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Política e legislação pertinentes a impactos e riscos ambientais

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Prévia do material em texto

Política e
legislação
pertinentes a
impactos e
riscos ambientais
Prof.ª Vânia Valéria Ferreira, Prof.ª Alessandra da Silva Cardoso
Descrição
A importância da proteção do meio ambiente por meio do licenciamento
ambiental, obrigatório em todo o território nacional.
Propósito
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), reguladora de diversos
empreendimentos e atividades, tem como finalidade prover a
manutenção do equilíbrio ecológico. O conhecimento dessa política
possibilita aos engenheiros a compreensão para proteção ao meio
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possibilita aos engenheiros a compreensão para proteção ao meio
ambiente a partir do licenciamento ambiental e dos órgãos públicos
para que suas práticas sejam compatíveis com o arcabouço legal e com
o desenvolvimento sustentável.
Objetivos
Módulo 1
Política Nacional do Meio
Ambiente (PNMA)
Reconhecer a Política Nacional do Meio Ambiente.
Módulo 2
Sistema Nacional do Meio
Ambiente
Reconhecer o Sistema Nacional do Meio Ambiente.
Módulo 3
Licenciamento ambiental
Reconhecer o licenciamento ambiental.
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Reconhecer o licenciamento ambiental.
Módulo 4
Particularidades do licenciamento
ambiental
Identificar as particularidades do licenciamento ambiental e suas
etapas.
Introdução
Antes de começarmos, assista ao vídeo e confira os principais
pontos abordados neste conteúdo.

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1 - Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a Política Nacional
do Meio Ambiente.
Vamos começar!
PNMA como instrumento de
proteção ao meio ambiente
Veja a seguir os principais pontos que serão abordados sobre o assunto.

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Desenvolvimento sustentável
A preocupação com o meio ambiente é muito recente em relação ao
tempo de utilização dos recursos naturais pelo homem. O interesse pela
manutenção desses recursos se deu sobretudo após a Conferência da
Organização das Nações Unidas (ONU), em Estocolmo, em 1972,
quando se originou o conceito de desenvolvimento sustentável/
sustentabilidade.
A partir do estudo realizado pelo sociólogo britânico John Elkington, em
1994, o conceito de desenvolvimento sustentável ficou conhecido
mundialmente como triple bottom line (People, Planet e Profit – 3Ps ou,
em português, Pessoas, Planeta e Lucro – PPL).
Mesmo com todas as discussões em relação à proteção ambiental, foi
necessário utilizar mecanismos de proteção ao meio ambiente como
leis e normas internacionais, na tentativa de equilibrar a relação do
homem com o meio ambiente para um desenvolvimento sustentável.
Sustentabilidade
Derivada do latim sustentare, sustentabilidade significa sustentar,
apoiar, conservar e cuidar. É um conceito relativamente novo que tem
como premissa assegurar a preservação da biodiversidade do planeta a
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como premissa assegurar a preservação da biodiversidade do planeta a
partir da manutenção de sistemas naturais de sustentação da vida.
A sustentabilidade é alcançada por meio do desenvolvimento
sustentável que, conforme menciona o relatório Nosso futuro comum,
“satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade
das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” (BRUTLAN,
1991, p. 19).
Pode-se definir desenvolvimento sustentável como um dispositivo cujo
propósito é atender as nossas necessidades atuais sem comprometer
as necessidades das próximas gerações. Isso envolve não somente os
recursos naturais, mas também fatores econômicos, sociais e culturais.
Acompanhe, a seguir, os três pilares do desenvolvimento sustentável:

Trata da lucratividade e da forma que uma
organização gerencia seus gastos. Seu propósito é
empreendimentos viáveis, atraentes para os
investidores, com uma gestão que leva em conta a
produção, a distribuição e o consumo de bens e
serviços.

Trata das ações das organizações em prol do meio
ambiente. Tem como foco analisar a interação de
seus processos com o meio ambiente e eliminar ou
mitigar os impactos ambientais causados por tais
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Assim, sustentabilidade implica uma necessária inter-relação entre
justiça social, qualidade de vida e equilíbrio ambiental. Todavia, o tripé
só funciona se os três pilares estiverem equilibrados.
Recentemente, um novo pilar foi incorporado aos bottom lines: o pilar
cultural. No entanto, ainda não foi integralmente incorporado pelas
organizações como forma de análise para a sustentabilidade.
mitigar os impactos ambientais causados por tais
organizações.

