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Aula-01-DESAFIOS-DO-ESTADO-DE-DIREITO---DEMOCRACIA-E-CIDADANIA

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Profe Ale Lopes
Profe Ale Lopes
Profe Ale Lopes
Profe Ale Lopes
Profe Ale Lopes
DESAFIOS DO ESTADO DE 
DIREITO: 
DEMOCRACIA E CIDADANIA
Profe Ale Lopes
@profe.ale.lopes
Profe Ale Lopes
https://t.me/profealopes
Sejam bem-vindos e bem-vindas!
@profealopes
Profe Ale Lopes
Aula 01 Estado de direito e a Constituição Federal de 1988: consolidação da democracia,
representação política e participação cidadã.
Aula 02 Divisão e coordenação de Poderes da República.
Aula 03 Presidencialismo como sistema de governo: noções gerais, capacidades governativas e
especificidades do caso brasileiro
Devemos olhar para este assunto da seguinte maneira: existiu um projeto de
democratização do Brasil, na década de 1980, que teve como resultado a
Constituição de 1988. Esta se constituiu, sociologicamente falando, como um
princípio e um projeto de democracia participativa. No entanto, a realidade nos
mostra que existem inúmeros obstáculos para a implementação deste projeto.
Profe Ale Lopes
Tendo tudo isso em consideração o roteiro da nossa aula será:
1- Perspectiva histórica:
1.1 - O longo processo de redemocratização
1. 2- A Constituição como marco da redemocratização
2 - Perspectiva teórico-conceitual:
2.1 - O que é democracia participativa, representação e participação
2.2 - Mecanismos de participação cidadã na Constituição de 1988
3- Perspectiva de análise crítica : para compreender os desafios
3.1 - Crise da representação política
Profe Ale Lopes
Democracia e 
Cidadania
Profe Ale Lopes
Profe Ale Lopes
Relações que as provas fazem
Cidadania
Democracia
Regime Político que 
garante e protege 
direitos mais 
amplamente
Movimentos 
sociais
Os M.S defendem os 
direitos de cidadania
Políticas Públicas
As P.P implementam e 
garantem o acesso aos 
direitos de cidadania
Profe Ale Lopes
A História dos Direitos
Os direitos do homem, por mais fundamentais 
que sejam, são direitos históricos, ou seja, 
nascidos em certas circunstâncias, 
caracterizadas por lutas em defesa de novas 
liberdades contra velhos poderes, e nascidos 
de modo gradual, não todos de uma vez e 
nem de uma vez por todas.
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de
Janeiro: Ed. Elsevier, 7ª reimpressão. 2004, p. 9)
Reconhecimento
Proteção
Justiça
Profe Ale Lopes
Direitos civis
Direito à justiça, o direito de ir 
e vir, direito à livre expressão 
das ideias, à propriedade, à 
liberdade de crença religiosa. 
Esses direitos, conforme 
Marshall, teriam sido 
formulados entre os séculos 
XVII e XVIII. 
Tem relação com o 
desenvolvimento do 
Liberalismo
Direitos Políticos
Direito ao voto e à 
possibilidade de influenciar 
quem exercerá o poder no 
Estado. São aqueles ligados à 
participação em associações e 
sindicatos. Assim, estão ligados 
ao direito de protestar. 
Somente no século XX é que 
podemos falar de uma 
efetivação (no mundo) desses 
direitos. 
Direitos Sociais
Direitos que garantem o 
mínimo de bem-estar e 
dignidade às pessoas, sendo 
por exemplo, as leis 
trabalhistas. 
Os diretos à educação, saúde, 
moradia também entram aqui. 
Esses direitos são próprios do 
século XX. 
Quais direitos compõe a noção de cidadania?
Profe Ale Lopes
Cidadania e Nacionalidade
“Na teoria constitucional moderna, cidadão é o indivíduo que
tem um vínculo jurídico com o Estado. É o portador de direitos e
deveres fixados por uma determinada estrutura legal
(Constituição, leis) que lhe confere, ainda, a nacionalidade.
Cidadãos são, em tese, livres e iguais perante a lei.”
BENEVIDES, Maria Victoria de Mesquita. Cidadania e democracia. Lua Nova, São Paulo, n° 33,
p. 5-16, Ago. 1994
❑ Cidadão é todo indivíduo que participa de uma comunidade e, nos limites dessa 
comunidade, é portador de determinados direitos e deveres perante a ordem 
normativa (jurídica) da própria comunidade. 
Local
Legal
Profe Ale Lopes
D
em
o
cr
ac
ia • Eleições com competições de
partidos para o Legislativo e para
o Executivo
• Direito de voto à maioria da
população
• Proteção e garantias de
liberdades civis e dos direitos
políticos
• Controle efetivos das Instituições
Políticas e dos Governantes
• Direito à contestação.
