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primeiros socorros no esporte

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE- UFRN 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACADÊMICOS E PROFISISIONAIS DA FISIOTERAPIA ESTÃO 
PREPARADOS PARA SALVAR VIDAS? 
 
 
 
 
 
BRUNA JOB DE BRITO VASILJEVIC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
2018 
2 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE- UFRN 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACADÊMICOS E PROFISISIONAIS DA FISIOTERAPIA ESTÃO 
PREPARADOS PARA SALVAR VIDAS? 
 
 
 
 
BRUNA JOB DE BRITO VASILJEVIC 
 
 
 
Artigo Cientifico apresentado ao 
Coordenador do Curso de 
Especialização em Fisioterapia 
Traumato-ortopédica e Desportiva da 
UFRN, como pré-requisito para 
conclusão do curso. 
 
Orientador: Me. Mário Vinicius de Lima 
Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
2018 
3 
 
RESUMO 
 
Introdução: Primeiros socorros (PS) são uma série de procedimentos de emergência, simples 
e imediatos que são realizados em uma vítima de acidentes, de mal súbito ou risco de morte, 
que podem ocorrer em ambiente pré-hospitalar ou hospitalar. Para a qualificação dos 
socorristas, as práticas de educação em saúde requerem uma detenção de conhecimento 
científico sendo aplicadas às medidas apropriadas no segmento de primeiros socorros e no 
manejo do paciente. Sendo o Fisioterapeuta um profissional de saúde que lida diariamente 
com diversas situações de risco clínico dos pacientes, este deve estar capacitado e preparado 
para a prática dos primeiros socorros. Esse projeto objetiva-se a avaliar se os acadêmicos e 
profissionais da Fisioterapia estão aptos a salvar vidas, atuar em situações de urgência e 
emergência. Metodologia: O presente projeto trata-se de um estudo transversal, 
observacional, com uma abordagem quantitativa, utilizando-se a técnica de coleta de 
informações através de questionário semiestruturado. A população estudada são os alunos da 
Especialização em Traumato-ortopedia e Desportiva da Universidade Federal do Rio Grande 
do Norte e alunos de graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A amostra 
foi composta de 09 alunos das turmas de especialização e 20 alunos das turmas de graduação. 
Os resultados serão analisados quantitativa e qualitativamente, tabulados e descritos 
posteriormente. Resultados: Ao final da análise pode-se observar um considerável 
conhecimento tanto por parte dos sujeitos avaliados. Foi visto que com o passar dos anos de 
graduação, bem como, dos anos seguintes de formação, os índices de acerto em todos os 
quesitos aumentaram. Esse fato pode indicar que a vivência clínica desperta a necessidade de 
obtenção de mais conhecimento na temática. Conclusão: Devido à pesquisa não obter uma 
grande amostra não se pode afirmar o déficit de conhecimentos do público pesquisado. Então, 
propõem-se que sejam realizadas novas pesquisas voltadas a essa temática que possam obter 
maiores informações sobre o processo de capacitação desses indivíduos e se estes estão aptos 
a atuar em situações de urgência e emergência. 
 
Palavras-chave: Primeiros Socorros; Urgência; Emergência; Fisioterapeuta; Socorrista. 
 
4 
 
ABSTRACT 
Introduction: First aid (PS) is a series of emergency procedures, simple and immediate that 
are performed in a victim of accidents, sudden onset or risk of death, which may occur in a 
prehospital or hospital environment. For the qualification of first responders, health education 
practices require a detention of scientific knowledge and are applied to appropriate measures 
in the segment of first aid and patient management. As the Physiotherapist is a health 
professional who deals daily with various situations of clinical risk of patients, the patient 
should be trained and prepared to practice first aid. This project aims to assess whether 
physicians and physiotherapy professionals are capable of saving lives, acting in emergency 
and emergency situations. Methodology: This project is a cross-sectional, observational study 
with a quantitative approach, using the technique of information collection through a semi-
structured questionnaire. The studied population is the Traumato-Orthopedics and Sports 
Specialization students of the Federal University of Rio Grande do Norte and undergraduate 
students of the Federal University of Rio Grande do Norte. The sample was composed of 09 
students from the specialization classes and 20 students from the undergraduate classes. The 
results will be analyzed quantitatively and qualitatively, tabulated and described later. 
Results: At the end of the analysis one can observe considerable knowledge both on the part 
of the evaluated subjects. It was seen that with the passing of the graduation years, as well as, 
of the following years of training, the success indexes in all the questions increased. This fact 
may indicate that the clinical experience awakens the need to obtain more knowledge on the 
subject. Conclusion: Because the research does not obtain a large sample can not state the 
knowledge deficit of the public surveyed. Therefore, it is proposed to carry out new research 
aimed at this subject that can obtain more information about the process of qualification of 
these individuals and if they are able to act in situations of urgency and emergency. 
 
Key Words: First Aid; Urgency; Emergency; Physiotherapist; Lifeguard. 
 
 
 
 
 
5 
 
AVALIAÇÃO DA BANCA EXAMINADORA 
 
__________________________________ 
1º Examinador 
 
__________________________________ 
2º Examinador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
SUMÁRIO 
 
I- Introdução ...............................................................................................7 
II- Justificativa ............................................................................................ 9 
III- Objetivos 
3.1 Geral ...............................................................................................10 
3.2 Específico .......................................................................................10 
IV- Referencial Teórico ..............................................................................10 
V- Metodologia ..........................................................................................15 
VI- Resultados .............................................................................................16 
VII- Considerações Finais ............................................................................24 
VIII- Referências ..........................................................................................25 
IX- Apêndices e Anexos .............................................................................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
I. INTRODUÇÃO 
1.1 Primeiros Socorros 
Primeiros socorros (PS) são uma série de procedimentos de emergência, simples, 
imediatos e provisórios que se dá a uma vítima de acidentes, de mal súbito ou perigo de vida, 
que podem ocorrer em ambiente pré-hospitalar ou hospitalar. (1, 2,3) 
Nas situações de emergência, a avaliação e atendimento da vítima devem ser rápidos 
eficazes e objetivos para aumentar as chances de vida e reduzir as sequelas. Isso inclui o 
reconhecimento das condições que colocam a vida em risco e a tomada de atitudes necessárias 
para manter as funções vitais na melhor condição possível, até que se obtenha atendimento 
hospitalar. (3,4) 
A avaliação da vítima e seu atendimento devem ser eficazes, assim, ao se constatar a 
perda súbita de consciência de um indivíduo adulto, a primeira atitude do socorrista deve ser o 
acionamento do serviço médico de emergência. A American Heart Association (AHA) 
preconiza a Corrente de Sobrevivência (fig. 1) que tem como elos: o reconhecimento imediato 
da emergência e ativação dos serviços médicos de emergência(SME), RCP imediata, rápida 
desfibrilação, serviços médicos e suporte avançado de vida. (4) 
Figura.1- Corrente de sobrevivência para PCR no ambiente extra-hospitalar 
Fonte: AHA, 2015 
 
