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PsicologiaJuridica_Unidade6

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Sumário 
UNIDADE 6 – PERÍCIA PSICOLÓGICA: REQUISIÇÕES E IMPLICAÇÕES ................ 3 
OBJETIVOS ................................................................................................................. 3 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 3 
1. A Perícia Psicológica ................................................................................................ 4 
1.1 Subsídios legais para a perícia: .............................................................................. 6 
2. Requisições e implicações da perícia psicológica ................................................... 10 
 ................................................................................................................................... 10 
3. Sugestões de Livro e Vídeo sobre Roda de Conversa ......................................... 14 
RESUMO .................................................................................................................... 15 
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO ........................................................................................ 16 
GABARITO ................................................................................................................. 17 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE VI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para finalizar nosso conteúdo programático, nesta Unidade iremos discorrer 
sobre a concepção, os desafios e as implicações da perícia psicológica no contexto 
jurídico, buscando, uma vez mais, tecermos considerações acerca da interface entre 
esses dois campos de conhecimento e prática: Psicologia e Direito. Estamos 
caminhando para encerrar a discussão proposta para o semestre, mas voltando ao 
início do encontro entre essas duas disciplinas, pois foi a perícia psicológica que 
demarcou a entrada da Psicologia na “Casa do Direito”, já que historicamente, a 
inserção de profissionais de Psicologia no âmbito da Psicologia Jurídica ocorreu pela 
realização de perícias. 
Conforme Sampaio (2017), o encontro entre os campos do Direito e da 
Psicologia se dá na esfera do jurídico, sendo assim, o Direito é, por assim dizer, o 
“dono da casa” e estabelece, por conseguinte, suas regras de funcionamento, 
linguagens e procedimentos para a convidada, a Psicologia. Veremos aqui, em relação 
à perícia, como essa convidada realiza esse trabalho, podendo contribuir com o “dono 
da casa”. 
O objetivo com esse estudo é propiciar a reflexão e apontar caminhos que 
contribuam para fundamentar a prática profissional diante de situações complexas que 
exigem respostas e soluções responsáveis e éticas, considerando as vidas envolvidas 
no processo judicial. Vamos lá, pessoal! 
 
 
 
OBJETIVOS 
 
▪ Discorrer sobre a prática da Psicologia Jurídica na realização da perícia. 
▪ Apontar os desafios e as implicações da atividade da perícia judicial 
para a Psicologia. 
▪ Refletir sobre a interface da Psicologia com o Direito, a partir das 
implicações da prática pericial. 
 
 
UNIDADE 6 – PERÍCIA PSICOLÓGICA: REQUISIÇÕES E IMPLICAÇÕES 
APRESENTAÇÃO 
 
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1. A Perícia Psicológica 
 
Para iniciar a nossa discussão, é importante destacarmos que há vários tipos 
de avaliações psicológicas para diversos fins (um processo seletivo para um trabalho, 
avaliar um aluno com dificuldades escolares, etc). No entanto, por estarmos tratando 
do tema da perícia psicológica dentro da disciplina de Psicologia Jurídica, daremos 
ênfase à perícia judicial. Cada uma das avaliações citadas tem uma natureza e 
objetivos específicos. 
 “A natureza específica de uma avaliação pericial forense se diferencia das 
utilizações dos métodos de investigação que são utilizados na clínica para fins de 
diagnóstico” (MACIEL, 2002, p. 21). Compreenderemos melhor essa expressão 
continuando a nossa leitura. 
No encontro entre o Direito e a Psicologia, há o predomínio da prática em 
perícia psicológica junto às demandas jurídicas, haja visto que a prática pericial é a 
que mais caracteriza o fazer psicológico neste encontro. Sampaio (2017) salienta que 
a perícia psicológica é demarcadora do lugar da Psicologia junto ao Direito, chegando 
a salientar que é como se estivesse constituído o lugar da perícia como “natural” da 
prática do psicólogo na justiça e isso tanto do lado da Psicologia como do Direito. 
Corroborando este pensamento, Sampaio (2017) cita autores como Perotti e 
Siqueira (2009) que afirmaram que “no cenário brasileiro, a perícia é uma prática que 
tem sido bastante difundida, sendo cada vez mais solicitada por juízes e promotores 
que demandam suporte especializado junto às questões subjetivas das relações 
humanas que configuram os processos jurídicos” (p. 22). 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda será preciso caminharmos mais um pouco, pois, alguns conceitos que 
serão esclarecidos um pouco mais adiante nos auxiliarão a compreender melhor essa 
afirmação em destaque. Por ora, que fiquemos com as perguntas: O que é um laudo? 
Atividade técnica e atividade processual? 
Perícia judicial, portanto, é atividade técnica e processual, que se 
materializa no processo através de laudo ou de qualquer outra 
forma legalmente prevista, na condição de instrumento. Perícia 
judicial é atividade, é trabalho técnico desenvolvido em processo 
judicial dentro das normas aplicáveis. (PIZZOL, 2009, p. 28). 
 
