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Estudos de impacto ambiental

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Estudos de impacto ambiental
Profª. Vânia Valéria Ferreira, Profª. Alessandra da Silva Cardoso
Descrição
O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório dos Impactos Ambientais,
por meio da Lei nº 6.938, de 1981, os programas de controle e
monitoramento ambiental e os indicadores ambientais para tomada de
decisão.
Propósito
A compreensão da proteção ao meio ambiente, por meio de programas
de controle e monitoramento que utilizam indicadores ambientais para
alcançar as metas estabelecidas pelo planejamento estratégico do
empreendimento, proporcionará o conhecimento de instrumentos,
estabelecidos pela legislação vigente, para conservação e preservação
ambiental em prol do desenvolvimento sustentável.
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Objetivos
Módulo 1
EIA/RIMA
Reconhecer o EIA (Estudos de Impactos Ambientais) e o RIMA
(Relatório de Impacto do Meio Ambiente).
Módulo 2
Programas de controle e de monitoramento
ambiental
Reconhecer os programas de controle e de monitoramento
ambiental.
Módulo 3
Indicadores nas áreas de Segurança, Saúde
Humana e Ecologia
Reconhecer indicadores nas áreas de Segurança, Saúde Humana e
Ecologia.
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Introdução
A seguir, veja os principais conteúdos abordados ao longo deste
estudo.

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1 - EIA/RIMA
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer o EIA (Estudos de Impactos Ambientais)
e o RIMA (Relatório de Impacto do Meio Ambiente).
Vamos começar!
A Política Nacional do Meio Ambiente
(PNMA) como instrumento de
proteção ao meio ambiente
A seguir, acompanhe o vídeo referente à PNMA como instrumento de
proteção ao meio ambiente.

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Estudo dos impactos ambientais
Publicada em 1981, a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente trata
das questões relacionadas ao meio ambiente, na qual o Brasil legislou
sobre dois importantes instrumentos referentes às questões ambientais
no país: a avaliação de impactos ambientais (AIA) e o licenciamento
ambiental.
De fundamental importância para sobrevivência do planeta, a
Constituição Federal, publicada em 1988, reconhece o direito e a
qualidade de vida a todos, redigindo em seu artigo 225 § 1° IV, a
exigência do Estudo de Impacto Ambiental e do relatório desse estudo.
Para tanto, estabeleceu o art. 225, que dispõe: “Todos
têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações.”
E ainda no inciso 1º: § “Para assegurar a efetividade desse direito,
incumbe ao Poder Público: IV – exigir, na forma da lei, para instalação de
obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação
do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade (...)”.
Idealizados com o objetivo de preservar, melhorar e recuperar a
qualidade ambiental, ambas disposições têm como proposta assegurar
condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da
segurança nacional e à proteção da dignidade humana, segundo a
própria lei.
Atenção!
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Atenção!
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é um instrumento de decisão
para a aprovação de atividades, projetos, programas e, até mesmo, de
leis. Assim, pode ser conceituada como um estudo de caráter qualitativo
e quantitativo, visando avaliar como os recursos naturais serão
utilizados pelos empreendimentos.
Após cerca de cinco anos da publicação da referida lei, o Conselho
Nacional do Meio Ambiente (Conama), por meio da resolução nº
001/86, estabeleceu de que forma deveria ser realizada a avaliação de
impactos ambientais no Brasil, instituindo e tornando obrigatórias duas
novas exigências: o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de
Impacto Ambiental.
O Estudo dos Impactos Ambientais –
EIA
Exigência legal instituída pela Resolução Conama 001/86 e
regulamentado pelo Decreto Federal n° 99.274/90, na implantação de
projetos com significativo impacto ambiental, o Estudo dos Impactos
Ambientais (EIA) consiste em um estudo realizado por uma equipe
técnica e multidisciplinar, não dependente direta ou indiretamente do
proponente do projeto, em que é realizada uma análise das
consequências de implementação de um empreendimento ou atividade
no meio ambiente.
Resumindo
É o estudo do meio socio-econômico-ambiental afetado pela
implantação do empreendimento ou atividade (Resolução Conama
01/1986, Artigo 7º).
Sendo um estudo de caráter preventivo, de literatura científica e legal,
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Sendo um estudo de caráter preventivo, de literatura científica e legal,
próprio do trabalho de campo e de análises de laboratório, o EIA utiliza
uma linguagem altamente técnica.
Também está vinculado diretamente à Licença Prévia, uma vez que se
trata de um estudo prévio dos impactos que poderão vir a acontecer
com a operação e/ou instalação de um dado empreendimento.
Entretanto, a cada fase do licenciamento da atividade poderá ser exigido
um novo estudo.
O EIA é um instrumento criado a partir da Resolução Conama n° 001/86,
que traz em seu artigo 2° as modalidades a que serão aplicadas o EIA e
o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), a serem
submetidos à aprovação dos órgãos competentes, licenciamento de
atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:
 Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de
rolamento.
 Aeroportos e ferrovias.
 Portos e terminais de minério, petróleo e produtos
químicos.
 Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto,
carvão).
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carvão).
 Obras hidráulicas para exploração de recursos
hídricos como: barragem para fins hidrelétricos
acima de 10MW, saneamento, irrigação.
 Obras para abertura de canais para navegação,
drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água,
abertura de barras e embocaduras, transposição de
bacias.
 Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de
230kV.
 Usinas de geração de eletricidade, qualquer que
seja a fonte de energia primária, acima de 10MW.
 Extração de minério; oleodutos, gasodutos e
esgotos sanitários.
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 Aterros sanitários, processamento e destino de
resíduos tóxicos ou perigosos.
 Complexo, unidades industriais e agroindustriais
(siderúrgicos, cloroquímicos, petroquímicos,
destilarias de álcool, extração e cultivo de recursos
hídricos).
 Distritos industriais e zonas estritamente industriais
(ZEI).
 Exploração econômica de madeira ou de lenha, em
áreas acima de 100 hectares ou menores.
 Atividades que utilizam carvão vegetal, derivados
ou produtos similares, em quantidade superior a
dez toneladas por dia.
 Projetos agropecuários com áreas acima de
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Para realização do EIA, são necessários alguns requisitos básicos,
segundo a resolução Conama 01/86:
Projetos agropecuários com áreas acima de
1.000ha ou menores.
 Projetos urbanísticos, acima de 100ha ou em áreas
consideradas de relevante interesse ambiental, a
critério da SEMA e dos órgãos municipaise
estaduais competentes.
 Informações gerais do empreendimento.
 Descrição do empreendimento: informações
relacionadas às características específicas do
empreendimento.
 Área de Influência (AI): mapeamento das áreas que
estarão sujeitas de forma direta ou indireta aos
possíveis impactos ambientais.
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Associada ao licenciamento ambiental, a fiscalização do Estudo de
Impacto Ambiental pode ser realizada dentro da esfera federal, estadual
e municipal.

Primeira esfera
A federal, é de responsabilidade do Ibama. O órgão é responsável por
realizar a fiscalização do empreendimento e de atividades cujos
 Diagnóstico ambiental da área de influência:
descrição e a análise de todos os recursos
ambientais e suas interações, levando-se em
consideração os fatores ambientais (meio físico,
biótico e socioeconômico).
 Análise dos impactos ambientais e suas
alternativas.
 Medidas mitigadoras dos impactos negativos.
 Programa de acompanhamento e monitoramento
dos impactos, negativos ou benéficos.
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realizar a fiscalização do empreendimento e de atividades cujos
impactos podem influenciar para além das fronteiras do estado onde
ocorrer a sua implantação.

Segunda esfera
A estadual, é responsável pela fiscalização do empreendimento e da
atividade cujos possíveis impactos possam ultrapassar mais de um
município do mesmo estado.

