Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Antônio Palmeira UNIDADE I Estudos Disciplinares Indústria 4.0 e as Tecnologias da Informação Quando mencionamos a evolução tecnológica da humanidade, podemos, com uma visão muito mais abrangente, ultrapassar a fronteira da computação. Exemplo: surgimento de uma simples caneta esferográfica ou a criação da imprensa. Ponto de grande destaque é que, ao longo da história da humanidade, as guerras e as revoluções foram grandes propulsoras do desenvolvimento tecnológico. Os contextos observados na Primeira Guerra Mundial, na Segunda Guerra Mundial e na própria Guerra Fria foram propícios para que as sociedades passassem por períodos de grande evolução tecnológica nas mais diversas áreas do conhecimento. As revoluções industriais pelas quais passamos também se configuraram como momentos em que surgiram muitas inovações. O avanço industrial esteve ligado a algum tipo de inovação. Essas inovações impulsionaram o surgimento de novas empresas que entraram em cena tornando a competitividade mais acirrada. Evolução tecnológica da humanidade É a criação de algo envolvendo a geração de valor, alterando padrões e estabelecendo diferenciações. As inovações ocorrem no produto (bem ou serviço novo ou aprimorado) ou no processo (processo de negócios novo ou aprimorado). Classificação das inovações: Incremental – introduz mudanças relativamente pequenas no produto existente. Arquitetural – sistema permanece inalterado, porém a forma de combiná-los, interligá-los se modifica, gerando uma nova arquitetura. Modular – arquitetura mantida e apenas se evolui um módulo da arquitetura conhecida. Radical – mudança total de arquitetura e sistema. Inovação 1767 – James Hargreaves cria a primeira máquina de fiar, construída toda em madeira, que passou a ser utilizada amplamente na Inglaterra. 1769 – Richard Arkwright cria o tear hidráulico, que foi aperfeiçoado, passando a ser usado na indústria de tecidos. 1769 – James Watt começou o aperfeiçoamento da máquina a vapor. 1785 – Edmund Cartwright inventou o tear mecânico que podia ser operado por mão de obra não especializada, marcando o início da tecelagem industrial na Inglaterra. Primeira Revolução Industrial Século XIX – aumento da produção do aço, gerada pelos altos-fornos a coque, propicia a fabricação de equipamentos e máquinas mais modernas que os de madeira. Surge a energia elétrica que, para fins industriais, conduziu ao impulso da manufatura. Surgimento e expansão das estradas de ferro que propiciam eficiente meio de transporte de mercadorias e pessoas, estimulando o progresso. Frederick Taylor (1856-1915) desenvolveu a racionalização do trabalho e aperfeiçoou a divisão do trabalho em etapas múltiplas, marcando o início da Segunda Revolução Industrial. Segunda Revolução Industrial Ao fim da Segunda Guerra Mundial ocorre a criação do sistema Toyota de produção enxuta. No fim dos anos 1960, surgem os controladores lógicos programáveis (CLP), facilitando a automação industrial. A eletrônica foi evoluindo com o tempo, tornando-se mais barata e com maior capacidade de atender a novos e maiores desafios e a Tecnologia da Informação (TI) passou a ser usada intensamente para apoio e controle da manufatura. Produção enxuta, automação e uso intensivo da TI trouxeram ganhos para a indústria em geral e convencionou-se chamar esse período de Terceira Revolução Industrial. Terceira Revolução Industrial Caracterizada por uma internet mais ubíqua e móvel e utilização de sensores tecnológicos ainda menores e mais poderosos que se tornaram mais baratos. Ampliação dos sistemas de inteligência artificial. Essa quarta revolução trouxe até nós a ideia de Indústria 4.0. A Indústria 4.0 que vivenciamos nos dias de hoje foi possível graças às tecnologias habilitadoras: computação em nuvem, impressão 3D, realidade aumentada, big data, robôs autônomos, simulações, integração de sistemas, internet das coisas, cibersegurança. A ideia desse fenômeno é a combinação de tecnologias da informação em vista da fabricação de produtos e desenvolvimento de novos serviços. Quarta Revolução Industrial Fonte: adaptado de: Sacomano et al. (2018, p. 28). Resumo das quatro Revoluções Industriais Mecânica, energia a vapor, hidráulica Eletricidade, produção em massa, linha de montagem Uso de sistemas computacionais e da robótica na manufatura. Avanços da eletrônica. CLPs – Controladores Lógicos Programáveis Sistemas ciberfísicos (CPS), internet das coisas (IoT), internet de serviços (IoS), descentralização dos processos de manufatura 1ª 2ª 3ª 4ª Um sistema produtivo, integrado por computador e dispositivos móveis interligados à internet ou à intranet, que possibilita programação, gerenciamento, controle, cooperação e interação com o sistema produtivo de qualquer lugar do globo em que haja acesso à internet ou à intranet, buscando, assim, a otimização do sistema e toda a sua rede de valor, ou seja, empresa, fornecedores, clientes, sócios, funcionários e demais stakeholders. Indústria 4.0 Fonte: adaptado de: Sacomano et al. (2018, p. 29). Computação Informação Sistemas Elementos base ou fundamentais: representam a base tecnológica fundamental sobre a qual o próprio conceito de Indústria 4.0 se apoia e sem os quais não poderia existir. Elementos estruturantes: são tecnologias e/ou conceitos que permitem a construção de aplicações da Indústria 4.0. Consideramos nessa classificação que para que uma fábrica ou unidade de produção seja enquadrada no conceito de 4.0 pelo menos boa parte dos elementos estruturantes deve estar presente. Elementos complementares: são elementos que ampliam as possibilidades da Indústria 4.0, mas que não necessariamente tornam 4.0 as aplicações industriais que eventualmente os utilizem. Elementos formadores da Indústria 4.0 Elementos formadores da Indústria 4.0 Fonte: adaptado de: Sacomano et al. (2018, p. 39). Indústria 4.0 Elementos complementares Etiquetas de RFID QR code Realidade aumentada (RA) Realidade virtual (RV) Manufatura aditiva Automação Comunicação máquina a máquina (M2M) Inteligência artificial (AI) Análise de big data Computação em nuvem Integração de sistemas Segurança cibernética Elementos base ou fundamentais Internet das Coisas (IoT) Sistemas ciberfísicos (CPS) Internet de Serviços(IoS) Elementos estruturantes Qual das alternativas a seguir apresenta uma característica da Quarta Revolução Industrial? a) Surgimento da máquina a vapor. b) Surgimento da eletricidade. c) Surgimento dos controladores lógicos programáveis. d) Surgimento da divisão do trabalho. e) Ampliação dos sistemas de inteligência artificial. Interatividade Qual das alternativas a seguir apresenta