Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO CENTRO DE ENERGIA NUCLEAR NA AGRICULTURA ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ” Piracicaba – SP 2022 PROJETO DE PESQUISA DE DOUTORADO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ENERGIA NUCLEAR NA AGRICULTURA E NO AMBIENTE LINHA DE PESQUISA: NUTRIÇÃO DE PLANTAS, MANEJO DE CULTURAS E FERTILIDADE DO SOLO Adubação, nutrição e uso eficiente do N, P e K para maximizar a produtividade agrícola da cana-energia Candidato: MSc. Dalila Lopes da Silva Instituição Sede: CENA/USP, Piracicaba - SP Orientador: Prof. Dr. Cassio Hamilton Abreu-Junior Coorientador: Prof. Dr. Renato de Mello Prado TÍTULO DO PROJETO: Adubação, nutrição e uso eficiente do N, P e K para maximizar a produtividade agrícola da cana-energia RESUMO: A cana-energia possui alto potencial de produção de bioenergia, dada a produção de biomassa superior à de outras culturas. Contudo, ainda não se tem informações quanto à resposta à adubação e à exigência nutricional da cultura. Têm-se as hipóteses de que, a cana-energia terá maior resposta à adubação no primeiro ciclo de cultivo, com efeitos positivos na produtividade e maior extração de nutrientes pela primeira soqueira; e que em condições de irrigação plena a apresentará maior demanda e extração de nutrientes, devido a maior produção de biomassa. Objetiva-se avaliar o efeito da adubação NPK sobre a produtividade, estado nutricional, demanda, extração, eficiência de uso do N, P e K, e qualidades tecnológicas da cultura da cana-energia. Quatro experimentos distintos, constituídos pelos cultivos de duas variedades de cana- energia (Vertix 3 - teor médio de fibra e sacarose, e Vertix 2 - teor alto de fibra e baixa sacarose) sob duas condições de cultivo (de irrigação em déficit e plena), respectivamente. Serão implantados em casa de vegetação, em vasos de 167 dm3, em blocos ao acaso, em esquema fatorial 3x3x3, no qual serão avaliados os efeitos de 3 níveis de 15N, de 33P e de 40K (60, 180 e 300 kg ha-1 de N, P2O5 e K2O, utilizando ureia, superfosfato triplo e cloreto de potássio respectivamente), com 3 repetições. Pretende-se obter informações dos efeitos das doses de N, P e K quanto a eficiência do uso, extração e alocação dos nutrientes provenientes dos fertilizantes na biomassa (folha, colmo e caldo), e seu efeito na produção de biomassa, por meio de estudos de superfície de curvas de resposta (faixas de suficiência, DRIS e CND) para cada condição de cultivo. TITLE OF PROJECT: Fertilization, nutrition and efficient use of N, P and K to maximize the agricultural productivity of energy cane ABSTRACT: Energy cane has a high potential for bioenergy production, given the higher biomass production than other crops. However, there is still no information about the response to fertilization and the nutritional requirement of the crop. There are hypotheses that energy cane will have a greater response to fertilization in the first cultivation cycle, with positive effects on productivity and greater extraction of nutrients by the first ratoon; and that under full irrigation conditions it will present greater demand and extraction of nutrients, due to greater biomass production. The objective is to evaluate the effect of NPK fertilization on productivity, nutritional status, demand, extraction, N, P and K use efficiency, and technological qualities of the energy cane crop. Four different experiments, consisting of the cultivation of two varieties of energy cane (Vertix 3 - medium fiber and sucrose content, and Vertix 2 - high fiber and low sucrose content) under two cultivation conditions (deficit and full irrigation), respectively. They will be implanted in a greenhouse, in pots of 167 dm3, in randomized blocks, in a 3x3x3 factorial scheme, in which the effects of 3 levels of 15N, 33P and 40K (60, 180 and 300 kg ha-1) will be evaluated of N, P2O5 and K2O, using urea, triple superphosphate and potassium chloride respectively), with 3 repetitions. It is intended to obtain information on the effects of N, P and K doses on the efficiency of use, extraction and allocation of nutrients from fertilizers in the biomass (leaf, stem and broth), and their effect on biomass production, through surface studies of response curves (sufficiency bands, DRIS and CND) for each cultivation condition. 4 1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA A constante busca por energias renováveis associada as crises no setor sucroenergético, tem despertado o interesse pelo desenvolvimento de tecnologias disruptivas para diminuir os impactos ambientais. Nesse sentido, o setor tem estimulado a utilização de energia gerada a partir da biomassa vegetal e a busca por variedades capazes de produzir grandes quantidades de biomassa lignocelulósica e bioenergia (Carvalho-Netto et al., 2014). Essas variedades atualmente são conhecidas como cana-energia, decorrentes do retrocruzamento interespecífico de híbridos atuais com ancestrais selvagens, com maior participação de genoma de S. spontaneum (alto teor de fibra), se comparado com S. officinarum (alto teor de açúcar), produzindo assim uma planta com maior teor de fibra e menor teor de açúcar do que a cana convencional (Matsuoka, 2014). Classificadas em duas categorias: Tipo I e Tipo II. No qual, o tipo I é descrito como uma cana com características mais