Terceita esfera
A terceira esfera é a municipal, que fiscaliza os empreendimentos e as
atividades cujos impactos se restrinjam ao seu território, e ainda, se, no
município, dispor de um Conselho Municipal de Meio Ambiente e
profissionais qualificados e habilitados.
Precisamos salientar que, sendo proibido pelo nosso ordenamento
jurídico, o processo de licenciamento não pode ser conduzido
simultaneamente por mais de uma esfera. Assim, o empreendimento, ou
atividade, está sujeito somente ao licenciamento em uma única
instância, sendo o Ibama o órgão executor do licenciamento ambiental
de competência da União.
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Órgãos ambientais.
De fato, existem outros órgãos públicos envolvidos no licenciamento
ambiental e que também podem atuar no processo de licenciamento
ambiental federal. Vamos conhecê-los a seguir:
 Funai
Para atividade ou o empreendimento submetido ao
licenciamento ambiental em terra indígena.
 Incra
Em atividades ou empreendimento submetido ao
licenciamento ambiental em terra quilombola.
 Iphan
Para atividades ou empreendimento em área onde
foi constatada a ocorrência dos bens culturais
acautelados.
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Cabe esclarecer que há outros tipos de Estudo de Impacto Ambiental,
com características próprias, entretanto, devem estar associados aos
objetivos e procedimentos da Avaliação de Impacto Ambiental. Alguns
exemplos desses estudos:
• Relatório de Controle Ambiental (RCA): documento exigido pela
Resolução Conama 010/90, na hipótese de dispensa do EIA/RIMA para
o consentimento de Licença Prévia.
• Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF).
• Plano de Controle Ambiental (PCA).
• Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).
 A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)/
Ministério da Saúde (MS)
Quando a atividade ou o empreendimento localizar-
se em municípios pertencentes às áreas de risco ou
endêmicas para malária.
 ICMBio
Quando houver impactos da atividade ou
empreendimento sobre espécies ameaçadas de
extinção e nos casos em que o Ibama julgar
importante.
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Relatório de Impacto Ambiental
Elaborado a partir do EIA, o Relatório de Impacto Ambiental, ou
simplesmente RIMA, é o relatório de caráter público no qual são
inseridas as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental do
empreendimento ou atividade a ser licenciada. O RIMA deverá ser
encaminhado, juntamente com o EIA, ao órgão ambiental competente
para análise e liberação do licenciamento ambiental.
Diferentemente do EIA, o RIMA pode ser acessado por qualquer
interessado nas informações. Por isso, deverá ser redigido e
apresentado em linguagem simples, clara e objetiva. Todas as
informações contidas no EIA devem ser traduzidas para uma linguagem
acessível, devendo ser ilustradas por quadros, cartas, gráficos, mapas e
outras formas de comunicação visual, de maneira que se possa
entender, com clareza, as vantagens e as desvantagens do projeto,
assim como as consequências ambientais decorrentes da sua
implementação (Resolução Conama nº 1, de 23 de janeiro de 1986).
O órgão ambiental competente, ao designar a
realização do EIA e a apresentação do RIMA,
estabelecerá um prazo para recebimento dos
comentários a serem feitos pelos órgãos públicos e
partes interessadas no licenciamento do
empreendimento ou atividade.
Igualmente, os atores interessados na expedição da licença terão um
período para manifestação, podendo ocorrer uma audiência pública para
esclarecimentos às partes interessadas sobre o projeto e sobre os
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impactos ambientais do empreendimento ou atividades, e ainda,
promover uma discussão sobre o RIMA.
Refletindo as conclusões do EIA e seguindo o estabelecido pela
resolução Conama 01/86 – Art. 9º, o RIMA deverá conter, no mínimo:
• Os objetivos e as justificativas do projeto, sua relação e
compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas
governamentais.
• A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e
locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de
construção e operação, a área de influência, as matérias-primas, e
mão de obra, as fontes de energia, os processos e técnicas
operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos e perdas
de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados.
• A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambientais
da área de influência do projeto.
• A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e
operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os
horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os
métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação,
quantificação e interpretação.
• A caracterização da qualidade ambiental futura da área de
influência, comparando as diferentes situações da adoção do
projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não
realização.
• A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas
em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não
puderem ser evitados, e o grau de alteração esperado.
• O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos.
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• Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e
comentários de ordem geral).
Por que realizar o EIA/RIMA?
A elaboração do EIA/RIMA, instrumento da política ambiental e
documento complementar básico para implementação da AIA no Brasil,
é fundamental para que a atividade ou empreendimento receba
autorização para implementação. É um processo vinculado ao
Licenciamento Ambiental, conduzido pela Resolução Conama nº
237/97, e elaborado pelo empreendedor com base no Termo de
Referência (TR).
A partir das informações reunidas no EIA, o órgão licenciador se
posicionará sobre o requerimento da Licença Prévia. Entretanto, se o
órgão licenciador considerar necessário,assim dizendo, solicitado pela
sociedade, podem ser realizadas audiências públicas, cujas
contribuições também serão consideradas para a análise da viabilidade
ambiental do empreendimento ou atividade.
Termo de Referência (TR)
Documento com diretrizes metodológicas que devem ser empregadas na
elaboração do EIA/RIMA. Elaborado por um órgão ambiental competente,
com a participação do empreendedor, o TR é necessário para que o órgão
licenciador possa nortear o desenvolvimento do estudo e avaliar a
viabilidade ambiental do empreendimento ou atividade durante a fase de
licenciamento.
Atenção!
A audiência pública é uma importante etapa do licenciamento
ambiental, porque ocorre a participação da população no processo do
licenciamento, conforme determinado pela legislação ambiental.
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licenciamento, conforme determinado pela legislação ambiental.
Segundo a Resolução Conama 09/87, a audiência pública tem por
finalidade “expor aos interessados o conteúdo do produto em análise
(EIA) e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos
presentes as críticas e sugestões a respeito”.
Dessa forma, a legislação brasileira estabelece que o órgão ambiental
competente pode e deve realizar audiência pública quando for solicitado
por alguma entidade civil, pelo Ministério Público, por cinquenta ou mais
cidadãos interessados, ou ainda, quando julgar necessário fazê-lo.
Tanto o EIA/RIMA quanto o TR são importantes instrumentos de gestão
ambiental, por conter informações referentes ao empreendimento ou
atividade, principalmente aquelas modificadoras do meio ambiente que,
obrigatoriamente, devem ser precedidas de medidas para eliminar,
mitigar ou compensar os impactos negativos e, ainda, de potencializar
os impactos positivos do empreendimento ou atividade a serem
desenvolvidas.
Obs.: para cada fase do licenciamento, há estudos específicos que
devem ser elaborados e, ainda, as atividades necessárias para elaborar
o RIMA são exatamente as mesmas para o EIA. Para elaboração do EIA/
RIMA, são imprescindíveis:
• Identificações sobre o empreendimento, incluindo os objetivos e as
justificativas, em termos de importância no contexto econômico
social para o país e para a região.
• Projeto com detalhamento das fases de planejamento, implantação
e operação, inclusive com o detalhamento da região impactada.
• Diagnóstico ambiental com a análise e apresentação, e
caracterização da qualidade ambiental, expondo os fatores
ambientais físicos, biológicos e socioeconômicos e os métodos
utilizado para a análise.
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• Identificação e análise dos impactos ambientais.
• Proposta de medidas mitigadoras dos impactos.
• Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Em relação ao Estudo dos Impactos Ambientais, está correto
afirmar que
Parabéns! A alternativa D está correta.
A está vinculado diretamente à Licença de Operação.
B
é um estudo exigido para todo e qualquer
empreendimento ou atividade.
C
é direcionado para projetos agropecuários com
áreas acima de 1.100ha ou menores.
D
é um dos requisitos básicos, para sua realização, o
Diagnóstico Ambiental da Área de Influência.
