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Curso Técnico em Eletromecânica Desenho Técnico Aplicado à Eletromecânica Armando de Queiroz Monteiro Neto Presidente da Confederação Nacional da Indústria José Manuel de Aguiar Martins Diretor do Departamento Nacional do SENAI Regina Maria de Fátima Torres Diretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI Alcantaro Corrêa Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina Sérgio Roberto Arruda Diretor Regional do SENAI/SC Antônio José Carradore Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC Marco Antônio Dociatti Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC Confederação Nacional das Indústrias Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Curso Técnico em Eletromecânica Desenho Técnico Aplicado à Eletromecânica Reginaldo Motta Florianópolis/SC 2010 É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa. Equipe técnica que participou da elaboração desta obra Coordenação de Educação a Distância Beth Schirmer Revisão Ortográfica e Normatização Contextual Serviços Editoriais Coordenação Projetos EaD Maristela de Lourdes Alves Design educacional, Ilustração, Projeto Gráfico Editorial, Diagramação Equipe de Recursos Didáticos SENAI/SC em Florianópolis Autor Reginaldo Motta Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC CEP: 88034-001 Fone: (48) 0800 48 12 12 www.sc.senai.br Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis M921d Motta, Reginaldo Desenho técnico aplicado à eletromecânica / Reginaldo Motta. – Florianópolis : SENAI/SC, 2010. 55 p. : il. color ; 28 cm. Inclui bibliografias. 1. Desenho técnico - Eletromecânica. 2. Desenho geométrico. 3. Desenho industrial. 4. Geometria plana. I. SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título. CDU 744:621 Prefácio Você faz parte da maior instituição de educação profissional do estado. Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta- das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina. No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de- senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho. Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em oferecer um modelo de educação atual e de qualidade. Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi- mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces- sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional, oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu- cação por Competências, em todos os seus cursos. É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos. Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima- ções, tornando a aula mais interativa e atraente. Mais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parte deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indústria do Conhecimento. Sumário Conteúdo Formativo 9 Apresentação 11 12 Unidade de estudo 1 Introdução ao Desenho Técnico Seção 1 - Forma do objeto Seção 2 - Caligrafia Seção 3 - Instrumentos Seção 4 - Normas 22 Unidade de estudo 2 Projeção Ortogonal Seção 1 - Vistas ortográficas Seção 2 - Aplicação de linhas Seção 3 - Dimensionamento e cotagem Seção 4 - Escalas Seção 5 - Croqui/esboço Seção 6 - Vistas auxiliares Seção 7 - Perspectiva 13 13 14 15 32 Unidade de estudo 3 Cortes, Seções e Rupturas Seção 1 - Cortes e seções Seção 2 - Hachuras Seção 3 - Corte total Seção 4 - Corte em desvio Seção 5 - Corte parcial Seção 6 - Meio-corte Seção 7 - Omissão de corte Seção 8 - Seções Seção 9 - Rupturas 40 Unidade de estudo 4 Desenho de Conjunto Seção 1 - Explosão da mon- tagem Seção 2 - Detalhamento de montagem representação de elementos de máquina 44 Unidade de estudo 5 Tolerância Geométrica e Dimensional Seção 1 - Tolerância geomé- trica de forma, orientação, posição e batimento Seção 2 - Rugosidade: indica- ção de estado de superfície Seção 3 - Desenho técnico arquitetônico Seção 4 - Escalas Finalizando 53 Referências 55 33 33 34 35 35 36 36 37 39 23 24 25 27 27 28 29 41 42 45 49 50 51 8 CURSOS TÉCNICOS SENAI Conteúdo Formativo 9DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Carga horária da dedicação Carga horária: 60h Competências Interpretar projetos de sistemas mecânicos, por meio da elaboração de desenho técnico mecânico. Conhecimentos ▪ Caligrafia técnica, formatos e instrumentais utilizados no desenho eletromecânico. ▪ Desenho geométrico. ▪ Figuras e construções geométricas. ▪ Escalas. ▪ Dimensionamento/cotagem. ▪ Projeção ortogonal (vistas essenciais): cortes, seções, rupturas, croquis, desenho de conjuntos, representação de elementos de máquinas, tolerâncias geométrica, rugosidade, perspectivas. ▪ Desenho técnico arquitetônico: planta baixa. ▪ Catálogos técnicos. Habilidades ▪ Interpretar e aplicar normas técnicas regulamentadoras e preservação ambiental. ▪ Elaborar desenhos técnicos eletromecânicos. ▪ Identificar os elementos de máquinas. ▪ Interpretar desenho, catálogos e manuais de sistemas eletromecânicos. ▪ Interpretar tolerâncias dimensionais, tolerâncias geométricas e simbologia de rugosidade. ▪ Interpretar desenho técnico arquitetônico (planta baixa). Atitudes ▪ Zelo no manuseio dos equipamentos e instrumentos de medição. ▪ Responsabilidade socioambiental. ▪ Adoção de normas de saúde. ▪ Segurança do trabalho e preservação ambiental. ▪ Proatividade e trabalho em equipe. ▪ Organização e conservação do laboratório e equipamentos. Apresentação DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Nas indústrias em geral o desenho é uma ferramenta de grande impor- tância. O desenho técnico difere do desenho artístico, pois há normas e critérios que devem ser seguidos. No desenho artístico as formas são variadas e não se requer um traço rigoroso, porém o desenhista deve ter uma visão espacial, criatividade e raciocínio lógico. O resultado de um desenho é permitir a visualização de imagens e peças sem a necessidade da presença física da mesma, para que ela possa ser fabricada exatamente em sua forma e proporção. Este material está voltado ao desenho técnico aplicado à eletromecânica. Para um aprofundamento maior, será necessário que você pesquise em livros e normas técnicas e, principalmente, a prática, que faz com que o desenhista tenha visão e raciocínio lógico, compreendendo facilmente qualquer desenho. Reginaldo Motta Reginaldo Motta é graduado em Administração de Empresas pela Unerj Jaraguá do Sul e pós- graduando em Engenharia de Produção pela Fundação Uni- versitária de Blumenau (FURB). Possui formação técnica em Mecânica, Desenhos e Projetos pela Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC). Atua na área de metal mecânica, em engenharia de processos, desenvolvimento de produtos, projetos mecâni- cos, metrologia,melhoria con- tínua, controle da qualidade, controle estatístico de processo. 