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Técnicas e Equipamentos de 
Primeiros Socorros
Suporte Emergencial 
à Vida e Atendimento 
Pré - Hospitalar
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
MARCOS RODOLFO DA SILVA
AUTORIA
Marcos Rodolfo da Silva
Olá! Sou graduado em Enfermagem, pós-graduado em 
Enfermagem do Trabalho, técnico em Radiologia e instrumentador 
cirúrgico pelo Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos 
(Unifeob), em 2010, 2012 e 2008, respectivamente. Além disso, ao longo 
de minha carreira, participei de cursos na área de urgência e emergência 
e atuei como enfermeiro supervisor no Pronto Socorro Municipal Dr. 
Oscar Pirajá Martins, em São João da Boa Vista, São Paulo, entre 2011 
e 2014. Atualmente, sou acadêmico do 5° ano do curso de Medicina no 
Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino (Unifae), em 
São João da Boa vista/SP. Além disso, desenvolvo materiais didáticos 
como professor conteudista nas áreas de saúde pública, saúde do idoso, 
direito à saúde e a elas correlatas. Sou apaixonado pelo que faço e adoro 
transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas 
profissões. Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu 
elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento;
REFLITA:
se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a ser 
refletido ou discutido;
ACESSE: 
se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada;
TESTANDO:
quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Medidas e Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual ... 12
Equipamento de Proteção Coletiva e Individual ...................................................... 12
Avaliação Emergencial e suas Etapas ................................................ 21
Etapas e Avaliações ....................................................................................................................... 21
Transporte Emergencial ...........................................................................29
Auxílios no Atendimento Emergencial ...........................................................................29
Abordagem Técnica Realizada em Pacientes com Lesão ......... 37
Abordagem Técnica ......................................................................................................................37
9
UNIDADE
03
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
10
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área de atendimentos pré-hospitalares é uma 
das mais importantes na área de saúde? Além disso, será responsável 
pela melhora de várias vítimas que acionam o serviço de atendimento 
de socorros. Sua principal responsabilidade é garantir que as equipes de 
profissionais de primeiros socorros possuam conhecimento e experiência 
suficiente para garantir a segurança e o atendimento de qualidade em 
momentos de pânico e acidentes. Também, é necessária a presença 
de todos os profissionais participantes desse serviço, para que, dessa 
forma, seja realizado de maneira integrada e com o apoio de todos os 
setores. Veremos também como são feitas as abordagens técnicas e 
etapas de realização do atendimento. Durante esta unidade, você será 
capaz de aprofundar seu conhecimento a respeito dos atendimentos pré-
hospitalares. Entendeu? Vamos mergulhar neste universo!
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Constatar as medidas e equipamentos que devem ser utilizados 
coletivamente e individualmente.
2. Apontar e descrever como é realizado o serviço de transporte 
emergencial.
3. Aplicar a técnica de atendimento de emergência a pacientes com 
lesões.
4. Planejar e avaliar as etapas do atendimento emergencial e pré-
hospitalar.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! Durante esta unidade, você terá a oportunidade de mergulhar 
nesse conhecimento e ter acesso e experiência na temática em questão. 
Espero que você possa aproveitar ao máximo e desfrutar da sensação boa 
de adquirir conhecimento. Vamos nessa!
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
12
Medidas e Equipamentos de Proteção 
Coletiva e Individual
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funciona e como são utilizados os equipamentos 
de proteção coletiva e individual. Isto será fundamental 
para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram 
compreender as medidas e os equipamentos de proteção 
sem a devida instrução tiveram problemas ao executá-las. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Vamos lá. Avante!
Equipamento de Proteção Coletiva e 
Individual
Primeiramente, para a tomada de iniciativa na precaução dos 
acidentes, situações de risco e as doenças subsequentes do trabalho, a 
ciência e os novos métodos, que envolvem as tecnologias, utilizam de 
uma gama de medidas e equipamentos de segurança de uso coletivo e 
individual. 
As providências e os equipamentos de proteção de uso coletivo 
têm como objetivo, incluindo cuidar e proteger muitos profissionais ao 
mesmo tempo, o aperfeiçoamento dos locais de trabalho, dando maior 
visibilidade por serem aproveitáveis, lucrativos e duráveis para a empresa/
instituição.
Dessa maneira, podemos citar, segundo Feliciano (2013, p. 16):
 • Sistema de exaustão colocado em um ambiente de trabalho em 
que há poluição.
 • Limpeza e organização dos locais de trabalho.
 • Isolamento ou afastamento de máquina muito ruidosa.
 • Colocação de aterramento elétrico nas máquinas e equipamentos.
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
13
 • Proteção nas escadas por meio de corrimão, rodapé e pastilha 
antiderrapante.
 • Instalação de avisos, alarmes e sensores nas máquinas, nos 
equipamentos e elevadores.
 • Limpeza ou substituição de filtros e tubulações de ar-condicionado.
 • Instalação de para-raios.
 • Iluminação adequada.
 • Isolamento de áreas internas ou externas com sinalização vertical 
e horizontal. 
O que são os Equipamentos de Proteção Coletiva?
