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Aula 4 NEUROLIDERANCA E NEUROCOACHING

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AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NEUROLIDERANÇA E 
NEUROCOACHING 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Fábio Eduardo da Silva 
 
 
2 
TEMA 1 – EMOÇÃO – O QUE É ISSO? 
1.1 Conceitos 
Emoção é um conjunto reações orgânicas voltadas a orientar a adaptação 
do organismo ao seu meio ambiente. Sua função mais básica para nos orientar é 
a avaliação (julgamento) dos estímulos que nos chegam quanto à importância e a 
valência (valor). Por exemplo, se enxergamos que o rosto de uma pessoa 
expressa raiva e essa pessoa está olhando para nós, esse estímulo captura nossa 
atenção e será processado com prioridade. Ele é importante e sua valência é 
negativa. Nessa situação, precisamos reagir de uma forma apropriada. Talvez 
precisemos enfrentar ou mesmo lutar com essa pessoa. Ou talvez seja mais 
oportuno fugir. Mas, se o estímulo for positivo, precisamos aproveitar e ter ações 
adequadas, por exemplo de aproximação. É responsável por atribuir valor aos 
estímulos que percebemos (julgamento), por isso influi em nossa atenção, 
motivação, raciocínio e ação. Registra a valência de cada experiência para 
compararmos com as futuras, por isso está associada à memória, “carimbando” 
cada uma com um significado, um valor. Como modula todos esses elementos, 
tem função crucial na tomada de decisão. Por final, a emoção é parte essencial 
na comunicação, especialmente a não verbal, crucial para as interações sociais, 
sendo, em nível não consciente, parte essencial da comunicação humana 
(Damásio, 1996, 2000, 2011; Gazzaniga; Heatherton, 2005; Cosenza; Guerra, 
2011; Ferreira, 2014). 
A emoção age de forma não consciente, preparando o organismo para um 
comportamento adaptativo. Ela pode ser observada publicamente, por exemplo 
na expressão da raiva, mas por vezes não é percebida pela própria pessoa que a 
está manifestando. Quando nos referimos à percepção consciente do efeito 
emocional, estamos falando de sentimentos. Estes são privados, e não podem ser 
vistos por um observador externo, somente por quem os está experimentando. 
(Damásio, 1996, 2000, 2011). 
Podemos classificá-las em primárias (universais), as mais importantes para 
a evolução (raiva, medo, tristeza, nojo, surpresa e alegria), e secundárias, que 
recebem influência cultural forte (como remorso, culpa e submissão) (Gazzaniga; 
Heatherton, 2005; Damásio, 1996, 2000, 2011). 
Para Ekman (citado por Gonzaga; Rodrigues, 2018), as emoções têm 
caráter evolutivo e nos preparam para lidar rapidamente com eventos básicos da 
 
 
3 
nossa vida. As seis emoções básicas se relacionam com temas universais, os 
quais, com base em avaliações automáticas que fazemos do mundo, agem como 
gatilhos que disparam emoções. O quadro a seguir mostra os temas universais e 
as emoções relacionadas (Gonzaga; Rodrigues, 2018, p. 9): 
Quadro 1 – Temas universais e as emoções relacionadas 
Emoção Tema universal / Gatilho associado acionada por... 
Raiva Reação a ataque, defesa de próprios interesses 
Medo Sensação de ameaça iminente 
Tristeza Perda de algo de valor 
Nojo Violação a gostos ou preferências pessoais 
Surpresa Alguma novidade que se apresenta 
Alegria Presença ou percepção de algo de valor 
1.2 Base neurológica 
• Estriado – Estrutura muito importante, relacionada ao sistema de 
recompensa do cérebro e, como consequência, aos comportamentos 
motivados. Essa estrutura registra o valor de uma recompensa e aprende 
sobre o estímulo e as ações que permitiram tal recompensa, e assim 
procura reconduzir o organismo a obtê-la novamente (Phelps; Delgado, 
2009). 
• Amígdala – Ligada ao aprendizado e à memória emocional ou valor 
emocional, se positivo ou negativo, de cada estímulo que nos chega. 
Também está relacionada ao reconhecimento das emoções nas faces, em 
especial para a emoção do medo. Na sua interação com o hipocampo, 
modula o registro (memória) de eventos emocionais, garantido que tenham 
prioridade, que não sejam esquecidos. Também orienta a atenção e a 
tomada de decisão. Junto com o estriado, represa o valor dos fatos 
(Gazzaniga; Ivry; Mangun, 2006). 
• Hipocampo – Funciona em colaboração com a amígdala e está 
relacionado à fixação de novas memórias, recentes e de longo prazo. 
Também se relaciona com a orientação espacial. Está conectado e troca 
informações com áreas corticais, tendo função importante nos processos 
cognitivos de aprendizagem e memória, em especial na navegação, 
 
 
4 
exploração e locomoção. De forma complementar, também se liga com as 
regiões relacionadas ao controle das emoções e a comportamentos 
motivados, como septo, amígdala, tálamo, hipotálamo, estriado, entre 
outras (Cosenza; Guerra, 2011; Gazzaniga; Heatherton, 2005; Santos; 
Bueno; Andrade, 2010; Kapczinski et al., 2011; Higgins; Georg, 2010). 
• Córtex pré-frontal – Região crucial em nosso processamento mental, 
recebe e efetua múltiplas influências. É essencial aos processos de 
raciocínio, que esporadicamente podem se tornar conscientes, e aos 
processos emocionais, que embora sejam usualmente não conscientes, 
podem se manifestar na forma de sentimentos que vêm a ser percebidos 
(Gil, 2005; Purves, 2005). O córtex orbitofrontal é parte do córtex pré-frontal 
e divide-se em córtex pré-frontal ventromedial (área central) e córtex pré-
frontal látero-orbital (áreas laterais). Tem a função de “regular nossas 
capacidades de inibir, avaliar e agir com a informação emocional e social.” 
Dessa forma se relacionam- com a tomada de decisão (Gazzaniga; Ivry; 
Mangun, 2006, p. 565). 
• Córtex pré-frontal ventromedial (CPFvm) – Um caso clássico da 
literatura e que destacou o papel do CPFvm na tomada de decisão foi o de 
Phineas Gage. Operário da construção de estradas de ferro nos Estados 
Unidos., Gage teve essa região de seu cérebro atravessada por uma barra 
de ferro, após uma explosão. Não morreu, se recuperou, mas seu 
comportamento social e sua personalidade mudaram drasticamente, razão 
pela qual perdeu seu emprego. Gage não fazia mais escolhas vantajosas. 
Outros casos semelhantes confirmaram a importância dessa estrutura para 
a tomada de decisão, com destaque para aquelas de cunho econômico, 
mas também para o comportamento social, interpessoal (Damásio, 1996). 
1.3 Emoção e cognição na Tomada de Decisão 
As pessoas com lesões no CPFvm mantêm seus níveis intelectuais, lógica, 
memória e a capacidade de aprendizado, linguagem e percepção iguais aos que 
tinham antes. Reconhecem suas falhas decisórias, mas não conseguem repará-
las. As capacidades intelectuais/cognitivas são mantidas, mas as afetivas não. 
Esse contraste fez com o neurocientista português, Antônio Damásio (1996, 2000, 
2011), evidenciasse o papel da emoção para a tomada de decisão, e criasse a 
sua hipótese dos marcadores somáticos. Esses marcadores antecipam 
 
