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SP3 E1 Cardiovascular: estrutura e função do coração Sistema Cardiovascular - SP3 E1 • Ictus • Coração 1. Funcionamento normal x alterado 2. Morfologia: estrutura e função 3. Controle e regulação 4. Relações com sinais vitais: estimulante - homeostasia • Exames: ecocardiograma, eletrocardiograma, parâmetros • Sintomas/sinais: tremores, taquicardia, palpitações, sensação de engasgo, aperto no peito, boca seca, cefaleia e pupilas dilatadas 1. Estudar anatomia, histologia e fisiologia do coração 2. Relacionar sistema endócrino, nervoso e circulatório 3. Relacionais os estimulantes com os sinais e sintomas do caso 4. Visualizar/Conhecer os exames, identificando os parâmetros Tutoria Termos desconhecidos Chuva de Ideias Objetivos Mapa Mental Hipóteses • O coração possui dois átrios e dois ventrículos • O estimulo do energético gerou os sinais e sintomas e depois foi regulado pela homeostasia • Controle e regulação é realizado pela integração endócrina e nervoso • Fluxo sanguíneo aumentado devido a desregulação homeostática Sistema Cardiovascular - SP3 E1 Coração Anatomia Estrutura histológica da parede do coração O miocárdio é composto por fibras musculares estriadas cardíacas (cardiomiócitos) individuais e que seguem um trajeto oblíquo ao redor do coração. Na parede dos átrios e ventrículos direitos elas formam duas camadas, enquanto no ventrículo esquerdo formam três camadas. O miocárdio é mais espesso na região do ventrículo esquerdo devido a maior pressão para circulação sistêmica. Fixam-se nas válvulas cardíacas, composto por TCD que forma um anel fibroso ao redor das valvas AV e semilunares. Ele estabiliza, proporciona fluxo unidirecional e funciona como isolante elétrico onde as células cardíacas estão fixadas ao esqueleto fibroso -> excitação conduzida para os ventrículos por meio do feixe de His. Musculatura GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz Localiza-se na cavidade periférica, região inferior do mediastino médio. Referente a sua projeção, existem quatro faces: esternocostal (face mais anterior próximo ao ventrículo direito), diafragmática (mais abaixo próximo aos dois ventrículos), posterior e pulmonar (direita pelo átrio e esquerdo no ventrículo direito). O coração é dividido nas partes esquerdas e direitas pelo septo atrioventricular. As duas partes são divididas por meio de valvas (valvas atrioventriculares). Portanto, existem duas partes do septo atrioventricular • Septo interatrial • Septo inter ventricular dividida em parte membranácea e muscular O pericárdio promove uma estabilização da posição e redução do atrito. Ele é composto pelo pericárdio fibroso e pericárdio seroso (representa a lâmina visceral - epicárdio, o qual, é o folheto visceral do pericárdio fibroso): • pregas de reflexão do pericárdio sobre o epicárdio formam ramos verticais entre as válvulas formando na face posterior dois espaços em formato de fenda: o seio transverso e o seio oblíquo do pericárdio. • Na face esternocostal -> sulco inter ventricular anterior • Na face diafragmatica -> sulco inter ventricular posterior • os átrios possuem um fundo chego chamado de aurículas • No átrio direito desembocam as veias cavas superiores e inferiores, enquanto no átrio esquerdo desembocam as válvulas pulmonares • Endocárdio: túnica interna formada por endotélio e tecido conjuntivo frouxo subendotelial • Miocárdio: musculatura cardíaca formada por células as musculares estriadas cardíacas com os cardiomiócitos • Epicárdio: tunica serosa associada ao folheto visceral do pericárdio seroso. Valvas cardíacas As atrioventriculares estão ancoradas nos músculos papilares por meio das cordas tendineas (evitam o prolapso). • Direita: valva tricúspide • Esquerda: bicúspide ou mitral Válvulas semilunares • Direita: tronco pulmonar • Esquerda: aorta • Sístole: aorta e tronco pulmonar se abrem e válvulas AV se fecham para que o sangue flua para os ventrículos • Diástole: AV se abrem Esqueleto fibroso Sistema de condução Sistema autogerador e condutor do impulso composto por celulas musculares cardíacas modificadas (não são fibras nervosas) e estão organizadas em nós: 1. Nó sinoatrial/sinusal 2. Nó atrioventricular (AV) 3. Fascículo AV - Feixe de His 