Mais conhecidos como EPC ou Equipamentos de Proteção Coletiva, 
são todas as medidas, os métodos ou equipamentos, seja de sinal, 
imagem, som, com a finalidade de proteger o profissional no ambiente 
de trabalho.
Figura 1 – Equipamentos/paramentos
Fonte: Freepik
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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E o Equipamento de Proteção Individual?
O EPI ou Equipamento de Proteção Individual tem a finalidade de 
assegurar a proteção de um profissional, ou seja, é todo equipamento ou 
instrumento de uso individual.
Figura 2 – EPI e EPC
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Feliciano (2013). 
Assim, é de extrema importância entender quando cada tipo de 
equipamento de proteção deve ser utilizado pelosprofissionais da área, 
dessa maneira, entenda:
Segundo Feliciano (2013, p. 17), O EPI (Equipamento de proteção 
individual) deve ser utilizado quando:
 • Quando não for possível diminuir o risco utilizando outras medidas 
ou instrumentos de proteção coletiva.
 • Quando for realmente necessário acrescentar a proteção coletiva 
dos profissionais.
 • Em possíveis trabalhos ou que sejam emergenciais.
 • Em exposição de tempo pequeno de duração.
Para que sejam utilizados pelos profissionais e de acordo com o 
ambiente de trabalho, os equipamentos de proteção individual devem ser 
escolhidos diante de alguns critérios.
Antes disso, as escolhas dos EPIs devem ser realizadas por 
profissionais especializados na área e entendam qual melhor equipamento, 
para que, assim, seja feito uso do melhor conjunto de instrumentos.
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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Figura 3 – EPI
Fonte: Freepik
Em segundo, é necessário compreender também o tipo de risco, a 
parte do corpo exposta e possivelmente atingida, os pontos característicos 
e qualidades técnicas do EPI (Equipamento de Proteção individual), isso 
se existir o Certificado de Aprovação emitidos pelo Ministério do Trabalho 
e Emprego e, consequentemente, o nível de proteção que o equipamento 
deverá oferecer.
Figura 4 – Critérios
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Feliciano (2013). 
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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Sabendo da importância de manter a segurança no local de 
trabalho, devido aos riscos que podem oferecer a equipe de trabalho, 
devemos relembrar o conceito de acidente de trabalho visto na unidade 
anterior.
Revisando: Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213, de 24 de julho 
de 1991:
Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do 
trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho 
dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que 
cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou 
temporária, da capacidade para o trabalho. (BRASIL, 1991, 
online) 
Ao lado da conceituação de  acidente de trabalho típico, por 
expressa determinação legal, as doenças profissionais e/ou ocupacionais 
equiparam-se a acidentes de trabalho. Os incisos do art. 20 da Lei nº 
8.213, de 24 de julho de 1991, conceitua doença profissional, assim 
entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho 
peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação 
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; doença do 
trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione 
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. O art. 21 da Lei 
nº 8.213, de 24 de julho de 1991, equipara ainda a acidente de trabalho:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha 
sido a causa única, haja contribuído diretamente para 
a morte do segurado, para redução ou perda da sua 
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija 
atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário 
do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por 
terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por 
motivo de disputa relacionada ao trabalho;
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de 
terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos 
fortuitos ou decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do 
empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do 
local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob 
a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa 
para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo 
quando financiada por esta dentro de seus planos para 
melhor capacitação da mão de obra, independentemente 
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de 
propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho 
ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de 
locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§  1º  Nos períodos destinados a refeição ou descanso, 
ou por ocasião da satisfação de outras necessidades 
fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o 
empregado é considerado no exercício do trabalho. 
(BRASIL, 1991, online)
Como trata o Tribunal Superior do Trabalho (2020, online): 
Esses acidentes não causam repercussões apenas de 
ordem jurídica. Nos acidentes menos graves, em que o 
empregado tenha que se ausentar por período inferior a 
quinze dias, o empregador deixa de contar com a mão 
de obra temporariamente afastada em decorrência 
do acidente e deve arcar com os custos econômicos 
da relação de empregado. O acidente repercutirá ao 
empregador também no cálculo do Fator Acidentário de 
Prevenção – FAP da empresa, nos termos do art. 10 da Lei 
nº 10.666/2003. Os acidentes de trabalho geram custos 
também para o Estado. Incumbe ao Instituto Nacional 
do Seguro Social – INSS administrar a prestação de 
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benefícios, tais como auxílio-doença acidentário, auxílio-
acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal, 
aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Estima-
se que a Previdência Social gastou, só em 2010, cerca de 
17 bilhões de reais com esses benefícios. (BRASIL, 2020, 
online)
Como você foi explanado de maneira bastante explicada como 
funciona o ponto “Acidente de trabalho”, assim como, vimos na unidade 
anterior.
Assim, sabendo que todas essas medidas são tomadas com o 
intuito de diminuir a ocorrência de acidentes de trabalho no ambiente em 
que os profissionais desempenham suas atividades, foi desenvolvida a 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é reconhecida 
pela legislação brasileira como uma representação composta por um 
conjunto de profissionais apontados pelo empregador e representantes 
escolhidos pelos trabalhadores, de maneira igualitária, em cada 
estabelecimento/ambiente da instituição, que tem como objetivo 
assegurar que não exista acidentes e doenças decorrentes do trabalho, 
de maneira a transfigurar adaptável ininterruptamente o trabalho e suas 
atividades com a prevenção da vida e a cautela da saúde do trabalhador 
(CIPA, 2020).
