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4 A EUROPA FEUDAL São Lucas 2024

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A EUROPA FEUDAL
Ronald Honório de Santana
A EUROPA FEUDAL
•Alta Idade Média: período da história europeia que se estende do século V ao século X. 
•As invasões bárbaras dificultaram o abastecimento das cidades. Com isso, a vitalidade do comércio diminuiu e a população urbana decresceu.
•Os antigos escravos, ao longo de um lento processo, acabaram se misturando aos camponeses livres e assim fundiram-se numa única camada social, a dos servos – os quais se caracterizavam pela prisão à terra e pelo dever de prestar serviços ao senhor. 
Europa na Alta Idade Média
A EUROPA FEUDAL
•Essas mudanças levaram à ruralização da sociedade, desencadeando a substituição da cidadania e do direito pelos laços de fidelidade.
•Entre os povos germânicos:
o modelo de família era o patriarcal;
o cotidiano era militarizado e a violência fazia parte da sociedade.
Europa na Alta Idade Média
A EUROPA FEUDAL
1. (Unesp 2022) [...] a Europa começa a se constituir com a Idade Média. A civilização da Antiguidade romana só compreendia uma parte da Europa: os territórios do sul, situados na sua maioria em torno do Mediterrâneo.
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
A constituição da Europa na Idade Média derivou, entre outros fatores, 
a) da bipartição do Império Romano em dois Estados política e economicamente aliados. 
b) da liderança do Papado sobre os territórios europeus na luta pela reconquista da Terra Santa. 
c) da articulação das diversas regiões do continente num espaço político e religioso comum. 
d) da unificação das terras do ocidente europeu, para combater invasores oriundos da Eurásia. 
e) da uniformização jurídica e social dos vários Estados europeus, na busca de novas rotas para as Índias. 
A Idade Média caracterizou-se por uma desagregação territorial e política em relação à fase anterior do continente europeu (Império Romano). Mesmo assim, havia um marco de unidade: a Igreja Católica e a crença no Cristianismo. Podemos dizer que a religião era um processo agregador em uma sociedade desagregada. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
A EUROPA FEUDAL
1. (Unesp 2022) [...] a Europa começa a se constituir com a Idade Média. A civilização da Antiguidade romana só compreendia uma parte da Europa: os territórios do sul, situados na sua maioria em torno do Mediterrâneo.
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
A constituição da Europa na Idade Média derivou, entre outros fatores, 
a) da bipartição do Império Romano em dois Estados política e economicamente aliados. 
b) da liderança do Papado sobre os territórios europeus na luta pela reconquista da Terra Santa. 
c) da articulação das diversas regiões do continente num espaço político e religioso comum. 
d) da unificação das terras do ocidente europeu, para combater invasores oriundos da Eurásia. 
e) da uniformização jurídica e social dos vários Estados europeus, na busca de novas rotas para as Índias. 
A EUROPA FEUDAL
2. (Uece 2022) No século V depois de Cristo, o Império Romano do Ocidente entrou em colapso em meio às grandes invasões bárbaras. No território do Império Romano no Ocidente surgiu a Sociedade Feudal. Sobre essa sociedade, é correto afirmar que 
a) o medo das guerras provocou um crescente fortalecimento do poder central nos reinos que se formavam. 
b) a herança legal do Império Romano foi amplamente utilizada nos novos reinos. 
c) as relações de vassalagem se estabeleceram entre os proprietários da terra e seus servos. 
d) o sistema de colonato que se estabeleceu significou uma melhora em relação à escravidão e uma piora em relação ao trabalho livre. 
O Sistema de Colonato, herdado do Império Romano, tinha regras que o deixavam como um meio termo entre a escravidão e o trabalho livre. Em busca de proteção, romanos pobres aceitaram trabalhar nas terras dos romanos que eram grandes proprietários de terra. Estabelecendo-se um tipo de servidão, o trabalhador não era dono da terra, recebia como pagamento parte do que produzia e tinha que pagar impostos ao dono da propriedade. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
A EUROPA FEUDAL
2. (Uece 2022) No século V depois de Cristo, o Império Romano do Ocidente entrou em colapso em meio às grandes invasões bárbaras. No território do Império Romano no Ocidente surgiu a Sociedade Feudal. Sobre essa sociedade, é correto afirmar que 
a) o medo das guerras provocou um crescente fortalecimento do poder central nos reinos que se formavam. 
b) a herança legal do Império Romano foi amplamente utilizada nos novos reinos. 
c) as relações de vassalagem se estabeleceram entre os proprietários da terra e seus servos. 
d) o sistema de colonato que se estabeleceu significou uma melhora em relação à escravidão e uma piora em relação ao trabalho livre. 
