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66 1 Prof. Fábio Eduardo da Silva Neuroliderança e Neurocoaching Aula 4 66 2 Emoção o que é isso? 66 3 Conj. reações orgânicas: orientar a adaptação do organismo no seu ambiente Função básica: avaliação (julgamento) dos estímulos quanto à importância e a valência (valor) Emoção o que é isso? 66 4 Emoção o que é isso? tommaso79/Shutterstock UfaBizPhoto/Shutterstock 66 5 Atribuir valor aos estímulos (julgamento): atenção, motivação, raciocínio e a ação Registra a valência de cada experiência para compararmos com as futuras (carimbo): memória - crucial na tomada de decisão Parte essencial na comunicação, verbal e especialmente a não verbal (não consciente), crucial para as interações sociais Funções da emoção 66 6 Funções da emoção Iakov Filimonov/Shutterstock Konstantin Chagin/Shutterstock 1 2 3 4 5 6 66 7 Emoção: orgânica, pública, não consciente, por vezes não é percebida pela própria pessoa: julgamento, atenção, memória, motivação, raciocínio, tomada de decisão e ação Sentimento = efeito cognitivo da emoção, privado, consciente Emoção versus sentimento 66 8 Primárias (universais), essenciais para a evolução (raiva, medo, tristeza, nojo, surpresa e alegria) Secundárias: influência cultural (ex. remorso, culpa e submissão) 66 9 Emoção Tema universal / Gatilho associado acionada por... Raiva Reação a ataque, defesa de próprios interesses Medo Sensação de ameaça iminente Tristeza Perda de algo de valor Nojo Violação a gostos ou preferências pessoais Surpresa Alguma novidade que se apresenta Alegria Presença ou percepção de algo de valor Emoções versus temas universais (gatilhos) 66 10 Estriado sistema de recompensa: aos componentes motivados. Registra o valor da recompensa, aprende sobre o estímulo e as ações que geraram a recompensa - motiva o organismo a obtê-la novamente (vício) Base neurológica 66 11 Amígdala: aprendizado e a memória emocional (valor, positivo ou negativo) de cada estímulo Hipocampo – (junto c/ amígdalas) fixação memórias longo e curso prazo) também: orientação espacial. Ligado tanto a funções cognitivas como controle emoções 66 12 Córtex pré-frontal: recebe e efetua múltiplas influências. Crucial para o raciocínio e processos emocionais (sentimentos percebidos). CPF ventromedial (CPFvm) - Phineas Gage Marcadores somáticos – Antônio Damásio – emoções antecipam consequências de uma decisão, pela atualização dos efeitos emocionais de decisões prévias semelhantes: orientam as decisões Base neurológica & tomada de decisão 7 8 9 10 11 12 66 13 Avaliação cognitiva: fornece avaliação de eventos e estímulos Sintomas corporais: alterações fisiológicas Tendências de ação: motivação, preparação e direção para respostas motoras Resumo - emoções 66 14 Expressão: expressões faciais e vocais acompanham emoções: comunicar reações e intenções de ações Sentimentos: experiência subjetiva da experiência de emoções Modulam a atenção, memória, raciocínio e a tomada de decisão Sendo tão importantes: quanto as percebemos? 66 15 Inteligência emocional 66 16 Inteligência emocional (IE) = habilidade para controlar os sentimentos e emoções em si mesmo e nos demais, discriminar entre elas e usar essa informação para guiar as ações e os pensamentos Daniel Goleman tornou o conceito de IE mundialmente conhecido - criticado por incluir habilidades não necessariamente relacionadas à IE Peter Salovey e John Mayer - emoção com inteligência 66 17 Mayer e Salovey revisaram seu conceito: IE habilidade: 1. Perceber 2. Facilitar 3. Compreender 4. Regular as emoções 66 18 1. Perceber e identificar: emoções próprias e alheias, incluindo na voz das pessoas, nas obras de arte, na música, nas histórias 2. Facilitar: usar as emoções para facilitar os processos cognitivos (na solução de problemas, tomada de decisões, relações interpessoais) Salovey e Mayer - inteligência emocional 13 14 15 16 17 18 66 19 3. Compreender: conhecer os termos das emoções e as formas como elas se combinam, progridem e mudam 4. Regular: usar estratégias para mudar os próprios sentimentos e saber avaliar se elas são eficazes ou não 66 20 1. Autoconsciência: reconhecer os próprios sentimentos / emoções 2. Autocontrole: lidar com as próprias emoções / sentimentos (ex. raiva, tristeza, medo) Daniel Goleman - inteligência emocional 66 21 3. Motivação: modular as emoções na direção de metas (adiar