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historico da gestão ambiental

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AVALIAÇÃO	DE	IMPACTO	AMBIENTAL	TB
UNIDADE - 1 QUAL O HISTO� RICO DA GESTA�O
AMBIENTAL?
Débora Rodrigues Barbosa
Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni...
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Introdução
Antes de começar este estudo, re�lita: O que se deve fazer para que o meio ambiente possa ser
preservado? De onde surgiu essa preocupação ambiental atual? Como efetivar esse objetivo de
resguardar os recursos naturais para as futuras gerações?
As ações efetivas para busca da conservação ambiental nasceram das propostas das Nações Unidas, entre
as quais as conferências ambientais de Estocolmo e do Rio de Janeiro, bem como das pressões de ética
ambiental e normatização jurı́dica dos organismos internacionais, da sociedade e dos Estados soberanos.
Dentro desse contexto, é fundamental compreender as principais formas de degradação ambiental do
planeta, no sentido de levantar diagnósticos e buscar soluções para contenção e controle.
A degradação ambiental era relativamente pequena até a Idade Média, quando a Europa era explorada
para o desenvolvimento de atividades rurais, predominantemente. Com o advento da Revolução
Industrial (1760), a exploração dos recursos naturais tornou-se mais intensa, no sentido de atender à
crescente demanda por mercadorias industrializadas do mercado consumidor.
A partir da década de 1990, Estados, organizações empresariais, sociedade e cientistas vêm buscando
medidas de proteção ambiental, e as normatizações jurı́dicas e a conscientização da população têm feito
progressos nesse sentido. De acordo com Lago (2007), com o advento do Relatório de Brundtland, o
mundo aprendeu o conceito de desenvolvimento sustentável e tem ocorrido um esforço global para que
as futuras gerações possam usufruir de um planeta limpo e ecologicamente equilibrado.
A Rio-92 foi um passo fundamental no caminho do desenvolvimento sustentável, direcionando os grupos
interessados nesse esforço mundial. A Rio+20, por sua conta, buscou identi�icar as di�iculdades
encontradas para se alcançar essa meta, pelos paı́ses e organizações e estabeleceu estratégias para novos
caminhos (LAGO, 2007).
Neste capı́tulo, você conhecerá os principais aspectos históricos da gestão ambiental, identi�icará as
formas de degradação do meio ambiente e entenderá a importância das premissas para o
desenvolvimento sustentável a partir da evolução da consciência ambiental.
Bom estudo!
1.1 Principais formas de degradação ambiental no globo
terrestre
Você já deve ter reparado que a poluição é um tipo de degradação ambiental. Mas sabia que o conceito de
degradação é diferente do de poluição?
De acordo com a Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, é considerada degradação da qualidade ambiental
qualquer “alteração adversa das caracterı́sticas do meio ambiente”. Nesse caso, podemos citar o
desmatamento, o envio de esgotamento sem tratamento nos cursos �luviais, o ruı́do das explosões nas
pedreiras e os processos erosivos (BRASIL, 1981). 
A mesma lei também esclarece o conceito de poluição:
[...] a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem
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condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota;
afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e lancem matérias ou energia
em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos (BRASIL, 1981, s. p.).
Constate que poluição não é só o lançamento de rejeitos em rios, lagos e atmosfera, mas também a
criação de condições adversas à vida, afetando desfavoravelmente os elementos vivos da natureza, como
a fauna, a �lora e ser humano. 
Até a Primeira	Revolução	Industrial, no século XVII, as relações do homem com a natureza eram de
exploração comedida dos recursos naturais, uma vez que o modo de produção era natural e concentrada
no campo. A partir do processo de industrialização iniciado na Inglaterra em 1760, a mão de obra
humana passou a ser substituı́da por máquinas, o que acelerou a produção e o consumo de matérias-
primas. Desde então, a degradação ambiental tem sido crescente e vertiginosa, com inúmeras
consequências para o ser humano, como poluição hı́drica, atmosférica e do solo; desmatamento; retirada
incessante dos recursos minerais e animais da terra e do mar, provocando o aumento da temperatura no
planeta e a extinção de exemplares animais e vegetais (BARBIERI, 2011).
Com o lançamento de poluentes industriais nos corpos hı́dricos, os alimentos irrigados por esse recurso
podem ser contaminados, prejudicando a saúde animal e a humana. E, dependendo do nıv́el de impureza,
pode inviabilizar a produção agropecuária, reduzindo a produção de alimentos.
Há inúmeras formas de degradação ambiental do planeta, mas focaremos nosso estudo nas poluições
atmosférica (incluindo a sonora), hı́drica e do solo; no desmatamento, na deserti�icação e na acumulação
de resı́duos sólidos.
1.1.1 Poluição atmosférica
VOCÊ QUER VER?
O �ilme A modernidade chega a vapor (2008) foi produzido pelo Ministério da Educação
no contexto das celebrações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Retrata a
chegada da industrialização no paı́s, com o Barão de Mauá – que oferecia facilidades
para a parcela mais abastada da população – e as consequências ambientais para os
menos favorecidos, que viviam castigados pelo �lagelo da seca.
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O aumento gradual de indústrias, sem o controle jurı́dico de seus resı́duos no ar, tem causado a poluição
com o lançamento de gases, como Dióxido de Enxofre (SO2), Dióxido de Nitrogênio (NO2),
Hidrocarbonetos (HC), Ozônio (O3), Monóxido de Carbono (CO) e Material Particulado (MP), citados pelo
Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2017c), como importantes poluentes atmosféricos. De acordo com
a Resolução Conama n. 382, de 26 de dezembro de 2006 (BRASIL, 2006, s. p.), Material Particulado é
“todo e qualquer material sólido ou lı́quido” presente na atmosfera, como é o caso de poeira de asfalto ou
resultante do corte de madeira.
As chuvas são naturalmente ácidas (pH<7), mas a presença de poluentes de inúmeras de fontes (como
das plantas industriais de carros e até mesmo de pulverização de agrotóxicos) na atmosfera podem
potencializar a acidez, através da mistura desses contaminantes com a moléculas de água do ar. Dentre os
gases emitidos destacam-se aqueles ricos em enxofre e azoto reativo, cuja hidrólise na atmosfera acaba
por produzir fortes ácidos, conforme demonstra a �igura a seguir.
Após serem carregadas pelo vento, essas chuvas precipitam causando a degradação de solos, lagos,
�lorestas e artefatos culturais expostos ao ar livre. A chuva ácida coı́be o crescimento de �itoplâncton,
resultando em prejuı́zos a toda cadeia tró�ica, e a redução da produtividade de peixes pode ser um fator
de prejuı́zo econômico para pequenas comunidades pesqueiras. E� o caso de grande parte dos lagos
localizados no nordeste norte-americano, região com grande concentração industrial.
A histórica emissão de cloro�luorcarboneto (CFC, um composto que une carbono, �lúor e cloro), na
atmosfera, já produziu seu efeito mais imediato: a redução da espessura da camada de ozônio. Como?
Observe a fórmula CFC + Luz + 2 O3 → 3 O2 + Cℓ. A junção do CFC com a luz e o ozônio acaba por criar
moléculas de Oxigênio e átomos de cloro, destruindo asmoléculas de ozônio – por isso, o estreitamento
da camada.
A situação é preocupante porque essa faixa gasosa protege o homem de grande parte dos raios
ultravioletas emitidos pelo sol, e a sua ausência poderá contribuir para o aumento da incidência de
câncer de pele e cegueira na sociedade em geral.