D
it
ad
u
ra • Negação dos elementos
existentes no Regime
Democrático
• restrições às liberdades
individuais e políticas, como
restrição ao pluripartidarismo,
censura ou necessidade de
licença prévia.
• Em geral, autocráticos
Profe Ale Lopes
Teoria da Participação- Carole Pateman
Teorias 
contemporâneas 
da democracia
função da 
participação
Proteção do 
indivíduo
Teorias 
clássicas da 
democracia
função da 
participação
Educaçao para 
um cidadão 
virtuoso
Profe Ale Lopes
❑A teoria da democracia de Habermas enfatiza a importância do discurso público e da
deliberação como fundamentais na tomada de decisões políticas.
❑Seus três princípios centrais são a regra da inclusão (permitindo a participação de
todos), a regra da participação (garantindo a expressão de todos) e a regra da
comunicação livre de violência e coação (protegendo a liberdade de expressão).
❑Sua abordagem busca promover uma comunicação racional, uma esfera pública
acessível a todos e a igualdade de participação. Habermas acredita que a deliberação
pública pode levar a um consenso racional, valorizando a autonomia e autenticidade
dos cidadãos em influenciar políticasque afetam suas vidas.
❑Fundamenta teoricamente o modelo de democracia deliberativa.
Teoria da Ação Comunicativa
Profe Ale Lopes
FGV - 2014 - Sociólogo (SUSAM)
Desde a concepção grega sobre as formas clássicas de governo – monarquia, aristocracia e
democracia –, assistimos à reelaboração desta última, conforme se tornou sinônimo da modernidade
política ocidental.
Assinale a alternativa que caracteriza corretamente uma definição conceitual da democracia em
relação à concepção das formas clássicas de governo.
a) Na concepção platônica de governo, a democracia é considerada o ápice da degeneração
progressiva do ideal de governo justo, depois da timocracia, da oligarquia e da tirania.
b) A tipologia aristotélica de governo dissolveu a hierarquia entre governos bons e maus,
relativizando‐os conforme as diferentes experiências históricas moldaram sua valoração.
c) No século XVIII, a tradição política inglesa e francesa da defesa da monarquia constitucional
identificou democracia com virtude pública, liberdade política e igualdade social.
d) A democracia, como processo de constitucionalização do poder e estabilização das instituições
representativas, renovou, no século XIX, a contraposição clássica em relação à monarquia.
e) A partir do século XX, o conceito de democracia passou a incluir necessariamente a soberania
popular representativa e o reconhecimento constitucional de direitos fundamentais.
Profe Ale Lopes
FGV - 2012 - Consultor Legislativo (SEN)/Assessoramento Legislativo/Direitos
Humanos e Cidadania
A respeito da democracia representativa, avalie as afirmativas a
seguir:
I. Não era praticada na antiguidade clássica.
II. Surgiu a partir da Era das Revoluções, que teve como principais
eventos a fundação dos Estados Unidos e a Revolução Francesa.
III. Tem seus pilares na esfera pública e na ativação da cidadania
por meio de mecanismos participativos paraestatais.
Assinale se
Profe Ale Lopes
Assinale se
a) apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras.
b) apenas as afirmativas I e III forem verdadeiras.
c) apenas as afirmativas II e III forem verdadeiras.
d) todas as afirmativas forem verdadeiras.
e) nenhuma afirmativa for verdadeira.
Profe Ale Lopes
FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Analista Técnico Legislativo
O uso da internet pelos atores políticos é uma variável importante das
democracias representativas: deputados, atores institucionais, cidadãos e
organizações da sociedade civil utilizam diferentes plataformas para
influenciar as decisões políticas, em um processo denominado de
“Democracia Digital” que fortalece o princípio da transparência.
A respeito das tecnologias de informação e comunicação aplicadasaos
processos democráticos, relacione os possíveis efeitos da transparência
digital listados a seguir às respectivas descrições.
Profe Ale Lopes
1. Maior qualificação das ações deliberativas
2. Aumento da confiança no sistema político
3. Favorecimento dos processos de accountability
( ) A circulação online de dados, documentos, estudos, discursos governamentais e
análises de procedimentos oferece maiores insumos para a deliberação pública.
( ) O acesso e cruzamento online de informações sobre atividades governamentais
disponibilizadas pelos agentes públicos, facilita e barateia a prestação de contas da
gestão dos recursos públicos.
( ) A veiculação regular de informações em websites oficiais constitui uma vitrine pública
da governança e fortalece a credibilidade e o reconhecimento ao trabalho desenvolvido
pelas instituições públicas.