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De acordo com Pizzol, 2009, em se tratando de questões judiciais, quando o 
juiz não possui o conhecimento técnico para a resolução de uma questão, deve buscar 
quem o tenha, com o objetivo de formar prova para bem decidir a questão 
conflituosa. Todavia, a perícia também pode ser requerida pelas partes envolvidas no 
processo ou pelo Ministério Público, porém, nesse caso, será um documento (perícia 
psicológica) que poderá ser juntado aos autos assim como os demais e não terá força 
de perícia judicial. Para isso, é preciso que o juiz nomeie um profissional de sua 
confiança e que responda de forma fidedigna e imparcial. Vale destacar que a 
identificação da necessidade de perícia pode ser feita por qualquer profissional, porém 
a nomeação do perito cabe somente ao juiz. 
O perito, na realização do seu trabalho, definirá as estratégias e os 
instrumentos que irá utilizar apropriados para cada situação. Dentro das estratégias 
utilizadas numa perícia psicológica fazem parte: o número de encontros/atendimentos, 
se ocorrerá alguma visita domiciliar, quais pessoas serão ouvidas, etc. Já em relação 
aos instrumentos podemos citar: testes psicológicos, formulários de entrevistas, 
brinquedos e jogos para atividades lúdicas, dentre outros. 
Assim como é importante o profissionalismo na realização do trabalho pericial éigualmente importante que a forma de expressar o trabalho realizado demonstre 
clareza, objetividade e coordenação. “A redação do laudo, além de explícita e clara, 
não poderá deixar de ser também assertiva, para que não ocorram distorções 
interpretativas pelos não versados no assunto” (ORTIZ, 1986, p. 28). A perícia é 
materializada num laudo, ou seja, um documento utilizado como meio de demonstrar 
um trabalho técnico e científico. Segue o artigo do Código de Processo Civil que 
descreve sobre laudo pericial: 
Art. 473. O laudo pericial deverá conter: 
I - a exposição do objeto da perícia; 
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito; 
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser 
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou; 
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo 
órgão do Ministério Público. 
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com 
coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões. 
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir 
opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia. 
§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-
se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando 
documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem 
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como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos 
necessários ao esclarecimento do objeto da perícia. 
 
 
Que a perícia pode ser informal! 
(...) na perícia informal os elementos técnicos, hábeis para provar tecnicamente a 
verdade dos fatos aduzidos pelas partes que servirão para análise e exame do juiz, 
chegarão aos autos por via de um depoimento. Permite-se, portanto, que para a 
instrução baste a opinião dos técnicos levada ao juiz de viva voz e tomada por 
termo, sem necessidade de apresentação de peça escrita, ou seja, do laudo 
(PIZZOL, 2009, p. 35). 
 
Que a perícia pode ser realizada por carta! 
Nem sempre todos os atos processuais podem ser realizados no juízo em que 
tramita a ação, principalmente quando se trata de litigantes residentes em diferentes 
cidades. É bastante comum, nesses casos, o juiz da causa ( que atua no processo) 
solicitar ao juízo da comarca onde a outra parte reside que proceda à perícia sobre 
fatos que necessitam de comprovação ou mais informações, expedindo-se, do 
primeiro para o segundo, uma carta precatória (PIZZOL, 2009, p. 37). 
 
1.1 Subsídios legais para a perícia: 
 
O Decreto nº 53.464 de 21-01-1964 (que regulamenta a Lei nº 4.119, de agosto 
de 1962, que dispõe sobre a Profissão de Psicólogo) em seu artigo 4º descreve que 
uma das funções do psicólogo é realizar perícias e emitir pareceres sobre a 
matéria de Psicologia. 
 
