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CARREIRAS POLICIASCARREIRAS POLICIAS
@MARCELOMAPAS
DIREITOS HUMANOS ........................................................................................................................................................03
MARIA DA PENHA ..............................................................................................................................................................56
LAVAGEM DE DINHEIRO ................................................................................................................................................112
CRIMES AMBIENTAIS .....................................................................................................................................................119
CRIMES HEDIONDOS .....................................................................................................................................................142
CONTRAVENÇÕES PENAIS ..........................................................................................................................................161
ABUSO DE AUTORIDADE ..............................................................................................................................................177
LEI DE MIGRAÇÃO ..........................................................................................................................................................247
LEI DE INTERCPTAÇÃO .................................................................................................................................................283
SUMÁRIO 
CARREIRAS POLICIASCARREIRAS POLICIAS
@MARCELOMAPAS
RESUMO 
Gostaria de te parabenizar por adquirir esse
material. O nosso material é feito com muita
dedicação para te ajudar a alcançar os seus objetivos
nos estudos. Espero que você goste! 
Olá, tudo bom? 
Esse material destina-se exclusivamente a exibição
privada. É proibida toda forma de divulgação de
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pirataria, conforme o art. 184 do Código Penal. 
Entretanto, acreditamos que você
é uma pessoa de bem e que
jamais faria uma coisa dessas.
Agradecemos a sua compreensão
e desejamos um ótimo estudo. 
Resumosmapasdireito
Marcelo.mapaseresumos@gmail.com
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E OS VALORES DA
LIBERDADE, DA IGUALDADE E DA SOLIDARIEDADE 
INTRODUÇÃO
DIREITOS HUMANOS
Direitos humanos são os direitos fundamentais da pessoa humana. No
regime democrático, toda pessoa deve ter a sua dignidade respeitada e
a sua integridade protegida, Independentemente da: 
Origem; 
Raça; 
Etnia; 
Gênero; 
Idade; 
Condição econômica e social; 
Oriemtação ou identidade sexual; 
Credo religioso; ou 
Convicção política. 
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E OS VALORES DA LIBERDADE,
DA IGUALDADE E DA SOLIDARIEDADE 
Vida; 
Segurança; 
Justiça;
Liberdade; e 
Igualdade. 
Toda pessoa deve ter
garantidos seus direitos
civis, como direito à: 
INTRODUÇÃO
DIREITOS HUMANOS
Toda pessoa deve ter
garantidos seus direitos
políticos, como direito à
participação nas
decisões políticas. 
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E OS VALORES DA LIBERDADE,
DA IGUALDADE E DA SOLIDARIEDADE 
INTRODUÇÃO
DIREITOS HUMANOS
Direitos econômicos (como o
direito ao trabalho)
Direitos sociais (como direito à
educação, saúde e bem-estar); 
Direitos culturais (como o
direito à participação na vida
cultural); e 
Ambientais (como o direito a um
meio ambiente saudável). 
O que são direitos humanos?
 Embora o termo seja carregado de historicidade (ou
seja, terá diferentes acepções a depender da época) e
de não haver uma definição categórica, para fins de
estudos de seus aspectos jurídicos.
INTRODUÇÃO
DIREITOS HUMANOS
Os direitos humanos podem ser definido como
Um conjunto de de normas jurídicas que regem
relações entre indivíduos e instituições, entre os
indivíduos em si considerados. 
Como toda norma jurídica,
as normas de Direitos
Humanos estabelecem
direitos e deveres
correspondentes entre si.
O que distingue os demais
direitos dos Direitos
humanos é que, para ser
titular destes, basta ser
uma pessoa. 
Por uma série de fatores, determinados direitos passaram a ser
considerados tão fundamentais para a existência digna da pessoa
que se consolidou que não se exigiria nenhuma condição ou
característica específica para quem quer que fosse para que se
pudesse ser titular de tais direitos. 
INTRODUÇÃO
DIREITOS HUMANOS
Não importa nascer nobre ou nascer plebeu,
ser rico ou ser pobre, homem ou mulher,
cristão, judeu ou muçulmano, não ter
qualquer passagem pelo sistema de justiça
ou ser um cidadão condenado por um crime:
direitos tais como a vida, a integridade física,
a igualdade, a liberdade, a saúde, ou a
educação não poderiam ser suprimidos dos
ordenamentos jurídicos democráticos, nem
negociados a pessoa alguma. 
Os Direitos Humanos 
constituem normas de relações
jurídicas. Isso significa dizer que
a cada um dos direitos
compreendidos correspondem
a obrigações: sua positivação
implica obrigações ao Estado
tanto em garantir o seu
exercício quanto em impedir que
outrem os viole. 
Por exemplo: ao direito à vida corresponde o dever do
estado de não matar (e de impedir que outros matem). 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DIREITOS HUMANOS
ILUMINISMO (1688 A 1789)
Foi durante e o Iluminismo desenvolvidos na Europa, entre os
séculos XVII e XVIII, que a ideia de direitos humanos se inscreveu,
inclusive estendendo-se aos ordenamentos jurídicos dos países. 
(REVOLUÇÃO INGLESA A REVOLUÇÃO FRANCESA)
No iluminismo, o princípio da igualdade
essencial dos seres humanos foi
estabelecido sob o prisma de que todo
homem tem direitos resultantes de sua
própria natureza, ou seja, "firmou-se a
noção de que o homem possui certos
direitos inalienáveis e imprescritíveis,
decorrentes da natureza humana e
existentes independentes do Estado".
Cabe ao Estado zelar pela sua observância. A evolução histórica estoica, que
alegava a supremacia da natureza, culminou no contratualismo, que teve como
seus maiores representantes Hobbes, Locke e Rosseuau. 
"O ser racional possui a
faculdade de agir segundo a
representação de leis ou
princípios; só um ser racional
tem vontade, que é uma
espécie de razão denominada
razão prática".
DIREITOS HUMANOS
EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
Iluminismo;
Revolução Francesa e o 
Término da Segunda Guerra
Mundial
Pode-se falar em três ápices
da evolução dos direitos
humanos:
CONTRIBUIÇÃO DE KANT 
DIREITOS HUMANOS
EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Os homens se conscientizaram da
necessidade de não permitir que
aquelas monstruosidade ocorressem
novamente, de se prevenir os arbítrios
dos Estados. Isto culminou a criação da
ONU e na declaração de inúmeros
Tratados Internacionais de Direitos
Humanos, como "A declaração Universal
dos Direitos do Homem", como ideal
comum de todos os povos. 
MAGNA CARTA - 1215
Origem da constituição consuetudinária
do Reino Unido, e que é considerada o
primeiro exemplo histórico de
documento a limitar o poder do
governante pelos direitos subjetivos
dos governados (e não mais por um
“poder superior”ou “divino”, estranho à
vontade dos súditos). 
DIREITOS HUMANOS
EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
A Carta Magna, que submetia o
governante a um corpo escrito de
normas, que ressaltava a inexistência
de arbitrariedades na cobrança de
impostos. 
A execução de uma multa ou um
aprisionamento ficavam submetidos á
imperiosa necessidade de um
julgamento justo. 
MAGNA CARTA - 1215
É na carta magna que se
reconhecem direitos
próprios de determinados
estamentos sociais (quais
sejam, clero e nobreza),
independentemente do
consentimento do monarca, o
que coloca este último, por
sua vez, em posição de
submissão às normas postas. 
DIREITOS HUMANOS
EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
liberdade de ir e vir;
propriedade privada; 
pena proporcional ao delito
praticado.
Na Magna Carta estão previstosdireitos como a: 
 
MAGNA CARTA - 1215
Embora, se reconheça sua
relevância no tocante ao
ineditismo da limitação
jurídica dos domadores
monárquico, não se pode
classificar a Magna Carta
como declaração universal
dos Direitos Humanos na
concepção contemporânea. 
DIREITOS HUMANOS
EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
Tentou incorporar novamente os
direitos estabelecidos pela Magna
Carta, por meio da necessidade de
consentimento do Parlamento
para a realização de inúmeros atos
A PETITION OF RIGHTS
O HABEAS CORPUS ACT
Instituiu um dos mais
importantes instrumentos de
garantia de direitos criados.
Bastante utilizado até os nossos
dias, destaca o direito á liberdade
de locomoção a todos os
indivíduos. 
BILL OF RIGHTS 
veio para assegurar a
supremacia do Parlamento
sobre a vontade do rei.
DIREITOS HUMANOS
INDEPENDÊNCIA DOS EUA 
A declaração de Independência dos Estados Unidos
da America, assim como a Constituição Federal de
1787, consolidam barreiras contra o Estado,
como tripartição do poder e a alegação que todo
poder vem do povo; asseguram, ainda, alguns
direitos fundamentais, como a igualdade entre os
homens, a vida, a liberdade, a propriedade. 
CONSTITUIÇÃO E DECLARAÇÃO
DOS DIREITOS 
Expressão; 
Religião; 
Petição; 
Reunião.
Direito de guardar e usar armas. 
 Liberdade de:
1787 E 1791 - EUA 
PROTEGE:
DIREITOS HUMANOS
Destaca os princípios da legalidade e da igualdade de
todos perante a lei, e da soberania popular. 
