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CARREIRAS POLICIASCARREIRAS POLICIAS @MARCELOMAPAS DIREITOS HUMANOS ........................................................................................................................................................03 MARIA DA PENHA ..............................................................................................................................................................56 LAVAGEM DE DINHEIRO ................................................................................................................................................112 CRIMES AMBIENTAIS .....................................................................................................................................................119 CRIMES HEDIONDOS .....................................................................................................................................................142 CONTRAVENÇÕES PENAIS ..........................................................................................................................................161 ABUSO DE AUTORIDADE ..............................................................................................................................................177 LEI DE MIGRAÇÃO ..........................................................................................................................................................247 LEI DE INTERCPTAÇÃO .................................................................................................................................................283 SUMÁRIO CARREIRAS POLICIASCARREIRAS POLICIAS @MARCELOMAPAS RESUMO Gostaria de te parabenizar por adquirir esse material. O nosso material é feito com muita dedicação para te ajudar a alcançar os seus objetivos nos estudos. Espero que você goste! Olá, tudo bom? Esse material destina-se exclusivamente a exibição privada. É proibida toda forma de divulgação de reprodução, distribuição ou comercialização do conteúdo. Qualquer compartilhamento seja por google drive, torrent, mega, whatsapp, redes sociais ou quaisquer outros meios se classificam como ato de pirataria, conforme o art. 184 do Código Penal. Entretanto, acreditamos que você é uma pessoa de bem e que jamais faria uma coisa dessas. Agradecemos a sua compreensão e desejamos um ótimo estudo. Resumosmapasdireito Marcelo.mapaseresumos@gmail.com A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E OS VALORES DA LIBERDADE, DA IGUALDADE E DA SOLIDARIEDADE INTRODUÇÃO DIREITOS HUMANOS Direitos humanos são os direitos fundamentais da pessoa humana. No regime democrático, toda pessoa deve ter a sua dignidade respeitada e a sua integridade protegida, Independentemente da: Origem; Raça; Etnia; Gênero; Idade; Condição econômica e social; Oriemtação ou identidade sexual; Credo religioso; ou Convicção política. A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E OS VALORES DA LIBERDADE, DA IGUALDADE E DA SOLIDARIEDADE Vida; Segurança; Justiça; Liberdade; e Igualdade. Toda pessoa deve ter garantidos seus direitos civis, como direito à: INTRODUÇÃO DIREITOS HUMANOS Toda pessoa deve ter garantidos seus direitos políticos, como direito à participação nas decisões políticas. A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E OS VALORES DA LIBERDADE, DA IGUALDADE E DA SOLIDARIEDADE INTRODUÇÃO DIREITOS HUMANOS Direitos econômicos (como o direito ao trabalho) Direitos sociais (como direito à educação, saúde e bem-estar); Direitos culturais (como o direito à participação na vida cultural); e Ambientais (como o direito a um meio ambiente saudável). O que são direitos humanos? Embora o termo seja carregado de historicidade (ou seja, terá diferentes acepções a depender da época) e de não haver uma definição categórica, para fins de estudos de seus aspectos jurídicos. INTRODUÇÃO DIREITOS HUMANOS Os direitos humanos podem ser definido como Um conjunto de de normas jurídicas que regem relações entre indivíduos e instituições, entre os indivíduos em si considerados. Como toda norma jurídica, as normas de Direitos Humanos estabelecem direitos e deveres correspondentes entre si. O que distingue os demais direitos dos Direitos humanos é que, para ser titular destes, basta ser uma pessoa. Por uma série de fatores, determinados direitos passaram a ser considerados tão fundamentais para a existência digna da pessoa que se consolidou que não se exigiria nenhuma condição ou característica específica para quem quer que fosse para que se pudesse ser titular de tais direitos. INTRODUÇÃO DIREITOS HUMANOS Não importa nascer nobre ou nascer plebeu, ser rico ou ser pobre, homem ou mulher, cristão, judeu ou muçulmano, não ter qualquer passagem pelo sistema de justiça ou ser um cidadão condenado por um crime: direitos tais como a vida, a integridade física, a igualdade, a liberdade, a saúde, ou a educação não poderiam ser suprimidos dos ordenamentos jurídicos democráticos, nem negociados a pessoa alguma. Os Direitos Humanos constituem normas de relações jurídicas. Isso significa dizer que a cada um dos direitos compreendidos correspondem a obrigações: sua positivação implica obrigações ao Estado tanto em garantir o seu exercício quanto em impedir que outrem os viole. Por exemplo: ao direito à vida corresponde o dever do estado de não matar (e de impedir que outros matem). EVOLUÇÃO HISTÓRICA DIREITOS HUMANOS ILUMINISMO (1688 A 1789) Foi durante e o Iluminismo desenvolvidos na Europa, entre os séculos XVII e XVIII, que a ideia de direitos humanos se inscreveu, inclusive estendendo-se aos ordenamentos jurídicos dos países. (REVOLUÇÃO INGLESA A REVOLUÇÃO FRANCESA) No iluminismo, o princípio da igualdade essencial dos seres humanos foi estabelecido sob o prisma de que todo homem tem direitos resultantes de sua própria natureza, ou seja, "firmou-se a noção de que o homem possui certos direitos inalienáveis e imprescritíveis, decorrentes da natureza humana e existentes independentes do Estado". Cabe ao Estado zelar pela sua observância. A evolução histórica estoica, que alegava a supremacia da natureza, culminou no contratualismo, que teve como seus maiores representantes Hobbes, Locke e Rosseuau. "O ser racional possui a faculdade de agir segundo a representação de leis ou princípios; só um ser racional tem vontade, que é uma espécie de razão denominada razão prática". DIREITOS HUMANOS EVOLUÇÃO HISTÓRICA Iluminismo; Revolução Francesa e o Término da Segunda Guerra Mundial Pode-se falar em três ápices da evolução dos direitos humanos: CONTRIBUIÇÃO DE KANT DIREITOS HUMANOS EVOLUÇÃO HISTÓRICA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Os homens se conscientizaram da necessidade de não permitir que aquelas monstruosidade ocorressem novamente, de se prevenir os arbítrios dos Estados. Isto culminou a criação da ONU e na declaração de inúmeros Tratados Internacionais de Direitos Humanos, como "A declaração Universal dos Direitos do Homem", como ideal comum de todos os povos. MAGNA CARTA - 1215 Origem da constituição consuetudinária do Reino Unido, e que é considerada o primeiro exemplo histórico de documento a limitar o poder do governante pelos direitos subjetivos dos governados (e não mais por um “poder superior”ou “divino”, estranho à vontade dos súditos). DIREITOS HUMANOS EVOLUÇÃO HISTÓRICA A Carta Magna, que submetia o governante a um corpo escrito de normas, que ressaltava a inexistência de arbitrariedades na cobrança de impostos. A execução de uma multa ou um aprisionamento ficavam submetidos á imperiosa necessidade de um julgamento justo. MAGNA CARTA - 1215 É na carta magna que se reconhecem direitos próprios de determinados estamentos sociais (quais sejam, clero e nobreza), independentemente do consentimento do monarca, o que coloca este último, por sua vez, em posição de submissão às normas postas. DIREITOS HUMANOS EVOLUÇÃO HISTÓRICA liberdade de ir e vir; propriedade privada; pena proporcional ao delito praticado. Na Magna Carta estão previstosdireitos como a: MAGNA CARTA - 1215 Embora, se reconheça sua relevância no tocante ao ineditismo da limitação jurídica dos domadores monárquico, não se pode classificar