Trata da responsabilidade que as organizações
devem ter com as pessoas ligadas direta ou
indiretamente a elas – é o que chamamos de
responsabilidade social. Este pilar refere-se a ações
justas para trabalhadores, parceiros e sociedade,
promovendo boas condições de trabalho e o bem-
estar social dentro e fora da empresa.
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Legislação ambiental
De forma geral, por muito tempo, a poluição e a degradação ambiental
foram sinônimos de progresso em toda parte do mundo – um cenário
que durou até significativos problemas como desastres naturais,
impactos e degradação da biodiversidade, poluição atmosférica, entre
outros se tornarem evidentes.
Após eventos de magnitude devastadora para a humanidade e o meio
ambiente, o mundo despertou para a importância da proteção ambiental
– agora não somente com reuniões e encontros, mas também por
meios legais, com a elaboração e o estabelecimento de leis e
resoluções.
No Brasil, atualmente, há um farto arcabouço legal para proteção e
gestão de recursos ambientais, começando pela nossa lei máxima – a
CF/1988, que traça parâmetros e define princípios e diretrizes também
para o meio ambiente.
Todo o seu capítulo VI do art. 225 é voltado para a
temática meio ambiente, no qual estabelece que
“todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações”.
Ao tomar conhecimento sobre o artigo, pode-se observar que, por força
de lei, todos, desta ou das próximas gerações, devem usufruir de um
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de lei, todos, desta ou das próximas gerações, devem usufruir de um
meio ambiente equilibrado, ou seja, com qualidade ambiental.
Ainda fazendo a leitura do artigo, observa-se que, ao estabelecer que “é
essencial à sadia qualidade de vida”, a lei defende que o meio ambiente
se tornou indissociável de uma vida saudável, vinculando assim um
ambiente de qualidade a uma condição imprescindível para acesso à
saúde.
Para garantir a efetividade desse direito, de acordo com o art. 225, § 1º,
da CF/1988, cabe ao poder público “preservar e restaurar os processos
ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas”.
Issosignifica que todos devem atuar na preservação, que, de maneira
ampla, tem como significado a manutenção de um bem e a restauração
desse meio, cujo significado é o ato de recuperar o meio ambiente, o
mais próximo possível de suas características originais. Para tal, a CF/
1988 determina que o poder público deve desenvolver práticas de
conservação ambiental.
Ao poder público também ficou a incumbência de “preservar a
diversidade e a integridade do patrimônio genético do país e fiscalizar
as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético”. Vale destacar que o território brasileiro tem a maior
biodiversidade do planeta.
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No inciso terceiro, a CF/1988 prevê que devem ser indicados, “em todas
as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a
serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção”.
Pode-se perceber que somente por força de lei poderá ser determinada
a possibilidade de alteração ou supressão dos recursos ambientais
existentes em unidades de conservação.
O inciso IV do referido artigo descreve a obrigatoriedade de um estudo
prévio de impacto ambiental, usualmente conhecido como EIA, em
empreendimentos públicos ou privados: “exigir, na forma da lei, para
instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade”. Esse estudo deve ser realizado
para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação ambiental. Nesse caso, cabe destacar duas
resoluções importantes, como veremos a seguir:
Estabelece definições como a de impacto ambiental; as
responsabilidades, aprovação de órgãos competentes; tipos de
atividades modificadoras do meio ambiente que devem realizar o
licenciamento; critérios básicos; e diretrizes gerais para uso e
implementação da avaliação de impacto ambiental (AIA).
Organiza procedimentos e critérios utilizados no licenciamento
ambiental. Assim, a resolução determina tipos de licenças, órgãos
competentes, etapas de licenciamento, prazos das licenças e, ainda,
atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental.
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Já o inciso V orienta a prevenção a partir do controle, estabelecendo
que se deve “controlar a produção, a comercialização e o emprego de
técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a
qualidade de vida e o meio ambiente”. Assim, se há hipótese de risco, é
necessário desenvolver ferramentas de controle para eliminar e/ou
mitigar ao máximo as consequências negativas. Cabe também ao poder
público estabelecer limites para emissões.
O inciso VI, regulamentado pela Política Nacional de Educação
Ambiental (PNEA), Lei no 9.795/1999, aborda a importância da
conscientização dos indivíduos sobre os problemas ambientais e a
promoção da “educação ambiental em todos os níveis de ensino”, além
da “conscientização pública para a preservação do meio ambiente”,
com o objetivo de ajudar a combater os problemas ambientais.
O inciso VII, por fim, constitucionalizou a “proteção da fauna e da flora”,
a fim de combater práticas que coloquem em risco a função ecológica,
provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à
crueldade, na forma da lei, prevendo também as respectivas
penalidades.
Também se destacam nesse artigo parágrafos específicos sobre:
• A obrigação da recuperação do meio ambiente degradado de
acordo com a solução exigida pelo órgão público competente.
• A obrigação de reparar os danos causados por pessoas físicas
ou jurídicas.
• A utilização, na forma de lei, de ecossistemas denominados
como patrimônio nacional.
• A proteção dos ecossistemas naturais em terras devolutas ou
arrecadadas pelos Estados.
• A localização de usinas que operam com reatores nucleares.
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• A localização de usinas que operam com reatores nucleares.
Entendendo a Política
Nacional do Meio Ambiente
Médica, técnica, política e ativista internacional, a ministra da Noruega,
Gro Harlem Brundtland, nos anos de 1980, apresentou ao mundo o
relatório Nosso futuro comum, originário da Comissão Mundial sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento, formada pela Organização das
Nações Unidas (ONU). É nesse momento que a ONU introduz e solicita
novos métodos e ferramentas para financiamento de projetos que visem
à conservação e preservação do meio ambiente.
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Gro Harlem Brundtland.
Em razão dessas exigências internacionais de avalição dos impactos
ambientais, alguns projetos financiados pelo Banco Internacional para
Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e pelo Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) foram submetidos a estudos ambientais, como o
da usina hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, inaugurada em 1982, com
4.214 km2 de área alagada.
Os estudos da hidrelétrica foram realizados segundo as normas
internacionais, já que o Brasil ainda não dispunha de normas ambientais
próprias. Foi a partir deste contexto que surgiu a Política Nacional de
Meio Ambiente (PNMA).
Lei no 6.938/1981
A partir da consciência de que o Brasil, rico em diversidade, não poderia
se submeter indefinidamente a leis e normas especificamente
internacionais na realização da avaliação de impactos ambientais
gerados no país, passou-se a buscar uma lei própria para tanto.
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A Lei no 6.938/1981, antes até da CF/1988, já abordava sobre a
necessidade de conservação, preservação e recuperação da qualidade
ambiental.
A Lei no 6.938 dispõe sobre a PNMA, publicada em 31 de agosto de
1981, e preconiza conceitos, princípios, objetivos, diretrizes,
instrumentos, penalidades e mecanismos de formulação e aplicação, e
dá outras providências para preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental.
A referida lei constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama),
integrado por um órgão colegiado do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), e institui o Cadastro Técnico Federal de Atividades
e Instrumentos de Defesa Ambiental (CTF/AIDA). Além disso, foi
reconhecida nessa lei a legitimidade do Ministério Público da União
(MPU) para propor ações de responsabilidade civil e criminal por danos
causados ao meio ambiente.
A lei tem como objetivos a preservação, a melhoria e a recuperação da
qualidade ambiental, tornando favorável a vida, além de possibilitar à
geração atual condições propícias para seu desenvolvimento social e
econômico, sem degradar o meio ambiente para as futuras gerações.
Por fim, legisla sobre os princípios que devem ser seguidos para se
atingir os objetivos da PNMA.
Princípios da PNMA
Acompanhe, na sequência, os princípios que norteiam a Política
Nacional do Meio Ambiente na busca dos seus objetivos.
Manutenção do equilíbrio ecológico 
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O meio ambiente é um patrimônio público, bem de todos e para
todos e, por isso, o poder público deve criar formas de mantê-lo
ecologicamente equilibrado.
A Carta Magna deixaclara a possibilidade de uso dos recursos
solo, subsolo, água e ar, desde que sejam mantidos com
equilíbrio ecológico e de maneira sustentável.
Processos administrativos essenciais para alcançar o
desenvolvimento sustentável.
A legislação ratifica a importância da proteção aos ecossistemas
e biomas com necessidade de se criar unidades de conservação.
O poder público é responsável por estabelecer limites para as
atividades produtivas poluidoras.
Racionalização na utilização dos recursos da biosfera 
Planejamento e fiscalização do uso dos recursos
ambientais 
Proteção dos ecossistemas 
Controle e zoneamento das atividades poluidoras 
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atividades produtivas poluidoras.
A legislação, aqui, aborda o desenvolvimento de ferramentas
para preservação, conservação, recuperação e restauração
ambientais a partir de estudos e pesquisas.
O legislador enfatiza o monitoramento para a qualidade do
ambiente.
A legislação aborda a importância da recuperação das áreas que
já se encontram degradadas.
O legislador chama atenção para as áreas já ameaçadas de
degradação.
Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias 
Acompanhamento do estado da qualidade ambiental 
Recuperação de áreas degradadas 
Proteção de áreas ameaçadas de degradação 
Educação ambiental 
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Conforme o inciso VI, § 1o, do art. 225 da CF/1988, a educação é
a única ferramenta capaz de alterar a cultura e os costumes de
um povo.
Objetivos da PNMA
O art. 4o da Lei no 6.938/1981, uma das mais importantes na proteção
ao meio ambiente, tem como objetivo regulamentar as várias atividades
que envolvam o meio ambiente, visando à “preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, a fim de assegurar,
no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses
da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana”.
E, para tal, a legislação trata do estabelecimento de padrões que tornem
viável o desenvolvimento sustentável através de mecanismos e
instrumentos capazes de conferir ao meio ambiente uma maior
proteção. Dessa forma, a Lei no 6.938/1981 apresenta os objetivos
descritos a seguir.
• Compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio
ecológico – Novamente se legisla sobre a aplicação do conceito
de desenvolvimento sustentável.
• Definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à
preservação ambiental – Neste inciso quis o legislador
estabelecer que a federação pode criar áreas prioritárias para
receber investimentos com o intuito de salvaguardar o meio
ambiente nacional.
Legisla sobre critérios e padrões de qualidade ambiental e de
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• Legisla sobre critérios e padrões de qualidade ambiental e de
normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais –
Mais uma vez, o princípio do limite é utilizado e, por isso, entes
federativos devem juntar-se com a finalidade de estabelecer
padrões e critérios para o manejo de recursos ambientais.
• Desenvolvimento de tecnologias para o uso racional de
recursos ambientais – O inciso aborda o investimento em
pesquisas para o desenvolvimento de práticas que previnam ou
minimizem os problemas ambientais, conhecidas como
tecnologias limpas.
• Divulgação das tecnologias de manejo, dos dados e
informações ambientais – Este inciso compreende que para a
proteção do meio ambiente é preciso gerar dados e divulgá-los
para construção da conscientização.
• Preservação e restauração dos recursos ambientais através da
utilização racional desses recursos – Novamente, o legislador
enfatiza a utilização racional dos recursos conforme estabelece
a Carta Magna.
• Imposição ao poluidor e ao predador da obrigação de recuperar
e/ou indenizar os danos causados e ao usuário da contribuição
pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos –
Finalizando os objetivos da PNMA, o legislador imputa ao
poluidor e predador a responsabilidade de arcar com os custos
resultantes da poluição por parte de quem polui.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
O desenvolvimento tecnológico e o crescimento demográfico
proporcionaram espaços urbanos fragmentados, caracterizados por
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proporcionaram espaços urbanos fragmentados, caracterizados por
graves problemas ambientais, desigualdade social, consumo e
produções irresponsáveis, entre outros.
Avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Portanto,
II. A CF/1988 impõe ao poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Parabéns! A alternativa A está correta.
A
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a
II é uma justificativa correta da I.
B
As asserções I e II são proposições verdadeiras,
mas a II não é uma justificativa correta da I.
C
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é
uma proposição falsa.
D
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma
proposição verdadeira.
E As asserções I e II são proposições falsas.
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Por força de lei, como estabelecido na CF/1988, todos os brasileiros
têm direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo
um bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
A Lei no 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, prevê o uso racional e a proteção dos recursos
ambientais. Essa lei legisla sobre o desenvolvimento de
ferramentas para
A
preservação, conservação, recuperação e
restauração ambientais através de ações civis
individuais.
B
preservação, conservação, recuperação e
restauração ambientais através de incentivos ao
estudo e pesquisa de tecnologias.
C
preservação, conservação e recuperação, não
legislando sobre restauração ambiental.
D
preservação, conservação, recuperação e
restauração ambientais através de financiamentos a
outros países.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Com o objetivo de gerar benefícios para toda a sociedade e garantir
a sobrevivência das futuras gerações, a Lei no 6.938/1981 legisla
sobre a importância de se criar incentivos ao estudo e à pesquisa
de tecnologias para o uso racional e a proteção dos recursos
ambientais do planeta.
outros países.
E
restauração ambiental, não legislando sobre
ferramentas para preservação, conservação e
recuperação.
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2 - Sistema Nacional do Meio Ambiente
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer o Sistema Nacional
do Meio Ambiente.
Vamos começar!
O Sisnama como
instrumento de proteçãoao
meio ambiente
Veja a seguir os principais pontos que serão abordados sobre o assunto.
Estrutura do Sisnama
Para organizar e fiscalizar os princípios constitucionais previstos pela
Lei no 6.938/1981 - Política Nacional de Meio Ambiente e das normas

