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Anatomia_Cardiaca

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Faculdade de Medicina de Marília 
Fernando de Santana Silva, 51ª Turma 
 
Anatomia Cardíaca 
 
1. Orientação Cardíaca 
- A forma geral e a orientação do coração são de uma pirâmide que caiu e está apoiada sobre um de seus lados 
- Situado na cavidade torácica, o ápice dessa pirâmide projeta-se para frente, para baixo e para esquerda, enquanto 
a base fica oposta ao ápice e às faces em uma direção posterior 
- Os lados da pirâmide consistem em: 
 Uma face diafragmática (inferior) na qual a pirâmide repousa 
 Uma face esternocostal (anterior) orientada anteriormente 
 Uma face pulmonar direita 
 Uma face pulmonar esquerda 
 
1.1 Base (face Posterior) e Ápice do Coração 
-A base do coração é um quadrilátero direcionado posteriormente. Ela consiste em: 
 AE 
 Uma pequena parte do AD 
 Partes proximais das grandes veias (veias cavas superior e inferior, e veias pulmonares) 
- Como as grandes veias entram na base do coração, com as veias pulmonares entrando nos lados direito e esquerdo 
do AE e as veias cavas superior e inferior entrando nas extremidades superior e inferior do AD, a base do coração é 
fixada posteriormente à parede do pericárdio, oposta aos corpos vertebrais de TV a TVIII (TVI a TIX quando de pé) 
- O esôfago situa-se imediatamente posterior à base do coração 
-A partir da base, o coração projeta-se para frente, para baixo e para a esquerda, terminando no ápice. O ápice do 
coração é formado pela parte inferolateral do VE e está posicionado profundamente à esquerda do 5º EIC, 8-9cm da 
linha mediana 
 
1.2 Faces do Coração 
- A face esternocostal está voltada anteriormente e consiste, principalmente, no VD 
- Na posição anatômica, o coração repousa sobre a face diafragmática, que consiste no VE e uma pequena porção do 
VD. Essa face volta-se inferiormente, repousa sobre o diafragma, é separada da base do coração pelo seio 
coronariano e estende-se da base ao ápice do coração 
- A face pulmonar esquerda volta-se para o pulmão esquerdo, é ampla, convexa e consiste principalmente no VE; 
forma a impressão cardíaca do pulmão esquerdo 
-A face pulmonar direita volta-se para o pulmão direito, é ampla, convexa e consiste no AD 
1.3 Margens do Coração 
- Margem direita (ligeiramente convexa), formada pelo átrio direito e estendendo-se entre a VCS e a VCI 
- Margem inferior (quase horizontal), formada principalmente pelo VD e pequena parte pelo VE 
- Margem esquerda (oblíqua, quase vertical), formada principalmente pelo VE e pequena parte pela aurícula 
esquerda 
- Margem superior, formada pelos átrios e aurículas direita e esquerda em vista anterior; a parte ascendente da 
aorta e o tronco pulmonar emergem dessa margem e a VCS entra no seu lado direito. 
 
1.4 Sulcos Externos 
- As paredes internas dividem o coração em quatro câmaras (2A e 2V) e produzem sulcos externos ou de superfície 
 O sulco coronário circunda o coração, separando os átrios dos ventrículos. À medida que ele 
contorna o coração, contém a artéria coronária direita, a veia cardíaca parva, o seio coronariano e o 
ramo circunflexo da artéria coronária esquerda 
 Os sulcos interventriculares anterior e posterior separam os dois ventrículos. O SIA está na face 
esternocostal do coração e contém o ramo interventricular anterior e a veia cardíaca magna. O SIP 
está na face diafragmática do coração e contém o ramo interventricular posterior e a veia 
interventricular posterior (cardíaca média). 
- Esses sulcos são contínuos inferiormente, imediatamente à direita do ápice do coração 
 
 
2. Câmaras Cardíacas 
- O coração consiste, funcionalmente, em duas bombas separadas por um septo: a bomba direita recebe sangue 
desoxigenado do corpo e o envia para os pulmões; a bomba esquerda recebe o sangue oxigenado proveniente dos 
pulmões e o envia para o corpo. Cada bomba consiste em um átrio e um ventrículo, separados por uma VALVA 
- Os átrios, de paredes finas, recebem o sangue que chega ao coração, enquanto os ventrículos, de paredes 
relativamente espessas, bombeiam o sangue para fora do coração 
- É necessária uma força para bombear o sangue através do corpo maior do que para os pulmões: por essa razão, a 
parede muscular do ventrículo esquerdo é mais espessa do que a parede do ventrículo direito 
-Os septos interatrial, interventricular e atrioventricular separam as quatro câmaras do coração 
 