Para acessar o decreto nº 53.464 na íntegra clique em: 
https://transparencia.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2008/08/decreto_1964_534641.pdf 
 
 
É importante salientarmos que alguns dos textos que constam em nossa 
referência bibliográfica são anteriores ao novo Código de Processo Civil - CPC de 16 
de março de 2015, Lei nº 13.105, fazendo menção ainda à Lei nº 5.869, de 11 de 
janeiro de 1973 que foi revogada, conforme podemos ler no Art. 1.046 da Lei 
nº13.105: “Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo 
aos processos pendentes, ficando revogada a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973.” 
 
https://transparencia.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/08/decreto_1964_534641.pdf
https://transparencia.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/08/decreto_1964_534641.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
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Citaremos alguns artigos do CPC relacionados às perícias. Em nosso material 
iremos relacionar somente os artigos e incisos correspondentes aos mesmos para que 
o texto não fique muito extenso. No entanto, é importante ser feita a leitura mais 
completa diretamente no CPC que pode ser acessado em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm 
De acordo com os artigos 156 a 158 do CPC, ao perito, um dos auxiliares da 
justiça, compete assistir o juiz quando a prova do fato depender de conhecimento 
técnico ou científico, tendo o dever de cumprir seu trabalho dentro do prazo designado 
pelo juiz. Em caso de prestar alguma informação inverídica, ele responde pelos 
prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias por um 
período. 
Em relação à realização da perícia, leiamos os seguintes artigos do CPC: 
Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. 
Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o 
prazo para a entrega do laudo. 
Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, 
independentemente de termo de compromisso. 
Art. 467. O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição. 
Art. 468. O perito pode ser substituído quando: 
I - faltar-lhe conhecimento técnico ou científico; 
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado. 
Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência, 
que poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e 
julgamento. 
Art. 470. Incumbe ao juiz: 
I - indeferir quesitos impertinentes; 
II - formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da causa. 
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante 
requerimento, desde que: 
I - sejam plenamente capazes; 
II - a causa possa ser resolvida por autocomposição. 
Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na 
contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos 
elucidativos que considerar suficientes. 
Art. 474. As partes terão ciência da data e do local designados pelo juiz ou indicados 
pelo perito para ter início a produção da prova. 
Art. 475. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de 
conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito, e a parte, indicar mais 
de um assistente técnico. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
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Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do 
prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo 
originalmente fixado. 
Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 
(vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento. 
Art. 478. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documento 
ou for de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos 
estabelecimentos oficiais especializados, a cujos diretores o juiz autorizará a remessa dos 
autos, bem como do material sujeito a exame. 
Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371 , 
indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as 
conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito. 
Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova 
perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida. 
Vale ressaltar que o CPC, além da prova pericial, dispõe também de outras 
provas, cada uma com a sua especificidade. Para saber mais, consulte o CPC, no 
capítulo XII. 
Dando continuidade à nossa discussão, apresentaremos um registro que 
consta na dissertação de mestrado de Maciel (2002), intitulada: Perícia psicológica e 
resoluçãode conflitos familiares. Tal registro é um fragmento da pesquisa documental 
realizada na 2ª Vara de Família da Comarca de Florianópolis. Foi feita a leitura dos 
autos em que houve perícia psicológica. Destacaremos um deles. 
 
Processo n. 08 
Ação de regulamentação de guarda com antecipação dos efeitos da 
tutela. 
Situação anterior: a guarda está com a mãe. 
Causa do manifesto: o menor pede para morar com o pai. 
Solicitação da perícia: a juíza determina realização da perícia 
psicológica. 
Perita nomeada para a realização da perícia no menor: perita 
psicóloga do juízo. 
Apresentação de quesitos: sim. 
 
Da perícia: 
 
1- Forma de apresentação: 
Dados de identificação da perita constando: registro no CRP e dados 
de identificação do processo. 
Dados de identificação do periciado, constando: nome e idade. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art371
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2- Procedimento: 
Número de sessões realizadas com a requerida: 04 sessões 
individuais com a requerida e 01 sessão com a requerida e o menor. 
 
3- Do motivo da perícia: 
Motiva-se em responder aos quesitos apresentados e fornecer laudo 
psicológico. 
 
