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GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA CAPÍTULO 4 - O QUE SÃO ÍNDICES FINANCEIROS? Ciro Gustavo Bragança INICIAR Introdução Você já parou para pensar sobre as informações que podem ser extraídas dos informativos contábeis? O que é possível analisar além dos valores dos saldos contábeis? E além da evolução simples dos saldos? Você sabe o que são índices financeiros? E como são obtidos? São muitas as informações importantes que as Demonstrações Contábeis nos fornecem. Portanto, discutiremos esse tema e você terá a oportunidade de compreender a utilidade dos índices financeiros extraídos dos demonstrativos contábeis. Nesse sentido, é crucial que você saiba como calculá- los. Assim como o cálculo, é necessário saber como se interpretam os índices financeiros extraídos das demonstrações. Consequentemente, ao calcular os índices, e interpretá-los, é possível saber sobre a saúde financeira das empresas. Nesse ponto, você pode analisar a liquidez; o endividamento; os prazos de pagamentos e recebimentos; e os prazos de estoque, além da rentabilidade e da lucratividade. Embora a compreensão da saúde financeira empresarial ajude enormemente, cabe ressaltar que o cálculo dos índices e as suas interpretações podem não ser suficientes. Portanto, é necessário que você analise o conjunto das Demonstrações Contábeis, complementando ainda com outras informações mais detalhadas, tanto de cunho interno privado, como aquelas do mercado concorrencial, que servem de comparação. Essas informações da concorrência, muitas vezes, não são fornecidas, e por isso ficará mais difícil de você comparar os índices de uma empresa com os índices do mercado. Poderá, entretanto, haver uma solução para isso? Claro que sim! Mas vamos em frente, pois teremos muito trabalho a partir de agora. Leia atentamente todo o conteúdo, e bons estudos! 4.1 Índices econômicos e financeiros De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, as demonstrações contábeis são elaboradas com objetivo de “fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de determinados grupos de usuários” (PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO CPC 00 (R1)). Apesar da menção de que as demonstrações não são elaboradas com este ou aquele cunho específico, importa ao usuário da informação contábil utilizá-la de modo a satisfazer as suas necessidades. Isso porque as demonstrações são elaboradas por meio de um padrão, ou seja, um referencial, sem questões de atendimento a um grupo específico e, portanto, somente a análise dessas informações contábeis é que podem ser realizadas de acordo com as necessidades gerenciais de cada usuário. Assim, é comum a utilização de índices econômicos e financeiros, que extraídos dos relatórios contábeis, servirão de base ou apoio à tomada de decisão gerencial. Iudícibus (2007, p. 79) comenta que “tradicionalmente, a análise e a interpretação de balanços tem-se valido do expediente de calcular uma série de quocientes, relacionando as mais variadas contas do balanço”. Observe que a menção “balanço” se refere aos demonstrativos contábeis, e que os índices são extraídos destes, utilizando-se do conjunto de informações disponíveis para suas interpretações. Por sua vez, os “indicadores (ou índices ou quocientes) significam o resultado obtido da divisão de duas grandezas” (MARION, 2012, p. 12). Desse modo, os índices são aqueles obtidos pelas relações entre as contas das Demonstrações Financeiras e aqueles índices não extraídos das demonstrações, mas que auxiliam de certa forma os usuários das informações como a quantidade de clientes por região, número de funcionários por setor, quantidade de contratos por estado ou município, e tantos outros. Por isso, é importante que você conheça ainda os índices não financeiros. É isso aí! É possível analisar Índices Econômicos e Financeiros e Índices Não Financeiros. Vamos vê-los? 4.1.1 Índices financeiros De acordo com Brigham, Gapenski e Ehrhardt (2008, p. 97), “os índices financeiros são calculados para ajudar a avaliar uma demonstração financeira”. Diversos índices financeiros podem ser extraídos deste tipo de demonstração. Entretanto, Padoveze (2010) ressalta que os indicadores calculados devem se restringir a uma quantidade mínima possível, haja vista a análise se tornar prolixa se muitos deles forem observados. A escolha dos índices financeiros pelas empresas poderá ser realizada ou determinada pela alta administração, conforme seus interesses gerenciais. Desse modo, pode-se criar uma diversidade de indicadores, mas há de se ter bom senso. Deve-se utilizar uma quantidade adequada que favoreça o entendimento sobre a situação financeira e econômica da empresa de forma objetiva. Sugere-se