Profe Ale Lopes
Assinale a opção que indica a relação correta, na ordem
apresentada.
(A) 1 – 3 – 2.
(B) 2 – 1 – 3.
(C) 3 – 2 – 1.
(D) 1 – 2 – 3.
(E) 2 – 3 – 1.
Profe Ale Lopes
INEP- 2017
O conceito de democracia, no pensamento de Habermas, é construído a partir de uma dimensão
procedimental, calcada no discurso e na deliberação. A legitimidade democrática exige que o processo
de tomada de decisões políticas ocorra a partir de uma ampla discussão pública, para somente então
decidir. Assim, o caráter deliberativo corresponde a um processo coletivo de ponderação e análise,
permeado pelo discurso, que antecede a decisão.
VITALE, D. Jürgen Habermas, modernidade e democracia deliberativa. Cadernos do CRH (UFBA), v. 19,
2006 (adaptado).
O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas pode favorecer processos de inclusão social.
De acordo com o texto, é uma condição para que isso aconteça o(a)
A)participação direta periódica do cidadão.
B)debate livre e racional entre cidadãos e Estado.
C)interlocução entre os poderes governamentais.
D)eleição de lideranças políticas com mandatos temporários.
E)controle do poder político por cidadãos mais esclarecidos.
Profe Ale Lopes
INEP- 2016
A teoria da democracia participativa é construída em torno da afirmação central de que os indivíduos e
suas instituições não podem ser considerados isoladamente. A existência de instituições
representativas em nível nacional não basta para a democracia; pois o máximo de participação de
todas as pessoas, a socialização ou “treinamento social” precisa ocorrer em outras esferas, de modo
que as atitudes e as qualidades psicológicas necessárias possam se desenvolver. Esse desenvolvimento
ocorre por meio do próprio processo de participação. A principal função da participação na teoria
democrática participativa é, portanto, educativa.
PATEMAN, C. Participação e teoria democrática. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
Nessa teoria, a associação entre participação e educação tem como fundamento a
A)ascensão das camadas populares.
B)organização do sistema partidário.
C)eficiência da gestão pública.
D)ampliação da cidadania ativa.
E)legitimidade do processo legislativo.
Profe Ale Lopes
O LONGO PROCESSO PARA 
A REDEMOCRATIZAÇÃO
Profe Ale Lopes
C
ri
se
 d
o
 r
e
gi
m
e Aspectos econômicos: 
Crises do Petróleo
Aspectos políticos:
Crise e crescimento das oposições (MDB)
Aspectos sociais: 
Reorganização da Sociedade civil
Tensão interna nas Forças Armadas
Abertura Lenta, Gradual e Segura
Profe Ale Lopes
(2014/VUNESP)
A partir de meados da década de 1970, a ditadura militar brasileira iniciou um lento
processo de abertura. As medidas liberalizantes que aos poucos fizeram o país retornar a
uma democracia foram comandadas
a) pelas autoridades militares, buscando promover uma transição sem revanchismos.
b) pelos estudantes universitários, lutando pela reorganização de suas entidades.
c) pelos políticos do MDB, exercendo sua função de partido de oposição ao governo.
d) pelo empresariado nacional, contrário à política econômica praticada pelos militares.
e) pelos sindicatosde trabalhadoresem busca de melhores condições de vida e trabalho.
Profe Ale Lopes
Aspectos 
políticos sociais
Novos 
Movimentos 
Sociais: Mulheres, 
Negros, 
Homossexuais, 
Ambientais
CNBB ABI OAB
Manifesto dos 
Empresários
Campanha pela 
Anistia Política: 
Ampla Geral e 
Irrestrita
Grandes Greves 
do ABC Paulista
Reorganização da 
Sociedade Civil
Profe Ale Lopes
Reorganização Política
Agosto de 
1979:
Lei de 
Anistia 
Política
Novembro 
de 1979:
Lei 
Orgânica 
dos 
Partidos
❑ Partido Democrático Social (PDS): sucessor da Arena.
❑ Partido Popular (PP): formado por dissidentes da
Arena.
❑ Partido do Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB): sucessor do MDB.
❑ Partido Trabalhista Brasileiro (PTB): resgatado e
fundado pela sobrinha de Getúlio Vargas.
❑ Partido Democrático Trabalhista (PDT): fundado por
Leonel Brizola, considerava-se o legítimo sucessor do
trabalhismo dos anos 1930, 1940, 1950 e 1960.
❑ Partido dos Trabalhadores (PT): fundado por
sindicalistas, ativistas de movimentos sociais e por
intelectuais.