4- Dos métodos aplicados: 
Entrevista psicológica dirigida individual. 
Teste projetivo H.T.P. e Wartegg; 
Entrevista psicológica familiar (requerida e o menor). 
 
5- Apresentação do laudo: 
Resposta aos quesitos; 
Análise e interpretação dos resultados; 
Conclusão; 
Considerações finais (apoiadas em dados bibliográficos). 
 
6- Finalização do caso: 
A promotora e a juíza deferem em favor do que consta no laudo pericial. 
 
7- Dos assistentes técnicos1: 
Houve participação, mas não houve contestação. 
 
8- Dos agravos: 
O requerente pede impugnação total do laudo, haja vista que a perita 
não levou em consideração a vontade do filho em morar com o pai, 
alegando que não citou no laudo a fala do menor. Alega também que a 
assistente técnica indicada para o caso fez parte da perícia e que 
consta no código de ética que isso não seria possível. Manifesta com 
isso desconhecimento da perita do seu próprio código de ética. A 
promotora após o agravo de instrumento, deferiu a favor da guarda 
provisória em relação ao pai, ficando à mãe, garantido o direito de visita 
(MACIEL, 2002, p. 103-104). 
 
 
O registro apresentado demonstra como ocorreu essa perícia: no caso em 
questão, foram 5 encontros, sendo alguns com a genitora e outros com a criança. O 
genitor não foi entrevistado. Além das entrevistas, teve a aplicação de testes 
psicológicos. É importante destacar ainda que a juíza havia tomado uma decisão e 
depois do recurso interposto ocorreu uma alteração nessa decisão. 
Continuaremos nossa discussão apresentando as requisições e algumas 
implicações da perícia psicológica. 
 
 
 
1 O Assistente técnico é um assessor de confiança da parte que acompanha o trabalho do 
perito. O art. 465 do CPC estabelece que incumbe às partes indicar assistente técnico. 
 
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2. Requisições e implicações da perícia psicológica 
 
Se o psicólogo ao realizar uma perícia vislumbrar a possibilidade de 
soluções ou acordo em relação à questão periciada ele já pode dizer 
isso às pessoas envolvidas? É possível que a realização da 
atividade pericial auxilie de algum modo os envolvidos no processo? 
 
 De acordo com Pizzol (2009), a resposta para essa questão é negativa, pois os 
serviços de perícia não objetivam realizar uma intervenção junto às pessoas 
envolvidas, mas sim tomar conhecimento de uma situação e emitir um parecer para 
que a autoridade solicitante tome uma decisão, ou seja, a perícia consiste numa 
investigação, num diagnóstico e numa conclusão. Todavia, “ao perceber a 
possibilidade de acordo em contenda, ou necessidade de intervenção, o perito deve 
demonstrar tais considerações no final de seu trabalho” (p. 30). 
 Um outro psicólogo judicial, Hélio Miranda, em uma entrevista que deu para o 
Conselho Regional de Psicologia num programa de rádio, apresentou outros 
argumentos em relação à resposta anterior. “Nosso papel é criar a possibilidade de 
uma nova realidade familiar. Dependendo da situação, as realidades se modificam 
antes mesmo da sentença” (CRP, 2016). Para isso, ele salienta ser necessário que o 
psicólogo que trabalha no Sistema de Justiça deve escutar os envolvidos no processo 
e deixar que eles falem, enfatizando que este trabalho também irá subsidiar o veredito 
do juiz. 
 Vimos acima dois pontos de vista que demonstram concepções diferenciadas 
no modo de conceber e, consequentemente, realizar a perícia judicial. Apresentar 
essas duas concepções para vocês, alunos do curso de Direito, é com a intenção de 
convidá-los a refletir, mais uma vez, que a concepção que temos embasa a nossa 
prática profissional. E nesse caso, não nos cabe dizer se um autor está certo e o outro 
não, mas sim que compreendamos que existem princípios e diretrizes para se realizar 
uma perícia, porém, há também a liberdade metodológica para a realização da mesma 
por parte do profissional que a realiza. 
Uma das implicações relacionadas à perícia psicológica diz respeito ao 
conhecimento necessário para a realização de uma perícia. Nesse sentido, Pizzol 
(2009) salienta que: “Em um trabalho feito por um especialista a serviço da justiça, não 
basta que se esteja atento tão somente ao conhecimento técnico profissional, pois 
este deve também se desenvolver segundo as regras estipuladas no Código de 
Processo Civil” (p. 25). Sendo assim, é de fundamental importância que essas sejam 
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conhecidas e respeitadas pelos peritos, pois, caso contrário, se as regras processuais 
não forem seguidas, pode acarretar vícios no processo e a invalidação do trabalho. 
Vimos então que na perícia judicial é necessário, como já dissemos, o conhecimento 
técnico e processual. 
Dentro de 15 dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito 
pelo juiz, as partes interessadas que fazem parte da lide podem requerer 
o impedimento ou a suspeição do perito, conforme o disposto no inciso I do artigo 465 
do CPC. 
 
