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NEXO DE CAUSALIDADE - Parte I

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Prévia do material em texto

NEXO DE CAUSALIDADE/RELAÇÃO DE CAUSALIDADE 
 
Material elabora por Rosa Lícia Rocha de Oliveira (@prof.rosalicia) – Professora de Direito Penal. 
 
Conceito: Nexo de causalidade é a ligação/ o elo da conduta ao resultado. O resultado 
foi produzido em razão da conduta do agente. 
 
Objetivo: Visa explicar o que será causa que deu o resultado. 
 
Ex: Saymon atira (conduta) em Luke e Luke veio a falecer (resultado) = Laudo 
cadavérico (nexo causalidade) 
 
Importante: Somente para os crimes materiais - resultado naturalístico 
 
Atenção: Estrutura do fato típico nos crimes formais e de mera conduta 
Fato Típico = Conduta + Tipicidade 
 
Atualmente existem 03 (três) teorias que explicam o que é o nexo causal. Estudaremos 
as três teorias abaixo: 
 
1. Teoria da Equivalência dos antecedentes causais ou Teoria da Conditio 
sine qua non (condição sem a qual não haveria o resultado). 
 
 
 REGRA, art. 13, caput, do Código Penal. 
 Essa teoria foi criada por Julius Glaser e desenvolvida por von Buri e Stuart Mill. 
 Causa é tudo aquilo que contribuiu para a produção do resultado. 
 
Segundo essa teoria, é causa do resultado e, consequentemente, causa do crime, tudo 
aquilo que contribuiu para que o crime ocorresse da forma como ocorreu. Assim, no 
caso concreto, para saber se determinada circunstância é ou não causa do crime deve 
ser feita a seguinte pergunta: sem essa circunstância o crime teria ocorrido como 
ocorreu? Se a resposta for “não” a esse processo mental de eliminação hipotética, essa 
circunstância é causa do crime. 
 
 
Exemplo 01: 
 
Considere a seguinte situação hipotética: Saymon atirou em Bruce, com a intenção de 
matar (animus necandi) e Bruce veio a falecer. Antes disso, Saymon comprou uma arma 
de fogo, comprou munição e, sabendo que Bruce somente chegaria à casa à tarde, parou 
para almoçar, em seguida, foi para a casa de Bruce, armou uma emboscada e quando 
Bruce chegou, Saymon efetuou os disparos. 
Se Saymon não tivesse efetuado os disparos, Bruce teria morrido da forma como morreu? 
Não. 
Então, se Saymon não tivesse disparado, o crime não teria ocorrido da forma como ocorreu. 
Por isso, ter efetuado os disparos é a causa do resultado morte. 
Se Saymon não tivesse armado a emboscada que culminou nos disparos, o crime teria 
ocorrido da forma como ocorreu? Não, porque ter armado a emboscada foi imprescindível 
para que Saymon conseguisse concretizar seu intento. 
Dessa forma, ter armado a emboscada é causa do resultado. 
Mas ter ou não parado para almoçar não influencia o crime, ou seja, mesmo se Saymon 
não tivesse parado para almoçar o crime teria ocorrido da mesma forma como ocorreu. Se 
Saymon não tivesse comprado a arma nem a munição, o crime teria ocorrido como 
ocorreu? Não. Saymon até poderia ter matado Bruce, mas não da forma como matou. 
Sendo assim, comprar a arma e a munição também é causa do resultado. 
 
 
 
 
 
 A doutrina costuma afirmar que a teoria da equivalência dos antecedentes não 
diferencia a causa de concausa. 
 
O que é concausa? A concausa é a causa da causa, por exemplo, ter comprado arma 
e munição é a causa dos disparos, que foi a causa da morte. Assim, para essa teoria, 
causa e concausa é tudo causa, isto é, ter comprado arma e munição e ter disparado 
são causa do resultado. 
Por esse motivo, a teoria recebe o nome de equivalência dos antecedentes causais, 
porque todos os antecedentes são considerados equivalentes. Isso significa afirmar que 
tudo que contribuiu para que o resultado tivesse ocorrido da forma como ocorreu é 
considerado causa do resultado. 
 
