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1 ESPIRITUALIDADE/RELIGIOSIDADE E A SUA INFLUÊNCIA NA SAÚDE MENTAL NO SENTIDO DA VIDA Angela Cristina da Silva Alves Emanuelle Freires Pereira de Sousa Letícia Lima Malagutti Sonilei Vieira Leite Tayara Viana Maia de Mello Tayná Viana Maia de Mello RESUMO. Português: Este trabalho analisa a influência da espiritualidade e religiosidade na saúde mental e no sentido da vida. Através de uma revisão da literatura e de estudos empíricos, investigamos os efeitos positivos e negativos dessas práticas no bem-estar emocional e psicológico dos indivíduos. A pesquisa enfatiza a importância de considerar as dimensões espirituais e religiosas na promoção da saúde mental e na busca por um propósito de vida. Palavras-chave: Ciência; Espiritualidade; Religiosidade; saúde mental e enfrentamento. INTRODUÇÃO. A religião sempre foi inseparável, por natureza, da população brasileira. A estatística aponta que mais de 89 % da população brasileira declarou ter uma religião (IBGE, 2010). A temática sobre religiosidade e espiritualidade vem sendo pouco discutida entre os profissionais da área da saúde mental, ficando restrito aos estudos na teologia, desta forma temos poucas publicações. Com o avançar da Ciência temos conseguido nos relacionarmos de uma forma muito melhor com os assuntos da espiritualidade/religiosidade na saúde mental dos indivíduos. Por muito tempo tivemos um histórico de muita divisão da ciência dos saberes e hoje estamos tendo essa reaproximação, inclusive para muitos benefícios dos pacientes. Para que possamos cuidar das 2 pessoas que vamos atender de uma forma muito mais integrada, e realmente compreendendo quais são os impactos de suas práticas, de suas crenças, do seu dia a dia e sua saúde mental. (ALMINHA; MOREIRA-ALMEIDA, 2009). A Organização Mundial da Saúde (OMS), colocou desde 1988, a espiritualidade como uma dimensão espiritual no conceito multidimensional de saúde. O que envolve esse aspecto é o conjunto de todas as emoções e convicções de natureza não material, e pela crença de algo maior na vida, para além da percepção e compreensão. (VOLCAN et al, 2003). Aqui podemos integrar a fé da pessoa ou a esperança na vida, o amor-próprio, todos os aspectos que tenha a ver com a espiritualidade. Lembrando, que a espiritualidade é um conceito maior do que religião, ou seja, dentro da espiritualidade temos a religião. A espiritualidade pode ser praticada sem nenhum vínculo com a religião ou relação com uma instituição religiosa, sem nenhuma prática religiosa. (ALMINHA; MOREIRA-ALMEIDA,2009). Em seus estudos históricos, Moreira-Almeida (2007) traz alguns mitos relacionados com os transtornos mentais, considerados como indivíduos que tinham apenas causas demoníacas e que os médicos psiquiatras libertavam a humanidade da superstição religiosa. Uma ideia de que religião e psiquiatria estivessem em eterno conflito. É de suma importância refletirmos sobre as consequências de tal choque. Os estudos de Moreira Almeida (2007), revelam que seria uma informação falsa que predominou no século XX e hoje sabemos que não é verdade e que é possível de ser investigada. Sendo assim, não podemos afirmar que o impacto da espiritualidade na saúde mental se baseou em afirmações empíricas, mas sim, em experiências e clínicas, opiniões pessoais de pacientes e até mesmo com relatos de médicos enfatizando que essa aproximação de religião e psiquiatria tem obtido resultados muito positivo no tratamento e aceitação das doenças nos pacientes. (MOREIRA-ALMEIDA; LOTUFO NETO; KOENIG, 2006). Constatando-se como a Espiritualidade/religiosidade pode influenciar no equilíbrio Mental no sentido da vida. Há uma necessidade de mais pesquisas sobre espiritualidade/religiosidade em psiquiatria, especialmente, em suas aplicações clínicas, esses estudos devem abranger a ampla diversidade de um contexto cultural e geográfico. Há muitos estudos relacionados com espiritualidade na saúde mental sendo mais de 3000 estudos. (ALMINHA; MOREIRA- ALMEIDA, 2009). A espiritualidade/religiosidade está presente em todas as culturas. Foi e tem sido demonstrado o grande impacto que a religiosidade/espiritualidade exerce sobre as pessoas em sua saúde 3 mental e doenças. Além de influenciarem em fatores importantes da vida e preocupações humanas como a mortalidade e depressão. Vale destacar que a psicoterapia possui uma visão do homem nas três categorias constitutivas fundamentais: corpo, psiquismo e espírito. (STUDART, 2015). Deste modo, fica evidente que a psicologia não somente reconhece, mas pode analisar o quanto da