Os socorristas começam a RCP se a vítima estiver inconsciente ou não responsiva, sem 
movimentos e sem respirar. A relação compressão-ventilação na razão de 30:2 é recomendada 
para o socorrista leigo e para RCP em adulto. Essa única razão foi desenhada para simplificar 
8 
 
o ensino, promove a habilidade de retenção, aumenta o número de compressões dadas e 
diminui a interrupção das compressões. (4,5) 
 
Se a reanimação cardíaca (RCP) for realizada ainda no primeiro minuto, as chances de 
sucesso são de até 98%. A partir do quinto minuto, as chances de sucesso caem para 25% e, se 
a RCP for executada após dez minutos, a chance de a vítima sobreviver cai para 1%. (3) 
 
A competência e habilidade com que o socorrista consegue controlar a situação é um 
aspecto fundamental na assistência ao atendimento pré-hospitalar. Para a qualificação dos 
socorristas, as práticas de educação em saúde requerem uma detenção de conhecimento 
científico sendo aplicadas às medidas apropriadas no segmento de primeiros socorros e no 
manejo do paciente. Minimizando assim os riscos e consequências provenientes do déficit nos 
cuidados prestados, entendendo que o atendimento nas primeiras horas diminui as chances de 
sequelas e melhora a possibilidade de sucesso na recuperação. (2,6,7) 
 
Apesar de sua relevância no País, o ensino de primeiros socorros ainda é pouco difundido. 
Prevalece o desconhecimento sobre o tema e o auxílio a vítimas em situações de urgência ou 
emergência apenas pelo impulso da solidariedade, sem treinamento adequado, o que pode 
causar danos irreparáveis. (2) 
 
1.2 O Fisioterapeuta no atendimento emergencial 
 
A formação dos profissionais de saúde no atendimento emergencial encontra-se defasada. 
Somente na última década começaram a surgir disciplinas específicas relacionadas ao 
atendimento de vítimas de emergências clínico-cardiológicas. Com isso, a maior parte dos 
profissionais de saúde, dentre eles o fisioterapeuta, não se sentem capacitados para atuar 
nessas situações. (8) 
 
O fisioterapeuta pode atuar em primeiros socorros em várias situações como: 
afogamentos, choques elétricos, contusões, convulsões, desmaios, envenenamentos, 
ferimentos, hemorragias, introdução de corpos estranhos, mordedura de animais, parada 
cardíaca, parada respiratória, picada de insetos e mordedura de animais peçonhentos e 
queimaduras. (8,9) 
9 
 
É importante avaliar o conhecimento e as atitudes que os atuais e futuros profissionais de 
fisioterapia detêm sobre os primeiros socorros/SBV, para poder propor mudanças efetivas no 
processo educacional e garantir a atualização constante desses profissionais. O estudo de Silva 
(9), observou que os participantes reconhecem a importância da RCP para a atuação do 
fisioterapeuta, porém os conhecimentos ainda são insatisfatórios em relação ao que é 
preconizado pelas diretrizes do AHA e apenas uma pequena parcela busca atualizar-se. 
Observou-se também que os poucos profissionais da Fisioterapia que buscam conhecimentos 
adicionais são aqueles que trabalham no âmbito hospitalar com pacientes críticos. 
 
Deve-se ressaltar que o Fisioterapeuta é um profissional apto a trabalhar nos mais 
diversificados locais (clínicas, hospitais, fabricas, consultórios) lidando com indivíduos de 
características diversificadas e com profissões e ambientes de trabalho diferentes. Cada 
ambiente seja ou não o de trabalho, pode oferecer riscos diversos ao trabalhador ou ao seu 
paciente. Sendo assim, o Fisioterapeuta deve ser capaz e estar preparado para lidar com 
qualquer situação de emergência a qual presencie. Tendo isso em vista, é necessária a 
obtenção do conhecimento e prática dos primeiros socorros por parte desses profissionais. 
 
II. JUSTIFICATIVA 
Situações de urgência e emergência podem ocorrer em todo e qualquer lugar. Sendo o 
Fisioterapeuta um profissional de saúde que lida diariamente com diversas situações de risco 
clínico dos pacientes, seja na clínica/consultório, ou até mesmo em eventos esportivos, este 
deve estar capacitado e preparado para a prática dos primeiros socorros. A habilidade e 
competência com que o profissional que prestará socorro, é um aspecto fundamental na 
assistência à vítima, podendo esse, prestar atendimentos rápidos e eficazes com o objetivo de 
aumentar as chances de vida e reduzir sequelas. Contudo, temos que, o intuito desse artigo é 
analisar se o Fisioterapeuta é um profissional devidamente habilitado para essas situações 
emergenciais e se os cursos de graduação e pós-graduação preparam os futuros profissionais e 
os profissionais, respectivamente, com o conhecimento básico para intervir nestas 
intercorrências. 
 
10 
 
III. OBJETIVOS 
 
Objetivo Geral: Avaliar se os acadêmicos e profissionais da Fisioterapia estão 
aptos a salvar vidas, atuar em situações de urgência e emergência. 
 
Objetivos específicos: 
• Verificar o nível de conhecimento de acadêmicos e profissionais da 
Fisioterapia em situações de urgência e emergência; 
• Analisar a prática adotada pelos profissionais e acadêmicos em 
emergências clínicas e traumáticas; 
• Observar a capacidade de atuação desses indivíduos em eventos de maior 
prevalência no atendimento pré-hospitalar. 
 
IV. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
4.1 Histórico dos primeiros socorros 
Segundo Novaes & Novaes (1994), em 1859, Jean Henry Dumant, suíço, com a 
função de administrador da Sociedade Anônima de Moinhos de Mons-Dyemile, foi a Paris 
com propósito de conseguir de Napoleão III, autorização para instalar uma companhia. 
Dumant, atrás das linhas francesas, teve a oportunidade de observar a chegada dos feridos de 
guerra e constatou que a assistência dos serviços médicos, dada aos guerreiros tinha caído em 
colapso, em ambos os exércitos. O número de feridos, que chegavam à unidade aumentava 
cada vez mais, transformando-a em postos de atendimentos. Reuniu então as mulheres da 
comunidade e mais de 300 soldados, organizando um “Corpo de Assistência aos Feridos”. A 
assistência era aplicada indistintamente a amigos ou inimigos. (9) 
 Ao regressar a Genebra preconizou a criação de organizações em todos os países, com 
o objetivo de socorrer os feridos sem distinção de nacionalidade. Com o apoio de quatro 
personagens importantes, um general, um jurista e dois médicos, criaram o Comitê 
Internacional dos Cinco. Através de seu empenho, conseguiu a adesão de vários países e em 
1863, realizou-se a Conferência de Genebra, onde se criou um organismo: A Sociedade 
11 
 