11 Unidade de estudo 1 Seções de estudo Seção 1 – Forma do objeto Seção 2 – Caligrafia Seção 3 – Instrumentos Seção 4 – Normas 13DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA SEÇÃO 1 Forma do objeto Nesta seção você estudará as for- mas do objeto, entendendo como é possível descrevê-los e também como o desenho é representado, a forma correta dos desenhos técnicos, suas particularidades e outras informações essenciais no estudo da forma do objeto. Para descrevermos um objeto é possível fazê-lo de forma manu- al, sem instrumentos e sem escala, chamado de croqui ou esboço, ou por meio de instrumentos de de- senho. Alguns dos instrumentos mais usados são: régua de 30 cm, ré- gua T, escalímetro, esquadro de 45°, esquadro de 30°, compasso e transferidor. O desenho é representado por meio de linhas que mostram su- perfícies e contornos dos objetos, simbologias, dimensões e notas que formam um conjunto descri- to como desenho técnico. A Associação Brasileira de Nor- mas Técnicas (ABNT) padroni- za a forma correta dos desenhos técnicos e suas particularidades, devendo ser consultada sempre que possível para sanar eventuais dúvidas. O desenvolvimento da capacida- de de interpretação e representa- ção de desenhos é uma forma de desenvolver não só a criativida- de e a coordenação motora, mas igualmente o raciocínio e princi- palmente a visão espacial, sendo esta última a mais importante. Visão espacial significa você imaginar a partir de linhas do desenho e das vistas ortográficas a peça em três dimensões. Da mesma forma ao contrário, observando uma peça ou um desenho em perspectiva, imaginar as vistas do desenho. Nesta seção você aprendeu sobre as formas do objeto e sua represen- tação. Continue seus estudos na próxima seção conhecendo a caligrafia técnica. SEÇÃO 2 Caligrafia Na seção 2 você aprenderá sobre a caligrafia técnica e sua importância como complemento ao desenho técnico. Você terá acesso a um resumo da NBR 8402 e ao dimensionamento da caligrafia técnica. A caligrafia técnica é um elemento importante no complemento de um desenho técnico, indicando informações necessárias à compreensão do desenho, como números, anotações e listas de materiais. É importante também para a apresentação final do desenho. A Tabela 1 mostra um resumo da ABNT NBR 8402: execução de cará- ter para escrita em desenho técnico, sendo que, na prática, a escrita é visual, mantendo uma uniformidade no tamanho das letras maiús- culas e minúsculas, inclinadas 15° à direita ou vertical, e conforme a importância da anotação. A altura da letra pode ser variada, usada para indicar um corte, uma legenda, uma lista de materiais. Introdução ao Desenho Técnico 14 CURSOS TÉCNICOS SENAI Tabela 1 - Dimensionamento da Caligrafia Técnica Característica Dimensões Altura das letras maiúsculas h 3,5 7 10 Altura das letras minúsculas c 2,5 5 7 Distância mínima entre linhas de base b 5 10 14 Distância mínima entre palavras e 2,1 4,2 6 Fonte: ABNT (1994, p. 2). Figura 1 - Dimensionamento Caligrafia Fonte: ABNT (1994, p. 2). Figura 2 - Caligrafia Técnica: Escrita Vertical Fonte: ABNT (1994, p. 3). Figura 3 - Caligrafia Técnica: Escrita Inclinada Fonte: ABNT (1994, p. 3). Nesta seção você teve acesso a informações sobre caligrafia. Você estu- dou os principais assuntos envolvendo o tema, com figuras que exempli- ficaram o conteúdo estudado. SEÇÃO 3 Instrumentos Nesta seção, como continuação de seus estudos, você irá conhe- cer os instrumentos, entendendo sobre a necessidade deles na exe- cução de desenhos. Para executar um desenho rápido e preciso, a utilização de instru- mentos de desenho é necessária. A qualidade dos instrumentos também é fundamental para um bom resultado final. Alguns ins- trumentos mais utilizados são: ▪ régua T; ▪ régua paralela; ▪ jogo de esquadros (um com ângulos de 30°, 60° e 90°, e outro com ângulos de 45°; ▪ lápis ou lapiseira; ▪ escalímetro; ▪ compasso; ▪ transferidor; ▪ gabaritos de circunferências de elipses; ▪ curva francesa. Você acabou de estudar os instru- mentos, tendo acesso, inclusive, aos mais utilizados. 15DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA SEÇÃO 4 Normas Agora que você já tem um bom conhecimento introdutório sobre desenho técnico, é importante se aprofundar nas normas técnicas, que têm por finalidade padroni- zar termos, conceitos e formas de execução entre aqueles que a utilizam. Na área de desenho técnico, são aplicadas várias normas. A As- sociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) normatiza a forma correta de execução do desenho técnico, também cha- mada de NBR (Norma Brasileira de Regulamentação) ou NBR M (referindo-se a normas válidas ao MERCOSUL). Ela se orienta a partir de normas internacionais e padroniza de forma mais clara a linguagem para utilização no Bra- sil. Qualquer dúvida ou aprofunda- mento em desenho técnico, as normas de ABNT deverão ser analisadas para esclarecimentos. Abaixo seguem algumas normas empregadas neste material que podem ser consultadas para maio- res esclarecimentos: ▪ NBR 10126: cotagem em desenho técnico; ▪ NBR 10068: folha de dese- nho; ▪ NBR 10582: apresentação da folha para desenho técnico; ▪ NBR 13142: dobramento de cópia; ▪ NBR 8196: desenho técnico; ▪ NBR 8402: execução de caráter para escrita em desenho técnico; ▪ NBR 6158: sistema de tole- râncias e ajustes; ▪ NBR 6173: terminologia de tolerância e ajustes; ▪ NBR 6409: tolerâncias geo- métricas: tolerâncias de forma, orientação, posição e batimento: generalidades, símbolos, defini- ções em desenho. Formato do papel Os desenhos devem ser dimen- sionados em folhas padronizadas. Os formatos recomendados para o desenho técnico são normati- zados pela ABNT (NBR 10068: folha de desenho, leiaute e dimen- sões) e são chamados de folhas padrão da série A. O formato padrão é baseado num retângulo de área igual a 1 m² e de lados medindo 841 x 1189 mm (Figura 4). Esse formato é o pa- drão A0 (A zero). O padrão A1 deriva do formato A0, e os outros padrões (A2, A3, A4) derivam sempre do anterior. Figura 4 - Padrão A0 Fonte: ABNT (1987, p. 2). O formato A0 possui as di- mensões de 841 mm x 1.189 mm. Para obter o padrão A1, deve-ser dividir ao meio o comprimento de 1.189 mm (resultado = 594 mm) ficando o padrão A1 com as dimen- sões: 594 mm x 841 mm. Para obter o padrão A2, deve- se dividir ao meio o compri- mento de 841 mm, do forma- to A1, ficando o novo padrão A2 com as dimensões: 420 x 594 mm, e assim, sucessiva- mente para obter os demais formatos. Abaixo, as dimensões para os for- matos da série A: Tabela 2 - Formatos da Série “A” Designação Dimensões (mm) A0 841 x 1.189 A1 594 x 841 A2 420 x 594 A3 297 x 420 A4 210 x 297 Fonte: ABNT (1987, p. 2). 