 
5 
consequências de uma decisão, pela atualização dos efeitos emocionais de 
decisões prévias semelhantes. Nem todas as decisões orientadas pelas emoções 
são boas, mas o conhecimento racional, consciente, sozinho não é suficiente para 
que as decisões sejam vantajosas ao organismo. Em resumo, a TD é tanto 
racional como emocional, consciente e inconsciente (Damásio, 1996, 2000, 2011; 
Bechara, Damásio, 2005). 
1.4 Refletindo sobre as emoções 
Como vimos, as emoções são cruciais em praticamente tudo o que 
fazemos. Organizamos nossas vidas buscando ter emoções positivas e nos 
esquivando daquelas negativas. Estamos atentos às emoções dos outros, 
organizamos atividades (passatempos, entretenimentos) para manipular nossas 
emoções (Damásio, 2000). 
Elas são formadas por 5 componentes (Scherer, citado por Rodrigues; 
Oliveira; Diogo, 2015, p. 140): 
Avaliação cognitiva: fornece uma avaliação de eventos e estímulos; 
Sintomas corporais: alterações fisiológicas desencadeadas por um 
estado emocional; 
Tendências de ação: componente motivacional para preparação e 
direção das respostasmotoras; 
Expressão: expressões faciais e vocais quase sempre acompanham 
um estado emocional (em diferentes padrões) para comunicar reações 
e intenções de ações; 
Sentimentos: experiência subjetiva da experiência de emoções. 
Esses componentes se combinam e orientam nossa atenção, julgamento, 
motivação, memória, raciocínio, comunicação, tomada de decisão e a ação. Mas, 
o quanto percebemos dessa imensa importância? Ou melhor, o quanto nos damos 
conta dessa crucial e contínua influência? 
Aparentemente, muito pouco, visto que a maior parte dessa influência se 
dá em níveis não conscientes. E seria possível perceber mais? Possivelmente 
sim. Aqui adentramos na área do autoconhecimento, mais especificamente da 
inteligência emocional. 
 
 
 
6 
TEMA 2 – INTELIGÊNCIA EMOCIONAL (IE) 
2.1 Apresentando a Inteligência Emocional 
Para considerar a Inteligência Emocional, precisamos nos reportar às 
pesquisas de Peter Salovey e John Mayer, sobre a relação da emoção com 
inteligência. Para esses pesquisadores, Inteligência Emocional (IE) é “a habilidade 
para controlar os sentimentos e emoções em si mesmo e nos demais, discriminar 
entre elas e usar essa informação para guiar as ações e os pensamentos” (Neta; 
García; Gargallo, 2008, p.12). Daniel Goleman tornou o conceito de IE 
mundialmente conhecido por meio do lançamento de seu livro, com o mesmo 
nome. O trabalho de Goleman foi criticado por incluir habilidades não 
necessariamente relacionadas à inteligência emocional. Mayer e Salovey 
revisaram seu conceito inicial sobre IE, considerando quatro habilidades mentais 
inter-relacionadas (Neta; García; Gargallo, 2008; Goleman, 2001; Woyciekoski, 
Hutz, 2009): 
A inteligência emocional implica a habilidade para perceber e valorar 
com exatidão a emoção; a habilidade para acessar e ou gerar 
sentimentos quando esses facilitam o pensamento; a habilidade para 
compreender a emoção e o conhecimento emocional, e a habilidade 
para regular as emoções que promovem o crescimento emocional e 
intelectual 
A percepção e identificação emocional se referem à habilidade para 
perceber e identificar as emoções próprias e alheias, incluindo na voz 
das pessoas, nas obras de arte, na música, nas histórias. O segundo 
componente, a facilitação emocional, envolve a habilidade para usar 
as emoções para facilitar os processos cognitivos (na solução de 
problemas, tomada de decisões, relações interpessoais). Compreender 
a emoção implica conhecer os termos relacionados com as emoções e 
as formas como estas se combinam, progridem e mudam. O último nível, 
o de regulação emocional, trata da habilidade de saber usar estratégias 
para mudar os próprios sentimentos e saber avaliar se elas são eficazes 
ou não (Neta; García; Gargallo, 2008, p. 13). 
2.2 Cinco habilidades da IE de Goleman 
• Autoconsciência – Base da IE, reconhecer os próprios sentimentos ou 
emoções, quando ocorrem, é a chave para o autocontrole e as demais 
características da IE. É crucial também para distinguir os seus processos 
emocionais dos demais (Goleman, 2001). 
• Autocontrole – Lidar com as próprias emoções / sentimentos (por 
exemplo, raiva, tristeza, medo), para que sejam apropriados aos diferentes 
 
 
7 
contextos e necessidades, por exemplo o foco / concentração e raciocínio 
numa atividade. (Goleman, 2001). 
• Motivação – Modular as emoções na direção de metas, por exemplo, 
adiando a satisfação, conter a impulsividade e reverter a frustração, bem 
como ativar o entusiasmo imaginando recompensas/aspectos positivos do 
processo e produto (força de vontade consciente), podem ser chaves para 
manter a motivação no nível ótimo na direção das metas. (Goleman, 2001). 
• Empatia – Perceber conscientemente o espelhamento neuronal (que 
captura automaticamente as intenções, emoções e ações) e usá-lo para 
perceber os sinais que as pessoas nos enviam, que nos indicam suas 
necessidades e intenções. Ser ouvinte atento e compreender o ponto de 
vista do outro, pelo outro. Essencial nas áreas assistenciais, de ensino, 
vendas e administração/gestão (Goleman, 2001). 
• Lidar com relacionamentos, ou com a emoção das outras pessoas – 
inteligência interpessoal, boa capacidade de negociação, persuasão. 
(Goleman, 2001). 
Para Goleman, a IE e social é o que diferencia o comportamento dos 
líderes. Em revisão de seu conceito, Goleman apresenta um modelo de IE com 
duas perspectivas: intrapessoal (emocional) e interpessoal (social), conforme é 
mostrado na Figura 1 (Gonzaga; Rodrigues, 2018, p. 16-17). 
Figura 1 – IE com duas perspectivas: intrapessoal (emocional) e interpessoal 
(social) 
Fonte: Gonzaga; Rodrigues, 2018, p. 16-17. 
 