2.1 Átrio Direito 
- Forma a margem direita do coração e também contribui para a porção direita da face esternocostal do coração. 
Recebe sangue venoso de três fontes: 
 Veias cavas superior e inferior, que juntas trazem o sangue do corpo para o coração 
 Seio coronário, que traz de volta o sangue das próprias paredes do coração 
- A aurícula direita é uma bolsa muscular cônica que se projeta do AD como uma câmara adicional, aumenta a 
capacidade do átrio e se superpõe à parte ascendente da aorta 
-O interior do átrio direito apresenta: 
 Uma parte posterior lisa, de paredes finas (o seio das veias cavas), onde se abrem as veias cavas (VCS 
e VCI) e o seio coronário, que trazem sangue pouco oxigenado para o coração 
 Uma parede anterior muscular, rugosa, formada pelos músculos pectíneos 
 Um óstio AV direito, através do qual o átrio direito transfere para o ventrículo direito o sangue 
pouco oxigenado que recebeu. As partes lisa e áspera da parede atrial são separadas externamente 
por um sulco vertical superficial, o sulco terminal, e internamente por uma crista vertical, a crista 
terminal 
- O espaço posterior à crista terminal é o seio das veias cavas. Esse componente possui paredes finas e lisas, e ambas 
as veias cavas desembocam nesse espaço: 
 A VCS se abre na parte superior do átrio direito no nível da 3ª cartilagem costal direita. 
 A VCI se abre na parte inferior do átrio direito quase alinhada com a VCS, no nível aproximado da 5a 
cartilagem costal. 
- O óstio do seio coronário, um tronco venoso curto que recebe a maioria das veias cardíacas, situa-se entre o óstio 
AV direito e o óstio da VCI. O septo interatrial que separa os átrios tem uma depressão oval, do tamanho da 
impressão digital de um polegar, a fossa oval, que é um remanescente do forame oval e sua valva no feto 
 
2.2 Ventrículo Direito 
- O ventrículo direito forma a maior parte da face esternocostal do coração, uma pequena parte da face 
diafragmática e quase toda a margem inferior do coração 
- A via de saída do VD, o qual leva ao tronco pulmonar, é o cone arterial. Essa área tem paredes lisas e deriva do 
bulbo cardíaco embrionário 
- As paredes da porção de entrada do VD possuem diversas estruturas musculares irregulares denominadas 
trabéculas cárneas 
- Algumas das trabéculas cárneas (músculos papilares) possuem apenas uma extremidade ficada à superfície 
ventricular, enquanto a outra extremidade funciona como ponto de fixação para cordões fibrosos tendíneos (cordas 
tendíneas) que se conectam às extremidades livres das cúspides da valva tricúspide. Existem três músculos papilares 
no VD: 
 Músculo Papilar Anterior: é o maior e mais constante músculo papilar, sendo originado na parede 
anterior do ventrículo 
 Músculo Papilar Posterior: pode consistir de uma, duas ou três estruturas, com algumas cordas 
tendíneas originadas diretamente da parede ventricular 
 Músculo Papilar Septal: é o mais inconstante sendo menor ou inexistente, com cordas tendíneas 
originadas diretamente na parede septal 
- Uma única trabécula especializada, a trabécula septomarginal forma uma ponte entre a porção inferior do septo 
interventricular e a base do músculo papilar anterior. A trabécula septomarginal transporta parte do sistema de 
condução do coração (o feixe direito do feixe atrioventricular) até a parede anterior do VD 
 
2.3 Valva Atrioventricular Direita 
- O óstio atrioventricular direito é fechado durante a contração ventricular pela valva AV direita (tricúspide), assim 
chamada porque é formada por 3 válvulas ou “cúspides” 
- A base de cadaválvula é presa ao anel fibroso que circunda o óstio AV 
- Esse anel fibroso ajuda a manter a forma da abertura. As válvulas são contínuas entre si, perto de suas bases nos 
pontos denominados comissuras 
- O nome das três válvulas (anterior, septal e posterior) é baseado em suas posições em relação à parede do VD. As 
margens livres das válvulas fixam-se às cordas tendíneas, que se originam das extremidades dos músculos papilares 
- Durante o enchimento do VD, a valva AV direita fica aberta (as três válvulas da valva projetam-se para o VD) 
- Sem a presença de um mecanismo compensatório quando a musculatura ventricular se contrai, as válvulas da valva 
seriam forçadas para cima com o fluxo de sangue, e o sangue voltaria para o AD. No entanto, a contração dos 
músculos papilares fixados às válvulas, através das cordas tendíneas, impede que as válvulas sejam invertidas para 
dentro do AD 
 
- Simplificando, os músculos papilares e as cordas tendíneas associadas mantêm as valvas fechadas durante as 
alterações bruscas do tamanho ventricular que ocorrem no decorrer da contração 
- Além disso, cordas tendíneas de dois músculos papilares fixam a cada cúspide. Isso ajuda a prevenir a separação 
das válvulas durante a contração ventricular. O fechamento correto da valva AV direita causa a saída do sangue do 
VD e sua movimentação para o tronco pulmonar 
- A necrose do músculo papilar, consequente ao IAM, pode resultar em prolapso da valva associada 
 