A grande concentração de poluentes, bem como a aglomeração de equipamentos urbanos, com a
remoção da cobertura vegetal, têm contribuı́do para o gradual aumento da temperatura dos centros
citadinos, em detrimento das áreas �lorestadas e/ou arborizadas das periferias. As ilhas de calor são
formadas pela aglutinação de edifı́cios, capeamento de ruas, obstaculização de ventos e concentração de
pessoas e rami�icadores de energia (fábricas e carros). Navegue no recurso a seguir para sabe mais sobre
o assunto.
Figura 1 - Principais reações quı́micas da chuva ácida.
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1.1.2 Poluição hídrica
Efeito	estufa:
De acordo com Guerra e Guerra (2014), o efeito estufa é um fenômeno natural de manutenção da
temperatura da Terra, uma vez que gases concentrados na atmosfera de várias fontes geológicas
(como CO2, N2O, H2O, CH4) promovem uma camada que impede o escape da energia radiante
que é re�letida pela superfı́cie terrestre. Sem esse efeito, seria impossıv́el sobrevivência da vida
no planeta, devido à possıv́el baixa temperatura. A concentração dos principais Gases	de	Efeito
Estufa (GEE) tem contribuı́do para a potencialização do efeito estufa e o consequente
aquecimento global. Nesse caso, o principal vilão é o dióxido de carbono que impede o retorno
livre da radiação re�letida pela superfı́cie da Terra em direção ao espaço, mantendo a temperatura
do planeta. O problema é que, quanto maior a quantidade de emissão desse gás no ar, maior é a
sua capacidade de reter calor, desequilibrando as possibilidades de sobrevivência de espécies
animais e vegetais que dependem da pouca variação do seu conforto térmico.
Aquecimento	global:
Com o aquecimento global, há possibilidade de gradual degelo das massas congeladas
concentradas das calotas polares, resultando no aumento do nıv́el do mar, tendo como
consequência a inundação de inúmeras áreas, até então emersas, como pequenas ilhas e grandes
cidades costeiras, como Rio de Janeiro, Nova York (EUA), Lisboa (Portugal) e Tóquio (Japão). 
Espécies que dependem da temperatura atual poderão ser atingidas e se encaminharem para a
extinção, reduzindo a biodiversidade e possibilidade de alimento de comunidades locais e
descoberta de novos remédios.
Smog:
Outro efeito da poluição atmosférica é o smog, um tipo de névoa poluı́da ou uma fumaça
contaminada, resultante das emissões industriais e combustão incompleta de veı́culos
automotores. Gases como CO2, O3, NO2 e CO podem ser encontrados nesse emaranhado quı́mico
em suspensão que afetam a saúde humana, sobretudo de idosos e crianças (BRAGA et al., 2002).
Poluição	sonora:
A poluição sonora também é efeito de degradação ambiental importante. Conceitualmente
signi�ica o som que supera os nıv́eis adequados para a saúde animal. No Brasil, a Norma
Regulamentadora no 15 (BRASIL, 1978) estabelece um intervalo de tempo associado ao limite
máximo de ruı́do em decibéis (dB) que varia entre 85 dB (até 8horas) e 110 dB (até 15 minutos).O
grande problema é que a implantação de empreendimentos, como rodovias, linhas de transmissão
e unidades de energia causa grande poluição atmosférica que afeta o habitat dos animais e
incentiva sua migração para busca de alimentos em outras localidades, oferecendo
vulnerabilidade a sua sobrevivência.
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De acordo com Costa et al. (2012), é considerado recurso 	hídrico qualquer água super�icial ou
subterrânea que possa ser obtida e esteja disponıv́el para o uso humano, como os rios, lagos, arroios,
lençóis freáticos etc., bem como os recursos animais, minerais e vegetais presentes nessas águas.
Portanto, o lançamento de poluentes nesses ambientes, bem como a sua superexploração através da
captação para atividades variadas, como irrigação e abastecimento, são clássicos exemplos de sua
degradação.
Segundo Braga et al. (2002), são considerados contaminantes da massa d’água os poluentes orgânicos
biodegradáveis (como folhas e troncos), poluentes orgânicos recalcitrantes ou refratários (como
defensivos agrı́colas, detergentes e petróleo), metais (como bários, cádmio e arsênio), excesso de
nutrientes (como fertilizantes), organismos patogênicos (como bactérias, protozoários e helmintos),
sólidos em suspensão (como argila e areia), calor (água quente) e radioatividade.
Resumindo, dentre as formas de degradação dos recursos hı́dricos destacam-se o lançamento de dejetos
industriais e domésticos nos cursos d’água, bem como a captação de águas super�iciais e subterrâneas
(além da capacidade do ambiente de repor), sobretudo para atividades de irrigação e abastecimento
humano.
Você viu as principais formas de degradação dos recursos hı́dricos, mas já ouviu falar em estrati�icação
térmica? A temperatura da água in�luencia os processos biológicos, as reações quı́micas e bioquı́micas
de ecossistemas aquáticos, sendo assim um parâmetro de vital importância. O fenômeno acontece
quando há distintas temperaturas na massa d’água. Perto do topo, onde o sol contribui para o
aquecimento, a temperatura é mais elevada e, no fundo, a água é mais fria, formando uma gradação
térmica que in�luencia na densidade das camadas. De acordo com Nogueira (1991), quando há variação
térmica na massa aquosa de rios e lagos, há a diferenciação de densidade, formando estratos que podem
apresentar caracterı́sticas distintas. Observe a �igura a seguir.
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A estrati�icação é muito comum em ambientes estáveis e com pouco vento. O problema é que a
permanência da estrati�icação térmica pode acarretar profundas implicações ecológicas, uma vez que a
diferença de densidade contribui para di�icultar o transporte de nutrientes acumulados, resultando na
redução da biodiversidade local.
Não se esqueça de que é importante identi�icar se a água disponıv́el está respeitando os parâmetros de
potabilidade, o que garante o consumo humano. Nesse caso, o Ministério da Saúde publicou a Portaria n.
2.914, de 12 de dezembro de 2011, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade (BRASIL, 2011).
Para a veri�icação da potabilidade é necessário respeitar um conjunto de classes de análises. De forma
geral, as análises bacteriológicas, presentes na Tabela de Padrão Microbiológico da A� gua para Consumo
Humano, no Anexo I, e as análises fı́sico-quı́micas da Tabela de Padrão de Potabilidade para Substâncias
Quı́micas que Representam Risco à Saúde, presentes no Anexo VII, são comumente utilizadas (BRASIL,
2011). A primeira tabela demonstra que é importante avaliar a presença da bactéria bacilar Escherichia
coli, indicadora de contaminação fecal. O microrganismo é encontrado naturalmente no intestino, mas
em grandes quantidades pode causar infecção intestinal e urinária. Observando a segunda tabela, é
possıv́el constatar a necessidade de análises de elementos como arsênio, chumbo,cádmio, mercúrio,
selênio e benzeno. Para conferir as tabelas, acesse o endereço: <http://bvsms.saude.gov.br
/bvs/saudelegis/gm/2011/anexo/anexo_prt2914_12_12_2011.pdf>.
Figura 2 - Estrati�icação térmica.
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Outro fenômeno importante de degradação dos recursos hı́dricos é a eutro�ização, descrita por
Hutchinson (1957), como o fenômeno de transformação de lagos para uma maior produtividade
biológica, sendo que associado ao aumento excessivo da produção de biomassa de fontes primárias,
geralmente causada pela elevada concentração de nutrientes. Dentre as causas mais comuns estão
emissões de rejeitos industriais, esgotamento sanitário e insumos agrı́colas nos corpos d’água. Como
exemplo, podemos citar o crescimento urbano no entorno do Complexo Lagunar da Barra da Tijuca, no
Rio de Janeiro, que tem aumentado a emissão de esgotamento sanitário para as lagoas causando a sua
eutro�ização, resultando na morte de inúmeras espécies aquáticas.