16 CURSOS TÉCNICOS SENAI Obs.: dimensões de referência NBR 10068 (ABNT, 1987). Referência por malhas Para permitir uma fácil localização de detalhes do desenho, devem ser colocadas na parte externa da folha colunas com números ao longo da margem inferior e supe- rior, e letras ao longo da margem esquerda e direita. A largura das colunas deve ter no mínimo 25 mm e no máximo 75 mm, deven- do ser distribuídas pela complexi- dade dos detalhes do desenho em quantidade par. Os números e as letras devem es- tar centralizados dentro da malha (Figura 7). Figura 7 - Sistema de Referência por Malhas Fonte: ABNT (1987, p. 3). Margem A margem é limitada pelo contorno externo da folha. As margens es- querda e direita devem ser dimensionadas conforme a Tabela 3. Tabela 3 - Margem Padrão das Folhas Formato Margem esquerda Margem direita A0 25 10 A1 25 10 A2 25 7 A3 25 7 A4 25 7 Fonte: ABNT (1987, p. 3). Marcas de centro Nos formatos da série A devem ser executadas quatro marcas de centro com uma linha localizada no centro da folha, no lado da margem exter- na, estendendo-se 5 mmem direção ao centro da folha (figuras 5 e 6). Figura 5 - Padrão A4: Modelo Paisagem Fonte: ABNT (1987, p. 3) Figura 6 - Padrão A4: Modelo Retrato Fonte: ABNT (1987, p. 3). 17DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA DICA Caso prático: um cliente envia um desenho para um fornecedor em outro Estado. O fornecedor tem algumas dúvidas em relação ao detalhamento da peça, e fica difícil o entendimento por tele- fone. Porém quando indicada a malha do desenho (número da coluna e letra da linha), com referência ao detalhe da sua dúvida, fica mais fácil a localização do detalhe no desenho. Figura 8 - Exemplo de Referência do Desenho por Malhas: Indicação da Ma- lha (Coluna 2 x Letra C) Legenda A legenda deve ser executada do lado direito inferior da folha, com di- mensionamento de 178 mm de comprimento nos formatos A4, A3 e A2 (Figura 9), e 175 mm nos formatos A1 e A0 (Figura 10). Deve conter na legenda a identificação do desenho, como: número da peça, código de material, descrição da peça, descrição do material, logomarca, escala do desenho principal, responsável, desenhista, projetista, aprovação, datas, descrição do projeto, indicação de primeiro diedro, entre outras. Pode-se incluir ou excluir itens da legenda, dependendo da neces- sidade de quem a utiliza. Como por exemplo: tabela de tolerâncias lineares. 18 CURSOS TÉCNICOS SENAI Figura 9 - Modelo de Legenda para os Formatos A4, A3 e A2 Figura 10 - Modelo de Legenda para os Formatos A1 e A0 As legendas podem conter informações adicionais como mostrado no modelo abaixo, um quadro de tolerância linear referente à norma NBR 2768-1/2000. Figura 11 - Modelo de Legenda para os Formatos A4, A3 e A2, com Quadro de Tolerância Linear 19DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Dobramento da folha Independente do formato, o resultado final da folha dobrada sempre será um formato A4. Deve-se dobrar a folha, verticalmente, na linha final da legenda, ou 178 mm (para os formatos A2, A3 e A4), ou a 175 mm (para os formatos A1 e A0). Figura 12 - Dobramento Formato A0 Fonte: Adaptado de ABNT (1999). 20 CURSOS TÉCNICOS SENAI Figura 13 - Dobramento Formato A1 Fonte: Adaptado de ABNT (1999). Figura 14 - Dobramento Formato A2 Fonte: Adaptado de ABNT (1999). 21DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Figura 15 - Dobramento Formato A3 Fonte: Adaptado de ABNT (1999). Nesta seção você estudou as normas da ABNT. Teve acesso a um caso prático e a figuras ilustrativas relacionadas ao que você viu nesta seção. Nesta unidade você estudou o desenho técnico e com isso pôde conhe- cer assuntos importantíssimos para o seu curso, como as normas para desenhos técnicos da ABNT, os instrumentos, as formas de objeto e a caligrafia. Figuras ilustrativas, exemplos e dicas tornaram esta unidade dinâmica e prática de ser estudada. Faça uma revisão dos principais tópicos e em seguida comece a Unidade 2. Unidade de estudo 2 Seções de estudo Seção 1 – Vistas ortográficas Seção 2 – Aplicação de linhas Seção 3 – Dimensionamento e cotagem Seção 4 – Escalas Seção 5 – Croqui/esboço Seção 6 – Vistas auxiliares Seção 7 – Perspectiva 23DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Projeção Ortogonal SEÇÃO 1 Vistas ortográficas Nesta seção você estudará as vis- tas ortográficas. Por meio de uma abordagem prática você aprende- rá a respeito deste assunto, enten- dendo sobre projeção, inclusive aprendendo qual é a projeção adotada no Brasil. Preste atenção às dicas e estude! Esta etapa inclui: ▪ projeção no 1° diedro; ▪ projeção no 3° diedro; ▪ projeção ortogonal; ▪ vistas principais do desenho. Projeção no 1° diedro A projeção no 1° diedro é repre- sentada pelas vistas: ▪ frontal; ▪ superior (representada abaixo da vista frontal); ▪ e pela vista lateral esquerda (representada no lado direito da vista frontal). A figura na legenda da folha indi- ca que o desenho está no 1° die- dro. Figura 16 - Projeção no 1° Diedro Fonte: ABNT (1995, p. 1). Projeção no 3° diedro A projeção no 3° diedro mostra as seguintes vistas: ▪ frontal; ▪ inferior (representada abaixo da vista frontal); ▪ lateral direita (representada no lado direito da vista frontal). No Brasil, adota-se a projeção no 3° diedro representada pela Fi- gura 17, sendo importante que a legenda contenha o símbolo do método de projeção ortográfica. Projeção ortogonal As vistas ortográficas represen- tam um conjunto de uma ou mais vistas correlacionadas entre si. Cada vista mostra um detalhe di- ferente da forma do objeto. Para a confecção das vistas, deve- se projetar linhas auxiliares de re- ferência para alinhar perfeitamen- te as vistas do desenho. É possível analisar uma peça a partir de seis vistas ortográficas, conforme mostrado na Figura 17, porém apenas três vistas são necessárias para representar uma peça (Figura 19). Vistas principais do de- senho Um objeto pode ser observado a partir de seis planos ou vistas, conforme representado pela Fi- gura 17: Figura 17 - Vistas Ortográficas O objeto deve ser denominado e distribuído conforme Figura 18, sendo: a. vista frontal; b. vista superior; c. vista lateral esquerda; d. vista lateral direita; e. vista inferior; f. vista posterior. Figura 18 - Distribuição das Vistas Ortográficas 24 CURSOS TÉCNICOS SENAI A vista mais importante deve ser usada como vista frontal (Figura 19, letra A), seguida das vistas: ▪ superior (posicionada abaixo da vista frontal) (Figura 19, letra B); ▪ lateral (esquerda, posicionada no lado direito da vista frontal) (Figura 19, letra C). Figura 19 - Vistas Ortográficas Princi- pais A escolha das vistas depende da complexidade da peça, devendo os seguintes critérios serem ana- lisados: ▪ uso do menor número de vistas (quando a peça for muito simples poderão ser omitidas vistas desnecessárias; ▪ não repetir detalhes; ▪ ocultar linhas tracejadas des- necessárias; ▪ sempre que possível, manter o padrão das três vistas princi- pais (frontal, superior