uma característica da Quarta Revolução Industrial? a) Surgimento da máquina a vapor. b) Surgimento da eletricidade. c) Surgimento dos controladores lógicos programáveis. d) Surgimento da divisão do trabalho. e) Ampliação dos sistemas de inteligência artificial. Resposta Sistemas ciberfísicos. Internet das Coisas (IoT). Internet de Serviços (IoS). Elementos base ou fundamentais da Indústria 4.0 Automação. Comunicação máquina a máquina. Inteligência artificial. Big data. Computação em nuvem. Integração de sistemas. Segurança cibernética. Elementos estruturantes da Indústria 4.0 Realidade aumentada. Realidade virtual. Manufatura aditiva. QR code. RFID. Elementos complementares da Indústria 4.0 São sistemas que permitem a fusão dos mundos físico e virtual (cibernético), pela conexão entre infraestruturas físicas com os elementos computacionais e comunicação de forma automatizada. Esses sistemas ciberfísicos transmitem informações e dados em tempo real, conectados, por meio do espaço cibernético, mundo virtualpara o mundo real, permitindo que o mundo real possa atuar no sistema produtivo, seja controlando, reprogramando, acompanhando ou interferindo da maneira que for mais conveniente diretamente no sistema produtivo. Exemplo: computadores e redes embarcados monitoram e controlam os processos físicos de produção. Sistemas ciberfísicos São formados por duas camadas: camadas de tecnologia operacional (física) e camada virtual, de aplicações de tecnologia da informação (cyber). Estrutura dos sistemas ciberfísicos Fonte: adaptado de: Sacomano et al. (2018, p. 49). F o rn e c e d o re s C lie n te s Camada Cyber Camada física Aplicações de TI Gêmeo virtual Atuador Sensor Banco de dados Legenda Monitoramento e controle automatizado em tempo real Cópia virtual (tecnicamente conhecida como gêmeo virtual – virtualt-win) do mundo físico, que permite testar e simular eventos ou processos com maior segurança e menor custo do que se realizados no mundo físico. Interfaces de gerenciamento e controle em tempo real das atividades do mundo físico por meio de dashbords (painéis de controle na tela do computador) para uso por humanos. Controle automático descentralizado por unidades inteligentes autônomas na linha de produção, baseadas em inteligência artificial e executadas em tempo real por meio de redes de sensores e atuadores na camada física. Captura e armazenamento de dados em grande quantidade para análise e tomada de decisão (big data analytics). Elementos da camada cyber do sistema ciberfísico Sensores são dispositivos que respondem a estímulos de condições físico-químicas, como luminosidade, temperatura, pressão, acidez, corrente, aceleração, posição, entre outras; transformando-as em sinais elétricos que podem ser lidos e processados por sistemas eletrônicos. Atuadores são dispositivos que realizam intervenções no meio físico partir de sinais ou comandos eletrônicos/digitais. Fazendo uma analogia com o corpo humano, é como se sensores fossem nossos órgãos sensoriais e atuadores fossem os nossos músculos. Sensores e atuadores Sensores de presença: executam a detecção de qualquer material sem que haja contato físico com o elemento e são utilizados na indústria para detecção de quebra de fios, presença de pessoas ou objetos, medição de densidade e outras aplicações. Sensores de proximidade: utilizam campos formados por ondas de rádio ou sonoras que permitem identificar a proximidade de um objeto ou pessoa. Encoders: são usados quando é necessário obter informações sobre um deslocamento angular ou linear, como em uma esteira de movimentação de produtos ou em radares, que podem retornar a velocidade e posição na forma de bytes. Tipos de sensores Fotossensores: detectam a presença ou a ausência de luz. Sensores de aceleração (acelerômetro): fornecem sinais elétricos que indicam variação da velocidade. Usados para verificar vibrações, choques, impactos etc. Sensores de pressão e temperatura: muito utilizados no controle de processos químicos, bem como para segurança em diferentes aplicações industriais. Tipos de sensores A IoT permite “coisas” e “objetos”, como RFID, sensores, atuadores, telefones celulares, máquinas que interajam e cooperem entre si com seus dispositivos vizinhos inteligentes, por meio de esquemas de endereçamento exclusivos, para atingir objetivos comuns. A IoT abre oportunidades para criar-se novos tipos de serviços, e até aplicações de mercado em massa, como as cidades inteligentes, nas quais diversos elementos urbanos são interligados por sistemas, visando a eliminar congestionamentos, reduzir filas, melhorar o transporte, gerenciar melhor a geração e a distribuição de energia, atendimentos à saúde, policiamento, entre outros. Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) Internet dos Serviços (IoS) permite que fornecedores e parceiros ofereçam seus serviços via internet de modo a combinar uma infraestrutura de serviços, modelos de negócios e os próprios serviços de forma colaborativa. Dessa forma, os serviços são oferecidos e combinados entre as partes interessadas, gerando serviços de valor agregado (cocriação de valor). Internet dos Serviços (Internet of Services – IoS) Qual das alternativas a seguir não se trata de um elemento estruturado da Indústria 4.0? a) Automação. b) Comunicação máquina a máquina. c) Inteligência artificial. d) Realidade virtual. e) Big data. Interatividade Qual das alternativas a seguir não se trata de um elemento estruturado da Indústria 4.0? a) Automação. b) Comunicação máquina a máquina. c) Inteligência artificial. d) Realidade virtual. e) Big data. Resposta A tecnologia digital aplicada ao mundo industrial permite automatizar e monitorar o controle das operações, tomar decisões remotas e modificá-las instantaneamente e muitas outras funções que envolvem a substituição de parte do trabalho manual, que é uma maneira indireta de reduzir os custos de mão de obra. Isso requer a integração de diferentes sistemas e dispositivos promovendo o conceito de interoperabilidade no formato de um serviço que é a base da Internet dos Serviços (IoS). A integração desses sistemas pode ser obtida pelos Web Services. Os Web Services são uma tecnologia de software desenvolvida no início dos anos 2000 baseada em componentes acessíveis e chamados via web. Integração de sistemas O uso acelerado de sites de redes sociais tem contribuído para a geração de uma quantidade enorme e massiva de dados denominados big data. O big data é um grande reservatório de dados composto por mensagens, blogs, chats, documentos, comentários, fotos, fóruns da web, discussões online, transações comerciais, logs da web gerados por