Tendo conhecimento da finalidade e relevância dos equipamentos 
de proteção coletiva e dos equipamentos de proteção individual, conheça 
algum deles. São alguns equipamentos de proteção coletiva (EPC), 
conforme Feliciano (2013):
 • Proteção contra ruídos e vibrações.
 • Placas para sinalização.
 • Chuveiros lava-olhos.
 • Fita de Sinalização.
 • Cavaletes.
 • Sistema de Iluminação.
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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 • Sistema de Ventilação.
 • Sistema de Exaustão.
E, finalmente, esses são alguns dos Equipamentos de proteção 
individual (EPI):
 • Coletes.
 • Protetor auricular.
 • Respirador.
 • Abafadores de ruídos.
 • Capacete de segurança.
 • Calçados de segurança.
 • Braçadeiras.
 • Luvas de segurança.
 • Máscaras.
Assim, quando o risco no local de trabalho é identificado o engenheiro 
ou técnico em Segurança do Trabalho, profissionais especializados 
nessa área, devem entrar em ação e encontrar medidas que auxiliem 
na redução e na menor consequência possível, devido ao acidente de 
trabalho. Ou seja, apontar quais os equipamentos de proteção coletiva e 
equipamentos de proteção individual são necessáriospara a situação em 
que se encontra o ambiente de trabalho.
São alguns dos principais Equipamentos de proteção Coletiva 
Hospitalar são, como trata o Instituto de Biologia (2019):
 • Caixa de Primeiros-socorros.
 • Kit para limpeza.
 • Cabine da área química.
 • Lava-olhos.
 • Borrifadores de água.
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve 
ter aprendido que existem alguns equipamentos de 
proteção para os profissionais utilizarem nos ambientes 
de trabalho: Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC): 
todas as medidas, métodos ou equipamentos, seja de 
sinal, imagem, som, com a finalidade de proteger o 
profissional no ambiente de trabalho; e os Equipamentos 
de Proteção Individual (EPI), com o objetivo de assegurar a 
proteção de um profissional, ou seja, é todo equipamento 
ou instrumento de uso individual. Além disso, você revisou 
os pontos que cercam a temática de acidente de trabalho 
e pode entender como relacionar com a necessidade de 
fazer o uso dos equipamentos de proteção. Ainda vimos 
quais são os equipamentos de proteção hospitalar.
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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Avaliação Emergencial e suas Etapas
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funciona a avaliação emergencial e quais são suas 
etapas. Isto será fundamental para o exercício de sua 
profissão. As pessoas que tentaram compreender as 
avaliações e as etapas sem a devida instrução tiveram 
problemas ao executá-las. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante!
Etapas e Avaliações
O momento do acidente, na maioria das vezes, é uma situação 
bastante estressante para as vítimas e também para os profissionais, isso 
varia bastante conforme a situação.
A finalidade sempre será manter as vítimas estáveis e/ou com 
o quadro clínico bom até a chegada de uma equipe profissional 
especializada, se for preciso.
Dessa forma, é necessário que o profissional socorrista desenvolva 
uma série de procedimentos no local do acidente, para que seja avaliada 
a situação e quadro do indivíduo.
Figura 5 – Emergência 
Fonte: Freepik
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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É importante a abordagem sistemática para a realização da 
avaliação de um paciente que precisa de atendimento emergencial. Na 
maioria dos casos, a lesão existente na vítima mais significativa/exposta 
não é a mais grave. 
As avaliações conhecidas como avaliação primária e avaliação 
secundária asseguram a existência de uma abordagem sistemática para 
reconhecer e privilegiar as necessidades do paciente.
A avaliação primária acontece de acordo com alguns passos 
seguidos com base no protocolo de atendimento emergencial. São eles:
I) A avaliação inicial mais rápida da vítima tem como objetivo 
encontrar as situações ou problemas com risco de morte, 
as mais comuns são: circulação, via aérea e respiração. 
Quando são encontradas condições que compõem 
um risco muito rápido para a vida, é preciso que sejam 
tomadas algumas decisões de intervenções corretas antes 
de dar continuidade para a avaliação secundária;
II) A primeira etapa na avaliação primária é identificar se a 
vítima está consciente. Se sim, a avaliação primária pode 
ser realizada de forma imediata:
Uma vítima em estado de alerta e mantendo diálogo indica 
que há respiração e circulação;
Se estiver consciente, isso também representa que a 
circulação é normal e que a quantidade suficiente de 
sangue está circulando para o cérebro;
Quando acontece da vítima não se mostrar totalmente 
consciente, a primeira avaliação deve prosseguir passo a 
passo.
III) Nas vítimas que se encontram em estado grave e 
lesionados ou doentes, o indicado é adicionar mais duas 
fases à avaliação primária: 
Incapacidade (nível de consciência);
Exposição (lesões visíveis).
IV) Quando se trata da Via aérea, deve ser feita a pergunta: 
A vítima apresenta uma via aérea pérvia?