Nas plantas industriais, a água é muito empregada nos sistemas de resfriamento e limpeza de
equipamentos, e deveria ser tratada antes do seu relançamento nos cursos �luviais. No entanto, a
ausência/de�iciência de legislação ou �iscalização causa transtornos para os múltiplos usuários desse
recurso, que sofre alteração em sua temperatura e composição quı́mica, principalmente.
Não menos poluentes são os esgotos domésticos despejados nos agentes �luviais, sem a devida
intervenção quı́mica. Dentro do conjunto determinado pelo saneamento básico, o Brasil tem dado
importância mediana à coleta de esgotos e quase nenhuma ao seu tratamento, muitas vezes deixadas a
cargo de empresas particulares. Com o crescimento exponencial das cidades, muitas galerias pluviais
foram convertidas em veı́culos de transporte de esgotamento sanitário, contribuindo ainda mais para a
degradação dos recursos hı́dricos, sobretudo os super�iciais.
No meio rural, destaca-se a in�iltração de água contaminada com resı́duos de agrotóxicos e consequente
contaminação de recursos super�iciais e subterrâneos. O consumo crescente de insumos agrı́colas tem
potencializado o aumento da produtividade dos empreendimentos rurais com diferentes usos. Os
resı́duos de complexos de fósforo e nitrogênio, provenientes dos agrotóxicos, contribuem para a
proliferação de algas que liberam toxinas nos corpos aquáticos, tornando-os impróprios para o consumo
humano e animal.
VOCÊ SABIA?
A criação da portaria n. 2.914, de 12 de dezembro de 2011 (BRASIL, 2011) que
de�ine os parâmetros de potabilidade para o consumo humano é resultante os
incisos I e II do parágrafo único do art. 87 e do artigo 196 da Constituição Federal
(BRASIL, 1988). A portaria atualizou um antigo documento, o Decreto n. 79.367, de
9 de março de 1977 (BRASIL, 1977), que dispunha sobre normas e o padrão de
potabilidade de água. Para ler a portaria 2.914/2011 e analisar todos os padrões
necessários para uma boa qualidade de água, acesse o endereço: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011
/prt2914_12_12_2011.html>.
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1.1.3 Desmatamento e perda de biodiversidade
O desmatamento acontece quando grandes reservas vegetais são retiradas para o favorecimento do
crescimento econômico das sociedades, e não diz respeito apenas a �lorestas, mas também aos extratos
vegetais representados por arbustos e gramı́neas, tı́picos de pradarias e savanas.
O des�lorestamento era relativamente pequeno até a Idade Média, quando a Europa era explorada para o
desenvolvimento de atividades rurais, predominantemente. Com o advento da Revolução Industrial
(1760), a exploração dos recursos naturais, dentre eles as diferentes formações vegetais, fez crescer o
desmatamento, sobretudo no Hemisfério Norte, com a destruição de grande parte dos biomas taiga e
�lorestas temperadas.
Dados demonstrados pelo sistema de mapeamento do Global Forest Watch apresentam que as manchas
�lorestais do planeta Terra sofreram grande redução, e hoje ocupam uma pequena parcela do uso do solo
mundial (GLOBAL FOREST WATCH, 2017).
Dados da Food and Agriculture Organization of The United Nations (FAO, 2015) demonstram que o Brasil
liderava o ranking de desmatamento em 2010, com quase dois milhões de hectares de redução anual. Em
contrapartida, é considerado o segundo paı́s com maior quantidade de �lorestas protegidas do mundo,
perdendo apenas para a Rússia.
1.1.4 Desertificação e fome
De acordo com as Nações Unidas (UNITED NATIONS, 1992), a deserti�icação é a degradação do solo em
áreas áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de diversos fatores, inclusive de variações
climáticas e, principalmente, de atividades humanas. E foi considerado como um fenômeno global a
VOCÊ O CONHECE?
Utilizando tecnologias recentes e imagens de satélites disponıv́eis nas plataformas
educacionais, o Global Forest Watch desenvolveu um sistema de monitoramento da
evolução das manchas �lorestais do globo terrestre. Para conhecer o sistema, acesse o
endereço <http://www.globalforestwatch.org/>. Na sequência, troque a lı́ngua
utilizada para português e acesse o mapa interativo da GFW, no item [explore]. 
Também poderá escolher paı́ses ou regiões do mundo, como continentes e
subcontinentes.
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partir da Rio-92, quando se assinou a Convenção sobre a Deserti�icação, um compromisso no sentido de
se estabelecer metas claras para solucionar as consequências da deserti�icação no planeta, sobretudo nos
territórios áridos ou semiáridos e pobres, como no entorno da A� frica, o sertão nordestino e as áreas
secas do Oriente Médio.
No	chifre	africano (nordeste da A� frica), a deserti�icação tem atingindo a população nativa, que usa os
piores solos para o desenvolvimento de uma agricultura de subsistência, e com a intensi�icação do
fenômeno, a produção agrı́cola é prejudicada, lançando grandes contingentes populacionais à fome e à
subnutrição.
Com a deserti�icação dos solos, muitos habitantes de regiões áridas e semiáridas buscam novas áreas de
sobrevivência engrossando as �ileiras dos refugiados de fenômenos climáticos sazonais, como
inundações, furacões e seca.
1.1.5 Poluição do solo e acumulação de resíduos sólidos 
A poluição do solo é causada pela acumulação de elementos quı́micos estranhos que causam a
deterioração ou perda de uma ou mais das suas funções, como por exemplo, e�luentes sanitários,
insumos agrı́colas, resı́duos sólidos domésticos e dejetos industriais e hospitalares.
Esses compostos podem ser incorporados ao solo ou vazam acidentalmente. De acordo com Brady
(2013, p. 622), dentre os materiais descartados podem ser citados “componentes da fabricação de
máquinas, pequenos ou grandes vazamentos de combustıv́eis ou lubri�icantes, explosivos de uso militar e
pulverizações de produtos quı́micos aplicados para o controle de pragas em ecossistemas terrestres”. O
autor informa ainda que cerca de 150 milhões de hectares de solo norte-americano são contaminados
por pesticidas anualmente.
O consumo incessante de produtos não degradáveis que se acumulam na natureza (em lixões ou aterros
sanitários) também contribui para a poluição do solo. Com a evolução da exploração dos recursos
naturais para a produção de mercadoriasem crescente escalada de consumo, é comum a geração de
grande quantidade de resı́duos sólidos. E a crescente produção de lixo tem pressionado o poder público
na busca por medidas para destinar esses rejeitos. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas
de Limpeza Pública e Resı́duos Especiais (ABRELPE, 2015), em 2014, a Brasil gerou quase 80 milhões de
toneladas de resı́duos sólidos urbanos, sendo que apenas 60% desse total tiveram uma destinação
adequada. O restante foi parar em lixões ou aterros controlados, considerados ilegais com a publicitação
da Polı́tica Nacional de Resı́duos Sólidos, em 2010 (ABRELPE, 2015).
O ideal é que se produzam menos resı́duos sólidos através da prática sustentável de reciclagem ou reuso
das mercadorias que deveriam ser descartadas. Além disso, é fundamental que os gestores busquem
alternativas ecológicas de coleta e destinação dos resı́duos. Desde a Lei n. 12.305, de 2 de agosto de
2010, os lixões não podem mais servir a esse propósito, e os municı́pios precisam desenvolver
estratégicas de descarte do lixo em aterros sanitários licenciados (BRASIL, 2010).
A Polı́tica Nacional de Resı́duos Sólidos é bastante atual e estabelece “[...] princı́pios, objetivos e
instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resı́duos
sólidos, incluı́dos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos
instrumentos econômicos aplicáveis” (BRASIL, 2010, s. p.).