próximas das da cana-de-açúcar convencional, entretanto com menor teor de sacarose e, portanto, menor pureza e, inversamente maior o teor de fibra. Já o tipo II é uma cana com teor reduzido de açúcar, mas com teor de fibra superior ao tipo I (Matsuoka, 2014). Vale ressaltar algumas características que as plantas possuem como: sistema radicular mais volumoso e ao seu crescimento em maiores profundidades, com alta capacidade de perfilhamento na fase cana-planta e a presença rizomas em maior quantidade que na cana convencional, características transmitidas pelo genoma S. spontaneum dominante na cana-energia (de Abreu et al., 2020; Matsuoka et al., 2018, 2014; Silva, 2017; Wang et al., 2008), que podem beneficiar no processo de absorção de água e nutrientes que podem beneficiar a maior produção de biomassa não somente da 5 parte aérea, mas também favorecer ao maior poder de brotação após os cortes, que em tese pode permitir de 10 a 15 cortes ou ciclos de cultivos (Matsuoka et al., 2018). No que se refere as respostas à adubação, às exigências nutricionais, alocação de biomassa e sua composição nutricional, à demanda hídrica da cultura, em diferentes condições hídricas e seus efeitos nas variáveis tecnológicas e qualidade da matéria-prima, definido como o conjunto de características que o produto deve possuir para atender as demandas da indústria como (ºBrix do caldo, fibra, açúcar total recuperável-ATR e rendimento de açúcar), respostas ainda são escassas na literatura. E estas informações são de interesse de empresas, como GranBio e Raízen, que atuam no Brasil na produção de etanol de 2G, e vem demonstrando grande interesse sobre o manejo nutricional da cana- energia e sua produção em condições irrigadas. O presente projeto de Doutorado está vinculado à proposta de Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE 2, processo 20/03271-9), intitulado “Manejo de alta produtividade para a cultura da cana-energia: produção sustentável de açúcar, etanol e energia”, em parceria com a GranBio, e apoio da Raízen, com adesão ao Programa de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), a fim de gerar dados sobre o manejo da adubação da cana-energia, em dois níveis de disponibilidade de água, condições controladas, e posteriormente, utilizá-los para estimar os yield gaps quando confrontados com os resultados de campo e gerar subsídios para adubação e nutrição da cana-energia em condições de déficit e irrigação plena, em plantios comerciais pela GranBio e Raízen.. Para obtenção dessas informações,há necessidade de pesquisas com diferentes doses de nutrientes em variedades distintas, para o conhecimento de seus efeitos e interações das doses de nutrientes que podem potencializar ou reduzir a produção da cana energia (Prado, 2021). Pois sabe-se que para o cultivo sustentável é necessário o uso 6 criterioso de nutrientes, visto que, incoerências no uso dos mesmos podem afetar diretamente a qualidade da matéria prima, a produtividade de biomassa total, produtividade dos colmos, a longevidade dos canaviais e recuperação das soqueiras (Schultz et al., 2010). Nesse sentido, temos o nitrogênio (N), que em condições de suprimento inadequado pode diminuir a concentração de sacarose, açúcares redutores totais, brix e produtividade de colmos, com base na matéria seca [10], além de afetar a taxa de brotação e perfilhamento, teor de clorofila nas folhas, comprimento e diâmetro de colmos usináveis e peso dos colmos (Zeng et al., 2020); o potássio (K) ao ser fornecido em dose abaixo no necessário, pode diminuir a eficiência de uso do N e da água pela cultura, principalmente quando em cultivo sob condições de déficit hídrico, o que é comum nas condições de cultivos em sequeiro, além de diminuir a atividade enzimática e transporte de fotoassimilados (Bhatt et al., 2021); e o fósforo (P) que pode afetar o crescimento de raízes, perfilhamento e qualidade do caldo, visto que, plantas deficientes em P, dificultam a clarificação do caldo (Tsado et al., 2013); contudo, é importante ressaltar que estudos que abordam esses aspectos quanto a produção de cana-energia ainda são incipientes, principalmente quanto aos efeitos de doses de adubação N, P e K na produção e qualidade da biomassa e das variáveis tecnológicas. E se considerarmos as condições subótimas, nas quais a cana-energia tem sido cultivada atualmente, aliada as atuais condições de cultivo dos nossos solos tropicais, que apresentam baixos teores de N, devido alto processo de lixiviação, desnitrificação e volatilização (Jadon et al., 2018); de P, devido alta reatividade com ferro, cálcio e alumínio, que forma complexos insolúveis, indisponíveis para absorção pelas plantas (Dawson and Hilton, 2011; Rezakhani et al., 2020), e de K por ser facilmente lixiviado, aliado a capacidade de troca catiônica dos nossos solos com baixa capacidade de 7 armazenamento de K (Prado, 2020). O conhecimento das respostas das plantas, quanto à produção de biomassa e das partes que a constitui, colmo, caldo e folha, em função das doses dos nutrientes é essencial para obtenção do potencial máximo produtivo da cana- energia. A importância da pesquisa fica evidente quando se constata, que na prática, na ausência de informações, há sugestões da implantação de cultivos de cana-energia adotando-se manejo semelhante ao empregado no sistema de