V) Observar a respiração: vítima está respirando?
VI) Quando entra em questão sangramento deve ser 
analisado se a circulação entra em risco quase imediato. 
A Vítima tem pulso?
Existe sinal de hemorragia grave?
VII) Quanto a incapacidade: Deve ser analisado o nível 
de consciência e as pupilas, ou seja, uma avaliação 
neurológica completa será complementada na avaliação 
secundária. 
A vítima está alerta? 
A vítima responde à voz?
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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 A vítima responde ao estímulo doloroso? 
A vítima é irresponsivo mesmo ao estímulo doloroso?
VIII) Quanto a exposição ou lesões visíveis: O recomendado 
é despir a vítima, para analisar vestígios de lesão ou doença, 
como feridas ou lesões mais expostas. (FELICIANO, 2013, 
p. 6)
Figura 6 – Fases
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Feliciano (2013). 
O melhor é impedir movimentos mais rápidos que geram maiores 
desconfortos e, até mesmo, danos à vítima. O correto é possuir uma 
ideia bem plana do que será executado, para não expor, de forma 
desnecessária, a vítima, assegurando se existe ferimento com o cuidado 
de não o movimentar excessivamente.
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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Logo depois, deve ser realizado um exame rápido e ágil de todas 
partes do corpo. Em caso da vítima continuar consciente, deve-se 
questioná-lo por áreas dolorosas no corpo e incapacidade de mobilização.
O exame físico rápido deve ser realizado na vítima de acordo com 
a sequência exigida no protocolo: começando da cabeça até os pés. 
Deve-se analisar se existe a presença de lesões, sangramentos. Deve ser 
reavaliado o nível de consciência constantemente.
Em seguida, dando continuidade as avaliações, o próximo passo 
deve ser o exame secundário. 
Esse também possui uma sequência que deve ser seguida pelo 
profissional.
A avaliação secundária é um exame metódico, de maneira resumida 
dura em torno de dois a três minutos, onde a vítima deve ser analisada da 
cabeça aos pés. O objetivo é encontrar e tornar prioridade as lesões mais 
expostas, ou encontrar sinais de condições clínicas derivadas de alguma 
complicação.
Primeiramente, o profissional que estará acompanhando e 
realizando o atendimento deve fazer uma série de perguntas a vítima 
com a finalidade de compreender como aconteceu a situação. Assim 
(FLICIANO, 2013, p. 6):
1. Qual foi o mecanismo da lesão – as circunstâncias, forças, 
localização e momento da lesão?
2. Quando surgiram os sintomas?
3. O cliente ficou inconsciente após o acidente?
4. Quanto tempo levou para o paciente chegar ao hospital?
5. Qual era o estado de saúde do cliente antes do acidente ou 
doença?
6. Existe história de doença?
7. O cliente está atualmente tomando algum medicamento?
8. Possui alguma alergia? 
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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9. Qual alergia?
10. Foi tentado o tratamento antes da chegada ao hospital?
 • Remédios caseiros;
 • Medicamentos;
 • Cuidados dos serviços médicos de emergência pré-hospitalares? 
(FELICIANO, 2013, p. 6)
Figura 7 – Atendimento de socorro
Fonte: Freepik
A segunda parte da avaliação secundária enquadra a verificação 
dos sinais vitais da vítima.
De forma rotineira, o procedimento que é seguido é de verificar 
os principais sinais vitais com a maior frequência possível. São eles 
(MACHADO, 1975):
 • Verificar a Temperatura (T). 
 • Verificar a Frequência cardíaca (FC). 
 • Verificar a Frequência respiratória (FR). 
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 • Verificar a Pressão arterial (PA). 
 • Verificar a Escala de dor.
 • Verificar a Presença de lesões.
Figura 8 – Principais sinais vitais
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Feliciano (2013).
Quanto mais cedo for verificado os sinais vitais e com maior 
frequência,mais rápido será a conclusão do quadro clínico do paciente. 
Assim como, torna-se mais fácil para estabelecer e preencher as 
informações acerca do quadro do paciente.
Ainda nas etapas que compõem os exames da avaliação secundária, 
podemos citar a avaliação de muita relevância realizada nas vítimas. 
Na maioria dos casos, é feita a análise dos pés até a cabeça da vítima, 
verificando todos os pontos que podem comprometer a vida dele e que 
ajudam a identificar o tratamento para o quadro clínico do paciente.
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É chamado de avaliação da cabeça aos pés. Segue esse 
procedimento (FELICIANO, 2013):
 • Análise do aspecto geral. 
 • Cabeça/couro cabeludo. 
 • Ouvidos.
 • Olhos. 
 • Nariz. 
 • Boca. 
Todas as partes do corpo da vítima devem ser analisados, sem 
exceção, para que não passe despercebido algum detalhe importante 
para o seu tratamento.
 • Pescoço. 
 • Tórax. 
 • Abdômen.
 • Pelve. 
 • Genitália. 
 • Membros. 
 • Posterior (coluna cervical).
E por fim, é realizado uma avaliação mais focal, ou seja, com o 
objetivo de focar em encontrar o problema específico, possivelmente 
encontrado em algumas das etapas de avaliação do exame secundário.