2.4 Valva do Tronco Pulmonar 
- O trato de saída do VD (a abertura para o tronco pulmonar) é fechado pela valva do tronco pulmonar, que consiste 
em três válvulas semilunares com margens livres se projetando superiormente em direção à luz do tronco pulmonar 
- A margem superior livre de cada válvula tem uma porção média espessada, o nódulo da valva semilunar e uma 
porção lateral fina, a lúnula da válvula semilunar 
- As válvulas recebem os nomes de válvulas semilunares esquerda, direita e anterior em relação a suas posições 
fetais antes que a rotação dos tratos de saída dos ventrículos esteja completa 
- Cada válvula constitui um seio em forma de bolso: uma dilatação na parede da parte inicial do tronco pulmonar. 
Depois da contração ventricular, o retorno do sangue enche esses seios pulmonares e força as válvulas a se 
fecharem. Isso impede que o sangue do tronco pulmonar retorne para o VD 
 
2.5 Átrio Esquerdo 
- O AE forma a maior parte da base ou face posterior do coração 
- Divisão do AE: 
 A metade posterior (ou porção de entrada) recebe as quatro veias pulmonares. Possui paredes lisas 
e derivadas das partes proximais das veias pulmonares, que são incorporadas ao AE durante o 
desenvolvimento 
 A metade anterior é contínua com a aurícula esquerda. Contém músculos pectíneos e deriva do átrio 
primitivo embrionário. Diferentemente da crista terminal no AD, nenhuma estrutura distinta separa 
os dois componentes no AE 
- O septo interatrial faz parte da parede anterior do AE. A fina área de depressão no septo é a válvula do forame oval 
e está oposta ao assoalho da fossa oval no AD 
- Durante o desenvolvimento, a válvula do forame oval impede o sangue de passar do AE para o AD. Essa válvula não 
pode estar completamente fechada em alguns adultos, deixando uma comunicação entre o AD e o AE 
 
2.6 Ventrículo Esquerdo 
- O VE situa-se anteriormente ao AE. Contribui para as faces esternocostal, diafragmática e pulmonar esquerda do 
coração e forma o ápice do coração 
- O sangue entra no VE através do óstio AV esquerdo e flui em uma direção anterior até o ápice do pulmão 
- A própria câmara é cônica, mais longa do que o VD e tem uma camada mais espessa de miocárdio 
- O trato de saída (o vestíbulo da aorta) é posterior ao cone arterial do VD, tem paredes lisas e é derivado do bulbo 
cardíaco embrionário 
- A trabéculas cárneas no VE são finas e delicadas em comparação com aquelas do VD. O aspecto geral das 
trabéculas com cristas musculares e pontes é similar ao do VD 
 
- Os músculos papilares, juntamente com as cordas tendíneas, também são observados, e sua estrutura é como a 
descrita anteriormente no VD. Dois músculos papilares, o músculo papilar anterior e posterior, são, geralmente, 
encontrados no VE e são maiores do que aqueles do VD 
- Na posição anatômica, o VE está um pouco posterior ao VD. O septo interventricular, portanto, forma a parede 
anterior e uma parte da parede do lado direito do VE. O septo é descrito como tendo duas partes: 
 uma parte muscular 
 uma parte membranácea 
- A parte muscular é espessa e forma a maior parte do septo, enquanto a parte membranácea é a parte fina e 
superior do septo. Uma terceira parte do septo pode ser considerada uma parte atrioventricular devido à sua 
posição acima da válvula septal da valva AV direita. Essa localização superior coloca essa parte do septo entre o VE e 
o AD 
 
2.7 Valva Atrioventricular Esquerda (Mitral) 
- O óstio atrioventricular esquerdo abre-se na região posterior direita da parte superior do VE. Durante a contração 
muscular, ele se fecha pela valva AV esquerda (mitral), que também é chamada de bicúspide porque possui duas 
cúspides, as válvulas anterior e posterior 
- As bases das válvulas ficam presas a um anel fibroso em torno da abertura, e as válvulas são contínuas entre si nas 
comissuras. A ação coordenada dos músculos papilares e das cordas tendíneas é como a descrita no VD 
 
2.8 Valva da Aorta 
- O vestíbulo da aorta, ou via de saída do VE, é contínuo superiormente com a parte ascendente da aorta. A abertura 
do VE para a aorta é fechada pela valva da aorta. Essa valva tem estrutura semelhante à da valva do tronco 
pulmonar. Consiste em três válvulas semilunares, com margem livre de cada uma se projetando superiormente para 
a luz da parte ascendente da aorta 
 
- Entre as válvulas semilunares e a parede da parte ascendente da aorta existem seios em forma de bolso — os seios 
direito, esquerdo e posterior da aorta. As artérias coronárias direita e esquerda originam-se dos seios da aorta 
direito e esquerdo, respectivamente. Em função disso, o seio posterior da aorta e a válvula são algumas vezes 
chamados de seio e válvula não coronarianos 
- O funcionamento da válvula da aorta é similar ao da válvula pulmonar com um importante processo adicional: à 
medida que o sangue retrai-se após a contração ventricular e preenche os seios da aorta, ele é automaticamente 
forçado em direção as artérias coronárias, pois esses vasos originam-se dos seios direito e esquerdo da aorta 
 