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instituídas em solo brasileiro, foi necessário unificar os órgãos
associados à proteção dos recursos naturais, através de um sistema,
que ficou conhecido como de Sistema Nacional do Meio Ambiente
(Sisnama).
O Sisnama, como normalmente é conhecido, é o conjunto de órgãos
públicos (da União, de estados, de municípios, do Distrito Federal e de
territórios, assim como, órgãos não-governamentais) instituídos pelo
poder público responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade
ambiental.
Com base no artigo 6º da Lei no 6.938, o Sisnama é estruturado da
seguinte forma:
Estrutura Sisnama.
O artigo 6º da Lei no 6.938/1981 traz os órgãos e as entidades
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O artigo 6º da Lei n 6.938/1981 traz os órgãos e as entidades
responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, que
constituem o Sisnama. Conheça o que diz a lei sobre cada um desses
órgãos e compreenda as suas funções:
Órgão superior
O inciso I diz “o Conselho de Governo, com a função de
assessorar o Presidente da República na formulação da
política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio
ambiente e os recursos ambientais”.
É o órgão de assessoramento direto da Presidência da
República que tem como propósito o pronunciamento de
questões apresentadas pelo Governo Federal com o intuito de
cumprir os princípios da Lei No 6.938/81 de proteção ambiental
e da criação de políticas públicas com relação ao meio
ambiente para o desenvolvimento sustentável do País.
Órgão consultivo e deliberativo
O inciso II diz “o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao
Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais
para o meio ambiente e os recursos naturais”.
O Conama é um colegiado representativo pelos setores órgãos
federais, estaduais e municipais, setor empresarial e sociedade
civil e tem como finalidade propor diretrizes de políticas
governamentais para proteção do meio ambiente e os recursos
naturais e estabelecer normas e padrões ambientais. O
Conselho é presidido pelo ministro do meio ambiente e sua
secretaria executiva é exercida pelo secretário-executivo do
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secretaria executiva é exercida pelo secretário-executivo do
MMA (Ministério de Meio Ambiente).
Órgão central
O inciso III diz “a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência
da República, com a finalidade de planejar, coordenar,
supervisionar e controlar, como órgão federal, a política
nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio
ambiente”.
Neste inciso o legislador descreve que cabe ao órgão central
fazer a função de secretária executiva, apoiando o
planejamento, a coordenação, a supervisão e o controle das
medidas de proteção ao meio ambiente, dentro do âmbito
federal, através do Ministério de Meio Ambiente – MMA.
Importante frisar que o MMA não é hierarquicamente superior
a nenhum outro de órgão de natureza estadual ou municipal,
sua atuação fica vinculada a sua qualidade de órgão federal,
imprescindível como todos os demais para a consecução dos
objetivos previstos na Lei.
Órgãos executores
O inciso IV diz “o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - Ibama e o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade - com a finalidade
de executar e fazer executar a política e as diretrizes
governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com
as respectivas competências”.
Mesmo criando um inciso para estabelecer órgãos executores
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Mesmo criando um inciso para estabelecer órgãos executores
a Lei de 1981 não determinou um órgão com a função
exclusiva para executar os procedimentos de proteção ao meio
ambiente. Diante desse impasse, em abril de 1990, através da
Lei nº 8.028, o Ibama foi designado como órgão executor da
Política Nacional de Meio Ambiente.
Órgãos seccionais
O inciso V diz “os órgãos ou entidades estaduais responsáveis
pela execução de programas, projetos e pelo controle e
fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação
ambiental”.
Neste inciso o legislador descreve sobre a atuação restrita de
cada estado dentro do território nacional. Por órgãos
seccionais entendem-se entidades estaduais responsáveis pela
execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização
de atividades potencialmente poluidoras capazes de provocar a
degradação ambiental.
Órgãos locais
O inciso VI diz “os órgãos ou entidades municipais,
responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades,
nas suas respectivas jurisdições”.
Para finalizar o artigo, o legislador entende sobre a
necessidade de se ter órgãos que cuidem do controle e da
fiscalização das atividades produtivas, desde o seu início.
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Os estados e municípios podem complementar as normas gerais
estabelecidas pelo órgão federal. Porém, nunca deverão contrariá-las,
uma vez que serão consideradas inconstitucionais.
Cabe ressaltar que há necessidade dos órgãos do Sisnama de dar
publicidade a atos, a contratos, dentre outros, para pessoa
legitimamente interessada. É dentro dessa realidade que pessoas
físicas e jurídicas buscam dados dos órgãos públicos para estudos e
futura elaboração de pesquisas e métodos para proteção ao meio
ambiente.
Papel dos órgãos Conama,
MMA e Ibama dentro da lei
Conselho Nacional do Meio
Ambiente - Conama
Desde sua instituição, em 1981, o Conama representou um grande
avanço e mudanças na forma sustentável de utilização e apropriação
dos recursos naturais. Criado em um ambiente cultural e político, este
conselho reúne segmentos representativos dos poderes públicos em
diferentes níveis e da sociedade civil para o exercício de funções
deliberativas e consultivas sobre a política ambiental.
Um marco da política ambiental brasileira foi a Resolução Conama nº 1,
de 23 de janeiro de 1986, que instituiu a obrigatoriedade de Estudos de
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de 23 de janeiro de 1986, que instituiu a obrigatoriedade de Estudos de
Impacto Ambiental (EIA) e apresentação do respectivo Relatório de
Impacto Ambiental (Rima), para o licenciamento de atividades
modificadoras do meio ambiente.
O Conama é presidido pelo Ministro do Meio Ambiente e sua Secretaria
Executiva é exercida pelo Secretário Executivo do Ministério do Meio
Ambiente – MMA. Este Conselho é composto pelo Plenário, Comitê de
Integração de Políticas Ambientais – CIPA, Grupo de Assessores,
Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho.
A responsabilidade do Conama é a regulamentação de lei para melhor
proteger o meio ambiente e os recursos naturais dos solos brasileiros.
Devido à efetividade da federação brasileira cada um dos estados
também pode, por meio de seus órgãos legislativos, elaborar leis
estaduais tão rígidas quanto as leis federais.
Sucintamente, o papel do Conama é assessorar o governo e deliberar
sobre normas epadrões federais compatíveis com o meio ambiente,
que deverão ser observados pelos Estados e Municípios e que tem as
seguintes competências:
• Estabelecer normas e critérios para o licenciamento de
atividades potencialmente poluidoras a ser concedido pelos
estados com propostas e supervisionamento do Ibama.
• Solicitar, quando necessário, a realização de estudos das
alternativas e das possíveis consequências ambientais de
projetos, requisitando aos órgãos das esferas federais,
estaduais e municipais, e das entidades privadas, as
informações indispensáveis para apreciação dos estudos e do
relatório de impactos ambientais para obras ou atividades que
possam causar degradação ambiental. Neste inciso, fica nítido
que o legislador dá ao Conama poderes para atuar como órgão
vigilante de qualquer processo de licenciamento ambiental no
território brasileiro.
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território brasileiro.
• Determinar a perda ou restrição de benefícios fiscais
