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1 TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO ÉTICA E CIDADANIA 20 ORGANIZACIONAL Horas 2 Marcos José Rocha dos Santos GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA Sérgio Gonçalves da Silva VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA Adir Josefa de Oliveira PRESIDENTE Sylvana Ventura da Silva Nunes DIRETORA PEDAGÓGICA 3 SUMÁRIO CAPITULO 1 ...................................................................................................................................................5 O QUE É ETICA?.............................................................................................................................................5 CAPITULO 2....................................................................................................................................................7 CONCEITO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR;.........................................................7 QUEM É O CONSUMIDOR?.............................................................................................................7 DIA MUNDIAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR;.............................................................................7 CAPITULO 3..................................................................................................................................14 O QUE É A ÉTICA PROFISSIONAL?...........................................................................................14 O QUE SÃO OS CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAIS?.........................................................15 CAPITULO 18...............................................................................................................................18 IMAGEM PESSOAL E INSTITUCIONAL;.....................................................................................17 ATIVIDADE:..................................................................................................................................Error ! Bookmark not defined. 4 O Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional - IDEP é uma autarquia, vinculada à Secretaria de Estado da Educação, dotada de autonomia administrativa, pedagógica, disciplinar, financeira, orçamentária e patrimonial, sendo o órgão gestor da Política de Educação Profissional do Estado de Rondônia, Criado em dezembro de 2016, por meio da Lei Complementar 908/2016, que “Dispõe sobre a Política de Educação Profissional do Subsistema Público de Educação Profissional do Estado de Rondônia” gera a autarquia denominada Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional – IDEP, vinculada à Secretaria Estadual de Educação – SEDUC o IDEP/RO que tem o propósito de oferecer à sociedade rondoniense inúmeras oportunidades educacionais gratuitas e a potencialização das forças de trabalho, como marco de sustentação e fortalecimento da capacidade profissional produtiva para o desenvolvimento competitivo do Estado, sendo legítimo parceiro das políticas sócioeducacionais. INFORMAÇÃO AOS ALUNOS Prezado estudante, seja bem-vindo! Você irá realizar o curso de Ética e Cidadania Organizacional, do Eixo Tecnológico Gestão e Negócios, com vistas a construção de competência necessárias para atuação no mercado de trabalho. O curso é ofertado na modalidade presencial e o material apostilado, organizado em capítulos e irá conduzi-lo a novos conhecimentos que delinearão o perfil profissional da ocupação pelo mercado de trabalho. O componente apresenta a proposta aos alunos para Interpretar padrões e políticas uniformes de conduta adequada com os valores organizacionais e estabelecer relações ligadas ao comportamento humano em sociedade. Ao final, os alunos que concluírem o curso com resultado APTO, receberão o Certificadode Conclusão expedido pela ETEC - Escola Técnica Estadual. Bons estudos! INSTITUTO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL –IDEP/RO CAPÍTULO 2 5 "O que é ética? Ética é o que diz respeito à ação quando ela é refletida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura refletir sobre o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros. Em Ética prática, o filósofo australiano Peter Singer destaca e afimar quatro pontos que ele considera que não se aplicam à ética, apesar das pessoas, insistentemente, considerarem tais pontos características do que seria a ética. Não é um conjunto de normas em relação ao sexo: isso cabe à moral, pois a primeira é uma questão individual que, se afeta a sociedade, diz respeito a uma má conduta do indivíduo e não ao sexo em si. Singer diz que os mesmos problemas de má conduta de um indivíduo em relação ao sexo podem ser aplicados ao ato de dirigir um carro. Se ele é responsável e, com suas atitudes sexuais, atinge apenas a si mesmo, ele não está agindo fora do que a ética prediz, do mesmo modo que uma direção segura e responsável não afetaria a sociedade. Não é uma bela abstração teórica e inexequível na prática: pensar que a ética é utópica, porque a maioria das pessoas não age de acordo com ela, é falso. Se a ética não for aplicável na prática, não há o porquê de ela existir. Não faz sentido apenas quando em contexto religioso: a ética é uma prática reflexiva que deve nortear as ações cotidianas dos indivíduos, tanto em contextos religiosos quanto fora deles. Não é relativa: ao contrário da moral, que é subjetiva, a ética tenta expressar um conjunto de práticas que devem ser consideradas corretas por toda a sociedade. Apesar de haver um contexto de ação individual, o indivíduo ético deve procurar fazer o que é o correto, e