o uso entre dez e vinte indicadores (PADOVEZE; BENEDICTO, 2010). Assim, percebe-se que uma quantidade abusiva de indicadores mais atrapalhará a análise do que a ajudará. A reorganização das informações obtidas pelas demonstrações financeiras em índices diz respeito a cinco áreas de desempenho financeiro (ROSS; WESTERFIELD; JAFFE, 2002), conforme o quadro: Note, pelo quadro, que os índices podem ser agrupados a fim de auxiliar o acompanhamento por área de desempenho. Por outro lado, um tripé de análise das demonstrações financeiras, o qual pode ser usado para reunir informações sobre a situação econômico-financeira de uma determinada empresa, é indicado na figura a seguir: Quadro 1 - Reorganização das informações contábeis por meio de índices em cinco áreas de desempenho financeiro. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Entretanto, esse tripé, como o próprio Marion argumenta, oferece uma análise introdutória das demonstrações, embora seja considerada uma análise suficiente sobre a situação da empresa. Além desse nível introdutório, Marion (2012) propõe dois outros níveis de análise por meio de índices: o intermediário, que analisará mais profundamente e com riqueza de detalhes outros diversos indicadores, inclusive utilizando-se da DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (em que foi extinta a obrigatoriedade de elaboração e publicação) e todo o conjunto de informações contábeis; e o avançado, indicado para curso de pós- graduação. Figura 1 - Tripé de análise das demonstrações financeiras para indicação da situação econômico- financeira de uma empresa. Fonte: MARION, 2012, p. 1. Desse modo, propõe-se que os índices financeiros sejam observados em cinco dimensões, agrupados de acordo com as características dos indicadores e a fim de que possam reunir simplificadamente as informações, conforme a figura: Os índices de liquidez oferecem informações acerca da capacidade de as empresas honrarem seus compromissos de curto e longo prazos. Os índices de endividamento, além da composição das fontes de financiamento das empresas (estrutura de capital), podendo ser oriunda de capital de terceiros ou capital próprio, fornecem informações sobre a proporção das dívidas de curto ou longo prazos. Os índices de atividade auxiliam a compreensão dos prazos médios das empresas, sendo: prazos de pagamentos e recebimentos; e de estoques. Por sua vez, os índices de lucratividade revelam as margens de lucro das empresas, podendo ser: bruta, operacional ou líquida. Enfim, os índices de rentabilidade auxiliam a compreensão do retorno sobre os investimentos ou patrimônio líquido. Figura 2 - Índices financeiros: agrupamento em cinco dimensões com base nas características dos indicadores. Fonte: Elaborada pelo autor, 2018. Nota-se que os índices financeiros são fontes úteis para o conhecimento acerca da saúde financeira das empresas, simplificando e enriquecendo a análise do desempenho empresarial. 4.1.2 Índices não financeiros Os índices não financeiros são muito úteis, pois fornecem informações adicionais que corroboram a análise das demonstrações financeiras. Desse modo, destaca-se que “osindicadores não financeiros são aqueles que proporcionam condições de considerar outros quesitos e que permitem que a análise da adequação do orçamento seja equilibrada, não dependendo exclusivamente dos indicadores financeiros” (FREZATTI, 2017, p. 73). Assim, uma gama de índices não financeiros pode ser utilizada pelos gestores, a fim de se apoiarem quando da análise de sua gestão. Podem ser utilizados tantos quanto forem necessários, entretanto, deve haver bom senso quanto ao uso excessivo deles. Alguns desses índices não financeiros são sugeridos a seguir: Número de funcionários Quantidade: total; por setor; por filial; por região de atuação; por atividade; contratações; demissões; rotatividade; treinamento geral e por colaborador. Número de clientes Quantidade: total; por setor; por filial; por região de atuação; por atividade. Contratos de serviços Quantidade: por prestador; por filial; por região de atuação; por atividade; por tipo de serviço. Fornecedores Quantidade de volume fornecido: por fornecedor; por filial; por região de atuação; por produto. Estoques Quantidade de itens: por tipo; por vencimento; fluxo de saída por tipo; fluxo de entrada por tipo; tempo de permanência em estoque por tipo. Frezatti (2017) destaca que, ao levarmos em consideração a abordagem do Balanced Scorecard (BSC), os indicadores não financeiros mais encontrados são: Indicadores de clientes: market share (trata-se da participação do mercado); número de clientes; evolução do crescimento de clientes (entrada e saída de clientes). Observação: de acordo com Frezatti, os indicadores não financeiros relacionados