Dentre os seus instrumentos estão os sistemas de logı́stica reversa que, de acordo com Dornier et al.
(2000, p. 40-42) seriam “[...] os �luxos de retorno de peças a serem reparadas, de embalagens e seus
acessórios, de produtos vendidos devolvidos e de produtos usados/consumidos a serem reciclados”. Os
�luxos, nesse caso, acontecem contra a corrente normal de venda, veja na �igura a seguir.
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Um exemplo são as baterias de carros que o consumidor adquire, devolvendo aquela já utilizada ao
revendedor, que aplica a logı́stica reversa para chegar ao produtor da mercadoria. Ou a rede de
devolução de latas de alumı́nio, recolhidas por catadores de rua e entregues em uma central de bairro. As
mesmas são enviadas a um intermediário que as compacta e faz chegar aos produtores originais,
devolvendo-as ao processo produtivo.
A Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010também determinou o �im dos lixões e aterros sanitários
irregulares até 2014 (adiado para 2020), por conta dos inúmeros contaminantes possıv́eis de alcançar o
solo e os corpos d’água subterrâneos (BRASIL, 2010).
Figura 3 - Sistema simpli�icado de �luxo direto e reverso
Fonte: John T. Takai, Shutterstock.
1.2 Evolução da consciência ambiental
As preocupações com a degradação ambiental foram evoluindo a partir da exploração indiscriminada dos
recursos naturais e dos impactos dessa prática na saúde e qualidade de vida do homem urbano,
principalmente.
Os anos 1960 marcaram o crescimento do movimento ecológico, fruto dos resultados negativos da
industrialização nos paı́ses desenvolvidos, como poluição atmosférica, trânsito conturbado, barulho,
dentre outros. A classe média dessas nações, que já tinha suprido suas necessidades mais básicas – como
educação, saúde e habitação –, começou a expressar sua preocupação e insatisfação com os produtos do
avanço do desenvolvimento.
As bombas 	atômicas 	de 	Hiroshima 	e 	Nagasaki, lançadas pelos Estados Unidos no �inal da Segunda
Guerra Mundial (1945), também promoveram ampla e intensa degradação ambiental na A� sia e, nos anos
1970, o Japão foi novamente vı́tima de uma situação ambiental, quando foram divulgados fotos e
trabalhos sobre a intoxicação por mercúrio de pescadores e suas famı́lias em Minamata. Outro
importante evento ocorreu em 1967, com o naufrágio do petroleiro Torrey Canyon, que provocou o
derramamento de óleo in�lamável no Oceano Atlântico. 
Em nıv́el internacional, uma das primeiras recomendações para redução da degradação ambiental veio
do Relatório do Clube de Roma, um documento elaborado com a participação de representantes de
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inúmeras nações ricas, cuja população pressionava para uma solução de suas reivindicações ambientais. 
A proposta era a redução do crescimento de todos os paı́ses, desagradando às nações em
desenvolvimento, que estavam acelerando a sua busca pelas melhorias produtivas com a destruição de
grande parte de sua herança ambiental (MEADOWS et al., 1972).
A partir daı́, as Nações Unidas organizaram diferentes eventos que buscavam propostas de soluções para
a degradação ambiental mundial, algumas das quais destacaremos na sequência.
1.2.1 Conferência de Estocolmo
Realizada em 1970, na capital da Suécia, a Conferência de Estocolmo era uma tentativa das Nações
Unidas de atender aos diligentes ambientalistas dos paı́ses centrais. Uma a�irmação do Clube de Roma
preocupava o mundo: a redução do ritmo de desenvolvimento (MEADOWS et al., 1972).
Se por um lado os paı́ses ricos já tinham atingido um importante nıv́el de produtividade, a partir da
destruição de seus recursos naturais (e poderiam, sim, pensar na possibilidade da manutenção dos nıv́eis
de crescimento), havia, na outra ponta, os paı́ses em desenvolvimento como Brasil, México, China e A� frica
do Sul, interessados em aumentar o seu parque industrial mesmo se, para alcançar o desenvolvimento,
tivessem de consumir suas �lorestas, seus recursos minerais e poluir seus rios e atmosfera.
Portanto, é compreensıv́el que, desde a sua concepção, o evento europeu fosse marcado pela dualidade e
embate entre paı́ses desenvolvidos e em desenvolvimento. O primeiro grupo defendia o
desenvolvimento 	zero, enquanto a segunda constelação de nações representava os defensores do
desenvolvimento	a	qualquer	custo (LAGO, 2006).
De acordo com Lago (2006), mesmo com as polêmicas propostas dos dois principais grupos de paı́ses na
Conferência, algumas conquistas evoluı́ram e estão reunidas na �igura a seguir.
Na década de 1970, os choques do petróleo alertaram à população que os recursos naturais não eram
inesgotáveis, e que as práticas que pudessem sustentar a evolução tecnológica deveriam ser repensadas.
Figura 4 - Conquistas da Conferência de Estocolmo.
Fonte: LAGO, 2006, p. 48.
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Mas, a relação meio 	ambiente 	versus 	desenvolvimento 	só foi retomada na década seguinte, com as
propostas do relatório do evento conhecido como Nosso Futuro Comum, onde foi publicado o conceito de
desenvolvimento sustentável. Nos anos 1980, novos grandes acidentes ambientais mantiveram acesos os
alertas para a proteção ambiental. Em 1984, houve o vazamento de toneladas de gases tóxicos, na cidade
de Bhopal (I�ndia), causado por negligência com a segurança da empresa norte-americana Union Carbide,
produtora de pesticidas. Em 1985, cientistas anunciaram o “buraco na camada de ozônio”, na verdade
um estreitamento dessa importante camada protetora contra os raios solares. Em 1986, a usina nuclear
de Chernobyl (Ucrânia) protagonizou uma grande tragédia nuclear, quando houve emissão de material
radioativo em quantidades letais, contaminando a atmosfera de extensa região e causando a morte e
enfermidade de milhares de pessoas. Em 1989, o navio Exxon Valdez naufragou no Estreito de Prince
William (Alasca) deixandovazar 41 milhões de litros de petróleo que se espalharam rapidamente
resultando em grande mortandade da fauna local – aves marinhas, focas, lontras, dentre outros – (DIAS,
2015).
1.2.2 Rio-92
De acordo com Lago (2006), em 1992, o Brasil foi an�itrião do evento Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, mas que foi mundialmente conhecido como Rio-92 ou
Eco-92, no Rio de Janeiro. Foram dezenas de chefes de Estado que se reuniram em um paı́s em
desenvolvimento para discutir formas de se alcançar o desenvolvimento sustentável.
Os movimentos ecológicos estavam a pleno vapor na Europa e representantes de vários paı́ses reuniram-
se na busca de soluções para a degradação ambiental e a manutenção da qualidade de vida das futuras
gerações. 
Nos anos 1980 a participação de cientistas e pesquisadores nas discussões ambientais iniciou-se no
âmbito das Nações Unidas e, portanto, durante a Rio-92, acadêmicos e especialistas garantiram
credibilidade aos alinhamentos, que outrora eram restritos aos burocratas governamentais (LAGO,
2006).
Se antes, na Conferência de Estocolmo, os participantes eram representantes governamentais, para
aRio-92 foram convocadas também organizações não-governamentais, organismos multilaterais,
conjunto de meios de comunicação e a população em geral. O Brasil estava no auge do processo de
redemocratização, e havia um genuı́no interesse de vários segmentos da sociedade em se integrarem ao
movimento ecológico.