Profe Ale Lopes
(Inédita/2024/profe. Alê Lopes)
Diante dos sinais de esgotamento do “milagre econômico” e da ditadura civil-
militar, o governo Ernesto Geisel iniciou o projeto de abertura “lenta, gradual e
segura”, visando à transição para o regime democrático. Foi parte desse processo
estimulado pelo governo militar, com destaque para uma medida sob o governo
de João Figueiredo:
a) a Lei de Anistia aos presos políticos.
b) a Emenda Dante de Oliveira, para eleições diretas para presidente da república.
c) a manutenção das liberdades políticas por meio do bipartidarismo.
d) o Pacto de Abril, que permitiu Senadores de oposição.
e) a criação da Comissão da Verdade para apurar abusos cometidos por agentes do
Estado.
Profe Ale Lopes
(VUNESP - 2019)
Figueiredo prosseguiu no caminho da abertura política iniciada no governo Geisel. O
comando das iniciativas ficou nas mãos do general Golbery e do ministro da Justiça,
Petrônio Portella.
(Boris Fausto, História concisa do Brasil) 
Durante o governo Figueiredo, a abertura política avançou com
(A) a extinção do Serviço Nacional de Informação (SNI) em 1984.
(B) a aprovação, pelo Congresso, da Lei da Anistia, em agosto de 1979.
(C) a permissão para o funcionamento do Partido Comunista do Brasil em 1981.
(D) a reabertura do Supremo Tribunal Federal (STF) em 1980.
(E) o reestabelecimento, em 1982, da eleição direta para a presidência da República.
Profe Ale Lopes
Campanha pelas 
Diretas Já!
Emenda Dante de Oliveira: 
Eleições diretas para Presidente 
(eleição de 1985)
Profe Ale Lopes
A primeira eleição presidencial – 15/01/1985 
Não vamos nos dispersar. Continuemos reunidos, como nas praças públicas, com a mesma 
emoção, a mesma dignidade e a mesma decisão. Se todos quisermos, dizia-nos, há quase 
duzentos anos, Tiradentes, aquele herói enlouquecido de esperança, poderemos fazer 
deste País uma grande Nação. Vamos fazê-la."
Tancredo Neves
180
480
Profe Ale Lopes
(VUNESP - 2009)
Em 1983 teve início uma campanha que contestava frontalmente a legitimidade das eleições 
indiretas: era a campanha das Diretas-já. (...) (...) a campanha ganhou as ruas inicialmente sob 
a direção nacional do PMDB, com comícios que, a princípio acanhados, conseguiram reunir 
em abril de 1984 mais de 500 mil pessoas na Candelária, Rio de Janeiro, e mais de 1 milhão no 
Anhangabaú, em São Paulo. A sociedade se empolgava e entusiasticamente aplaudia a 
campanha. 
(Francisco de Assis Silva, História do Brasil)
A campanha citada teve, como desfecho, a
(A) reforma política, com a formação de vários partidos para disputar as eleições diretas em 
1985.
(B) eleição indireta de Fernando Collor, afastado da presidência da República com o 
impeachment.
(C) vitória de Tancredo Neves, candidato de todos os partidos de oposição, na eleição direta 
para presidente.
(D) eleição direta de José Sarney, líder do partido governista, para a presidência da República.
(E) rejeição, pelo Congresso, da emenda constitucional favorávelà eleição direta para 
presidente.
Profe Ale Lopes
(VUNESP - 2017)
O processo de descompressão do sistema político começara a ser orquestrado em 1975, pelos
generais Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva, ambos convencidos de que a ditadura deveria
fazer suas escolhas e definir o momento mais conveniente para revogar os poderes de exceção.
(SCHWARCZ, Lilia M. e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 
2015. Adaptado) 
Entre os momentos mais marcantes desse processo, que se iniciou nos anos 1970 e se estendeu até
a década seguinte, é correto identificar
(A) o ano de 1985, quando o primeiro presidente civil foi eleito diretamente depois de 21 anos de
ditadura, em que apenas militares estiveram no poder.
(B) o ano de 1986, quando os primeiros militares acusados de tortura começaram a ser processados,
levados a julgamento e presos posteriormente.
(C) o ano de 1982, quando explodiu um grande movimento de massas favorável às eleições diretas,
embalado pelas vitórias da oposição nos governos estaduais.
(D) o biênio 1988-1989, quando foi eleita a Assembleia que escreveu a Constituição, que só entrou
em vigor depois do plebiscito sobre a forma de governo de 1993.
(E) o biênio 1978-1979, quando o AI-5 foi extinto, a Lei da Anistia foi promulgada e extinguiu-se o
bipartidarismo, passando a haver vários partidos.