Problema da teoria: Regresso ao Infinito 
 
Imagine o exemplo (1) anterior: se a pessoa que vendeu a arma não a tivesse vendido, 
o crime teria ocorrido da forma como ocorreu? A princípio não, porque se a pessoa não 
tivesse vendido, Saymon não a teria comprado, não teria disparado, portanto, ter 
vendido a arma é causa do resultado. E a pessoa que fabricou a arma? Pela mesma 
lógica, se ela não tivesse fabricado, outra pessoa não a teria vendido, Saymon não a 
teria comprado nem disparado, portanto, a fabricação da arma também é causa e assim 
por diante. A essa situação chamamos de “regresso ao infinito”, o principal problema da 
Teoria , pois existe o risco de se regredir ao infinito de causas 
 
Isso acontece porque a teoria equivale tudo como causa, considera tudo como causa, 
assim ocorre o regresso ao infinito. 
 
Limite ao regresso ao infinito é o limite subjetivo - O elemento subjetivo dolo ou culpo - 
porque diz respeito aos aspectos subjetivos de dolo ou culpa. Assim, somente haverá 
imputação penal quando o agente tiver atuado por dolo ou culpa. Isso significa que o 
sujeito que colheu a matéria-prima não será responsabilizado porque não agiu com dolo 
ou culpa na morte causada pela arma de fogo, o mesmo se aplica à mãe ou à avó do 
assassino, por exemplo 
 
Processo da Teoria da Equivalência dos antecedentes causais 
1º Todos “equivalente causais”; 
2º Processo de Eliminação hipotética; 
3° Dolo ou culpa (Frank em 1915). 
 
 
2 - Teoria da Causalidade Adequada 
 
Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
 § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a 
imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, 
imputam-se a quem os praticou. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
A segunda teoria sobre nexo causal é a da causalidade adequada. Essa teoria tem como 
principal representante von Kries e foi acolhida no Código Penal brasileiro como 
exceção (art. 13, § 1º,. Tratam da causa relativamente independente superveniente 
que, por si só, produziu o resultado. 
 
 
 Criada por Von Kries (1888) e Von Bar (1890); 
 Causa é um fato antecedente necessário e adequado para a produção do 
resultado; 
 O critério para descobrir se um fato antecedente é necessário e adequado para 
a produção de um resultado é “de acordo com as regras da experiência 
humana”; 
 Só é causa do resultado aquilo que por si só produziu o resultado; 
 Não se preocupa com o que aconteceu antes da causa do resultado; 
 Linha de desdobramento causal; 
 Vantagem: Não regride ao infinit; 
 Problema: “regras da experiência humana” oportuniza o subjetivismo pelo 
julgador; 
 Explica os cursos causais anormais ou o desvio de curso causal 
 
Essa teoria sustenta que somente é causa do resultado aquilo que, por si só, produziu 
o resultado. Assim, ao contrário do que afirma a teoria anterior, a Teoria da Causalidade 
Adequada não se preocupa com o que aconteceu antes da causa do resultado. 
 
Análise do exemplo (1) - Saymon atirou em Bruce, com a intenção de matar (animus 
necandi) e Bruce veio a falecer. Antes disso, Saymon comprou uma arma de fogo, 
comprou munição e, sabendo que Bruce somente chegaria à casa à tarde, parou para 
almoçar, em seguida, foi para a casa de Bruce, armou uma emboscada e quando Bruce 
chegou, Saymon efetuou os disparos e Bruce morreu. 
 
Conforme a teoria anterior, comprar arma de fogo é causa do resultado, comprar 
munição é causa do resultado, armar emboscada é causa do resultado, bem como 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
efetuar os disparos. Já de acordo com a teoria da causalidade adequada, que afirma 
que somente é causa do resultado aquilo que, por si só, produziu o resultado, o que 
será considerado como resultado serão apenas os disparos que causou a morte da 
vítima. 
Contudo, armar a emboscada não é causa do resultado, assim como os demais 
antecedentes, como parar para almoçar, comprar arma etc. 
Para essa teoria, adotada pelo art. 13, § 1º, a causa deve ser relativamente 
independente e superveniente que, por si só, produziu o resultado. Isso significa que 
houve uma causa primeira, depois(superveniente) ocorre uma segunda causa, que 
possui relativa independência da primeira causa. 
 
