCHOOL CHILDREN: THE EFFECTS 
OF LEARNING 
 
AAbbssttrraacctt 
The teaching of first aid (FA) should be provided in school, since everyone may at some point in 
life require such knowledge. The objective of this study was to investigate the efficiency of learning 
and its retention on a teaching unit ofFA content for schoolchildren. Teachers applied a teaching 
unit for 20 elementary school students, divided into Control (C) and FA groups. The teaching unit 
included the teaching of bleeding containment, burns, and cardiopulmonary arrest. Researchers 
adopted a standardized evaluation method to the contents in the pre-intervention, at 5 and 45 days 
post-intervention. Unlike C, the FA group had significant learning outcomes at 5 and 45 days post-
intervention (p<0.05), differing statistically from the C group (p<0.05). We concluded that the 
teaching unit can be effective for school children in FA learning. 
Keywords: First Aid. Learning. Retention. School. 
 
 
 
 
 
 
DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________348 
 
 
UNIDAD DIDÁCTICA DE ENSEÑANZA DE LOS PRIMEROS AUXILIOS PARA 
ESCOLARES: EFECTOS DEL APRENDIZAJE 
 
Resumen 
La enseñanza de contenidos de Primeros Auxilios (PA) debe proporcionarse en la escuela, ya que 
cualquier persona podrá, en algún momento de la vida, necesita de dichos conocimientos. El 
objetivo del estudio fue investigar el rendimiento del aprendizaje y su retención en una unidad 
didáctica de contenido del PA para escolares. Fue aplicada una unidad didáctica para 20 estudiantes 
de la Enseñanza Fundamental, divididos en dos grupos: ‘Controle (C)’ y ‘PA’. La unidad didáctica 
contempló la enseñanza de la contención de hemorragia, quemaduras y parada cardiorrespiratoria. 
Fue adoptado un método evaluativo estandarizado para los contenidos en la pre-intervención y pos-
intervención de 5 a 45 días. A lo contrario del C, el PA obtuve resultados de aprendizaje 
significativos a los 5 y 45 días pos-intervención (p<0,05), difiriendo estadísticamente del C 
(p<0,05). La conclusión es que la unidad didáctica de enseñanza puede ser efectiva en el 
aprendizaje de los PA para escolares. 
Palabras-clave: Primeros Auxilios. Aprendizaje. Retención. Escolares. 
 
RReeffeerrêênncciiaass 
 
ALVAREZ, F. S.; CANETTI, M. D. Manual básico de socorro de emergência para técnicos em 
emergências médicas e socorristas. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2007. 
 
BERNARDES, E. L.; MACIEL, F. A.; DEL VECCHIO, F. B. Primeiros socorros na escola: nível de 
conhecimento dos professores da cidade de Monte Mor. Revista Movimento e Percepção, Espírito 
Santo do Pinhal, v. 8, n. 11, jul.-dez., 2007. 
 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO PARANÁ — CBMPR. Primeiros 
Socorros. Curitiba–PR. Disponível em: 
<http://www.bombeiros.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=87>. Acesso em: 30 
mar. 2013. 
 
GHIROTTO, F. M. S. Socorros de urgência e a preparação do profissional de Educação Física. 
1998. Tese (Doutorado em Educação Física) — Pós-Graduação em Educação Física, Faculdade de 
Educação Física, UNICAMP, Campinas, 1998. 
 
MAIA, M. F. M. et al. Primeiros socorros nas aulas de educação física nas escolas municipais de 
uma cidade no norte do Estado de Minas Gerais. Coleção Pesquisa em Educação Física, v. 11, n. 
1, p. 195–204, abr. 2012. 
 
MARKENSON, D. et al. Part 17: First Aid: 2010 American Heart Association and American Red 
Cross Guidelines for First Aid. Circulation, Dallas, v. 2, n. 122 (18 Suppl. 3), p. S934–S946, 2 
nov. 2010. 
 
http://www.bombeiros.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=87
DOI 10.5216/rpp.v18i2.30205 
 
Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun. 2015__________________________________________349 
 
 
PERGOLA, A. M. Capacitação obrigatória em primeiros socorros. 2009. Dissertação (Mestrado 
em Enfermagem) — Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP, Campinas, 2009. 
 
SANTANA, V. H. Resgate, salvamento aquático e a inclusão de informações preventivas e de 
sobrevivência pertinentes às aulas de natação dos clubes de Campinas. 1999. 49 f. Trabalho de 
conclusão de curso (Treinamento em Esportes) — Faculdade de Educação Física, UNICAMP, 
Campinas, 1999. 
 
 
Recebido em: 03/06/2014 
Revisado em: 03/11/2014 
Aprovado em: 17/12/2014 
 
 
Endereço para Correspondência: 
Sérgio Rodrigues Moreira 
serginhocapo@gmail.com 
Colegiado de Educação Física (CEFIS) 
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Pernambuco, Brasil 
Av. José de Sá Maniçoba, s/n — Centro — CEP: 56 304–917 — Petrolina–PE, Brasil

Outros materiais