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EMPREENDEDORISMO TECNOLÓGICOEMPREENDEDORISMO TECNOLÓGICO PROCESSO CRIATIVOPROCESSO CRIATIVO Autor: Dra. Renata Martinez Revisor : Rafae l Araújo IN IC IAR introdução Introdução Há um consenso entre os especialista que o empreendedorismo é um fenômeno global irreversível. Sabemos que é possível empreender por necessidade e por oportunidade, no entanto, independente da forma, o que devemos considerar são as características, o espírito empreendedor e de que forma o conjunto de ações empreendedoras visam à melhoria da sociedade e, ao mesmo tempo, resultado �nanceiro e sucesso da empresa. Para empreender, é preciso muito mais que uma boa ideia. No entanto, como gerar ideias? Como planejar? Como re�nar o planejamento de propostas inovadoras? Ao buscar compreender quais são os passos da caminhada empreendedora é necessário que o pro�ssional esteja predisposto a correr riscos calculados e a tomar decisão, pois será constantemente desa�ado para isto. O empreendedorismo nos convida a conhecer os players do mercado e suas estratégias tanto quanto conhecemos do nosso produto/serviço. Estudar a sociedade que contempla o cenário do empreendedorismo tecnológico - caracterizada como ‘Sociedade 5.0’ - se faz indispensável para se construir uma estrutura de planejamento, geração de ideias e re�namento de propostas inovadoras com êxito. Hoje, os mercados consumidor e fornecedor presentes no ecossistema do empreendedorismo demandam criatividade, inovação, novas ideias e propostas inovadoras de negócios. O termo empreendedorismo é amplo é não signi�ca apenas criar um negócio próprio. As crescentes discussões acerca do tema articulada com o comportamento empreendedor tem aguçado a observação em ambientes que não se esperavam encontrar empreendedores. Buscar um modelo de negócio que permita o empreendedor trilhar um caminho de sucesso de maneira escalável é o que faz brilhar os olhos dos empreendedores tecnológicos. Associado ao tema empreendedorismo encontramos outros assuntos que também contemplam e compõem o ecossistema do empreendedorismo tecnológico e nos permite conhecer mais a fundo o mundo dos negócios e das startups . Falar de empreendedorismo implica em, automaticamente, dialogar com temas relacionados à criatividade, inovação, tecnologia, geração de ideias e etc. O empreendedorismo assume dois formatos, sendo que alguns empreendem por necessidade e outros por oportunidades. E você pode estar se Geração de IdeiasGeração de Ideias perguntando: E qual é o correto? Para empreender não há receita de bolo. Existem empreendedores que iniciaram sua trajetória por necessidade de sobrevivência e alcançaram o sucesso e, no entanto, há também os que planejaram e se organizaram e, na metade do caminho, se perderam e foram ao insucesso. Segundo Dornelas (2018), o empreendedor de necessidade apresenta fatores que o levaram à situação e empreender, tendo como um deles a falta de acesso a um trabalho formal como empregado. Já o empreendedor por oportunidade apresenta o ato de empreender como uma decisão deliberada e/ou planejada. Independente do formato, o ato de empreender requer a todo momento ações voltadas a questões de planejamento, organização, controle e direção. Sabemos que as intercorrências externas existem, são latentes e podem in�uenciar nos negócios em maior ou menor grau. A qualquer momento as ‘regras do jogo’ podem mudar e o empreendedor, para se manter posicionado no mercado precisa estar conectado e atento aos fatos cotidianos, ter conhecimento, visão de futuro e um ‘plano B’ para mudar as estratégias, se necessário. O pro�ssional que tiver conhecimento, vontade e determinação passará por todas as fases do processo empreendedor, no entanto, nada o isentará dos desa�os e obstáculos. Chamamos de ‘processo’ porque são etapas que o empreendedorismo apresenta para que o pro�ssional identi�que novas oportunidades e novas ideias. Baron e Scott (2010) a�rmam que “Empreendedorismo é uma processo - uma cadeia de eventos e atividades que ocorrem ao longo do tempo”. Empreender está ligado à ação e à atividades. Com