espiritualidade, ou do ser espiritual do humano pode influenciar na sua saúde psíquica. De acordo com Lotufo Neto (1997, p.3). “A religião Varia enormemente de uma época para outra, entre gerações, sociedades, classe social e ocupa ação”. Talvez Essa seja uma das dificuldades de se estudar a religiosidade, pois segundo Fowler, “A Experiência religiosa é individual, para cada indivíduo pode ser completamente diferente, mesmo no âmbito da mesma crença religiosa (FOWLER, 1994 apud LOTUFO NETO, 1997, p.11). Desse modo, quando tratamos da espiritualidade e a saúde mental, estamos efetuando um entre a psicoterapia e a espiritualidade. Não se trata de uma religião em específico. Na visão de Frankl (1964, p.55), “o objetivo da psicoterapia é a cura psíquica – o objetivo da religião é a salvação da alma. Isso não quer dizer, naturalmente, que os objetivos da psicoterapia e da religião se encontram no mesmo plano”. O objetivo do artigo é compreender como a espiritualidade/religiosidade pode influenciar à vida do sujeito, quando bem integrada, contribuindo de forma positiva para a saúde mental no sentido da vida. MÉTODO. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica sobre o tema Espiritualidade/Religiosidade e a sua influência na saúde mental no sentido da vida, a partir da análise de artigos científicos, livros, teses e dissertações, disponíveis nas bases eletrônicas de dados SciELo e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), escolhidas por serem referência nas áreas de Saúde Física e Mental e foram encontrados através das palavras-chave: Ciência; Espiritualidade; Religiosidade; saúde mental e enfrentamento. Não foi feita nenhuma filtração por ano, sendo aproveitados todos os que atenderam ao recorte temático proposto no presente artigo. Dessa forma, foram selecionados 6 artigos que mais enfatizaram o tema Espiritualidade/Religiosidade. A análise das informações foi realizada por meio de leitura exploratória de materiais encontrados em uma abordagem qualitativa. 4 RESULTADOS. A saúde mental é uma parte fundamental do bem-estar geral e está profundamente enraizada na vida cotidiana dos indivíduos. O conceito de saúde mental abrange uma ampla gama de aspectos, incluindo a capacidade de lidar com o estresse, as emoções, os relacionamentos interpessoais e o enfrentamento das adversidades. (ALMINHA; MOREIRA-ALMEIDA, 2009). Portanto, verifica-se que afeta a qualidade de vida, a produtividade no trabalho, as relações sociais e até mesmo a saúde física das pessoas. Nesse contexto, é essencial compreender os diferentes fatores que influenciam a saúde mental e explorar estratégia para promovê-la. Embora os termos espiritualidade e religiosidade sejam frequentemente usados de forma intercambiável e possam se sobrepor em algumas áreas, eles se referem a conceitos distintos. De acordo com Moreira-Almeida (2007), espiritualidade é a busca pessoal e individual por um maior propósito, significado e conexão com algo maior do que si mesmo. Ela pode envolver a busca por uma conexão com o sagrado, o divino ou a realidade transcendental, e muitas vezes é focada no desenvolvimento do eu interior e na compreensão de questões existenciais.Moreira-Almeida (2007), descreve em seu artigo que há uma necessidade de mais pesquisas sobre espiritualidade/religiosidade em saúde mental, especialmente quando se trabalha em clínicas, esses estudos devem abranger a ampla diversidade de um contexto cultural e geográfico. Já temos muitos estudos relacionados à espiritualidade com saúde, o que falta é uma maior ampla diversidade de contextos culturais. A abordagem a religiosidade deve ser centrada na pessoa. Os profissionais da saúde devem de ser sensíveis as práticas religiosas e usar isso em prol dos pacientes, sem descriminações e sem usar as suas próprias opiniões. (MOREIRA-ALMEIDA, 2007). A religião é um fator fortíssimo de como uma pessoa vê o mundo, e se os fatores culturais são tão importantes em psiquiatria, a religião é um fator cultural fortíssimo na pessoa, no entanto, a religião e a espiritualidade trazem muitas informações do modo como a pessoa vê o mundo, portanto, a expressão de algumas doenças também são modificadas por essa visão de mundo. A espiritualidade manifesta-se como religiosa, quando essa transcendência de tal forma na transformação da vida da pessoa que o experimenta não se explica apenas por forças contidas na interioridade da pessoa, mas é sentido como a presença de um absoluto, identificado como Deus. Essa forma de espiritualidade foi também chamada de Mística. Portanto, a espiritualidade e 5 a religiosidade caracterizam-se