concedidos pelo Poder Público e a perda ou suspensão da
participação em linhas de financiamento. Contudo, os
conselheiros do Conama apenas ratificam o que os funcionários
do Ibama, os agentes de fiscalização, entenderem como melhor
punição para o infrator ambiental. O Órgão não tem
competência para determinar sanções isoladamente.
• Estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de
controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e
embarcações. Mas, os conselheiros do Conama não podem
tomar nenhuma providência sozinhos. Precisam de audiência e
anuência dos Ministérios competentes.
• Estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à
manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso
racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos,
conforme o artigo nº 8 da Lei no 6.938/81.
Você deve estar se perguntando: “estados e municípios poderão
estabelecer limites locais?”
Sim, desde que não contrariem a normatização geral. Cabe ressaltar que
em 1997 através da Lei no 9.433, foi criado o Conselho Nacional de
Recursos Hídricos, para tratar apenas do recurso natural água.
Ministério do Meio Ambiente
(MMA)
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Criado em novembro de 1992, o Ministério do Meio Ambiente tem como
missão formular e implementar políticas públicas ambientais nacionais
de forma articulada e pactuada com os atores públicos e a sociedade
para o desenvolvimento sustentável.
O Decreto nº 10.455 de 2020, estabelece que o MMA tem como área de
competência os seguintes assuntos:
I. Política nacional do meio ambiente;
II. Política de preservação, conservação e utilização sustentável
de ecossistemas, biodiversidade e florestas;
III. Estratégias, mecanismos e instrumentos econômicos e sociais
para a melhoria da qualidade ambiental e o uso sustentável
dos recursos naturais;
IV. Políticas para a integração do meio ambiente e a produção;
V. Políticas e programas ambientais para a Amazônia;
VI. Estratégias e instrumentos internacionais de promoção das
políticas ambientais;
VII. Zoneamento ecológico econômico.
Ibama
Com o papel de gerenciar de forma integrada as regiões do país e com a
função de executar a política nacional do meio ambiente, o Ibama foi
criado no ano de 1989, através da Lei no 7.735.
O Ibama é a fusão de quatro entidades brasileiras que atuavam na área
ambiental, são elas: Secretaria do Meio Ambiente (SEMA),
Superintendência da Borracha (SUDHEVEA), Superintendência da Pesca
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Superintendência da Borracha (SUDHEVEA), Superintendência da Pesca
(SUDEPE) e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) que
operavam de forma individual, sendo um marco histórico no cenário
nacional de proteção ambiental.
O Instituto nasce da necessidade de proteção e da manutenção de
áreas extremamente importantes para manutenção do planeta, áreas
essas com significativas riquezas naturais tanto na fauna quanto na
flora.
De acordo com a Lei no 11.516, de 28 de agosto de 2007, o Ibama tem
como principais competências:
Atuar em território nacional
exercendo o poder de polícia
ambiental.
Executar ações de meio
ambiente que fazem parte das
políticas nacionais referentes às
atribuições federais.
Realizar ações relativas ao
licenciamento ambiental nas
atribuições federais.
Realizar ações de controle da
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O Ibama é apenas parte de um processo e atua também no(a):
• Criação e edição de normas e padrões de qualidade ambiental.
• Zoneamento e a avaliação de impactos ambientais.
• Implementação do Cadastro Técnico Federal.
• Fiscalização e a aplicação de penalidades administrativas.
• Execução de programas de educação ambiental, bem como
produção e propagação de informações sobre o meio ambiente.
• Monitoramento ambiental.
• Apoio às emergências ambientais.
Realizar ações de controle da
qualidade ambiental.
Fiscalizar e autorizar a utilização
de recursos naturais, assim
como, a fiscalização, o
monitoramento e o controle
ambiental.
Executar as ações
complementares de
competência da União, em
conformidade com a legislação
ambiental vigente.
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• Apoio às emergências ambientais.
• Elaboração do sistema de informação.
• Estabelecimento de critérios para a gestão do uso dos recursos
naturais.
Entretanto, mesmo sendo apenas parte do processo o Ibama é
considerado parte fundamental na articulação e desenvolvimento de
ações para proteção ambiental que tem como mentor o Ministério do
Meio Ambiente, e ainda, os estados e municípios atuando com seus
órgãos de política e de gestão.
Com o avanço dos instrumentos de proteção ambiental, foi preciso
realinhar as tarefas e atividades de alguns órgãos, foi assim que em
2007, por meio da Lei no 11.516/2007, foi criado o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) deslocando
algumas competências do Ibama.
Este novo Instituto foi designado para ser responsável
exclusivamente pela administração das unidades de
conservação federais, além de fomentar e executar
programas de pesquisa e educação ambiental,
proteção e conservação da biodiversidade em todo o
país.
Assim como o Ibama, o ICMBio é uma autarquia federal ligadas ao MMA
que também tem a função de executar as políticas de uso sustentável
dos recursos naturais.
Entre as responsabilidades do ICMBio estão: a apresentação e edição
de normas e padrões de gestão; a proposta de regularização fundiária e
gestão de unidades de conservação; e apoio à implementação do
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
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Acompanhe, na sequência, o resumo acerca das reponsabilidades dos
Institutos:
Cabem ações para combate ao desmatamento, controle ambiental e o
licenciamento ambiental.
Cabe cuidar das unidades de conservação e das espécies ameaçadas
no Brasil.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
A Amazônia, o bioma mais extenso e famoso do mundo, cobre boa
parte do noroeste brasileiro e abriga uma variedadede seres vivos.
A floresta há tempos vem sofrendo com ações antrópicas
desmedidas, o que afeta todo o ecossistema e seus ciclos. Uma
dessas ações é o desmatamento, que favorece o empobrecimento
do solo, os processos erosivos e outros impactos. Diante dessa
afirmação, programas ambientais para a Amazônia são
competência do(a):
A Superintendência da Pesca
B Superintendência da Borracha
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Parabéns! A alternativa E está correta.
Conforme o Decreto no 10.455/2020, a competência para
desenvolver políticas e programas ambientais para a Amazônia é
do Ministério do Meio Ambiente. A Secretaria do Meio Ambiente, a
Superintendência da Borracha, a Superintendência da Pesca e o
Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal não atuam
isoladamente. Esses órgãos se fundiram para formar o que hoje é o
Ibama, que exerce o papel de polícia administrativa ambiental.
Com a finalidade de assessorar e propor ao conselho de governo
diretrizes de políticas governamentais para meio ambiente e
recursos naturais, o Conama é considerado um órgão:
C Secretaria do Meio Ambiente
D Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal
E Ministério do Meio Ambiente
A Central
B Executor
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Parabéns! A alternativa C está correta.
Com base na Lei no 6.938/1981, o Conama é o órgão colegiado
brasileiro que tem a função consultiva e deliberativa acerca do
Sistema Nacional do Meio Ambiente, sendo presidido pelo ministro
do meio ambiente.
C Consultivo e deliberativo
D Seccional
E Superior
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3 - Licenciamento ambiental
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer o licenciamento
ambiental.
Vamos começar!
Entenda o licenciamento
ambiental
Veja a seguir os principais pontos que serão abordados sobre o assunto.
Origem do licenciamento
ambiental

