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103 Direito Ambiental - P2

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Uma das coisas que a lei ambiental fez foi sistematizar os crimes ambientais: de fauna, flora, poluição... Em relação aos crimes de poluição, os tipos são bem abertos, o que dificulta a aplicação do princípio da legalidade, mas isso se faz necessário em razão da própria natureza desses delitos.
O proposito central da lei 9.605 é compelir o degradador a reverter o dano ambiental in loco.
São aplicadas restritivas de direitos e multas, que pode ser triplicada na medida em que se reconhecer que o dano ambiental foi muito maior que o que a pena de multa poderia contemplar.
Art. 6º da Lei 9.605.
A multa não pode ser simplória, não pode ser baixa ao ponto de tornar a pratica de crime ambiental algo que valha a pena, principalmente se tratando de pessoa jurídica.
Atenuantes e agravantes caem muito em prova.
Art. 14 – atenuantes. Consideram o contexto pessoal do causador do dano ambiental. Os demais incisos levam em consideração o esforço do acusado em tornar sua conduta menos degradantes.
Agravantes – art. 15. Reincidência e uma serie de circunstancias da prática do crime ambiental.
Art. 21.
Art. 24 à Quando a existência da pessoa jurídica se dá em razão de cometer crime ambiental, a sanção penal aplicável é a pena de liquidação forçada (uma espécie de morte da pessoa jurídica).
Aula 21.10.19 (Arthur). 
 
01º. Joana, moradora de uma comunidade quilombola, tem baixo grau de instrução e trabalha na principal atividade de subsistência da sua comunidade, que é a pesca. Durante uma pescaria, feita sempre aos domingos, no período noturno, ela capturou dois filhotes de baleia-franca, espécie inserida na lista local de espécies ameaçadas de extinção. Depois desse dia, Joana passou a fazer da pesca dessa espécie animal uma atividade econômica, com a venda para o comércio da região. Somente após ter praticado reiteradamente a atividade criminosa, ela descobriu que essa espécie de baleia era ameaçada de extinção. Arrependida, Joana dirigiu-se a uma delegacia de polícia e informou, com antecedência, à autoridade policial todos os locais em que havia instalado armadilhas de pesca. Além disso, passou a trabalhar em um projeto social para reparar o dano causado e a colaborar com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
Conforme as disposições da Lei n.º 9.605/1998, assinale a opção que indica circunstâncias atenuantes de eventual pena criminal que possa ser imputada a Joana.
(A) o baixo grau de instrução de Joana e o seu pertencimento a uma comunidade quilombola
(B) o arrependimento de Joana, sua pretensão de reparar o dano e a periodicidade das pescas (sempre aos domingos)
(C) a comunicação prévia de Joana do perigo iminente de degradação ambiental, em razão das armadilhas de pesca instaladas, e a periodicidade das pescas (sempre aos domingos)
(D) o baixo grau de instrução de Joana e sua colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental
(E) o pertencimento de Joana a uma comunidade quilombola e a sua desistência voluntária
 
Alternativa D, pois nas outras questões ele vinha misturando agravante com atenuante, restando apenas a “D” como correta.
 
02º. A respeito da tríplice responsabilização do poluidor, considere as assertivas abaixo.
I - O órgão ambiental estadual pode impor sanção administrativa com base no tipo penal previsto na Lei n° 9.605/98.
II - Tanto para imputação penal quanto para imposição da sanção decorrente de infração administrativa é imprescindível a prova do dolo do poluidor.
III - A pessoa jurídica de direito público não pode ser alvo de aplicação de sanção administrativa derivada da prática de infração ambiental.
IV - A persecução penal ambiental depende do prévio exaurimento do procedimento administrativo sancionador com origem na mesma conduta lesiva ao meio ambiente.
V - No caso de apreensão de animais objeto de crime ou infração administrativa ambiental, serão eles imediatamente libertados em seu habitat.
Das assertivas acima,
● Ela comenta que, o STJ fixou entendimento de que a responsabilidade administrativa e penal é subjetiva, sendo que a objetiva pacificamente se dá na área civil. Ela também distingue que uma coisa é crime ambiental tratado na esfera penal, e outra coisa seria infração administrativa trada na esfera administrativa penal, e não necessariamente eu teria que esgotar a seara administrativa para então entrar na esfera criminal ambiental, pois ambas são distintas.
(alternativa B – Todas as alternativas estão erradas).
 
03º A suspensão condicional do processo é;
(b) admissível nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, mas a declaração de extinção da punibilidade dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, salvo impossibilidade de fazê-lo, permitida a prorrogação do prazo, se incompleta a reparação, com suspensão da prescrição.
 Não consegui encontrar essa questão igual a atividade respondida em sala, então só transcrevi a assertiva certa e ela comentou que é o art. 28 da lei de crimes ambientais que dá embasamento pra ela.
 
04º. Considerando os entendimentos do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, assim como a disciplina constitucional e legal, assinale a alternativa correta quanto à responsabilização criminal da pessoa jurídica por crimes ambientais.
(A)
O Supremo Tribunal Federal, por meio de julgado da 1ª Turma, entendeu que a Constituição Federal de 1988 não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. Em outras palavras, a norma constitucional não impõe a necessária dupla imputação.
(B)
A Lei nº 9.605/1998 veda, expressamente, a liquidação forçada de pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime ambiental.
(C)
É pacífico, no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, que a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais não dispensa a imputação concomitante da pessoa física que age em seu nome ou em seu benefício. Em outras palavras, a teoria da dupla imputação necessária prevalece, atualmente, no Superior Tribunal de Justiça.
(D)
Para que as pessoas jurídicas sejam responsabilizadas penalmente nos termos da Lei n° 9.605/1998, exige-se apenas que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado.
(E)
O Superior Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, com fulcro em vedação constitucional, não admitem a responsabilização criminal da pessoa jurídica por crimes ambientais.
Alternativa A, pois agora o que vale é a TEORIA DA RESPONSABILIZAÇÃO INDIVIDUALIZADA OU APARTADA: a responsabilização da PJ NÃO está condicionada à responsabilização concomitante das pessoas naturais, e vice-versa, em sede de crimes ambientais.

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