isso não é um traço subjetivo e individual, mas está dentro de um contexto. A ética é, portanto, a reflexão moral acerca da ação. É a ética que vai garantir às ações das pessoas a correção moral, sendo que, muitas vezes, uma ação moralmente ética pode não se enquadrar na moral de uma determinada sociedade. Por exemplo, se, em um país que segue a lei islâmica, uma mulher comete adultério, ela pode ser condenada à morte por apedrejamento. Isso faz parte da moral daquela sociedade, mas não é eticamente correto. Se, em uma situação hipotética, alguém salva uma mulher prestes a morrer daquela maneira, essa pessoa está atentando contra a moral, mas está agindo certo, de acordo com a ética." "Exemplos de ética” Respeitar as leis que sejam justas; Procurar agir com justiça;Não se apropriar, indevidamente, do que não é seu; Não prejudicar os outros; Respeitar o convívio social. 6 "O que é moral? A moral é uma espécie de conjunto de hábitos e costumes de uma sociedade. A moral, em geral, faz-se de acordo com a cultura de um local em um determinado espaço de tempo. Normalmente, alguns elementos da sociedade influenciam-na, como a religião, o modo de vida da sociedade, o acesso que essa sociedade tem à informação e o uso que as pessoas de determinado recorte social fazem da informação. A moral, normalmente, é exposta sobre preceitos e, muitasvezes, expressa como normas de proibição e permissão. É comum ouvirmos a frase “fulano atentou contra a moral e os bons costumes”, isso porque a moral é uma espécie de norma de conduta social que indica algo que é certo ou errado naquela sociedade. Devido ao caráter cultural e subjetivo da moral, algo que é permitido em uma determinada moral, pode ser proibido em outra. Apesar de várias normas morais repetirem-se, elas são, muitas vezes, diferentes porque as sociedades construíram diferentes modos de vida. Aquilo que uma sociedade convenciona como moralmente incorreto pode ser classificado como um tabu." Veja mais em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/diferenca-entre-etica-moral.htm Exercício 1- O que é ética? 2- O que é moral? https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/diferenca-entre-etica-moral.htm CAPÍTULO 2 7 Conceito do Código de Defesa do Consumidor; O que é o direito do consumidor? O direito do consumidor é o ramo do Direito cujas diretrizes podem ser aplicadas a qualquer situação em que aconteça uma relação de consumo entre duas ou mais partes. Ele está diretamente ligado ao Código de Defesa do Consumidor, criado para registrar as regras que regularizam essas relações. Em 1985, a ONU estabeleceu o princípio da vulnerabilidade do consumidor, declarando-o como a parte mais frágil da relação de consumo. Isso porque, no sistema capitalista, é o fornecedor quem impõe sua vontade no mercado. Por isso, é importante que as pessoas estejam a par de seus direitos para não serem prejudicadas. Quem é o consumidor? O CDC, em seu artigo 2º, considera o consumidor o destinatário final da relação de consumo.É qualquer um que realize a compra de um produto ou serviço, sejam estes duráveis ou não-duráveis. Os bens de consumo duráveis são aqueles duradouros, que só perdem sua utilidade após muito tempo de uso, como automóveis e eletrodomésticos. No caso de serviços, a pintura de uma casa ou a colocação de uma prótese dentária são considerados duráveis. Já os não-duráveis são consumidos de forma mais rápida, às vezes imediata, como medicamentos, serviços de lavanderia e limpeza. Dia Mundial de Defesa do Consumidor; Comemorado em 15 de março, o Dia Mundial de Defesa do Consumidor é a data para lembrar a importância do direito do consumidor. Além disso, serve para reforçar o compromisso de lojas e empresas em respeitar todas as leis relacionadas às relações de consumo. A data foi criada quando o então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, fez um discurso no congresso americano sobre a importância de respeitar os princípios e direitos do consumidor no país, em 1962. Na ocasião, Kennedy trouxe quatro princípios fundamentais aos consumidores: 1. O direito à segurança; 2. Direito à informação; 3. Direito à escolha; 4. Direito de ser ouvido. Esses princípios nortearam uma série de iniciativas ao redor do mundo sobre a defesa do consumidor. Em 1985, a Organização das Nações Unidas (ONU) utilizou o discurso de John Kennedy para aprovar https://seudireito.proteste.org.br/consumidor-esta-mais-consciente-de-seus-direitos/ 8 diretrizes para as leis de consumo. A iniciativa aumentou o reconhecimento e legitimidade da data contribuiu para que a defesa de direitos nas relações de compra ganhasse força ao redor do mundo. Apenas cinco anos depois, em 1990, foi criada no Brasil a Lei Nº 8.078, que estabelece direitos e proteções ao consumidor e diretrizes para fornecedores. Quem é o fornecedor? É quem fornece os produtos ou serviços aos consumidores. Eles podem ser desde lojas e vendedores em domicílio a provedores de internet e companhias de luz elétrica Segundo o artigo 3º do Código: Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Fornecedores também devem compreender as normas dos direitos dos consumidores, uma vez que as práticas de consumo funcionam entre ambas as partes. É, inclusive, obrigatório que estabelecimentos comerciais mantenham em seu espaço uma cópia do Código de Defesa do Consumidor visível e de fácil acesso para o público. A Lei nº 12.291/2010, que decretou essa obrigação, prevê multa de até R$1.064,10 em caso de não cumprimento. Breve história do direito do consumidor no Brasil Embora o consumo no Brasil tenha se intensificado na década de 1930, a proteção do consumidor só passou a se tornar