e lateral esquerda); ▪ quando a peça for complexa, poderão ser usadas tantas vistas quanto necessário para esclareci- mento de sua forma; ▪ independente da escolha das vistas, estas devem estar ali- nhadas na horizontal e vertical, com um espaço entre elas de no mínimo 20 mm para que possam ser dimensionadas (cotas). Representação do desenho em uma única vista Figura 20 - Representação Correta de uma Única Vista de um Eixo Figura 21 - Representação Incorreta de Vistas de um Eixo Nesta seção você estudou sobre vistas ortográficas. Continue com o seu estudo, agora com o assun- to aplicação de linhas na próxima seção. SEÇÃO 2 Aplicação de linhas Esta seção aborda a aplicação de linhas, explicando sua finalidade. Você conhecerá os critérios de representação com o auxílio de fi- guras para o correto aprendizado do assunto. As linhas de um desenho indicam sua exata representação (Figura 23), e para facilitar a interpreta- ção, os seguintes critérios devem ser adotados (Figura 22): a. linha contínua larga – utili- zada em contornos e arestas visíveis; 25DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA b. linha contínua fina – indica- da para linhas de cotas, auxilia- res, de chamada, hachuras e de centros curtas; c. linha tracejada – serve para contornos e arestas não visí- veis; d. linha de centro ou linha de simetria – linha representada por um traço e um ponto al- ternado, usada para linhas de centro, de simetria e trajetórias. Figura 22 - Tipos de Linhas Fonte: ABNT (1984, p. 2). Figura 23 - Interpretação de Aplicação das Linhas Fonte: Francesco (1978, p. 7-24). O dimensionamento de uma peça é representado por meio de linhas e números, mostrando a dimen- são da peça, de determinado ele- mento, seja um plano, uma reta, um círculo ou um ângulo. Deve-se atentar para que a cota represente o valor dimensional de funcionamento da peça, sendo que sem a cota ou com sua repre- sentação incorreta, o resultado será uma montagemcom interfe- rência. As cotas devem ser colocadas di- retamente no desenho, de forma completa e sem repetições, distri- buídas nas três vistas ortográficas ou nas vistas representadas. As cotas devem manter a mesma unidade de medida, não podendo alterar, mesmo que em detalhe ampliado. Elementos de cotagem Linha auxiliar ou de chama- da A linha auxiliar é uma linha pro- longada da aresta da peça além da linha de cota. Deve haver um li- geiro espaço entre a linha auxiliar e o contorno da peça. As linhas de chamada devem ser perpendiculares ao elemento di- mensionado, podendo ser inclina- das a 60° quando necessário. Sempre que possível, as linhas auxiliares e as linhas de cota não devem ser interrompidas. As linhas de centro ou simetria podem ser usadas como linhas de chamada. Linha de cota É a linha na qual é colocado o valor da peça. De preferência, as linhas de cota e auxiliares não de- vem se cruzar, caso ocorra, não devem ser interrompidas no cru- zamento. Nesta seção você aprendeu sobre aplicações de linhas. Havendo dúvidas, revise o conteúdo apresentado. SEÇÃO 3 Dimensionamento e cotagem A Seção 3 apresenta um estudo de dimensionamento e cotagem. Uma abordagem em tópicos so- bre esta etapa do desenho técnico torna esta seção dinâmica e dará praticidade ao estudo do tema. Acompanhe as etapas de estudos da unidade. Cotagem Para que a peça possa ser con- feccionada, são necessárias infor- mações tais como: dimensões da peça, símbolos, especificações de materiais, tolerâncias e acabamen- tos. Isso é chamado de cotagem do desenho. 26 CURSOS TÉCNICOS SENAI O valor de dimensionamento da cota deve ser colocado no centro da cota. A linha de cota deve ser uma linha fina, para que não contraste com as linhas de contorno do desenho. Setas (limites da cota) Nas extremidades da linha de cota devem ter setas ou traços oblíquos. Num desenho técnico formal deve ser utilizado somente um tipo, não podendo ser alterna- do. A seta mais correta é a seta de ca- beça cheia, com dimensão máxi- ma de 3 mm de comprimento. Cota É representada pelos valores nu- méricos da peça, localizada na linha de cota, sempre acima e posicionada no centro. Deve es- tar localizada na vista que melhor indique o objeto dimensionado e este deve, sempre que possível, estar fora do desenho. Há auto- res que defendem a colocação de algumas cotas dentro da peça, desde que traga mais clareza do objeto cotado. Quando cotada no interior da peça, e esta estiver hachurada, re- presentando um corte, a hachura deverá ser interrompida no local da cota. Não devem ser utilizadas como linha de cota, a linha de contorno e a linha de centro. Deve-se evitar também a cotagem em linhas não visíveis. Figura 24 - Linhas de Cota Fonte: ABNT (1987, p. 3). Figura 25 - Cotagem Linear: Exemplo de Cotagem de uma Peça Simples Fonte: ABNT (1987, p. 4). Figura 26 - Cotagem de Ângulos Fonte: ABNT (1987, p. 5). 27DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Esta seção trouxe um estudo prá- tico em relação ao dimensiona- mento e à cotagem. Na próxima seção você estudará as escalas. SEÇÃO 4 Escalas Nesta seção você estudará sobre escalas, aprendendo que existem tipos de escala e estudando cada um deles. Os objetos possuem tamanhos diferenciados, e para desenhá-los dentro dos formatos padrão é necessário reduzi-los ou ampliá- los conforme a conveniência. Os desenhos devem estar dispostos de forma que não pareçam muito pequenos, dificultando o enten- dimento, e nem muito grande, se não houver muitos detalhes. Exis- tem as escalas natural, de amplia- ção e de redução representadas por dois números separados por dois-pontos (ex.: 1:1 escala natu- ral). Escala natural É a escala na qual a peça é dese- nhada em tamanho real. Repre- sentada na legenda pelo campo escala 1:1, ou abreviada Esc. 1:1. Escala de redução Quando uma peça for maior do que o formato da folha onde será desenhada, ela deverá ser reduzi- da em relação às suas dimensões reais. Uma vez escolhida a escala, todas as dimensões da peça de- vem ser divididas por ela. Exemplos de escala de redução: 1:2; 1:2,5; 1:5; 1:10; 1:20; 1:50; 1:100. Escala de ampliação Quando uma peça é pequena demais para o formato da folha onde será desenhada, ela deve ser ampliada. Uma vez escolhida a es- cala, todas as dimensões da peça devem ser multiplicadas por ela. Exemplos de escala de ampliação: 2:1; 2,5:1; 5:1; 10:1; 20:1; 50:1; 100:1. A peça deve ser desenhada nas medidas resultantes da escala e o dimensionamento das cotas deve ser os valores reais da peça. Dessa forma, a pessoa que irá fabricar a peça não necessita calcular para ver a medida real da peça. SEÇÃO 5 Croqui/esboço O croqui, também chamado de esboço ou rascunho, é um traça- do da peça à mão livre, sem es- cala, sem instrumentos, depen- dendo somente da habilidade do desenhista em traçar uma linha perfeita. O croqui é utilizado