recompensas, conter a impulsividade e reverter a frustração, ativar o entusiasmo para recompensas futuras (metas) 4. Empatia: perceber espelho neuronal: intenções, emoções e ações 5. Lidar com relacionamentos: com a emoção dos outros 66 22 Revisão de Goleman Autoconsciência Consciência social Autogerenciamento Gestão de relacionamentos Intrapessoal (eu) Interpessoal (outro) Inteligência emocional GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 66 23 Inteligência emocional (IE) no contexto da liderança/gestão organizacional internacional 66 24 Desenvolvimentos: genética, robótica, inteligência artificial, nanotecnologia, impressão 3D, biotecnologia, automação no transporte, aprendizagem automática e economia compartilhada, entre outros Fórum Econômico Mundial – 2016 - 4ª Revolução Industrial 19 20 21 22 23 24 66 25 Mudanças: socioeconômicas, geopolíticas, demográficas, culturais. Atividades/empregos se extinguem, nascem, crescem Novas oportunidades e/ou extinção maciça de empregos? Mudança nos conjuntos de habilidades necessários para executá-los 66 26 A questão, então, é como os negócios, o governo e os indivíduos reagirão a esses desenvolvimentos. Para evitar o pior cenário possível — mudanças tecnológicas acompanhadas de escassez de talentos, desemprego em massa e desigualdade crescente — a requalificação e melhoria de qualificação dos trabalhadores de hoje será crítica Fórum Econômico Mundial – 2016 - 4ª Revolução Industrial 66 27 FEM: competências que profissionais deverão desenvolver até 2020 Elaborada pelo autor : Fábio Eduardo da Silva 66 28 Técnicas para gerir as emoções I 66 29 Quanto mais atenção, mais controle das reações emocionais. Atenção focada no corpo - perceber as reações corporais das emoções (aspectos psicológicos e fisiológicos) Sem atenção: sem IE! Treino da atenção (mindfulness) 66 30 Corpo: relaxado, imóvel e vigilante. Obtenha esse estado. Mantenha seus olhos fechados ou semifechados Respiração: observe (foco) o fluxo do ar entrando e saindo; quando a atenção desviar (pensamentos ou outros estímulos internos ou externos), traga-a calmamente ao foco 25 26 27 28 29 30 66 31 Contagem numérica: nos intervalos das respirações, faça uma contagem mental: 0, respire, expire, 1, respire, expire, e assim por diante. Vá de 0 a 10 e depois volte ao zero em contagem regressiva. Com a prática experimente ir até 20, 30, 50... Treino da atenção (mindfulness) 66 32 Faça a técnica uma ou duas vezes por dia, por 15 ou 20 minutos. Depois de mais prática, aumente progressivamente o tempo, 25, 30, 40 minutos. Use local reservado, evitando distrações. Pode fazer também em vários outros locais, durante atividades, em especial, quando estiver sob estresse 66 33 A classificação dos sentimentos com palavras facilita lidar com eles: ativa o CPFvm, que regula a amígdala Alegria, prazer: felicidade, alívio, contentamento, deleite, diversão, orgulho, prazer sensual, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor, euforia, êxtase, mania Tristeza: sofrimento mágoa, desânimo, desalento melancolia, autopiedade, solidão, desamparo, desespero, depressão Classificação das emoções 66 34 Medo: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror, fobia e pânico Raiva/ira: fúria, revolta, ressentimento, exasperação, indignação, vexame, acrimônia, animosidade,aborrecimento, irritabilidade, hostilidade, ódio 66 35 Amor: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, paixão, ágape Surpresa: choque, espanto, pasmo, maravilha Desprezo, nojo: desdém, antipatia, aversão, repugnância, repulsa Vergonha: culpa, vexame, mágoa, remorso, humilhação, arrependimento, mortificação, contrição Classificação das emoções 66 36 A presente técnica se baseia na prática SOL, desenvolvida por Victor Manoel Gomes (1917- 1977), V. M. Samael Aun Weor, criador do Movimento Gnóstico Internacional rSOL+: chave (sigla) para respiração, Sujeito, Objeto, Lugar, + emoção positiva. Técnica de presentificação: tornar-me presente, consciente no momento e local. Meta: uma vez por dia por uma semana. Duas a quatro na semana seguinte... Técnica de rSOL+ 31 32 33 34 35 36 66 37 Respiração: atenção na minha respiração e acalmá-la, se não estiver calma + imaginar uma luz (ex. dourada) Sujeito: corpo, emoção, pensamento, foco, força de vontade Objeto de relação: com o que ou com quem me relaciono neste momento? Quais as características? O que estou fazendo? Lugar: Onde estou? Quais são as características deste local? + Emoção positiva: lembrança feliz, prazerosa, confiante, produtivo(a), gratidão 66 38 Era uma vez, na antiga China, um homem sobre um cavalo que passou por outro, que caminhava pela estrada. O homem perguntou: “cavaleiro, para onde o senhor está indo?”