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Avaliação do pH Sanguíneo em Cães

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PATOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA 
Nomes: Leticia marques Rasfaski / Weslley Grassi Honorato
1) Qual a importância de se avaliar o pH sanguíneo de um cão com 3 anos, com Insuficiência Renal? Explique com suas palavras.
R: No sangue, temos uma propriedade muito importante que é seu grau de acidez ou de alcalinidade. A acidez e a alcalinidade de qualquer solução, incluindo o sangue, é expressa pela escala de pH. Essa escala de pH varia entre 0 (que é fortemente ácido) e 14 (que seria fortemente básico ou alcalino). No centro dessa escala, temos o pH de 7,0, que é o neutro. O sangue normalmente é levemente básico, possuindo um pH de cerca de 7,35 a 7,45. Normalmente, o organismo mantém o pH sanguíneo próximo do nívei de 7,40. O profissional médico veterinário deve avalia esse equilíbrio de ácido-base, através da medição do pH juntamente com os níveis de dióxido de carbono (um ácido) e também do bicarbonato (uma base) que estão presentes no sangue. Se o pH do sangue vier a atinge valores inferiores a 6,9 ou superiores a 7,8, o animal pode corre risco de morte. Por isso manter a manutenção do pH sanguíneo em níveis normais é fundamental para a manutenção celular, devido as células estarem recobertas por sangue. A partir do momento em que o pH sofre variação, as células não conseguiram se comporta de forma normal, o que ocasionara na morte prematura dessas células, e com isso causar diversas complicações de saúde. Sabemos que os rins são capazes de afetar o pH sanguíneo devido a sua excreção de excesso de ácidos ou de bases. Dentre as diversas funções dos rins, eles ainda possuem a capacidade de modificar o volume de ácido ou base que é excretada do organismo, porem eles faram esses ajustes de forma mais lenta do que os pulmões, por isso, está compensação geralmente leva vários dias. Os rins mantêm a composição do meio interno por meio de funções que atuam no equilíbrio hidrossalino, eletrolítico e ácido-básico. Uma das manifestações da disfunção crônica deste órgão é a acidose metabólica, pela queda da filtração glomerular e consequente diminuição da excreção de hidrogênio. Este íon é muito reativo, particularmente com porções de moléculas protéicas de carga negativa. Qualquer variação na sua concentração produz impacto significativo sobre as funções celulares, pois quase todos os sistemas enzimáticos do organismo e as proteínas envolvidas na coagulação e contração muscular são influenciados pela concentração de íons hidrogênio. Esse desequilíbrio nos mecanismos de regulação do balanço ácido-básico, que ocorre nos pacientes com doença renal crônica (DRC), faz com que eles possuem grandes chance de desenvolver a acidose.
2) Como ocorre o processo de neutralização de excesso de ácido no organismo?
R: Essas neutralizações, são caracterizadas por reações químicas que vão estar ocorrem quando uma substância que é ácida reagir com outra substância que é básica. Essas reações poderão ser totais ou parciais. Na neutralização total, a quantidade dos íons H+ que vem do ácido deve ser a mesma dos íons OH- que vem da base. Enquanto que na neutralização parcial, haverá um excesso dos íons H+ ou OH-, que formara os hidrogenossais ou hidroxissais. Os sais que são formados nas reações de neutralização só poderão ser obtidos com a evaporação do solvente.
3) O que são sistemas tampões e quais Substâncias atuam como tampões?
R: Outro mecanismo que organismo possui para controlar o pH sanguíneo, envolve o uso de sistemas de tampão químico. Esses tampões são responsáveis por proteger contra alterações repentinas da acidez ou da alcalinidade. Esses sistemas de tampão do pH são combinações do próprio organismo, e iram ocorrer naturalmente na presença de ácidos fracos e bases fracas. Estes ácidos e bases fracas estão presentes em pares que estão em equilíbrio sob condições de pH normal. Os sistemas de tampão de pH funcionam quimicamente afim de minimizar as mudanças do pH da solução pelo ajuste da proporção de ácido e base. O sistema de tamponamento de pH mais importante no sangue envolve o ácido carbônico que é um ácido fraco formado a partir do dióxido de carbono dissolvido no sangue e os íons de bicarbonato que são a base fraca correspondente.
4) Fale sobre acidose metabólica e sobre acidose respiratória, e quais são as diferenças?
R: Quando falamos de acidose metabólica, o problema mais frequente que causa o desequilíbrio do ácido-básico, é a queda no pH e também na concentração de HCO3−. Ela pode ser causada tanto pelo aumento de íons H+ tanto pela perda de bicarbonato. Dentre as principais causas podemos sitar, o acúmulo de ácido láctico quando temos exercícios exagerados ou estados hipóxicos, o aumento de corpos cetônicos (ácidos acetoacético e beta‑hidroxibutírico) em casos de jejum muito prolongado, diabetes mellitus, cetose de vacas em lactação ou toxemia da gestação em ovelhas e cabras que estão em gestação dupla avançada, perda de HCO3− devida a falhas renais que levem a uma menor capacidade para sua reabsorção ou para a excreção de H+, perda de HCO3− em diarreia severa, ingestão de salicilatos, paraldeído, metanol ou etilenoglicol.