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O planeta disponibiliza vários recursos de que o homem se utiliza para
realizar suas atividades e desenvolver economicamente um país, por
exemplo. Contudo, muitos desses recursos são impactados por uma
utilização errônea, o que os tornam escassos e/ou degradados. Para
harmonizar sua utilização com o crescimento econômico e
demográfico, é necessário que os órgãos governamentais adotem
práticas de gestão ambiental.
A relevância da gestão ambiental no cenário brasileiro
resultou na inclusão do art. 225 na Constituição
Federal de 1988 (CF/1988), um capítulo exclusivo
sobre meio ambiente, estabelecendo direitos e deveres
do poder público e da coletividade em relação à
conservação e à proteção do meio ambiente como
bem de uso comum do povo.
Como estudamos, no âmbito da Lei no 6.938/1981 foi instituído o
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão responsável pelo
estabelecimento de normas e critérios para o licenciamento ambiental.
O Conama estabeleceu, em sua Resolução no 001, o licenciamento
ambiental para determinadas atividades modificadoras do meio
ambiente.
Licenciamento ambiental
O licenciamento é um procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a localização, a instalação, a ampliação e
a operação de empreendimentos e as atividades que se valem de
recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores;
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ou aqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as
normas técnicas aplicáveis ao caso (Conama no 237/1997).
A Lei no 6.938/81, art. 10, prevê o licenciamento como condição para
que sejam exercidas atividades empresariais (construção, instalação,
ampliação e funcionamento de estabelecimentos) e demais operações
que utilizem recursos ambientais consideradas efetiva e potencialmente
poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer
forma, de causar degradação ambiental. Dependerão de prévio
licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema
Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em caráter
supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.
As atividades que devem ser licenciadas são:
• extração de minerais;
• agricultura e extração de vegetais e silvicultura;
• pecuária e criação de outros animais;
• caça e pesca comercial;
• produtos de minerais não metálicos;
• metalúrgica;
• indústria mecânica;
• fabricação de material elétrico e de comunicações;
• material de transporte;
• madeira;
• fabricação de mobiliário;
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• fabricação de papel e papelão;
• indústria da borracha;
• fabricação de artigos em couros, peles e produtos similares;
• indústria química;
• produtos farmacêuticos e veterinários;
• fabricação de perfumes, sabões e velas;
• fabricação de produtos de matérias plásticas;
• indústria têxtil;
• fabricação e confecção de vestuário, calçados e artefatos de
tecidos;
• produção de alimentos, bebidas e fumo;
• produção e editoração gráfica;
• fábrica em geral;
• unidades auxiliares de apoio industrial e serviços de natureza
industrial;
• construção civil;
• produção de álcool e açúcar;
• serviços de utilidade pública;
• transporte;
• serviços de alojamento, alimentação, mão de obra, higiene
pessoal, saúde e serviços auxiliares diversos.
Os órgãos ambientais competentes podem, excepcionalmente, solicitar
a licença ambiental a um empreendimento ou uma atividade que
considerar potencialmente poluidora, mesmo que a atividade a ser
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considerar potencialmente poluidora, mesmo que a atividade a ser
realizada não esteja prevista na Resolução Conama no 1 ou em decreto.
Dessa forma, todas as atividades listadas na resolução são obrigadas a
realizar o licenciamento ambiental. No estado do Rio de Janeiro, o
Decreto no 42.159/2009, anexo 1, lista em mais detalhes as atividades
sujeitas ao licenciamento.
Problemas da atuação sem licença
ambiental
O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de
qualquer empreendimento ou atividade que seja lesiva ao meio
ambiente. A Lei no 9.605/1998, art. 60, prevê detenção de um a seis
meses ou multa – ou ambas as penas, cumulativamente – para quem
construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer
parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços
potencialmente poluidores sem licença ou autorização dos órgãos
ambientais competentes ou contrariar as normas legais e
regulamentares pertinentes.
São considerados crimes ambientais as atividades poluidoras ou
degradadoras da fauna e da flora, dos recursos naturais e do patrimônio
cultural, e condutas que ignoram normas ambientais, mesmo que não
tenham causado danos ao meio ambiente.
A condução do licenciamento ambiental pode ser da União, de estados
ou municípios. Os empreendimentos e atividades, no entanto, são
licenciados por um único ente federativo, conforme apresentado a
seguir.
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Órgãos licenciadores.
Outros órgãos também podem fazer parte do processo de
licenciamento – vai depender da localização do empreendimento ou
atividade. São eles:
Quando a atividade ou o empreendimento for em terra indígena
ou tiver potencial impacto socioambiental diretamente em terra
indígena.
Quando a atividade ou o empreendimento for em terra
quilombola ou tiver potencial impacto socioambiental
diretamente na terra quilombola.
Fundação Nacional do Índio (Funai) 
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) 
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan) 
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Quando a atividade ou o empreendimento for em área em que se
constatou ocorrência de bens culturais acautelados.
Quando a atividade ou o empreendimento for em municípios
pertencentes às áreas de risco ou endêmicas para malária.
Quando a atividade ou o empreendimento afetar unidade de
conservação da natureza ou sua zona de amortecimento. É uma
ação do órgão da respectiva esfera responsável pela gestão ou
criação da unidade de conservação.
Quando os impactos da atividade ou do empreendimento
afetarem espécies ameaçadas de extinção, nos casos que o
Ibama julgar pertinentes.
Sistema de licenciamento
Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) 
Órgão federal, estadual ou municipal 
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) 
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Sistema de licenciamento
ambiental
O licenciamento ambiental começou no Brasil em meados da década de
70, nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A partir dos anos 80,
vários outros estados deram início à implementação de seus sistemas
de licenciamento.
Atualmente, são indispensáveis para a execução do licenciamento
ambiental as diretrizes contidas na Lei no 6.938/1981 e nas resoluções
Conama no 001/1986 e no 237/1997 e a Lei Complementar Federal no
140/2011, que “fixa normas (...) para a cooperação entre a União, os
estados, o Distrito Federal e os municípios nas ações administrativas
decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção
das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao
combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das
florestas, da fauna e da flora (...)”.
É importante ressaltar que licenciamento ambiental e licença ambiental
têm conceitos diferentes. Observe a seguir:
Licenciamento ambiental
É o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades
ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva
ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental (Lei Complementar Federal no
140).
Licença ambiental
É “o ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
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estabelece condições, restrições e medidas de controle
ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor,
pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar
empreendimento ou atividades utilizadoras dos recursos
ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental”, conforme determina a Lei Complementar Federal no
140.
Assim, em conformidade com a Resolução Conama no 237/1997, a
licença ambiental é um documento, com prazo de validade estabelecido,
em que o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições e
medidas de controle ambiental a ser seguido pelo empreendedor para
realizar suas atividades.
No município do Rio de Janeiro, desde agosto de 2021, as atividades
licenciadas ambientalmente são estabelecidas em conformidade com a
Resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Conema) no
92/2021, que dispõe sobre as atividades que causam ou possam causar
impacto ambiental local, conforme o inciso XIV, art. 9o, da Lei
Complementar no 140/2011.
Sendo assim, é de responsabilidade dos municípios o
licenciamento de atividades e empreendimentos que
acarretem ou possam acarretar impacto ambiental
local, assim como os localizados em unidades de
conservação estabelecidas pelo município, com
exceção das áreas de proteção ambiental (APAs) e
daquelas legalmente concedida pelo estado.
A referida lei determina ainda que, na ausência de um órgão ambiental
capacitado ou conselho de meio ambiente municipal, o estado deve
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capacitado ou conselho de meio ambiente municipal, o estado deve
desempenhar as ações administrativas municipais, caso contrário a
União deverá executar tais ações até a criação de uma entidade
fiscalizadora dessa natureza.
Instrumentos do sistema de
licenciamento ambiental
Vimos que o licenciamento ambiental é uma ferramenta de gestão
pública que tem como foco o controle das atividades para qualidade
ambiental em prol das futuras gerações. O sistema de licenciamento
brasileiro trabalha basicamente com a tríplice licença, ou seja, divide-se
em três etapas. Cada uma requer uma licença específica, como veremos
a seguir.