máquina etc. O big data é um dos componentes significativos da Indústria 4.0, pois fornece informações valiosas para o objetivo do gerenciamento inteligente da fábrica. Os dados gerados a partir da origem das indústrias são chamados de big data industrial. As bases do big data são: volume (gerado pela troca de dados dos CPSs), velocidade (na geração de dados e informações), variedade (diversidade de dados, diferentes fontes), veracidade (integridade e confiabilidade dos dados) e valor (ações que podem gerar valor). Big data Gerenciamento de risco. Fabricação por demanda. Melhora na qualidade do produto. Teste e simulação de novos processos de fabricação. Rastreador diário de produção. Manutenção preditiva e preventiva. Pós-vendas e outros. Emprego do big data na Indústria 4.0 São pequenos dispositivos eletrônicos de identificação que transmitem a comunicação por meio de radiofrequência. Elas podem ser coladas a um produto, uma embalagem, um equipamento e até mesmo colocadas em animais ou pessoas. Dotadas de antenas ou captadores e microchips, enviam e respondem (ou somente respondem) sinais de rádio que são emitidos pela base transmissora em uma determinada frequência. Etiquetas RFID Etiquetas de RFID passivas: só respondem ao sinal enviado pela base transmissora. Sem fonte própria de energia, são energizadas pelo próprio sinal da base. Etiquetas de RFID ativas: enviam o próprio sinal, por serem dotadas de fonte própria de energia. Etiquetas de RFID semipassivas ou semiativas: possuem fonte própria de energia, contudo precisam da presença de um leitor para comunicar as informações, pois não dispõem de modulador e, portanto, não podem criar um novo sinal de radiofrequência. Classificação das etiquetas RFID Do inglês QR code, ou quick response code, código de resposta rápida. Assemelha-se ao código de barras, contudo tem duas dimensões, podendo ser escaneado por qualquer telefone celular que tenha câmera e aplicativo para leitura instalado. QR code É a tecnologia que expande o mundo físico, adicionando camadas de informações digitais como adição desons, vídeos e gráficos. Para a Indústria 4.0, a realidade aumentada pode oferecer elementos importantes como apresentar informações relevantes para especialistas e trabalhadores da indústria, capacitando-os a assistir às ocorrências virtualmente aumentadas das ações em andamento e do trabalho que estão realizando. Ela pode fornecer informações sobre um problema que uma máquina está apresentando diretamente aos responsáveis, permitindo que eles vejam o que cliente vê ou até mesmo contatem um especialista para obter assistência em tempo real, com base no modelo aumentado. Realidade aumentada RA baseada em sensores – associa os objetos virtuais a sensores. RA baseada em visão – rastreia os objetos virtuais a partir de técnicas de processamento de imagens. Tipos de realidade aumentada A Realidade Virtual (RV) é uma tecnologia que propicia uma experiência de imersão em que um mundo virtual substitui o mundo físico. Usando dispositivos de realidade virtual, os usuários podem ser transportados para outros ambientes virtuais. A ideia da RV é “retirar” a percepção que as pessoas têm do mundo real, fazendo com que elas se sintam no ambiente virtual. A compreensão da RV passa por dois conceitos muito importantes: imersão e presença. A imersão (mais objetivo) se refere à entrega ao usuário da ilusão de uma realidade diferente da presenciada no momento. A presença (mais subjetivo) se refere ao estado de consciência psicológica do usuário sobre o ambiente virtual. Realidade virtual Abrangência, combinação e envolvimento de sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar) utilizados na experiência de realidade virtual. Qualidade das experiências pelas quais passa o usuário no que tange a aspectos relacionados aos sentidos (por exemplo: fidelidade de áudio e resolução da imagem). Interatividade proporcionada ao usuário na experiência. Enredo da experiência que inclui fluência e consistência da experiência. Variáveis de imersão na realidade virtual Qual é a tecnologia que expande o mundo físico, adicionando camadas de informações digitais como adição de sons, vídeos e gráficos? a) Realidade aumentada. b) Comunicação máquina a máquina. c) Inteligência artificial. d) Realidade virtual. e) Big data. Interatividade Qual é a tecnologia que expande o mundo físico, adicionando camadas de informações digitais como adição de sons, vídeos e gráficos? a) Realidade aumentada. b) Comunicação máquina a máquina. c) Inteligência artificial. d) Realidade virtual. e) Big data. Resposta Comparação entre realidade virtual e realidade aumentada Fonte: adaptado de: Tori e Hounsell (2018, p. 42). Gerado por computador (Físico) mundo real Realidade aumentada Realidade virtual TelepresençaRealidade física Local Remoto Dimensão do espaço Tipo de sistemaDimensão da artificialidade Também conhecida como impressão 3D. Foi inventada por Chuck Hull, um norte-americano do estado da Califórnia, em 1984, utilizando a estereolitografia, tecnologia precursora da impressão 3D. É uma tecnologia que consiste em um processo de impressão de objetos a partir da deposição de variados materiais em camadas. O processo agiliza a fabricação de determinadas peças no local em que serão utilizadas, em vez de produzi-la em outro local e enviá-la às pressas, ou de forma custosa, para o local de consumo. Há impressoras 3D que fabricam peças metálicas, plásticas e até de concreto, sendo também possível a construção de edificações com o uso dessa tecnologia associada a outras técnicas construtivas. Manufatura aditiva Todos os sistemas e as soluções em tecnologias de informação capazes de simular ou duplicar as funções do cérebro humano, além de comportamentos e padrões humanos são conhecidos como Sistemas de Inteligência Artificial. A ideia dessas soluções é apresentar plataformas tecnológicas que demonstrem características inteligentes. Inteligência artificial Aprendizado com a experiência e a aplicação de conhecimentos adquiridos da experiência. Lidar com situações complexas e resolvê-las. Resolver problemas, mesmo que faltem informações. Determinação do que é importante. Reação rápida e correta diante de novas situações. Entendimento de imagens. Interpretação e manipulação de símbolos. Ser criativo e imaginativo. Características do comportamento inteligente Robótica – trata do desenvolvimento de dispositivos mecânicos ou computacionais que desempenham tarefas humanas, em que é exigido alto grau de precisão, com atividades rotineiras e “perigosas” para as pessoas que a desempenham. Sistemas de visão – permitem captura, armazenamento e manipulação de