E é exigido com base na Lei nº 9605/98.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
Exigido pela Lei nº 9638/81 e endossado pela CF/88, o EIA é um
estudo exigido para empreendimentos com significativo impacto
ambiental. Dessa forma, antes de iniciar suas atividades, o
empreendimento deve solicitar a licença prévia, da qual faz parte o
EIA, que tem como requisito o diagnóstico ambiental.
Questão 2
Refletindo as conclusões do EIA e seguindo o estabelecido pela
resolução Conama 01/86, o RIMA é um documento que deve ser
enviado ao órgão ambiental competente para análise e liberação do
licenciamento ambiental. Em relação ao RIMA, avalie as
afirmações.
I. É um documento de caráter público, ou seja, acessível ao público
em geral.
II. Utiliza uma linguagem técnica para dar conhecimento ao público
de todas as informações constantes no EIA.
III. As atividades que precisam elaborar o RIMA não são as mesmas
que necessitam elaborar o EIA.
IV. Tem que, obrigatoriamente, refletir as conclusões definidas por
meio do Estudo de Impacto Ambiental.
A I, II e III
B I, II e IV
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Parabéns! A alternativa E está correta.
Ao contrário do EIA, que utiliza uma linguagem técnica, O RIMA
deve ser elaborado e apresentado em linguagem clara e objetiva.
Esse relatório faz parte da Avaliação de Impacto Ambiental, e deve
ser entregue como conclusão do processo do Estudo de Impacto
Ambiental.
C I, III e IV
D II, III e IV
E I e IV
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2 - Programas de controle e de monitoramento ambiental
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os programas de controle e de
monitoramento ambiental.
Vamos começar!
Você conhece os programas de
controle e de monitoramento
ambiental?
Veja a seguir os programas de controle e de monitoramento ambiental.
Controle e monitoramento ambiental

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Os programas de controle e monitoramento ambiental estão
relacionados ao conjunto de estudos técnicos desenvolvidos para
acompanhar os efeitos de potenciais impactos do empreendimento,
atividade ou obra sob os meios físico e biótico. São amplamente
utilizados como ferramenta auxiliar no gerenciamento das áreas com
potencial impacto.
Controle ambiental
Medida preventiva, prevista na legislação ambiental brasileira, com o
objetivo de permitir a emissão ou a renovação da licença ambiental,
pode-se conceituar controle ambiental como agrupamentos de regras
destinados ao monitoramento dos impactos ambientais negativos, de
modo a corrigir ou reduzir os impactos no ar, solo, água, dentre outros.
O controle ambiental é fruto de estudos e pesquisas, baseados nos
seguintes princípios básicos:
Principal instrumento de controle ambiental, de caráter
preventivo, que por meio de diversas ferramentas propiciam a
qualidade ambiental. Dentre as ferramentas, está o EIA/RIMA,
que auxilia o órgão de controle a indicar a melhor alternativa para
mitigar e/ou eliminar os impactos ambientais de determinado
empreendimento.
Licenciamento 
Fiscalização 
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Ação de controle, exercida pelo Poder Público, com objetivo de
reparar um dano ou um potencial de risco de degradação
ambiental.
E, por fim, monitoramento, elo entre o licenciamento e a fiscalização. É a
partir dele que o órgão de controle competente estabelece as metas e
objetivos a serem atingidos pelo empreendedor, aprovando as
exigências do licenciamento para auxiliar a ação fiscalizadora.
De forma resumida, o controle é uma ação que visa contribuir para o
desenvolvimento sustentável por meio da orientação, correção,
fiscalização para a qualidade ambiental.
Monitoramento ambiental
Previsto na Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), regulamentada
pela Lei Federal nº. 6.938/1981, o monitoramento ambiental é um
instrumento de gestão ambiental que tem como objetivo a preservação,
melhoriae recuperação da qualidade ambiental, por meio da avaliação
qualitativa e quantitativa, contínua e/ou periódica, da presença de
agentes poluentes no meio ambiente.
Para o Ministério do Meio Ambiente, monitoramento ambiental é o
acompanhamento sistemático da situação dos recursos ambientais dos
meios físico e biótico, visando à recuperação, melhoria ou manutenção
da qualidade ambiental.
Sendo assim, monitoramento é um conjunto de
processos para a coleta de dados de forma contínua e
sistemática que, por meio da identificação, avaliação e
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controle da qualidade ambiental do empreendimento,
atividade ou obra, visam ao desenvolvimento e à
implementação de soluções para correção,
recuperação, preservação e conservação dos
ecossistemas.
Com o objetivo bem definido e claro, devendo ser adequado conforme a
necessidade do empreendimento, o monitoramento ambiental poderá,
em grande ou pequena escala, ser realizado por empresas e
profissionais especializados (engenheiros ambientais e florestais,
biólogos e outros) que, por meio da coleta padronizada das
informações, irá realizar a avalição periódica das atividades
desenvolvidas, permitindo o acompanhamento e ações de controle.
Alguns tipos de monitoramento ambiental são conhecidos, como:
 Programa de monitoramento da qualidade do solo.
 Programa de monitoramento da qualidade das
águas subterrâneas.
 Programa de monitoramento da qualidade das
águas superficiais.

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A elaboração de um programa de monitoramento deve ser compatível
com os impactos previstos nos estudos ambientais e deve apresentar,
no mínimo:
 Programa de controle das emissões atmosféricas
por fontes pontuais.
 Programa de monitoramento da fauna silvestre.
 Programa de monitoramento da biota aquática.
 Programa de gerenciamento de resíduos sólidos na
construção civil (PGRCC).
 Programa de monitoramento de efluentes líquidos.
 Programa de gerenciamento da sinalização e do
tráfego (indústria e agrícola).
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 Identi�cação dos parâmetros a serem
monitorados
Mapeamento de todo o processo com objetivo de
nortear as ações de execução do monitoramento.
 Localização das estações de coleta
Localidades onde as amostras serão coletadas,
devendo ser realizadas no mesmo local para
facilitar a comparação e a avaliação.
 Periodicidade das amostragens
Anual, semestral ou mensal. Independentemente do
período estabelecido, a periodicidade deverá ser
respeitada.
 Técnica de coleta, preservação e análise
Deverá ser realizada por uma equipe técnica com
habilidade e competências para determinar o
melhor método.
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Programa de monitoramento da água
Solvente universal da biosfera, com 97% nos oceanos e nos mares, 2,2%
em forma de gelo, 0,6% embaixo da camada superficial do solo, 0,1% na
atmosfera e somente 0,1% disponível nos rios e lagos do planeta, a água
é parte vital no desenvolvimento e manutenção de todas as formas de
vida.
Formado por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, esse recurso
natural é essencial para a saúde da Terra, seja como componente
bioquímico de seres vivos, como meio de vida de espécies vegetais e
animais e, ainda, para o desenvolvimento econômico por meio da
produção de bens de consumo.
Devido à importância e urgência de sua conservação e
preservação, instrumentos para proteção desse bem
foram criados, no Brasil e no mundo. Um exemplo é a
Declaração Universal dos Direitos da Água, criada pela
Organização das Nações Unidas (ONU), em 1992,
 Plano de ação
Elaboração da rotina de atividades e tarefas que
visam cumprir as metas estabelecidas para o
controle da qualidade ambiental.
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como forma de propor uma reflexão sobre a
importância da água e o risco da sua escassez.
No Brasil, com uma situação privilegiada em relação a outros países
(com situações de extrema gravidade em relação aos recursos hídricos),
foi instaurado o princípio do poluidor-pagador, que permeia a Política
Nacional dos Recursos Hídricos (PNRH), estabelecida pela Lei nº
9.433/97, que legisla sobre a água ser um recurso natural findável,
dotado de valor econômico, e ainda que os planos de recursos hídricos
deverão conter, no mínimo, derivações, captações e extrações de água e
os lançamentos e demais resíduos líquidos e gasosos.