a Magna Carta como declaração universal dos Direitos Humanos na concepção contemporânea. DIREITOS HUMANOS EVOLUÇÃO HISTÓRICA Tentou incorporar novamente os direitos estabelecidos pela Magna Carta, por meio da necessidade de consentimento do Parlamento para a realização de inúmeros atos A PETITION OF RIGHTS O HABEAS CORPUS ACT Instituiu um dos mais importantes instrumentos de garantia de direitos criados. Bastante utilizado até os nossos dias, destaca o direito á liberdade de locomoção a todos os indivíduos. BILL OF RIGHTS veio para assegurar a supremacia do Parlamento sobre a vontade do rei. DIREITOS HUMANOS INDEPENDÊNCIA DOS EUA A declaração de Independência dos Estados Unidos da America, assim como a Constituição Federal de 1787, consolidam barreiras contra o Estado, como tripartição do poder e a alegação que todo poder vem do povo; asseguram, ainda, alguns direitos fundamentais, como a igualdade entre os homens, a vida, a liberdade, a propriedade. CONSTITUIÇÃO E DECLARAÇÃO DOS DIREITOS Expressão; Religião; Petição; Reunião. Direito de guardar e usar armas. Liberdade de: 1787 E 1791 - EUA PROTEGE: DIREITOS HUMANOS Destaca os princípios da legalidade e da igualdade de todos perante a lei, e da soberania popular. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO Resultante da revolução francesa, define os dir. Individuais e coletivos dos homens. GARANTE: Dir. a liberdade, propriedade, segurança, e a resistência à opressão. Nenhum tributo pode ser imposto sem o consentimento do parlamento; Nenhum sub- imposto pode ser emitido sem motivo demonstrado. Nenhum soldado pode ser aquartelado nas casas dos cidadãos. PETIÇÃO DE DIREITO - 1628 DIREITOS HUMANOS GERAÇÕES DE DIREITOS Para fins didáticos, os Direitos Humanos são sistematizados em grupos organizados a partir do critério do momento histórico e político em que foram demandados e incorporados ao ordenamento jurídico. 1º GERAÇÃO TITULAR: indivíduo, estado encontra o dever de abstenção; Direito a liberdade, civis e política; Modo de usar juridicamente a Sociedade e estado. DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS Direitos civis são os direitos dos cidadãos de participar da ingerência do poder político sobre suas vidas. Essa nova configuração social e política baseada no reconhecimento da igualdade entre todos os indivíduos permite ao cidadão definir por quem será governado. Isso implicou, de lado, maior limitação ao poder do estado, e, de outro, maior liberdade ao indivíduo, sem a interferência do poder estatal senão no mínimo necessário à manutenção do pacto e paz sociais. DIREITOS HUMANOS GERAÇÕES DE DIREITOS 1º GERAÇÃO DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS O processo foi influenciado pelos filósofos jusnaturalistas (como Thomas Hobbes e John Locke) e iluministas (como Beccaria, Rosseau e Montesquieu), ganha força entre o final do século XVII e ínicio do século XVIII, momento em que as Revoluções Liberais. Os direitos da primeira geração tiveram o mérito de delimitar o que se convencionou chamar liberdades negativas, quer dizer, as liberdades do cidadão exercidas dentro dos limites delineados por abstenções estatais. Nessa mesma linha de raciocínio que surgem os direitos políticos, consistentes na possibilidade de votar e ser votado, de modo a se garantir a soberania popular, essencial à democracia. Essa é a essência dos direitos civis e políticos e mera abstenção estatal, desvendo o poder público empreender ações que visem garantir seu efetivo exercício. DIREITOS HUMANOS GERAÇÕES DE DIREITOS 1º GERAÇÃO DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS DIREITOS HUMANOS GERAÇÕES DE DIREITOS 2º GERAÇÃO DIREITOS SOCIAIS Direitos sociais, culturais e econômicos; Movimentos antiliberais; Const. De Weimar de 1919; Exigir do estado prestações materiais; Garantias fundamentais. Intenso êxodo rural; Urbanização desordenada das grandes cidades; Desigualdade social; Condições precárias de trabalho. Com a revolução industrial que ganharia fôlego, especialmente a partir do século XIX, que trouxe outras consequências: Tudo isso ocasionou diversas movimentos sociais como o sindicalismo (que demandava direitos trabalhistas). Assim, movimentos sociais como ocorridos no México e Rússia (1917), bem como na Alemanha (1919), logaram produzir documentos (como a constituição Mexicana, a Constituição do povo Trabalhador e Explorado da Rússia e a constituição de Weimar). DIREITOS HUMANOS GERAÇÕES DE DIREITOS 2º GERAÇÃO DIREITOS SOCIAIS Os direitos econômico, sociais e culturais são associados ao direito à igualdade em sua dimensão material com base no princípio da isonomia, segundo qual se devem tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades. Onde não constavam somente previsões dos direitos de 1º geração decorrentes de deveres de abstenção do Estado, mas também previsões de prestações positivas do estado no sentido de assegurar, tratamento desigual para os desiguais, sempre com o objetivo de reduzir desigualdades. DIREITOS HUMANOS GERAÇÕES DE DIREITOS 3º GERAÇÃO DIREITOS À PAZ Retomada da consciência; Princípio da fraternidade; Direito a paz, meio ambiente, comunicação. Embora ainda não haja uma doutrina consolidada a seu respeito, há certo consenso em indicar o direito à paz, ao desenvolvimento social, ao meio ambiente sadio, ao patrimônio comum da humanidade, à autodeterminação dos povos e à comunicação como os direitos humanos de 3º geração. No final do século XX surge a demanda pelo reconhecimento dos direitos que passariam a ser chamados de 3º geração que vêm sendo denominados direitos de solidariedade. DIREITOS HUMANOS GERAÇÕES DE DIREITOS 4º GERAÇÃO UNIVERSALIZAÇÃO DOS DIREITOS Universalização dos direitos fundamentais; Dir. a democracia, a informação, ao pluralismo; Futuro da cidadania e das liberdades de todos os povos; Globalização político econômico. 5º GERAÇÃO Direito a paz viria para a quinta geração; Patamar superior e específico de fundamentalidade; Reconheceu a existência de 3 gerações STF DIREITOS HUMANOS PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS O processo de internacionalização foi marcado em seu início pela 1º Guerra Mundial (1914-1918), conflito cuja violência até então inédita, mas que foi superado com a lesividade do conflito seguinte, a 2º Guerra Mundial que gerou os primeiros movimentos de cooperação internacional para a manutenção da paz. No período entre guerras, podem ser apontados como primeiros marcos para o desenvolvimento dos Direitos Humanos (Correspondente à regulamentação jurídica do uso da violência em situação de guerra e direitos das vítimas de conflitos armados). Liga das nações Organização Internacional do trabalho. Ex.: Foi em razão das violações da 2ª Guerra Mundial perpetradas pela Alemanha nazista e a bomba atômica contra populações civis japonesas que houve ações para protecao internacional aos indivíduos que se viam desprotegidos por seus ordenamentos jurídicos próprios. DIREITOS HUMANOS PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS Apesar dessas iniciativas pioneiras da comunidade internacional no sentido de evitar novas perdas humanas ocorridas na 1ª Guerra Mundial. Esse questionamento cria o ambiente político adequado para criação de sistemas internacionais de proteção aos direitos humanos Os estados passaram a poder integrar sistemas internacionais de Direitos Humanos pro meio da assinatura de tratados internacionais, nos quais os Estados limitam seus próprios poderes políticos quando estes violam direitos fundamentais. DIREITOS HUMANOS PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS No âmbito global, a ONU foi fundada em 1945, e nas décadas seguintes são formados sistemas internacionais regionais (europeu, interamericano e africano). Essesistema possibilitou que um cidadão que tenha seus direitos violados, recorra a um destes órgãos internacionais para que o país seja responsabilizado. Essa nova configuração acarreta a relativação da soberania como um dos efeitos do processo de internacionalização. Consistem em acordos obrigatórios, ou seja, são juridicamente vinculantes, celebrados entre sujeitos de Direito Internacional, que são os Estados-partes aos quais os termos dos