A EUROPA FEUDAL
Papel da Igreja Católica: unificação da sociedade, limitação da violência e participação na administração real. 
• A Igreja Católica lutou contra o paganismo e atuou na evangelização dos povos, tornando a Europa um continente cristão por volta do ano 1000. 
Evangelização da Europa Ocidental
Século I
Surgimento do cristianismo
Século III
Comunidades cristãs disseminadas pelo Império Romano
Século IV
O cristianismo torna-se a religião oficial do Império Romano
A EUROPA FEUDAL
Evangelização da Europa Ocidental
Século VI
Início das missões de cristianização nas ilhas britânicas
Século VIII
Conversão de tribos germânicas a leste do Rio Reno
Século IV
Início da conversão dos povos eslavos e escandinavos
Século V
Movimento monástico,
Conversão de Clóvis, rei dos francos
A conversão ao cristianismo era uma questão política e não dependia estritamente das convicções pessoais do convertido, podendo ser feita pela persuasão pacífica, tratados diplomáticos ou força das armas.
A EUROPA FEUDAL
3. (Enem 2014) 
Sou uma pobre e velha mulher,
Muito ignorante, que nem sabe ler.
Mostraram-me na igreja da minha terra
Um Paraíso com harpas pintado
E o Inferno onde fervem almas danadas,
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.
VILLON. F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC. 1999.
Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos templos católicos medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de 
a) refinar o gosto dos cristãos. 
b) incorporar ideais heréticos. 
c) educar os fiéis através do olhar. 
d) divulgar a genialidade dos artistas católicos. 
e) valorizar esteticamente os templos religiosos. 
As imagens das igrejas católicas do Medievalismo serviam para ensinar os fiéis os perigos advindos da prática imperfeita da religião e os benefícios adquiridos a partir da boa prática. O trecho “Um Paraíso com harpas pintado, E o Inferno onde fervem almas danadas, Um enche-me de júbilo, o outro me aterra” é demonstrativo disso. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
A EUROPA FEUDAL
3. (Enem 2014) 
Sou uma pobre e velha mulher,
Muito ignorante, que nem sabe ler.
Mostraram-me na igreja da minha terra
Um Paraíso com harpas pintado
E o Inferno onde fervem almas danadas,
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.
VILLON. F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC. 1999.
Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos templos católicos medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de 
a) refinar o gosto dos cristãos. 
b) incorporar ideais heréticos. 
c) educar os fiéis através do olhar. 
d) divulgar a genialidade dos artistas católicos. 
e) valorizar esteticamente os templos religiosos. 
A EUROPA FEUDAL
4. (Enem 2021) Desde o século XII que a cristandade ocidental era agitada pelo desafio lançado pela cultura profana – a dos romances de cavalaria, mas também a cultura folclórica dos camponeses e igualmente a dos citadinos, de caráter mais jurídico – à cultura eclesiástica, cujo veículo era o latim. Francisco de Assis veio alterar a situação, propondo aos seus ouvintes uma mensagem acessível a todos e, simultaneamente, enobrecendo a língua vulgar através do seuuso na religião.
VAUCHEZ, A. A espiritualidade da Idade Média Ocidental, séc. VIII-XIII. Lisboa: Estampa, 1995.
O comportamento desse religioso demonstra uma preocupação com as características assumidas pela Igreja e com as desigualdades sociais compartilhada no seu tempo pelos(as) 
a) senhores feudais. 
b) movimentos heréticos. 
c) integrantes das Cruzadas. 
d) corporações de ofícios. 
e) universidades medievais. 
Os caminhos de Francisco de Assis e dos movimentos heréticos se cruzam na Baixa Idade Média na medida em que ambos questionavam os desvios da Igreja Católica, como a vida sem regras, a ostentação e o afastamento dos dogmas iniciais. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
A EUROPA FEUDAL
4. (Enem 2021) Desde o século XII que a cristandade ocidental era agitada pelo desafio lançado pela cultura profana – a dos romances de cavalaria, mas também a cultura folclórica dos camponeses e igualmente a dos citadinos, de caráter mais jurídico – à cultura eclesiástica, cujo veículo era o latim. Francisco de Assis veio alterar a situação, propondo aos seus ouvintes uma mensagem acessível a todos e, simultaneamente, enobrecendo a língua vulgar através do seu uso na religião.