Internacional Humanitária em Defesa do Ferido de Guerra, posteriormente denominada Cruz 
Vermelha. (9) 
Em 1870, ao findar a guerra franco-prussiana, Dumant ressurge vigoroso e entusiasta à 
frente, em socorro aos feridos de guerra clamando por humanidade. Por esta época incentivou 
a comunidade a que se ensinassem os primeiros socorros a serem aplicados não só no período 
de guerra mais aos períodos oriundos de calamidades, catástrofes e fome, surgindo desta 
forma os Primeiros Socorros. (9) 
 
4.2 O Contexto Civil dos Primeiros Socorros 
Os primeiros socorros (PS) são procedimentos de elevada relevância a serem 
considerados em todos os segmentos populacionais e se referem, principalmente, ao 
atendimento temporário e imediato de pessoa que está ferida ou adoece repentinamente.(3) 
Inclui o reconhecimento das condições que colocam a vida em risco e a tomada de atitudes 
necessárias para manter as funções vitais na melhor condição possível, até que se obtenha 
atendimento médico qualificado. (2,3) 
 
O artigo 135, do Código Penal Brasileiro, estabelece que: 
“ Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, 
à criança abandonada ou extraviada, ou á pessoa inválida ou ferida, ao 
desamparo ouem grave e eminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o 
socorro da autoridade pública: Pena- detenção, de um a seis meses, ou multa.” 
 
A omissão de socorro e a falta de atendimento de primeiros socorros eficiente são os 
principais motivos de mortes e danos irreversíveis nas vítimas. Os momentos após um 
acidente, principalmente as duas primeiras horas são os mais importantes para se garantir a 
recuperação ou a sobrevivência das pessoas feridas. (5) 
 
O prestador de socorro deve ter em mente que a vítima possui o direito de recusa ao 
atendimento. Isto pode ocorrer por diversos motivos, tais como crenças religiosas ou falta de 
confiança no prestador de socorro que for realizar o atendimento. O consentimento para a 
realização dos primeiros socorros pode ser formal, quando a vítima verbaliza ou sinaliza que 
concorda com o atendimento, após o prestador de socorro ter se identificado como tal e ter 
informado que possui treinamento em primeiros socorros, ou implícito, quando a vítima esteja 
inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou sinalizar 
consentindo com o atendimento. O consentimento implícito pode ser adotado também no caso 
12 
 
de acidentes envolvendo menores desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do 
mesmo modo, a legislação infere que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis, 
caso estivessem presentes no local. (9) 
 
Em casos de recusa a vítima não pode ser forçada a receber os primeiros socorros, 
devendo assim o socorrista certificar-se de que o socorro especializado foi solicitado e 
continuar monitorando a vítima, enquanto tenta ganhar a sua confiança através do diálogo. (9) 
 
4.3 O Socorrista 
O socorrista é responsável por realizar o atendimento pré-hospitalar à vítima. Essa ação 
pode ser individual ou coletiva, dentro de suas devidas limitações em auxílio ao próximo, 
realizando as medidas necessárias para diminuir os riscos de vida até que o socorro avançado 
e especializado esteja no local para prestar uma assistência mais minuciosa e definitiva. (1) 
 
A normatização da profissão de Socorrista é realizada pela Portaria 2048/2002, do 
Ministério da Saúde, na qual também há a previsão de carga horária de seu treinamento, 
capacitação e períodos de reciclagem. 
 
A avaliação inicial realizada pelo socorrista deve identificar lesões que comprometem a 
vida do paciente e, concomitantemente, estabelecer condutas para a estabilização dos sinais 
vitais e tratamento destas anormalidades. Este processo constitui-se na base do atendimento 
ao traumatizado sendo: 
1. abordagem das vias aéreas, com imobilização de coluna cervical; 
2. controle da respiração e ventilação; 
3. circulação e controle de hemorragia; 
4. avaliação neurológica; 
5. exposição completa do paciente e medidas para evitar hipotermia. (9) 
 
Guerra (10) descreve que a competência e habilidade com que o socorrista consegue 
controlar a situação é um aspecto fundamental na assistência aos primeiros socorros. ONG et 
al. (11) concluíram que a falta de treinamento/conhecimento, medo de fazer e a falta de 
confiança são as principais causas para a não realização dos primeiros socorros/SBV. Outros 
autores (8,9) relatam ainda, que alguns indivíduos mesmo recebendo treinamento, não possuem 
13 
 
as habilidades necessárias para realizarem as técnicas e que esse fato pode estar relacionado 
com a capacidade do indivíduo em adquirir e manter novas habilidades assim como a 
confiança em aplicar as técnicas. Esses autores nos mostram que apesar de os indivíduos 
serem treinados em primeiros socorros, nem todos têm a capacidade e habilidades para 
realizar tais ações e que a confiança dos executantes também é importante para a realização 
adequada das técnicas. 
 
4.4 O Fisioterapeuta no atendimento pré hospitalar 
Todo profissional de saúde, independente da área de trabalho, desde sua formação 
deve, não somente, saber reconhecer os sinais e sintomas de uma parada cardiorrespiratória 
(PCR), mas também prestar os primeiros cuidados do suporte básico de vida (SBV) e manter-
se atualizado sobre o assunto. Aproximadamente 50% dos estudantes de fisioterapia formam-
se sem ter passado por treinamento algum em suporte básico de vida. Além disso, dependendo 
do ambiente de trabalho, até 65% dos fisioterapeutas permanecem sem qualquer tipo de 
treinamento. (8) 
 
O estudo de Silva (9), identificou que quase metade dos estudantes e profissionais de 
Fisioterapia avaliados em sua pesquisa, não foi capaz de reconhecer a sequência do ABCDE 
primário. Níveis maiores de acertos eram esperados, visto que esta é uma informação é 
disponível inclusive para o público leigo. Adverte-se a necessidade de treinamento em 
condutas de emergência desde os primeiros anos de formação universitária e de sua 
continuidade na pós-graduação, com intervalo máximo de dois anos entre os treinamentos. 
 