pela dimensão essencialmente experiencial, enquanto a religião está calçada no aspecto institucional e doutrinária. (BOFF, 2003 apud OLIVEIRA; JUNGES, 2012, p. 115). Conceitos principais da espiritualidade. A espiritualidade é a nossa relação com o sagrado transcendente, podendo ser expressa de várias maneiras, como meditação, oração, contemplação, práticas de atenção plena, estudo de textos sagrados, contato com a natureza e expressão artística, entre outras. Ela pode ser independente de uma tradição religiosa específica e ser adaptada às necessidades e preferências individuais. Ou seja, aquilo que vai além do material, que dependendo da tradição vai sendo ligado a deuses, ancestrais, orixás em alguma dimensão transcendente que vai além dessa matéria. É essa espiritualidade que toda cultura e toda civilização sempre tiveram. Ela pode se expressar a partir de uma instituição que tem compartilhamento de crenças e práticas que são chamadas de religião. (MOREIRA-ALMEIDA, 2007). A religiosidade, por outro lado, refere-se à adesão a uma tradição religiosa específica, com suas crenças, práticas e normas associadas, se envolvendo a participação em práticas religiosas organizadas, como frequentar serviços religiosos, seguir rituais e celebrações, e aderir a princípios morais e éticos baseados em doutrinas religiosas. (KOENIG, 2021). A religiosidade pode incluir um forte senso de comunidade e conexão com outras pessoas que compartilham as mesmas crenças e valores, bem como a aceitação de uma autoridade religiosa ou divina. No mundo a maioria das pessoas têm algum tipo de religiosidade, mas é possível também existir uma pessoa que tem espiritualidade sem estar necessariamente ligada a uma religião. (MOREIRA-ALMEIDA, 2007). Embora sejam conceitos distintos, a espiritualidade e a religiosidade podem coexistir e se complementar na vida de muitas pessoas. Algumas pessoas podem se identificar como espirituais e religiosas, enquanto outras podem se considerar apenas espirituais ou apenas religiosas. Compreendendo que, a religião faz parte da nossa existência, e assim ela nos constitui porque nós somos seres agonizantes, ou seja, seres angustiados. Nós carregamos a angústia como um elemento próprio da nossa subjetividade, é uma angústia contra qual nós lutamos às vezes de maneira consciente e às vezes inconsciente. Sabemos que somos finitos, que vamos morrer e assim precisamos de encontrar um sentido para nossa jornada. (MONTEIRO, 2020). 6 O extraordinário físico Alemão Albert Einstein, em seu livro, “Como vejo o mundo”, aponta que conhecemos o lado espirituoso intensamente perceptivo e preocupado com a humanidade. Cita a passagem clara de uma religião angústia para uma religião moral. “Todas as ações e todas as imaginações humanas têm em vista satisfazer as necessidades dos homens e trazer lenitivo a suas dores. Recusar esta evidência é não compreender a vida do espírito e seu progresso” (EINSTEIN, 1935 p.12). Mesmo com essa relação a religião Moral vai predominar onde a vida social for atingir o nível superior e juntos irá ter uma ideia de Deus pela imaginação do homem. Somente quem tiver um conhecimento extenso e profundo de sabedorias e comunidades, se esforçam para ultrapassar essas experiências religiosas. Todos, no entanto podem atingir a religião que ele denomina último grau, raramente acessível, com a sua pureza total, que ele chama pelo nome de religiosidade cósmica a religiosa. Todas as ações e todas as imaginações humanas têm em vista satisfazer as necessidades dos homens e trazer alívio as suas dores. Recusar esta evidência é não compreender a vida do espírito e seu progresso. (EINSTEIN, 1935). Impacto da espiritualidade/religiosidade na saúde mental. A relação entre espiritualidade, religiosidade e saúde mental tem sido objeto de estudos e pesquisas nas últimas décadas. Algumas pesquisas sugerem que a espiritualidade e a religiosidade podem ter efeitos positivos na saúde mental, contribuindo para o bem-estar emocional e psicológico. Esses efeitos podem ser atribuídos a diversos fatores, como o senso de pertencimento e apoio proporcionado por comunidades religiosas, o enfrentamento espiritual e religioso em momentos de adversidade, a promoção de valores e comportamentos saudáveis e a conexão com um propósito maior na vida. No entanto, também é importante reconhecer que a espiritualidade e a religiosidade podem ter efeitos negativos na saúde mental em certos casos. Por exemplo, a rigidez doutrinária, a culpa religiosa ou o conflito entre as crenças pessoais e as expectativas da comunidade religiosa podem levar a sofrimento emocional e psicológico. (KOENIG, 2012). Dado o impacto potencial da espiritualidade e da religiosidade na saúde mental, é crucial entender como esses conceitos estão relacionados e quais aspectos específicos deles contribuem para o bem-estar emocional e psicológico. Além disso, é importante considerar a espiritualidade e a religiosidade como aspectos relevantes na promoção da saúde mental e na busca por um sentido de vida. (KOENIG, 2012). 