VAUCHEZ, A. A espiritualidade da Idade Média Ocidental, séc. VIII-XIII. Lisboa: Estampa, 1995.
O comportamento desse religioso demonstra uma preocupação com as características assumidas pela Igreja e com as desigualdades sociais compartilhada no seu tempo pelos(as) 
a) senhores feudais. 
b) movimentos heréticos. 
c) integrantes das Cruzadas. 
d) corporações de ofícios. 
e) universidades medievais. 
A EUROPA FEUDAL
O Reino Franco foi governado por duas dinastias: a merovíngia (séculos V-VIII) e a carolíngia (séculos VIII-IX). A política de ambas foi de aproximação com a Igreja Católica.
• Carlos Magno (dinastia carolíngia) reuniu grande parte do que foi o Império Romano do Ocidente. Suas ações consolidaram a expansão do Império Carolíngio, iniciada por seu avô, Carlos Martel, e seu pai, Pepino, o Breve. 
• Em 800, Carlos Magno foi coroado imperador dos romanos pelo papa. 
Reino Franco e Império Carolíngio
A EUROPA FEUDAL
Protegido pelo Império Carolíngio, o papa tornou-se independente do imperador bizantino, dando início ao afastamento das igrejas do Ocidente e do Oriente.
• A unidade política e a recuperação econômica impulsionaram a cultura e a educação, fazendo surgir um movimento conhecido como Renascimento Carolíngio.
• Disputas pelo poder levaram os netos de Carlos Magno à assinatura do Tratado de Verdun (843), dividindo o império em três domínios.
Reino Franco e Império Carolíngio
A EUROPA FEUDAL
5. (Fgv 2004) "O sacerdote, tendo-se posto em contato com Clóvis, levou-o pouco a pouco e secretamente a acreditar no verdadeiro Deus, criador do Céu e da Terra, e a renunciar aos ídolos, que não lhe podiam ser de qualquer ajuda, nem a ele nem a ninguém [...] O rei, tendo pois confessado um Deus todo-poderoso na Trindade, foi batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ungido do santo Crisma com o sinal-da-cruz. Mais de três mil homens do seu exército foram igualmente batizados [...]."
São Gregório de Tours. A conversão de Clóvis. Historiae Eclesiasticae Francorum. Apud PEDRERO-SÁNCHES, M.G., História da Idade Média. Textos e testemunhas. São Paulo, Ed. Unesp, 2000, p. 44-45.
A respeito dos episódios descritos no texto, é correto afirmar: 
a) A conversão de Clóvis ao arianismo permitiu aos francos uma aproximação com os lombardos e a expansão do seu reino em direção ao Norte da Itália. 
b) A conversão de Clóvis, segundo o rito da Igreja Ortodoxa de Constantinopla, significou um reforço político-militar para o Império Romano do Oriente. 
c) Com a conversão de Clóvis, de acordo com a orientação da Igreja de Roma, o reino franco tornou-se o primeiro Estado germânico sob influência papal. 
d) A conversão de Clóvis ao cristianismo levou o reino franco a um prolongado conflito religioso, uma vez que a maioria dos seus integrantes manteve-se fiel ao paganismo. 
e) A conversão de Clóvis ao cristianismo permitiu à dinastia franca merovíngia a anexação da Itália a seus domínios e a submissão do poder pontifício à autoridade monárquica. 
A EUROPA FEUDAL
5. (Fgv 2004) "O sacerdote, tendo-se posto em contato com Clóvis, levou-o pouco a pouco e secretamente a acreditar no verdadeiro Deus, criador do Céu e da Terra, e a renunciar aos ídolos, que não lhe podiam ser de qualquer ajuda, nem a ele nem a ninguém [...] O rei, tendo pois confessado um Deus todo-poderoso na Trindade, foi batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ungido do santo Crisma com o sinal-da-cruz. Mais de três mil homens do seu exército foram igualmente batizados [...]."