isso, é necessário se atentar aos movimentos do ecossistema do empreendedorismo, aos eventos que ocorrem nos ambientes interno e externo e de que forma in�uenciam o cotidiano das pessoas. A partir dessa observação, identi�car necessidades, gerar ideias, propor soluções para tornar a vida dos consumidores mais fácil e proporcionar qualidade de vida. Quando o assunto é ‘gerar ideias’ é importante a de�nição de um ponto de partida. Esse ponto deve estar ligado à uma necessidade que um mercado/nicho apresente de maneira comum, ou seja, coletiva. Como exemplo, podemos citar o ‘ Case do UBER ’. O que vemos nesse caso é uma necessidade coletiva identi�cada em uma sociedade, onde a maioria das pessoas manifestou uma demanda comum por transporte rápido, coletivo e com custo acessível. O procedimento completo para geração de ideia consiste, antes de mais nada, em veri�car as características e existência de mercado e clientes. Gerar um ideia, consequentemente, nos remete à outras ações, como: estudar e analisar mercados, levantar e identi�car demandas, planejar, executar e etc. Gerar uma ideia implica também em gerar uma demanda. Nos últimos tempos, a geração de ideias começou a ser vista de modo diferente pelos especialistas em inovação. Com isso, novas práticas têm sido incorporadas ao processo de geração e desenvolvimento de ideias e novas ferramentas começam a pertencer este cenário com o intuito de favorecer e estimular o processo criativo. Estabelecer uma postura proativa na geração de ideias e uma sistematização para o processo de planejamento neste campo, auxilia o empreendedor na elaboração de uma metodologia criativa favorável à novas ideias. A medida que se adota um ponto focal para direcionar as ideias e encaminhá-las para o primeiro estágio, inicia-se a geração de ideias. Trabalhar com grupos multidisciplinares e com alguns critérios de�nidos são decisões que alavancam a geração de boas e novas ideias quando o assunto é disponibilizar ao mercado bens e serviços inovadores e que atendam uma demanda latente. A medida que uma ideia de partida é tratada e posteriormente re�nada, temos o início das etapas do processo criativo que contribuirá com um modelo de negócio em potencial. Uma vez que a ideia é apresentada e aceita, inicia-se a construção do escopo. O escopo faz parte da gestão de projetos e nele deve conter um resumo geral da ideia e seu desenvolvimento, como também os recursos necessários para seu desdobramento, lembrando que a criação de ideia para um potencial negócio envolve riscos. O que se espera é que os envolvidos em um processo de geração de ideias tenham visão de negócios, vislumbrem o futuro, conheçam amplamente o segmento que pretendem empreender, tenham visão sistêmica e levantem informações concretas que, de fato, possam formar um banco de dados que justi�que uma tomada de decisão. É importante ressaltar que nenhuma ideia nasce pronta. Se listarmos os diversos empreendedores nacionais e internacionais, veremos que todos tiveram histórias de insucesso, fracasso e até mesmo falência nos negócios e empreendimentos. E, se olharmos ideias atuais de sucesso, veremos que foram re�nadas e remodeladas até chegarem no modelo considerado ideal. A ideia precisa ser, continuamente re�nada e melhorada conforme as mudanças apresentadas no meio empreendedor e inovador. Além de não nascer pronta, uma ideia também não se perpetua no mercado se o empreendedor não lapidá-la e ajustá-la conforme os movimentos decorrente do ecossistema que está inserido. O comportamento do consumidor se altera saiba mais Saiba mais Acesse o site da Revista Harvard Business Review e leia o artigo escrito por Daniel Isenberg e saiba mais “Como é na realidade um ecossistema de empreendedorismo”. Boa leitura! ACESSAR https://hbrbr.com.br/como-e-na-realidade-um-ecossistema-de-empreendedorismo/e, a medida que essa alteração acontece, a lei da oferta e da procura se modi�ca. O consumidor passa a desejar produtos e serviços que até então não manifestava interesse e/ou necessidade. Quando citamos o ‘Case do Airbnb ’ como exemplo de uma ideia de sucesso, o que