imagens. Sistemas de processamento de linguagem natural e reconhecimento de voz – permitem que um computador compreenda e reaja a declarações e comandos feitos. Sistemas de aprendizagem – permite ao computador mudar seu modo de funcionamento ou reagir a situações com base na realimentação que recebe. Sistemas de lógica difusa – tecnologias baseadas em regras próprias para trabalho com imprecisões, descrendo um processo de modo linguístico e depois representando por meio de regras. Especialidades da inteligência artificial Sistemas de lógica difusa – tecnologias baseadas em regras próprias para trabalho com imprecisões, descrendo um processo de modo linguístico e depois representando por meio de regras. Algoritmos genéticos – sistemas que encontram soluções ideais de um problema específico baseando-se em métodos inspirados na biologia evolucionária, mutações e cruzamentos. Redes neurais – simulam o funcionamento de um cérebro humano, utilizando um alto poder de processamento paralelo numa arquitetura própria parecida com a estrutura cerebral das pessoas. Machine learning – conjunto de algoritmos que processam enormes quantidades de dados, de forma a permitir que um determinado sistema tome decisões de forma autônoma. Especialidades da inteligência artificial Os robôs estão em uso nas últimas décadas para ajudar a humanidade a executar várias tarefas difíceis de maneira eficiente e precisa. Em um ambiente industrial, eles são usados principalmente em unidades de fabricação para executar tarefas tediosas, repetitivas ou perigosas de maneira precisa. O uso de robôs oferece vantagens competitivas, melhorando a qualidade do produto e reduzindo o custo por produto, ao mesmo tempo em que fornece segurança aos trabalhadores. Com o avanço do software de inteligência artificial e aprendizado de máquina, a robótica industrial tradicional mudou para um novo tipo de robô colaborativo (conhecido como Cobot), com a capacidade de sentir seu ambiente, compreender, agir e aprender. Robótica e inteligência artificial A comunicação máquina a máquina também é conhecida pelo seu termo em inglês, machine to machine (M2M). A M2M é definida como a comunicação entre máquinas que permite às máquinas e/ou equipamentos trocarem informações e dados entre si, de forma autônoma, ou seja, sem a interferência humana. A M2M na produção tem como objetivo produzir o produto da forma mais competitiva possível, dentro do tempo e da qualidade requeridos e/ou contratados com o cliente. Comunicação máquina a máquina Qual das tecnologias a seguir não se trata de uma especialidade da inteligência artificial? a) Robótica. b) Redes neurais. c) Big data. d) Algoritmos genéticos. e) Sistemas de lógica difusa. Interatividade Qual das tecnologias a seguir não se trata de uma especialidade da inteligência artificial? a) Robótica. b) Redes neurais. c) Big data. d) Algoritmos genéticos. e) Sistemas de lógica difusa. Resposta SACOMANO, J. B. et al. Indústria 4.0 – Conceitos e fundamentos. [s.l.] Editora Blucher, 2018. TORI, R; HOUNSELL, M. S. Introdução à realidade virtual e aumentada. Porto Alegre: SBC, 2018. ReferênciasATÉ A PRÓXIMA! Prof. Antônio Palmeira UNIDADE II Estudos Disciplinares Indústria 4.0 e as Tecnologias da Informação Infraestrutura de TI é o fundamento (no sentido de base) planejado de TI, em toda a sua capacidade, disponibilizada por meio de serviços compartilhados e confiáveis para toda a organização e utilizada por aplicações múltiplas. Infraestrutura de Tecnologia da Informação Fonte: Weill & Ross (2006, p. 38). Aplicações de negócio Infraestrutura de TI Aplicações de TI compartilhadas e padronizadas Serviços compartilhados de Tecnologia da Informação Recursos Humanos Componentes de TI Processos, aplicações e infraestrutura de TI Fonte: autoria própria (2020). Matéria-prima Fornecedor Empresa Distribuidor Cliente final Aplicações de TI Infraestrutura de TI É a visão macro e sistêmica de como os componentes físicos e lógicos da infraestrutura de TI funcionam de forma integrada, para disponibilizar um ou mais serviços de TI. É a organização lógica dos dados, aplicações e infraestruturas, definida a partir de um conjunto de políticas, relacionamentos e opções técnicas adotadas para obter a padronização, e a integração técnicas e de negócio desejadas. É chamada de projeto estrutural da TI, apresentando plataformas de hardware e software que devem ser utilizadas, além de modelos e padrões diversos de TI. Arquitetura de TI Na década de 1960, surge um tipo de computador conhecido como mainframe, inaugurando o primeiro grande momento da infraestrutura de TI nas empresas. Este modelo de infraestrutura também ficou conhecido como 1ª plataforma. Surgimento dos grandes Centros de Processamento de Dados (CPD). Estabelecimento da ideia de processamento centralizado. Os terminais usuários eram conhecidos como terminais burros. Evolução da Infraestrutura de TI (Era dos mainframes) Possibilitada a partir da evolução da Engenharia Eletrônica. Este modelo de infraestrutura também ficou conhecido como 2ª plataforma. Terminais burros foram substituídos por desktops e os mainframes substituídos por servidores (responsável pelo controle e pelo compartilhamento de recursos de uma rede de computadores). Processamento de informações segmentado por processos que consistem em solicitações de computadores clientes para os computadores servidores, e em respostas dos computadores servidores para os computadores clientes. Toda a arquitetura é montada a partir das regras de negócio, associada à lógica de aplicação, de acordo com as necessidades dos usuários. A arquitetura pode ocorrer de três formas que diferem nas três principais funções em uma rede cliente-servidor: apresentação ou interface do usuário; a lógica da aplicação e a regra de negócio; armazenamento dos dados. Evolução da Infraestrutura de TI (Era do Cliente-Servidor) Evolução da Infraestrutura de TI (Era do Cliente-Servidor) Fonte: autoria própria (2020). Cliente Cliente Cliente Cliente Cliente Servidor Computadores clientes estabelecem a comunicação, diretamente, com o servidor. O armazenamento de dados se dá no servidor de banco de dados. As regras do negócio, a lógica de aplicação e os padrões de interfaces de usuário estão armazenadas no cliente. Quando ocorre uma mudança na aplicação, os bancos de dados e as aplicações contidas no cliente também sofrem alterações. Evolução da Infraestrutura de TI (Era do Cliente-Servidor – Modelo em duas camadas) Fonte: autoria própria (2020). Servidor de banco de dados Cliente Cliente Cliente Há uma camada intermediária contendo um servidor de aplicação. O servidor de aplicação armazena as regras