São Gregório de Tours. A conversão de Clóvis. Historiae Eclesiasticae Francorum. Apud PEDRERO-SÁNCHES, M.G., História da Idade Média. Textos e testemunhas. São Paulo, Ed. Unesp, 2000, p. 44-45.
A respeito dos episódios descritos no texto, é correto afirmar: 
a) A conversão de Clóvis ao arianismo permitiu aos francos uma aproximação com os lombardos e a expansão do seu reino em direção ao Norte da Itália. 
b) A conversão de Clóvis, segundo o rito da Igreja Ortodoxa de Constantinopla, significou um reforço político-militar para o Império Romano do Oriente. 
c) Com a conversão de Clóvis, de acordo com a orientação da Igreja de Roma, o reino franco tornou-se o primeiro Estado germânico sob influência papal. 
d) A conversão de Clóvis ao cristianismo levou o reino franco a um prolongado conflito religioso, uma vez que a maioria dos seus integrantes manteve-se fiel ao paganismo. 
e) A conversão de Clóvis ao cristianismo permitiu à dinastia franca merovíngia a anexação da Itália a seus domínios e a submissão do poder pontifício à autoridade monárquica. 
A EUROPA FEUDAL
6. (Unioeste 2021) O processo de gestação do feudalismo foi bastante longo: remonta à crise romana do século II, passando pela constituição dos reinos germânicos nos séculos V-VI e pelos problemas do Império Carolíngio no século IX, para finalmente se concluir por volta do ano 1000.
FRANCO JÚNIOR, Hilário. Feudalismo: uma sociedade religiosa, guerreira e camponesa. São Paulo: Moderna, 1996, p. 6.
Considerando os fenômenos políticos, sociais e culturais que contribuíram para a construção da sociedade feudal na Europa Ocidental Medieval, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Desde os últimos séculos do Império Romano Ocidental observamos um processo de ruralização da sociedade, o qual nos remete ao desenvolvimento da instituição colonato. A grande propriedade rural era dividida em duas partes: a reserva senhorial, que se mantinha em mãos do proprietário, e os lotes, cedidos e vinculados aos camponeses. 
b) As invasões levadas a cabo por diversos grupos germânicos contribuíram para a quebra da frágil unidade política do Ocidente no século V. Observamos, portanto, um processo de fragmentação do poder central no Império Romano Ocidental. 
c) Verificamos no início da Idade Média um fortalecimento das relações pessoais em prejuízo das institucionais. O poder político centralizado, debilitado por uma economia essencialmente agrária e pelo crescente poder econômico, social e político dos grandes proprietários de terra, cada vez mais deixou de ser um intermediador entre os indivíduos. 
d) O movimento de constituição de grupos armados particulares já ocorria entre grupos romanos e germânicos no período de transição entre a Antiguidade e a Idade Média, se intensificando no século IX com as invasões vikings, muçulmanas e húngaras aos territórios do Ocidente europeu. Como parte desse processo, surgiram diversos castelos e fortalezas na região. 
e) Desde a cristianização do Império Romano no século I ocorreu a clericalização da sociedade. Porém, esse processo não pode ser considerado relevante, tendo em vista que a religião cristã não se tornou, naquele momento e depois, elemento de transformação na mentalidade ocidental, exclusivamente grega e racional. 
A Igreja Católica foi a maior instituiçãoa atuar no Feudalismo, fazendo a religião católica funcionar como um elemento agregador em uma sociedade desagregada. Tendo poder político, econômico e social, a Igreja mondou as mentalidades durante o Período Feudal, tendo profunda relevância no mesmo. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
A EUROPA FEUDAL
6. (Unioeste 2021) O processo de gestação do feudalismo foi bastante longo: remonta à crise romana do século II, passando pela constituição dos reinos germânicos nos séculos V-VI e pelos problemas do Império Carolíngio no século IX, para finalmente se concluir por volta do ano 1000.
FRANCO JÚNIOR, Hilário. Feudalismo: uma sociedade religiosa, guerreira e camponesa. São Paulo: Moderna, 1996, p. 6.