quando se precisa coletar as informações de uma peça no local, numa máqui- na, por exemplo, sem que haja necessidade de desligá-la ou des- montá-la. As informações são ob- tidas por meio de instrumentos de medição, desenhadas à mão livre e, posteriormente, colocadas em desenho técnico formal. Deve-se obedecer às regras do desenho técnico, como cotas e utilização das linhas. O croqui deve ser feito somente nos seguintes casos: ▪ in loco, com a finalidade de obter o desenho de uma peça na máquina para que a mesma seja confeccionada; ▪ esboço da ideia de um equipa- mento qualquer, com as dimen- sões principais da máquina; ▪ detalhamento de uma peça para fabricação; ▪ após o esboço concluído, o mesmo deve ser redesenhado em folha-padrão, com instrumentos e na escala adequada, aplicando símbolos, notas, informações adicionais para a fabricação da mesma; ▪ há casos em que o croqui pode ser utilizado para fabricação, porém não é recomendado, pois pode ocasionar alguns problemas como falta de atualização, infor- mações incorretas, interpretação errada pelo fato de o desenho estar à mão livre, entre outros. Figura 27 - Esboço à Mão livre/Croqui Esta seção fez um estudo sobre o croqui, muito usado para coletar informações de uma peça no lo- cal. 28 CURSOS TÉCNICOS SENAI SEÇÃO 6 Vistas auxiliares Você estudará agora as vistas au- xiliares, muito utilizadas em casos em que as peças possuem planos inclinados. As figuras ilustrativas darão suporte ao aprendizado nesta seção. Nas projeções normais para re- presentação do desenho no 1º diedro, os planos da peça estão paralelos, porém há casos em que as peças possuem planos inclina- dos, sendo que quando projetados para as vistas normais do dese- nho, a face não aparece em ver- dadeira grandeza e então ocorre uma deformação por causa de sua inclinação. Nesses casos, aplica- se a vista auxiliar, utiliza-se uma das vistas em que aparece a face inclinada, projeta-se uma linha de referência e, por fim, desenha-se a face em verdadeira grandeza. Não há necessidade de desenhar toda a peça na vista auxiliar, somente o plano inclinado. Figura 28 - Vista Auxiliar Nesta seção você estudou sobre as vistas auxiliares, entendendo quando deve ser utilizada e visualizando o conteúdo estudado por meio figuras ilustrativas. Continue o estudo da unidade, avançando para a Seção 7, que abordará o tema perspectiva. 29DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA SEÇÃO 7 Perspectiva Nesta seção você estudará a perspectiva, tendo acesso a um conteúdo que envolve perspectiva isométrica, perspectiva isométrica de uma cir- cunferência e perspectiva cavaleira. Esta seção contempla os itens seguintes. Acompanhe. Perspectiva isométrica A peça é desenhada de tal forma que mostra três de suas faces: frontal, superior e lateral esquerda. A base de uma perspectiva isométrica são três linhas, sendo duas inclina- das a 30° e outra perpendicular ao vértice das outras duas. Deve-se marcar nessas três linhas a medida docomprimento, a largura e a altura; após, deve-se traçar linhas paralelas nesses pontos. Deve-se executar os procedimentos seguintes. 1. Criar três eixos, sendo dois a 30° e um perpendicular aos vértices. 2. Marcar nos três eixos as medidas de comprimento, largura e altura. 3. Para dar forma à peça, deve-se construir linhas paralelas aos três eixos iniciais. 4. É importante o uso de esquadros de 30°e 45°, régua T, ou régua normal 30 cm. Figura 29 - Linhas: Perspectiva Figura 30 - Cubo e Isométrica Perspectiva Figura 31 - Exemplo Perspectiva Figura 32 - Exemplo de Isométrica Perspectiva 30 CURSOS TÉCNICOS SENAI Perspectiva isométrica de uma circunferência O resultado de uma perspectiva da circunferência é uma elipse. Sua construção parte de um quadrado desenhado em perspectiva, cujo lado é o diâmetro da circunferência (passo 1). Deve-se achar os pontos mé- dios (centro das linhas) e unir o vértice do quadrado aos pontos médios opostos ao vértice (passo 1 e 2). Por último, deve-se traçar os raios (pas- so 3 a 6). Figura 33 - Detalhamento de Perspectiva de uma Circunferência Figura 34 – Sequência (1, 2, 3) para Desenhar um Círculo em Perspectiva Figura 35 - Sequência (1, 2, 3) para Desenhar um Círculo em Perspectiva Figura 36 - Sequência (4, 5) para Desenhar um Círculo em Perspectiva Figura 37 - Aplicação da Perspectiva de uma Circunferência 31DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Perspectiva cavaleira Na perspectiva cavaleira uma face da peça é desenha exatamente de frente, em verdadeira grandeza. As outras faces são projetadas obliquamente, inclinadas a 30°, 45° ou 60°. Quando escolher a repre- sentação de um desenho em perspectiva cavaleira? Quando a face frontal con- ter detalhes, principalmente objetos circulares, para que sejam representados em ver- dadeira grandeza. Figura 38 - Perspectiva isométrica Figura 39 - Perspectiva Cavaleira Com o estudo das perspectivas, você concluiu a última seção da Unidade 2. Nesta unidade foi feito um estu- do da projeção ortogonal. O tema foi abordado por meio de seções, o que tornou o conteúdo muito acessível. Na próxima unidade você estu- dará cortes, seções e rupturas. É importante que, ao final de cada unidade, você revise os principais tópicos, fixando melhor os conte- údos. Unidade de estudo 3 Seções de estudo Seção 1 – Cortes e seções Seção 2 – Hachuras Seção 3 – Corte total Seção 4 – Corte em desvio Seção 5 – Corte parcial Seção 6 – Meio-corte Seção 7 – Omissão de corte Seção 8 – Seções Seção 9 – Rupturas 33DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Cortes, Seções e Rupturas SEÇÃO 1 Cortes e seções Nesta seção você estudará cortes e seções. Uma peça com muitos detalhes, representada por linhas não visí- veis ou linhas tracejadas, pode di- ficultar o entendimento e a leitura do desenho. Portanto, nesses ca- sos, são empregados o sistema de cortes para cada situação específi- ca, representando com exatidão o detalhe interno da peça. Você acabou de estudar os cortes e seções. De maneira simples e di- reta teve acesso ao assunto. SEÇÃO 2 Hachuras Esta seção apresentará um estudo das hachuras, que são represen- tações do material em regiões de corte. Segundo a Norma 12298 (ABNT, 1992), hachuras são representa- ções do material em regiões de corte. Todo desenho representa- do em corte deve conter hachu- ras, sendo específicas para cada tipo de material. Na eletromecânica, como os ma- teriais mais comuns são aços ou ferro fundidos, a representação da hachura é feita por meio de linhas paralelas, inclinadas a um ângulo de 45°, com distância proporcio- nal à superfície da peça, no míni- mo 0,7 mm, dentro da seção em corte. Numa mesma peça, a hachura deve estar na mesma direção. Quando da representação do corte em desenho de conjunto, contendo mais de uma peça cortada, a representação do corte é feita por meio de hachuras em sentidos opostos ou em espaçamentos diferentes. Figura 40 - Hachuras Conforme Tipo de Material Fonte: Strauhs (2007, p. 82). Você acabou de estudar na Seção 2 as hachuras. Viu o que são hachuras, como devem estar representadas e onde devem estar localizadas. Con- tinue o estudo desta unidade, avançando para a Seção 3, que aborda o corte total. 