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trabalho sobre as provas arts 155 - 250 CPP

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Do Exame do Corpo de Delito, e das Perícias em Geral (artigos 158 a 184)
É um exame de alguma coisa ou alguém, para comprovar a materialidade das infrações que deixam vestígios.
· Exige-se pericia sempre que o delito deixar vestígios materiais.
Autoridade responsável pela captação: autoridade policial ou judiciária. Diz o artigo 159 do CPP que o perito deve ser oficial portador de diploma superior. Na falta deste, poderão ser duas pessoas idôneas, portadora de curso superior, preferencialmente na área especifica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame (artigo 159, §1º). Se for matéria complexa, que abrange mais de uma área de conhecimento, poderá ser designado mais de um perito (artigo 159, §7º).
2) Meio de produção: é direto quando realizado diante do vestígio deixado pela infração penal. Exemplo: necropsia do cadáver. Será indireto quando for realizado com base em informações fornecidas aos peritos quando não houverem o vestígio deixado pelo delito, inviabilizando-o.
3) Forma: O laudo pericial será elaborado de forma a descrever minuciosamente a matéria alvo de exame (artigo 160). O perito terá 10 dias para apresentar o laudo, mas esse prazo pode ser estendido a requerimento deste e deferimento pelo juiz responsável (artigo 160, §único).
4) Pericias em casos especiais: o CPP enumera vários casos de pericias especiais, a saber:
· Necropsia: trata-se do exame interno do cadáver, sendo obrigatório nos casos de morte violenta.
· Exumação (artigo 163, CPP): ato de retirar o corpo da sepultura, ou desenterrá-lo. Este procedimento exige justa causa, ou seja, buscar evidencias acerca da morte do indivíduo. Inumação é o ato contrário da exumação, é quando se enterra um indivíduo. 
·  Lesões corporais graves (artigo 168, §§ 2º e 3º, CPP): entende-se como lesões corporais graves, aquelas que incapacitam a vítima para as suas ocupações habituais por mais de 30 dias. A constatação da incapacidade deve ocorrer a partir do exame complementar realizado logo que ocorram os 30 dias (artigo 168, §2º). 
· Furto qualificado pelo rompimento de obstáculo à subtração da coisa (artigo 171, 1ª parte, CPP): trata-se do furto cometido mediante arrombamento de portas e janelas, destruição de telhas, corte de cercas e qualquer outra forma de violação de obstáculos. A perícia será necessária para constatação do rompimento do obstáculo à subtração da coisa. Se esta perícia não for realizada, entende a jurisprudência dominante que, se a não realização da perícia ocorreu da circunstancia de que os vestígios desapareceram, admitir-se-á a comprovação do rompimento por meio de prova testemunhal (artigo 167, CPP).
· Incêndio (artigo 173, CPP): o artigo 173 do CPP diz que no caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato. 
· Porte ilegal de arma de fogo (artigo 175, CPP): serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de se lhes verificar a natureza e a eficiência. Aplicando esse dispositivo ao crime de porte ilegal de arma de fogo infere-se que, em princípio, a arma utilizada deverá ser apreendida e submetida a exame para verificação de sua potencialidade ofensiva. 
· Grafia em escritos (artigo 174, CPP): trata-se da perícia que tem a finalidade de confrontar a grafia incorporada a um determinado documento com a letra da pessoa suspeita de tê-lo produzido. Para a sua realização, a autoridade policial poderá requisitar documentos existentes em órgãos públicos para fins de confrontação. Na ausência de documentos para fins de confrontação, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado. 
Interrogatório do réu (artigos 185 a 196)
É um ato de inquirição do denunciado, para que este narre sua versão dos fatos.
· É um ato obrigatório, personalíssimo, oral, público e individual. 
1) Meio de produção: direto, por ser um ato personalíssimo.
2) Procedimento:
a)       Será feita a qualificação do acusado (artigo 185);
b)       O juiz advertirá o acusado quanto ao direito de silencio (artigo 186);
c)       Realização, pelo juiz, de perguntas ao acusado (artigo 187). Inicialmente, serão feitas as perguntas subjetivas (ou seja, sobre o próprio denunciado). Logo em seguida, serão feitas as perguntas objetivas (sobre o fato), que são aquelas contidas no artigo 187, §2º, I a VIII.
d)       O juiz facultará às partes a realização de perguntas ao interrogando, apenas podendo indeferi-las se impertinente ou irrelevantes (artigo 188).
·         A presença do defensor no ato do interrogatório é obrigatória, sob pena de nulidade absoluta. Ausente o advogado constituído pelo acusado, o juiz nomeara um defensor para assisti-lo.
·         O artigo 185, §5º, 1ª parte, CPP, assegura a acusado, antes do início de seu interrogatório, o direito a entrevistar-se individualmente com seu advogado.