de negócios e a lógica da aplicação. Todo o acesso ao servidor de banco de dados é feito pelo servidor de aplicação, que, por sua vez, já determina as regras de acesso. Isto gera um aumento na segurança e no controle no acesso de dados, além de garantir uma melhoria na flexibilidade para as mudanças nas aplicações. A única desvantagem do modelo em três camadas ainda está nas atualizações na interface do usuário, que precisam, ainda, ser feitas em todos os clientes. Evolução da Infraestrutura de TI (Era do Cliente-Servidor – Modelo em três camadas) Fonte: autoria própria (2020). Server-PT servidor de aplicação Server-PT servidor de banco de dados Switch-PT Switch0 PC-PT Cliente 1 PC-PT Cliente 2 É caracterizado pela presença de um servidor WEB. Ele surge da necessidade de centralizar a apresentação do cliente. Não há mais a necessidade de se instalar o programa (aplicação) em cada cliente, bastando, apenas, que o usuário tenha um navegador de internet (também conhecido como browser) para carregar a aplicação. Neste modelo, também encontramos os servidores de aplicação e o banco de dados com as mesmas funcionalidades dos modelos anteriores. Evolução da Infraestrutura de TI (Era do Cliente-Servidor – Modelo em quatro camadas) Fonte: autoria própria (2020). Servidor WEB Servidor de aplicação Servidor de banco de dados Cliente Cliente Cliente Cliente Infraestrutura de TI revolucionada a partir da combinação de tecnologias. Este modelo de infraestrutura também ficou conhecido como 3ª plataforma. Tecnologias da Internet das Coisas e da Computação em Nuvem são combinadas. Forte evolução na infraestrutura de telecomunicações coopera com esta plataforma. Evolução da Infraestrutura de TI (Era da combinação de tecnologias) É também conhecido como centro de processamento de dados. É um local onde está implementado uma infraestrutura de TI com os componentes de alta capacidade. Tem, por objetivo, o processamento e o armazenamento de dados, e o fornecimento de serviços tecnológicos. No data center é comum a instalação de servidores, storages, equipamentos de redes (switches, roteadores, dentre outros). A ideia é que o data center consiga oferecer serviços de TI de alto desempenho e disponibilidade, além da escalabilidade necessária para atender aos requisitos de negócios, sempre prezando por critérios de segurança da informação, tão caros para as organizações e a sua gestão. Data Center Instalações físicas, fornecimento de energia elétrica e equipamentos de refrigeração. Gestão do data center. Recursos de TI. Elementos de um Data Center Fonte: Veras (2015, p. 85). DATA CENTER TI INSTALAÇÕES FÍSICAS ENERGIZAÇÃO REFRIGERAÇÃO GERENCIAMENTO ENERGIA TELECOMUNICAÇÕES UPLOAD & DOWNLOAD O data center tem papel fundamental na sustentação dos requisitos de negócio, seja nas aplicações utilizadas no ambiente operacional ou na elaboração das estratégias competitivas. O data center está situado na base da infraestrutura de TI, que sustenta aplicações, que, por sua vez, sustentam os processos de usuário. Data Center dentro do contexto de negócios Fonte: Veras (2015, p. 85). Processos (usuário) Aplicações Serviços de infraestrutura Serviços de data center Componentes do data center Nível do serviço Nível do serviço O modelo de infraestrutura de TI que tem o mainframe como principal componente é conhecido como: a) 1ª plataforma. b) 2ª plataforma. c) 3ª plataforma. d) 4ª plataforma. e) 5ª plataforma. Interatividade O modelo de infraestrutura de TI que tem o mainframe como principal componente é conhecido como: a) 1ª plataforma. b) 2ª plataforma. c) 3ª plataforma. d) 4ª plataforma. e) 5ª plataforma. Resposta Redes de Comunicação de Dados. Segurança da Informação. Processamento e armazenamento de dados. Fornecimento de aplicações. Alta disponibilidade. Automação e Gerenciamento da TI. Recuperação de desastres. Virtualização. Serviços entregues pelo Data Center Fonte: Veras (2015, p. 85). Data Center Serviços de alta disponibilidade e recuperação a desastres Serviços de segurança Serviços de aplicação Serviços de processamento Serviços de redeServiços de armazenamento Serviços de virtualização Serviços de automação e gerenciamento da TI ER-Entrance Room (traduzida como “Sala de Entrada”), onde está situada o ponto de contato entre o cabeamento oriundo da operadora de telecomunicações e o sistema de cabeamento estruturado do data center. MDA-Main Distribution Area (traduzido como “Área de Distribuição Principal”), onde encontra- se a core de conexões do data center, além dos roteadores e o backbone da rede. Os subsistemas de cabeamento estruturado são interligados ao MDA. Componentes da Arquitetura do Data Center Fonte: Veras (2015, p. 86). Sala de Suporte e Centro de Operações Sala de Telecomunicações Provedor(es) de Acesso ER MDA HDA HDA HDA EDA EDA EDA ZDA Sala dos computadores Cabeamento Horizontal Cabeamento Backbone HDA (Horizontal Distribution Area) e EDA (Equipment Distribution Area) alojam, respectivamente, a interconexão do subsistema de cabeamento horizontal e de equipamentos terminais do data center (tais como: servidores, storages, unidades de fita, dentre outros). ZDA (Zone Distribution Area) tem a sua implementação opcional com o intuito de gerar maior flexibilidade para o subsistema de cabeamento horizontal, situando-se entre o HDA e o EDA. Componentes da Arquitetura do Data Center Fonte: Veras (2015, p. 86). Sala de Suporte e Centro de Operações Sala de Telecomunicações Provedor(es) de Acesso ER MDA HDA HDA HDA EDA EDA EDA ZDA Sala dos computadores Cabeamento Horizontal Cabeamento Backbone Núcleo: composta por switches de alta velocidade, que favorecem um grande e rápido fluxo de dados. As interligações entre estes switches precisam ser feitas com o cabeamento de categoria 6 ou 6ª, no mínimo, e, até, com as fibras ópticas multimodo e monomodo. Agregação: composta de switches, mas estes, com a função de integrar os serviços de rede e de segurança da informação. Acesso: composta de switches que são interligados aos servidores. Arquitetura de redes em camadas de um Data Center Fonte: Veras (2015, p. 117). NÚCLEO AGREGAÇÃO ACESSO Data Center Empresarial: utilizado quando uma organização deseja um data center próprio construído no mesmo prédio, onde estão situados todas as outras atividades inerentes ao negócio. Claro que este tipo de data center só tem a sua implementação exequível quando há um espaço adequado para a sua construção, dotado de toda a segurança possível para a sua operação. Data Center Internet: tem o papel de fornecer uma infraestrutura de armazenamento e de processamento de dados críticos para o negócio, envolvendo todos as necessidades