34 CURSOS TÉCNICOS SENAI SEÇÃO 3 Corte total Você estudará agora o corte total, que deve ser representado em uma das vistas do desenho por uma linha traço-ponto. A maneira como isso deve ser feito é o que você verá nesta seção. O corte total deve ser representado em uma das vistas do desenho por uma linha traço-ponto, sendo que esta linha ultrapassa toda a peça, em sentido longitudinal ou em sentido transversal. Nas extremidades da li- nha de corte devem conter setas que mostram o sentido em que o corte é observado, assim como também letras que indicam onde o corte será representado. Chama-se indicação do corte a região por onde passa a linha traço- ponto e representação do corte a vista que mostra o corte com a ha- chura. Figura 41 - Representação de Corte Total: Longitudinal Figura 42 - Representação de Corte Total: Transversal Nesta seção você estudou o corte total, aprendendo como ele deve ser representado. A seguir estude sobre corte e desvio, tema da Seção 4. 35DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA SEÇÃO 4 Corte em desvio Agora que você já estudou o corte total e sabe o que significa e como deve ser representado, estudará nesta seção o corte em desvio, que será usado quando os detalhes da peça não estiverem alinhados, ou quando não for possível um corte total mostrar todos os detalhes internos da peça. Quando os detalhes da peça que devem ser mostrados não estiverem alinhados, ou quando com um corte total não for possível mostrar todos os detalhes internos da peça, deve-se usar o tipo de corte em desvio. O corte em desvio é indicado por uma linha traço-ponto, sendo desviado a 90° em direção ao objeto que se quer mostrar. Da mesma forma como no item anterior, a representação o corte deve ser feito em uma das vistas do desenho. Figura 43 - Representação de Corte em Desvio Você acabou de estudar o corte em desvio, sendo orientado quanto à sua utilização. Estudará agora o corte parcial na Seção 5. SEÇÃO 5 Corte parcial Você já tem conhecimento de corte total e corte em desvio e terá a partir de agora também conhecimento sobre corte parcial, assunto desta seção. O corte parcial deve mostrar um pequeno detalhe interno da peça, sem a necessidade de linhas de centro para representação do corte. O mode- lo do corte é representado como uma mordida na peça, ou seja, linhas sinuosas hachuradas onde ser quer a representação do corte. Figura 44 - Corte Parcial de uma Peça Figura 45 - Corte Parcial de uma Mon- tagem Nesta seção você estudou o corte parcial, que mostra um pequeno detalhe interno da peça, sem a ne- cessidade de linhas de centro para representação do corte. 36 CURSOS TÉCNICOS SENAI SEÇÃO 6 Meio-corte Nesta seção o seu estudo estará concentrado no tema meio-corte, que geralmente é utilizado para peças simétricas. Por meio das figuras você poderá entender melhor o assunto. Geralmente utilizado para peças simétricas, o meio-corte mostra a re- presentação interna da metade da peça, sendo a outra metade com os contornos visíveis, sem linhas tracejadas. Figura 46 - Meio-corte Você acabou de estudar o meio-corte. Agora já tem conhecimento sobre corte total, corte em desvio, corte parcial e meio-corte. Dando continui- dade aos seus estudos, você verá na próxima seção a omissão de corte. SEÇÃO 7 Omissão de corte Esta seção traz um estudo da omissão de corte usado para dar um melhor entendimento à peça e aos seus detalhes. Para dar um melhor entendimento à peça e aos seus detalhes, alguns objetos são omitidos em um cor- te, como elementos de máquinas (parafusos, porcas, arruelas, eixos, pinos, rebites, chavetas, volantes, manípulos) e alguns detalhes da peça (nervuras, braço de um vo- lante, dentes de engrenagem). No desenho abaixoa represen- tação de corte A-A está colocada INCORRETAMENTE, pois na vista lateral em corte dá a impres- são que a peça é maciça, confor- me a vista isométrica. Figura 47 - Representação de Corte em Nervura (Incorreto) 37DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Agora, no desenho abaixo, o corte está representado de forma CORRE- TA, omitindo o corte na região da nervura e hachurando somente uma parte da peça. Figura 48 - Representação de Corte em Nervura (Correto) Você estudou nesta seção a omissão de corte. Continue estudando esta unidade, que traz, a seguir, um estudo sobre seções. SEÇÃO 8 Seções Agora você estudará sobre seções, que devem ser representadas confor- me o perfil da peça. Aproveite todo conteúdo! A seção de corte deve ser representada conforme o perfil da peça: di- retamente na peça, nos casos de nervuras ou outros perfis semelhantes; entre a peça, sendo representada por uma ruptura na peça, e o perfil da peça entre a ruptura; ou representada numa vista abaixo da peça. Conforme o perfil da peça, este deve ter uma linha específica de ruptura. Figura 49 - Vista de Seção do Eixo 38 CURSOS TÉCNICOS SENAI Figura 50 - Seção da Peça em “L” Figura 51 - Seção da Peça em “U” O corte é representado pelos seguintes itens: ▪ hachura (diferente para cada tipo de material); ▪ indicação do corte (plano de corte); ▪ representação do corte; ▪ nome do corte (A-A, B-B); ▪ sentido do corte (representado por setas). No corte parcial, não há plano de corte e sentido do corte. Você acabou de estudar sobre seções, a seguir 9 iniciará o estudo sobre rupturas. 39DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA SEÇÃO 9 Rupturas Você sabe o que são rupturas? Esse é o assunto da Seção 9. É um processo utilizado para reproduzir peças longas, fazendo uma re- presentação de rompimento e mantendo o dimensionamento real. Firgua 51 - Recomendação de Rupturas Fonte: Strauhs (2007, p. 83). Você foi apresentado a um estudo das rupturas, encerrando assim a Uni- dade 3. Nesta unidade você estudou cortes, seções e rupturas. Revise os tópicos importantes antes de avançar para a próxima unidade, que fará um estudo do desenho de conjunto. Unidade de estudo 4 Seções de estudo Seção 1 – Explosão da montagem Seção 2 – Detalhamento de montagem e representação de elementos de máquina 41DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Desenho de Conjunto SEÇÃO 1 Explosão da montagem Nesta seção você estudará o de- senho de conjunto, entendendo como deve ser a montagem de equipamento, como a numeração será indicada, entre outras infor- mações importantes sobre o as- sunto. A montagem de qualquer equipa- mento deve ser feita respeitando exatamente o posicionamento de cada peça. É importante, ainda, desenhar