pauta nacional cerca de 30 anos depois. Alguns dos fatores importantes para isso foram a industrialização das décadas de 60 e 70, seguida de crises econômicas, e a influência externa. Em 15 de março de 1962, o então presidente estadunidense John Kennedy emitiu uma mensagem ao Congresso americano reconhecendo o caráter universal dos direitos que deveriam proteger os consumidores. A data passaria a ser conhecida como o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm 9 Durante a década de 1970, surgiram os primeiros órgãos de defesa do consumidor no Brasil, movidos pelo movimento consumerista. Em 1985, a ONU estabeleceu o princípio da vulnerabilidade dos consumidores e divulgou suas Diretrizes de Proteção ao Consumidor, incentivando um movimento mundial de defesa de seus direitos. No mesmo ano, foi decretada em âmbito nacional a Lei nº 7.347/85, regendo as ações de responsabilidade por danos causados a diversos setores da sociedade, inclusive ao consumidor. Com o surgimento da Constituição Federal de 1988, a defesa do consumidor foi oficialmente promovida por meio do item XXXIII do art. 5º. Dois anos depois, sob mandato do então presidente Fernando Collor, foi criado o Código de Defesa do Consumido. O CDC ficou conhecido como o principal documento do direito do consumidor, no Brasil. O que é o Código de Defesa do Consumidor? O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor estabelece as diretrizes de proteção e defesa do consumidor em âmbito nacional. É o principal documento que regulamenta as relações de consumo no país, nas três esferas: civil, designando as responsabilidades dos fornecedores e ações de reparação de danos causados a consumidores; administrativa, definindo o papel do poder público na gestão de conflitos; penal, instituindo crimes e determinando punições para aqueles que desrespeitarem as normas. Ela também designa, em seu artigo 4º, a Política Nacional das Relações de Consumo: Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo (…) A lei abrangente (Lei n.8.078/90) que designou a criação do CDC foi decretada em 11 de setembro de 1990 pelo presidente Fernando Collor. Desde então, sofreu alterações com o passar dos anos conforme as necessidades dos consumidores e as próprias relações de consumo foram sendo atualizadas. É por meio do Código que consumidores podem ter ciência de seus direitos, sabendo quando acionar os órgãos de defesa.Quais são os órgãos de defesa do consumidor. Os órgãos de defesa do consumidor são fundamentais para auxiliar clientes a resolver problemas e impasses com empresas. Eles fazem parte do Sistema Nacional de Defesado Consumidor (SNDC), regulamentado pelo Decreto Presidencial nº 2.181, de 20 de março de 1997. 10 O SNDC reúne diversos órgãos de defesa do consumidor a nível Federal, Estadual e Municipal, e também contribui com a Política Nacional das Relações de Consumo, instituída pelo Código de Defesa do Consumidor. Essa política traz instrumentos que podem ser usados pelo consumidor para a defesa de seus direitos. De acordo com a Lei nº 8.078/90, a Política Nacional das Relações de Consumo, que versa sobre a proteção do consumidor, tem como objetivos atender as suas necessidades ao tempo em que garante o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, e protege seus interesses econômicos, visando a melhoria da sua qualidade de vida e relações de consumo transparentes e harmoniosas. Os órgãos de defesa do consumidor são diversos e estão nas mais diferentes instâncias (federal, estadual e municipal). Dessa forma, consumidores podem contar com uma série de entidades e ferramentas para garantir a defesa de seus direitos. Veja alguns desses órgãos abaixo. Senacon Como componente do Ministério da Justiça, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) planeja, elabora, coordena e executa a Política Nacional das Relações de Consumo. Portanto, é a Senacon a responsável pela criação das políticas para o consumo que vigoram no Brasil. Ela também reúne administra o portal consumidor.gov.br, que realiza a interlocução entre consumidores e empresas, visando a resolução de conflitos. A plataforma tem seu conteúdo monitorado pela Senacon e por outras entidades, disponibilizando os dados para a sociedade e os governos. A atuação da Senacon extrapola a esfera nacional, uma vez que articula a proteção do consumidor para além do Brasil. Essa atuação acontece por meio da articulação com organismos, comitês nacionais e internacionais, fóruns e comissões que se ocupam da proteção e defesa do consumidor, como explica o Art. XVIII do Decreto nº 7.738 de 28 de maio de 2012.Por fim, a Secretaria Nacional do Consumidor também trabalha na promoção de discussões acerca de temas relacionados ao direito do consumidor, como proteção de dados, comércio eletrônico, turismo, entre outros, estimulando o diálogo e a troca de informações. Ministério Público;O Ministério Público também contribui para a Política Nacional das Relações de Consumo, mesmo sem ser, propriamente, um órgão de defesa do consumidor. É do Ministério Público, por exemplo, a responsabilidade de supervisionar a aplicação da lei de forma justa, além de instalar inquéritos, propor ações coletivas e outras maneiras de defender o consumidor. O Ministério Público ainda dispõe da Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor, a MPCon. Fundada em 2001, A MPCon é uma entidade civil sem fins lucrativos que atua na defesa https://seudireito.proteste.org.br/guia-do-direito-do-consumidor/ https://seudireito.proteste.org.br/guia-do-direito-do-consumidor/ https://consumidor.gov.br/pages/principal/?1616965598714 11 do consumidor em todas as regiões do Brasil, tendo