O profissional fisioterapeuta é especialista em biomecânica, sendo assim apto a prestar 
um adequado atendimento tendo em vista que sabe qual o melhor posicionamento para 
atendimento e remoção da vitima sem agravar sua lesão. Assim como a melhor forma do 
socorrista se posicionar para os manuseios da vitima (9) 
 
Durante a sua formação o fisioterapeuta adquire conhecimentos que o permitem atuar 
preventivamente nos atendimentos de urgência e emergência, são esses: treinamento 
especifico em reanimação cardiopulmonar, atadura, bandagem, mobilização, posicionamento, 
transferências, além de conhecimento das técnicas de primeiros socorros, viabilizando assim 
sua atuação junto à equipe de socorristas. (8,9) 
14 
 
A importância do fisioterapeuta em uma equipe de socorristas se dá aos 
conhecimentos que o capacitam não só a prestar um devido atendimento a vitima como 
também atuar preventivamente junto à equipe impedindo complicações futuras que possam 
interferir na saúde e qualidade de vida do socorrista.(9) 
 
4.5 O Fisioterapeuta Esportivo no atendimento emergencial 
Segundo Silva et al.(12), atualmente ainda existem controvérsias quanto ao papel e à 
formação necessária de cada profissional de saúde na área esportiva. Entretanto, a equipe de 
saúde, incluindo o fisioterapeuta esportivo, parece atuar em pelo menos quatro grandes 
domínios: prevenção, atendimento emergencial, reabilitação funcional e retorno à atividade. 
Silva et al. (12) constatou a partir de sua pesquisa que, a técnica e/ou procedimento 
mais citado como utilizado no atendimento emergencial em atletas de futebol e vôlei foi, em 
primeiro lugar, a “bandagem”, com 70,9%, seguida de “cuidados com feridas, calos e bolhas”, 
com 63,6% e de “enfaixamentos” com 60%. A aquisição do conhecimento em “bandagem” 
foi aprendida principalmente em cursos extracurriculares e práticas clínicas (34,5% e 36,4%); 
os “enfaixamentos”, na graduação e em cursos (27,3% e 32,7%); as “terapias manuais”, em 
cursos (38,2%); o “ABC do trauma”, na graduação e em cursos (34,5% e 25,5%); a 
“ressuscitação cardiopulmonar” (RCP), em cursos (40%) e “cuidados com feridas, calos e 
bolhas”, na prática clínica (49,1%). 
Destaca-se a atuação do fisioterapeuta na área de atendimento emergencial. Nessa área 
de atuação, nota-se a grande participação do fisioterapeuta, individualmente ou em ação com 
o médico, principalmente em treinamentos físicos esportivos. Entretanto, existe ainda um 
grande potencial de mercado a ser conquistado pelo fisioterapeuta esportivo no atendimento 
emergencial em jogos. Para tanto, faz-se necessária a contratação de mais profissionais 
fisioterapeutas pelos clubes para atendimento a essa demanda, bem como uma formação mais 
sólida, aliada à uma política de reconhecimento, pelas federações e confederações, do 
fisioterapeuta como profissional que pode atuar de maneira científica e segura nos 
atendimentos de urgência e emergência pré-hospitalares. 
 
15 
 
V. METODOLOGIA 
 
5.1 Caracterização da pesquisaO presente projeto trata-se de um estudo transversal, observacional, com uma 
abordagem quantitativa, utilizando-se a técnica de coleta de informações através de 
questionário semiestruturado. 
 
5.2 População e amostra 
A população estudada são os alunos da Especialização em Traumato-ortopedia e 
Desportiva da Universidade Federal do Rio Grade do Norte e alunos de graduação do Centro 
Universitário do Rio Grande do Norte. A amostra é composta de uma turma da pós-graduação 
e uma turma da graduação. 
5.3 Critérios de inclusão e exclusão 
5.3.1 Critérios de inclusão 
Como critérios de inclusão adotados foram: ter concluído o curso de Fisioterapia ou 
estar em graduação, contanto que, tivesse cursado anteriormente a disciplina de Primeiros 
Socorros; de ambos os sexos. 
5.3.2 Critérios de exclusão 
Serão excluídos aqueles indivíduos que se recusem a participar da pesquisa, negando-
se a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e aqueles que deixem o 
questionário incompleto. 
5.4 Instrumentos de coleta de dados 
Será apresentada a coordenação do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte- UFRN a carta de anuência (Apêndice 3) para o desenvolvimento do 
projeto. Logo em seguida, serão enviados aos voluntários, por e-mail, o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE (Apêndice 1) e o questionário estruturado (Anexo 
1) formulado pelo pesquisador responsável contendo 4 (quatro) perguntas de cunho 
demográfico e 6 (seis) perguntas objetivas com a finalidade de verificar o nível de 
conhecimento dos voluntários quanto aos atendimentos de urgência e emergência. 
 
16 
 
5.5 Procedimentos de coleta 
Os participantes que cumprem os critérios de inclusão e que aceitaram participar da 
pesquisa preencherão o questionário por meio virtual. A pesquisa utiliza um questionário 
estruturado para levantamento de: a) dados sociodemográficos, b) dados relativos aos 
conhecimentos quanto aos primeiros socorros c) dados sobre a prática clínica e os seus 
domínios. 
5.7 Análise dos dados 
 Os resultados serão analisados quantitativa e qualitativamente, tabulados e descritos 
posteriormente. 
VI. RESULTADOS 
Após o período de coleta de dados a amostra consta de 29 sujeitos avaliados. Sendo que, 
desses, 20 são alunos de graduação e 9 são alunos de pós-graduação. Dos alunos de 
graduação, temos que, 9 tem de 0 a 2 anos de curso e 11 tem entre 3 a 4 anos. Nos indivíduos 
da pós-graduação foi identificado que 1 tem de 0 a 2 anos de formação, 4 possuem de 3 a 4 
anos de formação e 5 possuem de cinco a mais anos de formação em Fisioterapia. Dois 
indivíduos negaram-se a participar da pesquisa e os outros não enviaram resposta. 
6.1 Abordagem Primária 
A abordagem primária é o primeiro contato do socorrista com a vítima. Consiste no 
procedimento de avaliação e identificação das lesões que podem comprometer a vida do 
indivíduo. É comumente conhecido como o ABCDE dos Primeiros Socorros. 
Cada letra corresponde a um ponto que deve ser observado no paciente (vias aéreas, 
ventilação, circulação, avaliação neurológica e proteção da vítima) e que irá determinar qual a 
conduta que deve ser realizada no momento para estabilização e prevenção de agravos. Sendo 
assim, esse procedimento constitui-se na base do atendimento ao traumatizado. 
Quando os dados são avaliados quanto aos conhecimentos da abordagem primária (Tabela 
1), 60% dos indivíduos pesquisados da turma de graduação sabia a sequência correta do 
procedimento. Quando observado o período em anos de graduação, 44,4% dos indivíduos de 
0-2 anos de graduação acertaram, e 72,7% dos pesquisados que estavam no período de 3-4 
anos de graduação também assinalaram a resposta correta da abordagem. Podendo assim ser 
17 
 
observado que, com o passar dos anos de graduação, o índice de erros quanto ao 
conhecimento do procedimento diminui. 
Tabela 1 - Respostas quanto à abordagem primária, e faixa de tempo de graduação, turma de 
graduação 
 