4. Ramos direitos e esquerdo do fascículo AV Estímulo devido à despolarização espontânea das células musculares no nó SA no AD entre VCS e aurícula direita; conduzindo até o nó AV sendo minimamente retardado para possibilitar o enchimento dos ventrículos. Plexo cardíaco com fibras simpáticas e parassimpaticas; • Fibras simpáticas: fibras pós ganglionares de neurônios cujo corpos celulares estão nos gânglios cervicais do tronco simpatico e atinge o plexo pelos nervos cardíacos cervicais • Simpático: aumenta frequência cardíaca com efeito cronotrópico positivo, condução com efeito dromotrópico positivo e a excitabilidade batmotrópico positivo. Já o parassimpático inclui esses efeitos ao inverso e deriva do nervo vago atingindo o plexo ramos cardíacos cervicais. Inervação Sistema Cardiovascular - SP3 E1 A torção do ventrículo acontece durante a sístole e a distorção ocorre durante a diástole. Esse movimento auxilia na ejeção e no seu relaxamento. Coração O ventrículo esquerdo é organizado em complexas camadas de fibras que correm em diferentes direções e permitem que o coração se contraia em movimento de torção; • camada subepicardica externa gira na direção esquerda e camada subendocardica, a interna, gira na direção oposta (direita) causando rotação no sentido horário do ápice do coração e rotação anti horária da base do ventrículo esquerdo resultando no movimento de torção do ventrículo esquerdo. Fibras subendocardicas internas do ventrículo esquerdo seguem obliquamente em relação as externas O coração é formado por duas bombas (direito x esquerdo). Tratam-se de bombas pulsáteis com um átrio e um ventrículo sendo o átrio como uma bomba de escova para o ventrículo; e o ventrículo fornece a forca de bombeamento principal que propele o sangue pela circulação pulmonar (VD) ou sistêmico (VE). Mecanismos promovem o ritmo cardíaco com sucessões continuas de contrações cardíacas transmitindo potenciais de ação pelo músculo cardíaco, causando batimentos rítmicos do coração. O coração é composto por três tipos de músculo Atrial, ventricular (difere do esquelético com longa contração) e fibras especializadas excitatórias e condutórias (poucas fibras contráteis, descarga elétrica rítmica automática sob forma de potencial de ação ou fazem a condução desses representando o sistema excitatório que controla os batimentos). Sincício de muitas celulas musculares cardíacas, interconectadas, quando uma é excitada o potencial se espalha. Composto pelo sincício atrial e ventricular, conduzindo por feixes e eles permitem que os átrios se contraiam pouco antes do ventrículo. Potencial de ação Após o potencial em ponta (spike) inicial, a membrana permanece despolarização durante 0,2s exibindo um platô e depois repolarizacao abrupta. O platô faz a contração durar 15x mais. • Motivos de platô: Potencial de ação prolongado: potencial de ação do músculo cardíaco ocorre pela súbita abertura dos canais de sódio rápidos devido a permanecerem abertos e se fechem abruptamente. Fisiologia cardiovascular GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. HistologiaBásica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz Histologia do Músculo Cardíaco 1. Tecido estriado muscular cardíaco 2. Estruturas e organelas 3. A parede do coração é composta por três camadas Tecido muscular involuntário limitado ao coração. Derivado do mesênquima esplânico. • Células alongadas e ramificadas e que se prendem por meio de junções intercelulares complexas, fibras cardíacas com 1 ou 2 núcleos no centro. São circundados por uma delicada bainha de tecido conjuntivo com muitos capilares. Possui muitas linhas transversais em intervalos irregulares ao longo da célula. Esses discos intercalares são complexos juncionais que encontram-se três especializações juncionais principais: • Zônulas de adesão: principal e serve para ancorar filamentos de actina dos sarcômeros terminais • Desmossomos: unem as células musculares cardíacas fortalecendo a união na atividade contrátil • Junções comunicantes que se localizam na lateral, do tipo GAP, responsáveis pelas continuidades iônicas - passagem de ions - comportamento de sincício Sistema T e o retículo sarcoplasmático não são tão bem organizados, mas nos ventriculos os túbulos T são maiores. Os