caráter científico, técnico e pedagógico. A associação auxilia na divulgação de informações e notícias importantes relacionadas à defesa do consumidor. A MPCon foi criada durante o 1º Encontro Nacional do Ministério Público do Consumidor e do 1º Seminário de Integração DPDC/Ministério Público, e congrega promotores e procuradores de Justiça e da República. Procons Entre os órgãos mais importantes e conhecidos na promoção da garantia dos direitos do consumidor estão os Procons. Cabe a eles a realização de vistorias em estabelecimentos de comércio e prestação de serviço para averiguar o cumprimento ou não das leis e regras que protegem os consumidores. Os Procons têm atuação em nível estadual e municipal. As fiscalizações vão desde a verificação da presença de cópias do Código de Defesa do Consumidor em estabelecimentos para livre consulta pelos consumidores, até a apuração do respeito e cumprimento das regras do CDC naquele local. Ao constatar o não cumprimento das normas estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor, os Procons também podem autuar, multar e interditar os estabelecimentos infratores. Visando fortalecer os Procons municipais e estaduais, foi criada, em 2009, a Associação Brasileira de Procons (PROCONSBRASIL). A associação desenvolve ações para o aperfeiçoamento e consolidação da política de proteção e defesa do consumidor. Os estudos realizados pela PROCONSBRASIL servem à elaboração de propostas que aprimoram a atuação dos Procons por todo o país. 11 - Defensória Pública As defensorias públicas dos estados também fazem parte dos órgãos de defesa do consumidor e são importantes aliadas na defesa dos direitos dos clientes. Essas defensorias atuam, por exemplo, em casos de práticas comerciais abusivas, qualidade do serviço público ou de serviços inadequados de operadoras de telefonia e energia elétrica. As defensorias públicas contam com núcleos específicos para atuarem na defesa do consumidor. Cada uma delas pode ser vista nesta lista. Delegacias de Defesa do Consumidor As Delegacias de Defesa do Consumidor executam a investigação de possíveis casos de infração do direito do consumidor por meio da abordagem policial, averiguando as causas de conflitos e instaurando inquéritos policiais, caso necessário.As delegacias de defesa do consumidor operam https://consumidor.gov.br/pages/principal/orgaos-gestores 12 na esfera estadual e têm ligação, por exemplo, com a Polícia Civil. Como aconselha a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, essas delegacias devem ser acionadas sempre que o consumidor for vítima de empresas em situações como:cobrança vexatória (cobranças em horários impróprios ou com conteúdo vexatório – ofensas, informações falsas, constrangimento, coação e ameaças); disponibilização de informações falsas sobre produtos, induzindo o consumidor a erro na compra; comercialização de produtos impróprios para consumo; venda de combustível adulterado; casos de propaganda enganosa; contrabando; venda de produtos eletrônicos falsificados. Organizações civis de defesa do consumidor Entidades civis também estão entre os órgãos de defesa do consumidor. São iniciativas sem fins lucrativos, formadas por integrantes da sociedade civil para também atuar na defesa do consumidor. Essas organizações atuam em parceria com os outros órgãos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor Principais direitos do consumidor Para ajudar você a entender o que fazer quando um direito do consumidor é desrespeitado, preparamos uma lista de cenários recorrentes em que isso acontece. Confira: Direito ao arrependimento. Não há disposição legal que proteja o consumidor em caso de arrependimento de uma compra feita presencialmente. Estabelecimentos comerciais só são obrigados a receber um produto de volta caso ele esteja danificado ou com defeitos, ou caso a mesma tenha ofertado a devolução por arrependimento. Segundo o art. 49 do CDC, o único caso em que o consumidor tem o direito de desistir de um produto por arrependimento é quando a compra é realizada fora do ambiente comercial. Compras online, por telefone e em domicílio entram nessa regra. Dica: Estorno no cartão de crédito: como funciona? Nesse caso, o consumidor tem até 7 dias contados a partir de sua assinatura ou do recebimento do produto para avisar o fornecedor sobre a desistência. Não é necessário justificar o motivo do arrependimento. https://seudireito.proteste.org.br/troca-de-produtos-direitos-do-consumidor/ https://seudireito.proteste.org.br/estorno-no-cartao-de-credito-como-funciona/ 13 Sobre a devolução do valor da compra, o artigo é claro:Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados. O art. 39, I, do Código de Defesa do Consumidor considera a venda casada uma prática abusiva: Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Leinº8.884,11.6.1994) I – condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; EXERCÍCIOS 1 Quais os principais direto dos consumidores? ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 1- O que é o Código de Defesa do Consumidor? ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 2- Quem é o fornecedor? _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 3- Quem é consumidor? __________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 14 CAPÍTULO 3 O que é a ética profissional? A ética profissional refere-se a princípios que regem o comportamento de um trabalhador e da sua equipe no ambientede trabalho. São “caminhos” de como uma pessoa deve agir em relação a outras pessoas e instituições, incluindo a própria empresa onde trabalha. Todos os integrantes de determinado time vão usar dos mesmos princípios éticos profissionais, mesmo que cada um possua valores próprios. Geralmente, esses princípios são reunidos no chamado “Código de Ética Profissional”. Cada profissão tem o seu próprio Código.Há, no entendo, princípios éticos universais que se aplicam a todas as profissões. Como a honestidade e o respeito. Exemplos de atitudes que demonstram ética profissional.Quando você demonstra atitudes éticas dentro do seu ambiente de trabalho, um contrato de “confiabilidade” é criado entre você e o seu empregador, pois fica nítido o seu profissionalismo.Confira alguns exemplos de atitudes éticas: Responsabilidade para saber gerar seu próprio trabalho e cumprindo os prazos estabelecidos. Muitas vezes, para um trabalho em grupo funcionar bem, é preciso que todos façam a sua parte dentro do prazo; Gerenciamento de tempo para cumprir prazos, marcar compromissos ou reuniões e, ainda, chegar pontualmente no ambiente de trabalho para iniciar o expediente; Disciplina para gerenciar o seu tempo e ter foco para desenvolver as tarefas solicitadas; Confiabilidade para manter em sigilo informações confidenciais da empresa; Honestidade para ser verdadeiro com os colegas e os gerentes, informando sobre eventuais problemas e reconhecendo os erros, quando for necessário; Trabalho em equipe para conviver com os colegas e manter uma comunicação eficiente; Respeito nas relações interpessoais, utilizando o bom senso e nunca apelar para a violência Ética da Empresa com os colaboradores;Da mesma forma que os colaboradores possuem “compromissos éticos” com a empresa que trabalham, as empresas também precisam desenvolver essa relação com os seus 15 colaboradores. É compromisso da empresa: Garantir que as regras e regulamentos sejam iguais para todos, independente do cargo; Comunicar as políticas internas de forma clara e transparente para os colaboradores; Tratar todos os funcionários com respeito e cordialidade; Assegurar o direito de férias e respeitar os momentos de descanso (folgas / finais de semana / feriados); Atribuir responsabilidades conforme o cargo e a experiência do colaborador; Pagar a remuneração e os benefícios em dia; Cumprir os direitos trabalhistas previstos pela Constituição Brasileira e pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O que são os códigos de Ética Profissionais? ” A sociedade sobre o que elas devem esperar e exigir de determinada profissão. Por exemplo, um advogado não pode prejudicar seu cliente, um médico não pode debilitar saúde de um paciente e um jornalista deve Os códigos de ética tem como objetivo fixar a forma pela qual determinada classe deve conduzir o seu exercício profissional, estabelecendo deveres e valores. Em suma são “normas que servem como padrão de conduta “. Além disso, servem para “nortearprezar pelo relato da verdade, sem mentir.Vale ressaltar que um código profissional não é uma lista de verificação do certo ou errado, mas sim um guia para auxiliar na tomada de decisão. Os códigos de conduta profiss oferecem benefícios para: 1. construir uma relação de confiança com a sociedade; 2. proporcionar transparência na relação entre profissional e cliente; 3. entender as práticas de determinada profissão. Exemplos de Códigos de Ética Profissional Para exemplificar, trouxemos três Códigos Profissionais de profissões distintas: Administração, Educação Física e Pedagogia. Confira: Administração. São alguns deveres do administrador, estipulados no Código de Ética Profissional: I - exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, defendendo os direitos, bens e interesse http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm https://ead.pucgoias.edu.br/cursos-graduacao/administracao-ead https://ead.pucgoias.edu.br/cursos-graduacao/pedagogia-ead https://ead.pucgoias.edu.br/cursos-graduacao/pedagogia-ead 16 de clientes, instituições e sociedades sem abdicar de sua dignidade, prerrogativas e independência profissional, atuando como empregado, funcionário público ou profissional liberal; II - manter sigilo sobre tudo o que souber em função de sua ativid profissional; III - conservar independência na orientação técnica de serviços e em órgãos que lhe forem confiados; IV - comunicar ao cliente, sempre com antecedência e por escrito, sobre as circunstâncias de interesse para seus negócios, sugerindo, tanto quanto possível, as melhores soluções e apontando alternativas. Educação Física. Estão entre as responsabilidades e deveres do profissional de educação física, estipulados pelo Código de Ética Profissional: I - promover a Educação Física no sentido de que se constitua em meio efetivo para a conquista de um estilo de vida ativo dos seus beneficiários, através de uma educação efetiva, para promoção da saúde e ocupação saudável do tempo de lazer; II - zelar pelo prestígio da profissão, pela dignidade do Profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições; III - assegurar a seus beneficiários um serviço profissional seguro, competente e atualizado, prestado com o máximo de seu conhecimento, habilidade e experiência; IV - assegurar a seus beneficiários um serviço profissional seguro, competente e atualizado, prestado com o máximo de seu conhecimento, habilidade e experiência; V - elaborar o programa de atividades do beneficiário em função de suas condições gerais de saúde. PEDAGOGIA Conforme o Código de Ética Profissional, o exercício da profissão de Pedagogia, deve ser pautado pelos seguintes princípios: https://www.confef.org.br/confef/resolucoes/381 https://www.confef.org.br/confef/resolucoes/381 http://aunipedag.com.br/arquivos/Revista_Aunipedag_20_10_15.pdf 17 I - No respeito, na dignidade e na integridade do ser humano, objetivando o