Abordagem 
Primária 
Faixa de Graduação 
0 a 2 anos de 
Graduação 
de 3 a 4 anos de 
Graduação Total 
 
n % N % n % 
Sequência Incorreta 5 55,6% 3 27,3% 8 40,0% 
Sequência Correta 4 44,4% 8 72,7% 12 60,0% 
Total 9 100,0% 11 100,0% 20 100,0% 
Fonte: Dados da pesquisa 
Quando analisados os dados dos alunos de pós-graduação (Tabela 2), os resultados 
obtidos foram que, 55,6% dos entrevistados assinalaram a alternativa correta. Fazendo 
menção ao tempo de formação desses indivíduos foi observado que os indivíduos com dois a 
quatro anos de formação tiveram o índice de 66,7% de acerto, enquanto que, os com cinco ou 
mais anos tiveram 60% de acerto. Com a analise dos dados podemos então sugerir que com o 
passar dos anos de formação os Fisioterapeutas adquirem mais conhecimento sobre o tema, 
podendo até este fato estar interligado a sua vivência clínica. 
Tabela 2- Respostas quanto à abordagem primária, e tempo de formação, para a turma de pós-
graduação 
Abordagem 
Primária 
Tempo de formação 
Até 2 anos 
A partir de 2 a 4 
anos 
5 anos ou 
mais Total 
 
n % N % N % n % 
Sequência 
Incorreta 
1 100,0% 1 33,3% 2 40,0% 4 44,4% 
Sequência 
Correta 
0 0,0%% 2 66,7% 3 60,0% 5 55,6% 
Total 1 100,0% 3 100,0% 5 100,0% 9 100,0% 
Fonte: Dados da pesquisa 
6.2 Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) 
Todo profissional de saúde, independente da área de trabalho, deve saber reconhecer 
os sinais e sintomas de uma parada cardiorrespiratória, bem como, ter conhecimento quanto 
ao procedimento que deve ser realizado nesses casos. Como procedimento preconizado para 
18 
 
ser realizado nessas situações nós temos a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), que consiste 
em um conjunto de manobras que objetiva manter artificialmente o fluxo sanguíneo ao 
cérebro e a outros órgãos vitais. Esse procedimento deve ser iniciado imediatamente após a 
PCR, mesmo que sendo apenas as compressões torácicas, caso o socorrista se negue a realizar 
as ventilações, pois contribui sensivelmente para os índices de sobrevida da vítima. 
Nas tabelas 3 e 4 sobre a avaliação do conhecimento dos pesquisados quanto aos 
procedimentos corretos a serem realizados em uma RCP, temos que, 45% dos indivíduos da 
graduação assinalaram a sequência correta. Pode ser observado que o grupo com 3-4 anos de 
graduação teve um índice de 63,6% de erro, enquanto que o grupo de 0-2 anos de graduação 
teve 44,4%. Muitos indivíduos assinalaram a alternativa que continha como última 
informação o acionamento dos serviços de urgência e emergência, devendo esse ser o 
primeiro procedimento a ser realizado. 
Tabela 3- Respostas quanto a RCP, e faixa de tempo de graduação para a turma de graduação 
Fonte: Dados da pesquisa 
Com relação ao grupo dos indivíduos de pós-graduação (Tabela 4) foi analisado que 
apenas 33,3% assinalaram a sequência correta do procedimento de RCP. Observou-se que, 
mesmo com o passar dos anos de formação, os índices de erro não diminuíram. A maioria dos 
indivíduos desse grupo assinalou a mesma alternativa do grupo de graduação. Sendo assim, 
podemos especular que o déficit de conhecimentos quanto aos procedimentos de uma RCP 
advém desde o período de graduação dos profissionais da Fisioterapia, e estes não aparentam 
optar por buscar ampliação desses conhecimentos. 
 
Protocolo de RCP 
Faixa de Graduação 
0 a 2 anos de 
Graduação 
de 3 a 4 anos de 
Graduação Total 
 
n % N % n % 
Sequência Incorreta 4 44,4% 7 63,6% 11 55,0% 
Sequência Correta 5 55,6% 4 36,4% 9 45,0% 
Total 9 100,0% 11 100,0% 20 100,0% 
19 
 
Tabela 4- Respostas quanto a RCP e tempo de formação para a turma de pós-graduação 
Protocolo 
de RCP 
Tempo de formação 
Até 2 anos 
A partir de 2 a 4 
anos 
5 anos ou 
mais Total 
 
n % N % N % n % 
Sequência 
Incorreta 
1 100,0% 2 66,7% 3 60,0% 6 66,7% 
Sequência 
Correta 
0 0,0%% 1 33,3% 2 40,0% 3 33,3% 
Total 1 100,0% 3 100,0% 5 100,0% 9 100,0% 
Fonte: Dados da pesquisa6.3 Hemorragia Interna 
A hemorragia interna consiste na perda sanguínea que se acumula dentro das cavidades do 
organismo. Devido ser algo nem sempre visível, deve-se estar atento à forma de 
reconhecimento desse trauma para evitar agravamentos no quadro da vítima. 
Ao analisarmos as tabelas 5 e 6 dos resultados da coleta de dados temos que 100% dos 
entrevistados do grupo de pós-graduação marcaram a conduta correta, e 80% dos indivíduos 
do grupo de graduação também acertaram o questionamento. Os baixos índices de erro nesse 
procedimento apontam que esses sujeitos analisados detêm de um bom conhecimento quanto 
a forma de reconhecimento de um caso de hemorragia interna. 
Tabela 5- Respostas quanto ao reconhecimento de hemorragia interna e tempo de graduação 
na turma de graduação 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Hemorragia 
Interna 
Faixa de Graduação 
0 a 2 anos de 
Graduação 
de 3 a 4 anos de 
Graduação Total 
 
n % N % n % 
Sequência Incorreta 4 44,4% 0 0,0% 4 20,0% 
Sequência Correta 5 55,6% 11 100,0% 16 80,0% 
Total 9 100,0% 11 100,0% 20 100,0% 
20 
 
Tabela 6- Respostas quanto ao reconhecimento de hemorragia interna e tempo de formação na 
turma de pós-graduação 
Hemorragia 
Interna 
Tempo de formação 
Até 2 anos 
A partir de 2 a 4 
anos 
5 anos ou 
mais Total 
 
n % N % N % n % 
Sequência 
Incorreta 
0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 
Sequência 
Correta 
1 100,0% 3 100,0% 5 100,0% 9 100,0% 
Total 1 100,0% 3 100,0% 5 100,0% 9 100,0% 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
6.4 Imobilização de fraturas 
 
As fraturas são descritas como a perda da continuidade óssea geralmente ocorrendo a 
separação do osso em dois ou mais fragmentos após o traumatismo. Podem ser classificadas 
como abertas ou fechadas de acordo com a presença de lesão na pele e estruturas musculares 
em volta. Para que ocorra o transporte da vítima pelos serviços de urgência e emergência 
deve-se realizar a imobilização e estabilização dessas fraturas. Esse procedimento deve ser 
realizado de forma correta para que não venha a ocasionar piora da lesão. 
Na analise dos resultados (Tabela 7) tivemos que 75% dos entrevistados do grupo de 
graduação assinalou a alternativa de conduta correta, enquanto que 88,9% dos sujeitos do 
grupo de pós-graduação (Tabela 8), acertou o questionamento. Foi observado novamente que 
como em outros aspectos abordados nessa pesquisa, a porcentagem de acertos aumenta com o 
passar dos anos de formação dos Fisioterapeutas. 
Foi visto que a segunda alternativa mais assinalada não abrangia a informação de que na 
imobilização a tala deve ultrapassar as articulações acima e abaixo da fratura. Esse 
procedimento é importante, pois garante maior estabilidade e menor chance de agravamento 
do quadro. O desconhecimento dessa informação, por parte dos sujeitos pesquisados, pode 
levá-los a causar maiores danos às vítimas que venham a socorrer, em virtude de uma 
imobilização malfeita que gera riscos à vítima durante o transporte. 
 