 
3. Vascularização Coronariana 
- As artérias coronárias originam-se dos seios da aorta, na porção inicial da parte ascendente da aorta, e irrigam o 
músculo e outros tecidos do coração. Elas circulam o coração no sulco coronário, com os ramos marginal e 
interventricular nos sulcos interventriculares convergindo em direção ao ápice do coração 
- O sangue venoso que retorna passa pelas veias cardíacas, a maioria das quais desemboca no seio coronário. Essa 
grande estrutura venosa está localizada no sulco coronário, na face posterior do coração, entre o AE e o VE. O seio 
coronário desemboca no AD entre o óstio da veia cava inferior e o óstio AV direito 
 
3.1 Artérias Coronárias 
3.1.1 Artéria Coronária Direita (ACD) 
- A artéria coronária direita origina-se do seio direito da aorta, na parte ascendente da aorta. Ela passa 
anteriormente e então desce verticalmente no sulco coronário, entre o átrio direito e o ventrículo direito. Ao chegar 
à margem inferior do coração, volta-se posteriormente e continua no sulco até a face diafragmática e a base do 
coração. Durante esse trajeto, vários ramos surgem do tronco principal do vaso: 
 Um ramo atrial inicial passa no sulco entre a aurícula direita e a parte ascendente da aorta e fornece 
o ramo do nó sinoatrial, que passa posteriormente em torno da veia cava superior para irrigar o nó 
sinoatrial 
 Um ramo marginal direito surge quando a artéria coronáriadireita se aproxima da margem inferior 
(aguda) do coração e continua ao longo desta em direção ao ápice do coração 
 À medida que a artéria coronária continua na base/face diafragmática do coração, fornece um 
pequeno ramo para o nó atrioventricular antes de fornecer seu ramo final principal: o ramo 
interventricular posterior, que se situa no sulco interventricular posterior 
- A artéria coronária direita irriga o AD, o VD, os nós sinoatrial e atrioventricular, o septo interatrial, uma parte do AE, 
o terço posteroinferior do septo interventricular e uma porção da parte posterior do VE 
 
3.1.2 Artéria Coronária Esquerda (ACE) 
- A artéria coronária esquerda origina-se do seio esquerdo da aorta, na parte ascendente da aorta. Passa entre o 
tronco pulmonar e a aurícula esquerda antes de entrar no sulco coronário. Enquanto permanece posterior ao tronco 
pulmonar, a artéria divide-se em dois ramos terminais: o interventricular posterior e o circunflexo 
 O ramo interventricular anterior continua em torno do lado esquerdo do tronco pulmonar e desce 
obliquamente em direção ao ápice do coração, no sulco interventricular anterior. Durante seu 
trajeto, um ou dois grandes ramos diagonais originam-se e descem diagonalmente pela face anterior 
do VE 
 O ramo circunflexo tem um trajeto para a esquerda no sulco coronário e para a base/face 
diafragmática do coração e, geralmente, termina antes de chegar ao sulco interventricular posterior. 
Um grande ramo, a artéria marginal esquerda, geralmente se origina dele e continua pela margem 
obtusa arredondada do coração 
- O padrão de distribuição da artéria coronária esquerda possibilita a irrigação da maior parte do AE e do VE e a 
maior parte do septo interventricular, incluindo o feixe atrioventricular e seus ramos 
 
3.1.3 Variações nos padrões de distribuição das artérias coronárias 
- Muitas variações importantes ocorrem no padrão de distribuição básica das artérias coronárias 
- O padrão de distribuição descrito anteriormente para as artérias coronárias direita e esquerda é o mais comum e 
consiste em uma artéria coronária dominante direita. Isso significa que o ramo interventricular posterior se origina 
da artéria coronária direita. A artéria coronária direita, portanto, irriga uma grande parte da parede posterior do 
ventrículo esquerdo, e o ramo circunflexo da artéria coronária esquerda é relativamente pequeno 
- Ao contrário, em corações com uma artéria coronária esquerda dominante, o ramo interventricular posterior surge 
de um ramo circunflexo aumentado e irriga a maior parte da parede posterior do ventrículo esquerdo 
- Outro ponto de variação refere-se à irrigação arterial para os nós sinoatrial e atrioventricular. Na maioria dos casos, 
essas duas estruturas são irrigadas pela artéria coronária direita. Contudo, vasos do ramo circunflexo da artéria 
coronária esquerda ocasionalmente irrigam essas estruturas 
 
3.2 Veias cardíacas 
- O seio coronário recebe quatro tributárias importantes: as veias cardíacas magna, média, parva e posterior 
3.2.1 Veia Cardíaca Magna 
- A veia cardíaca magna começa no ápice do coração e é a principal tributária do seio coronário 
- Sua primeira parte, a veia interventricular anterior, começa perto do ápice do coração e ascende com o ramo IV 
anterior da ACE. No sulco coronário, vira-se para a esquerda, e sua segunda parte segue ao redor do lado esquerdo 
do coração com o ramo circunflexo da ACE para chegar ao seio coronário. 
- A veia cardíaca magna drena as áreas do coração supridas pela ACE. 
3.2.2 Veia Interventricular Posterior 
- A veia interventricular posterior (veia cardíaca média) começa próxima ao ápice do coração e sobe pelo sulco 
interventricular posterior em direção ao seio coronário 
-Está associada ao ramo interventricular posterior da artéria coronária direita ou esquerda durante todo o seu 
trajeto 
 