·         O acusado tem o direito de permanecer em silencio, sendo que tal silencio não pode ser interpretado como confissão e nem pode ser interpretado em prejuízo de sua defesa.
·         A qualquer tempo, poderá ser feito um novo interrogatório do acusado.
·         Encontrando-se preso o acusado, o interrogatório será realizado em sala própria, no estabelecimento em que o acusado estiver recolhido. Em caráter excepcional, poderá o acusado ser ouvido por videoconferência.
Confissão (artigos 197 a 200, CPP)
Trata-se da admissão de culpa feito pelo acusado da imputação que lhe foi feita. É um ato voluntário (sem coação), expresso e formal.
· A Confissão é um direito do indiciado de admitir o fato, para conseguir o benefício de atenuante.
· Quanto ao momento: se não é realizada perante o juízo, é conhecida como extrajudicial. Se for realizada perante o juiz, será chamada judicial.
· Quanto à forma: será escrita quando realizada pelo próprio acusado por meio de carta, bilhete ou qualquer outro documento escrito que venha a ser juntado aos autos ou, então, por meio de petições redigidas pelo advogado, reconhecendo total ou parcialmente a acusação inserta na inicial acusatória. A confissão oral é aquela que decorre da verbalização do acusado, perante autoridade policial ou judiciária ou por meio de interceptações telefônicas.
· Quanto ao conteúdo: a confissão será simples quando o acusado se limita a admitir os fatos que lhe são atribuídos. E será qualificada quando o acusado atribui para si a pratica da infração, mas agrega, em seu favor, fatos ou circunstancias que excluem o crime ou que o isentem de pena.
Ofendido (artigo 201, CPP)
São declarações prestadas pela vítima, dando sua versão sobre os fatos.
·         O ofendido faz declaração.
·         A oitiva do ofendido é individual. Ou seja, caso haja mais de uma vítima, cada uma será ouvida separadamente.
·         O ofendido deve ser avisado quanto ao ingresso e a saída do acusado da prisão.
·         As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço por ele indicado, admitindo-se, por opção, o uso de meio eletrônico.
·         O ofendido também deve ser avisado acerca de audiência, sentença e acórdãos modificadores ou mantedores de sentenças.
·     Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado ao ofendido espaço separado. Essa regra visa preservar a integridade física e moral da vítima, não apenas nos momentos que antecedem o seu ingresso na sala de audiências, como também no curso de sua inquirição pelo juiz, a fim de que possa o depoimento ser prestado ser o efeito de constrangimentos ou intimidações de qualquer ordem.
·       O ofendido pode ser encaminhado para acompanhamento multidisciplinar (psicólogo, assistentes sociais, etc.), às custas do ofensor ou do Estado.
Prova testemunhal (artigos 202 a 225)
É o depoimento de uma pessoa que sabe algo relevante sobre a imputação feita contra o acusado.
· Qualquer pessoa pode ser testemunha diz o artigo 202.
Autoridade responsável pela captação:autoridade policial ou judiciária.
classificação das testemunhas:
·     Testemunha referida: é aquela que, embora não tenha sido arrolada nos momentos ordinários (denúncia ou queixa para acusação, resposta à acusação, para o réu), poderá ser inquirida pelo juiz ou a requerimento das partes por ter sido citada por outra testemunha.
·  Testemunha judicial: aquela inquirida pelo juiz independentemente de ter sido arrolada por qualquer das partes ou de ter sido requerida na oitiva.
· Testemunha própria: é a testemunha chamada para ser ouvida sobre o fato objeto do processo, seja porque os tenha presenciado, seja porque deles ouviu dizer.
·  Testemunha numérica: corresponde à testemunha regularmente compromissada na forma do artigo 203 do CPP.
·  Testemunha não compromissada ou informante: contempladas no artigo 208 do CPP, são aquelas dispensadas do compromisso em razão da presunção de serem suspeitas as suas declarações, podendo ser ouvidas como informantes.
·  Testemunha direta: trata-se da testemunha que presenciou os fatos por meio dos sentidos.
·  Testemunha indireta: é aquela que declara ao magistrado sobre o que não presenciou, mas soube ou ouviu dizer.
4) Numero de testemunhas: a quantidade de testemunhas que podem ser arroladas em regra são 8 testemunhas para a acusação, e 8 testemunhas para cada réu, podendo ser as mesmas testemunhas da acusação.
Características da prova testemunhal:
·         Oralidade: em regra, o depoimento da testemunha deverá ser prestado oralmente perante a autoridade responsável.
·         Individualidade: as testemunhas serão ouvidas individualmente.
·         Incomunicabilidade: não é permitido que as testemunhas se comuniquem entre si.
·         Retrospectividade: a testemunha prestará depoimento sobre fatos passados, nunca sobre fatos futuros.
 