Profe Ale Lopes
1985- 1988:
REDEMOCRATIZAÇÃO
Eleições indireta 
de 1985
Governo Sarney
Constituição de 
1988
1989 – até hoje: 
DEMOCRACIA
Gov. Collor
Gov. Itamar
Gov. FHC
Gov. Lula
Gov. Dilma
Gov. Temer
Gov. Bolsonaro
Gov. Lula III
PERIODIZAÇÃO 
NO
VA
RE
PÚ
BLI
CA
Profe Ale Lopes
MISSÃO DO GOVERNO SARNEY
CONCLUIR A REDEMOCRATIZAÇÃO
controlar a inflação, que em 1985 chegou a 218,24% ao ano.
resolver a crise do endividamento externo, que chegou a 59 bilhões de 
dólares; juros absorviam 86% do PIB nacional.
colocar fim aos “entulhos autoritários” – expressão utilizada na época para falar 
da ainda vigente Constituição autoritária que organizava a vida brasileira. Ou 
seja, criar uma Nova Constituição.
Profe Ale Lopes
A Constituição Federal de 
1988, o ponto final da 
transição
Profe Ale Lopes
A Assembleia Constituinte
❑Eleição dos deputados constituintes:
Novembro de 1986
❑ Posse e instalação da Constituinte: 1º de
Fevereiro de 1987
❑ Os trabalhos da Assembleia Nacional
Constituinte duraram cerca de 20 meses
❑ Contou com debates, grupos de
trabalho, comissões, muitas polêmicas e
ampla participação da popular.
Profe Ale Lopes
“Há, portanto, representativo e oxigenado sopro de gente, de
rua, de praça, de favela, de fábrica, de trabalhadores, de
cozinheiros, de menores carentes, de índios, de posseiros, de
empresários, de estudantes, de aposentados, de servidores
civis e militares, atestando a contemporaneidade e
autenticidade social do texto que ora passa a vigorar. (...)”
Ulisses Guimarães. Discurso de Promulgação da Constituição. In:
Exposição no Senado Federal destaca a Participação Popular. Jornal da
Constituinte. Brasília, de 29 de outubro a 8 de novembro de 2013.
Profe Ale Lopes
“O total de assinaturas das três propostas, 379.076, distribuídas por quase todo o
país, demonstra o sucesso alcançado pelos movimentos pró-participação popular
na Constituinte na luta pela construção de uma democracia participativa no
Brasil. Ao final, mesmo que a iniciativa popular de emenda à Constituição não
tenha sido aprovada no texto promulgado em 5 de outubro de 1988, não é pouco
o fato de que, pela primeira vez em nossa história, a iniciativa popular de lei (em
âmbito federal, estadual e municipal), o plebiscito e o referendo sejam
instrumentos de democracia direta previstos na Constituição da República
Federativa do Brasil.”
Cidadão Constituinte – a saga das emendas populares, de Carlos Michiles et alli
(Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1989)
Profe Ale Lopes
Dos Princípios Fundamentais, CF/1988
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:7
I — a soberania;
II — a cidadania;
III — a dignidade da pessoa humana;
IV — os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V — o pluralismo político.
Parágrafo único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Profe Ale Lopes
Alguns pontos relevantes na CF/88
❑Eleições diretas, em dois turnos, para Presidente do país, governadores e prefeituras 
de cidades com mais de 200 mil eleitores;
❑Voto facultativo para jovens entre 16 e 18 anos e para pessoas com mais de 70 anos;
❑Concessão do direito de voto aos analfabetos; 
❑A Medida Provisória como instrumento do Poder Executivo, com força de lei, para 
casos de relevância e urgência, tal como preceitos constitucionais;
❑Projeto de lei de iniciativa popular; 
❑Igualdade jurídica entre todos os cidadãos: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes (...)”.
Profe Ale Lopes
Direitos e Garantias Fundamentais que outrora foram negados:
A importância do artigo 5º da CF/88
❑ Proibição de tortura e tratamento desumano ou degradante;
❑ Liberdade de manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato;
❑ A inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos;
❑ Não privação dos direitos por motivo de crença religiosa ou por convicção filosófica ou política;
❑ Inviolabilidade da casa dos cidadãos (existem exceções e permissões constitucionais)
❑ Acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte para o exercício da profissão (jornalismo);
❑ Possibilidade de reunião pacífica, sem armas, em locais aberto ao público, independentemente de autorização,
desde que essas reuniões não frustrem outra reunião já convocada para o mesmo local. Apenas passou-se a
exigir prévio aviso à autoridade competente;
❑ Concessão de habeas corpos sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Profe Ale Lopes
Direitos Políticos
O Artigo 14 define os direitos políticos
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
Profe Ale Lopes
CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e
observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de
subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer
regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas
eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na formada lei civil, registrarão seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
Profe Ale Lopes
(UECE-CEV - 2018 - SECULT-CE - Analista de Cultura)
Atente para o que as pesquisadoras Ilse Scherer-Warren Lígia e Helena Hahn Lüchmann afirmam
no seguinte excerto: “A emergência de novas articulações entre Estado e sociedade,
principalmente a partir da Constituição de 1988, deslocou grande parte das energias
participativas para o interior dos novos espaços institucionais que, a exemplo dos Conselhos
Gestores e dos Orçamentos Participativos – OP –, resultaram, em grande medida, das lutas e
reivindicações pela democratização do Estado”.