desenvolvimentoharmônico do Ser e dos seus valores, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando os resultados propostos e a qualidade satisfatória de educação; II - Na defesa da democracia, respeitando as posições filosóficas, políticas, religiosas e culturais, analisando crítica e historicamente a realidade em que atua, buscando a socialização do saber; III - Na promoção do bem estar do indivíduo e da comunidade atuando a favor destes com aplicação de várias áreas do conhecimento humano, selecionando métodos, técnicas e práticas que possibilitem a consecução do ato de educar; IV - Na responsabilidade profissional por meio de um constante desenvolvimento pessoal, científico, técnico e ético; V - Na definição de suas responsabilidades, direitos e deveres de acordo com os princípios estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no Estatuto da Criança, Adolescente e no Estatuto do Idoso na legislação educacional em vigor. CAPÍTULO 4 Imagem Pessoal e institucional; A ética, a reputação e a imagem do profissional, o patrimônio de um profissional é constituído também da perceção que se tem dele, de suas decisões na vida pessoal e de sua conduta na organização com os colegas e na sua relação com o trabalho. Em sua obra, Sá (2010) reforça o valor do código de ética da profissão no sentido de preservar o nome profissional que causa impactos em toda categoria. Ao tratar as condutas antiéticas do ser humano, Sá (2010, p. 153) reforça a importância de se preservar a imagem pessoal e profissional que faz por merecer a confiança da sociedade e das organizações. “O que se faz durante toda uma vida, em poucos dias pode desmoronar, diante dos efeitos malévolos da ação dos caluniadores, traidores, difamadores, chantagistas e intrigantes” diz Sá (2010, p. 153). Energia e inteligência são necessárias para que possamos nos contrapor aos resultados das ações que buscam destruir uma imagem positiva, seja ela pessoal ou profissional. 9.2 Direito de uso de imagem Pessoas que constroem ao longo de suas vidas uma imagem tão positiva que acabam se tornando uma celebridade precisam cuidar para que dela não se faça uso indevido ou sem https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/crianca-e-adolescente/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-versao-2019.pdf https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/crianca-e-adolescente/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-versao-2019.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm 18 autorização. Campanhas de comunicação frequentemente utilizam a imagem de atletas, atores, entre outros para endossar produtos ou serviços de organizações de diferentes segmentos. A imagem de um profissional é um assunto tão sério que a normatização de seu uso é feita pela legislação. A lei 9.610 de 19/02/1998 cuja íntegra está disponível no link http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm, acesso em: 05 fev. 2012, dispõe sobre direitos autorais. Vale aqui ressaltar que também fazem parte desta discussão o direito ao desenvolvimento de um produto, serviço, autoria de textos ou produções culturais, entre outros. O INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial é o órgão que regula os registros de patentes neste campo. Quando patentes são registradas e seus produtos tornados públicos qualquer utilização sem autorização prévia ou fazendo a devida referência é punida pela lei. Da mesma maneira, textos acadêmicos devem fazer referência aos seus autores originais, como fontes de referência. Veja o exemplo deste livro. Inúmeros autores são citados, suas referências estão no texto e ao final desta obra. Assim, quando fazemos trabalhos acadêmicos, devemos seguir as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas que oferecem as diretrizes para as instituições de ensino, como a nossa, e seus alunos. Observe que o Manual de Normas para a Redação de Trabalhos Acadêmicos do IFPR está à sua disposição, em nosso portal. Fica altamente prejudicada a imagem daquele que se apropria de trechos de obras já publicadas, sem fazer a devida referência, conforme orienta a ABNT. Reputação on-line: como cuidar de sua imagem na internet Atenção, você está sendo “googlado”. Qualquer pessoa com conexão à internet pode ter acesso a informações básicas sobre outra em uma simples busca em sites, por exemplo, o Google. Inclusive o atual chefe e um futuro empregador. Monitorar a imagem e ter certos cuidados antes de se expor nas redes sociais e sites não é uma tarefa impossível. “Ninguém enviaria um currículo impresso com uma foto de biquíni anexada para tentar uma nova oportunidade de emprego. A necessidade de etiqueta pessoal e profissional ocorre em qualquer contexto e é apenas mais evidente na internet”, diz Ana Paula Zacharias, sócia-diretora da Hunter Consulting Group. Vamos fazer um teste? 1. Pesquise o seu nome: Observe o que as outras pessoas podem descobrir sobre você e veja se há textos e fotos comprometedores ou indesejáveis a seu respeito. Muita gente com blog pessoal e sites de fotos como Flickr ou Fotolog pode se esquecer de postagens antigas e até com opiniões que já não condizem com a sua, mas que podem comprometer na busca por um emprego. Caso o seu nome seja comum ou não apareça nos primeiros resultados, o escreva entre aspas e veja o que é listado com o nome completo e as variações possíveis dele. O uso de palavras-chave, como o atual empregador ou cidade, acompanhadas do nome também ajudam a potencializar a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm 19 pesquisa. Altere as configurações de privacidade das redes sociais que aparecem nos resultados ou delete o conteúdo indesejado. Se o resultado não puder ser removido, pode ser necessário buscar ajuda especializada. 