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HEPATOPATIAS DISCIPLINA FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA II Prof. Camila Sousa Avila Curso de Nutrição Unidade São José O QUE VAMOS VER: • Fígado: • anatomia e funções; • avaliação laboratorial de disfunção hepática • Hepatites virais • Cirrose: • Icterícia, hipertensão portal, ascite, edema • Terapia Nutricional • Estudo de Caso ASPECTOS GERAIS DO FÍGADO • É o maior órgão sólido do corpo humano. • Pode pesar até 1,5 kg nos adultos. • Localizado no quadrante superior direito da cavidade abdominal, logo abaixo da caixa torácica e do diafragma. • É dividido em face anterior e face posterior. • Maior víscera do corpo humano • Muitas doenças hepáticas evoluem crônicas e silenciosa ASPECTOS GERAIS DO FÍGADO • Representa 2% do peso corpóreo em adultos (1,5kg – 70kg) • Constituídos por milhões de hepatócitos • Significativa capacidade regenerativa Aspectos gerais sobre o fígado • O fígado detém cerca de 10% a 15% do volume sanguíneo total • ≈ 25% do débito cardíaco passa pelo fígado • Suprimento sanguíneo através da artéria hepática e veia porta, sendo: • Artéria hepática 30% a 40% (sangue arterial rico em O2) • Veia porta 60% a 70% (sangue venoso do intestino) • Esses sistemas vasculares ramificam-se progressivamente... Mushim OS, Gelman S. Hepatic Physiology and Pathophysiology. In: Miller, Ronald D. Miller's Anesthesia. Elsevier. 2015p. 520-544.e3 ASPECTOS GERAIS DO FÍGADO • Células hepáticas = hepatócitos • Sinusóides = capilares que ocupam os espaços entre os hepatócitos • Paredes revestidas de células endoteliais e macrófagos • Celúlass Kupffer ≈ 10% massa hepática • Secretam imunosubstâncias, removem partícula exógenas e eritrócitos senescentes • Sentido contrário ao vascular ocorre a drenagem biliar através de um sistema de canalículos biliares que formam os ductos biliares (esquerdo e direito) HASSE; MATARASSE (2005) FÍGADO • É um órgão extremamente vascularizado, recebe suprimento sanguíneo da veia porta e das artérias hepáticas. • Recebe aproximadamente 1500ml de fluxo sanguíneo por minuto. FÍGADO • Todos os nutrientes ingeridos e absorvidos são transportados diretamente ao fígado pela circulação porta, com exceção dos ácidos graxos de cadeia longa e vitaminas lipossolúveis. • Os ácidos graxos de cadeia longa e as vitaminas lipossolúveis são transportadas ao fígado através da circulação sistêmica. • O fígado utiliza os nutrientes em processo metabólico e também armazena nutrientes, principalmente vitaminas lipossolúveis, vitamina B12 e glicose como glicogênio. FÍGADO Hepatócitos São as células do fígado. Correspondem a 90% da massa hepática. São capazes de sintetizar proteínas (ex. albumina), por isso torna-se uma das células mais versáteis do organismo. São responsáveis também por metabolização de algumas substâncias (como o álcool etílico, e a maioria das drogas) e a produção da bílis. FÍGADO Regeneração hepática É um evento que promove crescimento tecidual altamente ordenado e organizado. A perda hepático, induzida por tratamento agudo, cirúrgico ou químico, desencadeia um processo regenerativo até que a massa hepática seja completamente restaurada. Todas as células hepáticas (hepatócitos, células endoteliais) proliferam para substituir a perda do tecido hepático. Mecanismos mal compreendidos estimulam a proliferação de hepatócitos remanescentes. FÍGADO Funções (principais): • Produção de bile; • Síntese do colesterol; • Conversão de amônia em ureia; • Desintoxicação do organismo; • Síntese de protrombina e fibrinogênio (fatores de coagulação do sangue); • Síntese, armazenamento e quebra do glicogênio; • Emulsificação de gorduras no processo digestivo, através da secreção da bile; • Armazenamento das vitaminas A, B12, D, E e K; • Síntese de albumina (importante para a osmolaridade do sangue). METABOLISMO DE NUTRIENTES Carboidratos: • Manutenção da glicemia: • Glicogênese e gliconeogênese • Conversão de galactose e frutose em glicose Lipídeos: • Conversão de ácidos graxos (dieta e tecido adiposo) em aceti l coenzima A no processo de β oxidação - energia • Produção de corpos cetônicos • Lipogênese: síntese de lipídeos a partir de