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO
CIDADÃO
Resultante da revolução francesa,
define os dir. Individuais e coletivos dos
homens.
GARANTE: Dir. a liberdade, propriedade,
segurança, e a resistência à opressão. 
Nenhum tributo pode ser
imposto sem o consentimento
do parlamento; 
Nenhum sub- imposto pode
ser emitido sem motivo
demonstrado. 
Nenhum soldado pode ser
aquartelado nas casas dos
cidadãos. 
PETIÇÃO DE DIREITO - 1628
DIREITOS HUMANOS
GERAÇÕES DE DIREITOS 
Para fins didáticos, os
Direitos Humanos são
sistematizados em
grupos organizados a partir
do critério do momento
histórico e político em que
foram demandados e
incorporados ao
ordenamento jurídico.
1º GERAÇÃO
TITULAR: indivíduo,
estado encontra o dever
de abstenção; 
Direito a liberdade, civis e
política; 
Modo de usar
juridicamente a
Sociedade e estado. 
DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS 
Direitos civis são os direitos dos cidadãos de participar da
ingerência do poder político sobre suas vidas. Essa nova
configuração social e política baseada no reconhecimento
da igualdade entre todos os indivíduos permite ao cidadão
definir por quem será governado. 
Isso implicou, de lado, maior limitação ao poder do estado, e, de
outro, maior liberdade ao indivíduo, sem a interferência do poder
estatal senão no mínimo necessário à manutenção do pacto e paz
sociais. 
DIREITOS HUMANOS
GERAÇÕES DE DIREITOS 
1º GERAÇÃO DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS 
O processo foi influenciado pelos
filósofos jusnaturalistas (como
Thomas Hobbes e John Locke) e
iluministas (como Beccaria, Rosseau e
Montesquieu), ganha força entre o
final do século XVII e ínicio do século
XVIII, momento em que as Revoluções
Liberais.
Os direitos da primeira geração tiveram o
mérito de delimitar o que se convencionou
chamar liberdades negativas, quer dizer, as
liberdades do cidadão exercidas dentro dos
limites delineados por abstenções estatais. 
Nessa mesma linha de
raciocínio que surgem os
direitos políticos,
consistentes na possibilidade
de votar e ser votado, de modo
a se garantir a soberania
popular, essencial à
democracia. 
Essa é a essência dos direitos 
civis e políticos e mera
abstenção estatal, desvendo o
poder público empreender
ações que visem garantir seu
efetivo exercício.
DIREITOS HUMANOS
GERAÇÕES DE DIREITOS 
1º GERAÇÃO DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS 
DIREITOS HUMANOS
GERAÇÕES DE DIREITOS 
2º GERAÇÃO DIREITOS SOCIAIS
Direitos sociais, culturais e econômicos; 
Movimentos antiliberais; Const. De Weimar de 1919; 
Exigir do estado prestações materiais; 
Garantias fundamentais.
Intenso êxodo rural;
Urbanização desordenada das
grandes cidades;
Desigualdade social;
Condições precárias de
trabalho.
Com a revolução industrial que
ganharia fôlego, especialmente a
partir do século XIX, que trouxe
outras consequências: 
Tudo isso ocasionou diversas movimentos sociais
como o sindicalismo (que demandava direitos
trabalhistas). 
Assim, movimentos sociais
como ocorridos no México e
Rússia (1917), bem como na
Alemanha (1919), logaram
produzir documentos (como a
constituição Mexicana, a
Constituição do povo
Trabalhador e Explorado da
Rússia e a constituição de
Weimar). 
DIREITOS HUMANOS
GERAÇÕES DE DIREITOS 
2º GERAÇÃO DIREITOS SOCIAIS
Os direitos econômico, sociais e culturais são associados ao direito à
igualdade em sua dimensão material com base no princípio da isonomia,
segundo qual se devem tratar igualmente os iguais e desigualmente os
desiguais, na medida de suas desigualdades. 
Onde não constavam somente previsões dos direitos de 1º geração decorrentes
de deveres de abstenção do Estado, mas também previsões de prestações
positivas do estado no sentido de assegurar, tratamento desigual para os
desiguais, sempre com o objetivo de reduzir desigualdades. 
DIREITOS HUMANOS
GERAÇÕES DE DIREITOS 
3º GERAÇÃO DIREITOS À PAZ 
Retomada da consciência; 
Princípio da fraternidade; 
Direito a paz, meio ambiente, comunicação. 
Embora ainda não haja uma doutrina
consolidada a seu respeito, há certo
consenso em indicar o direito à paz, ao
desenvolvimento social, ao meio
ambiente sadio, ao patrimônio comum
da humanidade, à autodeterminação
dos povos e à comunicação como os
direitos humanos de 3º geração. 
No final do século XX surge a
demanda pelo reconhecimento
dos direitos que passariam a ser
chamados de 3º geração que vêm
sendo denominados direitos de
solidariedade.
DIREITOS HUMANOS
GERAÇÕES DE DIREITOS 
4º GERAÇÃO UNIVERSALIZAÇÃO DOS DIREITOS
Universalização dos direitos fundamentais; 
Dir. a democracia, a informação, ao pluralismo; 
Futuro da cidadania e das liberdades de todos os
povos; 
Globalização político econômico.
5º GERAÇÃO
Direito a paz viria para a quinta
geração; 
Patamar superior e específico de
fundamentalidade;
Reconheceu a
existência de 3
gerações 
STF
DIREITOS HUMANOS
PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DOS
DIREITOS HUMANOS 
O processo de internacionalização foi
marcado em seu início pela 1º Guerra
Mundial (1914-1918), conflito cuja
violência até então inédita, mas que foi
superado com a lesividade do conflito
seguinte, a 2º Guerra Mundial que gerou os
primeiros movimentos de cooperação
internacional para a manutenção da paz. 
No período entre guerras, podem ser apontados como
primeiros marcos para o desenvolvimento dos Direitos
Humanos (Correspondente à regulamentação jurídica
do uso da violência em situação de guerra e direitos
das vítimas de conflitos armados). 
Liga das nações 
Organização Internacional
do trabalho.
Ex.:
Foi em razão das
violações da 2ª Guerra
Mundial perpetradas
pela Alemanha nazista e
a bomba atômica contra
populações civis
japonesas que houve
ações para protecao
internacional aos
indivíduos que se viam
desprotegidos por seus
ordenamentos jurídicos
próprios.
DIREITOS HUMANOS
PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DOS
DIREITOS HUMANOS 
Apesar dessas iniciativas pioneiras da comunidade
internacional no sentido de evitar novas perdas humanas
ocorridas na 1ª Guerra Mundial.
Esse questionamento cria o ambiente político adequado
para criação de sistemas internacionais de proteção aos
direitos humanos 
Os estados passaram a poder integrar sistemas internacionais
de Direitos Humanos pro meio da assinatura de tratados
internacionais, nos quais os Estados limitam seus próprios
poderes políticos quando estes violam direitos fundamentais. 
DIREITOS HUMANOS
PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DOS
DIREITOS HUMANOS 
No âmbito global, a ONU foi fundada em 1945, e nas décadas
seguintes são formados sistemas internacionais regionais (europeu,
interamericano e africano). 
Essesistema possibilitou que
um cidadão que tenha seus
direitos violados, recorra a um
destes órgãos internacionais
para que o país seja
responsabilizado. 
Essa nova configuração acarreta a relativação da soberania
como um dos efeitos do processo de internacionalização. 
Consistem em acordos obrigatórios, ou seja, são juridicamente
vinculantes, celebrados entre sujeitos de Direito Internacional, que
são os Estados-partes aos quais os termos dos tratado se aplicam.
DIREITOS HUMANOS
DIREITO INTERNACIONAL
TRATADOS INTERNACIONAIS 
Os tratados internacionais
constituem principal fonte de
obrigações do direito internacional
e têm suas regras gerais definidas
pela pela convenção de Viena
sobre o Direito dos Tratados
(1969) 
Ao ratificar o tratado, o país se
compromete internacionalmente a adequar
sua política e ordem jurídica internas aos
termos do pacto, o que fortalece os
sistemas domésticos de proteção dos
direitos humanos. Ainda, submete-se aos
mecanismos de controle previstos no
tratado, e caso não cumpra com aquilo que 
se comprometeu, deverá submeter-se à
jurisdição internacional 
DIREITOS HUMANOS
O conceito de Direitos
Humanos pode ser comparada
sob dois aspectos: 
A dignidade humana, na linguagem filosófica, "é o princípio
moral de que ser o humano deve ser tratado como um
fim e nunca como um meio". é, portanto, um direito
essencial. 
a) "Constituindo um ideal comum
para todos os povos e para todas
as nações, seria então um
sistema de valores; e 
b) "Este sistema de valores,
enquanto produto de ação de
coletividade humana, acompanha
e reflete sua constante evolução
e acolhe o clamor de justiça dos
povos. 
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
DIREITOS HUMANOS
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU
A adoção pela Assembléia Geral das Nações Unidas,
da Declaração Universal de Direitos Humanos em
1948, constitui o principal marco no
desenvolvimento do direito internacional dos
direitos humanos. 