Em relação à pessoa que seja proibida de depor, que são aquelas que têm ciência do fato em virtude da profissão (exemplo: padre, psicólogo, etc.), se acolhida a contradita pelo juiz, essa testemunha deve ser excluída do processo. Vale dizer, não deve ser tomado seu depoimento pelo juiz.
·         Uma vez regularmente notificada para depor, a testemunha tem obrigação de comparecer a juízo, sob pena de condução coercitiva.    
Reconhecimento de pessoas e coisas (artigos 226 a 228)
É o ato pelo qual uma pessoa afirma certa a identidade ou qualidade de algo ou alguém (auto de reconhecimento)
Formalidades: o artigo 226 do CPP estabelece as formalidades de efetivação do reconhecimento (tanto de pessoas quanto de coisas), quais sejam:
· A pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;
· A pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidandose quem tiver de fazer o reconhecimento a apontála;
· Se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;
· Do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.
·         Havendo mais de uma pessoa que deva proceder ao reconhecimento, cada uma fará a prova em separado, impedindo-se qualquer comunicação entre elas.
·         Se a pessoa estiver presa, pode-se proceder o reconhecimento através de videoconferência.
Acareação (artigos 229 e 230)
É um ato procedimental de confronto entre pessoas, para que esclareçam, mediante confirmação ou retratação, aspectos que se evidenciaram contraditórios.
Autoridade responsável pela captação: autoridade policial, na fase de inquérito, que pode ser por intermédio de sua própria iniciativa ou provocada por requisição do juiz ou do Ministério Público; e judiciária, na fase processual, determinada pelo juiz de ofício ou a requerimento das partes.
· Podem ser acareados os acusados, as testemunhas e ofendidos, entre si ou uns com os outros.
· Peritos não são sujeitos a acareação.
·  Não se deve constranger alguém a ser acareada. Porém, nada impede que essas pessoas sejam conduzidas à Delegacia de Polícia ou ao Juízo na hipótese do não comparecimento injustificado.
Prova documental (artigos 231 a 238)
O artigo 232 do CPP define documento como quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares, e tem como finalidade servir de base material de informações.
· Segundo dispõe o artigo 231 do CPP, documentos podem ser juntados em qualquer fase do processo.
· Não é licito ao juiz autorizar a apreensão de documentos que se encontrem em poder do advogado.
· Quanto ao valor probante dos documentos, deve ser levado em conta se o documento é público ou particular:
Se é público, tem força probante não apenas entre as partes, mas também em relação a terceiros.
Se é particular, desde que subscritos pelas partes e sendo assinado por, no mínimo, duas testemunhas, tem força probante quanto às obrigações nele contidas.
·         Se o documento for provadamente falso, deve-se fazer o incidente de falsidade documental.
·         O destinatário pode utilizar, como prova de defesa de seu direito, a correspondência que lhe foi encaminhada, ainda que não haja o consentimento do remetente (artigo 233, §único).
·         Quanto à utilização de documento por terceiros deve-se diferenciar as situações:
 Terceiro obtém a carta por meios fraudulentos, subtraindo-a, por exemplo, do respectivo destinatário. A prova será ilícita, tendo em vista a evidente violação do artigo 5º, XII, da CF/88, bem como o artigo 233, caput, do CPP.
 Se o destinatário, pessoa conhecida do subscritor, mas que não tem relações de confiança, entregar a carta para terceiro. O terceiro pode utilizar a correspondência de forma licita, desde que não haja quebra de confiança.
Indícios (artigo 239)
São circunstâncias conhecidas e provadas, a partir das quais, por dedução, conclui-se sobre um fato determinado. Ou seja, são fatos secundários relacionados ao principal.
· Indícios não se confundem com presunções. Estas, com efeito, são estabelecidas pela lei e, por isso, são capazes, em situações expressamente autorizadas, por si, a fundamentar juízo de condenação.
Busca e apreensão (artigos 240 a 250)
Por busca compreendem-se as diligências realizadas com o objetivo de investigação e descoberta de materiais que possam ser utilizados no inquérito policial ou no processo criminal. É uma atitude de procura, a ser realizada em lugares ou em pessoas. Já a apreensão depreende-se o ato de retirar alguma coisa que se encontre em poder de uma pessoa ou em determinado lugar, a fim de que possa ser utilizada com caráter probatório ou assecuratório de direitos.
· A busca e a apreensão poderá ser realizada na casa do investigado ou acusado (artigo 240, §1º), a chamada busca domiciliar onde descreve um rol taxativo. Também pode ser realizada no corpo da pessoa ou em objetos que traga consigo, é a chamada busca pessoal (artigo 240, §2º).
· Repartições públicas se equiparam ao domicilio. Sendo necessária a autorização da autoridade competente para o seu ingresso.
· Quarto ocupado de hotel, motel, pensão, hospedaria e congêneres também podem ser considerados como domicilio se forem ocupadas para este fim.
· A busca e apreensão domiciliar, obviamente, só podem ser realizadas com autorização judicial, devidamente fundamentada.
· A busca e a apreensão domiciliar só podem ser feitas durante o dia, salvo nos casos de flagrante, desastre e socorro, ou a qualquer hora, se houver consentimento do morador.
· Comparecendo a autoridade ou seus agentes ao local da busca, deverão declarar ao morador as respectivas condições, bem como o objeto da diligencia. Em caso de desobediência do morador, o artigo 245, §2º, do CPP, autoriza o ingresso forçado.
· No caso de recalcitrância (o morador atrapalha a busca dentro do domicilio), a autoridade pode dar voz de prisão ao morador e conduzi-lo à delegaciade polícia para os devidos fins.
· Se o morador estiver ausente, a autoridade poderá arrombar as portas e empregar violência contra coisas que estejam fechadas ou lacradas. Nesse caso, deve-se solicitar a algum vizinho que acompanhe a diligência e este não poderá recusar, visto que a intimação para assistir o ato configura ordem legal.
Considerações sobre a busca pessoal:
· Não é necessária autorização judicial para se fazer busca pessoal, bastando a suspeita, desde que fundada.
· Mulher só pode ser revistada por mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência (artigo 249).
· Em regra, a busca deve ser realizada em território de sua própria circunscrição. Mas o artigo 250 do CPP possibilita que a autoridade ou seus agentes penetrem no território de jurisdição distinta quando estiverem em atitude de seguimento de pessoas ou coisas.   
Do Exame do Corpo de Delito, e 
das Perícias em Geral
 