Buscando evitar constrangimentos, favorecimentos, abusos e outras 
situações de gênero, a legislação prevê as figuras do impedimento e 
da suspeição, para que o serviço judiciário não venha a sofrer 
nenhum prejuízo quando as pessoas que atuam no processo tenham 
alguma ligação com as que figuram como partes ou interessadas na 
causa (PIZZOL, 2009, p. 39), 
 
A perícia pode ser solicitada em forma de quesitos (perguntas, inquéritos), 
todavia, o perito não deve ficar adstrito aos quesitos formulados. Esses quesitos 
podem ser elaborados pelas partes, ou também pelos assistentes técnicos e visam a 
melhor elucidação do caso. Todavia, conforme o art. 470 do CPC, cabe ao juiz 
indeferir quesitos impertinentes e formular outros para o esclarecimento da causa. 
Quanto ao modo como devem ser elaborados, Maciel (2002) salienta que: 
 
Os quesitos devem ser claros e inteligíveis, precisos, de modo a não 
comportar diferentes interpretações, sem ambiguidade. Devem ser 
objetivos, atendo-se exclusivamente ao objeto da comunicação. Deve 
ainda ser pautado pela impessoalidade, linguagem, formalidade e 
padronização. (MACIEL, 2002, p. 25) 
 
Assim como falamos da importância da clareza e precisão dos quesitos que 
podem constar na solicitação da perícia, é importante também salientarmos que a 
perícia precisa ser o mais esclarecedora possível à situação em questão. Caso uma 
perícia não tenha sido suficientemente esclarecedora no entendimento das partes, do 
promotor de justiça ou do diretor (juiz) do processo, a legislação prevê que ela pode 
ser complementada, sem se desconsiderar o que já foi apurado (PIZZOL, 2009, p. 39). 
Uma perícia não pode ser substituída e cabe ao juiz apreciar o valor de uma e de 
outra. 
Pode ocorrer também que na requisição de uma perícia,outros profissionais 
ocupem ou sejam nomeados para realizar uma perícia psicológica, mesmo sem serem 
psicólogos. Isso é um desafio para a consolidação do exercício profissional do 
psicólogo, o que se agrava pela lacuna dessa discussão sobre perícia e, muitas vezes, 
sobre a própria Psicologia Jurídica na graduação de Psicologia. 
 
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Valeria lembrar que — por ser a perícia psiquiátrica mais amplamente 
divulgada e os médicos contarem com a matéria específica em seu 
currículo, a Medicina Legal — os peritos psiquiatras são nomeados, 
mesmo nos casos que exigiriam a atuação dos psicólogos. Os 
assistentes sociais também invadem a nossa área, procedendo a 
diagnósticos "psicológicos" baseados apenas em dados objetivos aos 
quais têm acesso (ORTIZ, 1986, p. 26). 
 
