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CLASSE DOS HALOGENETOS: MINERAIS QUE CONTÉM CLORO EM SUA COMPOSIÇÃO Deborah C. Cardosoa* e Artenisa M. Ferreiraa* RA 2217064 e RA 1616063 , TURMAS: 1IX E 1LX a Faculdades Oswaldo Cruz, Rua Brigadeiro Galvão, nº 540 - CEP 01151-000 - Barra Funda, São Paulo - SP Brasil *e-mail: deborahcarvalho@outlook.com.br / artenisamauriz@gmail.com RESUMO A classe química dos halogenetos é composta pelo domínio dos íons eletronegativos halogênios, Cl-,Br-,F- e I-.Estes íons tem carga somente de -1 e são grandes além de serem facilmente polarizados. O empacotamento destas unidades esféricas permite estruturas com mais altas simetrias possíveis (grupo de pontos 4/m32/m). Tendo em vista, que nos halogenetos existem quatro tipos de minerais que são subdivididos pelos halogênios Cl-,Br-,I- e F-,iremos citar nesta revisão bibliográfica somente os minerais de halogenetos que possuem o elemento Cl- em sua composição química,tendo como exemplo a silvita (KCl) e a Halita (NaCl). Palavras –Chaves: Halogenetos, Silvita, Halita. CLASS OF HALOGENETTS: MINERALS CONTAINING CHLORINE IN THEIR COMPOSITION Abstract The chemical class of halides consists of the domain of the electronegative ions, Cl-, Br-, F- and I-. These ions have a charge of only -1 and are large besides being easily polarized. The packing of these spherical units allows structures with the highest possible symmetries (group of points 4 / m32 / m). Considering that in the halides there are four types of minerals that are subdivided by the halides Cl-, Br-, I- and F-, we will mention in this literature review only the minerals of halides that have the Cl- element in their chemical composition, having as example Sylvite (KCl) and Halite (NaCl). Keywords: Halides, Sylvite, Halite. 9 INTRODUÇÃO O mineral é um sólido de ocorrência natural com obtém um arranjo atômico que é altamente ordenado em uma composição química homogênea e definida, no entanto não necessariamente fixa). Minerais são frequentemente formados por processos inorgânicos. A decorrência de um mineral deve ter sido formada por processos naturais, essas especificações diferenciam daqueles minerais feitos em laboratório. É um composto sólido, excluindo materiais que não são gasosos e líquidos, obtém um arranjado atômico altamente ordenado, indicando sua estrutura interna de átomos (ou íons) arranjados em um padrão geométrico regular e repetitivo, sendo assim com esses critérios, os minerais são cristalinos.9 A identificação de um mineral é a recorrência de um conjunto de propriedades físico químicas, correspondendo aos critérios para a identificação do mesmo como: cor, brilho, clivagem, dureza, cristalografia, traço, densidade, composição química entre outros. Os minerais também podem ser classificados a partir da sua composição química, havendo várias classificações para isso, como: Silicatos (ricos em sílica); Carbonatos (contém o íon (CO3)2-); Sulfatos (contém o íon SO4); Halogenetos (formam sais naturais); Óxidos (contém o íon O2-); Fosfatos (contém o íon PO44-); Elementos nativos (não tem íon dominante). Inclusive pela por métodos analíticos, como técnicas que utilizam raios X e técnicas de feixe de elétrons. Devido a fracas cargas eletroestáticas que distribuem sobre toda superfície dos íons aproximadamente esféricos, os halogenetos são o exemplo mais perfeitos de ligações puramente iônicas. Os halogenetos são isométricos tem dureza relativamente baixa e elevados a moderados pontos de fusão, além de serem maus condutores de calor e eletricidade no estado sólido. A condução de eletricidade de um halogeneto, ocorre por eletrólise, preferencialmente pelo transporte de carga pelos íons do que pelos elétrons.9 Existem dois tipos de estruturas no grupo halogenetos, a XZ que se cristalizam com estruturas de NaCl, cada cátions e anion é circundado por seis vizinhos próximos na coordenação octaédrica. Alguns exemplos são: Silvita (KCl), cloroargilita (AgCl) entre outros. Na estrutura XZ2, são idênticas a fluorita (Caf2), na qual os íons de Ca 2+são