Consciência social 
Gestão de 
relacionamentos 
Intrapessoal (eu) Interpessoal (outro) 
Autoconsciência 
Autogerenciamento 
Inteligência 
Emocional 
 
 
8 
TEMA 3 – Inteligência Emocional (IE) no contexto da liderança/gestão 
organizacional internacional 
Segundo o Fórum Econômico Mundial (WEF, 2016), estamos na quarta 
revolução industrial, caracterizada por desenvolvimentos em genética, robótica, 
inteligência artificial, nanotecnologia, impressão em 3D, biotecnologia, automação 
em transporte, aprendizagem automática e economia compartilhada, entre outros 
fatores. 
Concomitantes à revolução tecnológica, há um conjunto de fatores que 
trazem mudanças socioeconômicas, geopolíticas e demográficas mais amplas, 
cada uma interagindo em múltiplas direções e se intensificando mutuamente. À 
medida que setores inteiros se ajustam, a maioria das ocupações passa por uma 
transformação fundamental. Enquanto alguns trabalhos são ameaçados pela 
redundância e outros crescem rapidamente, os trabalhos existentes também 
passam por uma mudança nos conjuntos de habilidades necessários para 
executá-los. O debate sobre essas transformações é muitas vezes polarizado 
entre aqueles que preveem novas oportunidades sem limites e aqueles que 
preveem deslocamentos maciços de empregos (WEF, 2016, p. 7). 
A questão, então, é como os negócios, o governo e os indivíduos 
reagirão a esses desenvolvimentos. Para evitar o pior cenário possível - 
mudanças tecnológicas acompanhadas de escassez de talentos, 
desemprego em massa e desigualdade crescente - a requalificação e 
melhoria de qualificação dos trabalhadores de hoje será crítica. Embora 
muito tenha sido dito sobre a necessidade de reforma na educação 
básica, simplesmente não é possível enfrentar a atual revolução 
tecnológica esperando que a força de trabalho da próxima geração 
esteja mais bem preparada. Em vez disso, é fundamental que as 
empresas assumam um papel ativo no apoio às suas atuais forças de 
trabalho através de reciclagem, que os indivíduos adotem uma 
abordagem proativa para seu aprendizado ao longo da vida e que os 
governos criem o ambiente favorável, de forma rápida e criativa, para 
auxiliar esses esforços (WEF, 2016, p.7). 
As áreas mais influenciadas por essas mudanças incluem consumo, saúde, 
energia, mídia, entretenimento, finanças, infraestrutura e mobilidade. Para se 
adaptar a esse contexto, o referido fórum indica que os profissionais deverão 
desenvolver competências até 2020. 
 
 
 
9 
Quadro 2 – Competências que profissionais deverão desenvolver até 2020, 
segundo o Fórum Econômico Mundial 
Tipo de habilidade Habilidade Definição 
Habilidades 
cognitivas 
Flexibilidade 
cognitiva 
A capacidade de gerar ou usar diferentes 
conjuntos de regras para combinar ou agrupar as 
coisas de diferentes maneiras. 
Criatividade 
A capacidade de apresentar ideias incomuns ou 
inteligentes sobre um determinado tópico ou 
situação, ou desenvolver maneiras criativas de 
resolver um problema. 
Raciocínio lógico 
A capacidade de combinar informações para 
formar regras gerais ou conclusões (inclui 
encontrar um relacionamento entre eventos 
aparentemente não relacionados) e / ou aplicar 
regras gerais a problemas específicos para 
produzir respostasque façam sentido 
Sensibilidade ao 
problema 
A capacidade de dizer quando algo está errado ou 
é provável que dê errado. Não envolve resolver o 
problema, apenas reconhecendo que existe um 
problema. 
Raciocínio 
matemático 
A capacidade de escolher os métodos 
matemáticos corretos ou fórmulas para resolver um 
problema. 
Visualização 
A capacidade de imaginar como algo vai ficar, 
após isso ser movimentado ou quando suas partes 
são movidas ou reorganizadas. 
Competências de 
conteúdo 
Aprendizado ativo 
Compreender as implicações de novas 
informações para a resolução de problemas atuais 
e futuras e para a tomada de decisões. 
Expressão oral 
Conversando com outras pessoas para transmitir 
informações de maneira eficaz. 
Compreensão de 
leitura 
Compreender sentenças escritas e parágrafos em 
documentos relacionados ao trabalho. 
Expressão escrita 
Comunicar eficazmente por escrito, de acordo com 
as necessidades do público. 
Alfabetização em 
TIC 
Usando tecnologia digital, ferramentas de 
comunicação e redes para acessar, gerenciar, 
integrar, avaliar e criar informações. 
Habilidades de 
Processo 
Escuta ativa 
Dando total atenção ao que as outras pessoas 
estão dizendo, tendo tempo para entender os 
pontos que estão sendo feitos, fazendo perguntas 
conforme apropriado e não interrompendo em 
momentos inapropriados. 
Pensamento 
crítico 
Usando lógica e raciocínio para identificar os 
pontos fortes e fracos de soluções alternativas, 
conclusões ou abordagens para problemas. 
Monitorando o eu 
e os outros 
Monitorar / avaliar o desempenho de si mesmo, de 
outros indivíduos ou organizações para melhorar 
ou tomar ações corretivas. 
Habilidades de 
resolução de 
problemas 
complexos 
Resolução de 
problemas 
complexos 
Capacidades desenvolvidas usadas para resolver 
problemas novos e mal definidos em configurações 
complexas do mundo real. 
Habilidades de 
gerenciamento de 
recursos 
 
Gestão de 
recursos 
financeiros 
Determinar como o dinheiro será gasto para 
realizar o trabalho e contabilizar esses gastos. 
Gestão de 
recursos materiais 
Obtenção e observação para o uso apropriado de 
equipamentos, instalações e materiais necessários 
para realizar determinado trabalho. 
 