Fonte: Ilse Scherer-Warren; Lígia Helena Hahn Lüchmann. Situando o debate sobre movimentos
sociais e sociedade civil no Brasil – Introdução. Política & Sociedade, n. 05, 2004.
Considerando o excerto acima, assinale a afirmação verdadeira.
a) Os anos 1980, marcados pelo período da redemocratização, vivenciaram novas articulações
entre Estado e sociedade.
b) A Constituição de 1988 institucionalizou os modelos de participação social que existiam
desde os anos 1970, como o Orçamento Participativo.
c) Os deputados de 1988 se anteciparam à sociedade brasileira e criaram novos espaços
institucionais de participação popular, como os Conselhos Gestores.
d) Os Conselhos Gestores e o Orçamento Participativo são novos espaços institucionais criados
pela Constituição Cidadã de 1988.
Profe Ale Lopes
(Inédita/2024/prof. Alê Lopes)
A Assembleia Constituinte instalou-se em 1º de fevereiro de 1987, e a Constituição foi promulgada
no ano seguinte, em 5 de outubro de 1988. [...] É a mais extensa Constituição brasileira – tem 250
artigos principais, mais 98 artigos das disposições transitórias – e está em vigor até hoje.
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia)
A Constituição em questão:
a) assegurou, pela primeira vez, o direito do voto para as mulheres, conferindo a alcunha de
Constituição Cidadão ao texto aprovado.
b) proibiu o direito de greve para servidores públicos.
c) garantiu o voto facultativo para os analfabetos.
d) consolidou o princípio republicano federalista, além de estabelecer três Poderes, ficando extinto o
Poder Moderador.
e) incorporou atos institucionais que estabeleceram a suspensão dos direitos políticos e do habeas
corpus.
Profe Ale Lopes
(Cespe/Cebraspe/ALECE/2011)
A respeito dos direitos e garantias fundamentais, julgue o item
subsequente.
Partido político não pode receber recursos financeiros de entidade ou de
governo estrangeiros
 Certo
 Errado
Profe Ale Lopes
A participação e a 
representação na 
Constituição de 1988
Profe Ale Lopes
Um Projeto de democracia participativa
“Durante esse mesmo período, o confronto e o antagonismo que tinham marcado
profundamente a relação entre o Estado e a sociedade civil nas décadas anteriores
cederam lugar a uma aposta na possibilidade da sua ação conjunta para o
aprofundamento democrático. Essa aposta deve ser entendida num contexto onde o
princípio de participação da sociedade se tornou central como característica
distintiva desse projeto, subjacente ao próprio esforço de criação de espaços
públicos onde o poder do Estado pudesse ser compartilhado com a sociedade.”
Dagnino, Evelina. Sociedade civil, participação e cidadania: de que estamos falando? Políticas de ciudadanía y
sociedad civil en tiempos de globalización. Caracas: FACES, Universidad Central de Venezuela, p. 98.
Profe Ale Lopes
Princípio de participação popular está mencionado no Título dos
Princípios Fundamentais da CF/88
I - a soberania;
II - a cidadania
A participação envolve:
❑ 1- A criação de espaços públicos de partilha de
poder entre o Estado e a sociedade para uma
gestão participativa.
❑ 2- Criação de mecanismos institucionais nos quais
essa participação possa se efetivar na prática.
Profe Ale Lopes
Na Constituição Federal esses mecanismos são:
❑ Referendo e Plebiscito:
Artigo 14, inciso I e II: Estabelece a possibilidade de realização de referendo e plebiscito
em assuntos específicos de relevância nacional.
❑ Iniciativa Popular:
Artigo 61, § 2º: Trata da iniciativa popular para apresentação de projetos de lei à Câmara
dos Deputados.
❑ Conselhos e Conferências:
Artigo 204: Refere-se à criação de conselhos de políticas públicas, como os de assistência
social e direitos da criança e do adolescente.