arranjados nos vértices e centro das faces da cela unitária cubica. Íons F- tem coordenação tetraédrica com quatro Ca2+. Cada Ca2+ é coordenado com oito F-, os quais o circulam nos vértices dos cubos.9 Os halogênios são combinados com cátions menores e mais fortemente polarizados dos metais alcalinos, resultando estruturas de baixa simetria, e a ligação apresenta mais propriedade covalentes. Existem 150 espécies de halogenetos, mas apenas seis, possuem estruturas que levam a agua ou hidroxila em sua composição química, por exemplo a atacamita (Cu2Cl(OH)3.9 Nesta revisão bibliográfica, será mencionado o grupo de minerais dos halogenetos. Os haletos, halogenetos ou haloides são minerais cujo radical é constituído por um elemento da classe dos Halogênios, Cl-, F-, Br- e I-. Dois exemplos bem conhecidos são a Halita (NaCl), e a Fluorita (CaF2). No entanto neste será focado o elemento Cl-. Cloro, do latim clorum, verde. Nome dado pela sua cor amarela esverdeada no estado gasoso. Foi preparado pela primeira vez em 1774, por Carl Wilhelm Scheele (1742-1786), fazendo reagir ácido clorídrico com dióxido de manganês. Scheele considerava-o como sendo uma substância composta. Quase 40 anos depois, em 1810, Humphry Davy (1778-1829) mostrou que ele não podia ser decomposto e que o próprio ácido clorídrico era, na verdade, um composto de hidrogênio e cloro. Reconhecendo-o como um novo elemento, deu a ele o nome de cloro. Nas condições ambientes, ele é um gás amarelo esverdeado, tóxico, de forte cheiro, poderoso irritante dos olhos e do sistema respiratório. Estima-se que seu teor na crosta terrestre é de 0,13 g/kg. Cloro livre já foi encontrado em gases vulcânicos, onde é mais comum sob a forma de HCl. O íon cloreto, Cl– , é o principal íon negativo encontrado nos oceanos (cerca de 19 g/kg). É também encontrado em mares interiores, como o Mar Cáspio e o Mar Morto e, também, no grande Lago Salgado de Utah, EUA. O íon cloreto está presente nos fluidos dos corpos dos animais superiores, inclusive dos seres humanos. Como ácido clorídrico, ele está presente no suco gástrico, onde o pH pode chegar a ser entre 1 e 2. Industrialmente, o cloro é preparado por vários métodos como: eletrólise de uma solução de cloreto de sódio, NaCl; eletrólise de NaCl fundido etc. Um dos seus principais compostos é o sal comum, NaCl. Uma das duas principais fontes industriais deste sal é o sal de rocha, cujas jazidas são mineradas. Em certos casos, extrai-se o sal de rocha dissolvendo-o em água, produzindo uma solução que pode chegar a ter 25% de cloreto de sódio.16 SILVITA A Silvita é muito parecida com Halita, no entanto, suas características marcantes convém ao gosto mais amargo e uma maior solubilidade. Às vezes, a formação do KCl como um mineral acessório contrastante para espécimes Halita, profundamente coloridos. Silvita é nomeado após o nome de François Sylvius de Le Boe (1614-1672), um químico holandês e médico.4 A silvita é encontrada em rochas ígneas e sedimentares,tem a estrutura do Nacl,mas devido a diferença no raio iônico do Na+(1,02 Å) e K+ (1,38 Å) existe uma pequena possibilidade de solução sólida entre KCl e Nacl. Este mineral tem a mesma origem,modo de ocorreância e associações que a halita ,mas é muito rara.Permanece em soluções após a precipitação da halita e é um dos últimos elementos a serem precipitados. É encontrada em quantidade e frequentemente cristalina associadas com depósitos salinos e fumarolas vulcânicas em que é um precipitado predominante a 550 o C, como mostrado em um experimento de Africano et al. (2002).4 A identificação de um mineral é permitida pelas propriedades físicas, química e morfológicas. Sendo assim segue abaixo as propriedades físicos- químicas da Silvita (KCl).2,6,7 Tabela 1: Propriedades físico-químicas da Silvita (KCl) Propriedades Silvita Classe do Mineral Halogenetos Fórmula Química KCl Composição e estrutura Composição: K 52,4 %, Cl 47,6%. Pode conter Nacl misturado.Estrutura do tipo XZ. Descoberto Em 1832,ItáliaCaracterística Diagnóstica Diferencia-se da halita por seu sabor