túbulos T na altura da banda Z e não na junção A e I, por isso há apenas uma expansão de túbulos T por sarcômero. • Díades: 1 tubulo T e 1 cisterna do retículo sarcoplasmático • Numerosas mitocôndrias: 40% do volume citoplasmático, armazena ácidos graxos como TG encontrados nas gotículas do seu citoplasma • Fibras com grânulos secretores, mais abundantes no AE e possui a molécula precursora do hormônio ou peptídeo atrial natriurético • Fluido extracelular é a fonte primária de cálcio para contração do músculo estriado cardíaco • Retículo sarcoplasmático é espasso/irregular, por isso, não consegue armazenar cálcio. O qual, flui pelos túbulos T e entram nas células musculares na despolarização. • O potencial de ação alcança a abundância de canais rápidos de sódio gerando o potencial de ação muito rápido, membranas plasmáticas com canais de cálcio sódio (lentos) aumentando a concentração de cálcio mantida pelos túbulos T e retículo sarcoplasmático saída lenta de potássio -> contribuindo para o potencial de ação prolongado. • Epicárdio: superfície de baixo atrito revestida por mesotélio em contato com o espaço pericárdio seroso, semelhante a túnica adventícia dos vasos, com células mesoteliais e tecido conjuntivo, adiposo • Miocárdio: músculo cardíaco , sincício funcional formando tres tipos principais de músculo: ventricular, atrial e fibras excitatórias e condutórias. Possuem três tipos de células: cardiomiócitos contrateis, mioendócrinas e nodal especializado no controle da contração rítmica dos nodos. • Endocárdio: camada interna de endotélio e tecido conjuntivo subendotelial, células musculares lisas homologas a tunica intima. O tecido conjuntivo subendotelial consiste em fibras colagenas e elásticas sintetizadas por fibroblastos. Torção do ventrículo esquerdo Sistema Cardiovascular - SP3 E1 Note que o potencial de repouso dos nós é menor do que a fibra muscular. Essa menor negatividade se dá ao fato de ser mais permeáveis ao cálcio e ao sódio, e as cargas positivas desses ions, que cruzam a membrana, neutralizam boa parte da negatividade intracelular. Coração Trata-se do mecanismo pelo qual o potencial de ação provoca a contração das miofibrilas. Então, o potencial de ação se difunde nas fibras, passa pelas membranas dos túbulos transversais. Os potenciais dos túbulos T age nas membranas dos túbulos sarcoplasmático longitudinal liberando cálcio pelo retículo sarcoplasmatico no sarcoplasma muscular. Dispersa nas miofibrilas que catalisam e promovem o deslizamento gerando a contração. A entrada de cálcio ativo nos canais de liberação de cálcio chamados de canais receptores de rianodina promove o cálcio para o sarcoplasma o que promove a interação com a troponina formando as pontes cuzadas (ou seja, cálcio adicional pelo tubulo T). A forca de contração miocárdica vem do cálcio extracelular. • Retículo sarcoplasmático: menos desenvolvido e por isso não armazena cálcio (importância do cálcio no fluido extracelular) • Ao final do platô do potencial de ação, o influxo de cálcio é interrompido e são bombeados de volta para fora das fibras musculares, tanto retículo sarcoplasmático quanto a LEC dos túbulos T. O transporte de volta: ATPase • Cálcio removido da célula por trocador sódio cálcio: o sódio que entra durante essa troca é transportado para fora da célula pela bomba de sódio e potássio. Ou seja, no final do potencial de ação rápido da fibra muscular, a bomba de sódio e potássio age para reorganizar os íons. Acoplamento excitação-contração GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz No músculo cardíaco, o potencial é originado pela abertura de canais: 1. Rápidos de sódio ativados por voltagem; 2. Canais de cálcio do tipo L (lentos) ou canais cálcio sódio: esses são mais lentos e continuam abertos por mais tempo Durante esse tempo, ions de cálcio e sódio penetram nas fibras pelos canais mantendo prolongado o período de despolarização causando o platô. O cálcio ativa o processo de contração imediatamente após o inicio do potencial, a permeabilidade da membrana celular dos íons potássio diminui como resultado do influxo de cálcio. • Diminui saída de potássio com carga positiva durante o platô impedindo o retorno rápido do potencial. Potencial de ação rápido • Fase 0: despolarização (canais rápidos de sódio abrem). Célula cardíaca é estimulada e se despolariza atingindo aproximadamente -20mv. • Fase 1: despolarização inicial: canais rápidos de sódio encerra, a célula começa a se repolarizar e ions de potássio saem da célula pelos canais de potássio abertos. • Fase 2: platô: canais de cálcio se abrem e potássio fecha, ocorre uma breve repolarização inicial e o potencial de ação alcança um platô por maior permeabilidade dos íons cálcio e diminuição de permeabilidade ao potássio • Fase 3: polarização rápida: fecha canal de cálcio e os lentos de potássio abrem • Fase 4: potencial de membrana de repouso aproximadamente -90mv. Período refratário: não consegue estimular durante o potencial de ação durante aproximadamente a duração do platô, ou seja, intervalo de tempo que o impulso cardíaco normal não consegue reexcitar uma área já excitada. Potencial de ação lento Inicialmente, ocorre com a alta concentração de íons sódio no liquido extracelular fora da fibra junto com os canais de sódio já abertos, os íons sódio positivo de fora das fibras entram nos nós pelas IF (funny currents). Quando o potencial atinge um limiar de cerca de -40mv, os canais de cálcio tipo L são ativados, provocando o potencial de ação. Ou seja, o cálcio promove a despolarização! A repolarização ocorre de forma semelhante, pelo influxo de K⁺, após a interrupção do influxo de Ca2+. A permeabilidade das fibras nodais sinusais aos íons sódio e cálcio causa a sua auto excitação. A principal diferença entre esses potenciais, é que neste não há os canais rápidos de Na⁺, sendo substituídos pelo influxo de Ca2⁺ por canais especializados, sendo, portanto, o responsável pela despolarização. Causa da condução lenta: menor númerode junções (GAP) Processo: auto excitação causa o potencial de ação, a recuperação do potencial de ação, a elevação do potencial de repouso até o disparo e a reexcitação. Sistema Cardiovascular - SP3 E1 A despolarização promove a contração e a repolarização o relaxamento Ciclo cardíaco GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz Cada ciclo é iniciado pela geração espontânea do potencial de ação no nodo sinusal. A partir dele, são gerados os impulsos rítmicos normais, as vias intermodais conduzem para o nodo atrioventricular (AV), o qual promove um retardo/atraso antes de passar os impulsos para o feixe AV. O qual, conduz do átrio para o ventrículo e os ramos direito e esquerdo do feixe de fibras de Purkinje, que conduzem os impulsos cardíacos para todas as partes do ventrículo. • O retardo do nó AV permite que os átrios se contraiam e esvaziem o seu conteúdo nos ventrículos antes que comece a contração ventricular. • Nó sinusal: considerado como marcapasso devido a capacidade de auto excitação, processo que causa descarga automática rítmica e contrações rítmicas. Por essa razão, comumente relacionada com a frequência cardíaca O conjunto de eventos cardíacos que ocorrem entre o inicio do batimento e o inicio do próximo é denominado ciclo cardíaco. Cada ciclo é gerado espontaneamente pelo potencial de ação do nó sinusal. O átrio funciona como uma bomba de escova por varrer, escovar, permitir o fluir o sangue para o ventrículo. O ventrículo é a fonte principal de forca para propelir o sangue. O período de relaxamento é chamado de diastole (quando enche de sangue) e seguido pelo período de contração chamado de sistole. A duração total do ciclo é a recíproca da frequência cardíaca, se a FC aumenta, diminui a duração a cada ciclo. Em cada ciclo, se contraem e relaxam alternadamente, enquanto uma câmara do coração se contrai, a pressão arterial aumenta. A alça dos principais eventos do ciclo cardíaco são divididos em: 1. Período de enchimento 2. Período de contração isovolumetrica 3. Período de ejeção 4. Período de relaxamento isovolumétrico O ciclo cardíaco inicia com o período de enchimento, nesse sentido, ocorre a sístole atrial e diastole ventricular (ou seja, contração dos átrios e relaxamento do ventrículo). 1. Despolarização nó sinusal gera a despolarização atrial (onda p) 2. Despolarização atrial causa sístole atrial, conforme o átrio se contrai, exerce a pressão para dentro, o que forca a passar pelas válvulas AV abertas para o ventrículo 3. Contribui com 25 ml de sangue ao volume já existente no ventrículo (resultando em 105ml). O fim da sístole também é o fim da diastole ventricular. Assim, cada ventrículo tem cerca de 130ml sendo chamado de volume diastólico final (VDF). 