 
10 
Gestão de 
pessoas 
Motivar, desenvolver e dirigir as pessoas enquanto 
elas trabalham, identificando as melhores pessoas 
para o trabalho. 
Gerenciamento 
de tempo 
Gerenciando o próprio tempo e o tempo dos 
outros. 
Habilidades sociais 
Coordenando 
com os outros 
Ajustar ações em relação às ações dos outros. 
Inteligência 
emocional 
Estar ciente das reações dos outros e entender por 
que eles reagem como eles. 
Negociação Reunir os outros e tentar reconciliar as diferenças. 
Persuasão 
Persuadir os outros a mudarem de ideia ou 
comportamento. 
Orientação de 
serviço 
Procurando ativamente maneiras de ajudar as 
pessoas. 
Treinando e 
ensinando outros 
Ensinar os outros a fazer alguma coisa. 
Habilidades de 
Sistemas 
Julgamento e 
tomada de 
decisão 
Considerando os custos e benefícios relativos de 
ações potenciais para escolher o mais adequado. 
Análise de 
sistemas 
Determinar como um sistema deve funcionar e 
como as mudanças nas condições, nas operações 
e no ambiente afetarão os resultados. 
Fonte: WEF, 2016, p. 52-3. 
TEMA 4 – TÉCNICAS PARA GERIR AS EMOÇÕES I 
Tendo visto a importância das emoções para nossa vida, tanto pessoal 
como profissional, apresentamos técnicas para melhor percebê-las e lidar com 
elas. 
4.1 Treino de atenção 
O treino de atenção permite mantê-la de forma constante, receptiva ao que 
ocorre, com calma e clareza, elementos essenciais a IE. Quanto mais atenção, 
mais controle sobre as reações emocionais. O treino da atenção pode focar-se no 
corpo, permitindo perceber as reações corporais das emoções – lembrando que 
as emoções têm componentes psicológicos e fisiológicos, que são mais fáceis de 
serem percebidos; se percebemos mais a experiência emocional, melhor a 
gerenciamos (Tan, 2014). 
Wallace (2018) apresenta uma série de técnicas em seu livro A revolução 
da atenção, do qual extraímos uma relacionada à atenção contínua: 
Permaneça relaxado, imóvel e vigilante. Essas três qualidades do 
corpo devem ser mantidas durante todas as sessões de meditação. 
Quando já tiver estabelecido seu corpo com essas três qualidades, faça 
três respirações lentas, suaves e profundas, inspirando e expirando 
pelas narinas. Deixe que sua consciência permeie todo o corpo enquanto 
respira, notando qualquer sensação relacionada à respiração. Entregue-
se e desfrute dessas respirações profundas, como se estivesse 
recebendo uma massagem interna bem suave (Wallace, 2018, p. 38). 
 
 
11 
Com essa preparação você estabelece uma base de relaxamento. Sem 
perder essa sensação de calma, passe agora a enfatizar o cultivo da 
estabilidade da atenção. [...] Com esse objetivo, em vez de manter a 
atenção nas várias sensações da respiração ao longo de todo o corpo, 
foque a sua atenção apenas nas sensações da expansão e relaxamento 
do abdômen, em cada uma das respirações. Como fez anteriormente, 
observe a duração de cada inspiração e de cada expiração e observe, 
também, a duração das pausas entre as respirações. Por puro hábito, os 
pensamentos não intencionais formarão uma cascata em sua mente, 
como uma verdadeira cachoeira (Wallace, 2018, p. 55). 
Uma forma de estancar esse fluxo implacável de encandeamento de 
ideias é contar as respirações. Tente isso agora, contando “um”, no 
início da primeira inspiração; em seguida preste bastante atenção às 
sensações da respiração durante todo o restante da inspiração e durante 
toda a expiração. Conte “dois” no início da próxima respiração e continue 
fazendo dessa forma enquanto achar que é útil. Deixe que essa 
contagem mental seja breve para que sua atenção à contagem não 
substitua a consciência da própria respiração. O objetivo da contagem é 
inserir breves lembretes na prática – “lembrar de lembrar” – para que 
você não seja arrastado pelas distrações. [...] Essa fase da prática diz 
respeito principalmente à atenção plena à respiração, não à contagem. 
(Wallace, 2018, p. 55). 
Indicamos que você conte até 20 e depois retorne a contagem ao zero. 
Após aperfeiçoar essa sequência, pode avançar para números maiores, como 30 
e 50, por exemplo. 
4.2 Classificação das emoções 
Quando uma pessoa consegue classificar seus sentimentos com palavras, 
tem mais facilidade para lidar com suas emoções, visto que esse processo ativa 
o CPFvm que regula a amígdala – o disparador emocional do cérebro (Tan, 2014). 
A prática é simples: cada vez que tomamos consciência de nós mesmos, 
procuramos avaliar nossos sentimentos (que são baseados em emoções), 
tentando classificá-los dentre as emoções possíveis. 
Ampliando um pouco a lista das emoções básicas indicadas anteriormente, 
indicamos oito emoções e suas famílias sugeridas por Goleman (2001, p. 303-
304): 
Alegria, prazer - felicidade, alívio, contentamento, deleite, diversão, 
orgulho, prazer sensual, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom 
humor, euforia, êxtase, mania. 
Tristeza - sofrimento mágoa, desânimo, desalento melancolia, 
autopiedade, solidão, desamparo, desespero, depressão, 
Medo, ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, 
consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror, 
fobia e Pânico 
Raiva/ira - fúria, revolta, ressentimento, exasperação, indignação, 
vexame, acrimônia, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, 
hostilidade, ódio 
Amor - aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, 
paixão, ágape 
 
 
12 
Surpresa - choque, espanto, pasmo, maravilha 
Desprezo, nojo - desdém, antipatia, aversão, repugnância, repulsa 
Vergonha - culpa, vexame, mágoa, remorso, humilhação, 
arrependimento, mortificação, contrição 
4.3 Técnica de rSOL+ – chave de presentificação, autopercepção e 
mudança de estado de consciência 
A técnica rSOL+, é uma chave (sigla) para:r: respiração, Sujeito, Objeto, 
Lugar, + emoção positiva. É uma técnica de presentificação, ou seja, de tornar-se 
presente, consciente do momento e do local. Ela pode ser feita várias vezes ao 
dia, e sugerimos que você tenha como objetivo uma quantidade de vezes – por 
exemplo, pode começar fazendo uma vez por dia, durante uma semana. Depois, 
2, 4 e até 8 vezes por dia, sucessivamente, na medida em que consolida o hábito. 
Quando ele se consolidar, você fará a técnica espontaneamente, muitas vezes 
por dia. Vamos à descrição da sequência: 
• Respiração – Inicio com algumas respirações (r) conscientes, para trazer 
a atenção para a minha respiração e acalmá-la, se não estiver calma. Essa 
etapa pode incluir a imaginação de uma cor, por exemplo a respiração com 
cor dourada (ou outra que acha conveniente), imaginando a conexão com 
o sol, trazendo o foco dessa conexão no centro do peito, tornando-o um 
pequeno sol. 
• Sujeito – Chamar-me mentalmente pelo meu nome, para que eu me sinta 
mais presente em mim mesmo. Depois, mentalmente percebo alguns 
elementos em mim. 
• Corpo – Disposição, sensações, postura, dores, tensões, necessidades): 
conexão carinhosa e atenta com meu corpo 
• Emoção – Como está meu humor, positivo ou negativo? Com qual 
intensidade, ou quão alerta estou? Como está minha motivação, 
preocupação, ansiedade? Estou fazendo julgamentos mentais? Se sim, 
que emoção está guiando (enviesando) esses julgamentos? 
• Pensamento, vontade, foco – Estou calmo ou agitado? Focado ou 
disperso? Muitos pensamentos ou poucos? Minha força de vontade está 
forte ou fraca? Há pensamentos repetitivos em minha mente? Que padrões 
percebo neles? 
• Objeto (de relação) – Com o que ou com quem me relaciono neste 
momento? Quais as características? O que estou fazendo? 
 