Com o objetivo de mapear e elaborar programas ambientais, a
Resolução Conama nº 20 define nove classes, segundo o uso
preponderante a que as águas (doce, salinas e salobras) se destinam.
As cinco classes da água doce no Brasil, segundo a Resolução Conama
nº 20, são:
a) Ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples
desinfecção;
b) À preservação do equilíbrio natural das comunidades
aquáticas.
a) Ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado;
b) À proteção das comunidades aquáticas;
Classe especial – águas destinadas 
Classe 1 – águas destinadas 
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c) À recreação de contato primário (natação, esqui aquático e
mergulho);
d) À irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de
frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas
cruas sem remoção de película;
e) À criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies
destinadas à alimentação humana.
a) Ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional;
b) À proteção das comunidades aquáticas;
c) À recreação de contato primário (esqui aquático, natação e
mergulho);
d) À irrigação de hortaliças e plantas frutíferas;
e) À criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies
destinadas à alimentação humana.
a) Ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional;
b) À irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) À dessedentação de animais.
Classe 2 – águas destinadas 
Classe 3 – águas destinadas 
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a) À navegação;
b) À harmonia paisagística;
c) Aos usos menos exigentes.
De posse da classificação das águas e com a utilização de indicadores
ambientais, os programas da PNRH acompanham as alterações
provocadas na água em decorrência de uso em atividades produtoras,
com objetivos específicos de melhoria das disponibilidades hídricas em
qualidade e quantidade, da diminuição de conflitos sobre sua utilização
e, ainda, situações hidrológicas críticas, bem como a percepção da
conservação e preservação da água como um valor socioambiental.
Vamos agora conhecer a estrutura de programas do PNRH:
A água é um dos recursos naturais mais utilizados nos
processos de produção e, para manter a qualidade dela, são
necessários programas de forma integrada com outros recursos,
normas e leis que possibilitem que sua utilização seja feita de
forma racional e adequada. Alguns programas são:
- Programa de Estudos Estratégicos sobre Recursos Hídricos
- Programa de Desenvolvimento Institucional da Gestão
Integrada dos Recursos Hídricos no Brasil
Classe 4 – águas destinadas 
Componente 1 – Desenvolvimento da gestão integrada
dos recursos hídricos 
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Sendo um dos recursos utilizados por diversos setores, é
importante que a gestão da água seja realizada de forma
integrada por todos eles.A gestão entre setores e instituições
permite a elaboração de programas mais efetivos e com
melhores ações para preservação e conservação. Alguns
programas são:
- Programa de Articulação Intersetorial, Interinstitucional e
Intrainstitucional da Gestão de Recursos Hídricos
- Programa de Usos Múltiplos e Gestão Integrada de Recursos
Hídricos
- Programas Setoriais voltados aos Recursos Hídricos
Tão importante nos setores como nas regiões geográficas, a
água gerenciada por meio de programas específicos tem como
objetivo preservar o ecossistema local de cada região. Alguns
desses programas são:
- Programa Nacional de Águas Subterrâneas
- Programa de Gestão de Recursos Hídricos Integrados ao
Gerenciamento Costeiro e de Áreas Úmidas
- Programa de Gestão Ambiental de Recursos Hídricos na Região
Amazônica
- Programa de Conservação das Águas no Pantanal, em especial
Componente 2 – Articulação intersetorial, inter e
intrainstitucional da gestão integrada de recursos hídricos 
Componente 3 – Programas regionais de recursos
hídricos 
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- Programa de Conservação das Águas no Pantanal, em especial
suas Áreas Úmidas
- Programa de Gestão Sustentável de Recursos Hídricos e
Convivência com Semiárido
O gerenciamento por meio desse componente possibilita a
elaboração de ferramentas para promoção e utilização da água
de forma racional e integrada. Como suporte à implementação,
são criados o Programa de Gerenciamento Executivo e de
Monitoramento e a Avaliação da Implementação do PNRH.
Programa de monitoramento do ar
Composta pela mistura dos gases nitrogênio (78%), oxigênio (21%) e
pequenas proporções de outros gases, como o dióxido de carbono, a
atmosfera, como recurso natural, é essencial para a manutenção da vida
no planeta.
Entretanto, ao longo da história, com o crescimento demográfico e dos
espaços urbanos, em nome do desenvolvimento econômico, a emissão
e a concentração de poluentes na atmosfera estão provocando um
processo de exaustão da capacidade de suporte do planeta.
No Brasil, a questão relacionada à poluição do ar
intensificou-se na década de 1970, devido ao
Componente 4 – Gerenciamento da implementação do
PNRH 
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intensificou-se na década de 1970, devido ao
crescimento econômico e industrial de grandes
cidades como São Paulo, Porto Alegre e outras, dando
origem a políticas públicas sobre o tema.
Como poluentes, entende-se substâncias (erupções vulcânicas,
decomposição de vegetais e animais, incêndios florestais, queima de
combustíveis fósseis, inseticidas, processos industriais) que, quando
lançadas em demasia na atmosfera, podem resultar em concentrações
que causem ou possam causar danos à saúde e ao meio ambiente.
O efeito de poluentes pode causar diversos problemas à saúde da
população, bem como à vegetação, que pode sofrer com a redução da
penetração da luz. Também podem ocorrer danos em diversos
materiais, conforme o quadro a seguir:
Tipo de material
Manifestação do
dano
Poluente
Metais
Danificação da
superfície
Dióxido de enxofre
Animais
Alteração da
aparência
Oxidantes
fotoquímicos
Pintura
Impacto na vida útil
do produto
Material
particulado
Borracha Enfraquecimento
Oxidantes
fotoquímicos
Tabela: Dano da poluição do ar a materiais.
Adaptado de PHILIPPI JUNIOR, 2013.
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Somente em 1976, por meio da Portaria do Ministério do Interior de nº
231, a problemática em relação à poluição atmosférica ganhou força e
padrões para a qualidade do ar referente ao material particulado, dióxido
de enxofre, monóxido de carbono e oxidantes fotoquímicos, foram
estabelecidos.
Com a evolução das indústrias, principalmente as automobilísticas, viu-
se a necessidade de instrumentos de controle mais robustos. Nesse
contexto, por meio da resolução do Conama de nº 05, de 1989, foi
criado o Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar (Pronar)
que, em 1990, publicou seu primeiro dispositivo legal decorrente da
resolução do Conama nº 03, que estabeleceu os novos padrões
nacionais de qualidade do ar, tabela 1, em substituição aos fixados pela
Portaria Minter nº 231/76.
Poluente
Tempo de
Amostragem
Padrão Primário
µg/m3
Partículas totais
em suspensão
(PTS)
24 horas*
MGA**
240
80
Fumaça
24 horas*
MMA***
150
60
Partículas Inaláveis
24 horas*
MMA
150
50
Dióxido de enxofre
24 horas*
MMA
365
80
Monóxido de
carbono
1 hora*
8 horas*
40.000 (35ppm)
10.000 (9ppm)
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Ozônio 1 hora* 160
Dióxido de
nitrogênio
1 hora
MMA
320
100
* Não deve ser excedido mais de uma vez ao ano ** Média Geométrica Anual *** Média
Aritmética AnualPadrões Nacionais de Qualidade do Ar – Resolução Conama nº 3, de 28/06/9
PHILIPPI JUNIOR, 2013.
Sendo a qualidade do ar um direito da sociedade garantido pelo
Constituição Federal Brasileira de 1988, estão sendo desenvolvidos
diversos programas, envolvendo diferentes atores, no sentido de
atuação nessa problemática.