2. Não adianta se esconder. Quem prefere não ter conta em redes sociais ou se esconder atrás de apelidos corre outro risco: perder oportunidades. “A escolha de não se expor deixa o profissional sem visibilidade diante da busca de um recrutador. Não estar na rede hoje pode ser grave e significar desatualização, principalmente para algumas carreiras”, explica Ana Paula. 3. O que um recrutador pode procurar? Em um processo de seleção, por que o recrutador busca os profissionais na internet antes de decidir se a entrevista de emprego será oferecida? Usar o Google ou procurar informações nas redes sociais fornecem, de antemão, dados sobre o perfil da pessoa, que poderá ser o desejado pela empresa ou não. Opiniões polêmicas, fotos comprometedoras ou falta de credibilidade podem afetar o julgamento do profissional, mas um recrutador espera sempre encontrar pontos favoráveis sobre o candidato. “O selecionador quer ter acesso a informações pessoais do candidato, mas deve entender que um profissional pode se expor na rede diferentemente da forma como conduz a vida profissional”, diz Ana Paula. 4. Qual imagem virtual agrada empregadores? Informações sobre envolvimento em atividades e pessoas relacionadas à função exercida pelo profissional contam a favor. “É importante que o profissional seja verdadeiro e ativo nas redes sociais, mostrando uma imagem que condiz com o histórico profissional”, diz Ana Paula. 5. Como melhorar a reputação on-line? Publique boas informações a seu respeito na internet. quem possui contas de blogs, Twitter, Facebook e LinkedIn, entre os principais, pode usar a atividade online a seu favor. Poste opiniões e textos que condizem com a sua profissão e use uma linguagem adequada. Dê uma checada às vezes nas buscas a seu respeito, inclusive nos fóruns de discussão da web, para não escorregar diante da liberdade de expressão. Fique atento ainda às configurações de privacidade das suas redes sociais. Se for preciso, crie um perfilprofissional no Facebook, por exemplo, e mantenha o seu pessoal com configuração para não aparecer em buscas. “O cuidado sempre tem que existir porque o que você publica pode estar acessível, mas uma exposição condizente com o seu objetivo pode dar bons resultados”, aconselha Ana Paula. Fonte: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/reputacao-online- veja-como-cuidar-da-sua-imagem-na-internet. ATIVIDADE 1- O que é ética profissional ? ______________________________________________________________________ http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/reputacao-online-veja-como-cuidar-da-sua-imagem-na-internet http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/reputacao-online-veja-como-cuidar-da-sua-imagem-na-internet 20 ______________________________________________________________________ 2 - Dê exemplos de atitudes que demonstram ética profissional ? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 3 - Qual é o compromisso da empresa com seus colaboradores? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4 - O que são os códigos de Ética Profissionais? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 5 - Indentifique três Códigos Profissionais de profissões distintas . __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 6 - Faça uma revisão dos perfis que você disponibiliza nas redes sociais. Veja também as fotos que você publicou. Reflita sobre o impacto que esta informação pode ter sobre sua reputação como indivíduo e como profissional. Você acredita que é necessário alterar seu perfil nas redes sociais? Discuta com seus colegas e acompanhe suas reflexões sobre este tema. _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ 21 7 - Código de ética nas organizações, cidadania Ao abordar o tema da conduta ética, é fundamental tratar a questão da relação entre o indivíduo e o Estado, ou seja, a cidadania. Já na Roma Antiga – um período que durou 12 séculos e se iniciou em VIII a.C. com a fundação de Roma - se estabeleceu os direitos e deveres que cada indivíduo tem para com o Estado. 5.1 Evolução do conceito de cidadania Originado na Grécia antiga (1100 a.C. até 146 a.C.) o termo cidadania indica aquele que habita uma cidade (civitas) e dizia respeito à sua atuação efetiva o que significava dizer que nem todos eram cidadãos, mas somente aqueles que usufruíam de privilégios em determinadas classes sociais. O conceito, naquela época excluía mulheres, crianças e escravos e incluía somente os homens totalmente livres, ou seja, aqueles que não precisavam trabalhar para viver. Imagine que o número de cidadãos era bem reduzido. Na Roma antiga, cidadania estava relacionada ao exercício de direitos políticos, civis e religiosos atribuída somente aos patrícios (homens livres, descendentes dos fundadores da cidade); negada aos plebeus (descendentes de estrangeiros) assim como aos escravos (todos aqueles que não saldavam suas dívidas, os traidores e os prisioneiros de guerra). Com a expansão militar romana, o advento da Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) assegurou aos plebeus o acesso ao exercício da cidadania. Com a queda do Império Romano e o início da Idade Média, as relações entre o cidadão e o Estado passaram a ser controladas pela Igreja Católica e com o Feudalismo, a vassalagem estabeleceu uma relação intensa de dependência do camponês. O homem medieval nunca foi cidadão. De alguma maneira, foram “suspensos” os princípios de cidadania. A Revolução Francesa, que iniciou em Paris em 14 de julho de 1789, com a Queda da Bastilha, alterou o quadro político daquele país e foi um marco na instauração de um Estado democrático voltado para os interesses de todos os cidadãos e um exemplo seguido por outros países. Com o início da Idade Moderna foram introduzidos os princípios de liberdade e igualdade na busca pela justiça e contra os privilégios.