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Semana 3- Teoria econômica e economia digital Ao final desta semana, você deverá ser capaz de: -Saber o que é moeda; -Entender as três funções da moeda; -Compreender o que determina a oferta e demanda de moeda, e como elas determinam conjuntamente a taxa de juros da economia. Definição e funções da moeda Moeda é um meio de troca amplamente aceito em uma economia para facilitar o comércio e outras transações econômicas. Ela pode ser definida como qualquer objeto que é geralmente aceito como pagamento por bens e serviços. Ao longo da história, a moeda desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das sociedades humanas. Antes do surgimento da moeda, as transações comerciais eram realizadas através de trocas diretas de bens ou serviços, conhecidas como escambo. No entanto, essa forma de comércio tinha limitações, pois nem sempre era possível encontrar alguém disposto a trocar um determinado bem ou serviço por outro. Com o surgimento da moeda, o comércio se tornou mais fácil e eficiente, permitindo que as pessoas trocassem bens e serviços por um meio de troca amplamente aceito, que poderia ser usado para comprar qualquer coisa em qualquer lugar. Isso permitiu a especialização na produção, pois as pessoas podiam produzir bens ou serviços que eram mais valorizados pelo mercado, em vez de produzir tudo o que precisavam para sobreviver. A moeda também facilitou o comércio a longa distância, permitindo que as pessoas comprassem bens e serviços de outras regiões ou países. Isso levou ao surgimento do comércio internacional e à criação de rotas comerciais que conectavam diferentes partes do mundo. Além disso, a moeda permitiu o surgimento de instituições financeiras, como bancos, que fornecem empréstimos e investimentos para estimular o crescimento econômico. O desenvolvimento de um sistema bancário confiável e estável é fundamental para a economia moderna, pois permite que as pessoas economizem dinheiro e obtenham financiamento para investir em negócios e projetos. Em resumo, a moeda desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da economia ao longo da história, facilitando o comércio, a especialização na produção, o comércio internacional e o surgimento de instituições financeiras. A moeda desempenha três funções principais na economia: Meio de troca: A moeda é amplamente aceita como meio de pagamento por bens e serviços. Com a moeda, não é necessário trocar um bem ou serviço por outro, o que torna o comércio mais fácil e eficiente. Por exemplo, se uma pessoa possui um bem que outra pessoa deseja, ela pode vendê-lo por dinheiro e usar esse dinheiro para comprar outros bens ou serviços que precise. Sem a moeda, seria necessário encontrar uma pessoa que estivesse disposta a trocar diretamente o bem por outro bem ou serviço. Unidade de conta: A moeda também é usada como uma unidade de medida padrão para precificar bens e serviços. Isso permite que os preços dos bens e serviços sejam comparados de maneira fácil e eficiente. Por exemplo, se uma pessoa deseja comparar o preço de dois produtos diferentes, ela pode usar a moeda como uma unidade comum para comparar seus preços. Reserva de valor: A moeda também é usada como reserva de valor, permitindo que as pessoas guardem dinheiro para uso futuro. As pessoas podem economizar dinheiro em sua conta bancária, investir em títulos ou simplesmente guardar dinheiro em casa. A moeda é vista como uma reserva de valor porque, geralmente, mantém seu valor ao longo do tempo. Por exemplo, se uma pessoa economiza dinheiro por um ano, ela espera que esse dinheiro possa comprar a mesma quantidade de bens e serviços no futuro, sem perder valor. Essas três funções da moeda são essenciais para a economia moderna, pois permitem que as pessoas realizem transações comerciais, comparem preços e guardem dinheiro para uso futuro. Além disso, as instituições financeiras, como os bancos, desempenham um papel importante na manutenção dessas funções da moeda, pois fornecem meios seguros para as pessoas guardar e acessar seu dinheiro. Moeda Fiduciária A moeda fiduciária é uma forma de moeda que não é lastreada por um ativo físico, como ouro ou prata. Em vez disso, a moeda fiduciária é respaldada pela fé ou confiança do público na capacidade do emissor da moeda (geralmente o governo) de honrar seu valor. Isso significa que a moeda fiduciária tem valor porque as pessoas confiam no emissor da moeda para aceitá-la como meio de pagamento e para manter seu valor em relação a outros bens e serviços. Um exemplo de moeda fiduciária é o dinheiro em papel (notas) e moedas em circulação emitidas por um governo. Esse dinheiro é geralmente aceito como meio de troca em transações comerciais e é mantido como reserva de valor pelas pessoas. Embora as notas de dinheiro em papel não tenham um valor intrínseco, como um bem físico como ouro, elas têm valor porque são respaldadas pela confiança do público no governo emissor da moeda. A moeda fiduciária é amplamente usada na maioria dos países do mundo atualmente. Ela oferece várias vantagens em relação a outras formas de moeda, como o ouro, porque é fácil de transportar, armazenar e dividir em unidades menores. Além disso, a moeda fiduciária pode ser produzida a baixo custo e rapidamente, o que a torna altamente líquida e facilmente disponível para as transações diárias. No entanto, a moeda fiduciária também apresenta alguns riscos. Se a confiança do público no emissor da moeda diminuir, por exemplo, devido a uma crise econômica ou política, o valor da moeda pode cair rapidamente. Além disso, os governos podem imprimir mais moeda do que a economia pode suportar, levando à inflação e à perda de valor da