os elementos de máqui- nas ou representá-los. Para me- lhor verificação da montagem e do posicionamento de cada peça, faz-se necessária a explosão da montagem, ou seja, uma repre- sentação do equipamento, com as peças separadas, porém alinhadas de forma que dê um nítido posi- cionamento das mesmas. Em alguns casos, é interessante mostrar a sequência de montagem de um equipamento, e para isso é utilizada a explosão de peças, ou seja, uma sequência das peças em vista isométrica. Figura 52 - Morsa de Mesa: Desenho em Perspectiva Isométrica Montado A explosão da montagem em vista isométrica deve ser realizada obede- cendo a uma linha de trajetória imaginária como referência de alinha- mento das peças (linha traço-ponto). A numeração de cada peça é inte- ressante para identificar rapidamente peças duvidosas ou semelhantes. A NBR 13273: referência a itens (1999) esclarece melhor a forma de como referenciar os itens de uma montagem. Usualmente, a numeração é indicada do seguinte modo: ▪ pela ordem de montagem; ▪ pela importância das peças; ▪ pela disposição no desenho no sentido horário. 42 CURSOS TÉCNICOS SENAI Figura 53 - Morsa de Mesa: Vista Explodida da Montagem Você acabou de fazer um estudo do desenho de conjunto. Na seção 2 você estudará o detalhamento de montagem e representação de elemen- tos de máquina. SEÇÃO 2 Detalhamento de montagem e representação de elementos de máquina Agora você estudará o detalhamento de montagem e representação de elementos de máquina. Estude com disciplina esse tema, pois cada ele- mento possui uma particularidade em sua representação. As normas da ABNT sobre desenhos técnicos serão importantes aliadas nesta seção. No detalhamento de um conjunto, deve-se colocar as peças na posi- ção montada e detalhar itens importantes como os elementos de má- quinas. Para isso, são utilizadas vistas de seção, ampliação de detalhes, cortes parciais. Alguns elementos, ao invés de serem representados por seu desenho, são representados por um símbolo. Cada elemento pos- sui uma particularidade em sua representação. Verificar as normas da ABNT NBR 11145:1990, NBR 11534:1991, NBR 13104:1994, NBR 12288:1992 para maiores esclarecimentos. 43DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Figura 54 - Morsa de Mesa: Detalhamento em Vistas Ortográficas Figura 55 - Representação de Mola – Sequência, Respectivamente: Mola Normal/ Mola em Corte/Mola Simplificada Fonte: ABNT (1990, p. 2). Nesta seção você estudou o detalhamento de montagem e a representa- ção de elementos de máquina, encerrando assim a Unidade 4. Na unidade sobre desenho de conjunto, dividida em duas seções, abor- daremos o tema proposto de forma clara e objetiva. Reflita! Unidade de estudo 5 Seções de estudo Seção 1 – Tolerância geométrica de forma, orientação, posição e batimento Seção 2 – Rugosidade: indicação de estado de superfície em desenhos técnicos Seção 3 – Desenho técnico arquitetônico Seção 4 – Escalas 45DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Tolerância Geométrica e Dimensional SEÇÃO 1 Tolerância geométrica de forma, orientação, posição e batimento Nesta seção você estudará sobre tolerância geométrica de forma, orientação, posição e batimento, aprendendo quando as tolerâncias devem ser indicadas, os elementos de referência e muitas outras in- formações relevantes ao estudo do tema. As tolerâncias geométricas devem ser indicadas no desenho sempre que necessário, para assegurar que a peça será fabricada de forma funcional, sem interferências por motivos de não indicação da to- lerância. O elemento de referência para in- dicação da tolerância pode ser um ponto, uma linha ou uma super- fície. Tabela 4 - Valores de Frequência e Tempo Características toleradas Símbolo Forma Retitude Planeza Circularidade Cilindricidade Perfil de linha qualquer Perfil de superfície qualquer Orientação Paralelismo Perpendicularismo Inclinação Posição Posição Concentricidade Coaxialidade Simetria Batimento Circular Total Fonte: ABNT (1997). 46 CURSOS TÉCNICOS SENAI As tolerâncias geométricas podem ser representadas e indicadas direta ou indiretamente no desenho da peça. A forma de representação das tolerâncias geométricas deve ser realizada num retângulo, no qual devem ser colocados, respectivamente: ▪ o símbolo da tolerância geométrica; ▪ o valor dimensional da grandeza tolerada; ▪ a letra de referência. ou Figura 56 - Indicação de Tolerância para Elementos Isolados Fonte: ABNT (1997, p. 3). Figura 57 - Indicação de Tolerância para Elementos Associados Fonte: ABNT (1997, p. 3). Figura 58 - Indicação de Elemento Tolerado, Contorno, Linha de Chamada ou Linha de Simetria Fonte: ABNT (1997, p. 4). Simbologia para carac- terísticas toleradas Figura 59 - Tolerância de Planicidade e Retilineidade de 0,01 47DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Figura 60 - Tolerância de Circularidade de 0,01 em Relação a “A” e Tolerância de Perpendicularidade de 0,01 em Relação “A” Figura 61 - Tolerância de Paralelismo de 0,2 em Relação à Seta de Indicação na Superfície “A” e Superfície “B” Figura 62 - Tolerância de Paralelismo de 0,2 em Relação a “A” e em Relação a “B” Figura 63 - Tolerância de Inclinação emRelação a “A-B” Figura 64 - Tolerância de Posição em Relação a “B” e “C” 48 CURSOS TÉCNICOS SENAI Figura 65 - Tolerância de Retilineidade de 0,1 Figura 66 - Tolerância de Planeza de 0,05 Figura 67 - Tolerância de Circularidade de 0,02 Figura 68 - Tolerância de Circularidade de 0,1 Figura 69 - Tolerância de Perpendicularidade de 0,1 em Relação a “A” Figura 70 - Tolerância de Perpendicularidade de 0,1 em Relação a “A” Figura 71 - Tolerância de Batimento e Batimento Total de 0,1 em Relação a “A-B” 49DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Nesta seção você estudou tolerância geométrica de forma, orientação, posição e batimento. Avançando nos estudos você irá para a Seção 2 e estudará rugosidade. SEÇÃO 2 Rugosidade: indicação de estado de superfície em desenhos técnicos Um estudo sobre rugosidade será realizado agora, na Seção 2. O símbolo básico para indicação da superfície do desenho é constituído por duas linhas inclinadas a 60°. Abaixo, na tabela, estão as figuras repre- sentativas e suas aplicações: Tabela 5 - Símbolos de Rugosidade Fonte: Adaptado de ABNT (1984). O símbolo deve ser indicado uma vez para cada superfície, porém quando as indicações requeridas forem as mesmas, a indicação deve constar junto à vista da peça. Quando o mesmo estado de su- perfície é exigido pela maioria das superfícies de uma peça, as outras indicações devem estar entre pa- rênteses. Tabela 6 - Características da Rugosidade Classe de rugosidade (Ra) Desvio médio em mícrons N12 50 N11 25 N10 12,5 N9 6,3 N8 3,2 N7 1,6 N6 0,8 N5 0,4 N4 0,2 N3 0,1 N2 0,05 N1 0,025 Fonte: ABNT (1984, p. 2). Você acabou de estudar nesta se- ção a rugosidade. Estudará agora, na Seção 3, o desenho técnico ar- quitetônico. a. Símbolo básico constituído por duas linhas em 60° de di- ferentes tamanhos. b. Exigência de remoção de ma- terial. c. Não é permitida a remoção de material. d. Indicação de característica es- pecial do estado de superfície, se necessário. e. Valor principal da rugosidade obtido por qualquer processo de fabricação. f. Valor principal da rugosidade, deve ser obtido por remoção de material. g. Quando necessário, estabelecer um valor mínimo e máximo da rugosidade principal. h. Quando um processo especí- fico de fabricação é exigido, deve ser indicado no traço ho- rizontal sem abreviatura. i. Comprimento da amostra. j. Para indicar o sentido da estria da rugosidade. k. Indicação de sobremetal para usinagem. 