3.2.3 Veia Cardíaca Parva 
- A veia cardíaca parva começa na parte anteroinferior do sulco coronário, entre o AD e o VD. Continua nesse sulco 
até a base/face diafragmática do coração, na qual entra no seio coronário em sua extremidade atrial 
- Acompanha a artéria coronária direita por todo o trajeto e pode receber a veia marginal direita. Essa pequena veia 
acompanha o ramo marginal da artéria coronária direita ao longo da margem aguda do coração. Se a veia marginal 
direita não se unir à veia cardíaca parva, ela entrará diretamente no AD 
 
3.2.4 Veia Cardíaca Posterior 
- A veia cardíaca posterior situa-se na superfície posterior do ventrículo esquerdo, imediatamente à esquerda da veia 
cardíaca média. Pode desembocar no seio coronário ou na veia cardíaca magna 
 
3.2.5 Outras Veias Cardíacas 
- Dois grupos adicionais de veias cardíacas também estão envolvidos na drenagem venosa do coração: 
 As veias anteriores do ventrículo direito são pequenas veias que surgem na superfície anterior do 
VD. Elas cruzam o sulco coronário e entram na parede anterior do AD. Drenam a parte anterior do 
VD. A veia marginal direita pode fazer parte desse grupo se não entrar na veia cardíaca parva 
 Um grupo de veias cardíacas mínimas (veias de Tebésio) também é descrito. Drenando diretamente 
para as câmaras cardíacas, são numerosas no AD e no VD; são, ocasionalmente, associadas ao AE e 
raramente associadas ao VE 
 
3.3 Linfáticos Coronarianos 
- Os vasos linfáticos do coração acompanham as artérias coronárias e drenam principalmente para: 
 os linfonodos braquiocefálicos, anteriormente às veias braquiocefálicas 
 os linfonodos traqueobronquiais, na extremidade inferior da traqueia 
 
 
4. Complexo Estimulante do Coração 
- A musculatura dos átrios e dos ventrículos é capaz de se contrair espontaneamente. O complexo estimulante do 
coração inicia e coordena a contração. Ele consiste em nodos e redes de células miocárdicas especializadas e 
organizadas em quatro componentes básicos: 
 o nó sinoatrial 
 o nó atrioventricular 
 o fascículo atrioventricular com seus ramos direito e esquerdo 
 os ramos subendocárdicos de células de condução (as fibras de Purkinje) 
- O padrão singular de distribuição do complexo estimulante do coração estabelece uma importante via 
unidirecional de excitação/contração. Durante todo o seu trajeto, grandes ramos do complexo estimulante do 
coração são isolados do miocárdio adjacente pelo tecido conjuntivo. Isso tende a diminuir a estimulação e a 
contração inapropriada de fibras musculares cardíacas 
- O número de contatos funcionais entre as vias de condução e a musculatura cardíaca aumenta grandemente nos 
ramos subendocárdicos 
- Desse modo, é estabelecida uma onda unidirecional de excitação e contração, que movimenta desde os músculos 
papilares e o ápice dos ventrículos até as vias de saída arteriais 
 
4.1 Nó Sinoatrial 
- Os impulsos começam no nó sinoatrial, o marca-passo cardíaco 
- Essa coleção de células está localizada na extremidade superior da crista terminal, na junção da veia cava superior e 
do átrio direito. Esta também é a junção entre as partes do átrio direito derivadas do seio venoso embrionário e do 
átrio propriamente dito 
- Os sinais de excitação gerados pelo nó sinoatrial propagam-se através dos átrios, causando a contração muscular 
 
4.2 Nó Atrioventricular 
- Simultaneamente, a onda de excitação nos átrios estimula o nó atrioventricular, que está localizado perto do óstio 
do seio coronariano, próximo à fixação da válvula septal da valva AV direita e dentro do septo atrioventricular 
- O nó atrioventricular é uma coleção de células especializadas que formam o início do elaborado sistema de 
condução do tecido, o feixe atrioventricular, que propaga o impulso excitatório para toda a musculatura ventricular 
 