 
13 
• Lugar – Onde estou? Quais são as características deste local? Existem 
influências coletivas em curso neste momento? Quais? 
• Emoção + – Evoco uma lembrança feliz, prazerosa, na qual me sentia 
confiante, produtivo(a). Pode ser também um agradecimento por coisas 
boas que me aconteceram-acontecem. Busco sentir essa emoção em todo 
o corpo. O que muda nele com a emoção evocada? 
Para finalizar, fazemos um questionamento sobre o momento que vivemos, 
com o objetivo de quebrar a habituação perceptiva. Esta experiência que estou 
vivendo, é sonho ou realidade? Estou sonhando ou acordado? Algo estranho 
ocorre neste momento? Como cheguei a este momento? 
4.4 Cavalgando as emoções – eu não sou minhas emoções por isso posso 
treinar o autocontrole 
Para onde você está indo? Pergunte ao cavalo! 
Era uma vez, na antiga China, um homem sobre um cavalo que passou 
por um homem que caminhava pela estrada. O homem perguntou: 
cavaleiro, para onde o senhor está indo? O homem no cavalo respondeu: 
não sei, pergunte ao cavalo (Tan, 2014). 
Figura 2 – Cavaleiro chinês guiado pelo cavalo 
 
Crédito: Vinsintus/Shutterstock. 
Como as emoções modulam nossa percepção, avaliação e interação com 
a “realidade”, além de modular também nossa motivação (vontade), podemos 
https://www.shutterstock.com/pt/g/Vinsintus
 
 
14 
refletir que a emoção é um guia, evolutivo, voltado a nos orientar com vistas à 
adaptação, à sobrevivência. Como ela funciona em grande medida de forma não 
consciente, ao menos sua parte física é independente de qualquer vontade 
consciente. Na analogia da história acima, podemos pensar que a emoção é o 
cavalo. O cavaleiro não exerce influência sobre a direção escolhida, deixa que o 
leve para onde desejar, por isso não sabe para onde está indo. Possivelmente, 
nem percebe que está sobre um cavalo, tal como o centauro, metade humano, 
metade cavalo, não tem ciência de que ele ou ela não é suas emoções, que são 
processos corporais. Mas, se percebermos que o cavalo existe (atenção focada 
aos processos corporais é algo necessário), podemos exercer influência sobre 
ele). 
Por sorte, podemos, sim, amansar e guiar o animal. Isso tem início 
compreendendo o cavalo e observando suas preferências, tendências e 
comportamentos. Assim o que compreendemos, aprendemos nos 
comunicar e trabalhar com ele. Por fim, o animal nos levará para onde 
queremos ir. Dessa forma, criamos uma escolha para nós mesmos. [...] 
em outras palavras, aprendemos a cavalgar (Tan, 2014). 
 
Figuras 3 e 4 – Analogias para emoção 
 
Crédito: Krikkiat/Shutterstock; Warpaint/Shutterstock. 
Mas como? Prestando atenção ao nosso corpo (onde primeiro se 
expressam nossas emoções) e, em especial, à nossa respiração (rédeas da 
consciência), e percebendo que não somos nossas emoções. Usualmente, 
percebemos as emoções como parte de nossa mente, elas “se transformam na 
nossa própria existência”. (Tan, 2014) 
Com a prática suficiente de meditação [atenção plena], você pode 
acabar por notar uma mudança sutil, mas importante - pode começar a 
sentir que as emoções que são simplesmente o que você sente, e não o 
que você é. As emoções passam de algo existencial (sou) para algo 
empírico (sinto). Com mais prática, pode haver outra mudança Sutil em 
- você acaba por ver as emoções simplesmente com fenômenos 
fisiológicos. As emoções se transformam no que sentimos com o corpo, 
assim passamos de “eu estou com raiva” para “sinto raiva no meu corpo” 
(Tan, 2014). 
 
 
15 
Técnica, principalmente quando estivermos em situações onde nossas 
emoções estão intensificadas, podemos perguntar: Para onde o Sr. está indo? 
E respondemos: pergunte ao cavalo! Então respiramos conscientemente por 
alguns instantes e focamos nossa atenção ao corpo, buscando identificar que 
emoção estamos sentindo fisicamente. Aí, falamos mentalmente ou verbalmente: 
sinto (nome da emoção) no meu corpo. 
Com base nesta e em outras técnicas, é possível ir da compulsão/reação 
para a escolha/resposta. Possibilita-nos autocontrole, que implica em 5 
características (Tan, 2014): 
1. Autorrepreensão: avaliar emoções incômodas e impulsos. 
2. Confiança: manter padrões de honestidade e integridade. 
3. Consciência: assumir a responsabilidade pelo desempenho 
pessoal. 
4. Adaptação: flexibilidade ao lidar com desafios. 
5. Inovação: estar à vontade com novas ideias, abordagens e 
informações. 
TEMA 5 – TÉCNICAS PARA GERIR AS EMOÇÕES II 
5.1 Lidar com situações incômodas 
Tan (2014), propões quatro princípios para lidar com situações incômodas: 
 
1. Saiba quando não está sentindo dor. 
2. Não se sinta mal por se sentir mal. 
3. Não alimente seus monstros. 
4. Comece cada pensamento com gentileza e humor. 
Saiba quando não está sentindo dor. Basicamente, é valorizar os 
momentos em que não temos dor; trata-se de saborear essa liberdade, o que 
tende a nos tornar mais felizes. Em geral, quando sentimos dor ou algum mal-
estar, podemos pensar que bom será quando estivermos livres dessa 
circunstância; mas, ao estarmos livres, não valorizamos isso! Em complemento, 
até mesmo quando estamos sentindo dor, frequentemente há intervalos – 
percebê-los é muito importante para recuperar forças e enfrentar os momentos 
que se seguiram (Tan, 2014). 
Não se sinta mal por se sentir mal. Nos incomodamos por estarmos 
incomodados, nos sentimos mal por nos sentimos mal, por ter emoções ou 
sentimentos ruins, por sermos egoístas etc. Nos cobramos um padrão mais 
elevado e nos culpamos por não manifestá-lo. “Puxa, sou uma pessoa tão boa, por 
 