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Durante a Rio-92, importantes documentos foram negociados e propostos. A	Carta	da	Terra tornou-se
um marco para guiar a sociedade a um futuro sustentável. Ou seja, é uma declaração de princı́pios éticos,
assinada pelo universo de paı́ses participantes do evento ambiental, e, por isso, um documento mais fácil
de ser anuı́do pelo todo. A princı́pio, busca a edi�icação de uma sociedade mais pacı́�ica, justa e
sustentável, em nıv́el internacional (DIAS, 2015).
Ainda conforme Dias (2015), a Declaração 	do 	Rio 	sobre 	Ambiente 	e 	Desenvolvimento 	(conhecida
como Declaração	do	Rio) foi outro documento apresentado no �inal da Rio-92, rea�irmando o acordado
em Estocolmo, duas décadas antes, sobre a preocupação ambiental global, mas também reiterando a
questão da soberania de cada paı́s em buscar soluções individuais. O documento lista 27 princı́pios para
se alcançar a dignidade humana e o desenvolvimento sustentável e estabelece as obrigações de paı́ses
soberanos quanto aos direitos ambientais dos seres humanos. Veja alguns exemplos, clicando nas abas a
seguir. (UNITE NATIONS, 2017, p. 1-2):
VOCÊ SABIA?
Na Rio-92, o conceito de sustentabilidade ganhou muitos adeptos, uma vez que a
sua concepção era muito abstrata: qualquer empresário ou atividade poderia
usufruir dos recursos naturais, desde que guardasse “algo” para as futuras
gerações. Ou seja, não havia um limite de usufruto dos recursos e nem um limiar
ou limite �inal de consumo, seja para os paı́ses desenvolvidos ou em
desenvolvimento (LAGO, 2006).
Princípio	1
Os seres humanos estão no centro das preocupações com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a
uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza. 
Princípio	3
O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas equitativamente
as necessidades de desenvolvimento e de meio ambiente das gerações presentes e futuras. 
Princípio	4
Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental constituirá parte integrante do
processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente deste.
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A Convenção 	da 	Diversidade 	Biológica é um acordo multilateral vigente, que tem o objetivo de
assegurar a questão da soberania nacional, sobre os recursos biológicos em seu território. Como o nome
nos auxilia a entender, busca a proteção da diversidade biológica de cada paı́s que assinou o tratado. De
acordo com as Nações Unidas, organizadora o�icial da Rio-92, os 	objetivos 	da 	convenção são: a
conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e
equitativa dos benefı́cios derivados da utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive, o acesso
adequado aos recursos genéticos e a transferência adequada de tecnologias pertinentes, levando em
conta todos os direitos sobre tais recursos e tecnologias, e mediante �inanciamento adequado (BRASIL,
1994, p. 1).
A Declaração	de	Princípios	sobre	Florestas é uma tentativa de se criar um beneplácito internacional
sobre a necessidade de preservação das �lorestas e de seu uso sustentável. Foi elaborada com a
expectativa dos paı́ses em desenvolvimento pela transferência de recursos dos paı́ses ricos para a
conservação do patrimônio �lorestal em seus domı́nios. No entanto, as nações bem-sucedidas opuseram-
se a essa proposta, por isso, o documento transformou-se apenas em uma carta de interesses, sem força
jurı́dica (DIAS, 2015).
A Convenção	sobre	a	Deserti�icação, por sua vez, estabelece padrões de trabalho e metas globais que
convergem para ações coordenadas na busca de soluções qualitativas que atendam às demandas
socioambientais nos espaços áridos, semiáridos e subúmidos secos, particularmente onde residem as
populações mais pobres do planeta (BRASIL, 2017a).Portanto, esse documento é, acima de tudo, um
compromisso no sentido de se estabelecer metas claras para solucionar as consequências da
deserti�icação no planeta, sobretudo nos territórios áridos ou semiáridos e pobres.
Outro documento resultado da Rio-92 é a Convenção	das	Mudanças	Climáticas, e serve de diretriz para
as novas ações sobre as consequências do aquecimento global até hoje. Este tratado busca encontrar
formas de deter e/ou solucionar a questão do lançamento de Gases do Efeito Estufa (GEE) na atmosfera.
Dois anos depois da Rio-92 foi realizada a primeira reunião com os paı́ses signatários e, em 1997, o
Protocolo de Quioto serviu de partida para se chegar aos objetivos propostos (LAGO, 2006).
Por �im, a Agenda	21 é um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis,
em diferentes bases geográ�icas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e e�iciência
econômica (BRASIL, 2017b). Portanto, não é uma agenda de compromissos datada, como o nome nos
conduz a acreditar. Na verdade, é um plano de ação para se alcançar o desenvolvimento sustentável, a ser
organizado pelos governos e a sociedade civil.
Dez anos após o evento no Rio de Janeiro, foi realizada a Cúpula 	Mundial 	sobre 	Desenvolvimento
Sustentável, na A� frica do Sul, conhecida como Rio+10. A reunião tinha o objetivo de avaliar os avanços
das soluções propostas na Agenda 21, desenhada no Rio-92. Dentre os temas e desequilı́brios
evidenciados no evento, destaca-se a discussão da evolução das energias renováveis, em substituição aos
combustıv́eis fósseis, largamente utilizado no globo terrestre. Em 2012, o Rio de Janeiro vota a sediar
mais um importante evento ambiental, o Rio+20, que você conhecerá a seguir.
1.2.3 Rio+20
Em 2012 – 20 anos depois da Rio-92 –, a cidade do Rio de Janeiro sediou mais um grande evento
Princípio	8
Para alcançar o desenvolvimento sustentável e uma qualidade de vida mais elevada para todos, os
Estados devem reduzir e eliminar os padrões insustentáveis de produção e consumo e promover polı́ticas
demográ�icasadequadas.
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capitaneado pelas Nações Unidas: a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
também conhecida como Rio+20.
O 	que 	estava 	em 	jogo? Havia o interesse brasileiro em renovar o compromisso do desenvolvimento
sustentável e avaliar avanços e retrocessos das nações do globo, sobre o assunto. Dois temas principais
foram propostos e aceitos para a rodada de discussão, que você poderá ver clicando nos ı́cones a seguir:
Economia verde.
Desenvolvimento sustentável.
A economia verde é o conjunto de estratagemas que objetivam a estimulação da economia e que resultem
em pequeno impacto ambiental. De acordo com CGEE (2012, p. 21):
A economia verde seria a expressão atribuı́da a um modelo econômico que conduz ao
desenvolvimento sustentável graças a uma regulação econômica e�iciente para internalizar os
custos ambientais, alterando os preços relativos e, consequentemente, induzindo uma
mudança em direção a padrões de produção e consumo mais eco e�icientes.
Para a o avanço da economia verde, é fundamental o desenvolvimento de alternativas de uso energético,
bem como a utilização mais racional das fontes de energia e recursos naturais já existentes. Dentro desse
contexto, podem-se elencar alguns setores com investimentos prioritários, como gerenciamento de
resı́duos sólidos, turismo, energia renovável, edi�icações inteligentes e transporte racional.
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As ações em busca de uma economia verde precisam estar acompanhadas de princı́pios públicos
governamentais, como regimes tributários, alteração das polı́ticas �icais, bem como incentivo à proteção
social empreendedora.
Na Rio-92, houve acordo de que o desenvolvimento sustentável é uma esperança para um planeta mais
limpo e humano, mas os eventos ambientais posteriores demonstraram que os avanços para alcançar a
sustentabilidade têm sido aquém da necessidade global (LAGO, 2006). Por isso, a Rio+20 também tinha o
objetivo de discutir a estrutura institucional para essa proposta. 
E� necessário um melhor entendimento sobre as ações multilaterais na busca do efetivo desenvolvimento
sustentável. Empresas, governos e sociedades têm tomado as iniciativas para a sustentabilidade, mas
faltam alinhamento e coerência na atuação desses organismos; por isso é interessante a proposta das
Nações Unidas de buscar sinergia, considerando os pilares econômico, social e ambiental para atingir o
desenvolvimento sustentável.