Como exemplo, temos o Ibama, que criou o programa de controle da
poluição do ar por veiculares automotores (Proconve), instituído pela da
Resolução Conama nº 18, de 1986, e endossadas pela da Lei nº 8.723
de 1993, com o objetivo de:
• Reduzir os níveis de emissão de poluentes por veículos
automotores.
• Viabilizar o desenvolvimento tecnológico nacional.
• Criar programas de inspeção e manutenção para veículos
automotores em uso.
• Desenvolver a conscientização sobre a poluição do ar por veículos
automotores.
• Investir em melhorias das características técnicas dos
combustíveis líquidos.
• Estabelecer condições de avaliação dos resultados alcançados.
Obs.: também sob tutela do Ibama e instituído pela Resolução Conama
nº 297/2002, no Brasil é aplicado o programa de controle da poluição do
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nº 297/2002, no Brasil é aplicado o programa de controle da poluição do
ar por motociclos, ciclomotores e similares (Promot).
No âmbito do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), podemos citar o
Programa de Autocontrole de Emissão de Fumaça Preta por Veículos
Automotores do Ciclo Diesel, apelidado de Procon Fumaça Preta. Esse é
um instrumento de controle de emissão veicular específico para
veículos pesados, como ônibus e caminhões, que tem como foco
intensificar as inspeções nos veículos vinculados ao programa.
E, também, o Programa de Monitoramento de Fontes Fixas, relativo a
emissões industriais destinado aos empreendimentos classificados
como de alto potencial poluidor. Nesse caso, os responsáveis são
obrigados, por força de restrições das licenças ambientais, a adotarem
medidas de controle e monitoramento, em tempo real, dos poluentes
lançados por meio do seu processo produtivo e, ainda, de controlar e
monitorar a qualidade do ar nas suas áreas de influência direta e
indireta.
Programa de monitoramento do solo
De espessura variável e com vários tipos de estrutura, o solo é formado
por uma porção superficial da crosta terrestre resultante da interação de
processos físicos, químicos e biológicos que sofre exposição dos
fatores climáticos.
Originado do latim, solum, que traduzido significa “chão em que se pisa”,
o solo desempenha diversas funções que, segundo o art. 3 da
Resolução Conama nº 420, de 2009, são:
• Sustentação da vida e de habitat dos organismos vivos.
Manutenção do ciclo da água e dos nutrientes.
Estudos de impacto ambiental https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04908/index.html#
38 of 71 06/04/2024, 22:15• Manutenção do ciclo da água e dos nutrientes.
• Meio de produção de alimentos e outros bens primários de
consumo.
• Filtro natural, tampão e meio de adsorção, degradação e
transformação de substâncias químicas e organismos.
• Proteção das águas superficiais e subterrâneas.
• Fonte de informação quanto ao patrimônio natural, histórico e
cultural.
• Fonte de recursos minerais.
• Meio básico para a ocupação territorial.
O solo, ecossistema de apoio, fixação e de nutrição para sobrevivência
dos animais e do homem, vem sendo impactado desde o período
paleolítico. Nesse período, os nativos causavam baixo impacto ao solo
devido à cultura milenar de conservação e preservação do local e do seu
entorno. Entretanto, utilizando a capacidade de raciocínio e o
desenvolvimento das primeiras técnicas agrícolas, o homem nômade
passou pelo processo de fixação, quando surgiram as comunidades
sedentárias, justamente pelo fato de o homem não ir em busca de
outros lugares quando os recursos daquela área acabavam. Assim, ao
longo do período, o homem passou a exigir cada vez mais do solo.
Com o surgimento dos processos de transformação em grande escala,
provenientes da Revolução Industrial e o uso intensivo dos recursos
naturais e dos resíduos gerados pelo aumento das atividades urbanas,
industriais e agrícolas, o solo vem sofrendo com a emissão
desequilibrada de poluentes. Vejamos a tabela a seguir:
Atividades de usos e ocupação do solo, potencialmente
poluentes
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Aplicação no solo de lodos de
esgoto, lodos orgânicos
industriais, ou outros resíduos
Aterros e outras
instalações de tratamento e
disposição de resíduos
Silvicultura
Estocagem de resíduos
perigosos
Atividades Extrativistas
Produção e teste de
munições
Agricultura/horticultura Refinarias de petróleo
Aeroportos Fabricação de tintas
Atividades de processamento
de animais
Manutenção de rodovias
Atividades de processamento
de asbestos
Estocagem de produtos
químicos, petróleo e
derivados
Atividades de lavra e
processamento de argila
Produção de energia
Enterro de animais doentes
Estocagem ou disposição
de material radioativo
Cemitérios
Ferrovias e pátios
ferroviários
Atividades de processamento
de produtos químicos
Atividades de
processamento de papel e
impressão
Processamento de
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Mineração
Processamento de
Borracha
Atividades de docagem e
reparação de embarcações
Tratamento de efluentes e
áreas de tratamento de
lodos
Atividades de reparação de
veículos
Ferro-velho e depósitos de
sucata
Atividades de lavagem a seco Construção civil
Manufatura de equipamentos
elétricos
Curtumes e associados
Indústria de alimentos para
consumo animal
Produção de pneus
Atividades de processamento
do carvão
Produção, estocagem e
utilização de preservativos
de madeira
Manufatura de cerâmica e
vidro
Atividades de
processamento de ferro e
aço
Hospitais Laboratórios
Cetesb – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
cetesb.sp.gov.br/solo/poluicao/
O solo é fundamental para sobrevivência dos vegetais, animais e
humanos. Por isso, há necessidade da aplicação de programas
destinados à conservação e à preservação desse recurso natural,
atualmente considerado como limitado.
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O monitoramento e o controle do solo têm como objetivo a elaboração
de programas que desenvolvam medidas de remediação ou
recuperação da área impactada.
O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad) é solicitado pelos
órgãos ambientais como parte integrante do processo de licenciamento
de atividades. Ao ser realizado por uma equipe multidisciplinar, deverá
conter, no mínimo: caracterização da área degradada e entorno; os
agentes(s) causador(es) da degradação; proposta de recuperação para
a área degradada; descrição dos parâmetros a serem recuperados com
base numa área adotada como referência ou controle; adoção de um
modelo de recuperação; descrição das técnicas e ações a serem
empregadas para a recuperação; proposta de monitoramento e
avaliação da efetividade da recuperação; previsão dos insumos; custos
e cronograma.
Atualmente, no Brasil, existem diversos programas que
visam à qualidade ambiental do solo. Um deles é
coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), conhecido como Programa
de Análise de Qualidade de Laboratórios de Fertilidade
(PAQLF), instituído em 1992, em que participam os
laboratórios do Método Embrapa de Análise de Solos.
Outro programa de monitoramento é o da qualidade do solo utilizado
pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Importante esclarecer, que independentemente dos programas de
qualidade para recursos hídricos, atmosféricos e do solo, a
responsabilidade de execução é do empreendedor, que deve seguir as
determinações dos órgãos responsáveis e das leis brasileiras vigentes.
Para uma efetiva elaboração de um programa de qualidade ambiental, o
projeto deve dispor de, no mínimo:
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projeto deve dispor de, no mínimo:
 Objetivo do programa.
 Nome dos responsáveis pela elaboração do
programa e do responsável técnico habilitado pelo
seu órgão de classe.
 Legislação vigente e requisitos legais à que está
vinculado o programa.
 Escopo do programa.
 Área de abrangência.
 Materiais e métodos – pontos de coleta e
procedimentos para realização.
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 Monitoramento e seus resultados.
 Parâmetros que serão analisados.
 Laboratórios e contratos de análise da
amostragem.
 Procedimentos de correção.
 Monitoramento de metas.
 Criação e monitoramento de indicadores.
 Cronograma e mapeamento dos programas inter-
relacionados que, em se tratando do programa da
qualidade do solo, podem ser: programa ambiental
da construção.
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da construção.