 
16 
que estou sentindo toda essa inveja? [...] talvez, se eu fosse mesmo um bom 
meditador, não me sentiria assim. Portanto, devo ser um hipócrita e um pedaço 
inútil de [...]” (Tan, 2014). 
 Trata-se de uma imagem superior que nosso ego faz de si mesmo e que 
vai gerar uma nova perturbação. É oportuno então desapegar-se desta imagem, e 
o humor pode auxiliar. Ao brincar com uma imagem de “um ser superior” que 
construímos de nós mesmos, tornamos o desapego desta imagem mais leve e 
fácil. Se a criamos é porque não gostamos/aceitamos a nossa “situaçãoreal”. 
Aceitá-la é o desafio possível. 
Figura 5 – Meus monstros 
 
Crédito: Mssa/Shutterstock. 
Não alimente seus monstros. E se existissem monstros que ocupam 
nossa mente, desequilibram nossas emoções e nos provocam aborrecimentos? 
Se eles fossem inevitáveis e poderosos e nos sentíssemos impotentes para 
mandá-los embora? Imagine que sejam! O que fazer? Cortar seus suplementos 
de comida! Se assim o fizermos, ficarão com fome, se tornarão mais fracos, talvez 
até nos abandonem, ou conforme nossa habilidade para conversar com eles, 
talvez se tornem nossos amigos, em vez de inimigos. 
 
 
17 
Pense na raiva, por exemplo. Se você está com muita raiva de alguém 
e examina essa raiva com a mente plena, talvez você descubra que a 
raiva não é constante; ela vem e vai sutilmente. Pode, ainda, perceber 
sua mente constantemente alimentando a raiva, repetindo uma ou mais 
histórias para si mesmo. Se você parar de represá-las, poderá perceber 
a raiva se dissipando por falta de combustível. O Monstro da Raiva 
precisa se alimentar de nossas histórias. Sem elas para comer, o 
Monstro da Raiva fica com fome e em algum momento desaparece. Ao 
não a alimentar, você economiza energia mental, e o Monstro da Raiva 
o deixa sozinho e vai brincar em outro lugar. Ele sabe que há muitas 
pessoas dispostas a alimentá-lo por aí. Não nutrir os monstros é um 
ótimo negócio (Tan, 2014). 
Comece cada pensamento com gentileza e humor. “Em cada situação, 
ruim ou não, é útil começar cada pensamento com gentileza e compaixão por si e 
pelos outros. [...] Também considero muito útil ver humor nos meus pontos fracos.” 
(Tan, 2014). 
Humor e gentileza/compaixão podem ter caráter curativo sobre nossas 
emoções, e também quando consideramos as “emoções dos outros”. Se 
treinarmos usar carinho e comédia em situações difíceis, nossas e de demais 
pessoas, talvez a vida se torne uma grande comédia e/ou uma grande 
unidade/harmonia. 
5.2 Lidar com provocações (Ferrovia Transiberiana) 
Para lidar com tais situações, é preciso percebê-las. Marc Lasser (citado 
por Tan, 2014), sugere que notemos três padrões: 
• Corpo: respiração rápida, coração disparado, estômago revirado. 
• Emoções: reação de tudo ou nada, sentindo-se como caça diante 
do caçador ou tendo uma explosão emocional (o que Goleman chama 
de “sequestro da amígdala”). 
• Pensamentos: sentimento de vítima [estamos sendo injustiçados], 
pensamentos de culpa e crítica, dificuldade de atenção. 
Frequentemente, essas provocações nos remetem a experiências 
anteriores, sejam elas com a mesma pessoa ou com outras. Relacionam-se 
também com processos nossos, por exemplo o sentimento de autoinadequação 
e/ou insegurança e/ou desvalor. Tais experiências nos produzem dor, “quase 
como um nervo exposto” (Tan, 2014). 
Se eu, por exemplo, estou me sentindo muito inseguro quanto a meu 
desempenho profissional, a mera sugestão da minha chefe de que ela 
está ligeiramente preocupada com o andamento do meu projeto pode 
gerar uma reação em mim. Por outro lado, se estou muito confiante no 
meu trabalho, minha reação quanto à minha chefe será completamente 
diferente (Tan, 2014). 
 
 
18 
A prática da Ferrovia Transiberiana foi criada para lidar com provocações 
e/ou situações incômodas. Ela tem cinco passos: 1. Parar. 2. Respirar. 3. Notar 
(Observar). 4. Refletir (Pensar). 5. Reagir (Escolher Resposta). PRORR, do 
original, PROPEr, adaptação para nossa língua, para facilitar a memorização 
(Tan, 2014). 
A prática tem esse nome, considerando as iniciais da expressão em inglês 
(SBNRR, SiBerian North RailRoad), o que em nossa língua não faz muito sentido. 
No entanto a imagem de uma Ferrovia na Sibéria, um local muito gelado, pode 
ser útil para esfriar o calor das emoções que estão sendo trabalhadas (Tan, 2014). 
Figura 6 - Ferrovia Transiberiana 
 
Crédito: Serjio74/Shutterstock. 
Primeiramente, parar. A primeira atitude a fazer quando nos sentimos 
insultados é parar. Essa pausa sagrada é muito importante e poderosa. Não 
reagir imediatamente a uma provocação é uma escolha e um sinal explícito de 
força, que será reconhecido pela outra pessoa (Tan, 2014). 
Depois, respirar. O segundo passo reforça o primeiro e ainda produz um 
efeito muito importante: a respiração consciente (principalmente se for profunda) 
acalma a mente e o corpo (Tan, 2014). 
Na sequência, notar/observar. Agora, é possível perceber, anotar, sentir 
a emoção se manifestando no corpo: rosto, pescoço, ombros, peito, costas. 
Ocorrem mudanças na temperatura e na tensão do nosso corpo? Mindfulness é 
requerida nesse momento – perceber a situação presente, sem julgar (Tan, 2014). 
 