. O homem no cavalo respondeu: “não sei, pergunte ao cavalo!” Cavalgando as emoções: eu não sou minhas emoções, por isso posso treinar o autocontrole Vinsintus/Shutterstock 66 39 Eu sou assim, o cavalo me leva para onde desejar? Por sorte, podemos amansar e guiar o animal. O início é compreender o cavalo, observar suas preferências, tendências e comportamentos. Assim o que compreendemos, aprendemos nos comunicar e trabalhar com ele. Por fim, o animal nos levará para onde queremos ir. Dessa forma, criamos uma escolha para nós mesmos. Em outras palavras, aprendemos a cavalgar 66 40 Técnica: sob situação de emoções intensificadas: para onde o(a) sr.(a) está indo? E respondemos: pergunte ao cavalo! Cavalgando as emoções: eu não sou minhas emoções, por isso posso treinar o autocontrole Vinsintus/Shutterstock 66 41 Então respiramos conscientemente por alguns instantes e focamos nossa atenção no corpo, buscando identificar que emoção estamos sentindo fisicamente. Aí, falamos mentalmente ou verbalmente: Sinto ...... (nome da emoção) no meu corpo mas não sou ....., logo me sentirei diferente, posso até agir sobre elas porque não são parte do meu núcleo. Vou dirigir-me a... 66 42 Técnicas para gerir as emoções II 37 38 39 40 41 42 66 43 1. Saber quando não estou sentindo dor: posso valorizar os momentos em que não tenho dor, saboreá-los – torna-me mais feliz. Quão bom será quando não sentir mais, mas, quando ocorre, não valorizo! Até mesmo quando sinto dor, há intervalos: posso valorizá-los! Lidar com situações incômodas 66 44 2. Não me sinto mal por me sentir mal: me sinto mal por ter emoções ou sentimentos ruins, por ser egoísta etc. DEVERIA SER MELHOR! Imagem de “um ser superior” Posso desapegar-me dessa imagem, o humor pode auxiliar 3. Não alimento meus monstros – “Se monstros ocupassem minha mente”, desequilibrassem minhas emoções e me aborrecessem? Se fossem inevitáveis e poderosos e eu, impotente para mandá-los embora? O que fazer? 66 45 Cortar seus suplementos de comida! Ficarão com fome, irão se tornar mais fracos, talvez até me abandonem, ou, conforme minha habilidade para conversar com eles, talvez se tornem meus amigos, em vez de inimigos Lidar com situações incômodas MSSA/Shutterstock 66 46 “Se você está com muita raiva de alguém e examina essa raiva com a atenção plena, talvez você descubra que a raiva não é constante; ela vem e vai sutilmente. Pode, ainda, perceber sua mente constantemente alimentando a raiva, repetindo uma ou mais histórias para si mesmo. Se você parar de contar essas histórias, poderá perceber a raiva se dissipando por falta de combustível. (...) 66 47 (...) Sem elas para comer, o Monstro da Raiva fica com fome e em algum momento desaparece. Ao não a alimentar, você economiza energia mental, e o Monstro da Raiva o deixa sozinho e vai brincar em outro lugar. [...]. Não nutrir os monstros é um ótimo negócio” (TAN, 2014) 66 48 4. Treinar pensamentos de gentileza e humor - Humor e gentileza/compaixão podem ser curativos para minhas emoções, e também quando considero as “emoções dos outros”. Carinho e comédia para com as situações difíceis, minhas e dos demais: vida - grande comédia e/ou uma grande unidade/harmonia Lidar com situações incômodas 43 44 45 46 47 48 66 49 Percebendo essas situações: Corpo: respiração rápida, coração disparado, estômago revirado Emoções: reação de tudo ou nada, sentindo-se como caça diante do caçador ou tendo uma explosão emocional (o que Goleman chama de “sequestro da amígdala”) Pensamentos: sentimento de vítima [estamos sendo injustiçados], pensamentos de culpa e crítica, dificuldade de atenção Lidar com provocações (ferrovia transiberiana) Serjio74/Shutterstock 66 50 Provocações me remetem a experiências anteriores: com a mesma pessoa ou com outras Relacionam-se também com meus processos, ex. sentimento de autoinadequação e/ou insegurança e/ou desvalor Lidar com provocações (ferrovia transiberiana) Serjio74/Shutterstock 66 51 Sinto-me muito inseguro (meu desempenho profissional), minha chefe se preocupada com um projeto