amargo Em que rocha ocorre Rocha ígnea e sedimentar Brilho Vítreo e graxo Cor Incolor ou branca. Também em tons de amarelo, azul, vermelho e violeta a partir das impurezas. Transparência Transparente para translúcido Sistema Cristalino Isométrico, cubico e octaedro, 4/m 32/m. Hábito Maciço e granular Fratura Conchoidal Clivagem Cúbica perfeita (100 %) Dureza (escala de mohs) 2,0 -2,5 Densidade g/cm3 1,99 Ponto de Fusão 7900 Obtenção Extraído da Carnalita(KMgCl3 · 6H2O) e das águas do mar morto por eletrólise Como é feito o tratamento O tratamento do KCl, ocorre com máxima precaução, em butanol(tert-butanol) seco, em capela.Em caso de aquecimento da solução alcoólica, o processo de destruição deve ser interrompido.Em seguida neutralizar, filtrar e incinerar o líquido. Onde há reservas no Brasil Mato Grosso, São Paulo e Sergipe Reservas mais importante Salton Sea, Imperial County, Califórnia, EUA, principalmente no Canadá, onde extensos depósitos acamados têm sido encontrados em profundidades superiores a 900 metros. Figura 1. Cristais de Silvita(KCl). 4 Figura 2. Forma cristalográfica da Silvita(KCl)2 A identificação deste mineral foi confirmada por difração de raios X . A utilidade da técnica de difração de raios X do pó reside em identificar os componentes em uma amostra sólida por procedimentos do tipo "search and match". Além disso, as áreas dos picos em um difratograma está relacionadas com a quantidade de cada uma das fases presentes, possibilitando a aplicação de métodos matemáticos na quantificação dos componentes de uma mistura ou a determinação da pureza em uma amostra, permitindo-se a identificação de isomorfismo ao longo de uma série, bem como de polimorfos de uma mesma substância, apresentando aspectos estruturais diferentes.1 Sendo assim segue a difração de raio x do KCl.5 A Silvita é um mineral economicamente importante e é minado extensivamente, embora raramente seja representado em coleções minerais como espécimes atraentes. É a forma mais significativa de potássio, ou compostos portadores de potássio, e tem muitos usos industriais.9 A silvita é a principal fonte de potassa, que é um importante ingrediente para a fabricação de fertilizantes, perfumes, fogos de artificio e fotografia. Possui outros usos industriais importantes, incluindo reciclagem de alumínio, galvanoplastia metálica e fluidos de perfuração de petróleo. Além, de ser o principal ingrediente de suplementos de potássio, que são usados para tratar ou prevenir condições baixas de potássio, como a hipocalemia.3 HALITA O mineral halita, cloreto de sódio (NaCl), tem seu nome mineralógico originário da palavra latina sal, que deriva do grego antigo alas ou alati no idioma atual. O termo halita, em geral, refere-se às suas ocorrências naturais, tais como sal de rocha, sal gema ou sal fóssil.10 O sal, também conhecido como cloreto de sódio (NaCl), é constituído de dois elementos: sódio e cloro. O sódio é um elemento metálico de cor prata, bastante instável, o qual reage violentamente na presença de água, enquanto que o cloro é um gás perigoso, que pode ser letal. A combinação destes dois elementos forma o cloreto de sódio, que é um composto branco essencial à própria vida humana.10 Virtualmente, toda pessoa no mundo tem contato direto ou indireto com o sal, diariamente para se ter uma idéia, 0,28% do peso do corpo humano é constituído de cloreto de sódio. É comum, as pessoas acrescentarem sal à comida como uma forma de enaltecer o sabor ou conservá-la por mais tempo. A halita tem seu maior uso na indústria química onde é fonte de sódio e cloro para a fabricação de ácido clorídrico e um grande número de compostos com sódios e na obtenção de soda cáustica.10 A identificação de um mineral é permitida pelas propriedades físicas, química e morfológicas. Sendo assim segue abaixo as propriedades físicos- químicas da Halita (NaCl).9,10,11,12,13,14,15 Figura 3. Cristais de Halita. 11 Figura 4. Forma cristalográfica da Halita(NaCl). 