glicose HASSE; MATARASSE (2005) METABOLISMO DE NUTRIENTES • Proteínas: • Síntese de proteínas: • Fibrinogênio e protrombina: coagulação • Albumina HASSE; MATARASSE (2005) METABOLISMO DAS BILIRRUBINAS • Bilirrubina: produto metabólico final a partir da destruição dos eritrócitos • É conjugada no fígado para excreção HASSE; MATARASSE (2005) AVALIAÇÃO LABORATORIAL HASSE; MATARASSE (2005) AVALIAÇÃO LABORATORIAL HASSE; MATARASSE (2005) AVALIAÇÃO LABORATORIAL AVALIAÇÃO LABORATORIAL DOENÇAS HEPÁTICAS ETIOLOGIA • Álcool • Fármacos • Vírus (hepatites) • Metabólicos genéticos • Auto-imune, D. Wilson (Cobre), hemocromatose(ferro) • Doença secundária • Colangiteesclerosante, fibrose cística, insuficiência cardíaca direita, cirrose biliar primária ou secundária FÍGADO Doenças hepáticas ou hepatopatias Podem ser classificadas como agudas ou crônicas, de acordo com a gravidade ou atividade da doença. Agudas: Nessas doenças há destruição dos hepatócitos funcionantes, diminuindo a função hepática. Ex.: hepatite viral (A,B,C), colangite, doença hepática alcoólica. Crônicas: Além da diminuição do número de hepatócitos, ocorre também alteração na microcirculação hepática, dificultando a perfusão de sangue no fígado. Essa alteração na circulação hepática pode levar a fibrose, que é a base da falência funcional do fígado. Ex.: hepatite viral, hepatite alcoólica, cirrose e carcinoma hepatocelular. HEPATITES FÍGADO Hepatite • O termo hepatite refere-se a qualquer processo inflamatório agudo ou crônico que resulte em destruição dos hepatócitos. • A hepatite pode ser sintomática ou assintomática (maioria dos casos). • A etiologia das hepatites é variada, podendo consistir em infecção viral, por uso de fármacos ou ainda de origem metabólica, isquêmica ou autoimune. HEPATITES VIRAIS • Inflamação disseminada do fígado causada pelo vírus das hepatites; • São responsáveis por cerca de 1,4milhão de óbitos anualmente, como consequência de suas formas agudas graves ou, principalmente, pelas complicações das formas descompensadas crônicas ou por hepatocarcinoma; HASSE; MATARASSE (2005); MINISTÉRIO DA SAÚDE (2019) FÍGADO Hepatite A É causada por um vírus de RNA (VHA). A transmissão acontece principalmente pela água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra FÍGADO Hepatite A Cerca de 1,4 milhões de casos de infecção aguda são relatados a cada ano. Em países menos desenvolvidos, com condições sanitárias e de higiene precárias, a infecção pelo VHA é altamente endêmica. A maioria das pessoas é infectada na infância. No Brasil cerca de um terço da população adulta já teve infecção, a maioria assintomática. FÍGADO Hepatite A Geralmente é assintomática, mas quanto sintomática apresenta: Icterícia Colúria (urina escura) Hipocolia fecal (fezes esbranquiçadas) Sintomas digestivos Febre Dor de cabeça Fadiga FÍGADO Hepatite A Diagnóstico: Através de análises sanguíneas, de anticorpos anti-VHA do tipo IgM que são gerados pelo sistema imunitário, para combater o vírus, logo após o aparecimento dos primeiros sintomas da doença. Estes anticorpos mantêm-se no organismo durante três a seis meses e desaparecem quando o doente se cura. FÍGADO Hepatite A Tratamento: Não existem medicamentos específicos para tratar esta doença. O próprio corpo se encarregaráde livrar-se do vírus. É necessário fazer repouso durante a fase aguda, até que os valores das análises hepáticas voltem ao normal. A maioria das pessoas se restabelecem completamente em cinco semanas. FÍGADO Hepatite A Prevenção: Vacinas contra Hepatite A estão disponíveis desde 1992 no SUS. Acesso a saneamento básico e tratamento da água. Como a contaminação da água e alimentos é a causa da transmissão de hepatite A, o aquecimento de alimentos por pelo menos 1 min a 85° pode inativar o vírus. Já o congelamento não pode inativá-lo. FÍGADO Hepatite B É causada por um vírus DNA (VHB). Cerca de 95% das infecções agudas evoluem para cura no adulto. 