aos clientes podem ser classificados da seguinte forma: a) participação no mercado; b) retenção; c) captação; e d) satisfação do cliente. Indicadores de processo segmentados por: inovação; operação; pós-venda. Indicadores de aprendizado e crescimento, como: turnover dos funcionários; idade dos colaboradores; permanência na empresa e no cargo; qualidade do desenvolvimento educacional dos funcionários; satisfação dos colaboradores. A importância dos indicadores destacados reside na abordagem do BSC, o qual favorecerá um alinhamento com o Plano Estratégico, o que facilitará o monitoramento da alta administração com vistas ao cumprimento dos objetivos de longo prazo. VOCÊ SABIA? O BSC é um sistema estratégico de planejamento e gerenciamento, utilizado para: comunicar o que se pretende realizar; alinhar o trabalho do cotidiano em prol da estratégia; priorizar projetos, produtos e serviços; e medir e monitorar o progresso em direção a metas estratégicas (BALANCED SCORECARD INSTITUTE, [s/d]). Leia mais sobre o assunto disponível em: <http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-Scorecard (http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-Scorecard)>. Nesse sentido, por que a adoção de indicadores não financeiros se faz importante? Porque eles complementam, apoiam e enriquecem a análise das Demonstrações. Outro ponto que merece destaque é a necessidade do alinhamento estratégico dos indicadores, o que auxiliará o gestor na verificação de que os rumos seguidos estão voltados para os objetivos de longo prazo traçados pela entidade. 4.2 Índices econômicos e financeiros Você já está ciente da utilidade dos índices econômicos e financeiros para a análise do desempenho empresarial e para o acompanhamento dos rumos da empresa, bem como para a tomada de decisão de novos rumos a serem seguidos. Como vimos, é possível analisar a liquidez, o endividamento, a atividade ou estrutura, a lucratividade e a rentabilidade das empresas por meio da análise de índices ou indicadores obtidos com base nas Demonstrações Financeiras. Lembre-se de que o cálculo dos índices é realizado pelas relações entre as contas dos demonstrativos contábeis e, por sua vez, cabe ao analista a interpretação desses índices. O uso de informações mais apuradas e comparações com outras empresas do mesmo segmento, por parte do analista, é muito importante para elucidar e enobrecer a análise. Por sua vez, a liquidez está relacionada com a capacidade de a empresa honrar os débitos com os credores, tanto no curto quanto no longo prazo. Existem indicadores de liquidez, obtidos pelas relações de contas do Balanço Patrimonial, que auxiliam a compreensão acerca desse ponto. O endividamento da empresa também é algo que pode ser analisado por meio de índices obtidos pelas relações de contas do balanço. http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-Scorecard http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-Scorecard 4.2.1 Liquidez A liquidez de uma empresa é inevitavelmente um dos pontos mais preocupantes na gestão financeira empresarial. Ela está relacionada aos recursos disponíveis para a empresa frente aos pagamentos de débitos junto a fornecedores, funcionários, governo, bancos e outros credores diversos. O uso de indicadores favorece ao gestor financeiro a obtenção de informações acerca da situação de liquidez da empresa, apresentando a capacidade que esta possui para quitar as suas dívidas. VOCÊ SABIA? As contas do Balanço Patrimonial, em específico, aquelas que representam o ativo (bens e direitos), são classificadas por ordem de liquidez, ou seja, aquelas que se converterão em dinheiro mais rapidamente. Por sua vez, a conta “Caixa” e a conta “Bancos” aparecerão antes de todas as outras, seguidas pelas contas de “Clientes a Receber” e de “Estoques”, e assim sucessivamente. Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 39) comentam que a “liquidez contábil refere-se à facilidade e velocidade com a qual os ativos podem ser convertidos em dinheiro”. Por isso, pelo uso das informações contábeis para os cálculos dos índices de liquidez, faz-se necessária a compreensão acerca dos grupos de contas do balanço que serão utilizados, bem como as contas contábeis pertencentes a cada um desses grupos. Veja o quadro a seguir. O quadro apresenta os grupos do Ativo e Passivo, pertencentes ao Balanço Patrimonial, os quais serão base para os cálculos dos índices de liquidez. Observe que os grupos serão: ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante e passivo não circulante. Outro ponto de destaque é que, no ativo não circulante, os saldos dos subgrupos de investimentos, imobilizado e intangível não serão considerados para fins de cálculos dos índices de liquidez, ou seja, somente o subgrupo do ativo circulante, Realizável a Longo Prazo, é que será considerado na liquidez. E você sabe por que motivo? É que os investimentos, o imobilizado e o intangível representam valores de difícil conversão em caixa. Desse modo, a Liquidez pode ser calculada por meio das fórmulas dos seguintes índices: Quadro 2 - Grupos de contas do balanço a serem considerados para os cálculos dos índices de liquidez. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Para a interpretação desses índices, considera-se o seguinte: quanto maior o índice, melhor; índices superiores a 1 (um) indicam que a empresa tem liquidez, ou seja, tem capacidade para honrar seus compromissos de curto prazo (LC, LS e LI) e longo prazo (LG). Esses são os índices consagrados para a análise de liquidez com base nas Demonstrações Financeiras, em específico, com base no Balanço Patrimonial. Ademais, pode-se ainda avaliar a liquidez de uma empresa considerando o seguinte procedimento: O CCL (ou CGL, Capital de Giro Líquido) representa a sobra de recursos em relação às dívidas de curto prazo em que, sendo apresentado em valor monetário, quando superior a zero, indica capacidade financeira da empresa em quitar as dívidas de curto prazo. 4.2.2 Endividamento O endividamento está relacionado com os passivos de curto e de longo prazos das empresas, bem como com o patrimônio líquido. Desse modo, analisa-se a estrutura de capital da empresa (fontes de financiamento), ou seja, o capital de terceiros e o capital próprio. O capital de terceiros é representado pelos passivos circulante e não circulante, e o capital próprio é representado pelo patrimôniolíquido. Marion (2012, p. 95) comenta que “são os indicadores de endividamento que nos informam se a empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários”. Assim sendo, destacam-se os seguintes indicadores tradicionalmente utilizados para fins de análise do endividamento com base nas Demonstrações Financeiras: Finalidade: analisar a participação do capital de terceiros na dívida total da empresa. Interpretação: quanto maior for o índice, maior a captação de recursos de terceiros pela empresa. Finalidade: analisar a participação do capital próprio na dívida total da empresa. Interpretação: quanto maior for o índice, maior a utilização de recursos próprios pela empresa. Finalidade: analisar se a empresa possui condições, em caso de falência, de arcar com recursos próprios. Interpretação: quanto maior for o índice, menor a probabilidade de a empresa arcar, com capital próprio, com os problemas financeiros em caso de falência. Finalidade: analisar a concentração da dívida no curto prazo. Interpretação: quanto maior for o índice, maior concentração das dívidas exigíveis em prazos inferiores a 12 meses. Veja que, com base nos índices de endividamento, será possível compreender a estrutura de endividamento da empresa. Além disso, pela análise do endividamento por meio dos índices é que se saberá se “os recursos de terceiros têm seu vencimento em maior parte a Curto Prazo ou a Longo Prazo” (MARION, 2012, p. 95). De acordo com o Portal G1, um levantamento mostra que o nível de endividamento das empresas brasileiras cresceu. Acesse o vídeo disponível em: <http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos-os- videos/v/levantamento-mostra-que-nivel-de-endividamento-das-empresas-brasileiras-cresceu/5988225/ (http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos-os-videos/v/levantamento-mostra-que-nivel-de- endividamento-das-empresas-brasileiras-cresceu/5988225/)>. Bons estudos! Tantos outros índices de endividamento podem ser criados a critério do analista, por exemplo, a representatividade de empréstimos junto a bancos em relação ao total da dívida, a dívida com o governo em relação à dívida total etc. Entretanto, cabe ressaltar que o bom senso na adoção de muitos indicadores é crucial para uma análise mais objetiva. Muitos indicadores podem tornar a análise até mesmo redundante e cansativa. VOCÊ QUER VER? http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos-os-videos/v/levantamento-mostra-que-nivel-de-endividamento-das-empresas-brasileiras-cresceu/5988225/ http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos-os-videos/v/levantamento-mostra-que-nivel-de-endividamento-das-empresas-brasileiras-cresceu/5988225/ http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos-os-videos/v/levantamento-mostra-que-nivel-de-endividamento-das-empresas-brasileiras-cresceu/5988225/ http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos-os-videos/v/levantamento-mostra-que-nivel-de-endividamento-das-empresas-brasileiras-cresceu/5988225/ 4.3 Índices econômicos e financeiros Dentre as análises por meio de índices, tem-se a denominada análise da atividade