tratado se aplicam. DIREITOS HUMANOS DIREITO INTERNACIONAL TRATADOS INTERNACIONAIS Os tratados internacionais constituem principal fonte de obrigações do direito internacional e têm suas regras gerais definidas pela pela convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (1969) Ao ratificar o tratado, o país se compromete internacionalmente a adequar sua política e ordem jurídica internas aos termos do pacto, o que fortalece os sistemas domésticos de proteção dos direitos humanos. Ainda, submete-se aos mecanismos de controle previstos no tratado, e caso não cumpra com aquilo que se comprometeu, deverá submeter-se à jurisdição internacional DIREITOS HUMANOS O conceito de Direitos Humanos pode ser comparada sob dois aspectos: A dignidade humana, na linguagem filosófica, "é o princípio moral de que ser o humano deve ser tratado como um fim e nunca como um meio". é, portanto, um direito essencial. a) "Constituindo um ideal comum para todos os povos e para todas as nações, seria então um sistema de valores; e b) "Este sistema de valores, enquanto produto de ação de coletividade humana, acompanha e reflete sua constante evolução e acolhe o clamor de justiça dos povos. A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA DIREITOS HUMANOS ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU A adoção pela Assembléia Geral das Nações Unidas, da Declaração Universal de Direitos Humanos em 1948, constitui o principal marco no desenvolvimento do direito internacional dos direitos humanos. Tornou-se uma fonte de inspiração para a elaboração de cartas constitucionais e tratados internacionais voltados á proteção dos direitos humanos, Igualdade e soberania; Cumprimento de boa-fé aos compromissos da carta; Abster-se de recorrer à ameaça ou ao emprego da força; Assistência às nações unidas; Resoluções de controvérsias internacionais por meios pacíficos. PRINCÍPIOS ASSEMBLEIA GERAL CONSELHO GERAL DIREITOS HUMANOS ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU O Tribunal de Nuremberg, criado pelo Acordo de Londres, cujos julgamentos ocorreram entre 1945 e 1946, foi a primeira experiência de uma instância internacional para julgamento por crimes de guerra, as condenações basearam-se não em normas ou tratados, mas no costume internacional. Apesar de diversas críticas, serviu de base décadas depois para a formação do Tribunal Penal Internacional. Inglês; Francês; Espanhol; Árabe; Chines; Russo. Inglês; Francês; Espanhol; Chines; Russo. IDIOMAS DIREITOS HUMANOS ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU Desenvolver relações amistosas entre as nações; Manter a paz e a segurança internacionais; Harmonizar a ação dos povos. FINALIDADE MEMBROS INGRESSO: Por decisão da assembleia geral mediante recomendação do conselho de segurança; EXPULSÃO: Sempre que houver uma violação persistente dos preceitos da carta. SUSPENSÃO: Quando o conselho de segurança tomar medidas preventivas ou coercitivas contra ele. DIREITOS HUMANOS PRINCIPAIS ÓRGÃOS NÃO CONVENCIONAIS DA ONU Os órgãos não convencionais são aqueles que integram a estrutura do sistema da ONU de proteção dos Direitos Humanos, mas que não foram criados por nenhum pacto. São órgãos políticos cujo raio de ação não se restringe apenas Estados-partes, como ocorre com os comitês criados pelos pactos específicos, podendo atuar em casos de violação de direitos. CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA Principal órgão judiciário das Nações Unidas, foi estabelecida em junho de 1945 pela Carta das Nações Unidas e começou a funcionar em 1946. Tem por função solucionar disputas legais submetidas por Estados, além de oferecer pareceres consultivos sobre questões legais apresentadas por órgãos autorizados da ONU e outras agências especializadas. DIREITOS HUMANOS PRINCIPAIS ÓRGÃOS NÃO CONVENCIONAIS DA ONU ALTO COMISSARIADO O Alto Comissariado para Direitos Humanos da ONU é parte integrante do Secretariado da ONU, além de ser o órgão responsável pela supervisão do conselho de Direitos Humanos. CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS O conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas foi criado em marco de 2006 para suceder a extinta Comissão das Nações Unidas para Direitos Humanos. É parte do corpo de apoio da Assembleia Geral da ONU, e tem por principais atribuições assumir, revisar, aprimorar e racionalizar os mandatos, os mecanismos, as funções e as responsabilidades da antiga Comissão de Direitos Humanos, tais como relatórios e sistemas de denunciais. O tribunal Penal Internacional é um sistema de justiça internacional complementar às cortes nacionais que tem por principal função o processamento e julgamento de pessoas acusadas de crimes internacionais graves. DIREITOS HUMANOS PRINCIPAIS ÓRGÃOS NÃO CONVENCIONAIS DA ONU TRIBUBAL PENAL INTERNACIONAL A proposta do Tribunal Penal Internacional é de construir uma justiça preestabelecida e permanente, para processar e julgar crimes de guerra específicos. importante ressaltar que, por se tratar de corte penal, o TPI processa e julga indivíduos (e não estados, como ocorre em outros órgãos de proteção aos Direitos Humanos). O Brasil reconhece a competência do Tribunal Penal Internacional no art. 5º, parágrafo 4, da constituição federal. DIREITOS HUMANOS PRINCIPAIS ÓRGÃOS NÃO CONVENCIONAIS DA ONU PARA NÃO ERRAR! Comitê de Direitos Humanos - Organismos especificamente criado pelo Pacto dos Direitos Civis e Políticos para monitorar o seu cumprimento pelos Estados-partes. Conselho de Direitos Humanos - Parte do corpo de apoio da Assembleia Geral da ONU, substituiu a comissão de Direitos Humanos, assumindo suas atribuições. Corte Internacional de Justiça - Órgão judiciário das Nações Unidas, com função de solucionar disputas legais submetidas por estados. Tribunal Penal Internacional - Sistema de Justiça internacional para o processamento de pessoas acusadas de crimes internacionais graves. DIREITOS HUMANOS DOCUMENTOS GENERALISTAS Em 1948 é adotada a Declaração Universal de Direitos do Homem, com aprovação unânime de 48 Estados. Apesar de sua importância histórica e política, o valor jurídico foi objeto de muita discursão por ter sido adotado a forma de resolução por meio dos qual os Estados assinantes declarava sua aprovação, sem contudo, tivesse fora de lei. A força jurídica vinculante da Declaração Universal de 1948 por esta refletir o costume internacional, deliberou- se pela positivação dos direitos enunciados na Declaração por meio de um tratado internacional, sob forma escrita, com força jurídica vinculante. com a adoção dos pactos generalistas, forma-se a Carta Internacional de Direitos Humanos, composta por 3 documentos: DIREITOS HUMANOS PACTO GENERALISTA Em 1966 são adotados o pacto dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, que são os chamados pactos generalistas. Ambos os tratados têm protocolos facultativos relacionados principalmente com seus mecanismos de monitoramento. CARTA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS A declaração Universal dos Direitos Humanos - 1948; Pacto dos Direitos Civis e Políticos 1966; Pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais- 1966 DIREITOS HUMANOS DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIR. HUMANOS Tortura; Escravidão; Tratamento ou castigo - Cruel; - Desumano; - Degradante VEDAÇÃO A: 1º Documento universal elaborado pela ONU - Preâmbulo reconhece a dignidade da pessoa como núcleo da declaração. - Igualdade; - Vida; - Liberdade; - Segurança; - Propriedade; - Intimidade e a vida privada;- Inviolabilidade domiciliar; - Nacionalidade, dentre outros. DIREITOS ESSENCIAIS DIREITOS HUMANOS DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIR. HUMANOS GARANTIAS PROCESSUAIS Devido processo legal; Igualdade no processo; Imparcialidade do julgador; Publicidade dos atos processuais; Princípio da presunção da inocência; etc DEFINIÇÃO Carta da ONU - Tratado internacional que cria a Organização das Nações Unidas, seus principais órgãos e atribuições . Declaração Universal dos Direitos Humanos - Declaração dos princípios básicos de direitos e liberdades humanas proferida pelas nações que haviam fundado a ONU Carta internacional de