7 Quando se fala de espiritualidade na área da saúde é preciso ter claro que não está falando de uma religião determinada, Koenig, Harold (2003), verificou que a possibilidade que as pessoas religiosas parecem lidar melhor com estresse da vida, recuperar-se mais rapidamente da depressão, além de apresentar menos ansiedade e outras emoções negativas do que as pessoas menos religiosas. Volcan, Sandra Maria e Alexandre (2003, p. 442), “O objetivo de testar a hipótese de que o bem-estar espiritual pode ser considerado um fator de proteção para transtornos psiquiátricos menores”. Como transtornos de ansiedade e depressão sugere que “O fortalecimento do bem- estar espiritual pode auxiliar significativamente na redução da angústia relacionada à doença bem como na proporção da saúde mental”. Como na saúde Mental. Para Oliveira e Junges (2012), somos seres biopsicossocial espirituais, quer dizer, temos uma dimensão biológica, psicológica, social e espiritual e todos esses fatores influenciam na nossa saúde e doença, então, a espiritualidade não é um assunto à parte, é simplesmente abordar o ser humano como um todo, especificamente sobre isso temos milhares de estudos apontando que os níveis de envolvimento religioso e espiritual impactam a saúde, de um modo geral positivo, mas também negativo. E se a espiritualidadeimpacta a saúde e influencia a maioria da população mundial, então é o nosso dever quanto estudante ou profissional da saúde conhecer este tema e abordar no ponto de vista ético e baseado cientificamente com os nossos futuros ou atuais pacientes. A espiritualidade e a religiosidade são fenômenos multidimensionais que podem influenciar a saúde mental e o sentido da vida de várias maneiras. Aqui são apresentadas algumas das principais dimensões desses conceitos e como elas podem afetar o bem-estar emocional e a busca pelo significado na vida. (JUNGES, 2012). Essa busca, pode ajudar os indivíduos a encontrar um propósito e um significado mais profundo em suas vidas, podendo fornecer um quadro para a autorreflexão e o autodesenvolvimento, enquanto a religiosidade oferece uma estrutura de crenças e valores compartilhados que podem orientar a vida de uma pessoa. (JUNGES, 2012). A conexão com algo maior do que si mesmo é um aspecto central tanto da espiritualidade quanto da religiosidade. Essa conexão pode proporcionar um senso de segurança, conforto e pertencimento que pode ser benéfico para a saúde mental no sentido da vida. Já os valores e princípios morais na espiritualidade e a religiosidade podem fornecer diretrizes morais e éticas 8 que ajudam as pessoas a viver de acordo com seus valores. Isso contribui para um senso de integridade e autenticidade, benéfico para a saúde mental e o sentido da vida. (JUNGES,2012). A participação em práticas espirituais, como meditação, oração ou rituais religiosos, pode proporcionar um senso de continuidade, conexão e propósito. Essas práticas ajudam a promover o relaxamento, a redução do estresse e a atenção plena, o que traz benefícios para a saúde mental e social ajudando a criar um senso de comunidade e pertencimento. A participação em grupos religiosos ou espirituais pode proporcionar apoio social e conexões significativas que são benéficas para a saúde mental no sentido da vida. (JUNGES, 2012). A espiritualidade e a religiosidade podem ajudar as pessoas a enfrentar questões existenciais, como o significado da vida e da morte, e a encontrar conforto e aceitação em relação à sua própria mortalidade, muitas vezes enfatizam a importância de ajudar os outros e contribuir para o bem-estar da comunidade. Esse enfoque no altruísmo e no serviço pode trazer um senso de propósito e realização pessoal. (JUNGES,2012). É importante reconhecer que as dimensões da espiritualidade e religiosidade podem ter efeitos variados na saúde mental e no sentido da vida, dependendo das experiências e contextos individuais. Para algumas pessoas, esses aspectos podem ser fontes de conforto e apoio, enquanto para outras, podem levar a conflitos internos ou externos. Compreender a complexidade desses conceitos e suas dimensões podem ajudar a desenvolver abordagens