Tornou-se uma fonte de
inspiração para a elaboração
de cartas constitucionais e
tratados internacionais
voltados á proteção dos
direitos humanos, 
Igualdade e soberania; 
Cumprimento de boa-fé aos compromissos da carta; 
Abster-se de recorrer à ameaça ou ao emprego da força; 
Assistência às nações unidas; 
Resoluções de controvérsias internacionais por meios
pacíficos. 
PRINCÍPIOS
ASSEMBLEIA GERAL
CONSELHO GERAL
DIREITOS HUMANOS
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU
O Tribunal de Nuremberg, criado pelo Acordo de Londres,
cujos julgamentos ocorreram entre 1945 e 1946, foi a
primeira experiência de uma instância internacional para
julgamento por crimes de guerra, as condenações
basearam-se não em normas ou tratados, mas no
costume internacional. 
Apesar de diversas críticas, serviu de base décadas
depois para a formação do Tribunal Penal Internacional. 
Inglês; 
Francês; 
Espanhol;
Árabe; 
Chines; 
Russo.
Inglês;
Francês; 
Espanhol; 
Chines; 
Russo.
IDIOMAS
DIREITOS HUMANOS
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU
Desenvolver relações amistosas
entre as nações;
Manter a paz e a segurança
internacionais; 
Harmonizar a ação dos povos.
FINALIDADE
MEMBROS
INGRESSO: Por decisão da assembleia geral
mediante recomendação do conselho de segurança; 
EXPULSÃO: Sempre que houver uma violação
persistente dos preceitos da carta.
SUSPENSÃO: Quando o
conselho de segurança tomar
medidas preventivas ou
coercitivas contra ele. 
DIREITOS HUMANOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS NÃO CONVENCIONAIS DA ONU 
Os órgãos não convencionais são aqueles que integram a
estrutura do sistema da ONU de proteção dos Direitos
Humanos, mas que não foram criados por nenhum
pacto. São órgãos políticos cujo raio de ação não se
restringe apenas Estados-partes, como ocorre com os
comitês criados pelos pactos específicos, podendo
atuar em casos de violação de direitos. 
CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
Principal órgão judiciário das Nações Unidas, foi
estabelecida em junho de 1945 pela Carta das Nações
Unidas e começou a funcionar em 1946. 
Tem por função solucionar
disputas legais
submetidas por Estados,
além de oferecer
pareceres consultivos
sobre questões legais
apresentadas por órgãos
autorizados da ONU e
outras agências
especializadas. 
DIREITOS HUMANOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS NÃO CONVENCIONAIS DA ONU 
ALTO COMISSARIADO 
O Alto Comissariado para
Direitos Humanos da ONU
é parte integrante do
Secretariado da ONU, além
de ser o órgão responsável
pela supervisão do
conselho de Direitos
Humanos. 
CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS 
O conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas foi criado
em marco de 2006 para suceder a extinta Comissão das
Nações Unidas para Direitos Humanos. 
É parte do corpo de apoio da Assembleia Geral da ONU, e
tem por principais atribuições assumir, revisar, aprimorar
e racionalizar os mandatos, os mecanismos, as funções e
as responsabilidades da antiga Comissão de Direitos
Humanos, tais como relatórios e sistemas de denunciais. 
O tribunal Penal Internacional é um sistema de justiça
internacional complementar às cortes nacionais que tem por
principal função o processamento e julgamento de pessoas
acusadas de crimes internacionais graves.
DIREITOS HUMANOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS NÃO CONVENCIONAIS DA ONU 
TRIBUBAL PENAL INTERNACIONAL
A proposta do Tribunal Penal
Internacional é de construir
uma justiça preestabelecida
e permanente, para
processar e julgar crimes de
guerra específicos.
importante ressaltar que, por
se tratar de corte penal, o TPI
processa e julga indivíduos (e
não estados, como ocorre em
outros órgãos de proteção
aos Direitos Humanos).
O Brasil reconhece a competência do Tribunal Penal
Internacional no art. 5º, parágrafo 4, da constituição federal. 
DIREITOS HUMANOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS NÃO CONVENCIONAIS DA ONU 
PARA NÃO ERRAR!
Comitê de Direitos Humanos - Organismos
especificamente criado pelo Pacto dos Direitos Civis e
Políticos para monitorar o seu cumprimento pelos
Estados-partes. 
Conselho de Direitos Humanos - Parte do corpo de
apoio da Assembleia Geral da ONU, substituiu a
comissão de Direitos Humanos, assumindo suas
atribuições. 
Corte Internacional de Justiça - Órgão judiciário das
Nações Unidas, com função de solucionar disputas legais
submetidas por estados. 
Tribunal Penal Internacional - Sistema de Justiça
internacional para o processamento de pessoas
acusadas de crimes internacionais graves.
DIREITOS HUMANOS
DOCUMENTOS GENERALISTAS 
Em 1948 é adotada a Declaração
Universal de Direitos do Homem,
com aprovação unânime de 48
Estados. Apesar de sua
importância histórica e política, o
valor jurídico foi objeto de muita
discursão por ter sido adotado a
forma de resolução por meio dos
qual os Estados assinantes
declarava sua aprovação, sem
contudo, tivesse fora de lei. 
A força jurídica
vinculante da Declaração
Universal de 1948 por
esta refletir o costume
internacional, deliberou-
se pela positivação dos
direitos enunciados na
Declaração por meio de
um tratado internacional,
sob forma escrita, com
força jurídica vinculante. 
com a adoção dos pactos generalistas, forma-se a
Carta Internacional de Direitos Humanos,
composta por 3 documentos: 
DIREITOS HUMANOS
PACTO GENERALISTA 
Em 1966 são adotados o pacto dos
Direitos Civis e Políticos e o Pacto dos
Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais, que são os chamados pactos
generalistas. 
Ambos os tratados têm protocolos facultativos
relacionados principalmente com seus mecanismos de
monitoramento.
CARTA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
A declaração Universal dos Direitos
Humanos - 1948; 
Pacto dos Direitos Civis e Políticos
1966; 
Pacto dos Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais- 1966
DIREITOS HUMANOS
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIR. HUMANOS 
Tortura; 
Escravidão; 
Tratamento ou castigo 
 - Cruel;
 - Desumano; 
 - Degradante
VEDAÇÃO A: 
1º Documento universal elaborado pela
ONU - Preâmbulo reconhece a dignidade
da pessoa como núcleo da declaração. 
 
 - Igualdade; 
 - Vida; 
 - Liberdade; 
 - Segurança; 
 - Propriedade; 
 - Intimidade e a vida privada;- Inviolabilidade domiciliar; 
 - Nacionalidade, dentre
outros. 
DIREITOS ESSENCIAIS
DIREITOS HUMANOS
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIR. HUMANOS 
GARANTIAS PROCESSUAIS
Devido processo legal; 
Igualdade no processo; 
Imparcialidade do julgador; 
Publicidade dos atos
processuais; 
Princípio da presunção da
inocência; etc 
DEFINIÇÃO
Carta da ONU - Tratado internacional que cria a Organização
das Nações Unidas, seus principais órgãos e atribuições .
Declaração Universal dos Direitos Humanos - Declaração
dos princípios básicos de direitos e liberdades humanas
proferida pelas nações que haviam fundado a ONU 
Carta internacional de Direitos Humanos - Nome dado de
documentos formado pela declaração de 1948, o pacto dos
Direitos Civis e Políticos (1966) e o Pacto dos Direitos
Econômico, sociais e culturais (1966). 
O Pacto dos Direitos Civis e
Políticos foi aprovado em 1966 e
entrou em vigor em1976, quando
atingiu o número de ratificações
necessárias. 
DIREITOS HUMANOS
PACTO DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS 
Além da força jurídica vinculante
inerente a um tratado internacional,
contém previsões mais ampliadas em
relação à Declaração, estabelecendo
aos Estados tanto obrigações de
natureza negativa quanto positiva; 
Ainda, contempla novos direitos não previstos na
declaração, como a proibição da prisão por dívida, o direito
da criança ao nome e à nacionalidade, proibição de
propaganda de guerra, entre outros. 
Obs: Todos os órgãos internacionais de proteção de direitos
Humanos, com exceção do Tribunal Internacional, as
petições individuais são apresentadas em face de
Estados, e não de indivíduos que tenham praticado uma
violação de outros direitos. Lembrando que a condenação
não acarreta sanção jurídica propriamente dita, mas causa
consequências políticas. 
Ao contrário do Pacto dos Direitos
Civis e Políticos, que estabelece
direitos aos indivíduos, o Pacto dos
Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais estipulam obrigações aos
Estados-Partes para que seja
garantido um mínimo essencial aos
seus respectivos nacionais. 
DIREITOS HUMANOS
O PACTO DOS DIREITOS ECONÔMICOS,
SOCIAIS E CULTURAIS 
Assim como o Pacto dos Direitos Civis e Políticos, o
Pacto dos Direitos, Sociais e Culturais também foi
aprovado em 1966 e atingiu o número de ratificações
necessárias para entrar em vigor em 1976;
Os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais são
considerados de realização progressiva , até o máximo dos
recursos disponíveis no Estado. 
O pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais prevê apenas os relatórios dos
Estados como mecanismos de monitoramento,
diferente do Pacto dos Direitos Civis Políticos
que criou o comitê de Direitos humanos com a
atribuição específica de administrar seus
mecanismos de monitoramento. 