Direitos Humanos - Nome dado de documentos formado pela declaração de 1948, o pacto dos Direitos Civis e Políticos (1966) e o Pacto dos Direitos Econômico, sociais e culturais (1966). O Pacto dos Direitos Civis e Políticos foi aprovado em 1966 e entrou em vigor em1976, quando atingiu o número de ratificações necessárias. DIREITOS HUMANOS PACTO DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS Além da força jurídica vinculante inerente a um tratado internacional, contém previsões mais ampliadas em relação à Declaração, estabelecendo aos Estados tanto obrigações de natureza negativa quanto positiva; Ainda, contempla novos direitos não previstos na declaração, como a proibição da prisão por dívida, o direito da criança ao nome e à nacionalidade, proibição de propaganda de guerra, entre outros. Obs: Todos os órgãos internacionais de proteção de direitos Humanos, com exceção do Tribunal Internacional, as petições individuais são apresentadas em face de Estados, e não de indivíduos que tenham praticado uma violação de outros direitos. Lembrando que a condenação não acarreta sanção jurídica propriamente dita, mas causa consequências políticas. Ao contrário do Pacto dos Direitos Civis e Políticos, que estabelece direitos aos indivíduos, o Pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais estipulam obrigações aos Estados-Partes para que seja garantido um mínimo essencial aos seus respectivos nacionais. DIREITOS HUMANOS O PACTO DOS DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS Assim como o Pacto dos Direitos Civis e Políticos, o Pacto dos Direitos, Sociais e Culturais também foi aprovado em 1966 e atingiu o número de ratificações necessárias para entrar em vigor em 1976; Os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais são considerados de realização progressiva , até o máximo dos recursos disponíveis no Estado. O pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais prevê apenas os relatórios dos Estados como mecanismos de monitoramento, diferente do Pacto dos Direitos Civis Políticos que criou o comitê de Direitos humanos com a atribuição específica de administrar seus mecanismos de monitoramento. A declaração de Viena reproduz os direitos da Declaração de 1948, mas com número superior de ratificações, reafirmando sua indivisibilidade a ausência de hierarquia entre direitos. Ainda, aponta a democracia como o regime político mais adequado à promoção dos diretos humanos. DIREITOS HUMANOS DECLARAÇÃO E PROGRAMA DE AÇÃO DE VIENA Em 1993 foi realizada a Conferência Mundial dos Direitos Humanos em Viena (Áustria), na qual se produziu uma nova declaração de direitos e programa de ação para os Estados alavancarem os objetivos declarados. SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO Conforme o processo de internacionalização dos direitos humanos se desenvolveu ao longo de décadas, foram sendo reconhecidas outras violações de direitos humanos, mais específicas que aquelas dos sujeitos abstratamente considerados nos tratados componentes do sistema geral de proteção. DIREITOS HUMANOS SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO A convenção foi aprovada em 1948 e vigente a partir de 1951, foi a primeira a ser adotada após a fundação da ONU, com reconhecimento inédito do genenocídio como um crime que viola o Direito Internacional e que gera, portanto, obrigação da comunidade internacional em sua repressão e prevenção. Convenção Para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio Foi o primeiro instrumento de Direito Internacional de Direitos Humanos a prevê o julgamento de um crime por uma corte internacional (art.6º) em razão de sua gravidade e da extensão de seus danos em relação à comunidade internacional. A convenção define como o genocídio em seu art. 2º como qualquer ato cometido com a intensão de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, tal como assassinato de membros do grupo; dano grave à integridade física ou mental de membros do grupo; etc. Após a 2º Guerra Mundial acarretou um grande contingente de pessoas que precisaram se deslocar de seus países de origem em razão do conflito, e que necessitavam de reconhecimento jurídico de sua situação peculiar. DIREITOS HUMANOS SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO A convenção relativa ao estatuto dos Refugiados foi aprovada em 1951 e vigente desde 1954. Foi uma das primeiras converções de Direitos Humanos a ser adotada pela comunidade internacional representada pela ONU. Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados Além de conceder o asilo seguro aqueles que tiverem sua condição de refugiados , é também dever dos Estados aplicar o princípio “não devolução”, que proíbe expulsar ou “devolver” um refugiado, contra sua vontade, em quaisquer ocasiões, para um território onde ele ou ela sofra perseguições. Ainda, estabelece providências para disponibilização de documentos. A convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial é adotada pela ONU em 1965 e entra em vigor em 1969. Os debates de sua formulação se dão no contexto dos movimentos pelos direitos civis das populações afrodescendentes que então ocorriam nos Estados Unidos. DIREITOS HUMANOS SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Descriminação Racial. Os Estados Unidos ainda mantinham leis estaduais de segregação racial e de negação de direitos civis a negros desde o final do século XIX. Com movimentos sociais dos negros, é adotada nos EUA a Lei dos Direitos Civis em 1964, e, no ano seguinte, entra em vigor a convenção Para Eliminação de Todas as Formas de Descriminação Racial no plano internacional. O preâmbulo dessa constituição determina que as doutrinas de superioridade racial são cientificamente equivocada como elemento para promoção de direitos. Também foi aprovada em 1979 e vigente a partir de 1981 e tem sua origem em uma conjuntura de lutas sociais por direitos. DIREITOS HUMANOS SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher Sua adoção tem estreita ligação com movimentos feministas das décadas de 1960-1970. Como direitos do indivíduo reconhecido como sujeito de Direito, a Convensão assegura o exercício dos direitos humanos e liberdades fundamentais pela mulher em todos os campos da vida pública e privada, independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher. Aos Estados cabe combater a discriminação baseada no sexo tanto na vertente repressiva (punição à discriminação) quanto promocional (ações afirmativas) A convenção contra a Tortura, adotada pela ONU em 1984 e vigente desde 1989. A convenção define tortura como inflação deliberada de dor ou sofrimento com finalidade de obter confissão, punir ou intimidar, é praticada por agente do Estado. (Enfoque da delinquência estatal). DIREITOS HUMANOS SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes. A convenção assegura ser direito do indivíduo não ser submetido a tortura nem tratamento degradante sob qualquer circunstância. Para tanto, preveem-se aos Estados os deveres de criminalizar todos os atos de tortura, incluindo a responsabilização de mandantes, executores e omissores que poderiam ter evitado a tortura. Os estados-partes devem, ainda, adotar a jurisdição compulsória e universal, que obriga os Estados-partes a processar e punirou a extraditar torturadores que se encontrem em seu território, independentemente da nacionalidade deste ou da vítima. A convenção dos Direitos da Criança foi aprovada em 1989, e entrou em vigor em 1990. O texto define seu sujeito de Direito como ser humano com menos de 18 anos de idade, salvo disposição legal em contrário. DIREITOS HUMANOS SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO Convenção dos Direitos da Criança O texto adota o conceito do desenvolvimento integral, pela qual a criança deve ser reconhecida como sujeito de Direito e não objeto de tutela), cabendo-lhe tanto os direitos de 1ª e 2ª gerações, assegurados a qualquer pessoa, quanto direitos e específicos de sua condição peculiar de desenvolvimento. Cabe aos Estados proteger a criança contra todas as formas de discriminação e assegurar- lhe assistência apropriada com absoluta propriedade. No Brasil a Convenção da Criança servirá de diretriz