4. Despolarização ventricular causa a sístole ventricular através da elevação da pressao intraventricular e pelo sangue empurrado contra as valvas AV fechando as gerando assim o período de contração isovolumétrica (as 4 válvulas estão fechadas) 5. Contração continuada faz com que a pressão no interior das camadas aumente até ultrapassar 80mmHg (aortica), valvas tronco pulmonar e aorta se abrem começando a ejeção do coração (período de ejeção) 6. Ventrículo esquerdo ejeta cerca de 70ml para a aorta. O remanescente é o volume sistólica final (VSF) 7. Período de relaxamento: repolarizacao ventricular com diastole ventricular, conforme o ventrículo vai realçando, a pressao interior cai e o sangue da sorte e tronco pulmonar começa a refluir para local de baixo pressão nos ventrículos. Gráficos importantes (GUYTON) Trata-se dos eventos que ocorrem no lado esquerdo do coração durante o ciclo cardíaco. As três curvas superiores exibem as variações da pressão na aorta no ventrículo esquerdo e no átrio esquerdo, respectivamente. A quarta curva representa as variações do volume ventricular esquerdo; a quinta, o eletrocardiograma; e a sexta, um fonocardiograma, que é o registro dos sons produzidos pelo coração. Trata-se do diagrama que representa o trabalho cardíaco e a relação de volume e pressão no ciclo cardíaco para o funcionamento normal do ventrículo esquerdo. A alça é dividida nas 4 fases do ciclo cardíaco. Sistema Cardiovascular - SP3 E1 Ciclo cardíaco GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz Sistema Cardiovascular - SP3 E1 Ciclo cardíaco GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz Sistema Cardiovascular - SP3 E1 Ciclo cardíaco GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz Sistema Cardiovascular - SP3 E1 SIMPÁTICO Receptores Envolvidos: • Receptores beta-1 adrenérgicos: Localizados no músculo cardíaco, são ativados pela noradrenalina liberada pelos nervos simpáticos. A ativação desses receptores leva ao aumento da frequência cardíaca, contratilidade e velocidade de condução do impulso elétrico no coração. Hormônios Envolvidos: • Noradrenalina: É o principal neurotransmissor liberado pelos nervos simpáticos no coração. Atua estimulando os receptores beta-1 adrenérgicos, promovendo um efeito cronotrópico e inotrópico positivo. Regulação GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz Pode ser realizado de duas formas: 1. Regulação cardíaca intrínseca, em resposta às variações no volume; 2. Controle da frequência cardíaca e da forca de bombeamento pelo sistema nervoso autonômico Esse mecanismo compreende a capacidade do coração a de adaptar ao volume crescente de afluxo sanguíneo. Basicamente, o mecanismo afirma que quanto mais o miocárdio for distendido durante o enchimento, maior sera a forca de contração e maior será a quantidade de sangue bombeado para a aorta. Ou seja: dentro de limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que a ele retorna pelas veias.(A quantidade de sangue bombeado pelo coração é determinada pelo volume de sangue que chega ao coração pelas veias, chamada de retorno venoso). Qual a explicação para esse mecanismo? Quando quantidade adicional de sangue chega aos ventrículos, o músculo cardíaco é mais distendido. Isso por sua vez leva o músculo a se contrair com forca aumentada. Pode ser controlada pelos nervos simpáticos e parassimpaticos (nervo vago). A. Mecanismos de excitação cardíaca pelos nervos simpáticos Aumenta a frequência cardíaca, aumenta a forca da contração, aumentando desse modo o volume bombeado de sangue e aumentando a sua pressão de ejeção. Portanto, a estimulação simpática é capaz de aumentar o débito cardíaco. O mecanismo simpatico tem descarga continua, mas em baixa frequência. Conceitos (GUYTON) Valvas AV evitam o refluxo sanguíneo dos ventrículos para os átrios durante a sístole. As valvas semilunares impedem o refluxo da aorta para os ventrículos durante a sístole (elas abrem e fecham passivamente de acordo com o gradiente de pressão). Os músculos papilares, cordas tendíneas, evitam