A declaração de Viena reproduz os
direitos da Declaração de 1948, mas
com número superior de
ratificações, reafirmando sua
indivisibilidade a ausência de
hierarquia entre direitos. Ainda, aponta
a democracia como o regime político
mais adequado à promoção dos
diretos humanos. 
DIREITOS HUMANOS
DECLARAÇÃO E PROGRAMA DE AÇÃO DE VIENA
Em 1993 foi realizada a Conferência Mundial dos Direitos
Humanos em Viena (Áustria), na qual se produziu uma nova
declaração de direitos e programa de ação para os
Estados alavancarem os objetivos declarados.
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
Conforme o processo de internacionalização
dos direitos humanos se desenvolveu ao longo
de décadas, foram sendo reconhecidas
outras violações de direitos humanos, mais
específicas que aquelas dos sujeitos
abstratamente considerados nos tratados
componentes do sistema geral de proteção. 
DIREITOS HUMANOS
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
A convenção foi aprovada em
1948 e vigente a partir de 1951,
foi a primeira a ser adotada após
a fundação da ONU, com
reconhecimento inédito do
genenocídio como um crime que
viola o Direito Internacional e que
gera, portanto, obrigação da
comunidade internacional em sua
repressão e prevenção. 
Convenção Para Prevenção e Repressão do
Crime de Genocídio 
Foi o primeiro instrumento de Direito Internacional de Direitos Humanos a
prevê o julgamento de um crime por uma corte internacional (art.6º) em
razão de sua gravidade e da extensão de seus danos em relação à
comunidade internacional.
A convenção define como o genocídio
em seu art. 2º como qualquer ato
cometido com a intensão de destruir,
no todo ou em parte, um grupo
nacional, étnico, racial ou religioso, tal
como assassinato de membros do
grupo; dano grave à integridade física
ou mental de membros do grupo; etc. 
Após a 2º Guerra Mundial acarretou um grande contingente
de pessoas que precisaram se deslocar de seus países de
origem em razão do conflito, e que necessitavam de
reconhecimento jurídico de sua situação peculiar. 
DIREITOS HUMANOS
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
A convenção relativa ao estatuto
dos Refugiados foi aprovada em
1951 e vigente desde 1954. Foi
uma das primeiras converções de
Direitos Humanos a ser adotada
pela comunidade internacional
representada pela ONU. 
Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados 
Além de conceder o asilo seguro
aqueles que tiverem sua condição de
refugiados , é também dever dos
Estados aplicar o princípio “não
devolução”, que proíbe expulsar ou
“devolver” um refugiado, contra sua
vontade, em quaisquer ocasiões,
para um território onde ele ou ela
sofra perseguições. Ainda,
estabelece providências para
disponibilização de documentos.
A convenção para Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação Racial é adotada pela ONU em 1965 e entra
em vigor em 1969. Os debates de sua formulação se dão no
contexto dos movimentos pelos direitos civis das
populações afrodescendentes que então ocorriam nos
Estados Unidos. 
DIREITOS HUMANOS
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
Convenção para Eliminação de Todas as
Formas de Descriminação Racial. 
Os Estados Unidos ainda
mantinham leis estaduais de
segregação racial e de
negação de direitos civis a
negros desde o final do século
XIX. Com movimentos sociais
dos negros, é adotada nos
EUA a Lei dos Direitos Civis
em 1964, e, no ano seguinte,
entra em vigor a convenção
Para Eliminação de Todas as
Formas de Descriminação
Racial no plano internacional. 
O preâmbulo dessa constituição determina que as
doutrinas de superioridade racial são cientificamente
equivocada como elemento para promoção de direitos.
Também foi aprovada em 1979 e vigente a partir de
1981 e tem sua origem em uma conjuntura de lutas
sociais por direitos. 
DIREITOS HUMANOS
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
Convenção para Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação contra a Mulher 
Sua adoção tem estreita ligação com movimentos
feministas das décadas de 1960-1970. 
Como direitos do indivíduo
reconhecido como sujeito de
Direito, a Convensão assegura o
exercício dos direitos humanos
e liberdades fundamentais pela
mulher em todos os campos da
vida pública e privada,
independentemente de seu
estado civil, com base na
igualdade do homem e da
mulher. 
Aos Estados cabe combater a discriminação baseada
no sexo tanto na vertente repressiva (punição à
discriminação) quanto promocional (ações afirmativas) 
A convenção contra a Tortura, adotada pela ONU em
1984 e vigente desde 1989. A convenção define
tortura como inflação deliberada de dor ou sofrimento
com finalidade de obter confissão, punir ou intimidar, é
praticada por agente do Estado. (Enfoque da
delinquência estatal). 
DIREITOS HUMANOS
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos
ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes.
A convenção assegura ser direito
do indivíduo não ser submetido a
tortura nem tratamento degradante
sob qualquer circunstância. 
Para tanto, preveem-se aos Estados os deveres de
criminalizar todos os atos de tortura, incluindo a
responsabilização de mandantes, executores e omissores
que poderiam ter evitado a tortura. 
Os estados-partes devem, ainda, adotar a jurisdição
compulsória e universal, que obriga os Estados-partes a
processar e punirou a extraditar torturadores que se
encontrem em seu território, independentemente da
nacionalidade deste ou da vítima. 
A convenção dos Direitos da Criança foi aprovada em
1989, e entrou em vigor em 1990. O texto define seu
sujeito de Direito como ser humano com menos de 18
anos de idade, salvo disposição legal em contrário. 
DIREITOS HUMANOS
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
Convenção dos Direitos da Criança 
O texto adota o conceito do desenvolvimento integral, pela qual a criança
deve ser reconhecida como sujeito de Direito e não objeto de tutela),
cabendo-lhe tanto os direitos de 1ª e 2ª gerações, assegurados a qualquer
pessoa, quanto direitos e específicos de sua condição peculiar de
desenvolvimento.
Cabe aos Estados proteger a
criança contra todas as formas
de discriminação e assegurar-
lhe assistência apropriada com
absoluta propriedade.
No Brasil a Convenção da Criança servirá de diretriz
internacional para elaboração do Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/90) e do
Marco Legal da 1ª Infância (Lei n. 13.257/2016). 
DIREITOS HUMANOS
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
Convenção sobre os Direitos de todos os trabalhadores
migrantes e membros de suas famílias. 
Assim, em 1990 é aprovada a convenção sobre
os Direitos de todos os trabalhadores migrantes
e membros de suas famílias, mas que somente
em 2003 atinge o número mínimo Estados-partes
para entrar em vigor. 
A questão das violações de direitos humanos de
pessoas em migração vem suscitando debates no
plano internacional desde a década de 1970, quando o
conselho Econômico e social passou a emitir
resoluções sobre a violação dos direitos humanos de
trabalhadores migrantes, especialmente africanos e
europeus. 
DIREITOS HUMANOS
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência. 
A convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência
propõe reconhecer como
sujeitos de Direito sob a ótica
da inclusão, relacionando os
obstáculos enfrentados pela
pessoa com deficiência ao meio
social e ambiental, que é
passível de intervenção do
Estado para assegurar a plena
convivência e exercício de
direitos. 
A convenção foi aprovado em 2006 e vigente desde
2008. É o primeiro tratado de Direitos Humanos
adotado no século XXI e representa uma
transformação no paradigma de reconhecimento da
pessoa com deficiência. 
Aos Estados-partes cabem os deveres de tomar
medidas legislativas, administrativas ou de
qualquer outra natureza para a implementação dos
direitos previstos, incluindo ajustes, adaptações ou
modificações razoáveis e apropriadas para assegurar o
exercício dos direitos humanos. 
DIREITOS HUMANOS
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
Convenção para Proteção de Todas as Pessoas
Contra o Desaparecimento Forçado. 
Além do direito de não ser
submetido a desaparecimento
forçado, a converção prevê,
além dos direitos das vítimas
diretas do desaparecimento
forçado e o destino das
pessoas desaparecidas.
A convenção foi aprovado em 2006 e entrou em vigor
em 2010. Anteriormente, o sistema global continha
previsão a seu respeito no art. 5 do Estatuto de Roma,
no rol de crimes de competência do Tribunal Penal
Internacional. 
O art. 2º da convenção descreve o "desaparecimento
forçado" como prisão, a detenção, o sequestro ou
qualquer outra forma de privação de liberdade que seja
perpetrada por agentes do Estado ou por pessoas ou
grupos de pessoas agindo com a autorização, apoio ou
aquiescência do Estado.
DIREITOS HUMANOS
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
Outros instrumentos internacionais de proteção
aos Direitos Humanos. 
Convenção Suplementar sobre a Abolição da
Escravatura, do Tráfico de Escravos e das Instituições
e Práticas Análogas à Escravatura - 1956 
1.
Em 1956, a Convenção
Suplementar sobre a Abolição da
Escravatura reafirma o conceito
de “escravidão” e de tráfico de
escravidão” acrescentando os
conceitos “pessoa de condição
servil”, que é a que se encontra
no estado ou condição que
resulta de alguma destas
situações. 