Normalmente, a maioria dos casos de vítimas que passam pela 
avaliação secundária já encontram ao fim o problema em que deverá ser 
focado o tratamento.
Essas etapas de avaliações devem ser executadas por uma equipe 
de profissionais especializadas.
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RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que os atendimentos de primeiros socorros possuem uma 
alta relevância, assim como, os procedimentos realizados 
pelos profissionais da área. Os serviços emergenciais 
demandam uma rígida sequência de passos seguidos 
de acordo com o protocolo, no entanto, isso pode variar 
bastante, uma vez que, existem as mais diversas situações 
que necessitam de atendimento emergencial e de primeiros 
socorros, cada uma delas precisa de uma atenção especial. 
Vimos que existem muitas fases na avaliação emergencial, 
como: avaliação inicial, verificação de sinais vitais, análise de 
frequência cardíaca e de frequência respiratória, e também 
de exames mais específicos e focais como a avaliação 
secundária.
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Transporte Emergencial
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender o 
que é e como funciona o serviço de transporte emergencial. 
Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As 
pessoas que tentaram compreender serviço de transporte 
emergencial sem a devida instrução tiveram problemas 
ao executá-las. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Auxílios no Atendimento Emergencial 
Como já vimos nos estudos dessa disciplina, os atendimentos 
emergenciais e serviços de primeiros socorros são de alta complexidade 
e necessitam de auxílio de outros serviços especializados, ou seja, além 
da presença do profissional socorrista no local do acidente, é preciso que 
existam o apoio de outros profissionais e de outros aspectos. 
Relembrando: Existem alguns serviços contatados em casos 
de atendimento de primeiros socorros: Corpo de Bombeiros deve ser 
contatado em situações de emergências, incêndios que acontecem 
em casa (domésticos), emergência de trânsito, resgate de pessoas que 
sofreram acidente e não é possível receber os primeiros socorros; Polícia 
Militar são os encarregados em realizar os atendimentos precedentes, em 
caso de ser o serviço especializado que primeiro conseguiu chegar no 
local do acidente, deve estabelecer a organização e ordenamento do fluxo 
de pessoas e carros que estão transitando e averiguar ocorrências; SAMU 
(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) é um serviço específico 
de atendimentos de urgência, desempenha atendimento aos pacientes 
de acidentes e estados clínicos que precisam de acompanhamento, 
efetuando um atendimento precedente no próprio local de acidente ou 
no interior de ambulâncias; Polícia Rodoviária Federal atua em situações 
em acontecem acidentes em rodovias mais distantes de cidades ou de 
locais mais urbanizados, é aconselhável solicitar o serviço da PRF; Defesa 
Civil é a associação nacional encarregada por sistematizar providências 
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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e cuidados de futuros acidentes e desastres naturais ou de grandes 
dimensões e atividades de resposta a essas situações.
Figura 9 – Serviços de apoio
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Feliciano (2013). 
Sabendo das diversas situações que o profissional socorrista pode 
encontrar nos locais de acidente, é válido ressaltar que em casos de risco 
de morte, por exemplo: casos de explosão, tráfego intenso de veículos, 
a vítima deve ser retirada do local, com a precaução de não colocar em 
risco a vida do profissional.
Para isto, existem técnicas que devem ser utilizadas para que a 
vítima seja retirada do local, segundo Feliciano (2013, p. 28):
I) Quando houver suspeita de lesões na coluna evitar 
remover a vítima, a menos que o local apresenta riscos 
maiores;
II) Vítimas com suspeita de lesão na coluna devem ser 
sempre transportadas em decúbito dorsal, sob superfície 
plana e rígida;
III) O sentido do transporte, sempre que possível, deverá 
ser céfalo-caudal – precaução para evitar-se aumento da 
pressão intracraniana;
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IV) Quando não houver equipamento adequado, mover 
a vítima pelas costas no sentido do comprimento com 
auxílio de um casaco ou cobertor;
V) Para erguer a vítima 3 ou 4 socorristas devem apoiar 
todo o corpo e colocá-la em uma superfície rígida;
VI) Apoiar sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás. 
(FELICIANO, 2013, p. 28)
Muitas situações e acidentes levam ao comprometimento de 
alguns movimentos dos pacientes no momento do ocorrido, dessa forma, 
os profissionais socorristas devem seguir uma sequência de técnicas e 
regras para não comprometer ainda mais o quadro da vítima, e sim tentar 
manter ou melhorar.
São alguns passos a serem seguidos acerca do método para 
abordar e movimentar de traumatizados, como trata Feliciano (2013, p. 28-
29):
1) A vítima não pode ser retirada do local ou realizar algum 
movimento antes de ser feita a imobilização, com exceção de quando:
 • A vítima se encontrar num local de alto risco;
 • A posição da vítima estiver obstruindo suas vias aéreas;
 • A vítima se encontrar em uma posição que impeça a realização da 
análise de exame primário;
 • Conseguir assegurar acesso a uma vítima mais grave.
2) A prancha longa (local onde o paciente será colocado) onde a 
vítima será deitada deve ter o apoio lateral de cabeça e, pelo menos três 
tirantes sendo:
 • Um deve ficar na altura das axilas, cruzando o tórax do paciente, 
sem envolver os membros superiores;
 • O segundo deve ficar na altura das cristas ilíacas;
 • O terceiro deve ficar na altura dos joelhos.