Os organizadores do evento e os organismos ambientais dos paı́ses concordavam que era necessário
encontrar formas jurı́dicas de fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente
(PNUMA), mas não houve discussões avançadas sobre o assunto. Também havia a expectativa da
liderança global representada pelos Estados Unidos, que não enviou o seu então presidente, Barack
Obama. Outra discussão que precisava ser amadurecida era com relação aos subsı́dios para a exploração
de combustıv́eis fósseis e seu usufruto indiscriminado pelos paı́ses desenvolvidos e em desenvolvimento.
Ao �inal do evento, algumas iniciativas foram discutidas e levadas adiante, as quais estão elencadas na
�igura a seguir.
VOCÊ QUER LER?
A livro digital Sustentabilidade: origem e fundamentos, educação e governança global,
modelo de desenvolvimento de Reinaldo Dias (2015) trata de responsabilidade social e
sustentabilidade, com capı́tulos sobre legislação ambiental e desenvolvimento
sustentável, bem como sistemas de gestão ambiental e mudança climática global. O
mais interessante é que há um capı́tulo sobre economia verde e propostas de soluções
empresariais. A obra está disponıv́el no endereço:
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1.2.4 Conferência das Partes 21, realizada em 2015
No evento realizado em 1992, no Rio de Janeiro, também foi de�inido que seriam realizadas reuniões
frequentes para a determinação de avanços e retrocessos no que se refere às Convenções de Mudanças
Climáticas, de Deserti�icação e da Biodiversidade. No que se refere à Convenção Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), há um órgão supremo denominado de Conferência das Partes
(COP), cujo principal objetivo é veri�icar e contribuir, efetivamente, para implementar a Convenção. 
Desde 1994, as COPs se reúnem bienalmente, e a primeira aconteceu em Berlim, na Alemanha, onde foi
acordada a necessidade de medidas efetivas de combate ao aquecimento global. Na reunião de 1997, no
Japão, estabeleceu-se o Protocolo de Quioto – sede do evento –, apontando para tarefas especı́�icas de
paı́ses que mais contribuiriam para a intensi�icação do efeito estufa. De acordo com o documento, os
paı́ses desenvolvidos deveriam ter metas claras de redução dos gases estufa, enquanto que grandes
poluidores, como Brasil e China – paı́ses em desenvolvimento –, deveriam apenas contribuir para a citada
diminuição.
Figura 5 - Iniciativas resultantes da Rio+20.
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Em 2015, a França recebeu os lı́deres governamentais da COP21, e um documento foi assinado pelos
paı́ses signatários da Convenção do Clima, conhecido como Acordo 	de 	Paris. Em suas laudas,
concordou-se sobre a necessidade da manutenção do aumento da temperatura global em menos de2
graus centı́grados, considerando-se o comparativo da temperatura antes da Primeira Revolução
Industrial. Nesse caso, todos os paı́ses deveriam ter metas claras –tanto os desenvolvidos, quanto os
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Cada nação deveria elaborar um registro o�icial, denominado
Pretendidas 	 Contribuições 	 Nacionalmente 	 Determinadas, no qual seriam publicitados seus
compromissos individuais e os caminhos legais para a redução de suas emissões, considerando seu
cenário individual no que se refere à economia e organização sociopolı́tica.
1.2.5 Evolução no Brasil
Até o inı́cio do século passado, as normativas jurı́dicas no Brasil eram fragmentadas, uma vez que não
havia uma efetiva preocupação ambiental e as leis eram voltadas para proteção de um ou outro recurso
ambiental, geralmente como forma de guardá-lo para a exploração das classesmais abastadas. Durante a
União Ibérica (1580–1640), quando o território brasileiro �icou sob o domı́nio espanhol, as Ordenações
Filipinas, por exemplo, evitavam o lançamento de substâncias que pudessem causar a destruição de
recursos hı́dricos, dentre eles, os peixes.
Nos anos 1930, o então presidente Getúlio Vargas publicou uma normativa conhecida como Código das
A� guas (Decreto Federal n. 24.643, de 10 de julho de 1934), com o objetivo de proteger a qualidade das
águas do paı́s (BRASIL, 1934). De acordo com Amado (2016, p. 55), a lei determina que “[...] são
expressamente proibidas construções capazes de poluir ou inutilizar para o uso ordinário a água do poço
ou nascente alheia a elas preexistentes”. As águas poderiam ser públicas ou privadas. Mas, atualmente,
de acordo com o autor, inexistem águas de propriedade particular no Brasil, uma vez que, conforme os
artigos 20, incisos III, VI e VIII, e 26, inciso I, da Constituição Federal, as águas, quando não forem bens da
União, serão dos Estados e, por analogia, do Distrito Federal, não havendo previsão de titularidade
municipal (BRASIL, 1988).
Em 1964, o governo brasileiro criou o Estatuto da Terra para regular “[...] os direitos e obrigações
concernentes aos bens imóveis rurais, para os �ins de execução da Reforma Agrária e promoção da
Polı́tica Agrı́cola” (BRASIL, 1964, s. p.). Era um meio de começar a normatizar o uso do solo no meio
VOCÊ SABIA?
Com o Protocolo de Quioto, dezenas de paı́ses ricos empenharam-se em reduzir as
emissões de GEE em 5% em relação aos nıv́eis de 1990. No que se refere aos paı́ses
em desenvolvimento, cada um poderia negociar a sua própria meta de redução, de
acordo com capacidade de atingi-la no perı́odo considerado (LAGO, 2006).
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rural.
O Código Florestal teve uma primeira versão em 1934, quando Getúlio Vargas elaborou uma normativa
limitando a ocupação do uso do solo e usufruto dos recursos naturais. Mas, o Código como é conhecido
hoje, teve suas linhas �irmadas pelo ex-presidente Castello Branco por meio da Lei n. 4.771, de 15 de
setembro de 1965, que estabeleceu limites de uso da propriedade, principalmente rural, onde os donos
de terras deveriam respeitar a vegetação existente, em seus limites (BRASIL, 1965). Em 2012, o Código
Florestal foi atualizado com a promulgação da Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012, e as possibilidades
de desmatamento para uso agrı́cola ampliadas (BRASIL, 2012).
No que diz respeito à fauna brasileira, o então presidente Costa e Silva publicou a Lei n. 5.197, de 3 de
janeiro de 1967, que dispunha sobre a proteção à fauna. Essa normativa foi substituı́da, em 1988, pela
Lei de Proteção à Fauna (Lei n. 7.653, de 12 de fevereiro de 1988), determinando que:
Os animais de qualquer espécie, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem
naturalmente fora do cativeiro constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos
e criadouros naturais, são propriedade do Estado, sendo proibida a sua utilização,
perseguição, destruição, caça ou apanha (BRASIL, 1988, s. p.).
Também criado em 1967, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal foi instituı́do para
organizar a polı́tica �lorestal do paı́s, bem como planejar e executar as medidas racionais de uso, proteção
e conservação dos recursos naturais renováveis em território nacional. Em sua gestão, foram criadas as
primeiras reservas indı́genas e biológicas e parques nacionais do Brasil. O órgão foi extinto em 1989, e
seu patrimônio, recursos e competências transferidos para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Logo depois da Conferência Ambiental de Estocolmo, o Brasil criou a Secretaria Especial do Meio
Ambiente (SEMA), em 1973, subordinada ao Ministério do Interior, no sentido de buscar a conservação
do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais do Brasil. 