Considerando os fenômenos políticos, sociais e culturais que contribuíram para a construção da sociedade feudal na Europa Ocidental Medieval, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Desde os últimos séculos do Império Romano Ocidental observamos um processo de ruralização da sociedade, o qual nos remete ao desenvolvimento da instituição colonato. A grande propriedade rural era dividida em duas partes: a reserva senhorial, que se mantinha em mãos do proprietário, e os lotes, cedidos e vinculados aos camponeses. 
b) As invasões levadas a cabo por diversos grupos germânicos contribuíram para a quebra da frágil unidade política do Ocidente no século V. Observamos, portanto, um processo de fragmentação do poder central no Império Romano Ocidental. 
c) Verificamos no início da Idade Média um fortalecimento das relações pessoais em prejuízo das institucionais. O poder político centralizado, debilitado por uma economia essencialmente agrária e pelo crescente poder econômico, social e político dos grandes proprietários de terra, cada vez mais deixou de ser um intermediador entre os indivíduos. 
d) O movimento de constituição de grupos armados particulares já ocorria entre grupos romanos e germânicos no período de transição entre a Antiguidade e a Idade Média, se intensificando no século IX com as invasões vikings, muçulmanas e húngaras aos territórios do Ocidente europeu. Como parte desse processo, surgiram diversos castelos e fortalezas na região. 
e) Desde a cristianização do Império Romano no século I ocorreu a clericalização da sociedade. Porém, esse processo não pode ser considerado relevante, tendo em vista que a religião cristã não se tornou, naquele momento e depois, elemento de transformação na mentalidade ocidental, exclusivamente grega e racional. 
A EUROPA FEUDAL
Com o fim do Império Carolíngio, o poder real enfraqueceu-se e os nobres fortaleceram as relações de poder locais e estabeleceram laços de fidelidade, as chamadas relações de vassalagem. 
• A vassalagem era instituída quando um suserano cedia, geralmente, um feudo a um vassalo, que assumia os direitos sobre o feudo e tornava-se senhor feudal.
Sociedade feudal
A EUROPA FEUDAL
Sociedade feudal
Vassalo
Participar das operações militares.
• Auxiliar financeiramente.
• Ajudar política e juridicamente.
Suserano
• Proteger e respeitar.
• Assumir a criação de seus filhos.
• Demonstrar gratidão.
• Cada senhor feudal era vassalo de outro senhor mais poderoso, formando uma espécie de pirâmide em que o monarca estava no topo. Esse conjunto de laços pessoais entre nobres é chamado de feudalismo.
A EUROPA FEUDAL
7. (Enem 2021) Nem guerras, nem revoltas. Os incêndios eram o mais frequente tormento da vida urbana no Regnum Italicum. Entre 880 e 1080, as cidades estiveram constantemente entregues ao apetite das chamas. A certa altura, a documentação parece vencer pela insistência do vocabulário, levando até o leitor mais crítico a cogitar que os medievais tinham razão ao tratar aqueles acontecimentos como castigos que antecediam o julgamento final. Como um quinto cavaleiro apocalíptico, o incêndio agia ao feitio da peste ou da fome: vagando mundo afora, retornava de tempos em tempos e expurgava justos e pecadores num tormento derradeiro, como insistiam os textos do século X. O impacto acarretado sobre as relações sociais era imediato e prolongava-se para além da destruição material. As medidas proclamadas pelas autoridades faziam mais do que reparar os danos e reconstruir a paisagem: elas convertiam a devastação em uma ocasião para alterar e expandir não só a topografia urbana, mas as práticas sociais até então vigentes.
RUST, L. D. Uma calamidade insaciável. Rev. Bras. Hist., n. 72. maio-ago. 2016 (adaptado).
De acordo com o texto, a catástrofe descrita impactava as sociedades medievais por proporcionar a 
a) correção dos métodos preventivos e das regras sanitárias. 
b) revelação do descaso público e das degradações ambientais. 
c) transformação do imaginário popular e das crenças religiosas. 
d) remodelação dos sistemas políticos e das administrações locais. 
e) reconfiguração dos espaços ocupados e das dinâmicas comunitárias. 