produção da convencional de cana-de-açúcar, sem conhecer as reais exigências nutricionais da cana-energia [2,4,17,18]. Isso pode ter consequências negativa na produtividade da cana-energia, pois possivelmente as espécies possuem exigências diferenciadas. Ou ainda da perspectiva de plantios da cana-energia em éreas marginais, sem correção do solo e manejo nutricional adequado, diante de uma ideia equivocada de que essas variedades sejam “rústicas”, devido ao sistema radicular denso e profundo, e que apresentam menores demandas de água e de nutrientes colocando em dúvida o potencial (Boschiero et al., 2019). Demonstrada a escassez de pesquisas nesse seguimento, fica clara a importância deste projeto, que será o primeiro a elucidar sobre a exigência nutricional da planta de cana-energia, com ênfase na fertilização de N, P e K, e seus efeitos na composição mineral das plantas e das partes que constituem sua biomassa, nas variáveis tecnológicas em diferentes condições de reposição hídrica. Além da importância prática, o conhecimento desses fatores também reflete na compreensão econômica e sustentável para o setor, que visa o uso eficiente dos fertilizantes minerais para maximizar a produção agrícola no cultivo da cana-energia. Uma vez que, apesar da contribuição dos minerais na composição elementar da biomassa das plantas ser apenas cerca de 5%, sendo os outros 95% C, O e H (Shand, 2007), o impacto desse percentual em campo se torna indiscutível, pois o uso 8 ineficiente dos fertilizantes em campo podem promover altas reduções na produtividade e qualidade das culturas. Em razão disso, destacamos que além de conhecer a extração de nutrientes pela cana-energia, também é importante caracterizar a alocação dos nutrientes na biomassa e das partes que constituem sua biomassa (folhas, colmos), pois esses fatores apresentarem implicações práticas para a tomada de decisão sobre qual parte da planta deixar no campo (ao menos 7 t ha-1 palha na superfície do solo), sendo mais interessante aquela com maior acúmulo de nutrientes para contribuir com a manutenção da fertilidade do solo ao longo do tempo (Carvalho et al., 2017; Trivelin et al., 2013). Aliado ao conhecimento sobre o estado nutricional da cana-energia e das partes que a constituem, a compreensão da demanda hídrica da cultura também é indispensável, especialmente em condição de cultivo em condição de déficit hídrico, quando se encontra algum nível de déficit hídrico no ciclo da cultura, especialmente no estabelecimento da cultura, promovendo a redução da produtividade e possível qualidade da biomassa, ou ainda quando se usa mudas pré-brotadas (MPB), que apresentam reservas de água e nutrientes baixas, após transplantadas e apresentam alta sensibilidade ao estresse hídrico (Jain et al., 2015; Landell et al., 2012a; Martins et al., 2015). Para obtenção dessas respostas, o emprego de técnicas isotópicas para estudo de nutrição de plantas tem demonstrado vantagens, pois além de obter as informações sobre a origens e o destinos dos elementos em estudo no sistema solo-planta, que não poderia ser obtido por métodos convencionais, permitem o estudo das transformações dos nutrientes no solo durante o ciclo de cultivo, suas interações com o sistema radicular e o aproveitamento pelos cultivos subsequentes (Abreu Junior et al., 2009), permitindo o conhecimento e compreensão da exigência nutricional da cultura. 9 Nesse contexto, e com base no fato de que a fertilização mineral e demanda hídrica afeta diretamente a produção de biomassa das plantas, as principais hipóteses são: (a) a demanda de nutrientes pela cana-energia será maior no primeiro ciclo de cultivo, e está maior demanda, ou seja, resposta à adubação no primeiro ciclo promoverá efeitos positivos na produtividade e extração de nutrientes pela primeira soqueira, e que (b) a cana-energia apresentará maior extração de nutrientes e produção de biomassa em condições de irrigação plena. 2. OBJETIVOS 2.1 Geral Objetiva-se avaliar o efeito da adubação NPK sobre a produtividade, estado nutricional, demanda, extração, eficiência de uso do N, P e K, e qualidades tecnológicas da cultura da cana-energia em duas variedades de cana-energia, Vertix 3 e Vertix 2, com reposição de 50% e 100% da demanda hídrica da planta, simulando condições de irrigação em déficit e irrigação plena, por meio do uso de técnicas isotópicas, utilizando fertilizantes marcados contendo 15N, 33P e 40K, em dois ciclos de cultivo, em casa de vegetação. 2.2 - Específicos, para cada uma das quatro condições experimentais (I) Avaliar o efeito da adubação N, P e K sobre a produtividade (colmos, folhas e caldo), estado nutricional e seus efeitos sob os parâmetros tecnológicos; (II) Avaliar a eficiência do uso da adubação 15N, 33P e 40K e a eficiência para produção de biomassa e das suas partes (colmo, folha e caldo); e (III) Avaliar o estado nutricional, por meio dos índices de nível crítico, faixa de suficiência, sistema integrado de diagnose (DRIS) e composição de diagnose nutricional(CND). 3. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DE SUA EXECUÇÃO 10 O projeto será desenvolvido em parceria com uma equipe multidisciplinar, com pesquisadores do CENA, ESALQ, UNESP e GranBio e apoio de profissionais da Raízen com expertise em nutrição de plantas, fertilidade do solo, irrigação, estatística, proteção radiológica e uso de isótopos na agricultura. Esta pesquisa visa gerar informações e subsídios bases, para tomada de decisões no manejo de fertilizantes e demanda hídrica da cana-energia, diante do fato de não termos dados publicados que atendam essa demanda. Possibilitando obtenção de respostas em condições de cultivo ideal para aplicação futura em campo, conforme demanda das empresas BioVertis® (GranBio) e Raízen. As atividades serão desenvolvidas de acordo com o cronograma de execução (Tabela 1). Tabela 1. Cronograma de desenvolvimento de atividades a serem realizadas. Cronograma Ano/ semestre 2022 2023 2024 2025 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º Atividades Adequação da infraestrutura da casa de vegetação* Caracterização físico-química do substrato Preparo das mudas (MPB) Transplantio MPB e aplicação das doses de N, P e K no plantio Cobertura com N, P e K Imposição dos regimes hídricos Obtenção dos resultados e disseminação dos resultados Avaliações biométricas, tecnológicas e nutricionais Tabulação e análise de dados Bolsa de estágio de pesquisa no exterior (BEPE) a Escrita artigos Exame de qualificação Apresentação dos resultados em congressos b Submissão de artigos em periódicos c Defesa tese Entrega versão final da tese * Diante do cenário de pandemia e das medidas preventivas de segurança implantadas pelo CENA USP e atraso na finalização da documentação e termo de outorga entre a GranBio e USP, que nortearam o projeto financeiramente a implantação do projeto sofreu alterações em seu cronograma, com implantação programada para agosto de 2022. 11 aA candidata solicitará bolsa para o órgão de Fomento FAPESP, e pretende realizar BEPE por um período de 8 meses no Departmen of Soil and Crop Sciences, do Colleg of agriculture & Life, Texas University. Sob a orientação do Dr. Jorge da Silva, para acompanhar pesquisas de desenvolvimento de melhoramento da cana-de-açúcar, para obtenção de alto rendimento em biomassa e biocombustíveis. bCongresso Nacional de Bionergia; Congresso Brasileiro de Agronomia; Simpósio da agroindústria de cana-de-açúcar de Alagoas. cBiomass & Bionergy (JCR 3.551); Agriculture, Ecosystems & Environment (JCR 4.241). 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1. Local – Serão implantados quatro experimentos em casa de vegetação, na área experimental do Departamento de Engenharia de Biossistemas, da Universidade de São Paulo - ESALQ/USP, em Piracicaba (-22º 43’ 30” de latitude e 47º 38’ 00” de longitude, 546 m de altitude). 4.2. Delineamento experimental – Nos quatro experimentos serão avaliados os efeitos da adubação N, P e K no cultivo de cana-planta e primeira soqueira da cana- energia. Será instalado um experimento para cada variedade Vertix 3 (nível médio de sacarose e fibra) e Vertix 2 (elevada produção de fibra) e cada condição de reposição hídrica de 50% (simulando condição de déficit) e 100% (irrigação plena), com base na capacidade da θcc, totalizando quatro experimentos simultâneos. O delineamento experimental de cada experimento será em blocos casualizados, em esquema fatorial 3x3x3, sendo: 3 doses de 15N (60, 180 e 300 kg ha-1 de N, na forma de ureia); 3 doses de 33P (60, 180 e 300 kg ha-1 de P2O5, na forma de superfosfato triplo); 3 doses de 40K (60, 180 e 300 kg ha-1 de K2O, na forma de cloreto de potássio), com três blocos. Cada experimento contará com 81 parcelas, totalizando 324 unidades experimentais nos quatro experimentos. Cada parcela será constituída de um vaso (caixa de concreto) de 167 dm3, impermeabilizada e com sistema de drenagem, que receberá uma MPB. 4.3. Aplicação dos fertilizantes - Com o objetivo de avaliar o aproveitamento do fertilizante N, P e K, o uso e partição do nutriente, oriundo do fertilizante, na biomassa 12 produzida e nas suas partes (bainha, folha, ponteiro, colmo e caldo), serão aplicados fertilizantes marcados com 15N, 33P e 40K, usando respectivamente ureia, super triplo e cloreto de potássio. O manejo de implantação e acompanhamento durante os dois ciclos de cultivo deste experimento, será executado com o apoio técnico de toda equipe de proteção radiológica do CENA/USP. Os níveis de N foram definidos considerando o valor de 0,8 kg de N por tonelada de colmo, conforme indicado para o cultivo de cana-de-açúcar no centro-sul do Brasil (Otto et al., 2021), e equivalentes, respectivamente, as expectativas de produtividade de colmos de 50, 150 e 250 t ha-1. Os níveis de P e de K foram escolhidos com base nos valores mínimos e máximos recomendados para a cana-de-açúcar, considerando a análise de solo e a produtividade esperada (Landell et al., 2012b). A adubação com N e K será parcelada, sendo 25% aplicado no sulco de plantio, 35% aos 30 dias após o transplantio das MPB’s e 40% aos 60 dias após o transplantio, das respectivas doses em cobertura, na superfície do substrato, circundando a planta. 4.4. Preparo do substrato - Amostras de terra (Latossolo vermelho amarelo, textura arenosa) serão coletadas antes da implantação dos experimentos e por ocasião da colheita da cana-planta e da primeira soca, para análise química e avaliação da fertilidade do solo. Após a coleta, serão secas ao ar, passadas em peneiras com abertura de malha de 2 mm e analisadas quimicamente, em relação ao pH em CaCl2 0,01 mol L-1, fósforo disponível (resina), cálcio, magnésio, potássio trocáveis, acidez total (H+Al), matéria orgânica, enxofre e micronutrientes (Cu, Fe, Mn e Zn) extraídos com DTPA, a pH 7,3; e B pelo método da água quente (Raij et al., 2001). Após obtenção dos resultados e antes da instalação dos experimentos, se necessário, a reação do substrato será corrigida com calcário para elevar a saturação por 13 bases para 60% de acordo com (Raij and Cantarella, 1997), na camada de 0-40 cm de profundidade. 