50 CURSOS TÉCNICOS SENAI SEÇÃO 3 Desenho técnico arquitetônico Nesta seção você estudará o de- senho técnico arquitetônico. Será abordado o desenvolvimento de projetos de instalações elétricas, planta baixa, visualizando um exemplo desse tipo de planta, dentre outros conteúdos impor- tantes. Para desenvolver projetos de ins- talações elétricas o projetista deve ter em mãos o projeto arquitetô- nico com a finalidade de obter as dimensões reais e desenhar a planta baixa. Com isso, o proje- tista poderá realizar os cálculos de luminotécnica, cabeamento, entre outros. Com a necessidade de transmitir e arquivar todo esse conjunto de informações para o cliente ou executor da instalação elétrica, é preciso que se faça o de- senho técnico da instalação. Para que o projetista possa reali- zar o desenho técnico elétrico, é necessário ainda conhecer alguns critérios estudados pelos arquite- tos. São eles: saber o que é uma planta baixa, saber utilizar as esca- las, conhecer as vistas e os cortes utilizados em arquitetura. Planta baixa Imagine o desenho de uma cons- trução, como por exemplo, de uma casa. Nesse desenho, tem- se uma vista superior a mais ou menos 1,5 m de altura, há ainda portas, janelas e outros detalhes da construção pertinentes ao pro- jeto elétrico. Por meio dessa vista, o projetista é capaz de mensurar cabos, tomadas, interruptores, lâmpadas, etc. Figura 72 - Exemplo de Planta Baixa 6800 53 00 O projetista elétrico será capaz de desenhar janelas, portas, escadas e detalhes que terão influência no projeto elétrico tendo como base o pro- jeto arquitetônico da construção. O formato do papel para realização do desenho deverá ser o formato da série A, sendo o formato A0 o maior e o formato A4 o menor. Você acabou de fazer um estudo sobre desenho técnico arquitetônico, nesta seção. Agora estudará as escalas, na Seção 2. 51DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA SEÇÃO 4 Escalas A escala representa a proporção entre as dimensões do desenho e as dimensões reais. Conforme a NBR 6492, dentre as escalas mais usu- ais destacam-se as seguintes: 1/2; 1/5; 1/10; 1/20; 1/25; 1/50; 1/75; 1/100; 1/200; 1/250 e 1/500. Essas escalas são escalas de redução, sen- do que reduzem o tamanho ou a dimensão de uma construção. Como exemplo, a escala de 1/50 significa que a cada 1 mm no desenho equivale a 50 mm na dimensão real. E a cada 1 cm no desenho equivale a 50 cm na dimensão real. A vista é disposta a mostrar com o máximo de clareza os detalhes perti- nentes ao projeto, pode ser: frontal, lateral esquerda, lateral direita, pos- terior ou superior. Figura 73 - Vistas em Desenho Técnico Arquitetônico Você fechou esta unidade estudando as escalas. Elas representam a pro- porção entre as dimensões do desenho e as dimensões reais. Nesta unidade você estudou o detalhamento de montagem e represen- tação de elementos de máquina. O conteúdo foi apresentado em tópicos para facilitar o aprendizado. Assuntos como tolerância geométrica de forma, escalas, orientação, posição e batimento, sistemas de tolerância e ajustes dimensionais, e rugosidade deram embasamento ao tema. 53DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA Finalizando O conteúdo deste material contribui significativamente para o seu aperfeiçoamento profissional como técnico em eletromecânica, tanto desenhista quanto projetista. Além deste conteúdo, para trabalhar com desenho técnico é preciso estar sempre atualizado com as normas técnicas. Para aqueles que não estão diretamente ligados ao projeto, mas praticam alguma atividade relacio- nada à eletromecânica, é primordial o conhecimento de desenho técnico, pois em todas as áreas da eletromecânica ele é utilizado, desde a fabricação de uma peça ou na produção de componen- tes até na montagem, assistência técnica e vendas. Com o avanço da tecnologia, a maioria das empresas aplica softwares específicos para desenho e projetos, porém de nada adianta o melhor software, se você não entender os conceitos de de- senho técnico para interpretá-los, compreendê-los e aplicá-los. Referências 55DESENHO TÉCNICO APLICADO À ELETROMECÂNICA ▪ ______. Coletânea de normas de desenho técnico. São Paulo: SENAI, 1990. 86 p. (Pro- grama de Publicações Técnicas e Didáticas, Série Organização e Administração, 1). ▪ ______. NBR 10068: folha de desenho: leiaute e dimensões. Rio de Janeiro: ABNT, 1987. 4 p. ▪ ______. NBR 10582: apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1988. 4 p. ▪ ______. NBR 8402: execução de caracter para escrita em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. 4 p. ▪ ______. NBR 13142: desenho técnico dobramento de cópia. Rio de Janeiro: ABNT, 1999. 3 p. ▪ ______. NBR 8196: desenho técnico: emprego de escalas. Rio de Janeiro: ABNT, 1999. 2 p. ▪ ______. NBR 12298: representação de área de corte por meio de hachuras em desenho téc- nico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. 3 p. ▪ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126: cotagem em de- senho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1987. 13 p. ▪ CASILLAS, A. L. Máquinas: formulário técnico. 3. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1981. 634 p. ▪ DEL MONACO, G.; RE, V. Desenho eletrotécnico e eletromecânico: para técnicos, en- genheiros, estudantes de engenharia e tecnologia superior e para todos os interessados no ramo. São Paulo: Hemus, 1975. 511 p. ▪ FRANCESCO, P. Prontuário de projetistas de máquinas. 4. ed. São Paulo: Escola PRO- TEC, 1978. ▪ MICELI, M. T.; FERREIRA, P. Desenho técnico básico. 2. ed. Rio deJaneiro: Ao Livro Técnico, c2003. 143 p. ▪ PROVENZA, F. Desenhista de máquinas. São Paulo: F. Provenza, 1976. ▪ ______. Projetista de máquinas. São Paulo: Escola Pro-Tec, c1960. ▪ PUGLIESI, M.; TRINDADE, D. F. Desenho mecânico e de máquinas. [S.l.]: Ediouro, [19- -]. 242 p. ▪ STRAUHS, F. do R. Curso técnico em eletrotécnica: desenho técnico: módulo 1, livro 2. Curitiba: Base Didáticos, 2007. 112 p. 10_DesTecApliElemec
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