Exemplo 2: Saymon deseja matar Bruce e efetua disparos contra Bruce. Bruce é socorrido 
por uma ambulância, que vai em alta velocidade em direção ao HO, no caminho choca- -
se com um poste, Bruce morre e o laudo cadavérico demonstra que a morte foi decorrente 
do traumatismo craniano promovido pelo choque da ambulância com o poste e não pelos 
disparos efetuados por Saymon. 
Note que os tiros foram a primeira causa, mas depois dessa causa, ocorre a segunda causa 
(superveniente), o choque da ambulância com o poste. A segunda causa é relativamente 
independente porque Bruce só estava na ambulância em razão da primeira causa, os 
disparos, ou seja, se não tivesse efetuado os disparos, Bruce não estaria na ambulância, 
portanto, não teria sofrido o acidente que lhe causou a morte. Nessa situação, de acordo 
com o Código Penal, Saymon não responde pelo resultado, mas somente pelos atos que 
praticou (nesse caso tentativa de homicídio). 
É uma exceção à teoria da equivalência dos antecedentes. Com base na teoria da 
equivalência dos antecedentes, os disparos seriam a causa do resultado, já que se Saymon 
não tivesse disparado, Bruce não precisaria ser socorrido por uma ambulância, portanto, 
não teria sofrido o acidente que lhe causou a morte. Ademais, mesmo com o limite subjetivo 
da teoria, a causa seriam os disparos, já que Saymon atirou com dolo, com intenção de 
matar. Se o art. 13, § 1º, CP, não tivesse adotado a teoria da causalidade adequada, o 
resultado morte de Bruce seria imputado a Saymon. 
 
Destaca-se que não é considerada como causa relativamente independente e 
superveniente aquilo que está na linha do desdobramento causal da conduta, ou seja, 
aquilo que é comum, ordinário. Assim, se Saymon atira em Bruce, que é socorrido para 
o hospital e lá morre em decorrência de uma cirurgia, as complicações da cirurgia são, 
sim, desdobramentos da conduta criminosa. 
A doutrina tem entendido, inclusive, que infecção hospitalar se insere nesse 
contexto de desdobramentos da conduta criminosa, isto é, não é porque o sujeito morreu 
de infecção hospitalar que o atirador deixará de responder criminalmente pelo resultado 
morte. 
Assim já decidiu o STJ “ O fato de a vítima ter falecido no hospital em decorrência 
das lesões sofridas, ainda que se alegue eventual omissão no atendimento médico, 
encontra-se inserido no desdobramento físico do ato de atentar contra a vida da vítima, 
não caracterízando constragimento ilegal a responsabilizaão criminal por homícidio 
consumado, em respeito à teoria da equivalência dos antecedentes causais adotada no 
Código Penal e diante da comprovação do animus necandi do agente” (HC 42.559, 5ªT, 
2006). 
Contudo, se ocorre uma causa que não está na linha de desdobramento da 
conduta e que, por si só, produz o resultado, o agente não responderá pelo resultado, 
mas apenas pelos atos que praticou, que consistem em crime tentado, não consumado. 
 
CONCAUSAS 
 
Conceito: É outra causa, que, absolutamente ou relativamente independente à conduta 
do agente, produz sozinha ou produzem juntas o resultado como ocorreu. 
 
Espécies de concausas: 
 
 
a. Concausas absolutamente independentes - São aquelas que existem antes, 
durante ou depois da conduta do agente e sozinhas (por si só) produzem o resultado 
como ocorreu. 
🖍️ O agente só responde pelos atos praticados, de acordo com o seu dolo (via de 
regra → tentativa). 
 
b. Concausas relativamente independentes - São aquelas que existem antes, durante 
ou depois, mas são acionadas pela conduta do agente e juntas produzem o resultado 
como ocorreu. 
 
🖍️ O agente responde por todo o resultado como ocorreu, salvo na “superveniente por 
si só” que responde só pelo que fez. 
 