mais eficazes. (BONELLI; KOENIG 2013). Vários estudos e pesquisas têm explorado essa relação, algumas das principais formas pelas quais a espiritualidade e a religiosidade podem influenciar a saúde mental e promover um maior bem-estar emocional, ajudando os indivíduos a lidar com os desafios da vida, encontrar conforto em momentos difíceis e experimentar sentimentos de gratidão, alegria e contentamento. Por exemplo, uma crença muito compartilhada por pessoas espirituais e religiosas, é de que cada momento difícil da vida vai trazer um aprendizado, isso faz com que a pessoa saia da lamentação e busque ferramenta de enfrentamento, com isso, a pessoa enxerga novas possibilidades para resolver um problema ao invés de querer tirar sua própria vida. (MOTA; TRAD; VILLAS BOAS, 2012). As pesquisas de um psicólogo americano chamado Kenneth Pargament (2015), dizem que 96% das pessoas que acreditam em Deus conseguem ter mais forças para resolverem os problemas na vida, isso acontece poque a pessoa se apoia nos ensinamentos de Deus e se motiva para sair de uma situação difícil ou alguma crise. 9 Na religião a pessoa acaba tendo uma vida social ativa por frequentar as igrejas, acaba criando amizades, laços, o que traz uma sensação de apoio e confiança nas pessoas além de possibilitar o desenvolvimento de habilidades sociais como a comunicação e a empatia. Os contatos sociais ajudam a pessoa a levar em consideração as necessidades dela, á ajudar o outro a ser generoso e a entender que cada um pense nos seus direitos e necessidades. As práticas espirituais e religiosas também ajudam na produção de dopamina e serotonina que são hormônios responsáveis pelo bem estar, segundo o doutor de psicologia e pesquisador da universidade de São Paulo, Esdras Vasconcellos (2015), os rituais religiosos, os cânticos de louvor e as orações podem levar os níveis de serotonina no corpo trazendo uma sensação de alegria e a espiritualidade também ajuda na superação do luto, pois através das crenças em algo divino as pessoas conseguem encontrar sentido e força para enfrentar essa situação dolorosa. Através desses benefícios que a espiritualidade traz para a nossa mente, que é significado positivo para vida, a forca para enfrentar os momentos difíceis, os contatos sociais que a pessoa vai conquistando e essa produção de serotonina no corpo, vai ficando mais fortalecida que previne transtornos mentais como, a depressão, fobia, traumas e transtornos de ansiedade. A espiritualidade e religiosidade podem fornecer uma estrutura de crenças e práticas que ajudam as pessoas a enfrentar adversidades e a lidar com o estresse de maneira mais eficaz, isso significa que ouve uma boa resiliência e enfrentamento do estresse. Ter um propósito e sentido da vida ajuda os indivíduos a encontrar um significado mais profundo em suas vidas, contribuindo para um maior senso de satisfação e bem-estar com crenças e valores associados à espiritualidade e à religiosidade, as pessoas desenvolvem um senso de autocontrole e a aderir padrões morais e éticos que podem contribuir para uma vida mais equilibrada e saudável. A participação em comunidades religiosas e espirituais pode proporcionar uma rede de apoio social e um senso de pertencimento, o que pode ser benéfico para a saúde mental. (KOENIG; KING; CARSON, 2012). Algumas crenças e práticas religiosas podem levar a sentimento de culpa e vergonha, o que pode ter um impacto negativo na saúde mental e no bem-estar emocional. A religiosidade pode, às vezes, causar conflitos e tensões entre os membros da família ou a comunidade, especialmente quando há divergências nas crenças e práticas religiosas. Algumas tradições religiosas podem promover rigidez e inflexibilidade em suas crenças e práticas, o que pode dificultar a adaptação a novas situações e limitar o crescimento pessoal. A religiosidade pode levar à exclusão ou discriminação de pessoas que não compartilham as mesmas crenças ou 10 pertencem a grupos minoritários, o que pode afetar negativamente a saúde mental e o bem-estar emocional. (MOREIRA-ALMEIDA, 2007). É importante enfatizar que a relação entre espiritualidade, religiosidade e saúde mental é complexa e multifacetada, e a experiência de cada indivíduo é única. A maneira como a espiritualidade e a religiosidade afetam a saúde mental de uma pessoa pode variar com base em fatores como contexto cultural, experiências de vida, personalidade e outras circunstâncias. Para Moreira-Almeida, Lotufo Neto e Koenig (2006), a ponte entre espiritualidade / religiosidade com a saúde mental ainda é muito frágil, porém, cada vez mais vem ganhando