O código Penal Brasileiro prevê crime de redução
análoga à de escravo. Porém, o tipo penal descreve a
situação de forma distinta da convenção, relacionando
a prática a condições a prática a condições de trabalho
degradantes ou exaustivas. 
DIREITOS HUMANOS
SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO 
Outros instrumentos internacionais de proteção
aos Direitos Humanos. 
2. Convenção para Proteção a
Proteção do Patrimônio
Mundial, Cultural e Natural
(UNESCO - 1972).
3. Convenção sobre a
Diversidade Biológica (ECO
1992 - Rio de Janeiro); 
4. Declaração das Nações
Unidas sobre os Direitos dos
povos Indígenas (2007). 
5. Em 2015, a Assembleia Geral da ONU aprovou o texto
das regras de Mandela, que atualiza o documento de
regras mínimas para o Tratamento dos Presos (1955). 
DIREITOS HUMANOS
DIREITOS HUMANOS - BRASIL 
No Brasil, a constituição Federal de 1988
estabeleceu a mais precisa e detalhada
carta de direitos de nossa história, que
inclui uma vasta identificação de direitos
civis, políticos, econômicos, sociais e
culturais, além de um conjunto preciso de
garantias constitucionais. 
 Art. 4º - A República Federativa do
Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes
princípios:
II) prevalência dos direitos humanos;
Resultado desta nova diretriz
constitucional foi o Brasil, no inicio dos
anos noventa, ratificar a adesão aos
Pactos Internacionais de Direitos Civis e
Políticos e de Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais e ás Convenções
contra Tortura e Outros Tratamentos ou
Penais Cruéis, Desumanos ou
Desagradantes e Americana de Direitos
Humanos, que se encontram entre os
mais relevantes instrumentos
internacionais de proteção aos direitos
humanos. 
CARREIRAS POLICIASCARREIRAS POLICIAS
@MARCELOMAPAS
RESUMO
LEI MARIA DA PENHA
OBJETIVO
 Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e
prevenir a violência doméstica e familiar contra a
mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da
Constituição Federal, da Convenção sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Violência
contra a Mulher, da Convenção Interamericana
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra
a Mulher e de outros tratados internacionais
ratificados pela República Federativa do Brasil; 
dispõe sobre a criação dos
Juizados de Violência Doméstica
e Familiar contra a Mulher; e
estabelece medidas de
assistência e proteção às
mulheres em situação de violência
doméstica e familiar.
OBS: A Lei Maria da Penha possui natureza multidisciplinar,
além do caráter penal, possui proteção de natureza civil,
econômica, políticas públicas, criminológica etc . Ou seja,
cuida-se de diploma direcionado à proteção da mulher
frente a diversas áreas do conhecimento.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art226%C2%A78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art226%C2%A78
LEI MARIA DA PENHA
OBJETIVO
Prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a
mulher; 
 Estabelecimento de medidas de assistência;
Estabelecimento de medidas de proteção;
Criação de Juizados Especiais de violência doméstica
e familiar contra a mulher.
A referida Lei tem 4 grandes objetivos:
1.
2.
3.
4.
DIREITOS FUNDAMENTAIS
 Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe,
raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível
educacional, idade e religião, goza dos direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe
asseguradas as oportunidades e facilidades para viver
sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu
aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
OBS: A criação de juizados especiais de violência
doméstica e familiar contra a mulher não se confunde
com os juizados especiais criminais da Lei 9099/95.
OBS: Os artigos 2º e 3º da Lei 11.340/2006 tratam os
direitos e garantias fundamentais:
LEI MARIA DA PENHA
DIREITOS FUNDAMENTAIS
 Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para
o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde,
à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acessoà
justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária.
 § 1º O poder público desenvolverá
políticas que visem garantir os
direitos humanos das mulheres no
âmbito das relações domésticas e
familiares no sentido de resguardá-
las de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.
 § 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar
as condições necessárias para o efetivo exercício dos
direitos enunciados no caput
OBS: A lei Maria da Penha foi criada para atender ao art. 226
da Constituição Federal:
Art. 226 – A família, base da sociedade,
tem especial proteção do Estado.
§ 8º O Estado assegurará a assistência à
família na pessoa de cada um dos que a
integram, criando mecanismos para
coibir a violência no âmbito de suas
relações.
 Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados
os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as
condições peculiares das mulheres em situação de
violência doméstica e familiar.
LEI MARIA DA PENHA
COMPETÊNCIAS 
DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
MULHER
Art. 5º Para os efeitos desta
Lei, configura violência
doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou
omissão baseada no gênero
que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou
psicológico e dano moral ou
patrimonial: (Vide Lei
complementar nº 150, de 2015)
OBS: Vale ressaltar que o programa de ações afirmativas
não é contrária ao princípio da igualdade, pois a
discriminação não é negativa, mas positiva.
Inf. 654 do STF - Não há violação do princípio
constitucional da igualdade no fato de a Lei n. 11.340/06
ser voltada apenas à proteção das mulheres.
OBS: O objetivo da lei é proteger a mulher em situação de
vulnerabilidade em contexto de relação doméstica.
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA
LEI MARIA DA PENHA
 DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER
 I - no âmbito da unidade
doméstica, compreendida
como o espaço de convívio
permanente de pessoas,
com ou sem vínculo familiar,
inclusive as esporadicamente
agregadas;
OBS: Consiste numa ação ou omissão baseada no gênero. 
II - no âmbito da família,
compreendida como a comunidade
formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por
laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa; 
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA
O STJ já decidiu que lei Maria da Penha pode ser aplicada
mesmo que não tenha havido coabitação (Ex namorado),
e mesmo quando as agressões ocorrem quando já se
tiver encerrado o relacionamento entre as partes, desde
que guardem vínculo com a relação anteriormente
existente. SÚMULA 600
LEI MARIA DA PENHA
 DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER
III - em qualquer relação íntima de
afeto, na qual o agressor conviva ou
tenha convivido com a ofendida,
independentemente de coabitação.
 Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas
neste artigo independem de orientação sexual.
 Art. 6º A violência
doméstica e familiar contra
a mulher constitui uma das
formas de violação dos
direitos humanos.
 Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra
a mulher, entre outras:
 I - a violência física, entendida como
qualquer conduta que ofenda sua integridade
ou saúde corporal;
 II - a violência psicológica, entendida como
qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da autoestima; ou
que: 
LEI MARIA DA PENHA
 DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER
lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento;
que vise: 
humilhação, manipulação, isolamento,
vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação
de sua intimidade, ridicularização,
exploração e limitação do direito de ir e vir
ou qualquer outro meio que lhe cause
prejuízo à saúde psicológica e à
autodeterminação; 
 III - a violência sexual, entendida como qualquer
conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a
participar de relação sexual não desejada, mediante
intimidação, ameaça, coação ou uso da força; 
que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer
modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer
método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à
gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação,
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou
anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
 V - a violência moral,
entendida como qualquer
conduta que configure calúnia,
difamação ou injúria.
OBERVAÇÕES IMPORTANTES
LEI MARIA DA PENHA
 DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER
 IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer
conduta que configure retenção, subtração, destruição
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades;
OBS 1: A vítima deve ser mulher, no entanto, o STJ
entende os transexuais tem direito ao registro civil mesmo
sem a cirurgia de redesignação sexual, dessa forma fazendo
jus à proteção da Lei Maria da Penha.
OBS 2: Seguindo as linhas do art. 5º da Lei Maria da Penha, a
violência precisa ocorrer em uma das seguintes formas:
LEI MARIA DA PENHA
 DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER
1 - No âmbito da unidade
doméstica, compreendida
como o espaço de convívio
permanente de pessoas, com
ou sem vínculo familiar,
inclusive as esporadicamente
agregadas;
3 - Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o
agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida,
independentemente de coabitação.
2 - No âmbito da família,
compreendida como a
comunidade formada por
indivíduos que são ou se
consideram aparentados,
unidos por laços naturais,
por afinidade ou por vontade
expressa
Como é comumente cobrado em prova, você não pode
esquecer o teor da Súmula 600 do STJ:
Súmula 600 do STJ: “Para configuração da violência
doméstica e familiar prevista no artigo 5º da lei
11.340/2006, lei Maria da Penha, não se exige a
coabitação entre autor e vítima”.
OBS 3: As formas de violência do art. 7º, da lei 11.340/06:
Violência física;
Violência patrimonial;
Violência sexual;
Violência moral;
Violência psicológica;
Explicaremos cada uma mais adiante😁
LEI MARIA DA PENHA
 DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER
OBS 4: A violência contra a mulher é uma violência de
gênero, não depende de orientação sexual. O sujeito
passivo precisa ser mulher.
É importante mencionar que a doutrina majoritária
entende que transgêneros e transexuais podem ser
vítimas no contexto da Lei Maria da Penha.
Dessa forma, o homem pode ser vítima de violência
doméstica e familiar, mas sem a possibilidade da
aplicação da Lei Maria da Penha. O sujeito passivo da Lei
Maria da Penha é exclusivamente a mulher,
independentemente da sua orientação sexual.
OBS 5: Prevalece o entendimento de que é irrelevante a
idade da vítima, nesse sentido, as crianças e adolescentes
vítimas de violência doméstica estão amparadas pela Lei
11.340/06 naquilo que lhes proporcionar maior proteção.