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3) Os tirantes da prancha longa devem circundar de maneira 
em que os vãos para empunhadura fiquem livres, ou seja, os tirantes 
devem passar por baixo da prancha e serão fixados em cima da mesma. 
(FELICIANO, 2013, p. 28-29)
Figura 10 – Passos para traumatizados
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Feliciano (2013). 
Para que a vítima seja transportada, primeiramente, ela é colocada e 
fixada na prancha e, depois, os socorristas devem seguir o procedimento 
para levantar a vítima (FELICIANO, 2013, p. 31).
1) Os dois primeiros socorristas devem ficar na cabeceira da prancha, 
em sua parte lateral, de frente um para o outro, os joelhos do lado internoencostados ao chão e os joelhos do lado externo dobrados num ângulo 
de 90 graus e posicionado entre os braços do socorrista. As mãos destes 
socorristas devem segurar a prancha longa pelo vão superior da mesma 
e pelos vãos laterais mais próximo a cabeça da vítima sendo que uma 
das mãos deve ficar na posição de pronação e a outra na posição de 
supinação de forma a facilitar a elevação da prancha;
2) O terceiro socorrista fica ajoelhado nos pés da prancha, de frente 
para a mesma, com um joelho apoiado ao chão e o outro num ângulo de 
90 graus e com as mãos segurando os vãos inferiores da prancha longa 
sendo que uma mão ficará na posição de pronação e a outra na posição 
de supinação de forma a facilitar a elevação da prancha;
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3) O socorrista verifica se todos estão na posição correta e efetua 
a contagem até três, momento em que os três socorristas levantarão a 
prancha, apoiando-a no joelho que está dobrado em 90 graus;
4) O socorrista efetua nova contagem até três, momento em que 
os três socorristas, efetuando força apenas com as pernas, levantar-se-
ão ficando com o corpo ereto e com as mãos estendidas, segurando a 
prancha longa. (FELICIANO, 2013, p. 31)
Em muitos casos, a situação de via aérea foi obstruída por algum 
corpo ou objeto não identificado, dessa maneira, deve-se seguir o 
procedimento: uma análise completa é fundamental para o planejamento 
e impor as intervenções. A avaliação compõe um histórico de quadro 
clínico de saúde, identificação das possíveis causas e dos fatores do 
quadro de risco, avaliação para sinais e sintomas e identificação do exame 
diagnóstico.
O diagnóstico do quadro representa geralmente a troca gasosa 
prejudicada, a depuração ruim da via respiratória, quadro de ansiedade, 
intolerância à atividade e risco para desenvolvimento de infecção.
A principais finalidades e objetivos da assistência à vítima são 
estabelecer uma via respiratória equilibrada, manter a ventilação e 
equilibrar a oxigenação arterial necessária para atender às necessidades 
teciduais.
A principal finalidade do sistema respiratório é demandar oxigênio 
para todos os processos de metabolismo e diminuir o máximo possível 
de dióxido de carbono. A troca gasosa realizada e adequada é importante 
para o funcionamento preciso de todos os sistemas do ser humano. 
Os movimentos respiratórios executados são estabelecidos por 
aspectos mecânicos e químicos, eles são instigados pela disposição 
habitual para corresponder pulmonar, pelo calibre das vias respiratórias e 
pela persistência ao fluxo de ar por elas impostas. 
A situação de asfixia é a dificuldade do ato de respirar por alguma 
maneira de impedimento da entrada de ar nos pulmões. Em alguns casos, 
pode ser também a dificuldade de troca gasosa de maneira eficaz.
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Esta dificuldade pode ser incentivada por:
 • Afogamento.
 • Inalação de fumaça. 
 • Inalação de produtos tóxicos.
 • Objetos: sacos plásticos e objetos inalados. 
 • Compressão do pescoço: enforcamento.
 • Esmagamento.
 • Ausência da respiração por problemas orgânicos.
 • Outros diversos motivos.
Existem alguns tipos e motivos de obstrução:
Figura 11 – Tipos de obstrução 
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Feliciano (2013). 
A obstrução parcial pode ter duas classificações e duas situações 
em que a vítima se encontra (FELICIANO, 2013):
 • Quadro: 
 • BOM - Presença de tosse e esse ato exige força.
 • INSUFICIENTE – Presença de tosse fraca e sem força.
Já quando tratamos de casos de obstrução total, podemos dizer 
que:
 • Quadro:
 • A vítima não consegue respirar, tossir ou até mesmo falar e se 
comunicar com o profissional.
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Existem algumas possíveis causas para a obstrução, são as mais 
comuns:
 • Língua.
 • Vômito.
 • Objeto estranho.
 • Espasmos.
 • Edemas.
 • Inalação.
Segue um diagrama com as causas mais comuns de obstrução 
para a melhor compreensão e memorização: 
Figura 12 – Causas comuns para obstrução
Fonte: Elabora pelo autor com base em Feliciano (2013). 