internacional para elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/90) e do Marco Legal da 1ª Infância (Lei n. 13.257/2016). DIREITOS HUMANOS SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO Convenção sobre os Direitos de todos os trabalhadores migrantes e membros de suas famílias. Assim, em 1990 é aprovada a convenção sobre os Direitos de todos os trabalhadores migrantes e membros de suas famílias, mas que somente em 2003 atinge o número mínimo Estados-partes para entrar em vigor. A questão das violações de direitos humanos de pessoas em migração vem suscitando debates no plano internacional desde a década de 1970, quando o conselho Econômico e social passou a emitir resoluções sobre a violação dos direitos humanos de trabalhadores migrantes, especialmente africanos e europeus. DIREITOS HUMANOS SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. A convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência propõe reconhecer como sujeitos de Direito sob a ótica da inclusão, relacionando os obstáculos enfrentados pela pessoa com deficiência ao meio social e ambiental, que é passível de intervenção do Estado para assegurar a plena convivência e exercício de direitos. A convenção foi aprovado em 2006 e vigente desde 2008. É o primeiro tratado de Direitos Humanos adotado no século XXI e representa uma transformação no paradigma de reconhecimento da pessoa com deficiência. Aos Estados-partes cabem os deveres de tomar medidas legislativas, administrativas ou de qualquer outra natureza para a implementação dos direitos previstos, incluindo ajustes, adaptações ou modificações razoáveis e apropriadas para assegurar o exercício dos direitos humanos. DIREITOS HUMANOS SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO Convenção para Proteção de Todas as Pessoas Contra o Desaparecimento Forçado. Além do direito de não ser submetido a desaparecimento forçado, a converção prevê, além dos direitos das vítimas diretas do desaparecimento forçado e o destino das pessoas desaparecidas. A convenção foi aprovado em 2006 e entrou em vigor em 2010. Anteriormente, o sistema global continha previsão a seu respeito no art. 5 do Estatuto de Roma, no rol de crimes de competência do Tribunal Penal Internacional. O art. 2º da convenção descreve o "desaparecimento forçado" como prisão, a detenção, o sequestro ou qualquer outra forma de privação de liberdade que seja perpetrada por agentes do Estado ou por pessoas ou grupos de pessoas agindo com a autorização, apoio ou aquiescência do Estado. DIREITOS HUMANOS SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO Outros instrumentos internacionais de proteção aos Direitos Humanos. Convenção Suplementar sobre a Abolição da Escravatura, do Tráfico de Escravos e das Instituições e Práticas Análogas à Escravatura - 1956 1. Em 1956, a Convenção Suplementar sobre a Abolição da Escravatura reafirma o conceito de “escravidão” e de tráfico de escravidão” acrescentando os conceitos “pessoa de condição servil”, que é a que se encontra no estado ou condição que resulta de alguma destas situações. O código Penal Brasileiro prevê crime de redução análoga à de escravo. Porém, o tipo penal descreve a situação de forma distinta da convenção, relacionando a prática a condições a prática a condições de trabalho degradantes ou exaustivas. DIREITOS HUMANOS SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO Outros instrumentos internacionais de proteção aos Direitos Humanos. 2. Convenção para Proteção a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural (UNESCO - 1972). 3. Convenção sobre a Diversidade Biológica (ECO 1992 - Rio de Janeiro); 4. Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos povos Indígenas (2007). 5. Em 2015, a Assembleia Geral da ONU aprovou o texto das regras de Mandela, que atualiza o documento de regras mínimas para o Tratamento dos Presos (1955). DIREITOS HUMANOS DIREITOS HUMANOS - BRASIL No Brasil, a constituição Federal de 1988 estabeleceu a mais precisa e detalhada carta de direitos de nossa história, que inclui uma vasta identificação de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, além de um conjunto preciso de garantias constitucionais. Art. 4º - A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: II) prevalência dos direitos humanos; Resultado desta nova diretriz constitucional foi o Brasil, no inicio dos anos noventa, ratificar a adesão aos Pactos Internacionais de Direitos Civis e Políticos e de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e ás Convenções contra Tortura e Outros Tratamentos ou Penais Cruéis, Desumanos ou Desagradantes e Americana de Direitos Humanos, que se encontram entre os mais relevantes instrumentos internacionais de proteção aos direitos humanos. CARREIRAS POLICIASCARREIRAS POLICIAS @MARCELOMAPAS RESUMO LEI MARIA DA PENHA OBJETIVO Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. OBS: A Lei Maria da Penha possui natureza multidisciplinar, além do caráter penal, possui proteção de natureza civil, econômica, políticas públicas, criminológica etc . Ou seja, cuida-se de diploma direcionado à proteção da mulher frente a diversas áreas do conhecimento. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art226%C2%A78 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art226%C2%A78 LEI MARIA DA PENHA OBJETIVO Prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher; Estabelecimento de medidas de assistência; Estabelecimento de medidas de proteção; Criação de Juizados Especiais de violência doméstica e familiar contra a mulher. A referida Lei tem 4 grandes objetivos: 1. 2. 3. 4. DIREITOS FUNDAMENTAIS Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. OBS: A criação de juizados especiais de violência doméstica e familiar contra a mulher não se confunde com os juizados especiais criminais da Lei 9099/95. OBS: Os artigos 2º e 3º da Lei 11.340/2006 tratam os direitos e garantias fundamentais: LEI MARIA DA PENHA DIREITOS FUNDAMENTAIS Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acessoà justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. § 1º O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá- las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. § 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos enunciados no caput OBS: A lei Maria da Penha foi criada para atender ao art. 226 da Constituição Federal: Art. 226 – A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar. LEI MARIA DA PENHA COMPETÊNCIAS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de 2015) OBS: Vale ressaltar que o programa de ações afirmativas não é contrária ao princípio da igualdade, pois a discriminação não é negativa, mas positiva. Inf. 654 do STF - Não há violação do princípio constitucional da igualdade no fato de a Lei n. 11.340/06 ser voltada apenas à proteção das mulheres. OBS: O objetivo da lei é proteger a mulher em situação de vulnerabilidade em contexto de relação doméstica. SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA LEI MARIA DA PENHA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; OBS: Consiste numa ação ou omissão baseada no gênero. II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA O STJ já decidiu que lei Maria da Penha pode ser aplicada mesmo que não tenha havido coabitação (Ex namorado), e mesmo quando as agressões ocorrem quando já se tiver encerrado o relacionamento entre as partes, desde que guardem vínculo com a relação anteriormente existente. SÚMULA 600 LEI MARIA DA PENHA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual. Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos. Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima; ou que: LEI MARIA DA PENHA DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento; que vise: humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. OBERVAÇÕES IMPORTANTES LEI MARIA DA PENHA DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; OBS 1: A vítima deve ser mulher, no entanto, o STJ entende os transexuais tem direito ao registro civil mesmo sem a cirurgia de redesignação sexual, dessa forma fazendo jus à proteção da Lei Maria da Penha. OBS 2: Seguindo as linhas do art. 5º da Lei Maria da Penha, a violência precisa ocorrer em uma das seguintes formas: LEI MARIA DA PENHA DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 1 - No âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; 3 - Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. 