21 
 
Tabela 7- Respostas quanto ao procedimento de imobilização de fraturas e tempo de 
graduação na turma de graduação 
Fonte: Dados da pesquisa 
Tabela 8- Respostas quanto ao procedimento de imobilização de fraturas e tempo de formação 
na turma de pós-graduação 
Imobilização 
de Fraturas 
Tempo de formação 
Até 2 anos 
A partir de 2 a 4 
anos 
5 anos ou 
mais Total 
 
n % N % N % n % 
Sequência 
Incorreta 
0 0,0% 0 0,0% 1 20,0% 1 11,1% 
Sequência 
Correta 
1 100,0% 3 100,0% 4 80,0% 9 89,9% 
Total 1 100,0% 3 100,0% 5 100,0% 9 100,0% 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
6.5 Síncope 
 
A síncope, ou desmaio, é uma perda abrupta e momentânea da consciência e do tônus 
postural que geralmente ocorre pela diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro. É um evento 
clínico comum, entretanto, a queda da própria altura que está associada ao evento pode gerar 
traumatismos ou fraturas na vítima. 
O protocolo geral a ser realizado pelo socorrista em caso de desmaio é posicionar a vítima 
em decúbito dorsal, elevar os membros inferiores e aguardar que ela recobre a consciência. 
Quando questionados sobre tal procedimento, 75% dos pesquisados do grupo de graduação 
(Tabela 9) assinalaram a conduta correta a ser realizada. Observou-se que o grupo de 
graduandos que estão no 3º ou 4º ano, obteve um maior índice de acerto quando comparado 
ao grupo de 0-2 anos de curso. Este fato pode ocorrer devido ao ganho de conhecimento sobre 
Imobilização de 
Fraturas 
Faixa de Graduação 
0 a 2 anos de 
Graduação 
de 3 a 4 anos de 
Graduação Total 
 
n % N % n % 
Sequência Incorreta 4 44,4% 1 9,1% 5 25,0% 
Sequência Correta 5 55,6% 10 90,9% 15 75,0% 
Total 9 100,0% 11 100,0% 20 100,0% 
22 
 
a temática de suporte básico de vida no decorrer da sua formação ou até mesmo pela vivência 
clínica nos estágios. 
 
Tabela 9- Respostas quanto ao procedimento de síncope e tempo de graduação na turma de 
graduação 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Quando os índices do grupo de pós-graduação (Tabela 10) foram analisados, o percentual 
de acerto é pouco maior do que a do outro grupo, ficando em 77,8%. A mesma observação 
pode ser feita nesse grupo, com o passar dos anos de formação os índices de erro diminuem. 
 
Tabela 10- Respostas quanto ao procedimento de síncope e tempo de formação na turma de 
pós-graduação 
Conduta 
na Síncope 
Tempo de formação 
Até 2 anos 
A partir de 2 a 4 
anos 
5 anos ou 
mais Total 
 
n % N % N % n % 
Sequência 
Incorreta 
1 100,0% 0 0,0% 1 20,0% 2 22,2% 
Sequência 
Correta 
0 0,0% 3 100,0% 4 80,0% 7 77,8% 
Total 1 100,0% 3 100,0% 5 100,0% 9 100,0% 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
6.6 Convulsão 
 
A convulsão ocorre quando descargas elétricas anormais no cérebro fazem com que os 
músculos contraiam e relaxam rapidamente de maneira desordenada. Geralmente, o individuo 
tem perda de consciência durante esse processo. Pode ser causada por diversas condições 
Conduta na 
Síncope 
Faixa de Graduação 
0 a 2 anos de 
Graduação 
de 3 a 4 anos de 
Graduação Total 
 
n % N % n % 
Sequência Incorreta 5 55,6% 0 0,0% 5 25,0% 
Sequência Correta 4 44,4% 11 100,0% 15 75,0% 
Total 9 100,0% 11 100,0% 20 100,0% 
23 
 
desconhecidas ao paciente. Devido à movimentação descoordenada, a vítima corre grande 
risco de se lesionar, sendo assim o socorrista deve posicionar a vítima em decúbito lateral, 
realizar o controle cervical, proteger a vítima de uma forma que evite traumatismos e aguardar 
o termino da crise. 
Quando questionados sobre o procedimento correto a ser realizado nessas situações, 65% 
dos sujeitos pesquisados do grupo de graduandos (Tabela 11) respondeu corretamente, 
enquanto que 55,6% dos indivíduos do grupo de pós-graduação (Tabela 12) assinalaram a 
alternativa correta. 
Tabela 11- Respostas quanto ao procedimento de convulsão e tempo de graduação na turma 
de graduação 
Fonte: Dados da pesquisa 
Notou-se um índice considerável de erros nesse questionamento, e foi visto que os sujeitos 
que erraram consideraram correto o procedimento de introduzir os próprios dedos na boca da 
vítima e puxar-lhe a língua. Essa conduta é fortemente contraindicada pelas literaturas atuais e 
não deve ser realizada correndo até mesmo o risco de possíveis traumas para o próprio 
socorrista. 
Tabela 12- Respostas quanto ao procedimento de convulsão e tempo de formação na turma de 
pós-graduação 
Conduta 
na 
Convulsão 
Tempo de formação 
Até 2 anos 
A partir de 2 a 4 
anos 
5 anos ou 
mais Total 
 
n % N % N % N % 
Sequência 
Incorreta 
0 0,0% 1 33,3% 3 60,0% 4 44,4% 
Sequência 
Correta 
1 100,0% 2 66,7% 2 40,0% 5 55,6% 
Total 1 100,0% 3 100,0% 5 100,0% 9 100,0% 
Fonte: Dados da pesquisa 
Conduta na 
Convulsão 
Faixa de Graduação 
0 a 2 anos de 
Graduação 
de 3 a 4 anos de 
Graduação Total 
 