estudos e importância para às questões de qualidade de vida e bem-estar. Os dois conceitos são de importância ao se unir ao tratamento de um paciente que está em sofrimento mental, acredita- se que ao inserir questões espirituais como reforço positivo, pode ajudar na melhora desse paciente, pensando exatamente sobre essa questão de qualidade de vida e incentivo a hábitos mentais saudáveis podemobter resultados satisfatórios. Ao equilibrar a vida de maneira que seus costumes e sua saúde mental estejam alinhadas, usando a força dessa religião ou da questão espiritual para melhorar seu processo mental, levando em conta que esses hábitos vem de manifestações em grupo e isso ajuda no convívio pessoal de pessoas que tem dificuldade em lidar com outros, a saúde mental e às questões espirituais e emocionais do paciente serão tratadas juntas, tendo em vista que, ao melhorar sua qualidade de vida, e acreditando e tendo o apoio á terapia será enfrentada de maneira mais leve e fácil. Na atualidade uma corrente da psiquiatria se manifesta de maneira positiva e conciliadora com a religião. O incentivo espiritual não precisa ser visto como algo anormal e sim como mais uma ferramenta para o bem-estar do paciente, tendo em vista que a força de vontade desse paciente vem através de suas vivências positivas. (MOREIRA-ALMEIDA; LOTUFO NETO; KOENIG, 2006). Recentemente, a psicologia voltou-se para o exame da espiritualidade / religiosidade e sua relação com a saúde mental, o bem-estar psicológico e a integração psicossocioespiritual do ser humano. Segundo Lancetti e Amarante (2006), a saúde mental pode ser identificada como uma “mente sã”. Esse espírito saudável seria o movimento contínuo do sujeito em busca do bem- estar de jeitos de vida que o sustentam diante das adversidades do cotidiano e que o ajudem em um processo de mudança e produção de subjetividade e não como uma simples ausência de doenças. Essa visão aproxima-se da noção de “qualidade de vida”, seguindo a perspectiva de Minayo, Hartz e Buss (2000) e abrindo assim um espaço para reflexão sobre o papel da espiritualidade na saúde mental. Afirma, que em 1988, a organização Mundial da saúde (OMS) incluiu a dimensão espiritual no conceito multidimensional de saúde, referindo-se as questões 11 como significado e sentido da vida não se limitando a nenhum tipo específico de crença ou prática religiosa. Para ele, a espiritualidade é a soma de todas as emoções e crenças de natureza imaterial, com o pressuposto de que há mais na vida do que se pode compreender ou compreender plenamente. Importância da Espiritualidade na Saúde Mental dos indivíduos. A espiritualidade/religiosidade diz muita coisa de uma pessoa ela fala de informações simples que trazem muito conteúdo sobre a cosmovisão que a pessoa tem. Fazendo parte da constituição do ser não material humano e está mais estritamente ligado ao campo de uma religião em si. Um humano religioso é aquele que é adepto a uma tradição religiosa dentro dos seus parâmetros, regras e doutrinas. “O conceito de religião refere-se ao aspecto institucional e doutrinário de determinada forma de vivência religiosa. Define-se por determinadas crenças e ritos referidos ao transcendente e entendidos como meios que oferecem salvação” (OLIVEIRA; JUNGES, 2012, p.12). Os fatores culturais são fortíssimos na pessoa, sendo assim, a religião traz muita informação a respeito do modo como que a pessoa vê o mundo. Portanto, enquanto estamos tratando de espiritualidade, nos referimos sempre a um termo mais abrangente. Um campo de estudo não material que visita o ser do humano na sua dimensão espiritual, não se trata de tradições e dogmas, mas como em seu espírito ele se compreende, o mistério do divino a partir de suas experiencias. A espiritualidade pode até ser religiosa, mas não cabe toda ela dentro de uma única religiosidade ou tradição. (AQUINO,2009). Entendendo a partir desse ponto, já podemos chegar a primeira constatação de que na clínica terapêutica não estamos dialogando somente com a fé de uma tradição religiosa, mas estamos lidando com a integralidade do ser do humano diante de nós e com a espiritualidade ou a transcendência que habita nesse ser. Enquanto terapeutas, precisamos estar atentos a essa dimensão e saber que a partir dela poderá haver acompanhamento e saúde naquele que está buscando a terapia. (AQUINO,2009). A expressão de algumas doenças é modificada pela visão que a pessoa vê do mundo, por exemplo algo que mudou de uma geração para outra, como a depressão, diagnósticos como a culpa em jovem ela é pouco expressa, já na geração anterior de