Na passagem da Alta para a Baixa Idade Média, algumas mudanças de hábito, bem como o crescimento populacional – aliado a um crescimento urbano mal planejado – acabaram por contribuir para a ocorrência recorrente de incêndios, o que levou as populações a ter que reconfigurar espaços e construções e a desenvolver novas formas de convívio. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
A EUROPA FEUDAL
7. (Enem 2021) Nem guerras, nem revoltas. Os incêndios eram o mais frequente tormento da vida urbana no Regnum Italicum. Entre 880 e 1080, as cidades estiveram constantemente entregues ao apetite das chamas. A certa altura, a documentação parece vencer pela insistência do vocabulário, levando até o leitor mais crítico a cogitar que os medievais tinham razão ao tratar aqueles acontecimentos como castigos que antecediam o julgamento final. Como um quinto cavaleiro apocalíptico, o incêndio agia ao feitio da peste ou da fome: vagando mundo afora, retornava de tempos em tempos e expurgava justos e pecadores num tormento derradeiro, como insistiam os textos do século X. O impacto acarretado sobre as relações sociais era imediato e prolongava-se para além da destruição material. As medidas proclamadas pelas autoridades faziam mais do que reparar os danos e reconstruir a paisagem: elas convertiam a devastação em uma ocasião para alterar e expandir não só a topografia urbana, mas as práticas sociais até então vigentes.
RUST, L. D. Uma calamidade insaciável. Rev. Bras. Hist., n. 72. maio-ago. 2016 (adaptado).
De acordo com o texto, a catástrofe descrita impactava as sociedades medievais por proporcionar a 
a) correção dos métodos preventivos e das regras sanitárias. 
b) revelação do descaso público e das degradações ambientais. 
c) transformação do imaginário popular e das crenças religiosas. 
d) remodelação dos sistemas políticos e das administrações locais. 
e) reconfiguração dos espaços ocupados e das dinâmicas comunitárias. 
A EUROPA FEUDAL
8. (Enem 2009) Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é uma prática quase íntima, que diz respeito apenas à família. A menos, é claro, que se trate de uma personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre foi assim. Para um historiador, os sepultamentos são uma fonte de informações importantes para que se compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades.
No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepultamentos, 
a) na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram desvalorizadas, porque o mais importante era a democracia experimentada pelos vivos. 
b) na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre os rituais fúnebres, preocupando-se mais com a salvação da alma. 
c) no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regido pela observância da hierarquia social. 
d) na época da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de gastos que a burguesia fazia para sepultar seus mortos. 
e) no período posterior à Revolução Francesa, devido as grandes perturbações sociais, abandona-se a prática do luto. 
Na Europa, os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até a época da peste negra. No Brasil colonial e imperial os sepultamentos existiram até oano 1820, quando foram proibidos, momento que construíram os primeiros cemitérios. O sepultamento era restrito aos homens livres. Negros (escravos) e os indigentes eram enterrados. A difirenciação no tratamento dispensado ao mortos, evidencia a forte hierarquização existente na sociedade colonial do Brasil. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
A EUROPA FEUDAL
8. (Enem 2009) Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é uma prática quase íntima, que diz respeito apenas à família. A menos, é claro, que se trate de uma personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre foi assim. Para um historiador, os sepultamentos são uma fonte de informações importantes para que se compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades.
No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepultamentos, 
a) na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram desvalorizadas, porque o mais importante era a democracia experimentada pelos vivos. 
b) na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre os rituais fúnebres, preocupando-se mais com a salvação da alma. 
c) no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regido pela observância da hierarquia social. 
d) na época da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de gastos que a burguesia fazia para sepultar seus mortos. 
e) no período posterior à Revolução Francesa, devido as grandes perturbações sociais, abandona-se a prática do luto. 
A EUROPA FEUDAL
Senhorio: propriedade ou domínio rural no feudalismo. As melhores terras pertenciam à Igreja, à realeza e aos nobres. Nos senhorios era produzida a maior parte dos alimentos e artigos necessários à subsistência.
•O domínio senhorial estava dividido em:
Produção e ordens feudais
Reserva senhorial
Constituída por áreas cultiváveis, castelo, celeiros, estábulos, moinhos e oficinas artesanais. Toda a produção pertencia ao senhor.
Constituído pelo conjunto das terras cultivadas pelos servos, que deviam entregar parte da produção ao senhor 
pelo uso da propriedade.
Manso servil
A EUROPA FEUDAL
•O domínio senhorial estava dividido em:
Produção e ordens feudais
Manso comum
Formado por terras tanto de uso dos servos quanto dos senhores. Dessas terras se retiravam madeira, frutos e mel e nelas se praticava a caça.
