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Página 56 de 57 Por muito tempo, vcs sabem disso, a confissão foi considerada a rainha das provas. Atualmente é bastante criticada – é até considerada a prostituta das provas. Tem valor probatório bastante relativo. Há quem entenda por ex. que a confissão policial (feita na polícia dâ) não é suficiente pra uma sentença condenatória e mesmo a confissão judicial de forma isolada, entende-se, que não é suficiente pra condenação, deve, portanto ser cotejado com outros elementos de prova. Alias alguns autores entendem que é resultado da interpretação dos artigos 197 c/c 200 do CPP, essa conclusão. Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo,verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância. Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto. Já o artigo 198 não foi recepcionado pela CF/88. Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz. Hoje isso já não tem sentido. O direito ao silencia para a CF/88 vcs sabem que uma das conseqüências é a impossibilidade de qq juízo de qq valoração do juiz acerca do silêncio do réu, afinal é um direito dele que está sendo exercitado. Não foi recpcionado nem pela CF nem pelo parágrafo único do 186, CPP, que revogou tacitamente o 198, pois incompatível. Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa. Declarações do Ofendido CPP Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declarações. Ofendido no caso, a vítima. A sua oitiva não é obrigatória como no caso do interrogatório. Mas via de regra acontece. O ofendido não presta compromisso, como no caso da testemunha, que é compromissada a dizer a verdade. A vitima não faz uso / não tem pelo menos em tese, direito ao nemo tenetur. Só se evidentemente em algum momento, ela puder falar algo que lhe comprometa, mas como regra a vitima é obrigada a participar dos atos da sua intimação. Por isso eu entendo que a vitima pode ser obrigada, inclusive ser conduzida coercitivamente. Art. 201 § 1º Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade. Com base nesse dispositivo eu entendo, por uma aplicação analógica, que a vítima se não quiser por ex. se submeter ao exame de corpo de delito, que comprove a materialidade delitiva, ela pode ser conduzida coercitivamente. Página 57 de 57 Acareação Não tem muito o que tratar. Nada mais é do que colocar cara a cara os cidadãos quando houver divergência. Tem um procedimento previsto não CPP. Reconhecimento de Pessoas ou Coisa Isso é importante, é rápido mas é importante. Via de regra não acontece na fase policial e nem na judicial. O que é causa de nulidade. O CPP exige um procedimento específico que se não for atendido o reconhecimento de pessoas, é causa de nulidade. Primeiro a pessoa que vai reconhecer tem que descrever as características da pessoa a ser reconhecida, antes de vê-la. Depois a pessoa descrita deve ser colocada ao lado de outras pessoas semelhantes, pra evitar duvida. E depois é a pessoa reconhecedora que vai dizer “é aquele”. Isso não acontece. Não existe sala de reconhecimento nas polícias. E isso é um problema. A pessoa ao contrário disso, é induzida mostrando uma foto, acaba dizendo que acha que é esse mesmo. As outras pessoas não tem nada a ver uma com a outra. Tem que ser pessoas semelhantes, ou seja, do mesmo sexo, cor de pele, estatura, para que não haja dúvidas. O problema é encontrar esse tanto de pessoas com estas exatas características. Pode haver reconhecimento de pessoas ou coisas. O termo é próprio, o chamado termo de reconhecimento de pessoa ou de coisa. Existe também o reconhecimento fotográfico que é mais difícil. Pode ser de imagem, foto, etc. ex. da filmagem de banco. Prova Testemunhal Importante! [...] Infelizmente, não poderemos detalhá-la. Recomendo que dêem uma olhada. Especialmente nos casos de pessoas que não tem o dever de depor, e as que são proibidas de depor. Dêem uma olhada nos referentes dispositivos. Pois é a prova mais utilizada no processo penal brasileiro. Como regra, todo mundo é obrigado a depor exceto, algumas pessoas, que são dispensadas do compromisso. Ex. menores, parentes, etc, tá no CPP. Alem disso são proibidas de depor aqueles que em decorrência de oficio, profissão acabam tomando conhecimento de uma informação que é guardada pelo sigilo profissional (se revelar comete o crime de violação de sigilo profissional, 154, salvo engano). Excepcionalmente quando a parte interessada desincumbir aquela pessoa desse dever ele pode depor. É o caso do padre. O cidadão vai lá se confessar, e fala que foi ele que cometeu tal crime. Tem também esse dever de sigilo advogados, médicos, entre outros. The End ☺ ☺ ☺
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