 
19 
“O mais importante, nesse ponto, é vivenciar a dificuldade emocional 
simplesmente como um fenômeno físico e não existencial. Se você estiver 
sentindo raiva, por exemplo, sua observação não é ‘tenho raiva’, é ‘estou sentindo 
raiva no meu corpo’” (Tan, 2014). 
Depois, é hora de refletir/pensar. Esse é o momento no qual buscamos a 
origem de nossa emoção, qual a história que está por trás. Nos sentimos 
inadequados e/ou inseguros e/ou desvalorizados? Se a experiência envolver outra 
pessoa, coloque-se no lugar dela. Pense nas seguintes afirmações: todos querem 
ser felizes; essa pessoa acha que agir assim a deixará feliz, de algum modo (Tan, 
2014). 
Nesse nível, refletimos e adicionamos outra perspectiva, esquivando-nos 
de julgar a pessoa à nossa frente. Se o fizermos, possivelmente estaremos 
projetando nossas experiências anteriores, mal elaboradas, sobre a pessoa que 
está estimulando; porém, se ela consegue produzir tal estímulo, é porque existe 
em nós um ambiente receptivo propício (Tan, 2014). 
Na sequência, devemos reagir/escolher a resposta. Neste momento, 
vamos imaginar uma resposta que produzisse um resultado positivo. Não é 
necessário responder, mas apenas imaginar possibilidades positivas e ou gentis. 
No programa Busque dentro de você, antes de praticar o exercício da 
Ferrovia Transiberiana, convidamos nossos participantes a falar sobre 
uma situação na qual se sentiriam provocados. Isso os prepara para o 
exercício. Geralmente pedimos que se reúnam em grupos de três, nos 
quais cada pessoa fale por três minutos. O tópico da conversa é: — 
Descreva uma situação na qual você se sinta provocado: 1. Qual o 
acontecimento? 2. Que sentimentos ele desperta? Qual o primeiro 
sentimento — raiva, isolamento? 3. Onde, no seu corpo, você sente 
isso? Você está sentindo isso agora? Em casa, recomendo que você 
pense na última vez que se viu emocionalmente provocado e se 
pergunte as questões acima. Isso o preparará para a meditação a seguir 
(Tan, 2014). 
5.3 Integrando e transformando transferências 
“A busca de coerência promove o autoengano” (Callegaro, 2011, p. 113). 
Os pressupostos que se baseiam na presente técnica se inspiram na perspectiva 
de que frequentemente podemos confundir e identificar erroneamente a origem 
de uma emoção ao fazermos associações com experiências imediatas ou 
passadas não percebidas conscientemente (Cozenza; Guerra, 2011). Também 
porque utilizamos de um intérprete cerebral, que cria narrativa para obter ordem 
e coerência no nosso mundo psicológico. Tais narrativas podem distorcer nossa 
memória, com base em conhecimentos gerais ou experiências passadas. O 
 
 
20 
intérprete cerebral produz essas distorções da memória para construir um modelo 
de Eu e do mundo frequentemente diverso da realidade objetiva. Na perspectiva 
do novo inconsciente, a disparidade entre as nossas crenças conscientes e o 
nosso comportamento são evidentes e fundamentais (Callegaro, 2011). 
O intérprete também pode nos ajudar a ter uma sensação de ordem em 
nossas vidas, fazendo com que conciliemos atitudes do presente com 
ações e sentimentos do passado. Isso cria a confortadora sensação de 
que sempre soubemos como as coisas iriam terminar, ou mesmo 
melhora nossa opinião sobre nós mesmos. Mas tambémtem o potencial 
de nos guiar para o caminho das ilusões. Se as explicações e as 
racionalizações simples oferecidas pelo intérprete criam fortes 
distorções que nos impedem de ver a nós mesmos sob uma luz realista, 
obviamente corremos o risco de repetir os fracassos passados no futuro 
(Schacter, 2003, citado por Callegaro, 2011, p. 112). 
Por essa razão, a busca do autoconhecimento pode ser de muita utilidade 
para que possamos reduzir tais distorções: 
as várias formas de distorção estão tão enraizadas na percepção 
humana, que existem poucos bons remédios para evita‑las por 
completo. O melhor que podemos fazer talvez seja aceitar que o 
conhecimento, as opiniões e os sentimentos atuais podem influenciar 
nossas recordações do passado e moldar nossas impressões de 
pessoas e objetos no presente. Ao exercer a devida vigilância e ao 
reconhecer as possíveis fontes de nossas convicções tanto sobre o 
presente como sobre o passado, podemos atenuar as distorções que 
surgem quando a memória age como um fantoche a serviço de seus 
mestres. (Schacter, 2003, citado por Callegaro, 2011, p. 112). 
Freud estudou casos clínicos e propôs o conceito de transferência, 
segundo o qual sentimentos e impulsos, defesas, atitudes, fantasias e avaliações 
vividas, ou relativas a relacionamentos atuais, seriam reflexos e/ou repetições 
negativas ou positivas de experiências prévias com outras pessoas. Estudos 
atuais sobre memória implícita dão base a essa perspectiva, mesmo que a 
interpretação não seja da mesma forma que Freud. Tais sentimentos e sensações 
inconscientes se manifestam na comunicação, principalmente a não-verbal, e na 
interação interpessoal, em geral se constituindo em dicas para a qualidade dos 
relacionamentos e para o nosso desenvolvimento emocional (Cosenza; Guerra, 
2011; Callegaro, 2011). 
Estímulos externos podem também ser considerados negativos ou 
positivos quando encontram receptividade em processos emocionais prévios e 
memórias implícitas (Callegaro, 2011). Por exemplo, frustrações, mágoa, 
inadequação, desvalor, desamor, sentimento de exclusão, injustiça e raiva são 
experiências que podem ser catalisadas por situações atuais sem que nos demos 
conta de que são prévias em nossas vidas. Em complemento, por vezes 
 
 
21 
exatamente a experiência que nos produz irritação, ofensa, não está apenas em 
nosso passado, mas em nosso próprio comportamento emocional presente – 
porém, isso não é percebido conscientemente. 
A transferência é um processo inconsciente que se caracteriza pela 
generalização de memórias implícitas da situação original para uma 
situação atual. Na transferência de aprendizagem implícita que envolve 
o acionamento dos EIDs [esquemas primitivos], é a forma de avaliação 
dos estímulos que determina o desencadeamento das reações. A ideia 
de que a avaliação (ou a interpretação) dos estímulos determina a forma 
de reagir é um dos alicerces conceituais fundamentais de qualquer 
abordagem no escopo das terapias cognitivas. O modelo do novo 
inconsciente pode contribuir para entender melhor as particularidades da 
avaliação inconsciente que realizamos e os mecanismos, também 
inconscientes, pelos quais desencadeamos determinados esquemas e 
certas reações (Callegaro, 2011, p. 261). 
Podemos ser agressivos, sem ter muita noção consciente disto, e nos 
irritarmos com pessoas agressivas. Da mesma forma, podemos ser 
depressivos, arrogantes, egoístas e assim por diante, sem que nos demos conta 
de que o fazemos. Ao observarmos pessoas que expressam tais 
comportamentos, podemos nos sentir injustiçados, vitimados, o que justifica uma 
reação nossa (interna ou externa) em igual (ou pior) medida do que estamos 
recebendo. Ao voltarmo-nos para dentro, diante desses estímulos que nos 
incomodam, poderemos encontrar tais experiências ao integrá-las e aceitá-las em 
nós, dissolvendo nosso ambiente propício à reação para aqueles estímulos. 
Recordemo-nos de que são processos emocionais em nós, que servem como 
medida de avaliação de intensidade e valor daquilo que percebemos pelos 
sentidos sensoriais. Tal avaliação se dá de forma não consciente: 
De acordo com os pesquisadores do novo inconsciente, avaliamos de 
forma inconsciente e reagimos de modo automático a praticamente 
qualquer objeto, situação, coisa ou pessoa [...], sendo que cada estímulo 
provoca uma reação afetiva imediata positiva ou negativa [...]. Essa 
avaliação instantânea inconsciente acontece de forma independente de 
ostentarmos posições fortes ou atitudes extremadas, uma vez que 
atitudes fracas também produzem as mesmas reações. Estímulos nunca 
vistos anteriormente também disparam avaliações automáticas, mesmo 
se não puderem ser processados com facilidade por não se encaixarem 
em estereótipos ou categorias previamente existentes (Callegaro, 2011, 
p. 261-262). 
Ao mudarmos processos emocionais em nós, mudamos também nossa 
medida de valor, e, por conseguinte, “construímos novas realidades”. Tendemos 
a perceber tanto nossos aspectos positivos quanto negativos fora de nós, mas sob 
certa perspectiva toda realidade é interna, seja ela sensorial ou 
valorativa/semântica. Por essa razão, estímulos iguais podem provocar reações e 
 