É o atestado de viabilidade do empreendimento,
atividade ou obra. É expedida na fase preliminar,
indicando a viabilidade ambiental. Estabelece,
ainda, os requisitos básicos e condicionantes que
devem ser atendidos nas próximas fases, além de
medidas mitigadoras do impacto a ser gerado. O
prazo de validade de uma LP é, no mínimo, o
estabelecido no cronograma de elaboração dos
planos, programas e projetos e, no máximo, de
cinco anos.
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Agora atenção: alguns empreendimentos estão dispensados de
apresentar licença ambiental. Diferente em cada estado, a
comprovação de dispensa pode ocorrer para atividades de baixíssimo
impacto ambiental ou ainda para aquelas não relacionadas no
arcabouço legal de localização do empreendimento ou atividade.

É o momento seguinte à LP, e tem como função
verificar a adequação de empreendimento, atividade
ou obra ao meio ambiente afetado. Este ato
administrativo autoriza, de acordo com as
especificações constantes dos planos, programas e
projetos aprovados e o início de uma construção,
fixando cronograma para executar medidas
mitigadoras, além de implantar sistemas de
controle ambiental. O prazo de validade da LI é, no
mínimo, o estabelecido no cronograma de
instalação e, no máximo, de seis anos.

É o ato administrativo que autoriza a operação da
atividade, obra ou empreendimento. Esta licença
atesta, após a verificação do efetivo cumprimento
da LP e da LI, que o empreendedor pode iniciar suas
atividades. O prazo de validade da LO é, no mínimo,
de quatro anos e, no máximo, de dez anos.
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arcabouço legal de localização do empreendimento ou atividade.
Além dessas, conheça outros tipos de licença:
• Licença prévia e de instalação (LPI) – Em uma única fase, o
órgão ambiental atesta a viabilidade ambiental e autoriza a
implantação do empreendimento ou da atividade. Geralmente, a
licença é concedida para o evento que necessita de um estudo
de impacto ambiental ou relatório de análise simplificado. O
prazo de validade da LPI é, no mínimo, o estabelecido no
cronograma de instalação e, no máximo, de seis anos.
• Licençade Instalação e de operação (LIO) – Expedida em uma
única fase, autoriza a instalação e a operação de atividade ou
empreendimento cuja operação seja classificada como de baixo
impacto ambiental. A LIO poderá ser expedida também para
ampliação ou ajustes em empreendimento e atividades já
instalados e licenciados. O prazo de validade da LIO é, no
mínimo, de quatro anos e, no máximo, dez anos.
• Licença ambiental simplificada (LAS) – De acordo com o
Decreto no 44.820/2014, art. 12, em uma única fase, atesta a
viabilidade ambiental, aprova a localização, e autoriza a
implantação e a operação de empreendimento ou atividade.
Assim como a LIO, a LAS é concebida para operação de baixo
impacto ambiental. Contudo, não se aplica às atividades e aos
empreendimentos que já tenham iniciado a sua implantação ou
operação. O prazo de validade da LAS é, no mínimo, de quatro
anos e, no máximo, dez anos.
• Licença de operação e recuperação (LOR) – De acordo com os
critérios técnicos estabelecidos em leis e regulamentos, este ato
administrativo tem como função autorizar a operação de
empreendimento ou atividade concomitante à recuperação
ambiental de áreas contaminadas. O prazo de validade é de, no
máximo, seis anos.
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• Licença ambiental de recuperação (LAR) – De acordo com o
Decreto no 44.820/2014, art. 14, essa licença autoriza a
recuperação de áreas contaminadas em atividades ou
empreendimento fechados, desativados ou abandonados, ou de
áreas degradadas. O prazo de validade da LAR é, no mínimo, o
estabelecido pelo cronograma de recuperação ambiental do
local e, no máximo, de seis anos.
• Licença única (LU) – Tem como objetivo substituir os
procedimentos administrativos ordinários da LP, LI e LO do
empreendimento ou atividade, unificando-as na emissão de uma
única licença. O prazo de validade é de, no mínimo, quatro anos.
• Licença de alteração (LA) – Normalmente, este ato
administrativo está condicionado à existência de LI ou LO, sendo
expedida no caso de alteração no contrato social do
empreendimento, atividade ou obra, ou qualificação de pessoa
física. A referida licença tem o prazo de validade estabelecido
em cronograma operacional e é válida por um período de três
anos.
Outros instrumentos
Licença de pesquisa sísmica (LPS)
Ato administrativo expedido para o empreendedor que deseja realizar
pesquisas de dados sísmicos marítimos.
Autorização de supressão de
vegetação (ASV)
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vegetação (ASV)
Autoriza atividades de supressão da vegetação nativa em
empreendimentos licenciados.
Autorização para coleta, captura e
transporte de material biológico
(Abio)
Autoriza, na fase prévia de instalação ou operação, a execução de
atividades relacionadas ao manejo da fauna.
Autorização ambiental (AA)
De acordo com o Decreto no 44.820/2014, art. 16, é o ato administrativo
expedido, com prazo máximo de dois anos, que autoriza a implantação
ou realização de empreendimento ou atividade de curta duração; a
execução de obras emergenciais; ou a execução de atividades sujeitas à
autorização pela legislação.
Certidão ambiental (CA)
De acordo com o Decreto no 44.820/2014, art. 18, é a certidão a partir
da qual o órgão ambiental declara, atesta e certifica determinadas
informações de caráter ambiental, mediante requerimento do
interessado, cuja validade é indeterminada.
Outorga de direito de uso de recursos
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Outorga de direito de uso de recursos
hídricos (OUT)
O órgão ambiental autoriza o uso de recursos hídricos superficiais ou
subterrâneos. Este ato administrativo é específico para cada caso.
Normalmente, é válido por cinco anos, mas, no caso de concessão para
uso público, o prazo é de 35 anos.
Certi�cado ambiental (CTA)
O órgão ambiental atesta procedimentos específicos. Sua validade
dependerá de cada caso, podendo, assim, estabelecer prazos e
condições de validade.
Certi�cado de faixa marginal de
proteção (CFMP)
É o ato administrativo que atesta a demarcação de faixa marginal de
proteção de corpos hídricos. Também é um exemplo de CTA.
Termo de encerramento
De acordo com o Decreto no 44.820/2014, art. 21, é o termo expedido
pelo órgão ambiental a fim de atestar a inexistência de passivo
ambiental que represente risco ao ambiente ou à saúde da população,
quando: do encerramento de determinado empreendimento ou
atividade; após a conclusão do procedimento de recuperação mediante
LAR, quando couber, estabelecendo restrições de uso da área; e nos
casos em que for preciso estabelecer um prazo para o encerramento de
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casos em que for preciso estabelecer um prazo para o encerramento de
atividade e empreendimento cuja licença de operação não foi
concedida. Sua validade é indeterminada.
Documento de averbação
Também com validade indeterminada, é o ato administrativo que altera
dados constantes de licença ambiental ou dos demais instrumentos do
sistema de licenciamento ambiental.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
A borracha, produzida hoje a partir de seringueiras, é utilizada no
processo produtivo como matéria-prima para diversos produtos,
como luvas e materiais para embalagem, produtos que tiveram alta
demanda durante o período da pandemia da covid-19. Para a
produção desses itens, é necessário que o empreendedor solicite
licenças ambientais ao órgão competente.
Diante dessa afirmação, compreende-se que o licenciamento
ambiental é
A
um ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a atividade ou
empreendimentos que possam desencadear a
degradação de um ambiente.
um ato administrativo pelo qual o órgão público
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Parabéns! A alternativa D está correta.
Com a pandemia, a demanda de produtos que utilizam a borracha
cresceu exponencialmente. Para sanar essa demanda, a indústria
precisou aumentar o consumo da borracha que é manuseada após
ser realizado um procedimento administrativo pelo órgão
competente – no caso, o licenciamento.
B
um ato administrativo pelo qual o órgão público
competente licencia a atividade ou
empreendimentos que possam desencadear a
degradação de um ambiente.
C
um procedimento judicial pelo qual o Ministério
Público competente licencia a atividade ou
empreendimentos que possam desencadear a
degradação de um ambiente.
D
um procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a atividade ou
empreendimentos que possam desencadear a
degradação de um ambiente.
E
um procedimento administrativo pelo qual a
corregedoria do meio ambiente licencia a atividade
ou empreendimentos que possam desencadear a
degradação de um ambiente.
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Qual legislação prevê o licenciamento ambiental como condição
para que sejam exercidas as atividades empresariais de produção e
editoração gráfica, sendo uma obrigação legal prévia à instalação
de qualquer empreendimento ou atividade que possa lesar o meio
ambiente?
Parabéns! Aalternativa E está correta.
O licenciamento ambiental é um dos instrumentos da PNMA,
estabelecido pela Lei no 6938/1981 que visa compatibilizar o
desenvolvimento econômico-social com um meio ambiente. Para
tal, a lei prevê o licenciamento como condição para algumas
atividades empresariais, sendo crime ambiental, decretado pela Lei
no 9.605, aquele que não o realizar. A Lei Complementar no 140 fixa
normas para a cooperação entre a União, os estados, o Distrito
A ABNT 14001
B Lei no 9.605
C Lei Complementar Federal no 140
D CF/1988
E Lei no 6.938/1981
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normas para a cooperação entre a União, os estados, o Distrito
Federal e os municípios nas ações administrativas endossadas pela
CF/1988. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
auxilia o empreendedor na implantação de um sistema de gestão
ambiental.
4 - Particularidades do licenciamento ambiental
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as particularidades do
licenciamento ambiental e suas etapas.
Vamos começar!