ou estrutura. Neste grupo, analisam-se os índices relacionados com os prazos de recebimento e pagamento, prazo de estocagem, bem como o giro do ativo, o ciclo operacional e o ciclo financeiro. Os índices econômicos e financeiros de atividade “são construídos para medir a eficácia com que os ativos de uma empresa estão sendo geridos” (ROSS, WESTERFIELD E JAFFE, 2002, p. 47). Noutro giro, tem-se a análise da lucratividade. O grupo de índices de lucratividade apresenta os seguintes: margem operacional; margem líquida; e margem bruta. A lucratividade, para Brigham, Gapenski e Ehrhardt (2008, p. 105), “é o resultado líquido de um número de políticas e decisões”. Nesse sentido, tanto a análise da atividade quanto a análise da lucratividade, por meio das Demonstrações Financeiras, são possíveis extraindo-se índices com base nas relações entre as contas dos demonstrativos. 4.3.1 Atividade ou estrutura Os índices de atividade são obtidos utilizando-se as contas pertencentes ao Balanço Patrimonial e à Demonstração do Resultado do Exercício. Observe que, no caso desses indicadores, existe a relação de contas dos dois demonstrativos. A seguir apresentam-se esses indicadores de atividade, a finalidade, a fórmula de cálculo e a interpretação de cada um deles. Finalidade: analisar o tempo em dias que os itens permanecem em estoques. Interpretação: quanto maior pior, pois os estoques significam recursos financeiros aplicados em itens para venda. Finalidade: analisar o tempo médio que a empresa leva para o recebimento das vendas. Interpretação: quanto maior pior, pois, se a empresa leva muito tempo para receber suas vendas, isso poderá prejudicar sua necessidade de caixa. Observação: deve-se analisar a política de cobrança da empresa e alinhamento com o prazo de pagamento com fornecedores. Finalidade: analisar o tempo que a empresa leva para efetuar o pagamento dos seus fornecedores. Interpretação: esse índice, em geral, é interpretado como “quanto maior pior”, pois permite que se saiba se a empresa é morosa quanto aos pagamentos dos fornecedores. Por outro lado, um índice muito baixo pode indicar que a empresa está quitando rapidamente os seus débitos e poderá ficar sem recursos de curto prazo. Deve-se alinhar este indicador com o índice PMR, com vistas à adequação à política de cobrança. Finalidade: analisar o tempo total que a empresa leva desde a compra até o recebimento das vendas. Interpretação: quanto maior pior. Observação: deve-se atentar para a política de cobrança, que pode em certas empresas ser mais benéfica para o cliente. Finalidade: analisar o período que a empresa leva desde a compra, passando pelo recebimento das vendas, até o pagamento dos fornecedores. Interpretação: quanto maior melhor, pois indica que a empresa passa a maior parte do tempo com seus recursos aplicados. Finalidade: analisar a eficácia da empresa no gerenciamento de seus ativos. Interpretação: quanto maior o giro do ativo, melhor. Considerando que os índices de atividade são utilizados para analisar quão eficazmente uma empresa tem administrados seus ativos, observe que, de um modo geral, quanto maior os índices de atividade apresentados, melhor para a empresa. No Portal de Contabilidade, você obterá mais informações sobre os ciclos econômico, operacional e financeiro (ZANLUCA, [s/d]). O texto de Jonatan de Sousa Zanluca trata dessas medidas usadas para analisar o tempo em que as atividades da empresa são desenvolvidas. Acompanhe lá! Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm (http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm)>. Novamente, para os índices de atividade, outros indicadores podem ser calculados de acordo com a necessidade do gestor, tendo sempre em mente que uma quantidade reduzida é o melhor caminho para uma análise mais objetiva por parte do analista. 4.3.2 Lucratividade Como você viu, a lucratividade pode ser medida por índices extraídos das Demonstrações Financeiras ou, melhor dizendo, da DRE, que é a Demonstração do Resultado do Exercício. Isso pois a lucratividade é observada relacionando-se as contas de lucros com as vendas realizadas pela empresa. Veja como são calculados os índices: VOCÊ QUER LER? http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm Para a interpretação dos índices de lucratividade, considere o seguinte: quanto maior for o índice de lucratividade encontrado, melhor; deve-se multiplicar os valores encontrados por 100, para fins de conversão dos indicadores em taxa; pode-se comparar as taxas encontradas com o índice do segmento que a empresa em análise atua para a melhor compreensão do desempenho. Reinaldo Luiz Lunelli destaca o EBITDA, “um indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital aberto e pelos analistas de