“essa será a Constituição cidadã, porque recuperará como cidadãos milhões de brasileiros, vítimas da pior das discriminações: a miséria”. “Cidadão é o usuário de bens e serviços do desenvolvimento. Isso hoje não acontece com milhões de brasileiros, segregados nos guetos da perseguição social”. 22 O conceito de cidadania no Estado Democrático de Direito, conforme explica Luiz Flávio Borges d’Urso está relacionado a “um status jurídico e político mediante o qual o cidadão adquire direitos civis, políticos e sociais; e deveres (pagar impostos, votar, cumprir as leis) relativos a uma coletividade política, além da possibilidade de participar na vida coletiva do Estado. Esta possibilidade surge do princípio democrático da soberania popular.” Disponível em: Acesso em: 04 dez. 2011. Assim, participar ativamente da condução da gestão pública faz parte do exercício pleno da cidadania importando não somente em apontar as melhorias a serem realizadas, mas também em atuar na direção de sua realização. A inclusão política se faz por meio do exercício pleno da cidadania o que é reforçado pela colocação de Dalmo de Abreu Dallari (1998, p. 14), “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”. Observe que as palavras de Dallari (1998) indicam que “participar ativamente da vida e do governo” é um direito do povo. Você tem exercido este direito, em seu município? No Brasil, a Constituição de 1988 foi um marco na conquista do povo pelo seu direito a participar da tomada de decisões no país. No dia 27 de julho de 88, em que foi promulgada a nova Constituição, Ulysses Guimarães disse: 23 Outro exemplo é o recolhimento correto dos impostos que deve ser feito por todos os cidadãos da mesma maneira que devem contribuir para a manutenção da segurança e do patrimônio público. Considerando estes exemplos, você diria que temos exercido a cidadania de maneira plena? Vale também ressaltar que a cidadania empresarial é também uma maneira de as organizações cumprirem com seus deveres ao mesmo tempo em que usufruem de seus direitos na relação com os públicos que de alguma maneira são impactados por suas atividades. A cidadania empresarial está presente quando uma organização oferece aos seus funcionários mais do que prevê a lei, como no casode berçário, creche, assistência médica extensiva a familiares, integração de pessoas com deficiência ao ambiente de trabalho e promoção de seu relacionamento saudável com os colegas, etc. Este é um termo que tem sido cada vez mais utilizado no Brasil desde que o Instituto Ethos de Responsabilidade Social iniciou suas atividades, em 1998, estimulando o investimento em projetos sociais e ambientais pela iniciativa privada. REFERÊNCIA https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-moral.htm etica_rel_interp.pdf Dimenstein, Gilberto. O cidadão de papel, A infância, adolescência e os Direitos Humanos no Brasil. 20º Edição. Editora Ática, São Paulo, 1994. 184 p. https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-moral.htm 24 http://tpd2000.vilabol.uol.com.br/etica1.html http://www.almg.gov.br/bancoconhecimento/tematico/EtiCid.pdf http://recantodasletras.uol.com.br/textosjuridicos/504357 http://www.advogado.adv.br/estudantesdireito/fadipa/marcossilviodesantana/cidad ania.htm http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/herkenhoff/livro2/huniversal.html https://ead.pucgoias.edu.br/blog/etica-profissional-importancia http://tpd2000.vilabol.uol.com.br/etica1.html http://www.almg.gov.br/bancoconhecimento/tematico/EtiCid.pdf http://recantodasletras.uol.com.br/textosjuridicos/504357 http://www.advogado.adv.br/estudantesdireito/fadipa/marcossilviodesantana/cidad http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/herkenhoff/livro2/huniversal.html Conceito do Código de Defesa do Consumidor; Quem é o consumidor? O CDC, em seu artigo 2º, considera o consumidor o destinatário final da relação de consumo.É qualquer um que realize a compra de um produto ou serviço, sejam estes duráveis ou não-duráveis. Os bens de consumo duráveis são aqueles ... Dia Mundial de Defesa do Consumidor; O que é o Código de Defesa do Consumidor? Ministério Público;O Ministério Público também contribui para a Política Nacional das Relações de Consumo, mesmo sem ser, propriamente, um órgão de defesa do consumidor. É do Ministério Público, por exemplo, a responsabilidade de supervisionar a aplic... Procons Delegacias de Defesa do Consumidor As Delegacias de Defesa do Consumidor executam a investigação de possíveis casos de infração do direito do consumidor por meio da abordagem policial, averiguando as causas de conflitos e instaurando inquéritos policiais, caso necessário.As delegacias ... Principais direitos do consumidor Direito ao arrependimento. Não há disposição legal que proteja o consumidor em caso de arrependimento de uma compra feita presencialmente. Estabelecimentos comerciais só são obrigados a receber um produto de volta caso ele esteja dan... O que é a ética profissional? Ética da Empresa com os colaboradores;Da mesma forma que os colaboradores possuem “compromissos éticos” com a empresa que trabalham, as empresas também precisam desenvolver essa relação com os seus colabora... É compromisso da empresa: O que são os códigos de Ética Profissionais? Imagem Pessoal e institucional; 7 - Código de ética nas organizações, cidadania
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