 Programa de monitoramento e controle de
processos erosivos; programa de gerenciamento de
resíduos sólidos e efluentes líquidos.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A implementação de programa de monitoramento ambiental é de
suma importância para o desenvolvimento sustentável e
econômico de um país. É por meio desse instrumento que os
empreendedores analisam os possíveis efeitos que um impacto
pode causar ao ecossistema. Para tal, a elaboração de um
programa de monitoramento deve apresentar
A mapeamento de todo o processo.
B
localização das estações de coleta e técnicas de
coleta.
C elaboração de uma rotina de atividades e tarefas
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Parabéns! A alternativa D está correta.
Para uma eficiente elaboração de um programa de monitoramento,
este deve apresentar uma periodicidade das amostragens, seja
anual, semestral ou mensal.
Questão 2
Com apenas 3% disponível para consumo humano, a água possui
nove classes estabelecidas por meio da Resolução Conama nº 20.
Sendo vital para as diferentes atividades humanas e para a vida, a
água doce da Classe 2 se destina
D intervalos regulares das amostragens.
E equipe técnica com habilidade e competências.
A
ao abastecimento doméstico, após tratamento
convencional.
B
ao abastecimento doméstico,após tratamento
simplificado.
C à irrigação de plantas frutíferas.
D à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Ao longo da história e em nome do desenvolvimento econômico, a
água vem sendo utilizada sem a consciência de que um dia ela se
tornará um bem escasso. Para defesa de seus níveis de qualidade,
a Resolução Conama nº 20 estabeleceu que a água doce para o
abastecimento doméstico, após tratamento simplificado, estará
inserida na Classe 1 da referida resolução.
D à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas.
E
à criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de
espécies destinadas à alimentação humana.
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3 - Indicadores nas áreas de Segurança, Saúde Humana e
Ecologia
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer indicadores nas áreas de Segurança,
Saúde Humana e Ecologia.
Vamos começar!
Indicadores ambientais
A seguir, acompanhe o vídeo abordando os indicadores ambientais.
Indicadores
A questão do crescimento econômico por meio do desenvolvimento
sustentável está provocando uma corrida na busca por metodologias
para controle e monitoramento dos impactos ambientais, no Brasil e no
mundo.

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Sendo assim, a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA),
com base na norma ISO 14001, tem se mostrado uma boa aliada.
Aceita internacionalmente e adequando-se a todos os tipos e tamanhos
de empreendimentos, a ISO 14001 auxilia a identificar, gerenciar,
monitorar e controlar o desempenho ambiental. Para isso, a referida
norma estabelece que a organização deve determinar indicadores
apropriados.
Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
Estrutura organizacional que desenvolve atividades administrativas e
operacionais por meio de um conjunto de procedimentos que auxilia o
empreendimento a avaliar e controlar os impactos ambientais de suas
atividades produtivas.
Indicadores são ferramentas que, constituídas por uma
ou mais variáveis, por meio de métricas, proporcionam
a geração de informações que visam monitorar as
medidas ou ações de melhoria dos processos,
permitindo a análise em relação aos objetivos ou
padrão mínimo de desempenho estabelecido.
Sendo assim, indicadores são de suma importância para o Sistema de
Gestão Ambiental, pois é por meio deles que são extraídos os dados que
auxiliarão o empreendimento na tomada de decisão em relação a ações
de melhoria à saúde, segurança e ecologia, por exemplo.
São essenciais a utilização e a criação de um sistema de indicadores.
Eles servem para mapear os processos e conhecer as lacunas
existentes, afinal, segundo Deming (1990): “Não se gerencia o que não
se mede”
Sintetizando, como tomar decisões acerca da melhoria da qualidade
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ambiental se não se tem dados?
O indicador serve para entender as lacunas do processo e seguir o
conceito de melhoria contínua por meio do ciclo PDCA:
 Plan (Planejar)
Estabelecer os objetivos e processos necessários
para fornecer resultados em conformidade com os
requisitos estabelecidos.
 Do (Fazer)
Consiste em implementar os processos.
 Check (checar)
Monitorar e medir processos.
 Act (Agir)
Está relacionado à execução das ações para
promover continuamente a melhoria do
desempenho e avalia se as metas estabelecidas no
programa estão sendo alcançadas.
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Devendo estar alinhado às metas organizacionais, ao estabelecer
indicadores, devemos levar em consideração que deverá:
• Ser coerente com a política ambiental, refletir fatores controláveis.
• Ser mensurável, que relate ao usuário como o seu processo está se
desempenhando.
• Descrever fatos e dados de maneira simples.
• Ser focado nas ações de melhoria.
• Realizar comunicados, atualizados.
Devendo estar em conformidade com legislação vigente, normas
técnicas e objetivos organizacionais, o monitoramento e o controle dos
impactos ambientais praticados por meio de bons indicadores
ambientais favorecem a sustentabilidade do empreendimento.
Resultados monitorados pelos indicadores ambientais
devem ser associados com outros indicadores de
desempenho, como, por exemplo, os relacionados ao
Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho
(ISO 45001:2018).
A utilização dos indicadores ambientais brasileiros desenvolvidos pelo
Ministério do Meio Ambiente, assim como pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), é maciça por parte dos empreendimentos
na busca de ações de melhoria do seu desempenho ambiental e, ainda,
no cumprimento das dezessete metas dos Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostas pela Organização das
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Nações Unidas (ONU).
A construção dos indicadores de desenvolvimento sustentável do IBGE
foi inspirada no movimento internacional liderado pela Commission on
Sustainable Development (CSD – em português, Comissão de
Desenvolvimento Sustentável), da ONU, no documento Indicators of
sustainable development: guidelines and methodologies (Indicadores de
desenvolvimento sustentável: diretrizes e metodologias), conhecido
como Livro Azul, em sua edição de 2007. Utiliza as dimensões do tripé
da sustentabilidade: ambiental, social e econômica.
Indicadores ambientais
Práticas para a conquista pelo desenvolvimento sustentável deverão ser
realizadas mundialmente. Entretanto, cada país possui suas
especificidades devido às características e problemas de cada região.
Sendo assim, são necessárias ações de melhorias específicas
individualizadas, mas com uma visão global sobre a sustentabilidade,
afinal vivemos todos em um único planeta.
As escolhas de indicadores que serão utilizados em cada região são
valiosos instrumentos para programas e ações de melhoria rumo ao
desenvolvimento sustentável local e para alcançar as metas
estabelecidas pela Agenda 2030.
A agenda 2030, coordenada pelas Nações Unidas, por
meio do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), é um plano de ação global,
rumo ao desenvolvimento sustentável, que reúne 17
objetivos, conforme a imagem a seguir, e 169 metas
que deverão ser alcançadas até o ano de 2030.
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Com o lema central “Ninguém é deixado para trás”, a Agenda condensa
as pretensões de todos os países e engloba as dimensões do tripé da
sustentabilidade sempre embasados nos princípios orientadores que
ser referem a Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias (5 Ps).
Objetivos do desenvolvimento sustentável.
Dentro dessa perspectiva, o IBGE publica diversos indicadores, dentre os
quais iremos destacar os referentes à Segurança, Saúde Humana e
Ecologia – parte dos dezessete ODS da ONU.
Indicadores na saúde humana
Indissociável ao tema desenvolvimento sustentável e sendo um direito
fundamental do ser humano (Lei nº 8.080/90), a saúde humana engloba
uma série de condições que devem estar harmonizadas para a
qualidade de vida do ser humano, incluindo o meio ambiente
equilibrado.
Portanto, conforme o ODS 3 da ONU, tendo como objetivo principal a
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Portanto, conforme o ODS 3 da ONU, tendo como objetivo principal a
saúde da população, os empreendimentos devem“Garantir o acesso à
saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as
idades”.
