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REFERÊNCIA: OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G, PICCOLO, E G. O processo psicodiagnóstico. In: OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G.; PICCOLO, E. G et al. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. São Paulo: Martins Fontes, 1981, 1.ed., p. 5-13. Texto 2 O capítulo em questão aborda sobre o processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas, o modo tradicional de se fazer psicodiagnóstico era caracterizado em aplicação de testes apenas com o objetivo de investigação, psicólogo como alguém apto para ser aplicador e paciente aquele que deve fazer o teste, um ser passivo, demanda que deveria ser cumprida conforme solicitações de outros profissionais como médicos. Esse processo ocasionava ao psicólogo uma crise de identidade profissional, subtendo ao finalizar a aplicação do teste em prestar contas àquele que fez a solicitação detalhando e anexando protocolos de conhecimento apenas do psicólogo. Por carecer de uma identidade solida o psicólogo adotou como postura o modelo médico de proceder, um modelo impessoal e distante. Alguns profissionais romperam com esse paradigma e se aproximaram de seus pacientes, mas, enfrentaram o desafio da sobrecarga afetiva da qual afetava o curso do seu trabalho. Com o advento da psicanálise os psicólogos adotaram seus pressupostos como uma forma de fortalecimento, o que ocasionou a uma desvalorização dos instrumentos utilizados que não eram de base psicanalítica, rigor nas regras, ênfase no psicodiagnóstico dinâmico e prisão ao enquadramento psicanalítico. O enquadramento do psicodiagnóstico dispõe de um tempo limitado diferente do proposto pelo enquadre psicanalítico do qual o tempo é prolongado, podendo haver recusa de falas ou no brincar. Se não houver limites no enquadre relacionados ao tempo (duração da sessão), as recusas em se manifestar/falar e as faltas dos pacientes o processo é prejudicado, por isso é preciso esclarecer em contrato tais pontos, mas também, compreender que não é algo engessado, é passível de mudanças conforme características de cada paciente e assim fortalecer o vínculo terapêutico. O psicodiagnóstico atualmente é caracterizado por utilizar de certas técnicas como entrevista semidirigida (o contato inicial com o paciente), aplicação de testes e técnicas projetivas, e entrevista de devolução. A fim de possibilitar ao paciente a compreensão do que acontece com ele e orientar como proceder a partir do que foi investigado. Sendo assim o psicodiagnóstico tem por objetivo, de acordo OCAMPO, ARZENO E PICCOLO (1981), [...] formular recomendações terapêuticas adequadas (terapia breve ou prolongada, individual, de casal, de grupo ou de grupo familiar; com que frequência; se é recomendável um terapeuta homem ou mulher; se a terapia pode ser analítica ou de orientação analítica ou outro tipo de terapia; se o caso necessita de um tratamento medicamentoso paralelo, etc.) (OCAMPO; ARZENO; PICOLLO, 1981, p.12). Portanto, o psicodiagnóstico é um processo de entrevista que visa fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção, a partir da coleta de dados da história clinica e pessoal do paciente e assim levantar hipóteses para então definir os objetivos do exame.
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