idosos a expressão da culpa ela 12 é mais frequente. O tratamento também pode ser influenciado pela visão de mundo de uma pessoa, exemplo: um sintoma psiquiátrico às vezes pode ser encarado como uma manifestação espiritual e isso poderia retardar a procura ao tratamento ou um paciente esquizofrênico que está ouvindo vozes pode atribuir isso há uma outra manifestação espiritual, também retardando assim uma busca ao tratamento e o prognóstico do tratamento de determinadas doenças pode ser influenciado também pela religiosidade. Outro exemplo, o risco de suicídio é muito menor em pessoas que exercem uma vida espiritual e que tenha uma espiritualidade. (MONTEIRO, 2020). A Associação Mundial de Psiquiatria (AMP,1961), elaborou uma série de recomendações de como a espiritualidade/religiosidade deve ser abordada nos tratamentos psiquiátricos e isso vale para qualquer profissional terapêutico que trabalhe com saúde mental, qualquer paciente ou pessoa interessada no tema. pode ser interessante para todos. A presença do religioso no modo de construir e vivenciar o sofrimento mental tem sido observada por muitos dos pesquisadores. Assim é o caso tanto em estudos com contornos mais qualitativos e etnográficos, como com os mais bem quantitativos e epidemiológicos. Isso também é constatável tanto para os transtornos mentais mais leves, como ansiedade e depressão, como para os quadros graves, como nas psicoses. A busca por algum alívio do sofrimento, por alguma significação ao desespero que se instaura na vida de quem adoece, parece ser algo marcadamente recorrente na experiência, sobretudo para as classes populares (DALGALARRONDO, 2007, p. 32). A partir de Viktor Frankl (1964), nós temos utilizado o método psicoterapêutico da logoterapia. Com base no diálogo da religiosidade entendemos que é um fenômeno do humano e que a logoterapia deve assumir uma atitude neutra. O autor Frankl dialoga com a religiosidade entendendo que ela é um fenômeno do humano e que a logoterapia deve assumir uma atitude neutra no consultório. (FRANKL, 1964, p.85). Neste diálogo ele oferece uma crítica a Psicanálise que mal compreendida coloca Deus como um “nada mais que” uma imagem-de-Pai e a religião como um “nada mais que” uma neurose da humanidade”. (FRANKL, 1964, p.87). Na logoterapia a religião é muito cara na visão do autor, pois, assim como o nome Logoterapia, Logos significa espírito além disso, sentido. O autor elabora que o fim último do homem é a sua busca pelo sentido e a espiritualidade, ou o transcendente como escreve o autor, está relacionado a essa busca última de sentido. 13 Podemos concluir a partir de Frankl (1964), que a espiritualidade assim como religiosidade é uma busca de sentido última do ser humano. Ele cita o transcendente, ou espiritual como um lugar de não acesso da psicoterapia, mas de onde o humano confia como um cão que vai ao veterinário junto ao seu dono e submetido a um tratamento doloroso em seu benefício e eleva os olhos ao dono em confiança. Ele o cão não consegue acessar dimensão humana e entender o motivo daquele sofrimento, mas confia no seu dono e acredita nele. Assim é o humano na dimensão supra-humana e pode ser forçado pela psicoterapia, apenas precisa-se entender o sentido. (FRANKL, 1964, p. 86). Victor Frankl testemunha que, no campo de concentração, os sujeitos se tornavam mais religiosos, então a religião foi um fenômeno bastante interessante para ele mesmo, diante de uma situação em que não restava mais nada e que a única saída, o único sentido para que essas pessoasconseguissem sobreviver era a fé. Vejamos o que ele afirma: [...] não é verdade que a vivência do campo de concentração impulsiona com necessidade fatal o homem para a regressão, portanto, obrigando-o a um retrocesso interior. Eu conheço muitos casos isolados, mas que tem profundo (SIC) força comprobatória – nos quais as pessoas envolvidas, ao invés de regredir, de retroceder, progrediram muito mais interiormente, nas quais, pelo contrário, ascendiam interiormente à verdadeira grandeza humana, precisamente no campo de concentração, precisamente através da vivência do campo de concentração (FRANKL, 1990, p. 100). A fé para Frankl (2013), não é uma maneira de pensar diminuída da realidade, e sim uma maneira de pensar em que se acrescenta a existencialidade do pensador, então, existe uma carga existencial na fé. A logoterapia consegue relacionar isso tratando da religião apenas como objeto. Ele considera que existe uma tendência do ser humano para o sagrado, que essa relação com Deus é imanente ao homem embora ela seja latente, ou seja, não se manifesta