Em relação à criança e adolescente, a Lei Nº 14.344, de 24
de Maio de 2022 cria mecanismos específicos para o
combate e proteção contra a violência doméstica e familiar.
LEI MARIA DA PENHA
 DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER
O grau de parentesco não importa na Lei 11.340/06 (Não
custa nada decorar o número da Lei😉), filhos podem ser
os agressores na referida Lei. HC 290.650/MS
Violência praticada por FILHO contra a mãe? Caso de Maria
da Penha
Violência praticada por pai
contra filha? Caso de
Maria da Penha
Violência praticada por
genro contra sogra? Caso
de Maria da Penha
Violência praticada por tia
contra sobrinha? Caso de
Maria da Penha
Violência praticada por
padrasto contra enteada?
Caso de Maria da Penha
Violência praticada por ex-
namorado contra ex-
namorada? Caso de Maria da
PenhaAplica-se a Lei Maria da Penha. O agressor também
pode ser mulher. STJ. 5ª Turma. HC 277561/AL, Rel.
Min. Jorge Mussi, julgado em 06/11/2014.
Violência praticada por filha contra a mãe? Caso de Maria
da Penha
OBS 6: O sujeito ativo pode ser tanto homem como
mulher, exemplos:
LEI MARIA DA PENHA
 DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER
OBS 7: Para a doutrina majoritária, somente crimes dolosos
podem se enquadrar nos crimes da Lei 11.340/06.
Entretando, vale considerar que é cabível a modalidade
culpa consciente.
ATENÇÃO: Violência praticada
por filho contra PAI IDOSO não
configura violência contra
mulher, desse modo, não recebe
proteção da Lei 11.340/06. Não
é caso de Maria da Penha
Violência praticada por
irmão contra irmã? Caso
de Maria da Penha
Violência praticada por
nora contra sogra? Caso
de Maria da Penha
OBS 8: Em Plenário, o STF decidiu que o crime de lesão
corporal praticada contra a mulher em âmbito doméstico
será de ação penal pública incondicionada, mesmo que de
natureza leve ou culposa.
OBS 9: Para o STJ os benefícios previstos pela Lei
11.340/06 devem ser garantidos no âmbito da relação
empregatícia da mulher que presta serviços domésticos
em residências de família, sendo desnecessária
coabitação.
LEI MARIA DA PENHA
 DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER
OBS 10: No inciso "I" da lei 11.340/06 não é exigido vínculo
familiar para caracterizar âmbito de unidade doméstica,
dessa forma é possível a sua aplicação na relação de
amigos que moram juntos. 
OBS 11: Quando a Lei faz menção a relação íntima de afeto,
ela não abarca relacionamento passageiro e eventual.
STJ: “(...) LEI MARIA DA PENHA. VIOLÊNCIA PRATICADA EM
DESFAVOR DE EXNAMORADA. (...) a aplicabilidade da
mencionada legislação a relações íntimas de afeto como
o namoro deve ser analisada em face do caso concreto.
Não se pode ampliar o termo - relação íntima de afeto - para
abarcar um relacionamento passageiro, fugaz ou
esporádico. In casu, verifica-se nexo de causalidade entre a
conduta criminosa e a relação de intimidade existente entre
agressor e vítima, que estaria sendo ameaçada de morte
após romper namoro de quase dois anos, situação apta a
atrair a incidência da Lei n.º 11.340/2006. (...)”. (STJ, 3ª
Seção, CC 100.654/MG, Rel. Min. Laurita Vaz, DJe
13/05/2009). 
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA
Nesse aspecto, a Lei só exige que haja relacionamento
entre duas pessoas. Independe se é baseado na amizade ou
em qualquer outro sentimento, contanto que não seja uma
relação passageira e infrequente.
 DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO
 Art. 8º A política pública que visa coibir
a violência doméstica e familiar contra
a mulher far-se-á por meio de um
conjunto articulado de ações da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e de ações não-
governamentais, tendo por diretrizes:
LEI MARIA DA PENHA
 DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER
 DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
Violência moral - É qualquer conduta que configure calúnia,
difamação ou injúria.
Violência patrimonial - É qualquer conduta que configure
prejuízo patrimonial à mulher, quer seja inutilização,
destruição, subtração ou impedimento do usufruto do bem;
Violência sexual- É qualquer conduta que constranja a
presenciar ou participar de relação sexual não desejada,
mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força;
Violência psicológica – É qualquer conduta que cause dano
emocional e diminuição da autoestima da mulher;
Violência física: É qualquer conduta que ofenda sua
integridade ou saúde corporal;
Formas de Violência:
 II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e
outras informações relevantes, com a perspectiva de
gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às
conseqüências e à frequência da violência doméstica e
familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a
serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica
dos resultados das medidas adotadas;
 I - a integração operacional do
Poder Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria
Pública com as áreas de
segurança pública, assistência
social, saúde, educação,
trabalho e habitação;
LEI MARIA DA PENHA
 DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO
 III - o respeito, nos meios de
comunicação social, dos valores
éticos e sociais da pessoa e da
família, de forma a coibir os
papéis estereotipados que
legitimem ou exacerbem a
violência doméstica e familiar, de
acordo com o estabelecido no 
inciso III do art. 1º , no inciso IV do
art. 3º e no inciso IV do art. 221
da Constituição Federal ;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art1iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art1iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art3iv
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art3iv
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art221iv
LEI MARIA DA PENHA
 DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO
IV - a implementação de
atendimento policial
especializado para as
mulheres, em particular nas
Delegacias de Atendimento à
Mulher;
V - a promoção e a realização de campanhas educativas
de prevenção da violência doméstica e familiar contra a
mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral,
e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos
direitos humanos das mulheres;
 VI - a celebração de convênios, protocolos,
ajustes, termos ou outros instrumentos de
promoção de parceria entre órgãos
governamentais ou entre estes e entidades
não-governamentais, tendo por objetivo a
implementação de programas de erradicação
da violência doméstica e familiar contra a
mulher;
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar,
da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos
profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados
no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia;
LEI MARIA DA PENHA
 DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO
 VIII - a promoção de programas educacionais que
disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade
da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou
etnia;
IX - o destaque, nos currículos escolares
de todos os níveis de ensino, para os
conteúdos relativos aos direitos humanos,
à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e
ao problema da violência doméstica e
familiar contra a mulher.
 DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
 Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência
doméstica e familiar será prestada de forma articulada
e conforme os princípios e as diretrizes previstos na
Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único
de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre
outras normas e políticas públicas de proteção, e
emergencialmente quando for o caso.
OBS: A respeito do art. 8°, merece ênfase o inciso "IV" que trata
da implementação das delegacias especializadas no
atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar.
Além de atendimento, as delegacias especializadas, junto com
demais orgão públicos deveram prestar assistência jurídica 
psicológica às vítimas de violência doméstica e familiar.
MANUTENÇÃO DO VÍNCULO TRABALHISTA
LEI MARIA DA PENHA
 DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da
mulher em situação de violência doméstica e familiar
no cadastro de programas assistenciais do governo
federal, estadual e municipal.
§ 2º O juiz assegurará à mulher
em situação de violência
doméstica e familiar, para
preservar sua integridade física
e psicológica:
 I - acesso prioritário à remoção
quando servidora pública,
integrante da administração
direta ou indireta;
 II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário
o afastamento do local de trabalho, por até seis meses.
Caso se trate de empregada, a lei
autoriza o juiz a determinar a
manutenção do vinculo trabalhista
pelo períodode até 6 meses
LEI MARIA DA PENHA
 DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
 § 3º A assistência à mulher em situação de violência
doméstica e familiar compreenderá:
III - encaminhamento à assistência
judiciária, quando for o caso,
inclusive para eventual ajuizamento
da ação de separação judicial, de
divórcio, de anulação de casamento
ou de dissolução de união estável
perante o juízo competente. (Incluído
pela Lei nº 13.894, de 2019)
O acesso aos benefícios decorrentes do
desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo
os serviços de contracepção de emergência, a
profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST);
E da Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida
(AIDS); e 
outros procedimentos médicos
necessários e cabíveis nos
casos de violência sexual.
de acordo com a tabela SUS, os
custos relativos aos serviços de
saúde prestados para o total
tratamento das vítimas em
situação de violência doméstica e
familiar, recolhidos os recursos
assim arrecadados ao: 
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 DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
 § 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão,
violência física, sexual ou psicológica e dano moral
ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir
todos os danos causados, inclusive ressarcir ao
Sistema Único de Saúde (SUS)
Fundo de Saúde do ente federado responsável pelas
unidades de saúde que prestarem os serviços. (Vide Lei nº
13.871, de 2019) (Vigência)
§ 5º Os dispositivos de segurança
destinados ao uso em caso de perigo
iminente e disponibilizados para o
monitoramento das vítimas de violência
doméstica ou familiar amparadas por
medidas protetivas terão seus custos
ressarcidos pelo agressor. (Vide Lei nº
13.871, de 2019) (Vigência)
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 DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
 § 6º O ressarcimento de que tratam os §§ 4º e 5º deste
artigo não poderá importar ônus de qualquer natureza
ao patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem
configurar atenuante ou ensejar possibilidade de
substituição da pena aplicada. 