4.3 Fascículo Atrioventricular 
- O fascículo atrioventricular é a continuação direta do nó atrioventricular. Ele segue ao longo da margem inferior da 
parte membranácea do septo interventricular antes de se dividir em ramos direito e esquerdo- O ramo direito continua no lado direito do septo interventricular, em direção ao ápice do VD. A partir do septo, ele 
entra na trabécula septomarginal para chegar até a base do músculo papilar anterior 
- Nesse ponto, divide-se e é contínuo com o componente final do complexo estimulante do coração, os ramos 
subendocárdicos de células de condução ventricular ou fibras de Purkinje 
- Essa rede de células especializadas propaga-se por todo o ventrículo para estimular a musculatura ventricular, 
incluindo os músculos papilares 
- O ramo esquerdo passa ao lado do septo interventricular muscular e desce até o ápice do ventrículo esquerdo. Ao 
longo do trajeto, fornece ramos que, no final, se tornarão contínuos com os subendocárdicos (fibras de Purkinje). 
Como no lado direito, essa rede de células especializadas propaga impulsos através de todo o VE 
 
 
5. Inervação cardíaca 
- A divisão autônoma do sistema nervoso periférico é diretamente responsável por regular: 
 a frequência cardíaca 
 a força de cada contração 
 o débito cárdico 
- Ramos dos sistemas parassimpático e simpático contribuem para a formação do plexo cardíaco. Esse plexo consiste 
em uma parte superficial, inferior ao arco da aorta e entre ele e o tronco pulmonar, e uma parte profunda, entre o 
arco da aorta e a bifurcação da traqueia 
- Pequenos ramos do plexo cardíaco, que são um conjunto de nervos contendo tanto fibras simpáticas quanto fibras 
parassimpáticas, inervam o coração. Esses ramos inervam o tecido nodal e outros componentes do complexo 
estimulante do coração, os vasos coronarianos e a musculatura atrial e ventricular 
 
5.1 Inervação Simpática 
- Estimulação do sistema simpático: 
 aumenta a frequência cardíaca 
 aumenta a força da contração 
- As fibras simpáticas chegam ao coração através dos nervos do plexo cardíaco provenientes do tronco simpático. As 
fibras simpáticas pré‑ganglionares dos quatro ou cinco segmentos medulares superiores da parte torácica da medula 
espinal entram e seguem pelo tronco simpático. Fazem sinapse nos gânglios simpáticos cervicais e torácicos altos, e 
as fibras pós‑ganglionares prosseguem como ramos bilaterais do tronco simpático até o plexo cardíaco 
- A estimulação adrenérgica do nó SA e do tecido condutor aumenta a frequência de despolarização das células 
marca-passo e a condução atrioventricular. A estimulação adrenérgica direta pelas fibras nervosas simpáticas, bem 
como a estimulação indireta pelos hormônios suprarrenais, aumenta a contratilidade atrial e ventricular. A maioria 
dos receptores adrenérgicos nos vasos sanguíneos coronários consiste em receptores β2 que, quando ativados, 
causam relaxamento (ou talvez inibição) do músculo liso vascular e, portanto, dilatação das artérias 
 
5.2 Inervação Parassimpática 
- Estimulação do sistema parassimpático: 
 diminui a frequência cardíaca 
 reduz a força da contração 
 induz a constrição das artérias coronárias 
- As fibras parassimpáticas pré-ganglionares chegam ao coração como ramos cardíacos dos nervos vagos direito e 
esquerdo. Entram no plexo cardíaco e fazem sinapse tanto nos gânglios localizados dentro do plexo quanto nos 
gânglios localizados nas paredes dos átrios 
- As fibras parassimpáticas pós-ganglionares liberam acetilcolina, que se liga aos receptores muscarínicos para 
reduzir as frequências de despolarização das células marcapasso e a condução atrioventricular e diminuir a 
contratilidade atrial. 
 
5.3 Aferentes Viscerais 
- As fibras aferentes viscerais do coração também são componentes do plexo cardíaco. Essas fibras passam através 
do plexo cardíaco e retornam ao sistema nervoso central pelos nervos cardíacos do tronco simpático e pelos ramos 
cardíacos dos nervos vagos 
- As fibras aferentes associadas aos ramos cardíacos dos nervos vagos retornam ao nervo vago [X]. Eles captam as 
alterações na pressão arterial e na química do sangue e estão, portanto, relacionados primariamente aos reflexos 
cardíacos 
- As fibras aferentes associadas aos nervos cardíacos provenientes dos troncos simpáticos retornam às partes 
cervical ou torácica do tronco simpático. Se estiverem na porção cervical do tronco, normalmente descem à região 
torácica, na qual tornam a entrar nos quatro ou cinco segmentos medulares superiores da parte torácica da medula 
espinal com as fibras aferentes da região torácica do tronco simpático 
- As fibras aferentes viscerais associadas ao sistema simpático conduzem sensação de dor do coração, a qual é 
detectada no nível celular como evento de dano tecidual (i.e., isquemia do coração). Essa dor costuma ser “referida” 
a regiões cutâneas inervadas pelos mesmos níveis da medula espinal 
 