moeda. Em resumo, a moeda fiduciária é uma forma de moeda que é respaldada pela confiança do público no emissor da moeda. Embora ofereça vantagens em termos de liquidez e facilidade de uso, ela também apresenta alguns riscos, incluindo a possibilidade de desvalorização e inflação. Oferta e demanda de moeda e taxa de juros A oferta e demanda de moeda são determinadas pelos comportamentos dos agentes econômicos, como consumidores, empresas e governos. A oferta de moeda é determinada pelos bancos centrais, que controlam a quantidade de moeda que é colocada em circulação na economia. A demanda por moeda é determinada pelos agentes econômicos que desejam manter dinheiro em mãos para transações ou como reserva de valor. A oferta de moeda pode ser influenciada por políticas monetárias dos bancos centrais, como a compra ou venda de títulos no mercado aberto. Quando um banco central compra títulos, injeta dinheiro na economia, aumentando a oferta de moeda. Quando o banco central vende títulos, ele retira dinheiro da economia, diminuindo a oferta de moeda. Por outro lado, a demanda por moeda é influenciada por fatores como a taxa de juros, a inflação e a confiança na economia. Se a taxa de juros estiver alta, a demanda por moeda será maior, porque as pessoas preferem manter dinheiro em mãos em vez de investir em outros ativos que rendem menos. Se a inflação estiver alta, a demanda por moeda também pode ser afetada, pois as pessoas podem preferir gastar seu dinheiro agora, antes que a inflação reduza seu poder de compra. A oferta e demanda de moeda têm um impacto direto na taxa de juros da economia. Quando a demanda por dinheiro é alta e a oferta de dinheiro é limitada, a taxa de juros tende a subir, pois as pessoas estão dispostas a pagar mais para obter dinheiro emprestado. Por outro lado, quando a oferta de dinheiro é alta e a demanda por dinheiro é baixa, a taxa de juros tende a cair, pois há excesso de dinheiro disponível no mercado. A taxa de juros é uma variável importante para a economia, pois influencia o custo do dinheiro e, portanto, o custo do crédito. Quando a taxa de juros é alta, os empréstimos são mais caros, o que pode desencorajar os investimentos e oconsumo. Por outro lado, quando a taxa de juros é baixa, os empréstimos são mais acessíveis, o que pode estimular os investimentos e o consumo. Em resumo, a oferta e demanda de moeda determinam conjuntamente a taxa de juros da economia. A oferta de moeda é controlada pelos bancos centrais, enquanto a demanda de moeda é influenciada por fatores como a taxa de juros, a inflação e a confiança na economia. A taxa de juros é uma variável importante que afeta o custo do dinheiro e, portanto, o custo do crédito, influenciando os investimentos e o consumo na economia. Equilíbrio do sistema monetário O equilíbrio do sistema monetário é um estado em que a quantidade de moeda em circulação na economia é suficiente para atender às necessidades de transações dos agentes econômicos, como consumidores e empresas, sem gerar inflação ou deflação. Para que o sistema monetário esteja em equilíbrio, é necessário que a oferta de moeda seja igual à demanda por moeda. A oferta de moeda é determinada pelo banco central, que pode criar ou retirar moeda da economia, através de políticas monetárias como a compra e venda de títulos, alterações nas taxas de juros, entre outras medidas. Já a demanda por moeda é determinada pelos agentes econômicos, que buscam a moeda para realizar suas transações. Uma vez que a oferta e a demanda por moeda se igualam, o sistema monetário está em equilíbrio. Se houver uma escassez de moeda na economia, a demanda por moeda pode ser maior do que a oferta, o que levará a uma elevação da taxa de juros e a um aumento da inflação. Por outro lado, se houver uma quantidade excessiva de moeda na economia, a oferta de moeda pode ser maior do que a demanda, o que levará a uma redução da taxa de juros e a uma deflação. O equilíbrio do sistema monetário é importante para a estabilidade da economia, uma vez que uma quantidade inadequada de moeda em circulação pode afetar negativamente o nível de atividade econômica e o bem-estar dos agentes econômicos. Por isso, os bancos centrais têm como objetivo manter a estabilidade do sistema monetário, através de políticas monetárias que visam controlar a oferta e a demanda por moeda e manter a inflação dentro de níveis considerados saudáveis para a economia. Representação gráfica da oferta de moeda constante Se a oferta de moeda é constante, num sistema (Mdxi) onde a demanda por moeda Md está representada no eixo horizontal e a taxa de juros i na vertical) a curva de oferta de moeda será representada por uma linha reta vertical no gráfico, indicando que a quantidade de moeda disponível na economia não varia independentemente do nível de taxa de juros. A curva de demanda por moeda, por sua vez, terá inclinação negativa, mostrando que os agentes econômicos demandam menos moeda à medida que a taxa de juros aumenta e mais moeda à medida que a taxa de juros diminui. O ponto de equilíbrio entre a oferta e a demanda por moeda será representado pelo ponto em que as curvas de oferta e demanda se cruzam. Nesse ponto, a quantidade de moeda demandada pelos agentes econômicos será igual à quantidade de moeda fornecida pelo banco central, e a taxa de juros será determinada por esse equilíbrio. Assim, se a oferta de moeda é constante, a variação na taxa de juros será determinada pela variação na demanda por moeda, e o gráfico terá a forma de uma linha reta inclinada negativamente (curva de demanda por moeda) cruzando com uma linha reta horizontal (curva de oferta de moeda) no ponto de equilíbrio.
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