percebemos é que os idealizadores identi�caram a oportunidade, focaram em uma demanda existente e coletiva para realização, comercialização e monetização do novo negócio … e foi fácil? Foi assim desde o início? A resposta é: Não! Como todo empreendedor, os fundadores do ‘Airbnb’ superaram obstáculos, enfrentaram desa�os e di�culdades. Tiveram persistência, erros e foram re�nando a ideia e moldando o modelo de negócio conforme foi crescendo, expandindo e manifestando novas necessidades. O Airbnb trouxe consigo o conceito de startup e por ser conhecido mundialmente, foi se adequando às diferentes culturas existentes nos países que utilizam o serviço online de aluguel de quartos e imóveis. Para Blank e Dorf (2014, p. 10), de�nem uma startup como “uma organização temporária em busca de um modelo de negócio escalável, recorrente e lucrativo” e relatam que “a capacidade de aprender com os passos em falso diferencia um startup de sucesso”. Você, pode estar se perguntando sobre os mercados imobiliário e hoteleiro? Como �caram com a chegada desse novo conceito e modelo de negócio trazidos pela startup Airbnb? O que é possível a�rmar é que novas ideias surgem no mercado o tempo todo, independente do segmento. Podem tornarem-se novo negócios ou não, contudo, são capazes de envolver e transformar toda a dinâmica do cenário, movimentando direta e indiretamente os demais negócios. Como exemplo, temos o UBER que, com sua entrada no mercado, alterou a dinâmica de trabalho dos táxis e, o Airbnb, da rede hoteleira. Notamos que a sociedade de consumo também se apresenta sob um novo formato. A Globalização e a Era do Conhecimento vêm constituindo comunidades com mais informação com relação aos bens e serviços que desejam adquirir e consumir. Este novo formato também tem instigado novas necessidades que demandam novas ideias para supri-las, como um processo em cadeia e cíclico. Sabemos que as mudanças no mundo contemporâneo são irreversíveis, contudo, as necessidades existem e o desa�o é gerar ideias e apresentar soluções. Cabe ao empreendedor traçar estratégias inteligentes para que seu modelo de negócio possa gerar ideias competitivas e diferenciadas perante os demais que estão disputando o mesmo nicho de mercado. No entanto, a dinâmica que envolve a geração de ideia não é tão simples assim. É preciso saber o que entregar, para quem entregar, onde entregar e a quanto entregar. Diante dessa a�rmativa, podemos voltar aos conceitos dos 4 P’s de Marketing que se fazem indispensáveis ao empreendedor. Quando o processo de geração de ideia se inicia, a elaboração das estratégias, dentro da visão sistêmica, também deve perpassar pelos 4 P’s quando abordamos o P roduto, o P reço, a P raça e a P romoção. Vale ressaltar que, quando tratamos de empreendedorismo, a integração e interação devem estar presente em todo processo de criação de ideias e planejamento de novas propostas. reflita Re�ita Se falta de tempo realmente fosse uma justi�cativa para você não tirar os seus projetos do papel, somente os desocupados teriam sucesso. Flávio Augusto da Silva (2014, p. 63). praticar Vamos Praticar As startups surgem no cenário empreendedor a partir da observação do mundo dos negócios, trazendo inovação nos produtos, serviços e processos. Muitas passam pelo processo de remodelagem até chegarem ao ponto que, de fato, atendem as demandas e necessidades do mercado-alvo. Vão, com o passar do tempo, re�nando as ideias para suprir e satisfazer o cliente e melhorando a proposta de valor que apresentam aos clientes. 1) Pesquise como surgiram as primeiras ideias das startups ‘UBER’ e ‘Airbnb’ e descreva qual a proposta de valor que apresentam ao mercado. 