11 Tabela 2: Propriedades físico-químicas da Halita (NaCl) Propriedades Halita Classe do mineral Halogenetos Fórmula Química NaCl Composição e estrutura Na 39,3% e Cl 60,7% Descoberto Em 1847 foi descrito a halite oficialmente Em que rocha ocorre Rocha Sedimentar Brilho Transparente a translúcido, graxo Cor Incolor a branca, quando impura pode ter tons de amarelo, vermelho, azul Transparência Transparente a translúcido Sistema Cristalino Isométrico, hexaoctaédrica, 4/m 32/m Hábito cúbico, alguns cristais, maciço, granular a compacto Fratura Conchoidal, brilhante Clivagem Cúbica perfeita (100) Dureza ( escala de mohs) 2,0 – 2,5 Densidade g/cm3 2,168 Ponto de fusão 840°C Obtenção Evaporação e cristalização da água do mar e minas subterrâneas Como é feito o tratamento Separação mecânica e separação artesanal Principais usos Fabricação de ácido clorídrico, sal de cozinha e obtenção de soda cáustica Ocorrência Evaporito, Mares,lagos Onde há reservas no brasil Rio grande do Norte Reservas mais importantes China, Índia, EUA, Canadá, França e Austrália O sal é utilizado extensivamente em seu estado natural para curtir couros, em fertilizantes, em alimentação de animais de criação, para derreter neve em rodovias e no extermínio de ervas daninhas. Somando-se a sua função doméstica, o sal entra na preparação de alimentos de vários tipos, tais como a preservação da manteiga, queijos, peixes e carnes.10 A halita é um mineral comum, ocorrendo em camadas extensas ou massas irregulares, precipitadas a partir da evaporação junto com a gipsita, silvita, anidrita e calcita. Apresenta-se dissolvida em águas de fontes salgadas, lagos salgados e no oceano. Presente nos depósitos do tipo playa de bacias confinadas.10 Os depósitos de sal foram formados pela evaporação gradual e ressecamento final de corpos fechados de água salgada. As camadas de sal formadas desta forma podem ser subsequentemente cobertas por outros depósitos sedimentares e gradualmente soterradas pelas camadas assim formadas. A espessura das camadas de sal pode variar de poucos metros até aproximadamente 60 metros, e estima-se que algumas tenham sido soterradas por mais de 10 000 metros estratos sobrejacente.10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Disponível em: < ca.iq.usp.br/novo/paginas_view.php?idPagina=9 >. Acesso em 09 de Out. 2017. 2. Disponível em: <www.rc.unesp.br/museudpm/banco/haloides/silvita.html>. Acesso 09 de Out. 2017. 3. Disponível em: <www.minerals.net/mineral/sylvite.aspx>. Acesso em 19 de Out. de 2017 4. Disponível em: <https://www.mindat.org/min-3850.html>. Acesso em 20 de Out. de 2017. 5. Disponível em: <rruff.info/sylvite/display=default/ >. Acesso em 20 de Out. de 2017 6. DI VITTA, P. B. Resíduos Químicos Recuperação, Reutilização e Tratamentos. Disponível em: < www2.iq.usp.br/posgraduacao/images/aula/aula_05_residuos%201pdf> Acesso em 22 de Out. de 2017. 7. Disponível em: <www2.fc.unesp.br/lvq/LVQ_tabela/0 19_potassio.html>. Acesso em 21 de Out. de 2017. 8. Disponível em: <www.mmgerdau.org.br/museu-expandido/geo-classes-quimicas-dos-minerais/>. Acesso em 20 de Out. de 2017. 9. KLEIN, C.; DUTROW. B. Manual de Ciências dos Minerais. 23 ed. Porto Alegre- RS. Bookman,2012. 420-425 pg. 10. Disponível em: <mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1114/1/25._HALITA_Revisado.pdf>. Acesso em 14 de Out. de 2017 11. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/grm.html>. Acesso em 14 de Out. de 2017. 12. Disponível em < mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1114/1/25._HALITA_Revisado.pdf >. Acesso em 17 de Out. de 2017. 13. DIAS, G. H., ARAÚJO, G. A. - A Importância da Indústria Salineira para o Município de Areia Branca - RN - Gov.do Estado do Rio Grande do Norte, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - Mossoró, 2005. 14. Disponível em: < rruff.info/ima/ >. Acesso em20 de Out. de 2017. 15. Disponível em: < www.mindat.org/search.php?name=halite>. Acesso em 20 de Out. de 2017. 16. Disponível em: <qnesc.sbq.org.br/online/qnesc17/a13.pdf>. Acesso em 26 de Out. de 2017. image1.gif image2.jpeg image3.png image4.gif
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