2 - No âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa Como é comumente cobrado em prova, você não pode esquecer o teor da Súmula 600 do STJ: Súmula 600 do STJ: “Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da lei 11.340/2006, lei Maria da Penha, não se exige a coabitação entre autor e vítima”. OBS 3: As formas de violência do art. 7º, da lei 11.340/06: Violência física; Violência patrimonial; Violência sexual; Violência moral; Violência psicológica; Explicaremos cada uma mais adiante😁 LEI MARIA DA PENHA DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER OBS 4: A violência contra a mulher é uma violência de gênero, não depende de orientação sexual. O sujeito passivo precisa ser mulher. É importante mencionar que a doutrina majoritária entende que transgêneros e transexuais podem ser vítimas no contexto da Lei Maria da Penha. Dessa forma, o homem pode ser vítima de violência doméstica e familiar, mas sem a possibilidade da aplicação da Lei Maria da Penha. O sujeito passivo da Lei Maria da Penha é exclusivamente a mulher, independentemente da sua orientação sexual. OBS 5: Prevalece o entendimento de que é irrelevante a idade da vítima, nesse sentido, as crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica estão amparadas pela Lei 11.340/06 naquilo que lhes proporcionar maior proteção. Em relação à criança e adolescente, a Lei Nº 14.344, de 24 de Maio de 2022 cria mecanismos específicos para o combate e proteção contra a violência doméstica e familiar. LEI MARIA DA PENHA DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER O grau de parentesco não importa na Lei 11.340/06 (Não custa nada decorar o número da Lei😉), filhos podem ser os agressores na referida Lei. HC 290.650/MS Violência praticada por FILHO contra a mãe? Caso de Maria da Penha Violência praticada por pai contra filha? Caso de Maria da Penha Violência praticada por genro contra sogra? Caso de Maria da Penha Violência praticada por tia contra sobrinha? Caso de Maria da Penha Violência praticada por padrasto contra enteada? Caso de Maria da Penha Violência praticada por ex- namorado contra ex- namorada? Caso de Maria da PenhaAplica-se a Lei Maria da Penha. O agressor também pode ser mulher. STJ. 5ª Turma. HC 277561/AL, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 06/11/2014. Violência praticada por filha contra a mãe? Caso de Maria da Penha OBS 6: O sujeito ativo pode ser tanto homem como mulher, exemplos: LEI MARIA DA PENHA DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER OBS 7: Para a doutrina majoritária, somente crimes dolosos podem se enquadrar nos crimes da Lei 11.340/06. Entretando, vale considerar que é cabível a modalidade culpa consciente. ATENÇÃO: Violência praticada por filho contra PAI IDOSO não configura violência contra mulher, desse modo, não recebe proteção da Lei 11.340/06. Não é caso de Maria da Penha Violência praticada por irmão contra irmã? Caso de Maria da Penha Violência praticada por nora contra sogra? Caso de Maria da Penha OBS 8: Em Plenário, o STF decidiu que o crime de lesão corporal praticada contra a mulher em âmbito doméstico será de ação penal pública incondicionada, mesmo que de natureza leve ou culposa. OBS 9: Para o STJ os benefícios previstos pela Lei 11.340/06 devem ser garantidos no âmbito da relação empregatícia da mulher que presta serviços domésticos em residências de família, sendo desnecessária coabitação. LEI MARIA DA PENHA DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER OBS 10: No inciso "I" da lei 11.340/06 não é exigido vínculo familiar para caracterizar âmbito de unidade doméstica, dessa forma é possível a sua aplicação na relação de amigos que moram juntos. OBS 11: Quando a Lei faz menção a relação íntima de afeto, ela não abarca relacionamento passageiro e eventual. STJ: “(...) LEI MARIA DA PENHA. VIOLÊNCIA PRATICADA EM DESFAVOR DE EXNAMORADA. (...) a aplicabilidade da mencionada legislação a relações íntimas de afeto como o namoro deve ser analisada em face do caso concreto. Não se pode ampliar o termo - relação íntima de afeto - para abarcar um relacionamento passageiro, fugaz ou esporádico. In casu, verifica-se nexo de causalidade entre a conduta criminosa e a relação de intimidade existente entre agressor e vítima, que estaria sendo ameaçada de morte após romper namoro de quase dois anos, situação apta a atrair a incidência da Lei n.º 11.340/2006. (...)”. (STJ, 3ª Seção, CC 100.654/MG, Rel. Min. Laurita Vaz, DJe 13/05/2009). SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA Nesse aspecto, a Lei só exige que haja relacionamento entre duas pessoas. Independe se é baseado na amizade ou em qualquer outro sentimento, contanto que não seja uma relação passageira e infrequente. DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não- governamentais, tendo por diretrizes: LEI MARIA DA PENHA DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR Violência moral - É qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Violência patrimonial - É qualquer conduta que configure prejuízo patrimonial à mulher, quer seja inutilização, destruição, subtração ou impedimento do usufruto do bem; Violência sexual- É qualquer conduta que constranja a presenciar ou participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; Violência psicológica – É qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima da mulher; Violência física: É qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; Formas de Violência: II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à frequência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas; I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação; LEI MARIA DA PENHA DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1º , no inciso IV do art. 3º e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal ; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art1iii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art1iii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art3iv http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art3iv http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art221iv LEI MARIA DA PENHA DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO IV - a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher; V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres; VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher; VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia; LEI MARIA DA PENHA DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia; IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher. DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e emergencialmente quando for o caso. OBS: A respeito do art. 8°, merece ênfase o inciso "IV" que trata da implementação das delegacias especializadas no atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar. Além de atendimento, as delegacias especializadas, junto com demais orgão públicos deveram prestar assistência jurídica psicológica às vítimas de violência doméstica e familiar. MANUTENÇÃO DO VÍNCULO TRABALHISTA LEI MARIA DA PENHA DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR § 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal. § 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica: I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta ou indireta; II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até seis meses. Caso se trate de empregada, a lei autoriza o juiz a determinar a manutenção do vinculo trabalhista pelo períodode até 6 meses LEI MARIA DA PENHA DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR § 3º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá: III - encaminhamento à assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para eventual ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável perante o juízo competente. (Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019) O acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST); E