abaulamento. Caso rompam, permite refluxo resultando insuficiência cardíaca grave. Pré carga: grau de tensão do músculo quando ele começa a se contrair. Geralmente, é considerada como a pressão diastólica final quando o ventrículo está cheio Pós carga: carga contra a qual o músculo exerce sua força contrátil. A pós carga do ventrículo é a pressão na aorta à saída do ventrículo. Regulação do bombeamento cardíaco 1. Regulação cardíaca intrínseca - Mecanismo de Frank Starling 2. Controle do coração pela inervação simpática e parassimpática Importância dos conceitos de pré carga e pós carga: em condições patológicas, a pressão durante o enchimento do ventrículo (pré-carga), a pressão arterial contra a qual o ventrículo deve exercer a contração (pós carga), ou ambas, podem estar comprometidas. B. Estimulação parassimpática (vagal) do miocárdio Elas estão dispersas, em grande parte, nos átrios e muito pouco nos ventrículos. Isso explica o fato da estimulação vagal reduzir principalmente a frequência cardíaca e não diminuir de modo acentuado a forca de contração. Receptores Envolvidos: • Receptores muscarínicos: Localizados no músculo cardíaco, são ativados pela acetilcolina liberada pelos nervos parassimpáticos. A ativação desses receptores leva a uma redução na frequência cardíaca e na contratilidade do coração. Hormônios Envolvidos: • Acetilcolina: É o principal neurotransmissor liberado pelos nervos parassimpáticos no coração. Atua estimulando os receptores muscarínicos, promovendo um efeito cronotrópico e inotrópico negativo. Nervos Envolvidos: • Nervo Vago: É o principal nervo parassimpático que inerva o coração. Originado no tronco encefálico, o nervo vago transmite os estímulos parassimpáticos para o coração, desencadeando respostas fisiológicas associadas à desaceleração cardíaca e redução da contratilidade. Em resumo, a inervação parassimpática do coração envolve a liberação de acetilcolina pelo nervo vago, que atua nos receptores muscarínicos do músculo cardíaco, resultando em uma diminuição na frequência cardíaca e na contratilidade do coração. Sistema Cardiovascular - SP3 E1 O sistema nervoso central monitora a pressão arterial e a função cardíaca por meio de receptores especializados, que estão localizados no sistema cardiovascular. A atividade do sistema cardiovascular é monitorada por centros especializados no sistema nervoso central (SNC). Receptores de nervos sensitivos especializados, que suprem a informação aferente acerca da pressão arterial, estão localizados nas paredes dos grandes vasos sanguíneos, próximo ao coração e no próprio coração. As informações recebidas de todos os tipos de receptores cardiovasculares iniciam os reflexos fisiológicos apropriados. Os receptores funcionam da seguinte maneira: • Os barorreceptores (receptores de alta pressão) detectam a pressão arterial. Esses receptores estão localizados no seio carotídeo e no arco da aorta • Os receptores de volume (receptores de baixa pressão) localizados nas paredes dos átrios e dos ventrículos percebem a pressão venosa central e fornecem ao SNC informações sobre a distensão cardíaca • Os quimiorreceptores detectam alterações no oxigênio, na tensão de dióxido de carbono e no pH. Esses receptores encontram-se nos glomos carotídeos e para-aórticos localizados na bifurcação das artérias carótidas comuns e no arco da aorta, respectivamente. Os glomos carotídeos consistem em cordões e grupos irregulares de células epitelioides, as quais estão associadas a um rico suprimento de fibras nervosas. Regulação GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz Os íons também podem impactar na regulação do funcionamento cardíaco. Como por exemplo: • Potássio: o excesso dos ions de potássio podem fazer com que o coração se dilate e fique flácido, alem de diminuir a frequência cardíaca. Grandes quantidades podem vir a bloquear a condução do impulso dos átrios para os ventrículos pelo feixe AV. Resumindo, a alta concentração do potássio pode diminuir o potencial de repouso, despolarizando parcialmente a membrana, deixando o potencial de membrana menos negativo. • Cálcio: excesso induz a contração espásticas devido a deflagração direta no processo contrátil.
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