Artigo 225, § 1º, inciso VII: Aborda a participação da população em conselhos e órgãos
colegiados relacionados ao meio ambiente.
Profe Ale Lopes
“A participação deu um salto na década de 1980, quando diferentes setores da sociedade
se mobilizaram pela defesa de seus interesses, multiplicando comitês de fábrica, de bairro,
de luta contra a carestia, além das comunidades eclesiais de base. Nessa época tem início o
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Luta por Eleições Diretas. Essa ampla
mobilização origina várias formas de participação local, com destaque para a experiência do
orçamento participativo, implementada em Partido dos Trabalhadores (PT) em Porto Alegre
a partir de 1989 e, posteriormente, estendida para 192 cidades, nem todas administradas
pelo PT. Com a Constituinte, a participação popular na elaboração, acompanhamento e
fiscalização das políticas públicas ganha institucionalidade, já que a Carta prevê a criação
de instâncias específicas com este fim, obrigatórias no caso de setores onde existem
fundos a serem geridos, como saúde e educação.
Ao longo dos anos 1990, firma-se a ideia da participação em conferências e se multiplicam
os conselhos municipais de políticas públicas, com a eleição de representantes da
sociedade civil e indicação dos representantes municipais, primeiro nas principais capitais,
logo nas cidades médias.”
Participação Popular - A construção da democracia participativa. Revista Desafios do Desenvolvimento,
2011 . Ano 8 . Edição 65
Profe Ale Lopes
Período da institucionalização da participação:
❑ O primeiro é o dos anos de 1990, marcado pela institucionalização das formas
de participação com destaque para os Conselhos Gestores;
❑ O segundo teria iniciado nos anos de 2000 e tem como marca o
aprofundamento e a expansão das formas de gestão deliberativa, a
diversificação de instrumentos de participação e a generalização das
conferências.
Profe Ale Lopes
Profe Ale Lopes
CEBRASPE (CESPE) - 2011 - Analista Legislativo (ALECE)/Ciências
Sociais/Sociologia
Julgue o item, relativo à democracia brasileira, particularmente no período de
1988 até os dias atuais.
A atual Constituição, ao não prever mecanismos de controle das instituições
capazes de garantir tanto a participação popular quanto a transparência na
gestão pública, representou, historicamente, a derrota das mobilizações da
sociedade civil, ocorridas durante o processo constituinte, em prol da
democracia.
 C Certo
 E Errado
Profe Ale Lopes
CESPE / CEBRASPE - 2023 – FUB – Diversos Cargos)
Com relação às diferentes classificações das constituições e aos princípios
fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue os itens
seguintes.
Segundo a CF, o povo deve exercer o poder por meio de representantes eleitos,
em vez de diretamente.
 Certo
 Errado
Profe Ale Lopes
VUNESP - AFTM SP/Pref SP/Gestão Tributária/2023
A participação social, como mecanismo de visibilidade ampla de demandas sociais e de exercício democrático, traz um duplo
desafio para a capacidade de intervenção estatal.
Considerando a afirmação apresentada, assinale a alternativa correta.
a) De um lado a participação ocorre num espaço crescentemente politizado, com disputas, nas quais se concentram esforços
de construção de mediação e de composição de interesses, de outro, a ampliação de demandas em prol de maior equidade
pressupõe maior ação do Estado.
b) A participação se dá por meio de movimentos populares e pela captação da opinião pública em sessões de audiências
específicas sobre temas de políticas púbicas, valendo-se, também, de estudos técnicos e determinações do Estado para fazer
frenteàs demandas socioambientais.
c) Uma parte da participação se dá pelas ações legislativas, que se voltam a preparar embasamento técnico para a
consolidação de projetos de lei fundados em ações populares, outra parte se valendo de estudos técnicos e determinações do
Estado para fazer frente às demandas socioambientais.
d) A participação se dá de forma mais ordenada, com conselhos executivos e deliberativos, valendo-se, também, da
manifestação da sociedade em geral, por meios eletrônicos e captação de demandas e de iniciativas da sociedade.
e) A participação se dá por meio de ações do poderes executivos, de qualquer esfera, tomando por base as boas práticas de
planejamento e avaliação de políticas públicas, sendo complementadas por informações e dados advindos da participação
popular para debate e deliberações sobre as políticas atuais e outras proposições.
Profe Ale Lopes
Conselhos Gestores de 
Políticas Públicas
Profe Ale Lopes
expressão
representaçãoparticipação
Os conselhos foram inscritos na
Constituição de 1988 na qualidade de
instrumentos de expressão,
representação e participação da
população. Estas estruturas inserem-se,
portanto, na esfera pública e, por força de
lei, integram-se com os órgãos públicos
vinculados ao Poder Executivo, voltados
para políticas públicas específicas,
responsáveis pela assessoria e suporte ao
funcionamento das áreas em que atuam.