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Dessa maneira, é necessário que a equipe profissional correta tenha 
auxílios, equipamentos e transportes, que possam ajudar no momento do 
atendimento de primeiros socorros e emergência, visando a melhorar 
a qualidade do serviço e garantir que o paciente esteja estável o mais 
rápido possível.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que existem diversos tipos de serviços especializados e 
podem auxiliar no momento do acidente, trabalhando em 
equipe com os profissionais socorristas, são eles: Corpo 
de bombeiros, SAMU, Defesa civil, Polícia Militar, Polícia 
Rodoviária Federal, Disque Intoxicação. Todos esses 
canais de ajuda servem para prestar serviços de primeiros 
socorros juntamente da equipe médica, preparada para 
transportar ou prestar os atendimentos emergenciais em 
casos necessários. Além disso, vimos que existem regras 
levadas em consideração na hora de transportar a vítima do 
local até o meio que irá transportá-la para a unidade mais 
próxima, há também inúmeros procedimentos realizados 
em pacientes que apresentem quadros de obstrução por 
alguns dos motivos estudados e citados neste capítulo.
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Abordagem Técnica Realizada em 
Pacientes com Lesão
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender o 
que é e como é feita a abordagem técnica em pacientes 
que apresentam lesões. Isto será fundamental para o 
exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram 
compreender essas abordagens sem a devida instrução 
tiveram problemas ao executá-las. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante!.
Abordagem Técnica
As diversas causas de acidentes e os elementos presentes no 
ambiente podem desencadear lesões e fraturas nos pacientes ou no 
profissional que está realizando o atendimento. Por isso, a importância, 
como já vimos, da averiguação do local do acidente, como também 
de equipamentos de proteção coletiva e equipamentos de proteção 
individual.
Com a presença de lesões ou fraturas identificadas na vítima deve 
existir um cuidado extremo, uma vez que os profissionais socorristas 
devem tentar manter o quadro do paciente ou melhorá-lo, jamais realizar 
algum procedimento capaz de piorar.
Dessa forma, é fundamental que seja executada a imobilização de 
todas as lesões encontradas, caso exista suspeitas de fraturas ou algum 
trauma relacionado ao acidente da vítima.
No entanto, não pode existir perda de tempo imobilizando alguma 
fratura quando a vida do paciente se encontra em alto risco. Assim, 
existem inúmeras variedades de talas, uma para cada caso. Elas podem 
ser encontradas como:
 • Talas anatômicas.
 • Talas moldáveis.
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 • Talas rígidas.
 • Entre outras.
Figura 13 – Talas utilizadas
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Feliciano (2013). 
Para que o quadro da vítima melhore, ou não venha a piorar devido 
algum procedimento não pertencente ao protocolo, existem algumas 
técnicas de imobilização realizadas em casos de identificação de fraturas 
ou lesões (FELICIANO, 2013):
 • Remover as roupas, anéis e pulseiras, que podem comprometer 
a vascularização da extremidade. Cortar com instrumento 
apropriado. Os anéis em extremidades edemaciadas.
 • Avaliar CSM (circulação, sensibilidade, movimento).
 • Cobrir lesões abertas com bandagens estéreis.
 • Não reduzir fraturas ou luxações no extra-hopitalar.
 • Antes e depois da imobilização verificar: pulsos distais, enchimentocapilar, sensibilidade e mobilidade.
 • No caso de uma luxação ou fratura de articulação, imobilizar a 
extremidade na posição em que foi encontrada. Exceto se houver 
evidência de comprometimento vascular e o transporte for longo.
 • A imobilização deve interessar a articulação distal e proximal a 
lesão.
 • Aplicar firmeza, mas sem dificultar a circulação.
 • Empregar a técnica RICE (repouso, gelo, compressão, elevação) 
somente em lesão fechada.
 • Elevar extremidade após imobilização, se for possível.
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A Figura 14 representa os principais materiais utilizados pelos 
profissionais de atendimento emergencial para a imobilização:
Figura 14 – Principais materiais de imobilização
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Feliciano (2013). 
As bandagens são basicamente a principal escolha pré-hospitalar 
para realizar a imobilização de fraturas na:
 • Clavícula. 
 • Cabeça do úmero.
 • Escápula. 
São usadas as bandagens triangulares para imobilização como 
tipoias e como fixadores de auto imobilização, em caso de imobilização 
de uma extremidade do corpo até outra.
Os imobilizadores rígidos são instrumentos/materiais não flexíveis, 
mas são adaptados ao corpo para estabelecer equilíbrio. Então, podem 
ser encontrados em:
 • Madeira.
 • Papelão ortopédico.
 • O alumínio. 
São bastante usáveis em casos de lesões de mãos, pés, punhos, 
tornozelos, braços, pernas e pescoço.
O colete flexível pode ser utilizado em casos de pacientes com 
suspeita de trauma raquimedular. O tipo KED pode ser usado de maneira 
contrária para imobilização de fraturas, sendo elas na:
 • Pelve.
 • Fêmur proximal. 
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Esses materiais são bastante utilizados e apropriados para os 
serviços de atendimento emergencial, principalmente, em casos em 
que os profissionais socorristas precisam realizar a imobilização devido a 
alguma lesão ou fratura na vítima.