Um aspecto abordado por duas autoras em diferentes períodos temporais diz 
respeito à ausência dessa discussão acerca da interface entre a Psicologia e o Direito 
nos cursos de formação de Psicologia. Ortiz (1986) mencionou esse ponto e Sampaio 
(2017) também falou que “em muitos cursos, as especificidades do fazer psicológico 
na relação com a justiça sequer são contempladas nos componentes curriculares 
obrigatórios” (p. 18). Observamos que se passaram 31 anos e esse desafio em 2017 
ainda era uma realidade, o que pode acarretar dificuldades para os psicólogos 
realizarem essa atividade. Na formação de vocês a disciplina de Psicologia Jurídica 
integra a grade curricular. 
Após a discussão apresentada sobre a perícia psicológica, vale ressaltar que 
no encontro da Psicologia com o Direito é importante também que o trabalho possa ir 
além da perícia. Sampaio (2017) cita Brito (2004) que salienta a necessidade de 
repensar e transcender o modelo pericial, diante das complexas e diversas questões 
às quais a psicologia se depara na relação sujeito, lei e sociedade. Ademais, como ter 
uma prática em psicologia jurídica que seja essencialmente psicológica, no sentido de 
abarcar a complexidade da condição humana? “A psicologia deve apontar para o que 
é essencialmente humano: a história, o movimento, a transformação. No entanto, a 
perícia enquanto técnica, cristaliza um momento” (SAMPAIO, 2017, p. 51). 
Alguns autores destacam o olhar dos próprios juristas em relação à atuação da 
Psicologia, considerando algumas mudanças legais, inclusive, que podem possibilitar 
a ampliação de suas práticas para além da função pericial. 
 
Nas Varas de Família, a demanda pela atuação da psicologia nos 
casos que envolvem conflito por definição de guarda de filhos, é, 
talvez, um dos mais vívidos exemplos do quanto a substituição da 
perícia por práticas diferenciadas potencializa ganhos nos mais 
variados sentidos (SAMPAIO, 2017, p. 36). 
Pensando que o trabalho do psicólogo é realizado para alguém, que podemos 
chamar de cliente, no caso da perícia judicial quem é o cliente? Segundo Sampaio 
(2017) citando Perotti e Siqueira (2009), não é raro ler orientações onde, no contexto 
jurídico – no tocante ao psicólogo perito -, o cliente é o juiz. Nesse caso, o trabalho do 
psicólogo pode ser realizado com certa subordinação, inclusive, sem um 
posicionamento crítico. Contudo, Sampaio (2017) enfatiza que, na verdade, psicólogo 
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 13 
e juiz possuem o mesmo cliente e ambos são servidores na promoção da justiça na 
sociedade. 
Vamos concluir nesse ponto: 
 
Na interface da Psicologia com o Direito ambos, como servidores 
na promoção da justiça na sociedade, devem exercer seu 
trabalho refletindo na responsabilidade dessa afirmação. 
 
Bem, diante de tudo o que estudamos ficou evidenciada a importância da 
interface entre a Psicologia e o Direito e o quão frutífero pode ser esse encontro 
quando se dispõe a ser um espaço de abertura e respeito para partilhar concepções, 
conceitos e criação de novas possibilidades de trabalho. 
 
 
 
 
 
Há muito material sobre esse assunto, busque 
aprofundar seu conhecimento, sendo protagonista 
no seu processo de formação!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Sugestões de Livro e Vídeo sobre Roda de Conversa 
 
3.1 Psicologia Jurídica e Direito de Família: Para além da perícia 
psicológica 
 
 
A leitura do primeiro capítulo (Psicologia e Direito: o que pode a 
Psicologia? Trilhando caminhos para além da perícia psicológica) é 
fundamental para a nossa disciplina. Chamo a atenção para a clareza 
com que foi escrito pela autora, Cláudia Regina Brandão, que além de 
apresentar pontos extremamente relevantes acerca da perícia 
psicológica, traz também pontos chaves sobre o encontro do Direito com 
a Psicologia. Como é um capítulo um pouco mais extenso (p.17-59), a 
sugestão é que possa ser lido em um momento com mais tranquilidade, 
fora da correria do semestre letivo. 
Vale muito a pena ser lido!! 
 
Disponível em: http://newpsi.bvs-psi.org.br/livros/psicologia_juridica_direito_familia.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2 Roda de Conversa 
Tema: As mudanças no Código de Processo Civil e a Perícia 
Psicológica no Direito de Família (Roda de conversa produzida pelo 
Conselho Regional de Psicologia/MG em 26/08/2016 com o Hélio 
Cardoso Miranda, Psicanalista, Psicólogo judicial do Tribunal de Justiça 
de Minas Gerais). 
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=pYeLWnmpIYg 
 
 
 