mercado” (LUNELLI, [s/d]). Saiba mais sobre o assunto acessando o Portal de Contabilidade, disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm(http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm)>. Lembre-se de que outras análises sobre a lucratividade da empresa podem ser feitas, criando outros índices que relacionem o lucro com outra variável. Entretanto, é importante que se saiba que o lucro é o resultado advindo da dedução dos custos e despesas das vendas. Nesse ponto, interessa saber se o lucro auferido pela empresa é suficiente para cobertura dos gastos, o que se pode alcançar, inevitavelmente, somente pela observação dos tipos de lucro contidos na DRE, em relação às vendas. VOCÊ QUER LER? http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm 4.4 Índices econômicos e financeiros Dentre os grupos de índices econômicos e financeiros, tem-se aquele que trata da Rentabilidade. A, Rentabilidade por sua vez, é medida relacionando-se os lucros da empresa com os ativos, e relacionando-se os lucros com o patrimônio líquido. Busca-se saber quanto a empresa teve de retorno para cada uma unidade monetária investida no ativo, ou quanto de retorno obteve para cada uma unidade monetária investida pelos sócios. Noutro giro, ressalta-se que os grupos de índices obtidos pelas relações das contas dos demonstrativos contábeis (liquidez, endividamento, atividade, lucratividade e rentabilidade) podem ser utilizados para a aplicabilidade às demonstrações projetadas. Desse modo, as projeções dos demonstrativos contábeis podem ser utilizadas para cálculos dos índices, sendo, portanto, de fato, indicadores projetados a partir das estimativas das Demonstrações Financeiras. Essa oportunidade de cálculo de índices projetados favorecerá o acompanhamento dos indicadores realizados e a confrontação destes em relação aos indicadores projetados. 4.4.1 Rentabilidade A rentabilidade está relacionada ao êxito alcançado após a aplicação de capital. Nesse sentido, duas vertentes podem ser consideradas acerca da rentabilidade: aplicação de capital em ativos e aplicação de capital próprio. Dois indicadores tradicionalmente utilizados como medidas de rentabilidade tratam da relação do lucro com os ativos e do lucro com o patrimônio líquido. Por meio das formulações a seguir, você poderá acompanhar o cálculo desses dois índices de rentabilidade, bem como suas interpretações: Finalidade: analisar o retorno ou o êxito obtido após a aplicação de recursos em investimentos. Interpretação: quanto maior melhor, indica quanto de retorno a empresa obtém para cada uma unidade monetária aplicada. Observação: um indicador também muito utilizado é o de Retorno sobre os ativos (ROA), que mede a rentabilidade sobre os ativos totais da empresa. O ROA é calculado da seguinte forma: Índices de rentabilidade como o ROI e o ROA são muito utilizados para a análise do desempenho na aplicação em ativos pelas empresas. Espera-se que esses índices sejam os maiores possíveis, já que, quanto maior forem, melhor, indicando que a empresa esteja aplicando bem os seus recursos. Finalidade: analisar o retorno ou o êxito obtido após a aplicação de recursos próprios. Interpretação: quanto maior melhor, indica quanto de retorno a empresa obtém para cada uma unidade monetária aplicada. O estudo de Ferraz, Sousa e Novaes (2017) aborda a relação entre a liquidez e a rentabilidade das empresas listadas na BM&FBovespa. Ele aponta que existe conflito dos gestores entre manter recursos ou investi-los em ativos de potencial agregação de valor para a empresa. Leia o texto disponível em: <https://seer.ufrgs.br/ConTexto/article/download/64494/pdf (https://seer.ufrgs.br/ConTexto/article/download/64494/pdf)>. É válida a análise da rentabilidade por parte dos gestores ao utilizarem os indicadores ROI, ROA ou ROE, pois os analistas podem medir a eficácia da empresa na gestão dos seus ativos, bem como a eficácia na criação de valor para o acionista. VOCÊ QUER LER? https://seer.ufrgs.br/ConTexto/article/download/64494/pdf https://seer.ufrgs.br/ConTexto/article/download/64494/pdf Esses índices podem e devem ser analisados em comparação com o segmento em que a empresa atua, para fins de compreensão de sua performance em relação ao mercado. 