5% tornam-se portadores crônicos do vírus que podem se manter inativo ou apresentar hepatite crônica com potencial evolutivo para cirrose e hepato- carcinoma. FÍGADO Hepatite B A transmissão se faz por contato com sangue ou outros líquidos corpóreos proveniente de indivíduos em fase de replicação viral. Em adultos geralmente a transmissão é por via sexual, mas também pode ocorrer entre profissionais da saúde. Pode ocorrer também por instrumentos médicos ou dentários sem esterilização adequada. Agulhas de tatuagem ou qualquer outro instrumento que perfure a pele que pode entrar em contato com sangue contaminado. A transmissão de mãe para filho ocorre por exposição ao sangue materno durante o parto ou pelo aleitamento. FÍGADO Hepatite B Na maioria dos casos é assintomática. Geralmente, os sintomas de hepatite B surgem entre dois a quatro meses após o contato com o vírus, e sua intensidade varia de pessoa para pessoa. o Dor abdominal o Urina escura o Febre o Dor nas articulações o Perda de apetite o Náusea e vômitos o Fraqueza e fadiga o Icterícia (20% dos casos) FÍGADO Hepatite B Diagnóstico: É feito por exames de sangue: • HBsAg: Um resultado reagente ou positivo significa que a pessoa está com hepatite B. FÍGADO Hepatite B • Apesar da melhora dos sintomas os exames podem demorar até 6 meses para voltarem ao normal, quando ocorre a cura da hepatite. • Porém em cerca de 5 a 10% dos casos o corpo não consegue combater o vírus B, permanecendo com infecção ativa, o que caracteriza a forma crônica da doença, que pode evoluir para problemas mais graves no fígado, a exemplo da cirrose e do câncer. FÍGADO Hepatite B Tratamento • Receber uma injeção de imunoglobulina e vacina contra a hepatite B em até 24 horas após o contágio, pode evitar que você desenvolva a doença. • Cerca de 5-10% das pessoas não melhoram, nem eliminam o vírus, permanecendo com a hepatite, que agora passa a ser chamada de crônica. Para este caso, é necessário tratamento específico. Hepatite B Tratamento • Medicamentos antivirais: o médico recomendará o uso de medicamentos, que combaterão a ação do vírus VHB e que o impedirá de causar maiores danos ao fígado, geralmente usados de forma contínua, uma vez que não se consegue eliminar o vírus. • O tratamento é recomendável, se feito corretamente, é quase sempre eficaz, ocorre melhora dos exames e inativação do vírus, com menor risco de evoluir para cirrose e câncer de fígado. FÍGADO Hepatite B Prevenção A melhor maneira de prevenir a hepatite B é através da vacina. Todas as crianças devem receber a primeira dose da vacina contra a hepatite B no nascimento e devem completar a série de três vacinas até os seis meses. FÍGADO Hepatite C Doença infecto-contagiosa, assintomática. Transmitida como a hepatite B, através do contato com sangue contaminado. Causada por um vírus de RNA (HCV). Apesar de ser mais grave, o indivíduo pode adquirir o vírus, mas não desenvolver logo a doença. Evoluindo para fase crítica, pode acontecer necrose das células hepáticas, evoluindo para cirrose hepática. FÍGADO Hepatite C Geralmente é assintomática, podendo os sintomas aparecer depois de anos. Dor abdominal Náuseas Vômitos Cansaço FÍGADO Hepatite C • É um grave problema de saúde pública, existe cerca de 2 a 2,5 milhões de infectados no Brasil (1,3% da população). • Estima-se que apenas 20% dos indivíduos que possuem o vírus tenham sido diagnosticados e menos de 5% tratados. • Trata-se de uma doença silenciosa que só se manifesta clinicamente em fases avançadas. • Por isso é necessária uma busca ativa de caso na população brasileira. FÍGADO Hepatite C Confirmada a infecção pelo vírus C, o passo seguinte é estadiar a doença em relação ao grau de fibrose e pesquisar a presença de cirrose mediante biopsia hepática. A hepatite C pode evoluir para inflamação crônica, fibrose e cirrose. FÍGADO Hepatite C Tratamento É tratada com medicamentos antivirais. Medicamentos mais recentes podem erradicar o vírus. FÍGADO Hepatite C Efeitos colaterais do tratamento medicamentoso • Fadiga • Dor de cabeça • Febre • Mialgia • Alopecia • Perda de peso • Anorexia • Depressão FÍGADO Hepatite C Cuidados nutricionais Um dos fármacos utilizado no combate a hepatite C é melhor absorvido quando administrado juntamente com uma refeição rica em lipídio. Por isso é fundamental um acompanhamento nutricional para adequação da dieta que contenham lipídeos de qualidade e quantidade adequadas, evitando os ácidos