Imagem 1 
 
http://newpsi.bvs-psi.org.br/livros/psicologia_juridica_direito_familia.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=pYeLWnmpIYg
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Nesta Unidade, discorremos sobre a prática da Psicologia Jurídica na 
realização da perícia, salientando que a inserção de profissionais de 
Psicologia no âmbito da Psicologia Jurídica ocorreu pela realização de 
perícias. Pontuamos que, cada vez mais, a perícia psicológica judicial é 
solicitada por juízes e promotores que demandam suporte especializado 
junto às questões subjetivas das relações humanas que configuram os 
processos jurídicos. 
Citamos os artigos do Código de Processo Civil que falam a respeito da 
perícia (156, 157, 158, 464 a 480) e ressaltamos que a perícia pode ser 
requerida pelas partes envolvidas no processo ou pelo Ministério Público, 
porém, no processo judicial a nomeação do perito cabe somente ao juiz. 
Apontamos os desafios e as implicações da atividade da perícia judicial para 
a Psicologia e refletimos sobre a interface da Psicologia com o Direito, a 
partir das implicações da prática pericial. 
Uma das implicações mencionadas diz respeito ao conhecimento necessário 
para a realização de uma perícia: técnico e das regras processuais também, 
pois, caso essas regras não forem seguidas, pode acarretar vícios no 
processo e a invalidação do trabalho. 
Finalizamos destacando que no encontro da Psicologia com o Direito é 
importante também que o trabalho possa ir além da perícia, diante das 
complexas e diversas questões às quais a psicologia se depara na relação 
sujeito, lei e sociedade. 
Enfim, salientamos que na interface da Psicologia com o Direito ambos, 
como servidores na promoção da justiça na sociedade, devem exercer seu 
trabalho refletindo na responsabilidade dessa afirmação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
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1. Marque (V) para a alternativa verdadeira e (F) para a falsa, fazendo a correção 
das alternativas falsas: 
 
a) ( ) A prática da perícia psicológica é bem presente no campo jurídico. 
b) ( ) Apenas é preciso ter conhecimento técnico para ser um perito judicial. 
c) ( ) O promotor de justiça pode nomear o perito. 
 
2. O que é preciso que o laudo pericial contenha? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
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3. Pode ser requerido o impedimento ou a suspensão do perito? 
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ATIVIDADES DE FIXAÇÃO 
 
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1. Marque (V) para a alternativa verdadeira e (F) para a falsa, fazendo a correção 
das alternativas falsas: 
 
a) ( V ) A prática da perícia psicológica é bem presente no campo jurídico. 
b) ( F ) Apenas é preciso ter conhecimento técnico para ser um perito judicial. 
É necessário o conhecimento técnico, mas também o processual, das 
regras do processo, com risco até de invalidação do trabalho. 
c) ( F ) O promotor de justiça pode nomear o perito. 
A identificação da necessidade de perícia pode ser feita por qualquer 
profissional, porém a nomeação do perito cabe somente ao juiz. 
 
 
2. O que é preciso que o laudo pericial contenha? 
Art. 473. O laudo pericial deverá conter: 
I- a exposição do objeto da perícia; 
II- a análise técnica ou científica realizada pelo perito; 
III- a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser 
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da 
qual se originou; 
IV- resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas 
partes e pelo órgão do Ministério Público. 
 
 
3. Pode ser requerido o impedimento ou a suspensão do perito? 
Sim. Dentro de 15 dias contados da intimação do despacho de nomeação do 
perito pelo juiz, as partes interessadas que fazem parte da lide podem requerer 
o impedimento ou a suspeição do perito, conforme o disposto no inciso I do 
artigo 465 do CPC. 
 
 
 
GABARITO 
 
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BRASIL. Decreto nº 53.464 de 21-01-1964. Regulamenta a Lei nº 4.119, de agosto de 
1962, que dispõe sobre a Profissão de Psicólogo. Disponível em: 
<https://transparencia.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/08/decreto_1964_534641.pdf>. 
Acesso em: 28 de jan. 2020. 
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil.(Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso 
em 31 de mar. 2020). 
 
Brito, L.M.T. (2004). Rumos e Rumores da Psicologia Jurídica. In D. Mancebo, Jacó-
Vilela, A.M. (Orgs.), Psicologia Social: Abordagens sócio-históricas e desafios 
contemporâneos, (pp.223-235). Rio de Janeiro: EDUERJ. 
CRP – MG. Programa de rádio discute mudanças na perícia psicológica no Direito da 
Família. Disponível em: <https://crp04.org.br/programa-de-radio-discute-mudancas-na-
pericia-psicologica-no-direito-da-familia/>. Acesso em: 15 de mar. de 2020. 
 