• A sociedade feudal estava dividida em estamentos ou ordens: clero: os que oravam (oratores);
nobres: os que guerreavam (bellatores);
trabalhadores (servos, camponeses e trabalhadores urbanos): os que trabalhavam (laboratores)
A EUROPA FEUDAL
9. (Enem 2015)
Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que expressam a concepção de tempo das sociedades. Essas imagens compõem um calendário medieval (1460-1475) e cada uma delas representa um mês, de janeiro a dezembro. Com base na análise do calendário, apreende-se uma concepção de tempo 
a) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno. 
b) humanista, identificada pelo controle das horas de atividade por parte do trabalhador. 
c) escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho. 
d) natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações do ano. 
e) romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade. 
Na Europa, os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até a época da peste negra. No Brasil colonial e imperial os sepultamentos existiram até o ano 1820, quando foram proibidos, momento que construíram os primeiros cemitérios. O sepultamento era restrito aos homens livres. Negros (escravos) e os indigentes eram enterrados. A difirenciação no tratamento dispensado ao mortos, evidencia a forte hierarquização existente na sociedade colonial do Brasil. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
A EUROPA FEUDAL
9. (Enem 2015)
Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que expressam a concepção de tempo das sociedades. Essas imagens compõem um calendário medieval (1460-1475) e cada uma delas representa um mês, de janeiro a dezembro. Com base na análise do calendário, apreende-se uma concepção de tempo 
a) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno. 
b) humanista, identificada pelo controle das horas de atividade por parte do trabalhador. 
c) escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho. 
d) natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações do ano. 
e) romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade. 
A EUROPA FEUDAL
10. (Enem PPL 2009) As imagens nas figuras a seguir ilustram organizações produtivas de duas sociedades do passado. 
O trabalho no campo foi, durante muito tempo, uma das atividades fundamentais para a estruturação e o desenvolvimento das sociedades, como mostram as figuras 1 e 2. Nessas figuras, as características arquitetônicas, tecnológicas e sociais retratam, respectivamente, 
a) o agrarismo romano e o escravismo grego. 
b) a pecuária romana e a agricultura escravista grega. 
c) a maquinofatura medieval e a pecuária na Antiguidade. 
d) a agricultura escravista romana e o feudalismo medieval. 
e) o feudalismo medieval e a agricultura familiar no Antigo Egito. 
Até a Revolução Industrial, a riqueza estava concentrada no campo e a terra era um fator importante nas relações sociais. As grandes civilizações da história desde a antiguidade até a Idade Moderna, séculos XV ao XVIII, dependeram do trabalho no campo. As imagens mostram isso, a primeira aponta para a estrutura do feudo no contexto do feudalismo medieval e a segunda imagem faz referência ao Egito Antigo, a lei da frontalidade é uma marca da arte dessa civilização
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
A EUROPA FEUDAL
10. (Enem PPL 2009) As imagens nas figuras a seguir ilustram organizações produtivas de duas sociedades do passado. 
O trabalho no campo foi, durante muito tempo, uma das atividades fundamentais para a estruturação e o desenvolvimento das sociedades, como mostram as figuras 1 e 2. Nessas figuras, as características arquitetônicas, tecnológicas e sociais retratam, respectivamente, 
a) o agrarismo romano e o escravismo grego. 
b) a pecuária romana e a agricultura escravista grega. 
c) a maquinofatura medieval e a pecuária na Antiguidade. 
d) a agricultura escravista romana e o feudalismo medieval. 
e) o feudalismo medieval e a agricultura familiar no Antigo Egito. 
A EUROPA FEUDAL
•Grande Cisma do Oriente (1054): clero do Império Bizantino rompe com a autoridade do papa e funda a Igreja Ortodoxa. 
•Cruzadas: expedições de caráter militar e religioso organizadas pela Igreja com o intuito de retomar a Terra Santa.
Cristandade e Cruzadas
Objetivos
• Ampliar o poder da Igreja Católica.
• Expulsar os turcos muçulmanos de Jerusalém.
• Restituir a unidade cristã. 
• Realizar o martírio em nome da fé cristã.
• Conquistar novas terras para os nobres europeus.
A EUROPA FEUDAL
O movimento cruzadista e o resultado de suas ações impulsionaram uma série de mudanças que contribuíram para a crise do sistema feudal.
Cristandade e Cruzadas
Resultados
• Fracasso em manter os reinos latinos no Oriente e a cidade de Jerusalém.