4.5. Obtenção das mudas - Como propágulos serão usadas MPB’s de cana- energia adquiridas em parceria com a GranBio. Será transplantada uma muda MPB por vaso. A adubação de plantio será de acordo com os tratamentos descritos anteriormente, e será realizada em um sulco de 15 cm (análogo as condições de campo) antes do transplantio das MPB’s. 4.6. Manejo da irrigação - O sistema de irrigação adotado será por gotejamento, com uma linha de gotejo com 5 emissores espaçados em 0,20 m e com vazão de 1,6 L h- 1, em cada uma das 324 unidades experimentais. O manejo da irrigação será baseado no monitoramento do potencial mátrico do solo; para isso, baterias compostas por três tensiômetros e sensores capacitivos serão instaladas em cada parcela de referência a profundidades de 0,15 m, 0,25 m e 0,35 m, representando cada camada respectivamente. Para irrigação plena, o nível de reposição hídrica 100% θcc será estimado somando-se as reposições hídricas de água necessárias para elevar a umidade do solo até capacidade de campo em cada uma das camadas. Para condição de déficit , a reposições hídrica a ser aplicadas ao experimento: 50% θcc que será calculada como frações da reposição baseado na reposição de 100% θcc. O manejo da irrigação será realizado por meio do potencial matricial (Ψm) da água no solo que será monitorado em três repetições das parcelas referências e, em seguida, a estimativa da umidade será realizada por meio de modelagem (van Genuchten, 1980). A diferenciação dos níveis de irrigação iniciar-se- á 30 dias após o transplantio da MPB’s nos quatro experimentos, a fim de garantir uniformidadee estabelecimento do stand de plantio. 4.7. Avaliação biométricas - Para obtenção de respostas quanto as diferentes doses de N, P e K nas variáveis de crescimento que influenciam diretamente na produção 14 de biomassa das duas variedades de cana-energia, serão mensurados: altura das plantas, diâmetro do colmo e contados os números de perfilhos produtivos e improdutivos da touceira, adotando-se o critério de que todo perfilho sem a presença de colmo desenvolvido será considerado improdutivo, aos 40, 80, 120, 180, 240, 300 dias (ciclo por corte = 12 meses), até a ocasião da colheita, a fim de obter respostas sobre em qual dose durante os ciclos os parâmetros de crescimento apresentarão melhor desempenho. 4.8. Produtividade de colmos - A produtividade é um dos parâmetros mais importantes da produção de cana, pois está diretamente ligada ao poder de faturamento do canavial, produção de bagaço e poder calorífero para geração de bioenergia da cana. Sendo assim como na avaliação anterior objetiva se investigar o comportamento da produtividade de colmos nas diferentes doses de N, P e K nas duas condições de reposição hídrica. Para obtenção dessa informação, imediatamente após o corte e a limpeza, os colmos serão pesados em balança digital semianalítica, obtendo-se a biomassa fresca de colmos (BFC) de cada touceira. A produtividade de colmos por hectare - TCH (t ha-1) será extrapolada considerando-se a soma da biomassa fresca de colmo das duas touceiras e a área útil ocupada pelo dossel das plantas em cada parcela. Para isso, será calculada a produtividade para a área de solo da parcela (0,43 m2 parcela-1) e também para a área total disponível para o dossel, considerando os corredores (0,81 m2 parcela-1) com a equação 1, a primeira "superestimando" e a segunda "subestimando" os resultados (Barbosa, 2015). Assim, o valor de produtividade considerado/ajustado é o resultado da média entre os dois valores calculados anteriormente, representando o valor de produtividade médio para a área útil ocupada pelo dossel das plantas da parcela (0,5 x 0,75m2 parcela- 1). Esta metodologia será adotada em função da dificuldade e incerteza nas extrapolações de cultivos em ambiente protegido para os padrões geralmente adotados no campo (efeito "bouquet"), ressaltando que o objetivo é a comparação dos tratamentos sob a mesma 15 condição de cultivo, porém, mantendo os valores/parâmetros medidos dentro de uma ordem de grandeza aceitável (Barbosa, 2015). 𝑇𝐶𝐻 = ( 𝐵𝐹𝐶 0,43 × 10) + ( 𝐵𝐹𝐶 0,81 × 10) (1) Em que: TCH - produtividade de colmos por hectare, em t ha-1; BFC - biomassa fresca de colmos, em kg; 0,81 0,43 e - área de solo da parcela e área disponível para o dossel das plantas, em m2; e 10 - Fator para conversão de kg m-2 para t ha-1. 4.9. Brix do caldo - As variáveis tecnológicas afetam diretamente a qualidade do colmo da cana, e dita qual o melhor destino para cada variedade. Portanto, para obtenção de respostas quanto a concentração de brix no caldo e as demais avaliações tecnológicas, em função das doses de N, P e K em diferentes condições de reposição hídrica, e como o manejo eficiente pode afetar as variáveis tecnológicas no decorrer do ciclo de cultivo, as metodologias padrões utilizadas pela Consecana (CONSECANA, 2006), serão utilizadas. Para o ºBrix, será extraída uma amostra de caldo, para realizar as medidas de Brix do caldo em ºBrix, que representa o teor de sólido solúveis por cento, em peso de caldo. para esta análise será utilizado um refratômetro digital de bancada. 