GOHN, M. G. Conselhos gestores e
participação sociopolítica. São Paulo:
Cortez, 2001.
Profe Ale Lopes
 Existem nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal);
 Abordam temas ou direitos específicos;
 Constituindo-se como instâncias de decisões políticas, não sendo destinados
ao atendimento direto;
 Sua criação é respaldada por leis, e seus regimentos são definidos pelos
próprios conselheiros, variando de acordo com a legislação e a correlação de
forças interna.
 Ligados às atividades de formulação e controle das políticas públicas
 Mecanismo que combina participação e representação
 Construçãod e uma cultura política de participação cidadã.
Profe Ale Lopes
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TC DF)/TC DF/Auditoria/2023
No que diz respeito ao Estado como forma complexa de organização que produz, gere,
controla, formula e implementa políticaspúblicas, julgue o item a seguir.
Para colaborar com a gestão pública, o cidadão pode escolher participar dos conselhos
gestores, órgãos colegiados e, em regra, paritários (governo e sociedade), estando
consciente do clientelismo e do corporativismo presentes nesse ambiente de
democracia participativa.
 Certo
 Errado
Profe Ale Lopes
(VUNESP - APPGG (Pref SP)/Pref SP/2022)
A coordenação governo-sociedade traz o benefício do diálogo entre esses sujeitos na
elaboração e avaliação de políticas públicas. No processo de criação e implementação
de uma política pública, é natural esperar que a participação social e o controle social
ocorram em que momentos?
a) A participação social inicia-se na criação de comitês de elaboração de
projetos/propostas, e o controle social por meio de comitês de avaliação.
b) A participação social ocorre na avaliação de propostas elaboradas, e o controle dá-se
nas três fases dos projetos/propostas: inicial, intermediária e final.
c) A participação social é revelada nos momentos de deliberação sobre projetos/
propostas e o controle, por meio de comitês representativos da sociedade civil.
d) A participação social ocorre no planejamento, e, mais à frente, após a tomada de
decisão no âmbito da administração pública, ocorre o exercício do controle social.
e) Não se pode separar a elaboração da avaliação de uma política, visto que ocorrem
de maneira contínua, em todo o processo, inclusive de execução.
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Conferências
Profe Ale Lopes
❑ Objetivam reunir governo e sociedade civil para debater temas de interesse comum e
decidir prioridades em políticas públicas.
❑ Ocorrem periodicamente e abrangem os três níveis de governo.
❑ Convocadas pelo Poder Executivo ou pelo Conselho responsável.
❑ Servem para definir princípios, diretrizes, dar voz e voto a vários segmentos, discutir e
deliberar sobre os conselhos.
❑ Avaliam e propõem instrumentos de participação popular, fazendo indicações para a
formulação da política pública.
❑ Participação aberta ao público.
❑ Nos níveis estadual e nacional, apenas delegados escolhidos nas conferências anteriores
têm poder de voto.
❑ São espaços de tomada de decisão que servem como referência para os conselhos
nacional, estadual e municipal.
❑ Possibilidade de prever um momento próprio para a eleição dos conselheiros da
sociedade civil devido à capacidade de mobilização das conferências.
Profe Ale Lopes
Diferença entre a efetividade presente no âmbito municipal e no
nível nacional.
→ Conferências Municipais:
 Implementação Prática Local: Priorizam questões práticas e operacionais
vinculadas à implementação de políticas públicas no âmbito local, como
melhorias em serviços de saúde e assistência social.
 Desafios Urbanos e Locais: Enfrentam frequentemente obstáculos relacionados
a políticas urbanas, com foco em problemas de propriedade e desafios
específicos das comunidades locais.
 Mudanças Locais Específicas: As mudanças deliberadas visam, geralmente,
melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços locais, com impacto imediato
nas comunidades.
Profe Ale Lopes
→ Conferências Nacionais:
 Dimensão Normativa e Legislativa: Destacam-se pela significativa dimensão
normativa, gerando propostas que podem resultar na apresentação de
projetos de lei no congresso, influenciando a legislação em nível nacional.
 Alcance de Mudanças Estratégicas: As propostas derivadas de conferências
nacionais têm o potencial de desencadear mudanças estratégicas,
moldando políticas públicas em grande escala e transcendendo os limites
geográficos.
 Resposta do Estado em Duas Frentes: O executivo reage às conferências
nacionais não apenas na gestão cotidiana, mas também por meio de
respostas normativas, apresentando propostas de lei que alteram
substancialmente a abrangência de determinadas políticas.
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Obrigada!
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