(
artigos 158 a 184
)
 
É um 
e
xame de alguma coisa ou alguém, para comprovar a materialidade das 
infrações que deixam vestígios.
 
·
 
Exige
-
se pericia sempre que o delito deixar vestígios materiais.
 
Autoridade responsável pela 
captação:
 
autoridade policial ou judiciária. Diz o 
artigo 159 do CPP que o perito deve ser 
oficial portador
 
de diploma 
superior
. Na 
falta deste, poderão ser duas pessoas idôneas, portadora de curso superior, 
preferencialmente na área especifica, 
dentre as que tiverem habilitação técnica 
relacionada com a natureza do exame (artigo 159, §1º). Se for matéria complexa, 
que abrange mais de uma área de conhecimento, poderá ser designado mais de 
um perito (artigo 159, §7º).
 
2) 
Meio de produção:
 
é
 
direto
 
quando realizado diante do vestígio deixado pela 
infração penal.
 
Exemplo: necropsia do cadáver.
 
Será
 
indireto
 
quando for 
realizado com base em informações fornecidas aos peritos quando não 
houverem o vestígio deixado pelo delito, inviabilizando
-
o.
 
3) Forma
: 
O laudo pericial será elaborado de forma a descrever minuciosamente 
a matéria alvo de exame (artigo 160). O perito terá 10 dias para apresentar o 
laudo, mas esse prazo pode ser estendido a requerimento deste e deferimento 
pelo juiz responsável 
(artigo 160, §único).
 
4)
 
Pericias em casos especiais
: o CPP enumera vários casos de pericias 
especiais, a saber:
 
·
 
Necropsia:
 
trata
-
se do exame interno do cadáver, sendo obrigatório nos 
casos de morte violenta.
 
·
 
Exumação
 
(artigo 163, CPP): ato de retirar o co
rpo da sepultura, ou 
desenterrá
-
lo. Este procedimento exige justa causa, ou seja, buscar 
evidencias acerca da morte do 
indivíduo
. Inumação é o ato 
contrário
 
da 
exumação, é quando se enterra um 
indivíduo
. 
 