de segurança (redundância, disponibilidade e integridade) via internet (na nuvem). Para a existência deste primeiro tipo é necessário um prédio, apenas para as funções e os serviços de um data center. Tipos de Data Center Também conhecido como Tier 1. Este é o mais básico de todos. Não contempla as redundâncias em rotas físicas e lógicas. Quaisquer falhas na alimentação elétrica do data center podem acarretar numa indisponibilidade, que pode ser total ou parcial. É comum afirmarmos que, neste primeiro nível, o percentual de disponibilidade é de 99,671%, ou seja, em um ano, o serviço pode ficar, até, 28,8 horas indisponível. Classificações de Data Center (primeiro nível) Também conhecido como Tier 2. Caracterizado pela existência de componentes redundantes no âmbito interno. O projeto desta classificação de data center deve contemplar a lógica N+1 para os equipamentos, o cabeamento interno e o sistema de ar-condicionado, além da operação contínua 24 x 7 (24 horas durante os sete dias da semana). Neste nível, a disponibilidade mínima deve ser de 99,749%, ou seja, em um ano, o serviço pode ficar, até, 22 horas. Observação importante: a lógica N+1 prevê, sempre, o uso de mais um equipamento para o fornecimento de redundância. Classificações de Data Center (segundo nível) Também conhecido como Tier 3. Conhecido por ter manutenções que não acarretam em paradas no serviço. Nesta classificação, o data center opera na lógica N+1, tanto para as questões internas quanto para os serviços prestados pela operadora de telecomunicações (é necessário a existência de duas operadoras de telecomunicações prestando os serviços para o data center), além de possuir duas ERs. O Tier 3, assim como os outros níveis, opera com, apenas, uma MDA. Neste nível a disponibilidade mínima esperada é de 99,82%, ou seja, em um ano, detecta-se, apenas, 1,6 horas de indisponibilidade. Classificações de Data Center (terceiro nível) Também conhecido como Tier 4. Conhecido por sua tolerância a falhas, operando com a lógica N+1 para todos os recursos, inclusive oferecendo uma MDA secundária e, também, o uso de duas alimentações elétricas de empresas diferentes. A ideia é que, nesta classificação, a disponibilidade alcance 99,995%, ou seja, apenas 24 minutos de indisponibilidade por ano. Classificações de Data Center (quarto nível) Na implementação de um data center, existem custos na implementação do sistema de alimentação elétrica, na construção da sala, na aquisição de equipamentos, na implementação e na montagem dos sistemas de cabeamento estruturado, na instalação de todo o sistema de refrigeração. Claro que tudo isso sofre grande dependência da classificação do data center, ou seja, qual nível ele vai operar entre aquele que vai do Tier 1 até o Tier 2, e do tamanho das áreas onde os equipamentos e o sistema de cabeamento estruturado será alojado. A preocupação com o TCO é fundamental quando mensura-se os custos com a operação do data center. Custos de implementação e operação de um Data Center É o custo associado ao fato de, apenas, utilizarmos ou termos propriedade sobre um determinado recurso. Sobre o TCO do data center é possível identificar, pelo menos, dois fatores que o influenciam: depreciação e o custo operacional. A depreciação nos remete à desvalorização dos equipamentos e à consequente redução de valor de mercado, acompanhado da redução do desempenho, quando comparado às necessidades de negócio. O custo operacional envolve os gastos com as operadores de telecomunicações, do fornecimento de energia elétrica, além de questões que envolvem a manutenção preventiva. TCO de um Data Center Os servidores de uma determinada organização podem ser perfeitamente instalados em containers, propiciando maior flexibilidade e escalabilidade. Assim, de modo rápido, é possível implementar soluções de data center em eventos, contingências e, também, (por que não) como data center principal. O seu principal ponto positivo reside no uso mais inteligente da energia elétrica, produzindo maior eficiência energética que os data centers tradicionais. Data Center em container Comparação entre os data centers tradicionais e os data centers em container Fonte: Adaptado de: Veras (2015, p. 98). Atributos primários Tradicional Container Tempo para implementar Longo – Tipicamente dois anos Meses Custo de capital Muito alto Mais baixo Custo de operação Variável Similar ao melhor tradicional Capacidade de PROCESSAMENTO DATA CENTER TRADICIONAL (TDC) DATA CENTER EM CONTAINER (TDC) Requisitos de Capacidade Tempo (anos) 3 6 9 A gestão da infraestrutura do data center deve ser provida de um sistema que, necessariamente, abrange: a emissão de relatórios; a utilização de dashboards e cenários; o controle e o gerenciamento; a visualização. Outro aspecto bem crítico da gestão a ser considerado engloba a segurança física do data center. O acesso ao data center precisa ser bem controlado, considerando os níveis apropriados de perfis e a proximidade das instalações. E não só o acesso, mas, também, as questões relacionadas a desastres, incluindo o plano para mitigar os riscos, bem como gerar asrespostas diante das mais diversas situações. Ainda no quesito segurança é preciso conferir importância, também, à gestão relacionada à refrigeração, umidade e energia em um data center, sob a pena de paradas não programadas e consequências imediatas para o negócio. Gestão do Data Center Quais dos serviços a seguir não é entregue pelo Data Center? a) Redes de Comunicação de Dados. b) Segurança da Informação. c) Processamento e armazenamento de dados. d) Fornecimento de aplicações. e) Gerenciamento financeiro de processos. Interatividade Quais dos serviços a seguir não é entregue pelo Data Center? a) Redes de Comunicação de Dados. b) Segurança da Informação. c) Processamento e armazenamento de dados. d) Fornecimento de aplicações. e) Gerenciamento financeiro de processos. Resposta É o principal serviço de TI entregue por um data center, exercendo grande impacto nos outros serviços prestados. Na virtualização, é possível a segmentação de um servidor físico em diversos servidores lógicos, em que as aplicações utilizam os sistemas operacionais diferentes. A virtualização permite a criação de um data center virtual que pode oferecer os recursos de processamento, armazenamento e conectividade, de forma que todo o potencial de hardware instalado é aproveitado, reduzindo a ociosidade de recursos computacionais. A partir disso, é possível mencionar a existência de máquinas virtuais alojadas nos servidores físicos lastreadas em políticas estabelecidas pelo administrador do sistema. As máquinas virtuais operam como uma camada de