MACIEL, Saidy Karolin. Perícia psicológica e resolução de conflitos familiares. 
(Dissertação de mestrado, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade 
Federal de Santa Catarina). Florianópolis, 2002. 106 p. Disponível em: 
<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/83744>. Acesso em: 15 de jan. 
2020. 
 
ORTIZ, Maria Cecilia Meirelles. A perícia psicológica. Psicologia: Ciência e Profissão. 
Vol. 6, nº 1. Brasília: 1986. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931986000100009>. 
Acesso em 01 de abr. 2020. 
 
Perotti, D.C.O., & Siqueira, I.L.S.M. (2009). A perícia psicológica e seu papel como 
prova nos processos judiciais. Em: M.C.N Carvalho, T. Fontoura & V.R. Miranda 
(Orgs) Psicologia Jurídica. Temas de Aplicação II. (pp.119-130), Curitiba: Juruá. 
PIZZOL, Alcebir Dal. Perícia psicológica e social na esfera judicial: aspectos legais e 
processuais. In: ROVINSKI, Sonia Liane Reichert; CRUZ, Roberto Moares (orgs.). 
Psicologia Jurídica: Perspectivas teóricas e processos de intervenção. São Paulo: 
Vetor, 2009. p. 23-44. 
SAMPAIO, Cláudia Regina Brandão. Psicologia e Direito: o que pode a Psicologia? 
Trilhando caminhos para além da perícia psicológica. In: Munique Therense... [et al.]. 
Psicologia Jurídica e Direito de Família: para além da perícia psicológica. 
Manaus: UEA Edições, 2017. pp. 17-59. Disponível em: <http://newpsi.bvs-
psi.org.br/livros/psicologia_juridica_direito_familia.pdf>. Acesso em: 05 abr. de 2020. 
 
Imagem 1 - Acesso em 05/02/2020 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.passeidireto.com%2F
arquivo%2F48653625%2Fpsicologia-juridica-e-direito-de-familia-para-alem-da-pericia-
psicologica%2F2&psig=AOvVaw0mPJKupleMoVhbHZImvSen&ust=158711338620900
0&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwippoyeyOzoAhVID7kGHao0Da0Qr4kDegUI
ARDdAQ 
 
REFERÊNCIAS 
 
https://transparencia.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/08/decreto_1964_534641.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
https://crp04.org.br/programa-de-radio-discute-mudancas-na-pericia-psicologica-no-direito-da-familia/
https://crp04.org.br/programa-de-radio-discute-mudancas-na-pericia-psicologica-no-direito-da-familia/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931986000100009
http://newpsi.bvs-psi.org.br/livros/psicologia_juridica_direito_familia.pdf
http://newpsi.bvs-psi.org.br/livros/psicologia_juridica_direito_familia.pdf
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.passeidireto.com%2Farquivo%2F48653625%2Fpsicologia-juridica-e-direito-de-familia-para-alem-da-pericia-psicologica%2F2&psig=AOvVaw0mPJKupleMoVhbHZImvSen&ust=1587113386209000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwippoyeyOzoAhVID7kGHao0Da0Qr4kDegUIARDdAQ
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.passeidireto.com%2Farquivo%2F48653625%2Fpsicologia-juridica-e-direito-de-familia-para-alem-da-pericia-psicologica%2F2&psig=AOvVaw0mPJKupleMoVhbHZImvSen&ust=1587113386209000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwippoyeyOzoAhVID7kGHao0Da0Qr4kDegUIARDdAQ
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.passeidireto.com%2Farquivo%2F48653625%2Fpsicologia-juridica-e-direito-de-familia-para-alem-da-pericia-psicologica%2F2&psig=AOvVaw0mPJKupleMoVhbHZImvSen&ust=1587113386209000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwippoyeyOzoAhVID7kGHao0Da0Qr4kDegUIARDdAQ
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.passeidireto.com%2Farquivo%2F48653625%2Fpsicologia-juridica-e-direito-de-familia-para-alem-da-pericia-psicologica%2F2&psig=AOvVaw0mPJKupleMoVhbHZImvSen&ust=1587113386209000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwippoyeyOzoAhVID7kGHao0Da0Qr4kDegUIARDdAQ
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