A área de Saúde Pública no Brasil tem como ferramenta para criação de
programas e ações de melhoria indicadores bastante consolidados
como o IBGE, que tem publicado em seu site oficial dados sobre
mortalidade, registros de incidência de doenças, dentre outros.
Com foco na saúde da população, a primeira meta do
ODS 3 é, até 2030, reduzir a taxa de mortalidade
materna global para menos de 70 mortes por 100.000
nascidos vivos. A segunda tem como objetivo acabar
com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças
menores de 5 anos, com todos os países objetivando
reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por
1.000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças
menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1.000
nascidos vivos.
Entendendo a importância de informações e indicadores para a segunda
meta do ODS, o IBGE publicou, em 2015, um livro de publicação livre de
dados referentes à taxa de mortalidade infantil, que demostra o risco de
morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida. Segundo o
IBGE, a fonte utilizada para a realização do indicador foi a Projeção da
População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000-2060 –
Revisão 2013 e Projeção da População das Unidades da Federação por
Sexo e Idade para o Período 2000-2030 – Revisão 2013, do IBGE.
Para a construção do indicador, foram mapeados os números de óbitos
por homicídios (total e por sexo) e a população residente (total e por
sexo), sendo o indicador a relação entre a quantidade de óbitos por
homicídios e a população, expressa em óbitos anuais por homicídio por
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homicídios e a população, expressa em óbitos anuais por homicídio por
100.000 habitantes (IBGE).
Gráfico: Taxa de mortalidade infantil – Brasil – 2000-2012.
IBGE, Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000-2060 – Revisão 2013.
Ratificando que os resultados monitorados pelos indicadores
ambientais devem ser associados a outros indicadores, o IBGE
relacionou os seguintes indicadores a este indicador: qualidade de
águas interiores; acesso ao abastecimento de água; acesso ao
esgotamento sanitário; acesso ao serviço de coleta de lixo doméstico;
tratamento de esgoto; rendimento domiciliar per capita; rendimento
médio mensal; esperança de vida ao nascer; prevalência de desnutrição
total; imunização contra doenças infecciosas infantis; oferta de serviços
básicos de saúde; doenças relacionadas ao saneamento ambiental
inadequado; taxa de frequência escolar; taxa de alfabetização; taxa de
escolaridade da população adulta; adequação de moradia e gastos com
pesquisa e desenvolvimento (P&D).
O ODS 3 ainda conta com mais sete metas que estão relacionadas a:
cessar epidemias, combater hepatite e outras doenças transmissíveis e,
ainda, doenças transmitidas pela água; reduzir em um terço a
mortalidade prematura por doenças não transmissíveis.
Sendo graves os problemas de saúde pública, esse
ODS também pretende fortalecer a prevenção e o
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ODS também pretende fortalecer a prevenção e o
tratamento do abuso de substâncias, incluindo drogas
entorpecentes e uso do álcool e, ainda, a redução pela
metade das mortes e dos ferimentos globais por
acidentes em estradas.
E visa ao acesso universal aos serviços de saúde essenciais de
qualidade, de saúde sexual e reprodutiva bem como a integração da
saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais até o ano de
2030.
Acesso a medicamentos e vacinas eficazes, de qualidade e a preços
acessíveis para todos e, por fim, a meta 3.9, de redução do número de
mortes e doenças por produtos químicos perigosos, contaminação e
poluição do ar e água do solo, também são os objetivos da ODS3 da
ONU.
Segurança
O ODS 8 tem como ponto principal o trabalho decente e o
desenvolvimento econômico como um dos temas do plano de
desenvolvimento sustentável mundial. Entendendo que a segurança é
primordial para o ser humano, conforme Abraham Maslow descreve na
Teoria das Necessidades Humanas, na qual organiza as necessidades
humanas conforme sua prioridade, e a segurança financeira é gerada
pela estabilidade profissional, o ODS 8 é primordial para o crescimento
econômico inclusivo e sustentável.
A proposta prevê “o emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para
todos”.
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Sendo assim, o IBGE, no mesmo livro sobre dados
referentes aos indicadores de desenvolvimento
sustentável 2015, disponibiliza o índice de Gini, que
apresenta o grau de concentração na distribuição do
rendimento da população. O Gini é um instrumento de
medição desenvolvido pelo estatístico italiano Corrado
Gini, que tem como foco apontar a diferença entre os
rendimentos das pessoas mais pobres e das mais
ricas.
Assim, obedecendo a uma escala que vai de 0 (quando não há
desigualdade) a 1 (com desigualdade máxima), pela Curva de Lorenz, o
índice calcula um somatório de frequência da população pela renda de
cada um.
Gráfico: Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de 15 anos ou mais de
idade, com rendimento – Brasil – 2004/2012 (Não houve pesquisa em 2010).
IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004/2012.
Em situações concretas, é muito difícil que o índice atinja os valores
extremos. Um índice em torno de 0,5 é considerado um valor
representativo de fortes desigualdades (IBGE). Outras fontes também
foram utilizadas, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad), do IBGE, sendo associadas aos indicadores de taxa de
desocupação; rendimento domiciliar per capita; rendimento médio
mensal; taxa de frequência escolar; taxa de alfabetização; taxa de
escolaridade da população adulta; adequação de moradia; coeficiente
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de mortalidade por homicídios e Produto Interno Bruto (PIB) per capita.
Para elaboração desse indicar, o IBGE utilizou informações relativas à
População em Idade Ativa obtidas por meio dos dados da Pnad e
publicadas na Síntese de Indicadores 2012, ambas do IBGE.
Em posse desse indicador, é possível desenvolver programas e ações de
melhoria para que o empreendimento possa contribuir com a alcance
das metas estabelecidas na Agenda 2030, local e globalmente.
São propostas como metas:
• Sustentar o crescimento econômico por meio de metas de
desempenho, produtividade por meio da diversificação,
modernização tecnológica e inovação.
• Impulsionar políticas que apoiem a produtividade, o
empreendedorismo e a inovação.
• Investir em projetos de sustentabilidade.
• Proporcionar emprego decente e igualdade de remuneração.
• Reduzir percentual de jovens sem emprego.
• Possibilitar ambiente de trabalho seguro e direitos trabalhistas
assegurados.
• Incentivar o turismo sustentável.
• Fortalecer instituições financeiras nacionais.
• Apoiar o comércio para os países em desenvolvimento.
Indicador ecologia
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De origem grega oikos e logos que, respectivamente, significam, casa e
estudo, o termo ecologia, na concepção de Odum (1988, p. 1) é “o
estudo do ambiente, da casa, incluindo todos os organismos contidos
nela e todos os processos funcionais que a tornam habitável”.
Logo, podemos concluir que a Ecologia é o estudo de
como os seres vivos relacionam-se uns com os outros
e com o ambiente em que vivem. Apesar de ser uma
ciência complexa, entender como os organismos vivem
e se relacionam é fundamentalpara a elaboração de
programas em busca do desenvolvimento sustentável.
Sendo assim, a ONU, no ODS 14 “Vida na Água” e no ODS 15 “Vida na
Terra”, estabelece metas a serem atingidas até 2030, tendo o IBGE
publicado indicadores sobre o tema.
ODS 14 Vida na Água
A crescente preocupação com a poluição por detritos nos oceanos,
mares e recursos marinhos no Brasil e no mundo favoreceu a criação do
Objetivo 14, denominado “Vida na Água”, com foco na conservação e
utilização de forma sustentável.
Os empreendimentos devem utilizar instrumentos como indicadores
ambientais para elaboração e implementação de planos de melhorias
dos negócios, uma vez que a Convenção sobre Diversidade Biológica
(CBD), tema principal da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Rio 92, incluiu
o Brasil na chamada megadiversidade (uma das 12 nações que abrigam
70% da biodiversidade total do planeta).