graxos saturados e trans. FÍGADO Conduta Nutricional nas Hepatites • Pacientes com sobrepeso e obesidade devem ser acompanhados para reeducação alimentar e perda de peso. • Indivíduos com peso normal respondem melhor ao tratamento com retroviral. • Pacientes com outras hepatopatias devem ter peso adequado para prevenir a presença concomitante de esteatose hepática. • Verificar os sintomas e efeito colaterais apresentados pelos pacientes com hepatites virais, por exemplo falta de apetite, anemia. FÍGADO Conduta Nutricional nas Hepatites • Manter uma alimentação adequada para manter o repouso do fígado. • Dieta normolipídica e normoglicídica, dando preferência aos carboidratos complexos. • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas. DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCÓOLICA (DHGNA) FÍGADO Doença hepática gordurosa não alcóolica (DHGNA) • É considerada a epidemia hepática da atualidade, sendo a alimentação impactante no seu desenvolvimento e tratamento. Estima-se que de 34 a 46% da população adulta apresentam algum grau de esteatose. A causa da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é desconhecida. Os fatores de risco incluem obesidade, sedentarismo, colesterol alto e diabetes do tipo 2. A maioria das pessoas não apresenta sintomas. Em casos raros, elas podem sentir cansaço, dor ou sofrer perda de peso. FÍGADO Doença hepática gordurosa não alcóolica Esteatose hepática É um distúrbio que se caracteriza pelo acúmulo de gordura no interior das células do fígado. O fígado aumenta de tamanho e adquire um aspecto amarelado. O aumento de gordura dentro dos hepatócitos, constante e por tempo prolongado, pode provocar uma inflamação capaz de evoluir para quadros graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer. FÍGADO Doença hepática gordurosa não alcóolica (DHGNA) Diagnóstico É feito por meio de exames de rotina laboratoriais ou de imagem. Exames de sangue para medir os níveis das enzimas hepáticas. Ultrassonografia, a tomografia e a ressonância magnética são úteis para avaliar possíveis alterações no fígado FÍGADO Doença hepática gordurosa não alcóolica (DHGNA) Tratamento: Melhora do estilo de vida; Alimentação adequada; Redução calórica e restrição de açúcares simples e ácidos graxos saturados, trans e colesterol; Exercício físico; Perda de peso e diminuição da circunferência abdominal.FÍGADO Hepatite Alcoólica • A doença hepática mais prevalente. • Lesão causada pelo consumo abusivo de álcool. • O álcool pode provocar três tipos de lesões hepáticas: a acumulação de gordura (esteatose), a inflamação (hepatite alcoólica) e o aparecimento de cicatrizes (cirrose). • Quando o álcool é metabolizado no fígado, ele produz substâncias altamente tóxicas. Estas substâncias podem causar inflamação no fígado. Se essa inflamação persistir cronicamente, surgem cicatrizes no órgão (fibrose). Quando a fibrose é muito extensa, o quadro se caracteriza como cirrose. FÍGADO Hepatite Alcoólica Sinais e sintomas: Icterícia Hepatomegalia (fígado aumentado) Eritema palmar Hipertensão portal Varizes esofágicas Esplenomegalia (baço aumentado) FÍGADO Hepatite Alcoólica Diagnóstico • Através de exame físico é possível perceber um aumento do fígado e baço; • Transaminases hepáticas; • Tomografia computadorizada abdominal; • Ultrassonografia do fígado. FÍGADO Hepatite Alcoólica Tratamento Após o diagnóstico é necessário interromper o consumo de álcool. É a única maneira de possivelmente reverter danos ao fígado ou, em casos mais avançados, prevenir que a doença se agrave. Muitas pessoas que param de beber têm melhora dos sintomas em apenas alguns meses. CIRROSE FÍGADO Cirrose hepática É uma doença crônica em que há destruição das células hepáticas (hepatócitos), que são substituídas por tecido cicatricial fibroso inativo. Essa troca de tecido faz com que o fígado se reduza de tamanho tornando-se mais firme, prejudicando a função hepática. É o estágio mais avançado da lesão hepática. FÍGADO Cirrose hepática • O alcoolismo crônico é a causa mais comum. • Entre outras causas incluem: hepatites crônicas, obstrução biliar crônica, fármacos, distúrbios genéticos e metabólicos. • O abuso de álcool está