n % N % N % 
Sequência Incorreta 5 55,6% 2 18,2% 7 35,0% 
Sequência Correta 4 44,4% 9 81,8% 13 65,0% 
Total 9 100,0% 11 100,0% 20 100,0%VII. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao final da análise pode-se observar um considerável conhecimento tanto por parte 
dos graduandos quanto por parte dos graduados em Fisioterapia. Foi visto que, com o 
passar dos anos de graduação, bem como, dos anos seguintes de formação, os índices de 
acerto em todos os quesitos aumentaram. Esses achados podem indicar que a vivência 
clínica desperta a necessidade de obtenção de mais conhecimento na temática. 
Durante a pesquisa os entrevistados foram questionados também quanto a vivência de 
situações de urgência e emergência, 14 desses indivíduos afirmaram ter vivenciado tais 
situações. Desses, 9 sujeitos eram alunos de graduação e 5 de pós-graduação. Tendo em 
vista que, neste tipo de situação, a tomada de decisões e condutas a serem realizadas devem 
ser tomadas de forma rápida e eficaz, faz-se necessária uma boa formação dos indivíduos 
no atendimento pré-hospitalar para garantir a vítima um melhor atendimento evitando 
piores sequelas. 
Ressalta-se ainda a grande necessidade de maior exploração dos procedimentos de 
suporte básico de vida para os alunos e profissionais da Fisioterapia, tendo em vista que, 
todo profissional de saúde deve ser capacitado para prestação de primeiros socorros das 
vítimas quando necessário. Sendo o Fisioterapeuta um profissional que lida com o público 
diretamente e intensamente, e sendo esse público bastante diversificado e por muitas vezes 
crítico, esse profissional deve estar pronto para tais adversidades. 
 Para uma melhora do quadro de capacitação dos profissionais pode-se propor uma 
mudança efetiva no processo educacional, proporcionando ao graduando as técnicas e 
conhecimentos necessários, e garantir também a atualização constante dos profissionais de 
Fisioterapia. 
Devido à pesquisa não obter uma grande amostra não se pode inferir àquelas populações 
o nível de conhecimentos com relação ao tema, somente avaliar a conduta dos que 
responderam o questionário. Então, propõem-se que sejam realizadas novas pesquisas 
voltadas à essa temática, que possam obter maiores informações sobre o processo de 
capacitação desses graduandos e profissionais da Fisioterapia na área de Primeiros 
Socorros e se estes estão aptos a atuar em situações de urgência e emergência. 
 
25 
 
REFERÊNCIAS 
 
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entre profissionais da dança com e sem graduação em educação física. BIOMOTRIZ 
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prevenção de acidentes e primeiros socorros por parte do público leigo. R. Enferm. 
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socorros: Estudo de intervenção no âmbito escolar. Cadernos de Formação 
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Emergência 2005-2010. Arq Bras Cardiol 2006; 87:e201-e208.Disponível em: 
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Movimenta ISSN. 2014; 7(3): 1984-4298. Disponível em: 
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9. Silva DP, Brito RC, Sandoval CBRA. Inserção do fisioterapeuta em uma equipe de 
primeiros socorros Rev Efdeportes. Buenos Aires, Fev 2009. n.13. Disponível em: 
<http://fisioterapia.com/insercao-do-fisioterapeuta-em-uma-equipe-de-primeiros-
socorros/>. Acesso em: 2 de Fevereiro de 2018. 
 
10. Guerra SD. Manual de emergências. Belo Horizonte(MG): 2001.Folium Edição 1. p: 
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11. Ong ME, Quah JLJ, Ho AFW, Yap S, Edwin N, Ng YY, Goh ES, Leong BSH, Gan 
HN, Foo DCG. National population based survey on the prevalence of first aid, 
cardiopulmonary resuscitation and automated external defibrillator skills in Singapore. 
Resuscitation. 2013;84:1633-1636. Disponível em: 
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12. Silva AA, Bittencourt NFN, Mendonça LM, Tirado MG, Sampaio RF, Fonseca ST. 
Análise do perfil, funções e habilidades do fisioterapeuta com atuação na área 
esportiva nas modalidades de futebol e voleibol no Brasil. Rev Bras Fisioter, São 
Carlos, 2011 maio/jun. 15 (3): 219-26. Disponível em:< 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
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13. Association AH, Atualização das Diretrizes RCP e ACE, 2015. Disponível em: 
https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-
Highlights-Portuguese.pdf. Acesso em: 1 de Dezembro de 2017 
 
 
http://fisioterapia.com/insercao-do-fisioterapeuta-em-uma-equipe-de-primeiros-socorros/
http://fisioterapia.com/insercao-do-fisioterapeuta-em-uma-equipe-de-primeiros-socorros/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23692983
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552011000300008
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552011000300008
https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf
https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf
27 
 
APÊNDICE 1 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE 
 
Esclarecimentos 
 
Este é um convite para você participar da pesquisa: Acadêmicos e profissionais da 
Fisioterapia estão preparados para salvar vidas?, que tem como pesquisadores responsáveis 
Mário Vinicius de Lima Pereira e Bruna Job de Brito Vasiljevic. 
Esta pesquisa pretende avaliar se os acadêmicos e profissionais da Fisioterapia estão 
aptos a salvar vidas, atuar em situações de urgência e emergência. 
O motivo quenos leva a fazer este estudo é que situações de urgência e emergência 
podem ocorrer em todo e qualquer lugar. Sendo o Fisioterapeuta um profissional de saúde que 
lida diariamente com diversas situações de risco clínico dos pacientes, seja na 
clínica/consultório, ou até mesmo em eventos esportivos, este deve estar capacitado e 
preparado para a prática dos primeiros socorros. 
Caso você decida participar, você deverá responder o questionário que é composto de 
12 (doze) perguntas, que pretendem coletar alguns dados demográficos e de conhecimento 
do(a) profissional/aluno(a) de fisioterapia sobre condutas em emergências clínicas e 
traumáticas e eventos de maior prevalência no Atendimento Pré-hospitalar. O questionário 
pode ser respondido ao seu tempo, o que, em média, leva menos de 10 (dez) minutos para 
finalização. 
Durante a realização da resposta do questionário a previsão de riscos é mínima, ou 
seja, o risco que você corre é de perceber se seu conhecimento ainda está desatualizado com 
os protocolos mais recentes sobre as condutas em emergência clínica e de trauma no 
Atendimento pré-hospitalar. 
Pode acontecer um desconforto por entender que não estar atualizado com os 
protocolos atuais, mas, que será minimizado pela informação das respostas corretas ao final 
do questionário. E você terá como benefício o ganho de conhecimentos descritos na literatura 
atual em relação aos protocolos adotados nas condutas no APH. 
Em caso de algum problema que você possa ter, relacionado com a pesquisa, você terá 
direito a assistência gratuita que será prestada por e-mail ou pessoalmente pelo responsável da 
pesquisa. 
28 
 
Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para a 
Fisioterapeuta Bruna Job de Brito Vasiljevic (84-98846-7082) ou por e-mail: 
bruna_job@hotmail.com. 
Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer 
fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você. 
Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em 
congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe 
identificar. 
Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local 
seguro e por um período de 5 anos. 
________________(rubrica do Participante/Responsável legal) ___________________ 
(rubrica do Pesquisador) 
Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo 
pesquisador e reembolsado para você. 
Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será 
indenizado. 
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética 
em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135. 
Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com os 
pesquisadores responsáveis Mário Vinicius de Lima Pereira e Bruna Job de Brito Vasiljevic. 
 