2) Escolha uma empresa do meio em que vive ou frequenta. Informe-se de como surgiu , descreva como se deu a geração de ideias e destaque os desa�os enfrentados para empreender. Como planejar? Quais instrumentos devem ser utilizados? Como criar uma estrutura de planejamento? É necessário criar um roteiro, ou seja, um planejamento para orientar e direcionar as ações rumo aos objetivos contidos no propósito da empresa. É relevante constar no roteiro desde informações simples das atividades que devem ser realizadas, como o número de pessoas envolvidas, materiais, ferramentas e prazo para que o empreendedor encontre a melhor forma de alocar os recursos organizacionais disponíveis na busca do sucesso no planejamento de uma proposta inovadora. A medida que criamos um Framework de planejamento, devemos pensar e de�nir estratégias e um plano de ação capaz de conduzir as atividades para o cumprimento de metas e objetivos estabelecidos para o percurso e delineamento de uma proposta inovadora de um modelo de negócio. Frente a isto, é necessário eliminar as barreiras que impedem o desenvolvimento das tarefas, encontrar maneiras de avançar, �rmar boas parcerias e agrega valor ao negócio. Planejamento dePlanejamento de Propostas InovadorasPropostas Inovadoras No entanto, um planejamento também tem que possuir um propósito que se alinhe com as propostas inovadoras que se pretendem desenvolver. Para tanto, é preciso identi�car diversos outros pontos e recursos que se conectam ao planejamento e permeiam o modelo de negócio desejado. Como podemos pensar em um planejamento se não temos direção, se não sabemos o que vamos oferecer, que valor iremos entregar ao consumidor, de que forma será entregue, qual o nicho de mercado, etc? Portanto, criar uma sessão de brainstorming e iniciar o esboço de ideias de forma geral são caminhos que auxiliarão no processo de geração de ideias e planejamento de propostas inovadoras, visto que ambos se conectam e se complementam. Podemos propor inovação apenas para transformar o que conhecemos. Como vamos inovar se não conhecemos determinado um produto/serviço? Como o produto/serviço se apresenta no mercado? Como é recebido no meio que está posicionado? Quais os índices de satisfação e rejeição do público- alvo? Para planejar e inovar é preciso conhecer. ‘Conhecimento’ no sentido amplo e ao mesmo tempo, restrito da palavra. É necessário conhecimento geral do mercado global como um todo, como também, conhecimentos especí�cos e técnicos do segmento que se pretende propor inovações. Uma proposta inovadora de negócio pode apresentar diversos conceitos e ser caracterizada de formas diferentes. É possível inovar nos produtos, nos serviços e nos processos. E, como sabemos em que esfera inovar? Vamos inovar em produtos, serviços ou processos? A medida que o empreendedor conhece o universo em que está inserido, observa e estuda o mercado-alvo, tem a possibilidade de levantar dados e informações que os conduzirão à análises qualitativas e quantitativas, proporcionando uma leitura mais apurada dos fatos. Com ações desenvolvidas para esse �m, há condições de veri�car e identi�car oportunidade/necessidade/desejo obtidos através do mapeamento do mercado. Feito isto, o planejamento começa a ser executado e, quando necessário, faz-se o re�namento destes elementos. Veri�cando a dinamicidade, volatilidade e as inúmeras ofertas existentes no universo empreendedor, notamos que as necessidades do consumidor mudam em velocidade diferente de antigamente. Passa a desejar e manifestar interesse no consumo de um produto/serviço, rapidamente e, que, há tempos passados não lhe chamava a atenção e, que, por um novo estilo de vida adotado, passou a lhe gerar valor. Ou seja, o que podemos notar é que o movimento empreendedor acontece paralelamente ao movimento do mercado de consumo e suas características atuais. Por isso que as pesquisas e estudos de mercado não podem cessar, pois os traços que de�nema sociedade de consumo de modi�cam/alteram/transformam constantemente. Ao empreendedor cabe o felling para identi�car se o planejamento de proposta inovadora cabe ao produto, ao serviço e/ou ao processo. Um exemplo é o ‘ Ifood ’. A proposta inovadora do ‘ Ifood ’ está presente no momento que o cliente realiza seu pedido pelo aplicativo - app -, dando-lhe a oportunidade de acessar um cardápio com opções, diferentes escolhas e diversos preços, além de entregar em casa - delivery . De que maneira? Baixando o aplicativo e se cadastrando em uma plataforma online , sem sair de casa. O que podemos notar