·
 
 
Lesões corporais graves
 
(artigo 168, §§ 2º e 3º, C
PP): entende
-
se como 
lesões corporais graves, aquelas que incapacitam a 
vítima
 
para as suas 
ocupações habituais por mais de 30 dias. A constatação da incapacidade 
deve ocorrer a partir do exame complementar realizado logo que ocorra
m 
os 30 dias 
(artigo 168, §2º).
 
 
·
 
Furto qualificado pelo rompimento de obstáculo à subtração da 
coisa
 
(artigo 171, 1ª parte, CPP): trata
-
se do furto cometido mediante 
arrombamento de portas e janelas, destruição de telhas, corte de cercas e 
qualquer outra forma de violação de obstáculos. A 
perícia
 
será necessária 
para constatação do rompimento do obstáculo
 
à subtração da coisa. Se 
esta 
perícia
 
não for realizada, entende a jurisprudência dominante 
que,
 
se 
a não realização da 
perícia
 
ocorreu da circunstancia de que os vestígios 
desapareceram, 
admitir
-
se
-
á
 
a comprovação do rompimento por meio de 
prova testemun
hal (artigo 167, CPP).
 
·
 
Incêndio
 
(artigo 173, CPP): o artigo 173 do CPP diz que
 
no caso de 
incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, 
o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a 
extensão do da
no e o seu valor e as demais circunstâncias que 
interessarem à elucidação do fato.
 
 
Do Exame do Corpo de Delito, e das Perícias em Geral (artigos 158 a 184) 
É um exame de alguma coisa ou alguém, para comprovar a materialidade das 
infrações que deixam vestígios. 
 Exige-se pericia sempre que o delito deixar vestígios materiais. 
Autoridade responsável pela captação: autoridade policial ou judiciária. Diz o 
artigo 159 do CPP que o perito deve ser oficial portador de diploma superior. Na 
falta deste, poderão ser duas pessoas idôneas, portadora de curso superior, 
preferencialmente na área especifica, dentre as que tiverem habilitação técnica 
relacionada com a natureza do exame (artigo 159, §1º). Se for matéria complexa, 
que abrange mais de uma área de conhecimento, poderá ser designado mais de 
um perito (artigo 159, §7º). 
2) Meio de produção: é direto quando realizado diante do vestígio deixado pela 
infração penal. Exemplo: necropsia do cadáver. Será indireto quando for 
realizado com base em informações fornecidas aos peritos quando não 
houverem o vestígio deixado pelo delito, inviabilizando-o. 
3) Forma: O laudo pericial será elaborado de forma a descrever minuciosamente 
a matéria alvo de exame (artigo 160). O perito terá 10 dias para apresentar o 
laudo, mas esse prazo pode ser estendido a requerimento deste e deferimento 
pelo juiz responsável (artigo 160, §único). 
4) Pericias em casos especiais: o CPP enumera vários casos de pericias 
especiais, a saber: 
 Necropsia: trata-se do exame interno do cadáver, sendo obrigatório nos 
casos de morte violenta. 
 Exumação (artigo 163, CPP): ato de retirar o corpo da sepultura, ou 
desenterrá-lo. Este procedimento exige justa causa, ou seja, buscar 
evidencias acerca da morte do indivíduo. Inumação é o ato contrário da 
exumação, é quando se enterra um indivíduo. 
 Lesões corporais graves (artigo 168, §§ 2º e 3º, CPP): entende-se como 
lesões corporais graves, aquelas que incapacitam a vítima para as suas 
ocupações habituais por mais de 30 dias. A constatação da incapacidade 
deve ocorrer a partir do exame complementar realizado logo que ocorram 
os 30 dias (artigo 168, §2º). 
 Furto qualificado pelo rompimento de obstáculo à subtração da 
coisa (artigo 171, 1ª parte, CPP): trata-se do furto cometido mediante 
arrombamento de portas e janelas, destruição de telhas, corte de cercas e 
qualquer outra forma de violação de obstáculos. A perícia será necessária 
para constatação do rompimento do obstáculo à subtração da coisa. Se 
esta perícia não for realizada, entende a jurisprudência dominante que, se 
a não realização da perícia ocorreu da circunstancia de que os vestígios 
desapareceram, admitir-se-á a comprovação do rompimento por meio de 
prova testemunhal (artigo 167, CPP). 
 Incêndio (artigo 173, CPP): o artigo 173 do CPP diz que no caso de 
incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, 
o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a 
extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que 
interessarem à elucidação do fato.

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