CASO NÃO TENHA VAGA NA ESCOLA PRÓXIMA 
O dependente da vítima terá direito de
ser matriculado como excedente,
aguardando uma vaga posterior. A
ESCOLA NÃO PODE SE RECUSAR. 
 § 8º Serão sigilosos os dados da ofendida e de seus
dependentes matriculados ou transferidos conforme o
disposto no § 7º deste artigo, e o acesso às informações
será reservado ao juiz, ao Ministério Público e aos órgãos
competentes do poder público. 
§ 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar
tem prioridade para matricular seus dependentes em
instituição de educação básica mais próxima de seu
domicílio, ou transferi-los para essa instituição, mediante a
apresentação dos documentos comprobatórios do
registro da ocorrência policial ou do processo de
violência doméstica e familiar em curso. (Incluído pela Lei
nº 13.882, de 2019) 
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 DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
OBS 1: Seguindo o entendimento
do STJ, o INSS deverá arcar com a
subsistência das mulheres que
precisaram se afastar do trabalho
para se proteger de violência
doméstica. Para o colegiado, tais
situações ofendem a integridade
física ou psicológica da vítima, o
que justifica o direito ao “auxílio-
doença”:;
OBS 2: O autor de violência doméstica
praticada contra mulher terá que
ressarcir os custos relacionados com
os serviços de saúde prestados SUS;
OBS 3: Prioridade para matricular seus dependentes em
instituição de educação básica mais próxima de seu
domicílio, ou transferi-los para essa instituição, mediante a
apresentação dos documentos comprobatórios do
registro da ocorrência policial. 
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Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de
violência doméstica e familiar contra a mulher, a
autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência
adotará, de imediato, as providências legais cabíveis.
 DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
 Parágrafo único. Aplica-se o
disposto no caput deste artigo
ao descumprimento de medida
protetiva de urgência deferida.
Art. 10-A. É direito da mulher em
situação de violência doméstica e
familiar o atendimento policial e pericial
especializado, ininterrupto e prestado
por servidores - preferencialmente do
sexo feminino - previamente capacitados. 
 § 1º A inquirição de mulher em situação de violência
doméstica e familiar ou de testemunha de violência
doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher,
obedecerá às seguintes diretrizes: 
Atenção: De acordo com o texto legal, não há necessidade 
de que o atendimento seja realizado por Mulher, o texto
fala "preferencialmente". Não erre na prova!😉
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 DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
I - salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional
da depoente, considerada a sua condição peculiar de
pessoa em situação de violência doméstica e familiar; 
 II - garantia de que, em nenhuma
hipótese, a mulher em situação de
violência doméstica e familiar,
familiares e testemunhas terão
contato direto com investigados
ou suspeitos e pessoas a eles
relacionadas; 
III - não revitimização
da depoente, evitando
sucessivas inquirições
sobre o mesmo fato
nos âmbitos criminal,
cível e administrativo,
bem como
questionamentos
sobre a vida privada. 
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 DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
§ 2º Na inquirição de mulher em situação de violência
doméstica e familiar ou de testemunha de delitos de
que trata esta Lei, adotar-se-á, preferencialmente, o
seguinte procedimento: 
I - a inquirição será feita em
recinto especialmente
projetado para esse fim, o qual
conterá os equipamentos próprios
e adequados à idade da mulher em
situação de violência doméstica e
familiar ou testemunha e ao tipo e
à gravidade da violência sofrida; 
II - quando for o caso, a inquirição será intermediada por
profissional especializado em violência doméstica e
familiar designado pela autoridade judiciária ou policial; 
 III - o depoimento será
registrado em meio
eletrônico ou magnético,
devendo a degravação e a
mídia integrar o inquérito. 
OBS: De forma resumida, nos artigos 10 e 10-A da Lei
11.340/06, se procura evitar a vitimização secundária e
impedir a propagação das sequelas da violência. 
 V - informar à ofendida os direitos a
ela conferidos nesta Lei e os serviços
disponíveis, inclusive os de assistência
judiciária para o eventual ajuizamento
perante o juízo competente da ação de
separação judicial, de divórcio, de
anulação de casamento ou de dissolução
de união estável. 
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 DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
 Art. 11. No atendimento à mulher em situação de
violência doméstica e familiar, a autoridade policial
deverá, entre outras providências:
 I - garantir proteção policial, quando
necessário, comunicando de imediato ao
Ministério Público e ao Poder Judiciário;
 II - encaminhar a ofendida ao hospital ou
posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
 III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para
abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida;
OBS: O caput fala "entre outras", portanto o ROL é
exemplificativo.
OBS 2: Seguindo o art. 158, quando a infração deixar
vestígios, o exame de corpo de delito será obrigatório.
IV - se necessário, acompanhar a ofendida p ara assegurar a retirada
de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar;
 III - remeter, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas,
expediente apartado ao juiz com o
pedido da ofendida, para a
concessão de medidas protetivas
de urgência;
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 DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
 Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e
familiar contra a mulher, feito o registro da
ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de
imediato, os seguintes procedimentos, sem
prejuízo daqueles previstos no Código de Processo
Penal:
 I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim
de ocorrência e tomar a representação
a termo, se apresentada;II - colher todas as provas que
servirem para o esclarecimento do
fato e de suas circunstâncias;
 IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de
delito da ofendida e requisitar outros exames periciais
necessários;
 I - qualificação da ofendida e do
agressor;
 II - nome e idade dos dependentes;
 III - descrição sucinta do fato e das
medidas protetivas solicitadas pela
ofendida.
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar
aos autos sua folha de antecedentes criminais, indicando
a existência de mandado de prisão ou registro de outras
ocorrências policiais contra ele;
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 DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
 IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de
delito da ofendida e requisitar outros exames periciais
necessários;
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela
autoridade policial e deverá conter:
V - ouvir o agressor e as testemunhas;
VI-A - verificar se o agressor possui registro de porte ou
posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar
aos autos essa informação, bem como notificar a
ocorrência à instituição responsável pela concessão do
registro ou da emissão do porte, nos termos da Lei nº
10.826, de 22 de dezembro de 2003 (Estatuto do
Desarmamento); (Incluído pela Lei nº13.880, de 2019);
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao
juiz e ao Ministério Público.
§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou
prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos
de saúde.
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 DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
 IV - informação sobre a condição de a ofendida ser
pessoa com deficiência e se da violência sofrida
resultou deficiência ou agravamento de deficiência
preexistente. 
 § 2º A autoridade policial
deverá anexar ao
documento referido no § 1º
o boletim de ocorrência e
cópia de todos os
documentos disponíveis em
posse da ofendida.
OBS 2: Providências que são de caráter obrigatório: a
oitiva da vítima, lavratura do boletim de ocorrência,
atermação da representação e a verificação se o agressor
possui registro de porte ou posse de arma de fogo;
OBS: A autoridade policial não tem legitimidade para aplicar
a medida protetiva ou representar por ela. O delegado
apenas encaminha ao juiz, em 48 horas, quando há
pedido da ofendida.
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 DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
 Art. 12-A. Os Estados e o Distrito Federal, na formulação
de suas políticas e planos de atendimento à mulher em
situação de violência doméstica e familiar, darão
prioridade, no âmbito da Polícia Civil, à criação de
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher
(Deams), de Núcleos Investigativos de Feminicídio e de
equipes especializadas para o atendimento e a
investigação das violências graves contra a mulher.
OBS 3: O inciso VI estabelece que a autoridade policial deve
fazer juntar aos autos da investigação a folha de
antecedentes criminais do agressor.
Assim, é valioso que o delegado verifique se há, no banco de
dados criado pela Lei n. 13.829/19 (que inseriu o art. 38-A
na Lei), eventual registro de medida contra o agressor.
Art. 38-A. O juiz competente providenciará
o registro da medida protetiva de urgência.
Parágrafo único. As medidas protetivas de
urgência serão registradas em banco de
dados mantido e regulamentado pelo
Conselho Nacional de Justiça, garantido o
acesso do Ministério Público, da Defensoria
Pública e dos órgãos de segurança pública e
da assistência social, com vistas à
fiscalização e à efetividade das medidas
protetivas".
 Art. 12-C. Verificada a existência de
risco atual ou iminente à vida ou à
integridade física ou psicológica da
mulher em situação de violência
doméstica e familiar, ou de seus
dependentes, o agressor será
imediatamente afastado do lar,
domicílio ou local de convivência com
a ofendida: 
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 DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
§ 3º A autoridade policial poderá requisitar os serviços
públicos necessários à defesa da mulher em situação de
violência doméstica e familiar e de seus dependentes. 
I - pela autoridade judicial; 
II - pelo delegado de polícia, quando o
Município não for sede de comarca; ou 
III - pelo policial, quando o Município não
for sede de comarca e não houver
delegado disponível no momento da
denúncia.
Art. 12-B - VETADO.
§ 1° - VETADO.
§ 2° - VETADO.