na proposta no ‘ Case Ifood ’ é a inovação na forma de como se pede o produto/serviço, sendo interessante observar que, nem sempre, a proposta vem carregada de tecnologia, mas sim de valor agregado e custo-benefício adquiridos. Os usuários do Ifood buscam comodidade, praticidade, acessibilidade e diversidade em um só lugar. Estes são os propósitos deste modelo de negócio. Um aspecto importante para analisarmos é, sobretudo, quanto a di�culdade que as pessoas têm em apresentar um planejamento de propostas inovadoras. Vamos por partes… Qual o conceito que você, seu negócio ou o empreendimento no qual você trabalha tem de planejamento de proposta inovadora? Vamos a exemplos práticos que, com certeza, todos já puderam ter como experiência. Quando uma pessoa decide viajar, qual o primeiro passo? É comum ouvirmos que se faz uma ‘planejamento’ diante de algumas informações existentes e outros que obtém com pesquisas, como: Delimitação: que envolve um cronograma de dias e a de�nição do local que se espera chegar, Recursos disponíveis e recursos escassos: para de�nir as estratégias da viagem e não comprometer o planejamento, Informações: para saber clima, região, hábitos, etc., e correr menos riscos, ou riscos calculados, Parceiros: quem e quantos irão viajar, Estrutura: onde as pessoas irão se hospedar, Meios: se o trajeto será de carro, trem, navio, avião, dentre outros pontos. No planejamento de um modelo de negócio e de uma proposta inovadora, não é muito diferente. É preciso vontade, conhecimento, informações, um mapa, um instrumento norteador, ferramentas, recursos disponíveis, etc., para se iniciar os primeiros traços de um escopo. A elaboração do planejamento de uma proposta inovadora é resultado da percepção, direção, dedicação e muito trabalho de pessoas talentosas que fazem acontecer. Dornelas (2018) a�rma que “onde existe talento há possibilidade de crescer, diversi�car e desenvolver novos negócios”. Qualquer fonte de informação pode ser o ‘ start ’ para novas ideias, inovações e oportunidades. Para isso tem que estar bem informado, com a mente aberta e preparada para que propostas inovadoras façam parte do planejamento do empreendedor. Vale ressaltar que as informações precisam ser relevantes e condizentes como o propósito dos negócios. Na era da ‘ fake news ’ é necessário saber separar e �ltrar as informações e dados coletados para que não haja equívocos e perdas na execução do plano de ação traçado no planejamento. Como sabemos se temos uma boa proposta e se ela é, de fato, inovadora? Com um planejamento consistente e sustentável. Claro que é uma assunto amplo e que engloba diversos fatores. Porém, quando o assunto permeia aspectos relacionados à estes temas - planejamento e proposta inovadora-, temos algumas diretrizes nas quais podemos nos apoiar. Considerando que o mundo e o mercado estão muito complexos e dinâmicos e, que, a velocidade das informações é muito grande, precisamos que o processo de planejamento seja dinâmico, ágil, enxuto e funcional para não perder sua validade. Não podemos mais considerar o mesmo conceito de planejamento de décadas passadas se hoje as coisas funcionam sob outra dinâmica. O empreendedor que não acompanhar essa velocidade e caminhar para a inovação, se tornará obsoleto mais rápido do que se imagina. Para planejar e propor inovações, antes de mais nada é preciso estar preparado para a mudança. E essa mudança tem uma abordagem profunda porque está ligada à padrões que remetem: às formas de se relacionar com os clientes, considerando alternativas mais dinâmicas, com redes sociais, network e outros, à concepção de gestão e na forma de rever e implantar melhorias, ao uso de novas tecnologias, à forma de comunicação e relacionamento com a sociedade, sejam parceiros, funcionários, fornecedores e outros, à novos participantes do mercado, fusões, compras, mudanças de posicionamento e estratégia. Dessa forma, um planejamento de propostas inovadoras deve permear os pontos fortes e fracos em busca de soluções para os pontos negativos. Identi�car as potencialidades e seu desempenho para explorar pontos positivos e trabalhar melhorias contínuas. Elencar as fragilidades que in�uenciam no desempenho dos negócios. Assim, a partir desses aspectos, iniciar com um time de pro�ssionais preparados, novos planejamentos e propostas. praticar Vamos Praticar 1) Converse com empreendedores de sua rede de contatos e descubra como o planejamento foi desenvolvimento e como a proposta inovadora de negócios se desenvolveu. 