4.10. Fibra - Para avaliação de fibras (%), será usado o método de Tanimoto, equação 2. Para isso, será obtido o peso do bagaço ou bolo úmido (PBU) imediatamente após a pesagem do material também será aferido o peso do bagaço ou bolo seco (PBS), e posteriormente o material será secado em estufa de circulação forçada de ar (CONSECANA, 2006). 𝐹𝑖𝑏𝑟𝑎 (%) = (100 × 𝑃𝐵𝑆) − (𝑃𝐵𝑈 × 𝐵𝑟𝑖𝑥) 5 × (100 − 𝐵𝑟𝑖𝑥) (2) Em que: Fibra – fibra da cana-de-açúcar, em %; PBS – peso do bolo seco, em g; PBU – Peso do bolo úmido, em g; e Brix – brix do caldo, em ºbrix. 4.11. Açúcar total recuperável - O açúcar total recuperável (ATR kg t-1), será definido como medida para remuneração do produtor, considerando as perdas industriais calculando primeiramente o POL da cana, como demonstram as equações 3 e 4. 16 𝑃𝑂𝐿𝑐𝑎𝑛𝑎 = 𝑃𝑂𝐿𝑐𝑎𝑙𝑑𝑜 × (1 − 0,01 × 𝐹𝑖𝑏𝑟𝑎) × (1,0331 − 0,00575 × 𝐹𝑖𝑏𝑟𝑎) (3) 𝐴𝑇𝑅 = (10 × 𝑃𝑂𝐿𝑐𝑎𝑛𝑎 × 1,05263 × 0,905) + (10 × 𝐴𝑅𝑐𝑎𝑛𝑎 × 0,0905) (4) Em que: POLcana - teor de sacarose aparente, % em peso da cana; POLcaldo – teor de sacarose aparente, por cento em peso de caldo; Fibra–fibra da cana-de-açúcar, em %; ATR – açúcar total recuperável, em kg t-1; 1,05263 – coeficiente estequiométrico de conversão de sacarose em açúcares redutores; 0,905–eficiente de recuperação, para uma perda industrial de 9,5%; e ARcana – açúcares redutores da cana, em %. 4.12. Rendimento bruto de açúcar - O cálculo do rendimento bruto de açúcar (RBA t ha-1), por área será extrapolado com a equação 5, levando-se em consideração os cálculos anteriores de TCH e de ATR. 𝑅𝐵𝐴 = TCH × ATR 1000 (5) Em que: RBA - rendimento bruto de açúcar, em t ha-1; TCH - produtividade de colmos por hectare, em t ha-1; e ATR - açúcar total recuperável, em kg t-1. 4.13. Amostragem de folhas, colmo e bolo húmido para diagnose e avaliação do estado nutricional - Diante da inexistência de dados sobre o manejo nutricional da cana-energia, a extração de nutrientes e alocação dos nutrientes na biomassa e das partes que constituem sua biomassa, o conhecimento sobre essas variáveis é urgente, para obtenção dessas respostas, serão coletadas folhas de cada parcela, separando-se os 20 cm centrais da folha +1 (folha mais alta com colarinho visível – “TVD”), excluindo-se a nervura central. As amostras de colmos serão coletadas posterior a obtenção da produtividade de colmos. As amostras de folhas e colmos serão lavadas sequencialmente com água destilada, solução de HCl 0,1 mol L-1 e água deionizada. Após a lavagem, secos em estufa com circulação forçada de ar, a 40°C. Para secagem uniforme e facilidade na moagem as amostras de colmos serão fracionadas em filetes. As amostras serão moídas e armazenados em câmara fria, até análise química, para obtenção das curvas de extração de nutrientes. 17 O material vegetal será submetido à digestão sulfúrica, para determinação de N total pelo método semimicro Kjeldahl, e à digestão nítrico-perclórica, para os demais elementos. Os elementos, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn, serão determinados conforme procedimento de rotina do Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas do CENA/USP (Malavolta et al., 1980). A determinação dos elementos no caldo será obtida por cálculo de diferença entre os teores encontrados no colmo e bolo úmido. O estado nutricional das plantas, também será avaliado pelos índices do nível crítico e faixa de suficiência (Malavolta et al., 1980), sistema integrado de diagnose e recomendação (DRIS) (Wadt, 2004a; Wadt et al., 2007) e composição e diagnose nutricional (CND) (Khiari et al., 2001; Parent et al., 2009). As funções DRIS serão definidas pelo método de separação de nutrientes em grupos de resposta: grupo de macronutrientes de resposta frequente: N, P e K; grupo de macronutrientes de resposta rara: Ca e Mg; grupo de micronutrientes de resposta frequente: B, Fe, Mn e Zn; e grupo de micronutrientes de resposta rara: Cu (Wadt, 2004b; Wadt et al., 2007). 4.14. Acúmulo e eficiência do uso dos nutrientes - Para obtenção da resposta sobre a composição mineral da biomassa e seus segmentos, será quantificado o acúmulo de nutriente (kg ha-1), em cada parte da planta, que será estimado com os dados deprodutividade de matéria seca (t ha-1) e de teores de nutrientes N, P, K, Ca, Mg e S (g kg- 1), B, Cu, Fe, Mn e Zn (mg kg-1) obtidos conforme descrito no item 4.11 de cada parte da cana-energia (raiz, colmos, folhas e caldo/açúcar). A soma dos acúmulos das partes equivale ao total acumulado na biomassa da planta por hectare. Será calculada a eficiência do uso dos nutrientes para produção de (colmos, folhas e caldo/açúcar). 