Consentimento Livre e Esclarecido 
 Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados 
serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela 
trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da 
pesquisa “Acadêmicos e profissionais da Fisioterapia estão preparados para salvar vidas?”, e 
autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações 
científicas desde que nenhum dado possa me identificar. 
 
 
 Natal (data). 
 
Assinatura do participante da pesquisa 
 
Impressão 
datiloscópica do 
participante 
29 
 
APÊNDICE 2 
DECLARAÇÃO 
 
 
Eu, Mário Vinicius de Lima Pereira, lotado no Departamento de Demografia e 
Ciências Atuariais do Centro de Ciências Exatas e da Terra da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte – UFRN, declaro que a coleta de dados da pesquisa intitulada “Acadêmicos 
e profissionais da Fisioterapia estão preparados para salvar vidas? “, sob minha coordenação, 
não foi iniciada. 
 
Natal (data). 
 
_____________________________________ 
Assinatura e carimbo do pesquisador responsável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
APÊNDICE 3 
CARTA DE ANUÊNCIA 
 
 
Por ter sido informado verbalmente e por escrito sobre os objetivos e metodologia da 
pesquisa intitulada “Acadêmicos e profissionais da Fisioterapia estão preparados para salvar 
vidas?”, coordenada pelo orientador Mário Vinicius de Lima Pereira, concordo em autorizar a 
realização da(s) etapa(s) aplicação de questionários nesta Instituição que represento. 
Esta Instituição está ciente de suas corresponsabilidades como instituição 
coparticipante do presente projeto de pesquisa, e de seu compromisso no resguardo da 
segurança e bem-estar dos sujeitos de pesquisa nela recrutados, dispondo de infraestrutura 
necessária para a garantia de tal segurança e bem-estar. 
Esta autorização está condicionada à aprovação prévia da pesquisa acima citada por 
um Comitê de Ética em Pesquisa e ao cumprimento das determinações éticas propostas na 
Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde – CNS e suas complementares. 
O descumprimento desses condicionamentos assegura-me o direito de retirar minha 
anuência a qualquer momento da pesquisa. 
 
 
Natal (data). 
 
 
 
Assinatura 
Nome do responsável pela Instituição 
Carimbo do diretor ou vice-diretor da Instituição 
 
 
 
 
31 
 
ANEXO 1 
QUESTIONÁRIO SEMIESTRUTURADO 
Nome: 
Idade: 
Sexo : ( )F ( )M 
Tempo de graduação em anos: 
Realizou algum curso de Primeiros Socorros nos últimos 5 anos? ( )Sim ( )Não 
Já vivenciou alguma situação de emergência? ( ) Sim* ( )Não 
 *Se sim, soube agir de forma correta durante a intercorrência? ( )Sim ( )Não 
 
1. O que se deve fazer na avaliação primária de uma vitima de acidente: 
a) A- Verificação de vias aéreas, B- respiração da vítima, C- circulação e batimentos 
cardíacos, D- nível de consciência da vítima, E- proteção da vítima. 
b) A- Respiração da vítima, B- Verificação de vias aéreas, C- Circulação e 
batimentos cardíacos, D- Nível de consciência da vítima, E- proteção da vítima. 
c) A- Respiração da vítima, B- Circulação e batimentos cardíacos, C-Verificação de 
vias aéreas, D- nível de consciência da vítima, E- proteção da vítima. 
d) A- Verificação das vias aéreas, B-Circulação e batimentos cardíacos, C-Proteção 
da vítima, D- Nível de consciência da vítima, E- respiração da vítima. 
e) Nenhuma das anteriores. 
2. Quanto ao procedimento ou protocolo de RCP (Reanimação Cardiorrespiratória): 
I. Acionar o serviço de emergência ou urgência. 
II. Iniciar com 30 compressões torácicas. 
III. Aplicar duas ventilações. 
IV. Liberar vias aéreas. 
V. Analisar ritmo cardíaco. 
Qual a sequência correta para a cadeia de sobrevivência, quanto ao atendimento 
cardiovascular de emergência (ACE) de adultos por socorristas leigos treinados , 
conforme a nova recomendação de suporte básico à vida, até a chegada do resgate 
avançado, é: 
a) IV, III, II, I e V. 
b) V, III,II, IV, e I. 
c) I,II, IV, III e V. 
d) I, III, II, IV e V. 
e) V, II, III, IV e I. 
3. Quando existe hemorragia interna, a identificação se faz por meio de sinais e sintomas 
clínicos. Constitui sinal de hemorragia: 
a) Ausência de respiração 
b) Frequência respiratória normal 
c) Paralisia 
d) Perda de sensibilidade 
e) Pulso rápido e fraco 
32 
 
4. Em casos de fraturas deve-se realizar uma imobilização no membro até a chegada do 
suporte especializado. Sobre a forma correta de realizar essa imobilização, analise as 
afirmativas a seguir: 
I. A tala utilizada para imobilização deve ultrapassar as articulações acima e 
abaixo da fratura. 
II. Em caso de fratura exposta, deve-se tentar recolocar o osso no lugar 
correto antes de realizar a imobilização. 
III. Para improvisar uma tala pode-se usar qualquer material rígido ou 
semirrígido como madeira ou papelão. 
Assinale: 
a) somente a I estácorreta. 
b) Somente a II está correta. 
c) Somente a III está correta. 
d) Somente I e II estão corretas. 
e) Somente I e III estão corretas. 
5. A síncope é a perda ou diminuição súbita e transitória de inconsciência acompanhada 
de perda do tônus postural, com recuperação espontânea. Qual conduta é considerada 
correta nesses casos: 
a) Posicionar a vítima em decúbito lateral e realizar o controle cervical 
b) Folgar as roupas da vítima 
c) Posicionar a vítima em decúbito dorsal e elevar os membros inferiores 
d) Posicionar a vítima em decúbito dorsal e elevar a cabeça 
e) Nenhuma das opções anteriores 
6. Quanto aos procedimentos realizados no atendimento pré hospitalar de um individuo 
em convulsão : 
I. Para evitar o sufocamento da vítima, o responsável pelo primeiro 
atendimento deve introduzir os próprios dedos na boca da vítima e puxar-
lhe a língua. 
II. O socorrista deve proteger a vítima de traumas, impedindo que se 
machuque, mas não deve tentar contê-la durante a crise convulsiva. 
III. Deve-se posicionar a vítima em decúbito lateral, realizar o controle 
cervical e aguardar o término da crise convulsiva. 
 Analisando as sentenças acima, quais podem ser consideradas corretas: 
a) Apernas a I está correta. 
b) Apenas a II está correta. 
c) Apenas a III está correta. 
d) I e III estão corretas. 
e) II e III estão corretas.

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