Em 1981, foi estabelecida a Polı́tica Nacional de Meio Ambiente, pelo ex-presidente João Figueiredo, que
emitiu a primeira normativa que realmente buscava a proteção do meio ambiente. Muitos dos seus
princı́pios foram utilizados na primeira Constituição Federal que realmente entendia o meio ambiente
como um bem a ser protegido e não a ser explorado.
Ainda nessa década, a Resolução Conama n. 01/1986 (BRASIL, 1986) começou a regulamentar e oferecer
as diretrizes básicas para o licenciamento ambiental e a elaboração da Avaliação de Impactos Ambientais
(AIA). 
Nos anos 1990, a Resolução Conama no 237/1997 (BRASIL, 1997) determinou os conteúdos dos
documentos ambientais e organizou as competências do processo de licenciamento ambiental e, a partir
de então, estados, Distrito Federal e munı́cipios juntam-se à União no planejamento e contribuição aos
licenciamentos ambientais estaduais e locais. Atualmente, há empresas especializadas no
desenvolvimento de estudos ambientais que são aprovados pelos diferentes entes federativos.
Para cumprir os objetivos do artigo 225 da Carta Magna (BRASIL, 1988), novas polı́ticas foram
publicadas nas décadas de1990 e 2000, como a Polı́tica Nacional de Recursos Hı́dricos (Lei n. 9.433, de 8
de janeiro de 1997), a Polı́tica Nacional de Educação Ambiental (Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999) e a
Polı́tica Nacional de Resı́duos Sólidos (Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010).
A Lei de Crimes Ambientais (Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998) também é fundamental, uma vez
que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, criminalizando os degradadores ambientais. E mais: considera como componentes do meio
ambiente �lora, fauna, recursos naturais e o patrimônio cultural (BRASIL, 1998).
A longa evolução da conscientização ambiental contribuiu para o desenvolvimento de um importante
conceito, utilizado por organizações, empresas e a sociedade geral: o desenvolvimento sustentável,
conforme você verá no item a seguir.
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1.3 Premissas para o desenvolvimento sustentável
Em 1973, durante uma reunião do recém-criado Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente,
Maurice Strong – um empreendedor canadense com inclinações ambientalistas – apresentou o conceito
de ecodesenvolvimento: “[...] um estilo de desenvolvimento adaptado às áreas rurais do Terceiro Mundo,
baseado na utilização criteriosa dos recursos locais, sem comprometer o esgotamento da natureza”
(LAYRARGUES, 1998, p. 138). A partir de 1974, o economista polonês Ignacy Sachsdivulgou amplamente
o conceito, com o desenvolvimento de seus princı́pios básicos, apresentados na �igura a seguir.
Atente para o fato de a teoria ser mais adequadamente aplicada às regiões subdesenvolvidas, sobretudo
nos continentes americano, asiático e africano, e claramente é uma crı́tica à sociedade industrial presente
nos paı́ses ricos.
Em 1974, uma reunião das Nações Unidas que buscava alternativas produtivas para o comércio e
desenvolvimento (onde também estava Ignacy Sachs), �inalizou com o documento Declaração 	 de
Cocoyok, que a�irmava que paı́ses ricos e pobres contribuı́am, cada um à sua maneira, para a degradação
ambiental. As nações subdesenvolvidas pressionavam os recursos naturais em suas tentativas de
redução da pobreza, enquanto que o segundo grupo contribuı́a principalmente com seus altos ı́ndices de
consumo. Destaca-se que Sachs era contra a importação de tecnologias, se elas não estivessem adaptadas
para atenderàs necessidades locais. O polonês também tinha uma opinião muito clara quanto ao fato de
que paı́ses pobres deveriam desenvolver caminhos próprios para subjugar sua dependência econômica e
tecnológica dos paı́ses centrais da economia global. Em sua crı́tica aos paı́ses ricos, o economista
declarava que havia limites para o consumo.
Figura 6 - Princı́pios da proposta do desenvolvimento sustentável.
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em LAYRARGUES, 1998, p. 31.
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1.3.1 A origem do conceito do desenvolvimento sustentável, com o Relatório
de Brundtland
Em 1983, um evento iria mudar o mundo quanto às suas expectativas de crescimento e degradação
ambiental. 
As Nações Unidas colaboraram para a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
liderada pela ex-primeira-ministra canadense e mestre em saúde pública, Gro Harlem Brundtland. O
evento reuniu pessoas de diferentes paı́ses que precisavam levar suas opiniões e conhecimento e não a
representação formal de seu governo, para a sua participação.
Quatro anos depois, houve a formalização da publicação do relatório do evento, conhecido como Nosso
Futuro Comum ou Relatório de Brundtland (por causa da canadense), quando o conceito de
desenvolvimento sustentável veio em público pela primeira vez. De acordo com UNITED NATIONS (1987,
p. 24), desenvolvimento sustentável é “[...] o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração
atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações”.
O conceito, em si, apresentava uma intenção de equilı́brio entre o quadro �inanceiro e a proposta
ambiental, o que era muito interessante para o empresariado que precisava potencializar o usufruto dos
recursos naturais.
O problema é que proteger o meio ambiente (pilar ambiental) e potencializar as atividades produtivas
(pilar econômico) poderiam não ser su�icientes para atingir o desenvolvimento sustentável. E�
fundamental que ocorra a erradicação da pobreza e redução das desigualdades sociais, no sentido de se
alcançar uma melhor qualidade de vida para as populações humanas em todo o planeta (pilar social).
O relatório é bastante conciso quanto ao problema da pobreza e miséria. Mas, sua proposta de equilı́brio
entre recursos �inanceiros e o meio ambiental não busca estabelecer um “teto de consumo” e não prevê o
desenvolvimento de tecnologias próprias para as diferentes regiões do globo, com realidades
socioeconômicas e polı́ticas individualizadas.
VOCÊ QUER LER?
Con�ira a versão original do Relatório de Brundtland, documento sobre conservação
ambiental �inalizado após três anos das reuniões com cientistas e pesquisadores do
mundo inteiro. Para ler, acesse o endereço: <https://ambiente.�iles.wordpress.com
/2011/03/brundtland-report-our-common-future.pdf
(https://ambiente.�iles.wordpress.com/2011/03/brundtland-report-our-common-
future.pdf)>.
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https://ambiente.files.wordpress.com/2011/03/brundtland-report-our-common-future.pdf
https://ambiente.files.wordpress.com/2011/03/brundtland-report-our-common-future.pdf
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O Relatório de Brundtland foi fundamental para o mundo, que desde então aplica o conceito de
desenvolvimento sustentável em proveito de inúmeras atividades econômicas e obrigações ambientais.
1.4 Histórico sobre a gestão e licenciamento ambiental
Durante mais de 200 anos (após a Primeira Revolução Industrial), as organizações preocuparam-se
apenas com a e�icácia dos sistemas produtivos, e os resultados da exploração crescente dos recursos
naturais não eram considerados dentro do sistema de gestão comercial. Mas a evolução do sistema
jurı́dico mais atuante nas ações de planejamento e controle ambientais, bem como o acesso às
informações de consumidores cada vez mais conscientizados sobre os impactos das empresas ao meio
ambiente, têm mudado essa realidade.
Atualmente, inúmeros estabelecimentos organizacionais têm dado atenção ao desempenho ambiental de
seu sistema produtivo, e a gestão ambiental tem se prestado ao objetivo de conservação ambiental.
De acordo com Tinoco e Kraemer (2011, p. 88):
Gestão ambiental é o sistema que inclui a estrutura organizacional, atividades de
planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para
desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a polı́tica ambiental. E� o
que a empresa faz para minimizar ou eliminar os efeitos negativos provocados no ambiente
por suas atividades.
A Conferência de Estocolmo e demais reuniões ambientais funcionaram como impulsos importantes para
o adensamento das preocupações ambientais no meio empresarial, mas a crescente pressão por
aplicações práticas dessa mobilização comercial frente à proteção do meio ambiental foi fundamental
para o avanço da gestão ambiental.