4.15. Eficiência do uso do 15N, 33P e 40K dos fertilizantes - Para conhecimento sobre origem e destino do nutriente nas plantas, amostras de material vegetal e solo marcadas com isótopos, as determinações das abundâncias de 15N serão realizadas por 18 espectrometria de massas (Laboratório de Isótopos Estáveis, CENA/USP); as contagens de 33P, por cintilação líquida (Laboratório de Fertilidade do solo, CENA/USP; as contagens de 40K, por cintilação sólida (Laboratório de Radioisótopos, CENA/USP). As análises isotópicas das amostras das partes da cana-energia (colmos, folhas, fibra e caldo) permitem a quantificação a porcentagem do nutriente (M = 15N, 33P, 40K) que foi absorvido pelas raízes, proveniente do fertilizante, transportado para a parte aérea e, então, usado pelas parte da planta (%MppF), por meio da equação 6, em função dos tratamentos (Abreu Junior et al., 2009). A disponibilidade do elemento M no solo será medida quantitativamente com o uso da equação 7 e a eficiência do uso dos isótopos com o uso da equação 8. % 𝑀𝑃𝑃𝐹 = ( 𝐴𝐸𝑃 𝐴𝐸𝐹 ) × 100 (6) Em que: %MppF - percentagem do elemento M na planta proveniente da fonte marcada; AEp - atividade específica ou abundância isotópica do elemento M na planta; e AEf - atividade específica do elemento M no fertilizante aplicado. 𝑀𝑃𝑃𝐹 = (%𝑀𝑃𝑃𝐹 × 𝐴𝐶𝑀𝑃𝑃) 100 (7) Em que: MppF - dose M do fertilizante; AcMPP - acúmulo do nutriente M na parte da planta (kg ha-1). 𝐸𝑈𝑋𝐹( %) = (𝑀𝑃𝑃𝐹) 𝐷𝑂𝑆𝐸 𝑀 × 100 (8) Em que: EUXF (%) - eficiência do uso no nutriente M do fertilizante; MPPF - dose M do fertilizante. Após o primeiro corte da cana-energia, as análises isotópicas de partes das soqueiras de cana-energia permitirão quantificar o efeito residual do nutriente (M = 15N, 33P, 40K) proveniente do fertilizante aplicado na cana-energia planta, ao longo de tempo, por cálculo direto de diluição isotópica, de modo análogo ao descrito acima. 4. FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS 19 Os resultados obtidos, para verificação dos pressupostos de normalidade de variância, serão testados usando o teste de Shapiro e Wilk (Shapiro and Wilk, 1965) e de homocedasticidade pelo teste de Levene. As correlações serão realizadas por meio de Correlações de Pearson. A comparação das médias será realizada pelo teste de Tukey, em nível de significância de 5%. As análises serão realizadas com o software R v.3.3.4, versão 2020 [40] , utilizando os pacotes Exp Des.pt (Ferreira et al., 2014) e ggplo2 de (Wickham, 2011). Os tratamentos em esquema fatorial, permitirão a obtenção de interações entre doses de N, P e K, por meio de estudo de superfície de resposta Y = a + bN + cP + dK + eNP + fNK + gPK+ hN2 +iP2 + jK2. Tal estratégia, possibilitará a adequação inicial das doses de N, P e K, para as variedades Vertix 3 e Vertix 2, nas condições de reposição hídrica de 50% e 100%, respectivamente. 5. BIBLIOGRAFIA Abreu Junior, C. H., Neto, L. M., Milori, D. M. B. P., Simões, M. L., Silva, W. T. L. da (2009): Métodos analíticos utilizados em química do solo, in: Melo, V. de F., Alleoni, L. R. F. (eds.): Química e Mineralogia Do Solo: Parte II - Apicações. pp. 529–685. Barbosa, F. da S. (2015): Produtividade de cana-de-açúcar irrigada por gotejamento: interações entre variedades , lâminas e intensidade do déficit hídrico na fase de maturação. Bhatt, R., Singh, J., Laing, A. M., Meena, R. S., Alsanie, W. F., Gaber, A., Hossain, A. (2021): Potassium and water-deficient conditions influence the growth, yield and quality of ratoon sugarcane (Saccharum officinarum L.) in a semi-arid agroecosystem. Agronomy 11, 1–16. Boschiero, B. N., de Castro, S. G. Q., da Rocha, A. E. Q., Franco, H. C. J., Carvalho, J. L. N., Soriano, H. L., dos Santos, J. A., Bressiani, J. A., Kölln, O. T. (2019): Biomass Production and Nutrient Removal of Energy Cane Genotypes in Northeastern Brazil. Crop Sci 59, 379–391. Boschiero, B. N., Mariano, E., Trivelin, P. C. O. (2018): “Preferential” ammonium uptake by sugarcane does not increase the 15N recovery of fertilizer sources. Plant Soil 429, 253–269. 20 Carvalho, J. L. N., Nogueirol, R. C., Menandro, L. M. S., Bordonal, R. de O., Borges, C. D., Cantarella, H., Franco, H. C. J. (2017): Agronomic and environmental implications of sugarcane straw removal: a major review. GCB Bioenergy 9, 1181– 1195. Carvalho-Netto, O. V., Bressiani, J. A., Soriano, H. L., Fiori, C. S., Santos, J. M., Barbosa, G. V., Xavier, M. A., Landell, M. G., Pereira, G. A. (2014): The potential of the energy cane as the main biomass crop for the cellulosic industry. Chemical and Biological Technologies in Agriculture 1, 1–8. CONSECANA (2006): Manual CONSECANA-SP 54. Dalen, M. S., Tubana, B. S., Kwakye, S., Han, K. J. (2022): Nitrogen rate and harvest date effects on energy cane yield, quality parameters, nutrient uptake and biomass chemical composition. Agrosystems, Geosciences and Environment 5, 1–15. Dawson, C. J., Hilton, J. (2011): Fertiliser availability in a resource-limited world: Production and recycling of nitrogen and phosphorus. Food Policy 36, S14–S22. de Abreu, L. G. F., Grassi, M. C. B., de Carvalho, L. M., da Silva, J. J. B., Oliveira, J. V. C., Bressiani, J. A., Pereira, G. A. G. (2020): Energy cane vs sugarcane: Watching the race in plant development. Ind Crops Prod 156, 112868. Ferreira, E. B., Cavalcanti, P. P., Nogueira, D. A. (2014): ExpDes: An R Package for ANOVA and Experimental Designs. Appl Math (Irvine) 05, 2952–2958. Jadon, P., Selladurai, R., Yadav, S. S., Coumar, M. V., Dotaniya, M. L., Singh, A. K., Bhadouriya, J., Kundu, S. (2018): Volatilization and leaching losses of nitrogen from different coated urea fertilizers. J Soil Sci Plant Nutr 18, 1036–1047. Jain, R., Visha, A. C., Solomon, S. (2015): Physiological Changes and Expression of SOD and P5CS Genes in Response to Water Deficit in Sugarcane. Sugar Tech 17, 