4.4.2 Aplicabilidade às demonstrações projetadas A aplicação dos índices econômicos e financeiros no contexto das projeções das Demonstrações Financeiras é de muita utilidade. A importância se dá no sentido de que os índices podem ser calculados com base nas Demonstrações Financeiras projetadas, servindo, assim, de parâmetro para o acompanhamento do alcance dos indicadores projetados. Dessa forma, a aplicabilidade às demonstrações projetadas dar-se-á projetando- se, por exemplo, o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício. A título de exemplo, acompanhe o caso da Companhia CELTAX S.A. CASO A diretoria da Companhia CELTAX S.A. elaborou as Demonstrações Financeiras projetadas. Após as projeções, pediu para a área de Controladoria e Finanças que procedesse aos cálculos dos índices econômicos e financeiros projetados. Com os indicadores projetados, a diretoria pretende acompanhar os valores realizados de cada índice. Dentre as Demonstrações Financeiras projetadas, tem-se a DRE, apresentada com as seguintes informações: Tabela 1 – DRE da Companhia CELTAX S.A. – valores projetados e valores realizados, base para cálculos dos índices econômicos e financeiros. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Observe que os valores orçados, desde a receita até o lucro líquido, são apresentados de forma comparativa aos valores realizados. Nesse sentido, além da DRE, apresentou-se o BP, que pode ser visualizado a seguir: Tabela 2 – BP da Companhia CELTAX S.A. – valores projetados e valores realizados, base para cálculos dos índices econômicos e financeiros. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Atente para a utilidade da análise dos indicadores econômicos e financeiros. A diretoria vem acompanhando a realização das projeções por meio dos índices. Nesse sentido, solicitou para a gerência de Controladoria e Finanças que apresentasse relatório contendo um comparativo entre os índices projetados e os índices realizados. Esse comparativo foi apresentado pela área de Controladoria e Finanças conforme a tabela: Tabela 3 – Relatório comparativo de índices econômicos e financeiros da Companhia CELTAX S.A. – valores projetados e valores realizados. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Nesse sentido, que análise pode ser realizada com base nos indicadores da tabela apresentada? Você entende que os indicadores são suficientes para a análise? Você recomendaria mais algum índice para ser acompanhado? Solução do caso Analisando as informações apresentadas, percebe-se que, no geral, os índices realizados não ficaram tão distantes dos índices orçados. Em termos de liquidez, a LG realizou-se como o previsto, enquanto a LC teve realização acima da projetada. Para o endividamento, as projeções de participação do capital de terceiros e do capital próprio refletiram o esperado, com leve modificação, 42% para capital de terceiros e 58% para capital próprio, valores orçados, e 41% para capital de terceiros e 59% para capital próprio, valores reais. Na análise da atividade, o prazo de recebimento ficou próximo ao projetado, em cerca de 91 dias, enquanto o prazo de pagamento apresentou realização acima da esperada, 570 dias no realizado perante 504 dias no projetado, indicando altíssima morosidade da empresa ao quitar seus débitos. Comparando-se a lucratividade, a companhia apresentou valores reais próximos aos projetados, com grande valor de lucro. Os indicadores apresentaram- se altamente satisfatórios, com 82% para MB e 61% para ML. Por fim, acerca da rentabilidade, não houve discrepâncias significativas entre os valores projetados e os realizados. Para o ROI real, tem-se a indicação de que para cada $ 1 investidos, há retorno de $ 2,27, enquanto que, para cada $ 1 investido pelos sócios, tem-se $ 0,95 de retorno. Em que pese a riqueza de informações dos indicadores apresentados,e ainda que não, não se deve utilizar grande quantidade de indicadores na análise das demonstrações, sob a pena da perda de objetividade. Poderiam ser utilizados ainda outros indicadores como sugestão: o PME, que forneceria informações sobre o prazo médio de estocagem, auxiliando ainda na compreensão do CO e do CF da empresa; e o CE, que fornece informações sobre a representatividade das dívidas de curto prazo em relação à dívida total com terceiros. Professor emérito na Harvard Business School, é codesenvolvedor tanto de custos baseados na atividade (ABC) quanto do Balanced Scorecard (HARVARD BUSINESS SCHOOL, [s/d]). Autor de várias obras como “O Balanced Scorecard: medidas que impulsionam o desempenho”, ele é Robert Kaplan. Disponível em: <https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487 (https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487)>. Em um mundo em que se exigem cada vez mais informações acuradas, bem como qualidade de análise por parte dos gestores, e ainda a capacidade gerencial de se traçar novos rumos, os índices econômicos e financeiros permitem a elucidação detalhada das demonstrações, favorecendo o acompanhamento do desempenho gerencial. Os índices, portanto, representam uma forma de se oferecer um diagnóstico mais detalhado da situação econômico-financeira da empresa em pelo menos cinco perspectivas: da liquidez, do endividamento, da atividade, da