OBS 1: O agressor será afastado do lar quando:
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 DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
Risco atual ou iminente à vida ou à integridade física
ou psicológica da mulher em situação de violência
doméstica e familiar;
Ou de seus dependentes;
O agressor deverá ser imediatamente afastado do
lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida. 
OBS 2: Quem tem competência de para determinar o
afastamento do lar:
A autoridade judicial, entretanto;
Se o Município não for sede de comarca: o Delegado
de Polícia poderá determinar essa medida.
Se o Município não for sede de comarca e não houver
Delegado disponível no momento: o próprio policial
(civil ou militar) poderá ordenar o afastamento.
OBS 3: Caso a medida seja concedida por Delegado ou por
polícial (civil ou militar), o juiz deverá ser comunicado no
prazo máximo de 24h e decidirá em igual prazo. Poderá
manter ou revogar a medida, devendo dar ciência ao
Ministério Público.
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 DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
 § 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste
artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24
(vinte e quatro) horas e decidirá
Em igual prazo, sobre a manutenção
ou a revogação da medida aplicada,
devendo dar ciência ao Ministério
Público concomitantemente. 
 § 2º Nos casos de risco à
integridade física da ofendida ou
à efetividade da medida protetiva
de urgência, não será concedida
liberdade provisória ao preso. 
 DOS PROCEDIMENTOS
 Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das
causas cíveis e criminais decorrentes da prática de
violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão
as normas dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e
da legislação específica relativa à criança, ao adolescente e
ao idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta Lei.
LEI MARIA DA PENHA
 Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com
competência cível e criminal,poderão ser criados pela: 
para o processo, o julgamento
e a execução das causas
decorrentes da prática de
violência doméstica e familiar
contra a mulher.
 DOS PROCEDIMENTOS
 Parágrafo único. Os atos processuais poderão
realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem
as normas de organização judiciária.
União;
no Distrito Federal; 
nos Territórios; e 
pelos Estados
Art. 14-A. A ofendida tem a
opção de propor ação de
divórcio ou de dissolução de
união estável no Juizado de
Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher. 
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§ 1º Exclui-se da competência dos Juizados de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher a
pretensão relacionada à partilha de bens. 
§ 2º Iniciada a situação de violência
doméstica e familiar após o
ajuizamento da ação de divórcio ou
de dissolução de união estável, a
ação terá preferência no juízo
onde estiver. 
 DOS PROCEDIMENTOS
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os
processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:
 I - do seu domicílio ou de
sua residência;
 II - do lugar do fato em que
se baseou a demanda;
 III - do domicílio do
agressor.
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à
representação da ofendida de que trata esta Lei, só
será admitida a renúncia à representação perante o
juiz, em audiência especialmente designada com tal
finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido
o Ministério Público.
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 DOS PROCEDIMENTOS
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida,
caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência
doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta
básica ou outras de prestaçãopecuniária, bem como a
substituição de pena que implique o pagamento
isolado de multa.
 DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
 I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre
as medidas protetivas de urgência.
II - determinar o
encaminhamento da ofendida ao
órgão de assistência judiciária,
quando for o caso, inclusive para o
ajuizamento da ação de separação
judicial, de divórcio, de anulação de
casamento ou de dissolução de
união estável perante o juízo
competente; 
 III - comunicar ao Ministério Público para que adote as
providências cabíveis.
 IV - determinar a apreensão imediata de de fogo sob a
posse do agressor. 
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 DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão
ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério
Público ou a pedido da ofendida.
 § 1º As medidas protetivas de
urgência poderão ser concedidas
de imediato, independentemente
de audiência das partes e de
manifestação do Ministério Público,
devendo este ser prontamente
comunicado.
 § 2º As medidas protetivas de urgência serão
aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser
substituídas a qualquer tempo por outras de maior
eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei
forem ameaçados ou violados.
 § 3º Poderá o juiz, a requerimento do
Ministério Público ou a pedido da
ofendida, conceder novas medidas
protetivas de urgência ou rever
aquelas já concedidas, se entender
necessário à proteção da ofendida, de
seus familiares e de seu patrimônio,
ouvido o Ministério Público.
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 DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
 § 4º As medidas protetivas de urgência serão concedidas
em juízo de cognição sumária a partir do depoimento da
ofendida perante a autoridade policial ou da apresentação
de suas alegações escritas e poderão ser indeferidas no
caso de avaliação pela autoridade de inexistência de risco à
integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral
da ofendida ou de seus dependentes. (Incluído pela Lei nº
14.550, de 2023)
 § 5º As medidas protetivas de urgência serão concedidas
independentemente da tipificação penal da violência, do
ajuizamento de ação penal ou cível, da existência de
inquérito policial ou do registro de boletim de ocorrência. 
(Incluído pela Lei nº 14.550, de 2023)
 § 6º As medidas protetivas de urgência vigorarão enquanto
persistir risco à integridade física, psicológica, sexual,
patrimonial ou moral da ofendida ou de seus dependentes. 
(Incluído pela Lei nº 14.550, de 2023)
OBS 1: As medidads protetivas são adotadas com o fim de
proteger a mulher em caso de violência doméstica e
familiar, no entando devem apresentar:
Fumus comissi delicti;
Periculum libertatis. 
Uma vez desaparecido o perigo, cabe ao magistrado revogar
as medidas.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14550.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14550.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14550.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14550.htm#art1
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 DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
STJ - As medidas de urgência, protetivas da mulher, do
patrimônio e da relação familiar, somente podem ser
entendidas por seu caráter de cautelaridade - vigentes de
imediato, mas apenas enquanto necessárias ao processo e
a seus fins" (AgRg no REsp 1.769.759/SP, relator Ministro
Nefi Cordeiro, Sexta Turma, julgado em 07/05/2019, DJe de
14/05/2019).
OBS 2: As medidads protetivas tem naureza autonoma, não
dependem de tipificação penal da violência, da ação penal
ou cível, da existência de inquerito policial ou até mesmo do
registro do boletim de ocorrência.
STJ - As medidas protetivas impostas pela prática de
violência doméstica e familiar contra a mulher possuem
natureza satisfativa, motivo pelo qual podem ser pleiteadas
de forma autônoma, independentemente da existência de
outras ações judiciais. Edição n° 205 da Jurisprudência em
Teses.
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 DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da
instrução criminal, caberá a prisão preventiva do
agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento
do Ministério Público ou mediante representação da
autoridade policial.
Parágrafo único. O juiz poderá
revogar a prisão preventiva se,
no curso do processo, verificar a
falta de motivo para que
subsista, bem como de novo
decretá-la, se sobrevierem
razões que a justifiquem.
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos
processuais relativos ao agressor, especialmente
dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem
prejuízo da intimação do advogado constituído ou do
defensor público.
Parágrafo único. A ofendida não
poderá entregar intimação ou
notificação ao agressor .
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 DOS PROCEDIMENTOS
OBS: As medida protetivas podem ser concedidas pelo juiz
de ofício:
1 corrente: NÃO! Em observância ao Sistema Acusatório, o
juiz não pode decretar as medidas protetivas de urgência.
2 corrente: SIM! Seria possível, pois o juiz não estaria
investigando, ou indiciando o agressor, mas protegendo e
beneficiando a vítima de violência doméstica.
ATENÇÃO: As medida protetivas podem ser concedidas
pelo juiz sem prévia comunicação ao Ministério Público,
apesar disso, caso seja necessário uma alteração ou
reforço de medida já concedida, será imprescindível a oitiva
do MP.
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 DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
QUE OBRIGAM O AGRESSOR
 Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e
familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz
poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto
ou separadamente, as seguintes medidas protetivas
de urgência, entre outras:
I - suspensão da posse ou restrição do
porte de armas, com comunicação ao
órgão competente, nos termos da Lei nº
10.826, de 22 de dezembro de 2003 ;
 II - afastamento do lar, domicílio ou
local de convivência com a ofendida;
 III - proibição de determinadas
condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das
testemunhas, fixando o limite mínimo de distância
entre estes e o agressor;
 b) contato com a ofendida, seus familiares
e testemunhas por qualquer meio de
comunicação;
 c) frequentação de determinados
lugares a fim de preservar a integridade
física e psicológica da ofendida;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.826.htm
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 DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
QUE OBRIGAM O AGRESSOR
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes
menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar
ou serviço similar;
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio
de atendimento individual e/ou em grupo de apoio. 
§ 1º As medidas referidas
neste artigo não impedem a
aplicação de outras previstas
na legislação em vigor, sempre
que a segurança da ofendida
ou as circunstâncias o
exigirem, devendo a
providência ser comunicada
ao Ministério Público.
V - prestação de alimentos
provisionais ou provisórios.
 VI – comparecimento do
agressor a programas de
recuperação e reeducação; e 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L13984.htm#art2
determinará a restrição do porte de armas,
ficando o superior imediato do agressor
responsável pelo cumprimento da
determinação judicial, sob pena de incorrer
nos crimes de prevaricação ou de
desobediência, conforme o caso.
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 DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
QUE OBRIGAM O AGRESSOR
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o
agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do
art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz
comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as
medidas protetivas de urgência concedidas; e 
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de
urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio
da força policial.
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas
neste artigo, no que couber, o disposto no
caput e nos §§ 5º e 6º do

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