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Língua Portuguesa: Texto e Discurso 
Aula 06: Tipos de Intertextualidade 
Tópico 02: As relações intertextuais por copresença
VERSÃO TEXTUAL 
Como dissemos no Tópico 1, vamos estudar a intertextualidade numa perspectiva estrita 
(stricto sensu), aquela em que parte de um texto se encontra de algum modo presente em outro, ou 
aquela em que um texto transforma ou imita um estilo ou um gênero do discurso. Qualquer marca 
que assinale essas possibilidades será fundamental para a identificação do intertexto. 
Segundo Koch, Bentes e Cavalcante (2007, p. 46), “a intertextualidade diz respeito aos modos como a 
produção e recepção de um texto dependem do conhecimento que se tenha de outros textos com os quais 
ele, de alguma forma, se relaciona”. Isso não significa dizer que deixe de haver intertextualidade se um ou 
outro coenunciador, por desconhecimento de certos textos, não reconhecer o processo intertextual. 
Para Bakhtin (2003), os gêneros discursivos surgem para atender a uma determinada função, seja ela 
técnica, cotidiana, científica... De acordo com essa função, os gêneros são gerados, firmados e 
compartilhados entre os membros da esfera de comunicação.
Tentamos reunir, nos próximos tópicos, os tipos mais consagrados de intertextualidade na literatura 
sobre o assunto. A seguir, vamos descrever rapidamente cada um, buscando integrá-los numa 
categorização orientada pelos dois grandes parâmetros estabelecidos por Genette (1982): copresença e 
derivação (por transformação e por imitação). Acrescentamos à classificação do autor alguns subtipos não 
contemplados por ele, mas caracterizados por outros autores.
As intertextualidades por copresença
a) A citação 
Para Genette (1982), a citação é a forma mais explícita, mais evidente, mais tipograficamente marcada 
de copresença. Costuma destacar-se num texto pela introdução de verbos dicendi, por aspas, por itálicos ou 
negritos, e pode apresentar ou não a referência ao autor do trecho inserido. Vejamos o exemplo seguinte 
como uma ocorrência bem prototípica de citação:
VERSÃO TEXTUAL 
Os mosquitos morrem entre aplausos. (Sabedoria popular).
"O Amor é ciência de sublimação para Deus e a felicidade para crescer deve dividir-se. Não há 
rupturas de laços entre os que se amam no infinito do espaço e na eternidade do 
tempo." (Francisco Cândido Xavier/Emmanuel). (texto enviado por e-mail pessoal)
Note que a citação reproduz literalmente a fala de outro locutor e pode vir com a indicação da fonte ou 
não, dependendo de vários fatores, como o grau de conhecimento que se supõe que o coenunciador tenha 
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