Figura 15 – Profissional
Fonte: Freepik
Quando há casos de lesões em locais específicas ou a fratura/lesão 
tem origem específica, o método e a abordagem utilizados devem ser um 
pouco diferente e seguir esses passos:
 • Análise da coluna vertebral.
 • Análise da pelve.
 • Análise do fêmur.
 • Análise do quadril.
A coluna vertebral deve ser imobilizada com um imobilizador próprio 
de corpo inteiro com o uso da prancha longa, juntamente do colar cervical 
com tamanhos apropriados e estabilizador a lateral de cabeça (head 
block). O fundamental é que o profissional socorrista tenha conhecimento 
que o colar cervical usado isolado não é um bom dispositivo imobilizador.
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As lesões causadas na pelve, normalmente, são geradas por 
acidentes de carro ou em casos de atropelamentos. São demonstrados 
no ambiente pré-hospitalar por alto teor de dor e instabilidade com a 
palpação da pelve. Existe o fator de risco de gerar o choque hipovolêmico 
por causa do intenso sangramento provocado durante o acidente, dessa 
maneira, mesmo que a vítima apresente estabilidade circulatória, é 
considerada instável. Em vítimas com sinais de choque claros, pode ser 
utilizado apenas a prancha longa, mobilizador de corpo todo.
Figura 16 – Abordagem correta de lesões específicas
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Feliciano (2013). 
O fêmur pode ser um pouco mais grave e complicado, em casos 
de hemorragias graves. As vítimas com fraturas bilaterais devem ser 
consideradas como quadro clínico grave, apesar de aparentarem estar 
estáveis e bem. Em casos de fraturas bilaterais, o único imobilizador 
aplicado é a prancha longa, se a vítima estiver clinicamente estável, pode 
ser utilizado o KED invertido.
No quadril, podem existir algumas luxações posteriores, 
consideradas como quadros de emergências, por causa do alto risco de 
interrupção do fluxo de sangue na cabeça do fêmur e lesão causada no 
nervo ciático. A vítima pode apresentar flexão do quadril e rotação na parte 
interna da coxa. A extremidade pode e deve ser imobilizada na posição 
encontrada, mais confortável ao paciente e sustentada por travesseiros. 
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Existe uma particularidade em casos de queimaduras. 
As queimaduras podem ser consideradas um tipo de lesão de 
quadro traumático geradas por agentes: 
 • Térmico.
 • Elétricos.
 • Químicos.
 • Radioativos. 
A lesão, em casos de inalação, e as complicações pulmonares 
decorrentes disso são aspectos significativos na taxa de mortalidade e 
morbidade associadas aos acidentes com queimadura.
O prejuízo nas funções normais da pele pode comprometer 
(FELICIANO, 2013):
 • Proteção natural contra infecção.
 • Gera perda de líquidos essenciais.
 • Desregula o controle da temperatura corporal.
 • Reduz a ativação de vitamina D.
 • Muda as funções sensoriais e excretórias.
 • Altera a imagem corporal do cliente.
O nível e a profundidade da lesão estão ligados à intensidade e ao 
tempo de exposição à fonte de lesão.
Independentemente de como foi gerado, as normas básicas do 
atendimento emergencial ao paciente que demonstra queimaduras são 
os mesmos. 
Existem três fases no atendimento a vítimas que apresentam 
queimaduras:
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Figura 17 – Queimaduras
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Feliciano (2013). 
As informações básicas a respeito da prevenção de queimaduras 
são importantes porque a maioria delas são causadas por negligência, 
desconhecimento e imprudência. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que existem diversos tipos de abordagem para tratar 
as fraturas e lesões causadas pelos acidentes, assim, 
é fundamental que seja executada a imobilização de 
todas as lesões encontradas, assim que exista suspeitas 
de fraturas ou algum trauma relacionado ao acidente da 
vítima. Para que o quadro da vítima melhore, ou não venha 
a piorar devido algum procedimento que não pertence 
ao protocolo, existem algumas técnicas de imobilização. 
Além disso, estudamos os tipos de materiais utilizados para 
a realização da imobilização nas mais diversas formas de 
acidente, assim como, a inclusão de queimaduras como 
lesões e quais as suas fases.
Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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REFERÊNCIAS
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Disponível em: https://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/o-que-e-
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ROTINA%20A%20-%20MEDIDAS%20DE%20PREVENÇÃO%20E%20
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A%202%20-%20EPI%202.pdf. Acesso em: 09 jul. 2020.
FELICIANO, F. Suporte Emergencial à Saúde. Disponível em: 
http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/18-24-38-
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INSTITUTO FORMAÇÃO. Suporte Emergencial à vida. Disponível 
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MACHADO, M.; DUARTE, E.; RUFFINO, M. Análise da importância 
clínica da rotina da verificação da frequência respiratória em pacientes 
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PERGOLA, A.; ARAUJO, I. O leigo e o suporte básico de vida.  Rev. 
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SILVEIRA, E.; MOULIN, A. Socorros de Urgência em Atividades 
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Suporte Emergencial à Vida e Atendimento Pré - Hospitalar
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http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/18-24-38-sup0rteemergencialavida.docx.pdf
http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/18-24-38-sup0rteemergencialavida.docx.pdf
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