A acidose respiratória por sua vez, é caracterizada por diminuição do pH e também por aumento na pCO2. Ela vai ocorrer devido a uma hipoventilação pulmonar que levara ao acúmulo de CO2 no sangue. Essa hipoventilação, pode ser ocasionada por dois problemas básicos. O mais comum possui referência com o bloqueio dos mecanismos respiratórios que provocam falhas na troca gasosa nos alvéolos, tais como nas seguintes situações, obstruções do trato respiratório, pneumotórax, pneumonia, edema pulmonar, enfisema, hidrotórax, hemotórax, botulismo, drogas (organofosforados, organoclorados) e também fraturas nas costelas. A segunda causa de acidose respiratória, pode ser causada por depressão do SNC, do centro respiratório, que vão ser observadas nos casos de transtornos neuromusculares, infecções, traumatismos, drogas, (como os anestésicos) ou tóxicos por inalação de CO2 em excesso (essa é menos comum em animais). De extrema importância, temos a anestesia geral com os agentes voláteis no sistema fechado. Nestes casos a pO2 irá manter níveis autos, porém, se a absorção do CO2 no sistema anestésico estiver com deficiência, haverá um acúmulo deste gás que irá leva a acidose respiratória.
5) Fale sobre Alcalose metabólica e sobre Alcalose respiratória, e quais são as diferenças?
R: A alcalose metabólica se refere ao aumento no pH do sangue e também na concentração de bicarbonato, esse aumento pode ocorrer devido ao excesso de retenção de HCO3- ou por uma grande perda de íons H+ pelo organismo do animal. Nos cães e gatos, essa ocorrência e rara ao contrário dos humanos. Nos bovinos, ocorre uma alcalose metabólica que é conhecida como alcalose ruminal, essa disfunção digestiva ocorre por um desequilíbrio na dieta do animal, que proporciona uma elevação na concentração de radicais NH3 (amônio) dentro do rúmen, desencadeando uma elevação do pH ruminal e consequente diminuição dos protozoários, desencadeando uma alcalose sistêmica, levando a uma diminuição do cálcio ionizável no sangue. Dentre as diversas causas dessa disfunção, podemos citar o fornecimento em excesso de alimentos altamente nitrogenados, como proteína e ureia, deficiência de glicídios acompanhado do fornecimento de substâncias nitrogenadas, conteúdo elevado de nitratos e nitritos em algum componente da dieta, aplicação de uma grande quantidade de substâncias alcalinizantes, como o bicarbonato de sódio (NaHCO3) e óxido de magnésio (MgO) e a ingestão de alimentos com contaminação (terra) e intoxicação por ureia. Também podemos citar a excessiva administração de bicarbonato que também pode causar alcalose metabólica quando há uma deficiência no volume efetivo circulante ou déficit de K+ ou de Cl-, nessas situações, o bicarbonato não pode ser eliminado normalmente pelo rim. A terapia diurética e vômito intenso também podem ocasionar na redução do volume efetivo circulante, favorecendo a manutenção da alcalose, considerando que na hipovolemia,temos a liberação de aldosterona, com consequente elevação da reabsorção de Na+ como auxílio ao restabelecimento do volume plasmático normal.
R: A alcalose respiratória, ou hipocapnia, pode ocorre quando a ventilação alveolar exceder o recomendado para eliminar o Co2 que é produzido pelo organismo do animal, essa disfunção caracterizada pelo aumento do pH no sangue e diminuição da pCO2. A alcalose respiratória pode acontecer devido a um aumento na ventilação pulmonar em casos de compensação respiratória devido a causas de hipoxemia relacionadas com doenças do pulmão como, pneumonias, tromboembolismo pulmonar, fibrose pulmonar e edema pulmonar, falhas cardíacas também pode resultar em alcalose pulmonar assim como severas anemias, distúrbios psicogênicos ou neurológicos ocorrendo um estímulo do centro respiratório, septicemia, intoxicação por agentes farmacológicos (salicilato, corticosteroides e xantinas), ventilação artificial exacerbada, doença hepática, hiperadrenocorticismo, superaquecimento em cães, gatos e outro animais que perdem calor através da ventilação, anidrose nos equinos, recuperação após uma acidose metabólica, baixa pressão atmosférica em locais de altitude alta, ansiedade, estresse ou dor elevada. Na resposta compensatória inicial para essa disfunção, vem através do tamponamento pelo sistema bicarbonato, nesse tamponamento ocorrera o deslocamento de HCO3 - para formação de CO2. O rim é quem fara o efeito compensatório posterior, fazendo com que diminui a excreção de H+ e a reabsorção de HCO3-. A queda na concentração plasmática do bicarbonato é balanceada através do aumento na retenção de Cl-, para manter a eletroneutralidade, e levar a uma hipercloremia de compensação.

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