meu: forte reação minha Sinto-me muito confiante no meu trabalho, minha reação quanto à minha chefe será completamente diferente 66 52 1. Parar: primeira essencial atitude a fazer quando nos sentimos insultados é parar. Pausa sagrada é crucial e poderosa. Não reagir a uma provocação é uma escolha de fortes, e será reconhecida pela outra pessoa Lidar com provocações (ferrovia transiberiana - PROPEr ) Serjio74/Shutterstock 66 53 2. Respirar: a respiração consciente (principalmente se for profunda) acalma mente e o corpo 3. Notar/Observar: perceber e (des)identificar a emoção no corpo: ocorrem mudanças na temperatura e tensão do corpo? Mindfulness: perceber a situação presente, sem julgar 66 54 4. Refletir/Pensar: qual a origem de nossa emoção? História que está por trás? Sinto-me autoinadequado(a) e/ou inseguro(a) e/ou desvalorizado(a)? Lidar com provocações (ferrovia transiberiana - PROPEr ) Serjio74/Shutterstock 49 50 51 52 53 54 66 55 5. Reagir/Escolher resposta: nesse momento vamos imaginar uma resposta que produzisse um resultado positivo. Não é necessário responder apenas imaginar possibilidades positivas e ou gentis Lidar com provocações (ferrovia transiberiana - PROPEr ) Serjio74/Shutterstock 66 56 Intérprete cerebral produz distorções da memória > construir um modelo de eu e do mundo - ordem em nossas vidas, fazendo com que conciliemos atitudes do presente com ações e sentimentos do passado. Frequentemente diverso da realidade objetiva Integrando e transformando transferências: “a busca de coerência promove o autoengano” 66 57 Racionalizações simples do intérprete criam fortes distorções que nos impedem de ver a nós mesmos sob uma luz realista > risco de repetir os fracassos passados no futuro Avaliamos e reagimos de forma inconsciente a praticamente qualquer objeto, situação, coisa ou pessoa, sendo que cada estímulo provoca uma reação afetiva imediata positiva ou negativa: “construímos nossas realidades a partir nós mesmos(as)” 66 58 1. Perceber o movimento da transferência (via memórias implícitas e neurônios espelho): não percebemos que o julgamento que fazemos do(s) outro(s), do mundo, depende mais de processos internos nossos, do que de fatos externos. Perceber tais sentimentos e emoções (base de nossos julgamentos) é o desafio dessa primeira fase Integrando e transformando transferências: “abusca de coerência promove o autoengano” 66 59 2. Movimento da integração da sombra (transferência): avaliações muito negativas ou positivas do mundo externo podem ter relação comigo. Consigo localizar e integrar isso em mim? Ex. Sinto muito raiva de meu chefe, ele é muito agressivo e arrogante. O que em mim me faz sentir assim? Admiro demais minha colega de trabalho, ela é muito espontânea, alegre, criativa. O que em mim me faz admirá-la tanto? 66 60 Se eu fosse o(a) .......... eu me sentiria .......... O que eu preciso aprender com ............. é ............. O que eu preciso aprender com essa situação é ............. O que eu estou projetando/transferindo no(na) ............. é ............. Integrando e transformando transferências - questões sem resposta 55 56 57 58 59 60 66 61 O que eu não vejo em mim e que me perturba nessa situação é ............... Essa experiência me reporta a outra, passada, na qual ............... O que eu realmente vejo no(na) é ............. Eu não quero resolver essa situação porque ...................... 66 62 A melhor forma de eu resolver é ................... Se eu resolver isso dentro de mim eu ................... Para que eu me sinta muito bem comigo mesmo(a) o que eu preciso é ................ 66 63 Referências 66 64 CALLEGARO, M. O novo inconsciente: como a terapia cognitiva e as neurociências revolucionaram o modelo de processamento mental. Porto Alegre: Artmed, 2011. GOLEMAN, D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 66 65 TAN, C. Busque dentro de você. Ribeirão Preto: Novas Ideias, 2014. WORLD ECONOMIC FORUM. The future of jobs: employment, skills and workforce strategy for the fourth industrial revolution, 2016. 66 66 WOYCIEKOSKI, C.; HUTZ, C. S. Inteligência emocional: teoria, pesquisa, medida, aplicações e controvérsias. Psicologia: Reflexão e crítica, v. 22, n. 1, 2009. WALLACE, B. A. A revolução da atenção: revelando o poder da mente focada, Vozes, 2018. 61 62 63 64 65 66 66 67 67
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