abstração entre o hardware e o software, isolando as aplicações e os sistemas operacionais do hardware do servidor físico. Assim, com a implementação de máquinas virtuais, podemos criar um servidor virtual. Virtualização Virtualização Fonte: Veras (2015, p. 120). SERVIDOR 1 SERVIDOR 2 SERVIDOR 3 SERVIDOR 4 SERVIDOR 5 MÁQUINA VIRTUAL 1 MÁQUINA VIRTUAL 2 MÁQUINA VIRTUAL 3 MÁQUINA VIRTUAL 4 MÁQUINA VIRTUAL 5 SERVIDOR VIRTUALIZADO 5:1 Melhoria no aproveitamento da infraestrutura já implementada na organização. Maior utilização do hardware propiciando uma redução na quantidade de máquinas existentes. Gerenciamento centralizado dos recursos de infraestrutura de TI. Rápida implementação e disponibilização de aplicações tecnológicas. Grande variedade de plataformas. Disponibilização de ambientes dedicados a testes, sem prejuízos dos sistemas operando em produção. Maior confiabilidade e segurança. Processos de atualização e migração mais fáceis de ser executados. Benefícios da virtualização Cada vez mais, a TI tem experimentado uma verdadeira evolução, passando de uma provedora de infraestrutura de TI para uma provedora de serviços de TI. Um serviço de TI é a entrega de valor por meio de ferramentas e recursos de infraestrutura de TI, em vista da satisfação dos clientes. Bons exemplos de serviços de TI são os atendimentos de suporte de qualquer nível, automação de escritórios, serviços de acesso à internet, serviços de integração via ERP, dentre outros. Estes serviços são prestados, normalmente, por provedores de serviços de TI, que podem ser terceirizados ou internalizados, executados por uma área de TI interna das empresas. Estes provedores possuem um portfólio de serviços que se colocam como disponíveis aos clientes. Este contexto de transição da TI Infraestrutura para a TI Serviços, na verdade, gerou uma infraestrutura de TI percebida como serviço, ou como alguns especialistas chamam de Infraestrutura de TI como Serviço (IaaS). Transição da infraestrutura de TI para os serviços de TI Organizações estão cada vez mais interligadas por meio da TI, causando uma mudança nas empresas, totalmente alicerçada pela TI. A interligação entre as empresas é quase que total gerando as interorganizacionais. Este contexto nos introduz a uma ideia de nuvem, ou seja, organizações com as suas conexões sendo percebidas como pontos nessa nuvem, cujo elemento central é o data center. Redes interorganizacionais Fonte: Veras (2016, p. 33). Organização Mainframe Este contexto de redes interorganizacionais habilitadas por TI contribui para um novo tipo de centralização em grandes estruturas de data center, com uma ideia diferente da computação centralizada marcante no início da TI do século passado. Essa é a ideia principal da computação em nuvem, habilitada pelo crescimento da internet e do entendimento da TI como um serviço. Com a computação em nuvem o recurso computacional é “infinito” e conciliado com a eliminação do comprometimento prévio de capacidade. Paga-se pelo custo do que se usa, de forma real, dos serviços acordados. Computação em nuvem Oferecimento de serviços sob demanda. Disponibilidade ampla de serviços de redes de comunicação de dados. Disponibilidade de um pool de recursos, de uma rápida elasticidade e serviços que podem ser medidos. Principais características da computação em nuvem Nuvem pública: computação em nuvem com uma infraestrutura operada e gerenciada por empresas públicas ou por grandes grupos industriais. Nuvem privada: computação em nuvem com uma infraestrutura operada e gerenciada pelo cliente. Nuvem comunitária: computação em nuvem com uma infraestrutura operada e gerenciada por várias organizações, suportando uma comunidade que possui interesses comuns. Nuvem híbrida: combinação de duas ou mais nuvens (pública, privada, comunitária). Tipos de nuvens Infraestrutura como um serviço. Software como um serviço. Plataforma como um serviço. Modelos de computação em nuvem Conhecido pelo acrônimo IaaS (Infrastructure as a Service). É uma tecnologia que fornece a infraestrutura de processamento e armazenamento como um serviço habilitado pela computação em nuvem. Nessa tecnologia, o usuário possui o controle de mecanismos virtuais e não físicos, totalmente baseada em conexões com a internet. Nas soluções de IaaS, os clientes do serviço implantam as suas soluções baseadas em um hardware físico controlado por uma organização terceirizada, denominada de provedor de serviços. Questões que envolvem a escalabilidade, as configurações e a manutenção tornam-se responsabilidade do provedor de serviços, que zela pela qualidade e pelo alinhamento com o negócio. Infraestrutura como Serviço (IaaS) Armazenamento. Corretor de nuvem. Recursos de hardware. Gerenciamento de serviços. Processos de backup. Rede de fornecimento de conteúdo. Funções gerenciadas pelo provedor de serviços na nuvem na IaaS Recursos de hardware: conhecido como compute, traz as capacidades computacionais de armazenamento e de processamento de todos os seus dispositivos físicos. Recurso de redes: possibilita a comunicação intra, inter e extranuvem, considerado crítica devido às suas implicações na segurança, que, por meio do isolamento, separa instâncias de computação, evitando a comunicação não autorizada. Storage: implementado como unidades de discos virtuais que realizam o armazenamento em bloco de dados. Serviço de banco de dados: provê o mecanismo gerenciado e centralizado de banco de dados, possibilitando às aplicações um escalonamento na proporção da carga de trabalho. Gerenciamento da infraestrutura de serviços: provê uma interface gráfica para a gestão e a configuração de infraestrutura. Por meio desse componente, pode-se administrar os servidores, as redes e os bancos de dados utilizados pelas aplicações. Componentes da infraestrutura como um serviço Qual das opções a seguir não se constitui como um tipo de nuvem utilizada na tecnologia de computação em nuvem? a) Nuvem pública. b) Nuvem privada. c) Nuvem interorganizacional. d) Nuvem comunitária. e) Nuvem híbrida. Interatividade Qual das opções a seguir não se constitui como um tipo de nuvemutilizada na tecnologia de computação em nuvem? a) Nuvem pública. b) Nuvem privada. c) Nuvem interorganizacional. d) Nuvem comunitária. e) Nuvem híbrida. Resposta É um exemplo de IaaS. Foi desenvolvido em 2006 e, hoje, se coloca como uma infraestrutura com uma oferta única de serviços com foco em IaaS. Os serviços AWS permitem o acesso a recursos de computação, armazenamento e banco de dados, e outros serviços de infraestrutura on demand. A ideia é que essa forma de computação reduza os custos, melhore o fluxo de caixa da organização