e o Logoterapeuta não obriga a pessoa a ter uma visão religiosa. Frankl no seu livro, fala da presença divina escondida nos atos mais comuns, e como esse tipo de experiência, ou seja, ele traz um lado de sua teoria a logoterapia que aborda melhor a relação entre homem e Deus. [...] as pessoas podem encontrar, e cumprir, um sentido em suas vidas, independente de sexo ou idade, QI ou formação educacional, ambiente ou estrutura de caráter e, finalmente, independente do fato de a pessoa ser ou não 14 religiosa, e, se ela for, independente da Igreja à qual ela pertença (FRANKL, 1991, p. 259). O livro traduzido para português “Presença ignorada de Deus” existe Deus (Divino) ainda que ele seja ignorado o sentido útil da vida existe independente do ser humano ou não. O religioso vai dizer que existe uma instância além dessa consciência, essa consciência seria uma penúltima e não a última e o religioso o não crente iria dizer que a consciência é a última instância dessa relação. A logoterapia está aberta a todos e não só aqueles que necessitam de uma abordagem religiosa, que brota espontaneamente na clínica, mas também aqueles que não professarem nenhuma fé ou nenhuma doutrina que não acreditam em nenhum sentido Divino. Não podemos ignorar que a afirmação de Frankl (2013), sobre o sentido da vida é muito forte e que faz todo o sentido que a vida tenha um propósito de ser um ser humano completo. Este Ser, mesmo materialista, busca sentido naquilo que ele faz, porque o sentido está em tudo que fazemos, que buscamos, nossas relações, propósitos e sonhos. Se é assim, por que a vida não teria sentido? Se encontramos sentido em cada parte, por que o todo não teria uma direção? Se a lógica da vida não tem sentido, cabe a nós dar sentido para a vida. Podemos observar que questões relacionadas ao perdão, a prática meditativa e a vivência religiosas diárias podem influenciar no estado de saúde mental e até físico das pessoas. Para Volcan, Sousa e Rosa (2003), o pensamento positivo, o otimismo, a esperança e o bom humor podem ter reflexos diretos mediatos ou imediatos na saúde humana inclusive no sistema de defesa do corpo humano. Exemplo disto, é quando duas pessoas diferentes recebe uma mesma notícia, que estão com uma doença grave, a primeira recebe a notícia de forma negativa e pessimista, enquanto a segunda apesar de inicialmente se sentir um pouco abalada tenta processar essa informação de forma positiva e esperançosa. O nosso organismo reage de acordo com o nosso estado mental e emocional pensamentos negativos ou positivos afetam diretamente ao nosso corpo. O médico cardiologista Álvaro Avezum, um idealizador e fundador do grupo de estudos em espiritualidade e medicina cardiovascular, fala que da mesma forma que um fumante tem maior tendência para sofrer um infarto do que o não fumante, vai chegar uma época em que a medicina vai reconhecer que o paciente espiritualizado e que saiba lidar com suas emoções terá menos tendências para sofrer de doenças cardiovasculares. 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS. No decorrer deste estudo observou-se que ter uma espiritualidade e religiosidade torna o indivíduo mais capaz de ter uma autonomia não apenas no pensar, mas também no agir. Quando se fala de uma espiritualidade é possível argumentar que na medida em que esse indivíduo adquire novos conhecimentos, sua fé aumenta. Desta forma, o conhecimento através do acesso à leitura é fundamental. Consequentemente, a espiritualidade pode influenciar na saúde mental das pessoas ajudando a compreensão de como levando estamos por dentro. Essa espiritualidade exterioriza os nossos sentimentos e acaba-nos a termos alegria ou tristeza, dependendo da conexão que nós temos nesta relação com o Divino. Esta relação vai dando uma segurança ao indivíduo que junto com hábitos saudáveis vai trazendo esse equilíbrio mental. A espiritualidade mais o equilíbrio fazem com que o indivíduo vá se tornando cada vez melhor. Esse estudo procurou apenas, fazer uma prévia sobre as possíveis contribuições para a compreensão da influência da espiritualidade e religiosidade na saúde mental e no sentido da vida do indivíduo. Sugere-se que estudos posteriores, especialmente aqueles aplicados possam se interessar por esta temática, introduzindo o conhecimento, como a espiritualidade pode influenciar na vontade do indivíduo de mudar o seu pensamento, passando a ter um pensamento positivo. Sentido para que a vida tenha um propósito de ser um ser humano a cada dia mais completo, mais realizado. REFERÊNCIAS. 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