da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS); e outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de violência sexual. de acordo com a tabela SUS, os custos relativos aos serviços de saúde prestados para o total tratamento das vítimas em situação de violência doméstica e familiar, recolhidos os recursos assim arrecadados ao: LEI MARIA DA PENHA DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR § 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica e dano moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir todos os danos causados, inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde (SUS) Fundo de Saúde do ente federado responsável pelas unidades de saúde que prestarem os serviços. (Vide Lei nº 13.871, de 2019) (Vigência) § 5º Os dispositivos de segurança destinados ao uso em caso de perigo iminente e disponibilizados para o monitoramento das vítimas de violência doméstica ou familiar amparadas por medidas protetivas terão seus custos ressarcidos pelo agressor. (Vide Lei nº 13.871, de 2019) (Vigência) LEI MARIA DA PENHA DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR § 6º O ressarcimento de que tratam os §§ 4º e 5º deste artigo não poderá importar ônus de qualquer natureza ao patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem configurar atenuante ou ensejar possibilidade de substituição da pena aplicada. CASO NÃO TENHA VAGA NA ESCOLA PRÓXIMA O dependente da vítima terá direito de ser matriculado como excedente, aguardando uma vaga posterior. A ESCOLA NÃO PODE SE RECUSAR. § 8º Serão sigilosos os dados da ofendida e de seus dependentes matriculados ou transferidos conforme o disposto no § 7º deste artigo, e o acesso às informações será reservado ao juiz, ao Ministério Público e aos órgãos competentes do poder público. § 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar tem prioridade para matricular seus dependentes em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio, ou transferi-los para essa instituição, mediante a apresentação dos documentos comprobatórios do registro da ocorrência policial ou do processo de violência doméstica e familiar em curso. (Incluído pela Lei nº 13.882, de 2019) LEI MARIA DA PENHA DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR OBS 1: Seguindo o entendimento do STJ, o INSS deverá arcar com a subsistência das mulheres que precisaram se afastar do trabalho para se proteger de violência doméstica. Para o colegiado, tais situações ofendem a integridade física ou psicológica da vítima, o que justifica o direito ao “auxílio- doença”:; OBS 2: O autor de violência doméstica praticada contra mulher terá que ressarcir os custos relacionados com os serviços de saúde prestados SUS; OBS 3: Prioridade para matricular seus dependentes em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio, ou transferi-los para essa instituição, mediante a apresentação dos documentos comprobatórios do registro da ocorrência policial. LEI MARIA DA PENHA Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as providências legais cabíveis. DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida protetiva de urgência deferida. Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo feminino - previamente capacitados. § 1º A inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de testemunha de violência doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher, obedecerá às seguintes diretrizes: Atenção: De acordo com o texto legal, não há necessidade de que o atendimento seja realizado por Mulher, o texto fala "preferencialmente". Não erre na prova!😉 LEI MARIA DA PENHA DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL I - salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional da depoente, considerada a sua condição peculiar de pessoa em situação de violência doméstica e familiar; II - garantia de que, em nenhuma hipótese, a mulher em situação de violência doméstica e familiar, familiares e testemunhas terão contato direto com investigados ou suspeitos e pessoas a eles relacionadas; III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas inquirições sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e administrativo, bem como questionamentos sobre a vida privada. LEI MARIA DA PENHA DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL § 2º Na inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de testemunha de delitos de que trata esta Lei, adotar-se-á, preferencialmente, o seguinte procedimento: I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado para esse fim, o qual conterá os equipamentos próprios e adequados à idade da mulher em situação de violência doméstica e familiar ou testemunha e ao tipo e à gravidade da violência sofrida; II - quando for o caso, a inquirição será intermediada por profissional especializado em violência doméstica e familiar designado pela autoridade judiciária ou policial; III - o depoimento será registrado em meio eletrônico ou magnético, devendo a degravação e a mídia integrar o inquérito. OBS: De forma resumida, nos artigos 10 e 10-A da Lei 11.340/06, se procura evitar a vitimização secundária e impedir a propagação das sequelas da violência. V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo competente da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável. LEI MARIA DA PENHA DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências: I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário; II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal; III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; OBS: O caput fala "entre outras", portanto o ROL é exemplificativo. OBS 2: Seguindo o art. 158, quando a infração deixar vestígios, o exame de corpo de delito será obrigatório. IV - se necessário, acompanhar a ofendida p ara assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar; III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência; LEI MARIA DA PENHA DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada;II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias; IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários; I - qualificação da ofendida e do agressor; II - nome e idade dos dependentes; III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida. VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele; LEI MARIA DA PENHA DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários; § 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter: V - ouvir o agressor e as testemunhas; VI-A - verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento); (Incluído pela Lei nº13.880, de 2019); VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público. § 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde. LEI MARIA DA PENHA DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL IV - informação sobre a condição de a ofendida ser pessoa com deficiência e se da violência sofrida resultou deficiência ou agravamento de deficiência preexistente. § 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1º o boletim de ocorrência e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida. OBS 2: Providências que são de caráter obrigatório: a oitiva da vítima, lavratura do boletim de ocorrência, atermação da representação e a verificação se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo; OBS: A autoridade policial não tem legitimidade para aplicar a medida protetiva ou representar por ela. O delegado apenas encaminha ao juiz, em 48 horas, quando há pedido da ofendida. LEI MARIA DA PENHA DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL Art. 12-A. Os Estados e o Distrito Federal, na formulação de suas políticas e planos de atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, darão prioridade, no âmbito da Polícia Civil, à criação de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), de Núcleos Investigativos de Feminicídio e de equipes especializadas para o atendimento e a investigação das violências graves contra a mulher. OBS 3: O inciso VI estabelece que a autoridade policial deve fazer juntar aos autos da investigação a folha de antecedentes criminais do agressor. Assim, é valioso que o delegado verifique se há, no banco de dados criado pela Lei n. 13.829/19 (que inseriu o art. 38-A na Lei), eventual registro de medida contra o agressor. Art. 38-A. O juiz competente providenciará o registro da medida protetiva de urgência. Parágrafo único. As medidas protetivas de urgência serão registradas em banco de dados mantido e regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça, garantido o acesso do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos órgãos de segurança pública e da assistência social, com vistas à fiscalização e à efetividade das medidas protetivas". Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida: LEI MARIA DA PENHA DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL § 3º A autoridade policial poderá requisitar os serviços públicos necessários à defesa da mulher em situação de violência doméstica e familiar e de seus dependentes. I - pela autoridade judicial; II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia. Art. 12-B - VETADO. § 1° - VETADO. § 2° - VETADO. OBS 1: O agressor será afastado do lar quando: LEI MARIA DA PENHA DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL Risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar; Ou de seus dependentes; O agressor deverá ser imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida. OBS 2: Quem tem competência de para determinar o afastamento do lar: A autoridade judicial, entretanto; Se o Município não for sede de comarca: o Delegado de Polícia poderá determinar essa medida. Se o Município não for sede de comarca e não houver Delegado disponível no momento: o próprio policial (civil ou militar) poderá ordenar o afastamento. OBS 3: Caso a medida seja concedida por Delegado ou por polícial (civil ou militar), o juiz deverá ser comunicado no prazo máximo de 24h e decidirá em igual prazo. Poderá manter ou revogar a medida, devendo dar ciência ao Ministério Público. LEI MARIA DA PENHA DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL § 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá Em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. § 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso. DOS PROCEDIMENTOS Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta Lei. LEI MARIA DA PENHA Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal,poderão ser criados pela: para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. DOS PROCEDIMENTOS Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. União; no Distrito Federal; nos Territórios; e pelos Estados Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de união estável no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. LEI MARIA DA PENHA § 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher a pretensão relacionada à partilha de bens. § 2º Iniciada a situação de violência doméstica e familiar após o ajuizamento da ação de divórcio ou de dissolução de união estável, a ação terá preferência no juízo onde estiver. DOS PROCEDIMENTOS Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado: I - do seu domicílio ou de sua residência; II - do lugar do fato em que se baseou a demanda; III - do domicílio do agressor. Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. LEI MARIA DA PENHA DOS PROCEDIMENTOS Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas: Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestaçãopecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência. II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para o ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável perante o juízo competente; III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis. IV - determinar a apreensão imediata de de fogo sob a posse do agressor. LEI MARIA DA PENHA DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida. § 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado. § 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados. § 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público. LEI MARIA DA PENHA DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA § 4º As medidas protetivas de urgência serão concedidas em juízo de cognição sumária a partir do depoimento da ofendida perante a autoridade policial ou da apresentação de suas alegações escritas e poderão ser indeferidas no caso de avaliação pela autoridade de inexistência de risco à integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da ofendida ou de seus dependentes. (Incluído pela Lei nº 14.550, de 2023) § 5º As medidas protetivas de urgência serão concedidas independentemente da tipificação penal da violência, do ajuizamento de ação penal ou cível, da existência de inquérito policial ou do registro de boletim de ocorrência. (Incluído pela Lei nº 14.550, de 2023) § 6º As medidas protetivas de urgência vigorarão enquanto persistir risco à integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da ofendida ou de seus dependentes. (Incluído pela Lei nº 14.550, de 2023) OBS 1: As medidads protetivas são adotadas com o fim de proteger a mulher em caso de violência doméstica e familiar, no entando devem apresentar: Fumus comissi delicti; Periculum libertatis. Uma vez desaparecido o perigo, cabe ao magistrado revogar as medidas. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14550.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14550.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14550.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14550.htm#art1 LEI MARIA DA PENHA DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA STJ - As medidas de urgência, protetivas da mulher, do patrimônio e da relação familiar, somente podem ser entendidas por seu caráter de cautelaridade - vigentes de imediato, mas apenas enquanto necessárias ao processo e a seus fins" (AgRg no REsp 1.769.759/SP, relator Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma, julgado em 07/05/2019, DJe de 14/05/2019). OBS 2: As medidads protetivas tem naureza autonoma, não dependem de tipificação penal da violência, da ação penal ou cível, da existência de inquerito policial ou até mesmo do registro do boletim de ocorrência. STJ - As medidas protetivas impostas pela prática de violência doméstica e familiar contra a mulher possuem natureza satisfativa, motivo pelo qual podem ser pleiteadas de forma autônoma, independentemente da existência de outras ações judiciais. Edição n° 205 da Jurisprudência em Teses. LEI MARIA DA PENHA DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial. Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público. Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor . LEI MARIA DA PENHA DOS PROCEDIMENTOS OBS: As medida protetivas podem ser concedidas pelo juiz de ofício: 1 corrente: NÃO! Em observância ao Sistema Acusatório, o juiz não pode decretar as medidas protetivas de urgência. 2 corrente: SIM! Seria possível, pois o juiz não estaria investigando, ou indiciando o agressor, mas protegendo e beneficiando a vítima de violência doméstica. ATENÇÃO: As medida protetivas podem ser concedidas pelo juiz sem prévia comunicação ao Ministério Público, apesar disso, caso seja necessário uma alteração ou reforço de medida já concedida, será imprescindível a oitiva do MP. LEI MARIA DA PENHA DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE OBRIGAM O AGRESSOR Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 ; II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.826.htm LEI MARIA DA PENHA DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE OBRIGAM O AGRESSOR IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar; VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de atendimento individual e/ou em grupo de apoio. § 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público. V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação; e http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L13984.htm#art2 determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso. LEI MARIA DA PENHA DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE OBRIGAM O AGRESSOR § 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas; e § 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial. § 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§ 5º e 6º do
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