 
6. Tronco pulmonar 
- O tronco pulmonar está contido dentro do pericárdio, é coberto pela lâmina visceral do pericárdio seroso e associa-
se à parte ascendente da aorta em uma bainha comum 
- Ele se origina do cone arterial do ventrículo direito no óstio do tronco pulmonar, um pouco anteriormente ao óstio 
da aorta, e ascende posteriormente e para a esquerda, localizando-se inicialmente anterior e depois à esquerda da 
aorta ascendente 
- Aproximadamente no nível do disco intervertebral, entre as vértebras TV e TVI, opostamente à margem esquerda 
do esterno e posteriormente à terceira cartilagem costal, o tronco pulmonar divide-se em: 
 artéria pulmonar direita, que passa para a direita, posteriormente à parte ascendente da aorta e à 
veia cava superior, entrando no pulmão direito 
 artéria pulmonar esquerda, que passa inferiormente ao arco da aorta e anteriormente à parte 
descendente da aorta para entrar no pulmão esquerdo 
 
 
7. Parte ascendente da aorta 
- A parte ascendente da aorta está contida dentro do pericárdio e é revestida pela lâmina visceral do pericárdio 
seroso, que também circunda o tronco pulmonar em uma bainha comum 
- A origem da parte ascendente da aorta é o óstio da aorta na base do VE, que está nivelado com a margem inferior 
da terceira cartilagem costal esquerda, posteriormente à metade esquerda do esterno 
- Assumindo um trajeto superior, levemente para frente e para a direta, a parte ascendente da aorta continua até o 
nível da segunda cartilagem costal direita. Nesse ponto, entra no mediastino superior e, então, passa a ser chamada 
de arco da aorta 
- No local imediatamente superior ao ponto em que a parte ascendente da aorta se origina no VE, há três pequenos 
abaulamentos opostos às válvulas semilunares da valva da aorta. Estes são os seios posterior, direito e esquerdo da 
aorta. As artérias coronárias direita e esquerda originam-se dos seios direito e esquerdo da aorta, respectivamente 
 
 
8. Outros vasos 
- A metade inferior da veia cava superior está localizada dentro do pericárdio. Ela atravessa o pericárdio fibroso 
aproximadamente no nível da segunda cartilagem costal e entra no AD no nível inferior da terceira cartilagem costal. 
A porção localizada dentro do pericárdio é coberta pelo pericárdio seroso, exceto por uma pequena área em sua 
superfície posterior 
- Após atravessar o diafragma, aproximadamente no nível da vértebra TVIII, a veia cava inferior entra no pericárdio 
fibroso. Uma parte curta desse vaso está dentro do pericárdio antes de entrar no AD. Enquanto está dentro do 
pericárdio, é coberta pelo pericárdio seroso, exceto por uma pequena parte de sua superfície posterior 
- Um segmento muito curto de cada uma das veias pulmonares também está dentro do pericárdio. Essas veias, 
geralmente duas provenientes de cada pulmão, atravessam o pericárdio fibroso e entram na região superior do átrio 
esquerdo em sua superfície posterior. No pericárdio, todas as superfícies dessas veias, exceto uma porção da 
superfície posterior, estão cobertas pelo pericárdio seroso. Além disso, o seio oblíquo do pericárdio está situado 
entre as veias pulmonares direita e esquerda dentro do pericárdio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Coração: O coraçãoé uma bomba dupla de sucção e pressão, que impulsiona o sangue pela dupla alça infinita 
formada pelos circuitos pulmonar e sistêmico. 
♦ As câmaras direitas do coração servem ao primeiro e as câmaras esquerdas, ao segundo. 
 
♦ O coração tem o formato de uma pirâmide inclinada, com o ápice em direção anteroinferior e para a esquerda, e a 
base oposta ao ápice (posterior). 
 
♦ Cada lado do coração tem uma câmara de recepção (átrio) e uma câmara de sucção, compressão e expulsão 
(ventrículo). 
 
♦ As câmaras bilaterais (portanto, os circuitos sistêmico de alta pressão e pulmonar de baixa pressão) são separadas 
por um septo cardíaco formado principalmente por tecido muscular, mas parcialmente membranáceo. 
 
♦ Há valvas AV entre câmaras unilaterais para facilitar o bombeamento em duas fases (acúmulo seguido de ejeção). 
 
♦ Valvas arteriais unidirecionais (do tronco pulmonar e da aorta) posicionadas na saída de cada lado impedem o 
refluxo (exceto aquele que enche as artérias coronárias) e mantêm a pressão diastólica das artérias. 
 
♦ As câmaras têm um revestimento endotelial brilhante, o endocárdio; uma parede muscular ou miocárdio, cuja 
espessura é proporcional às pressões internas da câmara específica; e um revestimento externo brilhante (a lâmina 
visceral do pericárdio seroso, ou epicárdio). 
 
♦ O miocárdio dos átrios e ventrículos (e a propagação miogênica de estímulos de contração através dele) está 
fixado ao esqueleto fibroso do coração e separado dele por tecido conectivo. 
 
♦ O esqueleto fibroso consiste em quatro anéis fibrosos, dois trígonos e as partes membranáceas dos septos 
cardíacos. 
 
♦ Apenas impulsos contráteis conduzidos por músculo especializado, dos átrios para os ventrículos, penetram o 
esqueleto em locais definidos. 
 