contratante, minimize os riscos de negócio e maximize as oportunidades. Amazon Web Services (AWS) Os serviços oferecidos pelo AWS incluem as tecnologias de: internet das coisas, machine learning, blockchain, serviços de mídia e robótica, entre outros. As soluções do AWS estão disponíveis por caso de uso, por setor e, também, por tipo de organização. Infraestrutura do AWS Fonte: Veras (2015, p. 130). Aplicação Serviços de infraestrutura Infraestrutura global da Amazon AWS Os serviços na plataforma do AWS são cobrados de forma granular envolvendo quatro dimensões específicas de precificação: Tempo de trabalho da CPU na execução das tarefas; Volumetria de dados transferidos; Quantidade de mensagens enfileiradas; Espaço de armazenamento e o tempo que esses dados ficam armazenados. Processo de cobrança do AWS Conhecido pelo seu acrônimo em inglês PaaS (Platform as a Service). Corresponde a um conjunto de tecnologias fornecidas por provedores de serviços para o desenvolvimento de software. Essas tecnologias incluem os servidores com a sua capacidade de memória, armazenamento e sistema operacional, além de serviços de middleware e BI. Plataforma como Serviço (PaaS) Fonte: Veras (2015, p. 150). Organização ClientesData Center Data Center Data Center Aplicações Aplicações Aplicações Dados Dados Dados Funcionários Provedor 1 Provedor 2 Internet A PaaS apresenta toda uma infraestrutura construída em nuvem com softwares pré- instalados e serviços de banco de dados, além de conter todo um ambiente de desenvolvimento, teste e implantação. Na PaaS rodam os aplicativos e se armazenam os dados. A grande diferença em relação ao modelo convencional de terceirização é que a plataforma roda em data centers de provedores externos. As soluções em PaaS possibilitam que as organizações não tirem o seu foco das aplicações, de forma que as tecnologias suportem a criação de um ambiente com serviços prontos e disponíveis de forma on demand. Solução em PaaS Aumento da agilidade nas atividades de desenvolvimento. Segurança na redução de risco. Simplificação da infraestrutura de TI. Maior foco no negócio. Aceleração nas inovações. Vantagens no uso do PaaS A Microsoft mantém o serviço de computação na nuvem chamado de Azure. Nele, é possível encontrar diversas tecnologias de PaaS, de forma a criar e desenvolver aplicações nas mais diversas linguagens. Entre os serviços oferecidos pelo Azure, podemos citar: Visual Studio Online; GitHub; Power Apps. Microsoft Azure Conhecido pelo seu acrônimo SaaS (Software as a Service). Trata-se do oferecimento de uma aplicação como um serviço hospedado em uma nuvem gerenciada e operada por um provedor de serviços. A aplicação (software) é utilizada por meio de um navegador de internet (Google Chrome, Internet Explorer, dentre outros). É uma evolução do conceito de ASPs (Application Service Providers), que forneciam aplicativos “empacotados” aos usuários de negócios de internet e foram, originalmente, construídos para serem aplicativos de um único inquilino. O uso do SaaS preconiza que todos os requisitos de negócios sejam geridos pelo provedor de serviços. Esses requisitos incluem: rede, armazenamento, servidores, virtualização, sistema operacional; middleware, runtime, dados e a própria aplicação, propriamente dita. Software como Serviço (SaaS) Comparação entre o software tradicional instalado localmente e o SaaS Fonte: autoria própria (2020). Software tradicional instalado localmente SaaS Dimensão licenciamento Licenciados sempre com pagamento único Licenciamento baseado no uso e/ou no tempo Dimensão localização Instalados localmente no ambiente de TI da organização Instalados no provedor de serviços Dimensão gerenciamento Gerenciados pelo departamento de TI local da organização Completamente gerenciados pelo provedor de serviços Considerações econômico-financeiras: estão relacionadas ao TCO observado e sobre a satisfação no retorno sobre o investimento. É preciso também mencionar, com relação a esses aspectos, os contextos microeconômicos e macroeconômicos, por exemplo, alguma crise econômica localmente estabelecida. Considerações jurídico-legais: envolvem as questões regulatórias relacionados ao uso de determinado software. Considerações de segurança: estão relacionadas ao sigilo dos dados e à sua necessidade de proteção, bem como os acordos de nível de serviço que protejam àquele que recebe os serviços. Considerações de ordem técnica: estão relacionadas às questões de configuração, usabilidade e necessidade de infraestrutura tecnológica, de forma geral. Considerações para a adoção do SaaS Adequado ao gerenciamento de riscos na aquisição de software justamente por não necessitar de uma grande e complexa infraestrutura local de TI, compreendendo todos os seus componentes. Mudança de foco da área de TI, saindo do controle e do gerenciamento do software e aderindo a uma perspectiva mais estratégica e alinhada ao negócio e às suas necessidades. Custos e investimento menores com uma infraestrutura local de TI para abrir as aplicações. Escalabilidade no uso das aplicações e, consequente, no atendimento rápido das necessidades de negócio. Benefícios do SaaS Grande dependência da internet e dos links de comunicação de dados. Mobilidade na troca do provedor de serviços. Desconhecimento de muitos aspectos relacionados à tecnologia utilizada. Dúvidas quanto à confidencialidade dos dados. Desvantagens no uso do SaaS Comparação entre IaaS, PaaS e SaaS Fonte: Veras (2016, p. 46). Aplicativos Aplicativos Aplicativos Aplicativos DadosDadosDadosDados Runtime Runtime Runtime Runtime Middleware Middleware Middleware Middleware SO SO SO SO Virtualização Virtualização Virtualização Virtualização Hardware Hardware Hardware Hardware On-premisses Responsabilidade do cliente IaaS PaaS SaaS Responsabilidade do provedor O conjunto de tecnologias fornecidas por provedores de serviços para o desenvolvimento de software oferecido na nuvem é conhecido como: a) IaaS. b) PaaS. c) SaaS. d) VaaS. e) TIaaS. Interatividade O conjunto de tecnologias fornecidas por provedores de serviços para o desenvolvimento de software oferecido na nuvem é conhecido como: a) IaaS. b) PaaS. c) SaaS. d) VaaS. e) TIaaS. Resposta VERAS, M. Computação em nuvem: nova arquitetura de TI. Rio de Janeiro: Brasport, 2015. VERAS, M. Virtualização: Tecnologia Central do Datacenter. 2. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2016. WEILL, P.; ROSS, J. W. Governança de TI: como as empresas com melhor desempenho administram os direitos decisórios de TI na busca por resultados superiores. São Paulo: M. Books, 2006. Referências ATÉ A PRÓXIMA! Slides de aula I Slides de aula II
Compartilhar