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Características do
licenciamento
Veja a seguir os principais pontos que serão abordados sobre o assunto.
Empreendimentos e
atividades para o
licenciamento
Classi�cação de
empreendimentos e
atividades
A preocupação com as questões ambientais deixou de ser um
diferencial no mercado e se tornou uma ferramenta de gestão pública
obrigatória, conforme vimos até agora. Para que o licenciamento seja

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obrigatória, conforme vimos até agora. Para que o licenciamento seja
realizado e a licença expedida, é fundamental que o empreendimento, as
atividades e as obras estejam enquadrados em classes para que se
possa atuar na legalidade.
Assim, conforme o art. 2º da Resolução Conama no 42/2012, a
magnitude do impacto é enquadrada em classes, tendo como base o
porte e o potencial poluidor das atividades ou do empreendimento,
conforme estabelecem os decretos estaduais nos 42.159/2009 e
44.820/2014 e as resoluções do Instituto Estadual do Ambiente (Inea)
nos 52 e 53, de 2012. Veja, a seguir, a tabela “Enquadramento das
atividades em classes, segundo o porte e potencial poluidor”:
Porte Potencial poluidor
Insignificante Baixo
Mínimo
Classe 1A
Impacto
insignificante
Classe 2A
Impacto baixo
Pequeno
Classe 1B
Impacto
insignificante
Classe 2C
Impacto baixo
Médio
Classe 2D
Impacto baixo
Classe 2E
Impacto baixo
Grande
Classe 2F
Impacto baixo
Classe 3C
Impacto médio
Excepcional
Classe 3D
Impacto baixo
Classe 4C
Impacto médio
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Tabela: Enquadramento das atividades em classes, segundo o porte e potencial poluidor.
Vânia Valéria Ferreira / Alessandra da Silva Cardoso
Analisando a tabela, a licença ambiental é inexigível, conforme Decreto
Estadual no 44.820/2014, para atividades e empreendimentos
enquadrados como classe 1, ou seja, com potencial poluidor
insignificante e com porte mínimo ou pequeno.
Cabe destacar que tanto o órgão ambiental como o
empreendedor podem solicitar informações e a revisão
do processo de enquadramento. Dessa forma, o órgão
ambiental poderá solicitar o detalhamento descritivo
do empreendimento, da atividade ou da obra para, caso
julgue necessário, determinar o porte e o potencial
poluidor em função das particularidades do evento; e o
empreendedor poderá solicitar a revisão do
enquadramento referente ao porte e/ou potencial
poluidor do empreendimento ou atividade.
Empreendimentos ou
atividades sujeitos ao
licenciamento ambiental
O art. 3º da Lei Complementar no 140/2011 institui o Ibama como órgão
executor de licenciamento ambiental de competência da União, tendo
como responsabilidade realizar o procedimento em atividades e
empreendimentos:
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• Localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em
país limítrofe.
• Localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma
continental ou na zona econômica exclusiva (ZEE).
• Localizados ou desenvolvidos em terras indígenas.
• Localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação
instituídas pela União, exceto em áreas de proteção ambiental
(APAs).
• Localizados ou desenvolvidos em dois ou mais estados.
• De caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental,
nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no
preparo e emprego das forças armadas.
• Destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar,
armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou
que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e
aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia
Nuclear (Cnen).
Outros casos
Na sequência, mais uma lista de 10 empreendimentos ou atividades
sujeitos ao licenciamento ambiental. Acompanhe:
Implantação, ampliação de capacidade e regularização
ambiental. Não se aplica nos casos de implantação e ampliação
de pátios ferroviários, melhoramentos de ferrovias, implantação
Ferrovia federal 
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e ampliação de estruturas de apoio de ferrovias, ramais e
contornos ferroviários.
Implantação, regularização ambiental de rodovias pavimentadas,
pavimentação e ampliação de capacidade com extensão igual ou
superior a 200 km e atividades de manutenção, conservação,
recuperação, restauração e melhoramento em rodovias federais
regularizadas. Não se aplica nos casos de contornos e acessos
rodoviários, anéis viários e travessias urbanas.
Implantação e ampliação de capacidade cujo somatório dos
trechos de intervenções seja igual ou superior a 200 km de
extensão.
Exceto as instalações portuárias que movimentem carga em
volume inferior a 450.000 TEU/ano ou a 15.000.000 ton/ano.
Com movimentação de carga em volume superior a 450.000
Rodovia federal 
Hidrovias federais 
Portos organizados 
Terminais de uso privado e instalações portuárias 
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Com movimentação de carga em volume superior a 450.000
TEU/ano ou a 15.000.000 ton/ano.
Compreende as atividades de aquisição sísmica, coleta de dados
de fundo (piston core), perfuração de poços e teste de longa
duração quando realizadas no ambiente marinho e em zona de
transição terra-mar (offshore).
• Produção, compreendendo as atividades de perfuração de
poços, implantação de sistemas de produção e
escoamento, quando realizada no ambiente marinho e em
zona de transição terra-mar (offshore).
• Produção, quando realizada a partir de recurso não
convencional de petróleo e gás natural, em ambiente
marinho e em zona de transição terra-mar (offshore) ou
terrestre (onshore), compreendendo as atividades de
perfuração de poços, fraturamento hidráulico e
implantação de sistemas de produção e escoamento.
Com capacidade instalada igual ou superior a 300 MW.
Petróleo e gás, exploração e avaliação de jazidas 
Petróleo e gás 
Usinas hidrelétricas 
Usinas termelétricas 
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Com capacidade instaladaigual ou superior a 300 MW.
No caso de empreendimentos e atividades offshore (zona de
transição terra-mar).
Mas atenção! Caso a atividade ou o empreendimento não se enquadrar
em nenhum dos critérios que definem a competência da União, o
empreendedor deverá consultar a legislação e as normas pertinentes de
localização (estadual ou municipal) do empreendimento ou da atividade.
Etapas do licenciamento
ambiental
Solicitação da licença
ambiental
Usinas eólicas 
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No âmbito federal, o licenciamento cumpre as seguintes etapas:
Etapas do licenciamento do Ibama.
Vamos ao estudo de cada uma delas a seguir:

O empreendedor preenche o Formulário de
Caracterização de Atividade (FCA) e recebe o
número do processo no portal do Governo Federal.

O Ibama analisa o FCA para verificar se o
empreendimento ou a atividade deve ser submetida
ao licenciamento no âmbito federal e se o
procedimento é realmente necessário. Em caso
positivo, o Ibama realiza o enquadramento, com
base no potencial poluidor e outros condicionantes.
Se não for no âmbito do Ibama, o empreendedor
será notificado sobre decisão e arquivamento. É o
Ibama que define os tipos de licença a ser
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Ibama que define os tipos de licença a ser
requeridos e o estudo ambiental a ser apresentado.

O Ibama identifica os impactos e aspectos dos
empreendimentos ou atividades que precisam ser
avaliados. Em seguida, são estabelecidos os
critérios e o conteúdo para elaborar um estudo
ambiental que, junto ao Termo de Referência (TR), é
encaminhado ao empreendedor.

Com base na legislação vigente e no TR, o
empreendedor e uma empresa contratada elaboram
o estudo ambiental. Esse documento deverá conter
os impactos potenciais e as medidas mitigadoras a
ser encaminhadas ao Ibama para deferimento ou
não da licença solicitada.

Nesta etapa, o empreendedor requere a licença ao
Ibama, disponibilizando os estudos, os planos
ambientais e todos os documentos necessários
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para aprovação e concessão da licença.

O Ibama avalia todos os documentos
disponibilizados pelo empreendedor.

O Ibama defere ou indefere a solicitação da licença.
Nesta fase, o Ibama pode solicitar outras
informações para subsidiar a tomada de decisão.

Após deferimento do processo administrativo, o
empreendedor deverá realizar o pagamento do valor
referente à licença e dos serviços prestados pelo
Ibama, através do Guia de Recolhimento da União
(GRU). Logo em seguida, o empreendedor
apresentará o comprovante de pagamento da GRU
que, após conferência, concederá a licença ao
solicitante.
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
Etapa que consta ao longo do processo
administrativo, o acompanhamento tem como
objetivo, através de auditorias, a verificação do
desempenho do empreendimento ou da atividade
licenciada. Encontrada uma não conformidade, são
propostas ações corretivas que, ao serem
descumpridas, podem gerar medidas
administrativas cabíveis, inclusive com a
possibilidade de multas e embargos.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Para dar início a sua atividade ou ao seu empreendimento de forma
correta, é necessário verificar se o seu negócio precisará do
licenciamento ambiental para atuar. A concessão da licença fica a
cargo de órgãos ambientais que analisam a magnitude do impacto,
enquadrando-o em classes que têm como base o porte e o
potencial poluidor. Sendo assim, ao preparar a documentação para
o licenciamento do seu negócio, você relatou que sua empresa é
classificada como 2F. Diante dessa afirmação, sua empresa é
considerada
A de grande porte e de baixo impacto.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
Todas as opções são consideradas insignificantes em relação ao
potencial poluidor como determinado pelo MMA. Contudo, diferem
em seu porte. Ao analisar a classificação, verifica-se que o
empreendimento é de grande porte, assim classificado como 2F. Os
demais são de porte excepcional 3D, mínimo 1A, pequeno 1B e
médio 2D.
O licenciamento ambiental é fundamental para gerir uma atividade
ou um empreendimento que possibilite a preservação e a
manutenção dos recursos naturais. Esse processo envolve vários
profissionais de diferentes áreas, como engenheiros,
administradores, advogados, biólogos, químicos, entre outros, que
realizam estudos e pesquisas após a solicitação do empreendedor
para regulamentação de seu negócio. Diante dessa afirmação e em
âmbito federal, para a obtenção da licença, o empreendedor deve
B de médio porte e de baixo impacto.
C de pequeno porte e impacto insignificativo.
D de mínimo porte e impacto insignificativo.
E de porte excepcional e baixo impacto.
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âmbito federal, para a obtenção da licença, o empreendedor deve
cumprir as seguintes etapas:
Parabéns! A alternativa D está correta.
A
Triagem, definição de escopo, elaboração do estudo
ambiental, requerimento de licença, análise técnica,
decisão, pagamento.
B
Abertura de processo, definição de escopo,
elaboração do estudo ambiental, requerimento de
licença, análise técnica, pagamento.
C
Abertura de processo, triagem e enquadramento,
definição de escopo, requerimento de licença,
análise técnica, decisão e acompanhamento.
D
Abertura de processo, triagem e enquadramento,
definição de escopo, elaboração do estudo
ambiental, requerimento de licença, análise técnica,
tomada de decisão, pagamento e
acompanhamento.
E
Abertura de processo, triagem e enquadramento,
elaboração do estudo ambiental, requerimento de
licença, análise técnica, pagamento e
acompanhamento.
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O processo de licenciamento compreende cronologicamente
abertura de processo, triagem e enquadramento, definição de
escopo, elaboração do estudo ambiental, requerimento de licença,
análise técnica, decisão, pagamento e acompanhamento. Todas as
fases são imprescindíveis para que o empreendedor obtenha a
licença ambiental.
Considerações �nais
A legislação ambiental é um ramo do Direito que regulariza a ação
antrópica no meio ambiente com o objetivo de preservação e
conservação para as gerações presentes e futuras. Importantíssima
para eliminar ou mitigar o impacto e a degradação ambiental decorrente
de atividades e empreendimento, a legislação ambiental brasileira não é
propriamente nova: seu marco legal é de 1981, com a criação da Política
de Nacional do Meio Ambiente.
A referida lei institui órgãos essenciais para proteção ambiental, como o
Sisnama e o Conama. Outra importante contribuição para a sadia
qualidade dos recursos foi a introdução do instrumento de proteção
denominado licenciamento ambiental. O licenciamento funciona como
um processo de acompanhamento desde as etapas iniciais de uma
atividade ou de um empreendimento com a emissão de licenças

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