lucratividade e da rentabilidade. VOCÊ O CONHECE? Síntese Você acaba de concluir os estudos sobre os índices econômicos e financeiros. A expectativa é de que você possa utilizar o conhecimento sobre cálculos e interpretações dos indicadores para melhorar a compreensão acerca das Demonstrações Financeiras. Por meio da análise das Demonstrações, com base nos índices, é possível que você reúna informações suficientes para traçar novos objetivos empresariais, favorecendo seu desempenho como gestor empresarial. Espera-se que um gestor tenha competências direcionadas para a maximização de riqueza dos acionistas e, portanto, você poderá se valer dos índices a fim de contribuir com a geração de riqueza, otimizando as decisões com base na análise dos demonstrativos contábeis utilizando indicadores financeiros e econômicos. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: calcular os principais índices financeiros e não financeiros para a análise das demonstrações financeiras; https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487 https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487 analisar os resultados dos índices sob a ótica dos riscos corporativos; conhecer a utilização dos índices para a tomada de decisões gerenciais. Bibliografia BALANCED SCORECARD INSTITUTE. Balanced Scorecard Basics. [s/d]. Disponível em: < (http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced- Scorecard)http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced- Scorecard (http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced- Scorecard)>. Acesso em: 12/03/2018. BRIGHAM, E. F.; GAPENSKI, L. C.; EHRHARDT, M. C. Administração financeira: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2008. FERRAZ, P. S.; SOUSA, E. F. de; NOVAES, P. V. G. Relação entre liquidez e rentabilidade das empresas listadas na BM&FBovespa. ConTexto, Porto Alegre, v. 17, n. 35, p. 55- 67, jan./abr. 2017. FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017. [Disponível na biblioteca virtual] HARVARD BUSINESS SCHOOL. Robert S. Kaplan. [s/d]. Disponível em: < (https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx? facId=6487)https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487 (https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487)>. 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São Paulo: Atlas, 2012. http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-Scorecard http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-Scorecard http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-Scorecard http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-Scorecard http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-Scorecard http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-Scorecard https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487 https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487 https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487 https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487 http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. PADOVEZE, C. L.; BENEDICTO, G. C. de. Análise das demonstrações financeiras. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2010. PORTAL G1. Levantamento mostra que nível de endividamento das empresas brasileiras cresceu. Produção: Guilherme Calil. Canal Vídeos, G1, publicado em 05 de julho de 2017. Disponível em: < (http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos- os-videos/v/levantamento-mostra-que-nivel-de-endividamento-das-empresas- brasileiras-cresceu/5988225/)http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos-os- videos/v/levantamento-mostra-que-nivel-de-endividamento-das-empresas- brasileiras-cresceu/5988225/ (http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos-os- videos/v/levantamento-mostra-que-nivel-de-endividamento-das-empresas- brasileiras-cresceu/5988225/)>. Acesso em: 15/03/2018. PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO CPC 00 (R1). Estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. [s/d]. Disponível em: < (http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf)http://static.cpc.aat b.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf (http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf)> Acesso em: 15/03/2018. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira: corporate finance. São Paulo: Atlas, 2002. [Disponível na biblioteca virtual] ZANLUCA, J. de S. Ciclos econômico, operacional e financeiro. [s/d]. Disponível em: < (http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm)http://www.portal decontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm (http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm)>. 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