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O IBGE possuiu o indicador de biodiversidade que
exibe os números estimados de espécies da fauna e da
flora extintas e ameaçadas de extinção nos biomas
brasileiros, no qual utilizou como fonte o Ibama. Para
elaboração desse indicador, foram mapeados os
números de espécies ameaçadas de extinção,
subdivididas segundo as categorias de risco em alguns
grupos taxonômicos.
Em se tratando dos ODS, as metas a serem cumpridas abordam
assuntos sobre:
• Redução da poluição e impacto da acidificação marinha.
• Formas sustentáveis e proteção dos ecossistemas marinhos e
costeiros.
• Regulamentação das práticas de pesca.
• Conservação das zonas costeira e marinha conforme legislação.
• Gestão sustentável da pesca, aquicultura e turismo.
• Pesquisa e investimento em tecnologias.
• Preservação do acesso ao mar, aos recursos naturais e aos
mercados ao pescador artesanal.
ODS 15 Vida na Terra
Proveniente da incerteza da capacidade da agricultura, da pecuária e da
silvicultura de satisfazer às necessidades das gerações presentes, sem
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silvicultura de satisfazer às necessidades das gerações presentes, sem
comprometer a qualidade da terra para gerações futuras.
Este ODS visa proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos
ecossistemas terrestres, assim como gerenciar de forma sustentável as
florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da
terra e deter a perda de biodiversidade conforme estabelecido pela
Agenda 2030.
Para isso, o acompanhamento de indicadores
referentes ao tema permite um melhor entendimento
das variações ocorridas ao longo do tempo referente à
pressão sobre os recursos do solo.
O Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) utiliza diversos
indicadores para alcançar os objetivos estabelecidos pela Agenda 2030.
A meta 15.1, por exemplo, determinava que até o ano de 2020 deveria
ser assegurada a conservação, recuperação e uso sustentável de
ecossistemas terrestres e de água doce interiores e seus serviços, em
especial florestas, zonas úmidas, montanhas e terras áridas, em
conformidade com as obrigações decorrentes dos acordos
internacionais.
Atendendo à proposta da ONU, o Brasil, por meio do indicador “Área
florestal como proporção da área total do território”, que apresenta a
porcentagem da área coberta por florestas em relação à área total do
território do país (excluindo a área ocupada pelas massas de águas
interiores), estabelece que:
Serão conservadas, por meio de
sistemas de unidades de
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conservação previstas na Lei do
Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC), e outras
categorias de áreas oficialmente
protegidas como Áreas de
Preservação Permanente (APPs),
Reservas Legais (RLs) e terras
indígenas com vegetação nativa,
pelo menos 30% da Amazônia, 17%
de cada um dos demais biomas
terrestres e 10% de áreas marinhas
e costeiras, principalmente áreas de
especial importância para
biodiversidade e serviços
ecossistêmicos, assegurada e
respeitada a demarcação,
regularização e a gestão efetiva e
equitativa, visando garantir a
interligação, integração e
representação ecológica em
paisagens terrestres e marinhas
mais amplas.
(IPEA, 2019)
Veja a tabela a seguir:
Indicador 15.1.1 - Área florestal como proporção da área total do território
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1990 2000
Área de floresta
(Hectares)
588 898 000 551 088 600
Área terrestre do
território do Brasil
(Hectares)
835 814 000 835 814 000
Área de floresta
como proporção da
área total terrestre
(%)
70,46 65,93
Tabela: Mapa de vegetação do Brasil.
IBGE (2018).
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Observe as afirmativas a seguir.
I. Acompanhar os indicadores é uma forma de mensurar o impacto
que as atividades produtivas geram no meio ambiente e de
elaboração de boas práticas à medida que a empresa/indústria
conquiste melhorias.
II. Por meio do ciclo PDCA, é possível estabelecer processos
necessários para fornecer resultados em não conformidade com os
requisitos estabelecidos.
III. Indicadores ambientais devem estar alinhados às metas
organizacionais das empresas/indústrias.
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Está correto o que se afirma em
Parabéns! A alternativa D está correta.
Indicadores são ferramentas que visam entender as lacunas do
processo e, utilizando o conceito do ciclo PDCA, a fase do
planejamento estabelece os objetivos e processos necessários
para fornecer resultados em conformidade com os requisitos
estabelecidos pelo empreendimento.
Questão 2
O Brasil e outros 193 Estados-membros da ONU comprometeram-
se com um dos mais ambiciosos desafios da história, o
crescimento econômico por meio de práticas que visem a um
A I, II e III.
B II e III.
C I e II.
D I e III.
E II.
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desenvolvimento sustentável (ODS). Para atender à proposta, a
Agenda 2030 reúne diversos objetivos.
Qual é o lema da Agenda 2030?
Parabéns! A alternativa A está correta.
“Ninguém é deixado para trás” foi o lema escolhido para a Agenda
2030, que pretende que os países desenvolvam ações de melhorias
referentes às Pessoas, ao Planeta, à Prosperidade , à Paz e às
Parcerias, alinhadas aos 17 objetivos e 169 metas estabelecidas.
A Ninguém é deixado para trás.
B 169 metas.
C Dimensões do tripé da sustentabilidade.
D 17 Objetivos.
E Princípios orientados a parcerias.
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Considerações �nais
O desenvolvimento sustentável (DS) pressupõe o atendimento das
necessidades do presente, sem comprometer o meio ambiente para as
futuras gerações. O Sistema de Gestão Ambiental voltado para o DS
inclui um arcabouço legal que propicia o desenvolvimento econômico
sem a depreciação dos recursos naturais. E, por meio da Avaliação de
Impacto Ambiental, instrumento de proteção introduzido pela Lei da
Política Nacional de Meio Ambiente, no Brasil são elaboradas
resoluções que visam mitigar os impactos ambientais e cumprir com as
metas estabelecidas pela Agenda 2030.
A Resolução Conama 001, de 1986, formalizou o Estudo dos Impactos
Ambientais e os Relatórios dos Impactos Ambientais para atividade ou
empreendimentoa serem implementados. Assim, para obter o
licenciamento ambiental, é necessário realizar o mapeamento dos
possíveis impactos e, ainda, propor ações de melhoria contínua.
Falando da melhoria contínua, para a orientação da tomada de decisão e
sua inserção no processo do Sistema de Gestão Ambiental, empresas e/
ou indústrias utilizam indicadores. Peça essencial para planejamento e
implementação dos programas, a implantação de indicadores ocorre por
meio da seleção prévia de indicadores que, descritos de forma simples,
devem conter informações sobre o estado e as tendências dos recursos
ambientais, a situação socioeconômica do local e estar em
conformidade com as leis e normas dos órgãos responsáveis.
Marco para a construção de perspectivas de médio e longo prazo, os
indicadores são fundamentais para o atendimento dos Dezessete
Objetivos para Desenvolvimento Sustentável, que têm incorporados os
princípios de sustentabilidade, questões relacionadas à saúde humana,
segurança e ecologia.
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Podcast
Para encerrar seu estudo, ouça o podcast e relembre alguns dos
principais pontos tratados no conteúdo.

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Leia os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, do IBGE, sobre os
dados de 2015.
Pesquise o site do Ibama e veja como o órgão atua no processo de
Licenciamento Ambiental Federal.
Referências
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BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. 2. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2005.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF,
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DEMING, W. E. Qualidade: a revolução da administração. Rio de Janeiro:
Marques Saraiva, 1990.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.
Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais e
Coordenação de Geografia. Indicadores de desenvolvimento
sustentável. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. IPEA. Objetivos de
desenvolvimento sustentável. 2019.
ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.
PEREIRA, P. S.; BRITO, A. M. Controle ambiental. Ceará: Instituto Federal
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PHILIPPI JUNIOR, A. Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para
um desenvolvimento sustentável. Barueri, SP: Manole, 2013.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO. Air quallity guidelines.
Genebras: 1999.
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