• Desorganização da produção agrícola em vários territórios europeus.
• Expansão da cristandade pela Europa Oriental.
• Fim do domínio árabe no Mar Mediterrâneo. 
• Restabelecimento das rotas comerciais entre a Europa e a Ásia.
• Revitalização das cidades com crescimento das atividades comerciais.
• Aumento das trocas comerciais e culturais entre o Ocidente e o Oriente.
A EUROPA FEUDAL
 A partir do século XI houve melhorias na produção agrícola que possibilitaram o crescimento populacional, estimulando o comércio e o desenvolvimento das cidades. 
Fatores que possibilitaram maior produtividade agrícola:
Florescimento do campo e da cidade
Inovações técnicas
• Atrelagem feita pelo dorso do animal.
• Uso da charrua para arar a terra.
• Moinhos de água e de vento.
• Sistema trienal de cultivo. 
• Cultivo de novas espécies de 
leguminosas.
Inovações técnicas
• Consequências da revitalização do comércio: Formação de feiras ao longo das rotas comerciais; Desenvolvimento do artesanato (produção detecidos de lã); Disseminação do uso da moeda.
• Transformações ocorridas com a expansão das cidades: Crescimento populacional; Migração do campo para as cidades; Formação das guildas ou corporações de ofício; Ganho de autonomia da burguesia com relação ao poder feudal ou clerical.
A EUROPA FEUDAL
•Baixa Idade Média: período da história europeia que se estende do século XI ao XV.
• As transformações no meio cultural e intelectual ocorridas no século XII foram chamadas de renascimento cultural.
O renascimento do século XII
Áreas do conhecimento
• Ampliadas e aprofundadas.
• Retomada das obras clássicas greco-latinas.
• Contato com o conhecimento produzido pelos árabes.
Universidades
• Função inicial: formação de funcionários públicos e clérigos.
• Fundadas em diversas cidades da Europa.
• Local de desenvolvimento da escolástica.
A EUROPA FEUDAL
• Fatores internos e externos levaram à desestruturação e à crise generalizada na Europa medieval, entre os anos de 1300 e 1450.
O renascimento do século XII
Literatura
• Obras escritas em idiomas vernáculos.
• Desenvolvimento de novas formas literárias, como as cantigas de amor e os romances de cavalaria. 
Crise do mundo medieval
Fome
• Menor oferta de alimentos devido às más 
colheitas. 
• Escassez de alimento devido ao crescimento 
populacional. 
A EUROPA FEUDAL
Crise do mundo medieval
Peste negra
 Causada por uma bactéria transmitida por 
pulgas encontradas em roedores.
• Higiene precária contribuiu para a rápida 
propagação.
• Guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre 
França e Inglaterra por questões políticas e 
econômicas. 
• Europa Oriental, ataque do Império Otomano contra o Império Bizantino.
Peste negra
• Guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre 
França e Inglaterra por questões políticas e 
econômicas. 
• Europa Oriental, ataque do Império Otomano contra o Império Bizantino.
A EUROPA FEUDAL
Crise do mundo medieval
Revoltas: 
• Camponesas
 Motivadas pela indignação dos camponeses
com a tentativa dos senhores feudais de 
manter sua renda à custa da intensificação 
da exploração dos servos. 
Revoltas: 
 Urbanas
 Relacionadas ao controle das cidades. 
Artesãos, camponeses e proprietários rurais 
ricos lutaram contra o aumento de impostos e o pagamento de dízimo. 
Oposição dos assalariados, tecelões e pobres 
às famílias ricas que governavam as cidades.
A burguesia aproveitou-se da revolta dos 
despossuídos contra a dominação por outras 
classes, tentando equiparar seu poder econômico ao político.
A EUROPA FEUDAL
•Por volta do século X, os turcos ocuparam a região da Anatólia. No final do século XIII, expandiram militarmente seu território e, em 1453, dominaram Constantinopla, sede do Império Romano do Oriente.
O renascimento do século XII
 As regiões conquistadas tornavam-se províncias e pagavam tributos ao sultão.
• A administração do Império seguia os preceitos muçulmanos e havia certa liberdade religiosa.
• Impedidos de comercializar com o Oriente, após a tomada de Constantinopla, os europeus buscaram rotas alternativas pelo Oceano Atlântico.
BONS ESTUDOS
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