Concausas absolutamente Independentes: 
 
É aquela causa que teria acontecido, vindo a produzir o resultado, mesmo se não tivesse 
havido qualquer conduta por parte do agente. As causas absolutamente independentes 
podem ser: 
 
i) preexistentes; 
ii) concomitantes; 
iii) supervenientes. 
 
i) Concausas absolutamente Independentes Preexistentes - É aquela que ocorreu 
anteriormente à conduta do agente. Quando a causa é absolutamente independente e 
em virtude dela ocorre o resultado, não devemos imputá-lo ao agente. 
 
Exemplo 3: Saymon, querendo a morte de Theodore, desfere-lhe um tiro, acertando-o na 
região do tórax. Embora atingido numa região letal, Theodore veio a falecer não em virtude 
do disparo recebido, mas porque, antes, com intenção suicida, ingeriu veneno. Assim, 
Theodore morreu envenenado e não em razão do disparo. 
 
- Exemplo adaptado do “Manual de Direito Penal, Rogério Greco” 
 
Aplicando a Teoria: 
 
1°) Essa causa - o fato de ter a vítima ingerido veneno - é anterior, concomitante ou 
posterior à conduta do agente? Anterior, pois Theodore ingeriu o veneno antes de ser 
alvejado com o tiro. Esta causa, isto é, a ingestão de veneno, deve ser considerada 
como uma causa preexistente. Preexistente a quê? Preexistente à conduta de Saymon 
que consistiu em atirar em Theodore. 
 
2º) Segunda questão: Se Saymon não tivesse atirado em Theodore, este, ainda assim, 
teria falecido? Sim, porque havia ingerido veneno, e esta foi a causa de sua morte. 
 
Se aplicarmos o processo hipotético de eliminação, chegaremos à seguinte conclusão: 
se suprimirmos mentalmente o disparo efetuado por Saymon, Theodore, ainda assim, 
teria morrido? Sim, uma vez que Theodore não veio a falecer em virtude dos disparos, 
mas porque, antes, havia feito a ingestão de veneno. Dessa forma, não podemos 
considerar a conduta de Saymon como a causadora do resultado morte, e, portanto, 
Saymon somente responderá pelo seu dolo. Como não conseguiu, com sua conduta, 
alcançar o resultado morte por ele inicialmente pretendido, será responsabilizado pela 
prática do crime de tentativa de homicídio. 
 
 ii) Concausa concomitante absolutamente independente – É aquela que ocorre numa 
relação de simultaneidade (ao mesmo tempo) com a conduta do agente. Acontece no 
mesmo instante e paralelamente ao comportamento do agente. 
 
Exemplo 4: Saymon e Marianinha, ambos com vontade de matar Bruce (animus necandi) 
resolvem cometer o crime no mesmo horário, porém eles não sabiam do plano um do outro, 
com armas de calibres diferentes, em uma manhã de terça-feira, atiram contra Bruce, ao 
mesmo tempo de locais diferentes. Bruce veio a falecer. No exame de necropsia (laudo 
pericial) constatou que Bruce faleceu em razão do disparo de Marianinha que acertou o 
coração, enquanto o disparo de Saymon acertou o braço de Bruce de raspão. Assim, 
Saymon só responde por seu dolo. 
 
- Exemplo adaptado do Livro de Direito Penal de Noronha. 
 
iii) Concausa superveniente absolutamente independente – Como nos está induzindo o 
próprio nome, diz-se superveniente absolutamente independente a causa ocorrida 
posteriormente à conduta do agente e que com ela não possui relação de dependência 
alguma. 
 
Exemplo 5: Augusto e Bento discutem no interior de uma loja, oportunidade em que Augusto 
saca o revólver que trazia consigo e atira em Bento, causando-lhe um ferimento grave, que 
certamente o levará à morte. Logo após ter efetuado o disparo, o prédio no qual ambos se 
encontravam desaba e, posteriormente, comprova-se que Bento não morrera em virtude 
do disparo recebido, mas, sim, por ter sido soterrado. 
 
- Exemplo adaptado do “Manual de Direito Penal, Rogério Greco” 
 
Se, aqui, por mais uma vez, suprimirmos mentalmente a conduta de Augusto, isto é, o 
fato de ter atirado contra Bento, ainda assim o resultado morte teria ocorrido? Sim. 
Então, podemos concluir que a conduta de Augusto não causou o resultado, razão pela 
qual deverá responder somente pelo conatus (tentativa de homicídio).

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