associado com prejuízo na síntese e secreção de proteínas, lesão de mitocôndrias, peroxidação lipídica, hipoxia celular e citotoxidade. FÍGADO Cirrose hepática O primeiro sinal de comprometimento pelo álcool é o acúmulo de gordura no fígado - esteatose hepática. FÍGADO Cirrose hepática Ascite Presença de líquido dentro da cavidade peritoneal com aumento da circunferência abdominal. Em pacientes com doença hepática, a ascite deve-se à hipertensão portal e consequentemente retenção renal de sódio. Pode ser confirmada pela presença de um gradiente de albumina do soro para líquido ascítico. A presença de ascite clinicamente aparente em um paciente com doença do fígado está associada com menor sobrevida. FÍGADO Cirrose hepática Ascite Tratamento Geralmente utilizam-se terapias farmacológicas para gerenciar ascite e a retenção hídrica. Controle da ingestão de sódio e diuréticos é conduta essencial. FÍGADO Cirrose hepática Hipertensão portal Caracterizada pelo aumento crônico da pressão venosa no território portal causada por interferência no fluxo sanguíneo venoso hepático. Apresenta hepatoesplenomegalia, ascite e rede venoso visível na parede abdominal. HIPERTENSÃO PORTAL FÍGADO Cirrose hepática Encefalopatia hepática Perda da função cerebral quando o fígado danificado não consegue remover as toxinas do sangue, decorrente da doença hepática crônica. Acredita-se que a amônia é principal fator. Com as funções do fígado prejudicadas, a concentração de amônia no sangue periférico subirá níveis tóxicos podendo levar o indivíduo ao coma hepático. Sintomas: esquecimento, confusão mental, agitação, desorientação, fala arrastada. FÍGADO Cirrose hepática Encefalopatia hepática • Nestes casos, se há suspeita de encefalopatia hepática, deve-se evitar alto teor de proteína na alimentação, o que pode contribuir para o aparecimento de intoxicação por amônia. • Para evitar e absorção intestinal de composto nitrogenados estão indicadas também medidas laxativas para manter a evacuação diária. FÍGADO Cirrose hepática Diagnóstico: Biópsia do fígado (único método). Sinais e sintomas: Fadiga Perda de peso Náusea e vômitos Icterícia Hepatomegalia Hipertensão portal Ascite FÍGADO Cirrose hepática Tratamento • A cirrose é irreversível, não tem cura, podendo ser necessário o transplante de fígado. • A melhor maneira de prevenir a cirrose hepática é adotar um estilo de vida mais saudável, evitando bebidas alcoólicas, dieta muito calórica e a automedicação. • Outro fator de proteção é se proteger dos vírus das hepatites— para quais existem vacina. • O tratamento de hepatites crônicas é crucial para impedir que o fígado entre em cirrose e, com isso, perca suas funções. FÍGADO Cirrose hepática Tratamento O paciente pode apresentar: Hipermetabolismo Ingestão alimentar inadequada Anorexia Má absorção dos nutrientes Resultando em comprometimento nutricional. FÍGADO Carcinoma hepatocelular A cirrose é a principal causa (80 a 90%). A segunda maior causa é a infecção crônica por hepatite B. Fatores de risco: sexo masculino, idade avançada, uso excessivo de álcool e excesso de peso. FÍGADO Carcinoma hepatocelular • O diagnosticado geralmente acontece em fases avançadas, limitando as abordagens. • Os tratamentos podem incluir cirurgia, transplante, quimioterapia. • O uso de vacina contra o vírus da hepatite B acaba por reduzir a incidência. • Evitar o desenvolvimento da cirrose, independentemente da causa, também pode ajudar. EXERCÍCIO 1.A bile é composta por diversas substâncias, sendo as principais água, sais biliares, colesterol e bilirrubina. Com relação a formação da bile podemos afirmar: a) É sintetizada pela vesícula biliar b) É sintetizada e armazenada no fígado c) É sintetizada no fígado e armazenada na vesícula biliar d) É sintetizada pelo pâncreas e) É sintetizada pelo pâncreas e armazenada na vesícula biliar EXERCÍCIO 2.Na encefalopatia hepática costuma ocorrer um desequilíbrio no metabolismo de aminoácido s de cadeia ramificada e de aromáticos. Um exemplo de aminoácido de cadeia ramificada é: Tirosina b) Valina c) Fenilalanina d) Metionina e) Glicerol OBRIGADA!! • avila.camila@estacio.br
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