2) Baseado em observações cotidianas, que proposta inovadora você faria para empreender no mercado? Face a numerosas di�culdades relacionadas com a implantação de uma cultura de avaliação contínua nas organizações para a validação de uma ideia de partida ( ou ideia inicial), da difícil colaboração de equipes multidisciplinares e até mesmo de times despreparados, notamos que fazer a gestão de projetos inovadores é um desa�o no mundo dos negócios. Pensar em propostas inovadoras e re�ná-las, faz com que os pro�ssionais das áreas de inovação e estratégias tragam para o ecossistema empreendedor ferramentas que os auxiliem nessa etapa, tentando agilizar e facilitar o processo. Após a de�nição de uma ideia é necessário que se elabore um planejamento estruturado com previsões e projeções de mercado que, bem sabemos, se alteram conforme o movimento e dinamicidade do cenário empreendedor. Antes da fase de execução, existe o protótipo da ideia que, a medida que é testada e validada, pode ser reorientada em função dos resultados obtidos com os testes. Re�namento de PropostasRe�namento de Propostas InovadorasInovadoras Sendo assim, algumas premissas de mercado identi�cadas são capazes de dar direcionamento para o projeto e auxiliar na de�nição das próximas estratégias. Conhecer melhor o comportamento dos clientes para lhes proporcionar melhores serviços, gera direcionamento de esforços para a criação e elaboração de um planejamento. Com isso, mitigar riscos e capitalizar sobre as oportunidades identi�cadas é possível com o conhecimento adquirido e, se faz no ato de planejar e re�nar o planejamento e a ideia. Não há projeto que se desenhe do início ao �m sem necessitar de ajustes, alinhamentos e novos direcionamentos. O que facilita o re�namento do planejamento de forma sistêmica é a capacidade de visão de futuro, a busca incessante de dados e informações que impactem na tomada de decisão, formar times multidisciplinares e criar uma cultura integrada de trabalho capaz de promover a interação dos colaboradores, compartilhar ideias e estreitar diálogos entre os stakeholders . Só possível mudar e re�nar aquilo que conhecemos. Sem entendimento e conhecimento, toda mudança será em vão, podendo render prejuízos incalculáveis. As organizações enfrentam grandes desa�os, entre eles: a necessidade de reduzir o ciclo de vida de produtos e serviços, enfrentar exigências de qualidades superiores, menores tempo de desenvolvimento, menores custos de produção, buscar a excelência produtivo, desenvolvimento de inovações e busca de maior agilidade. Como notamos, o cenário exige o tempo todo que as empresas e pro�ssionais explorem novas oportunidades no mercado com grande potencial para geração de inovações. Com isso e como consequência dessa dinâmicado mercado, as empresas estão adotando técnicas inadequadas à sua realidade, extremamente burocráticas, in�exíveis e pouco inovadoras, pois a intenção é se enquadrar nos moldes inovadores de negócios nos quais o mercado se redesenha. Buscando remodelagem de negócios, atualmente, as empresas com cultura inovadora estão adotando a �loso�a lean para validação e re�namento de ideias e otimização organizacional. Sucessivas fases de re�namento são comuns quando a ideia de partida não é referenciada pela experiência real, sendo o protótipo reorientado em função do que se vai aprendendo. No momento do re�namento é possível nos depararmos com custos adicionais na busca por viabilidade comercial e técnica. Por isso, deve-se avaliar constantemente as propostas inovadoras para considerar as margens que podem gerar ine�ciências e gastos adicionais até o estabelecimento de alicerces sólidos. Saber quais as que se descartam sem comprometer o