 
22 
interpretações das mais diversas em diferentes pessoas. O que é agradável e 
desafiador para uma pessoa pode ser desagradável e produzir efeitos 
depressivos/agressivos em outra. Perceber nossos processos emocionais ligados 
à atribuição de valor/causalidade é parte essencial do processo de 
autoconhecimento e autodesenvolvimento. Isso é mais facilmente possível por 
meio de práticas de atenção plena, uma vez que por meio dela podemos observar 
e transformar tais processos: 
as avaliações automáticas são onipresentes nas interações sociais, e a 
compreensão de seu impacto no relacionamento humano é fundamental 
para uma abordagem psicoterápica eficaz. [..] não podemos ser 
introduzidos [apresentados] a uma pessoa sem experimentar algum 
imediato sentimento de atração ou repulsão (Callegaro, 2011, p. 261-
262). 
 A presente técnica tem duas fases. Na primeira, o desafio é reconhecer o 
movimento de transferência, via memórias implícitas e neurônios espelho. Não 
percebemos que o julgamento que fazemos dos outros depende de processos 
internos nossos, não de fatos externos. Nossa emoção é relativamente “cega”, 
fechada, inflexível. Podemos nos sentir certos, inocentes, vítimas, injustiçados, 
bons, humildes. Podemos sentir raiva, disfarçada de senso de justiça, o que pode 
justificar ataques e julgamentos severos. Usualmente, não percebemos nossas 
emoções. Selecionamos/enviesamos/editamos memórias para não perceber os 
processos comuns internos e externos, ou a relação com processos anteriores e 
atuais que impulsionam o nosso julgamento e reação. Em tais situações, podemos 
nos defender, atacando de forma direta ou dissimulada, consciente, 
semiconsciente, ou não consciente. Mediados por nosso viés emocional, 
experimentamos forte crença ou certeza sobre o outro, convicção essa que nos 
impede de perceber o outro em si, de se questionar se o que percebemos é ou 
não correto. Muitas vezes, nem conseguimos ter interesse pelo outro, por conta 
da visão que ele tem da realidade. Nossa versão é suficiente, convincente, correta. 
Nesses processos, temos pouca ou nenhuma tolerância à crítica, ficando sem 
flexibilidade. Buscamos o controle, resistimos à mudança, focamos nos 
problemas, nas dificuldades, na dor e sofrimento. 
Em complemento, não são apenas aspectos negativos que podem nos 
incomodar nos outros. Por vezes, são seus sucessos, capacidades, confiança, 
elevada autoestima, criatividade etc. que nos perturba. Eles expressam algo que 
também há em nós, mas talvez não tenhamos tido oportunidade, condições ou 
coragem de desenvolver. 
 
 
23 
Perceber tais sentimentos e emoções é o desafio dessa primeira fase. 
Figura 7 – Da transferência a integração 
 
 
Crédito: Fábio Eduardoda Silva. 
A segunda fase inicia-se com o movimento da integração da sombra. 
Para nosso processo de crescimento, “o outro não existe”! Ao menos não como 
nós o construímos, isolado, separado de nós. Ao dissolvermos um pouco dessa 
ilusão, iniciamos o processo de transformação, no qual percebemos nossas 
semelhanças (tanto positivas como negativas) com os outros e a necessidade que 
temos de ajuda e de ajudar. Precisamos muito uns dos outros para crescer e, ao 
sentirmos isso como realidade, passamos a colaborar e a valorizar as pessoas. 
E, ao desconstruirmos as ilusões que fazemos dos outros, buscamos conhecê-los 
mais profundamente. Buscamos uma integração mais profunda, que pode inspirar 
sentimentos de unidade, de uma grande família universal. 
Figura 8 – Integração da sombra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crédito: Fábio Eduardo da Silva. 
Nesse nível, o foco é no crescimento coletivo, na necessidade de 
cooperação, e de entender como podemos colaborar da melhor forma. Qual é 
+ 
- - 
+ 
+ + 
+ - + - + - ± 
 
 
24 
nossa função, missão, sentido nesse processo? Agora, não é mais algo pessoal, 
mas coletivo. Julgamentos negativos e certezas (convicções muito fortes) são 
alertas para processos internos, são indicadores de necessidades de crescimento. 
Padrões internos anteriores são atualizados, percebidos, e inicia-se uma nova 
fase. 
Para facilitar tais percepções, sugere-se algumas “questões sem resposta”. 
Elas devem ser feitas como se soubéssemos as respostas (e de fato sabemos); 
contudo, não as responderemos. Em vez disso, soltamos, deixamos, abrimo-nos 
para ouvir. Ou seja, apenas falamos mentalmente ou verbalmente as questões e 
silenciamos para ouvir. É possível que surjam respostas, várias ou poucas, 
coerentes ou antagônicas, conhecidas ou surpreendentes. É possível também 
que não surjam respostas. Se assim for, tudo certo. 
Considere pessoas que lhe causam reações adversas (sejam elas de seu 
relacionamento ou não); escolha uma delas para a prática. Faça um breve 
relaxamento antes de fazer as questões, ou as realize logo após acordar, antes 
de levantar-se. Use os modelos de questões a seguir, e permita-se criar outras 
questões que se adaptem a você: 
• Se eu fosse o(a) .......... eu me sentiria .......... 
• O que eu preciso aprender com ............. é ............. 
• O que eu preciso aprender com essa situação é ............. 
• O que eu estou projetando no(na) ............. é ............. 
• O que eu não vejo em mim e que me perturba nessa situação é ............... 
• Essa experiência me reporta a outra, passada, na qual ............... 
• O que eu realmente vejo no(na) é ............. 
• Eu não quero resolver essa situação porque ...................... 
• A melhor forma de eu resolver é ................... 
• Se eu resolver isso dentro de mim eu ................... 
• Para que eu me sinta muito bem comigo mesmo(a) o que eu preciso é 
................ 
 
 
 
25 
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