♦ O esqueleto fibroso oferece fixação para o miocárdio e as válvulas e mantém a integridade dos óstios. 
 
 
Circulação coronariana: O sistema circulatório do miocárdio é único porque as artérias coronárias se enchem 
durante a diástole ventricular em virtude da retração aórtica. Tipicamente (mas não necessariamente) são artérias 
terminais funcionais. 
 
♦ Duas artérias coronárias, a ACE e ACD, ramificam-se da parte ascendente da aorta e fornecem sangue oxigenado 
para o miocárdio. 
A ACE passa inferiormente à aurícula esquerda e se divide nos ramos interventricular anterior e circunflexo 
 O ramo interventricular anterior encontra-se anteriormente ao sulco interventricular anterior e fornece 
sangue oxigenado às paredes de ambos os ventrículos 
 O ramo circunflexo encontra-se no sulco coronário e distribui sangue oxigenado às paredes do ventrículo 
esquerdo e átrio esquerdo 
A ACD emite pequenos ramos (ramos atriais) para o átrio direito. Ela continua inferiormente à aurícula direita e, por 
fim, se divide em ramos interventricular posterior e marginal direito 
 O ramo interventricular posterior segue o sulco interventricular posterior e irriga as paredes dos dois 
ventrículos com sangue oxigenado 
 O ramo marginal posterior além do sulco coronário corre ao longo da margem direita do coração e 
transporta sangue oxigenado à parede do ventrículo direito 
 
♦ O miocárdio contém muitas anastomoses (conexão de vasos) que conectam ramos de uma determinada artéria 
coronária ou se estendem entre os ramos de diferentes artérias coronárias. Elas fornecem desvios para o sangue 
arterial se uma via principal estiver obstruída 
 
 
♦ A artéria coronária direita (ACD) e o ramo circunflexo da artéria coronária esquerda (ACE) irrigam as paredes dos 
átrios por meio de pequenos ramos. 
 
♦ A ACD costuma irrigar os nós SA e AV, o miocárdio da parede externa do ventrículo direito (exceto sua face 
anterior), a face diafragmática do ventrículo esquerdo e o terço posterior do SIV. 
 
♦ Em geral, a ACE supre os dois terços anteriores do SIV (inclusive o feixe AV de tecido conectivo), a parede anterior 
do ventrículo direito e a parede externa do ventrículo esquerdo (exceto a face diafragmática). 
 
♦ Os leitos capilares do miocárdio drenam principalmente para o átrio direito por intermédio de veias que deságuam 
no seio coronário. No entanto, as veias também podem entrar diretamente nas câmaras através das veias cardíacas 
mínimas. Nenhuma das duas vias tem válvulas. 
 
♦ Depois de o sangue passar pelas artérias da circulação coronariana, ele flui para os capilares, onde fornece 
oxigênio e nutrientes ao músculo cardíaco e coleta dióxido de carbono e escórias metabólicas e, em seguida, 
desloca-se para as veias coronárias. 
 A maior parte do sangue venoso do miocárdio drena para um grande seio vascular no sulco coronário na face 
posterior do coração, chamado seio coronário (um seio vascular é uma veia de paredes finas que não tem músculo 
liso para alterar seu diâmetro). O sangue venoso do seio coronário drena para o átrio direito. As principais tributárias 
que transportam sangue para o seio coronário são: 
 Veia Cardíaca Magna no sulco interventricular anterior, que drena as áreas do coração irrigadas pela 
ACE (ventrículos esquerdo e direito e átrio esquerdo) 
 Veia Interventricular Posterior no sulco interventricular posterior, que drena as áreas irrigadas pelo 
ramo interventricular posterior da ACD (ventrículos esquerdo e direito) 
 Veia Cardíaca Parva no sulco coronário, que drena o átrio direito e o ventrículo direito 
 Veias Anteriores do Ventrículo Direito, que drenam o ventrículo direito e drenam diretamente para o 
átrio direito 
 
 
Complexo estimulante do coração: O complexo estimulante do coração é formado por nós intrínsecos 
especializados geradores de estímulos rítmicos e por feixes de músculo cardíaco modificado que conduzem os 
impulsos. O resultado é a contração coordenada dos átrios e ventrículos. 
 
♦ A frequência de geração e a velocidade de condução são aumentadas pela parte simpática e inibidas pela parte 
parassimpática da divisão autônoma do sistema nervoso para atender às demandas ou poupar energia. 
 
♦ O nó sinoatrial (SA), gerador de impulsos, e o nó atrioventricular (AV), transmissor, geralmente são irrigados por 
ramos dos nós da ACD. O fascículo atrioventricular e seus ramos são irrigados principalmente por ramos septais da 
ACE. 
 
♦ A oclusão de qualquer artéria coronária com subsequente infarto do nó ou do tecido condutor pode exigir a 
inserção de um marcapasso cardíaco artificial. 
 
♦ O efeito da divisão autônoma do sistema nervoso sobre as artérias coronárias é paradoxal. A estimulação 
simpática causa vasodilatação e a estimulação parassimpática, vasoconstrição.

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