desenvolvimento e investimento sustentável da proposta também faz parte o re�namento de ideias. Os estudos mostram que a avaliação de um planejamento deve se apresentar um Framework para contribuir no processo de geração e re�namento de conceitos e estruturação inicial da ideia de partida, tendo como objetivo facilitar o atingimento do sucesso. O processo de re�namento deve buscar proximidade com o processo de pesquisa e desenvolvimento da organização, pois re�nar demanda conhecimentos e habilidades para tatear a porosidade entre o ambiente interno (inbound) e o ambiente externo (outbound). No processo de desenvolvimento e re�namento de ideias, os ambientes internos e externos geram conhecimentos e informações capazes de potencializar o aprimorar conceitos e estratégias a partir da estruturação inicial que já começou a ser validada. Sendo assim, se faz necessário estruturar um Framework cíclico no re�namento das propostas inovadoras para orientar os empreendedores no aprimoramento das atividades realizadas. Isto feito, é preciso analisar e acompanhar as práticas e identi�car o que, efetivamente, deve validar como proposta inovadora. É desejável validar um conjunto de melhores práticas no re�namento para aplicá-las ao longo do desenvolvimento da ideia e sucesso do empreendimento. Ferramentas conhecidas como ‘ Design Thinking ’ e ‘ Business Models Canvas ’ são indicadas por especialistas em inovação para a construção do Framework de re�namento de uma proposta inovadora. indicações Material Complementar FILME Joy: O nome do sucesso Ano: 2016 Comentário: O �lme narra a história de uma jovem que decide empreender a partir do momento que, em uma viagem em família, identi�ca uma oportunidade com a ocorrência de um acidente doméstico. O processo da geração de ideias se inicia ao mesmo tempo em que Joy se deparara com as di�culdades e obstáculos que irá enfrentar. Motivada pela necessidade e pelo sonho e uma vida, a jovem empreendedora triunfa e transforma tudo ao seu redor. TRA ILER LIVRO Oportunidades Disfarçadas: Histórias reais de empresas que transformaram problemas em grandes oportunidades Carlos Domingos Editora: Sextante ISBN: 978-85-7542-485-8 Comentário: O livro relata histórias empreendedoras resultado de oportunidades disfarçadas e com fatos curiosos envolvendo algumas marcas e empreendedores dos últimos tempos. Altamente inspirador o livro conta como um brasileiro descobriu a sandália usada por pescadores franceses que iria revolucionar sua empresa e virar febre nacional. Com a Melissa, a Grendene chegou a vender 25 milhões de pares em um único ano. conclusão Conclusão Todos podemos realizar nossos sonhos. Os sonhos de empreender, de mudar a realidade, de participar da evolução e das conquistas da civilização. É consenso comum: só conseguimos mudar nossa realidade a partir de nossos próprios atos. Precisamos, cada vez, de empreendedores planejadores, desenvolvedores, compradores, reformadores, investidores de tempo, recursos e atitudes. Cabe ao empreendedor a tomada de decisão sobre empreender na construção sustentável de uma nova realidade. A caminhada empreendedora envolve um misto de habilidades, desejos, sonhos, recursos e técnicas de gestão desenvolvidos. Compreender o ecossistema e suas características ajuda no processo de geração de ideia, no planejamento de propostas inovadoras e no seu re�namento. A grande verdade é que o empreendedor não para nunca… #keepwalking. referências Referências Bibliográ�cas BARON, Robert A., SHANE, Scott A. Empreendedorismo: uma visão do processo . São Paulo:Cengage Learning, 2010. BLANK, Steve, DORF, Bob. Startup: Manual do Empreendedor – o guia passo a passo para construir uma grande companhia . Rio de Janeiro: Atlas Book, 2014. DORNELAS, José. Introdução ao empreendedorismo: desenvolvendo habilidades para fazer acontecer . São Paulo: Empreende, 2018. DORNELAS, José. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. São Paulo: Empreende , 2018. SILVA, Flávio Augusto da. Geração de valor: compartilhando inspiração . Rio de Janeiro: Sextante,2014.
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