276–282. Khiari, L., Parent, L. E., Tremblay, N. (2001): Critical compositional nutrient indexes for sweet corn at early growth stage. Agron J 93, 809–814. Landell, M., Campana, M., Figueiredo, P., Xavier, M., Anjos, I., Dinardo-Miranda, L., Al., E. (2012a): Sistema de multiplicação de cana-de-açúcar com uso de mudas pré-brotadas (MPB), oriundas de gemas individualizadas, in: Doc IAC. Landell, M., Campana, M., Figueiredo, P., Xavier, M., Anjos, I., Dinardo-Miranda, L., Al., E. (2012b): Sistema de multiplicação de cana-de-açúcar com uso de mudas pré-brotadas (MPB), oriundas de gemas individualizadas, in: Doc IAC. Malavolta, E., Vitti, G. C., Oliveira, S. A. de (1980): Avaliacao do estado nutricional das plantas: principios e aplicacoes 210. Martins, A., Albrecht, L., Castaldo, J., Carneiro, R., Zucareli, V. (2015): Novas tecnologias no plantio de cana-de-açúcar (Saccharum spp). Journal of Sciences agronómicas 4, 301–317. 21 Matsuoka, S. (2014): Baixa produtividade: só a quebra de paradigma pode resolver, in: Revista Opiniões. pp. 49–48. Matsuoka, S., Kennedy, A. J., Santos, E. G. D. dos, Tomazela, A. L., Rubio, L. C. S. (2014): Energy Cane: Its Concept, Development, Characteristics, and Prospects. Advances in Botany 2014, 1–13. Matsuoka, S., Santos, E. G. D. dos, Tomazela, A. L., Rubio, L. C. S. (2018): Cana-de- Açúcar - Bioenergia, Açúcar e Etanol, 3a. ed, Cana energia, alternativa revolucionária. Muchow, R. C., Robertson, M. J., Wood, A. W., Keating,B. A. (1996): Effect of nitrogen on the time-course of sucrose accumulation in sugarcane. Field Crops Res 47, 143–153. Otto, R., Souza-Netto, G. J. M. de, Ferraz-Almeida, R., Altarugio, L. M., Favarin, J. L. (2021): Multisite response of sugarcane to nitrogen rates and split application under Brazilian field conditions. Agron J 113, 419–435. Parent, L. E., Natale, W., Ziadi, N. (2009): Compositional nutrient diagnosis of corn using the Mahalanobis distance as nutrient imbalance index. Can J Soil Sci 89, 383–390. Prado, R. de M. (2020): Nutrição de plantas, 2 ed. ed. Prado, R. de M. (2021): Mineral nutrition of tropical plants, 1st ed. Springer International Publishing. R Core Team (2020): R: A Language and Environment for Statistical Computing. R Foundation for Statistical Computing. Raij, B., ANDRADE, J., CANTARELLA, H., QUAGGIO, J. (2001): Análise Química para Avaliação da Fertilidade de Solos Tropicais. Raij, B. van, Cantarella, H. (1997): Recomendação de adução e calagem para o estado de São Paulo, in: Instituto Agronômico de Campinas. p. 285. Rezakhani, L., Motesharezadeh, B., Tehrani, M. M., Etesami, H., Mirseyed Hosseini, H. (2020): Effect of Silicon and Phosphate-Solubilizing Bacteria on Improved Phosphorus (P) Uptake Is Not Specific to Insoluble P-Fertilized Sorghum (Sorghum bicolor L.) Plants. J Plant Growth Regul 39, 239–253. Schultz, N., Lima, E., Pereira, M. G., Zonta, E. (2010): Efeito residual da adubação na cana-planta e da adubação nitrogenada e potássica na cana-soca colhidas com e sem a queima da palhada. Rev Bras Cienc Solo 34, 811–820. Shand, C. (2007): Plant Nutrition for Food Security. A Guide for Integrated Nutrient Management . By R. N. Roy, A. Finck, G. J. Blair and H. L. S. Tandon. Rome: Food and Agriculture Organization of the United Nations (2006), pp. 348, US $70.00. ISBN 92-5-105490-8 , Experimental Agriculture. 22 Shapiro, A. S. S., Wilk, M. B. (1965): An Analysis of Variance Test for Normality ( Complete Samples ) Published by : Biometrika Trust Stable URL : http://www.jstor.org/stable/2333709. Biometrika 52, 591–611. Silva, J. A. (2017): The Importance of the Wild Cane Saccharum spontaneum for Bioenergy Genetic Breeding. Sugar Tech 19, 229–240. Trivelin, P. C. O., Franco, H. C. J., Otto, R., Ferreira, D. A., Vitti, A. C., Fortes, C., Faroni, C. E., Oliveira, E. C. A., Cantarella, H. (2013): Impact of sugarcane trash on fertilizer requirements for São Paulo, Brazil. Scientia Agricola 70, 345–352. Tsado, P. A., Lawal, B. A., Igwe, C. A., Adeboye, M. K. A., Odofin, A. J., Adekambi, A. A. (2013): Effects of Sources and Levels of Phosphorus on Yield and Quality of Sugarcane in Southern Guinea Savanna Zone of Nigeria 2, 25–27. van Genuchten, M. Th. (1980): A Closed-form Equation for Predicting the Hydraulic Conductivity of Unsaturated Soils. Soil Science Society of America Journal 44, 892–898. Wadt, P. G. S. (2004a): Nutritional status of Eucalyptus grandis clones evaluated by critical level and DRIS methods. Revista Árvore 28, 15–20. Wadt, P. G. S. (2004b): Nutritional status of Eucalyptus grandis clones evaluated by critical level and DRIS methods. Revista Árvore 28, 15–20. Wadt, P. G. S., Silva, D. J., Maia, C. E., Tomé, J. B., Pinto, P. A. D. C., Machado, P. L. O. D. A. (2007): Modelagem de funções no cálculo dos índices DRIS. Pesqui Agropecu Bras 42, 57–64. Wang, L. P., Jackson, P. A., Lu, X., Fan, Y. H., Foreman, J. W., Chen, X. K., Deng, H. H., Fu, C., Ma, L., Aitken, K. S. (2008): Evaluation of sugarcane x Saccharum spontaneum progeny for biomass composition and yield components. Crop Sci 48, 951–961. Wickham, H. (2011): ggplot2: Elegant Graphics for Data Analysis by WICKHAM, H, in: Biometrics. pp. 678–679. Zeng, X., Zhu, K., Lu, J., Jiang, Y., Yang, L., Xing, Y. (2020): Long-Term E ff ects of Di ff erent Nitrogen Levels on Growth , Yield , and Quality in Sugarcane.
Compartilhar