A elaboração de grupamentos de normas e leis aplicáveis no setor empresarial quanto à proteção
ambiental serviu como alavanca mobilizadora. No Brasil, a Polı́tica Nacional de Meio Ambiente, em 1981,
bem como a Constituição Federal de 1988 demonstram, aos empreendedores, a necessidade de
ajustamento	à	legislação	ambiental.
A Lei n. 6.938/1981 objetiva a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propı́cia à
vida, visando assegurar, no Paı́s, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. A lei consagra a etapa holı́stica da
preocupação dita ambiental ao estabelecer instrumentos efetivos para o controle da degradação
ambiental e impõe a necessidade de licenciamento ambiental às atividades degradadoras. Além disso, o
documento prevê as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas
necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental (BRASIL, 1981).
Por sua vez, a Constituição Federal (BRASIL, 1988) é considerada um divisor de águas das polı́ticas
ambientais. Antes, o meio ambiente era visto como um bem a ser explorado, mas a partir de 1988, o meio
começou a ser visto como um bem a ser protegido pelo Estado, que dedica um capı́tulo inteiro ao meio
ambiente em sua Carta Magna. 
A partir da década de 1990, o cenário ambiental recebeu mais efetiva proteção com o lançamento dos
códigos voluntários das normas do grupo International Organization for Standardization (ISO) 14000.
O que chamamos de ISO 14000 trata-se de um serial de regulamentos e preceitosque as empresas devem
planejar, desenvolver e executar para a prática da gestão ambiental, por isso, é normal você considerar
como sinônimos o Sistema de Gestão Ambiental e a ISO 14000. A série de ISO (International Organization
for Standardization) sobre o meio ambiente foi organizada da seguinte forma. Veja a �igura a seguir.
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No cenário nacional brasileiro, essa regulamentação processual está sob a responsabilidade da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), uma organização que é membro-fundador da ISO
mundial e única representante do Brasil nessa organização serial. Conforme Pinto (2009), a ABNT tem
como missão prover a sociedade brasileira de conhecimento sistematizado, por meio de documentos
normativos, que autorizam a produção, a comercialização e o uso de bens e serviços de forma
competitiva e sustentável no mercado mundial, o que acaba por contribuir para o desenvolvimento
cientı́�ico e tecnológico, proteção do meio ambiente e defesa do consumidor.
Por sua vez, o licenciamento ambiental surgiu com a Polı́tica Nacional de Meio Ambiente que determinou,
dentre seus instrumentos, “[...] o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras” (BRASIL, 1984, p. 1). A partir de então, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama),
em sua Resolução n. 01, de 23 de janeiro de 1986, estabeleceu as de�inições, as responsabilidades, os
critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental
como um dos instrumentos da Polı́tica Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 1986). Nesse normativo, há
uma verdadeira lista positiva de quais atividades modi�icadoras do meio ambiente dependerão de
elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA), para o
licenciamento. O órgão também elaborou outra importante lei, dentro desse contexto, que foi a
Resolução Conama n. 237, de 19 de dezembro de 1997, que estabelece o conjunto de procedimentos e
critérios utilizados no licenciamento ambiental, bem como determina os instrumentos de gestão
ambiental visando o desenvolvimento sustentável, e de�ine critério para exercı́cio da competência para o
licenciamento (BRASIL, 1997).
Figura 7 - Normas da série ISO 14000.
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Síntese
Estudar as formas de atingir a sustentabilidade exige conhecimento sobre as principais formas de
degradação ambiental, bem como a busca histórica pela conservação ambiental, pelo papel de
organismos governamentais e institucionalmente globalizados, assim como da sociedade, de empresários
e cientistas.
Com base neste estudo, você está apto a identi�icar os principais impactos ambientais globais e regionais
da atualidade e explicar o conceito de desenvolvimento sustentável, a partir da evolução histórica da
gestão ambiental e da consciência sobre impactos ambientais.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Identificar as principais formas de degradação ambiental no
globo terrestre;
• Acompanhar a evolução da consciência ambiental;
• Entender as premissas para o desenvolvimento sustentável;
• Conhecer o histórico da gestão e do licenciamento ambiental.
•
•
•
•
Bibliografia
AMADO, Frederico. Direito Ambiental Esquematizado. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Método, 2016.
ABRELPE. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resı́duos Especiais. Panorama dos
Resı́duos Sólidos no Brasil, 2015. Disponıv́el em <http://www.abrelpe.org.br/Panorama
/panorama2015.pdf (http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2015.pdf)>. Acesso em:
01/06/2017.
A livro digital Sustentabilidade: origem e fundamentos, educação e governança global, modelo de
desenvolvimento de Reinaldo Dias (2015) trata de responsabilidade social e sustentabilidade, com
capı́tulos sobre legislação ambiental e desenvolvimento sustentável, bem como sistemas de gestão
ambiental e mudança climática global. O mais interessante é que há um capı́tulo sobre economia verde e
propostas de soluções empresariais. A obra está disponıv́el no endereço:
<https://A�nimabrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
(https://A�nimabrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca)>.
BARBOSA, Rildo Pereira. Avaliação de risco e impacto ambiental. 1. ed. São Paulo: E� rica, 2014.
BRADY, Nyle C. Elementos da natureza e propriedades dos solos. Tradução técnica de Igo Fernando
Lepsch. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
BRAGA, Benedito et al. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto Federal n. 24.643, de 10 de julho de 1934. Decreta o
Código de A� guas. Diário O�icial da União, Brası́lia, 1934. Disponıv́el em:<http://www.planalto.gov.br
Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni...
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https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/unidade_1/ebook/index.html#
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/unidade_1/ebook/index.html#
http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2015.pdf
http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2015.pdf
http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2015.pdf
http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2015.pdf
http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2015.pdf
http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2015.pdf
http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2015.pdf
http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2015.pdf
https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
https://xn--nimabrasil-24a.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homeMinhaBiblioteca
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d24643.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d24643.htm
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em: 07/08/2017.
______. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 4.504, de 30 de novembro de 1964. Dispõe sobre o
Estatuto da Terra, e dá outras providências. Diário O�icial da União, Brası́lia, 1964. Disponıv́el
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Código Florestal. Diário O�icial da União, Brası́lia, 1965. Disponıv́el em <http://www.planalto.gov.br
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à fauna e dá outras providências. Diário O�icial da União, Brası́lia, 1967. Disponıv́el
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normas e o padrão de potabilidade de água e dá outras providências. Diário O�icial da União, Brası́lia,
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arts. 18, 27, 33 e 34 da Lei n. 5.197, de 3 de janeiro de 1967, que dispõe sobre a proteção à fauna, e dá
outras providências. Diário O�icial da União, Brası́lia, 1988. Disponıv́el em <http://www.planalto.gov.br
/ccivil_03/leis/L7653.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7653.htm)>. Acesso em:
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______. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Polı́tica
Nacional de Recursos Hı́dricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hı́dricos,
regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1o da Lei n. 8.001, de 13 de
março de 1990, que modi�icou a Lei n. 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Diário O�icial da União,
Brası́lia, 1997. Disponıv́el em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm
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sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências. Diário O�icial da União, Brası́lia, 1998. Disponıv́el em:<http://www.planalto.gov.br
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______. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação
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União, Brası́lia, 1999. Disponıv́el em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795.htm
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______. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Polı́tica
Nacional de Resı́duos Sólidos; altera a Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
Diário O�icial da União, Brası́lia, 2010. Disponıv́el em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03
Avaliação de Impacto Ambiental TB https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/ENG_AVIMAM_19/uni...
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm
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