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ELTD01 6

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Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
CAPÍTULO 6 
CIRCUITOS DE MANUSEIO DE DADOS 
Circuitos de manuseio de dados são circuitos combinacionais que fazem translações 
lógicas paralelas, tais como conversão de códigos, codificação, decodificação e formatação 
de dados digitais. Esses circuitos são empregados em seleção de endereços de dispositivos e 
memórias, conversões de códigos, decodificadores de mostradores e codificação de 
teclados, entre outros. 
6.1 CONVERSORES DE CÓDIGO 
Conversores de código são empregados na conversão de códigos ou formatos de 
dado binários. Como exemplo de aplicação, considere dois circuitos previamente projetados 
usando códigos diferentes que devem ser conectados, ou ainda, por questões 
econômicas/segurança, dados devem ser convertidos para um formato (código) específico 
antes de ser enviado. Nestes casos, usam-se os conversores de códigos. 
De forma prática, o número de linhas do código de entrada corresponde ao número 
de variáveis em cada mapa de Karnaugh, e o número de linhas de saída corresponde ao 
número de mapas de Karnaugh. As capacidades dos códigos de entrada e saída devem ser 
iguais. Como exemplo, considere a conversão do código BCD5311 para o código BCD8421, 
como ilustrado na Tabela 6.1. Nesse exemplo são necessários quarto mapas; A, B, C e D, 
com as variáveis H, G, F e E. 
Tabela 6.1 – Conversão de códigos BCD5311 para BCD8421. 
Código BCD5311 BCD8421 
Pesos 5 3 1 1 8 4 2 1 
Variáveis H G F E D C B A 
0 0 0 0 0 0 0 0 0 
1 0 0 0 1 0 0 0 1 
2 0 0 1 1 0 0 1 0 
3 0 1 0 0 0 0 1 1 
4 0 1 0 1 0 1 0 0 
5 0 1 1 1 0 1 0 1 
6 1 0 0 1 0 1 1 0 
7 1 0 1 1 0 1 1 1 
8 1 1 0 0 1 0 0 0 
9 1 1 0 1 1 0 0 1 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
A combinação HGFE = 0100 na Tabela 6.1 corresponde ao valor DCBA = 0011, 
assim, a localização HGFE = 0100 nos mapas de Karnaugh deve receber 0011. Em outras 
palavras, o mapa D recebe 0, o mapa C recebe 0, o mapa B recebe 1 e o mapa A recebe 1, 
como mostrado a seguir. 
 
  HG              HG        
FE    00  01  11  10    FE   00  01  11  10 
  00    0          00   0     
  01              01        
  11              11        
  10              10        
 
 D C 
 
  HG              HG        
FE    00  01  11  10    FE   00  01  11  10 
  00    1          00   1     
  01              01        
  11              11        
  10              10        
 
 B A 
 
 
A combinação HGFE = 0000 corresponde ao valor DCBA = 0000, assim, os mapas 
DCBA recebem 0000, como apresentado a seguir. 
 
  HG              HG        
FE    00  01  11  10    FE   00  01  11  10 
  00  0  0          00 0  0     
  01              01        
  11              11        
  10              10        
 
 D C 
 
  HG              HG        
FE    00  01  11  10    FE   00  01  11  10 
  00  0  1          00 0  1     
  01              01        
  11              11        
  10              10        
 
 B A 
 
 
Notas
As co
Depen
(geralm
implem
 
 
 
 
 
 
 
s de Aula – 
Da mesm
ombinações
ndendo da 
mente não p
Após com
mentado, co
  HG 
FE   
  00 
  01 
  11 
  10 
 
  HG 
FE   
  00 
  01 
  11 
  10 
 
F
D
B
ELTD01 
ma forma, as
s não utili
aplicação
pertencente
mpletar os
omo mostra
   
00  01 
0  0 
0  0 
0  0 
‐  ‐ 
 
   
00  01 
0  1 
0  0 
1  0 
‐  ‐ 
Figura 6.1 - Cir
HGD 
GEGH 
s demais co
zadas rece
, essas co
 ao código d
s mapas, s
ado pela Fig
   
11  10
1  ‐ 
1  0 
‐  0 
‐  ‐ 
 
   
11  10
0  ‐ 
0  1 
‐  1 
‐  ‐ 
G
H
G
H
G
H
E
G
F
G
H
E
G
H
G
F
G
H
E
G
H
E
F
G
H
G
H
E
rcuito lógico d
GHFG 
ombinações
ebem o va
ombinações
de saída) pa
são feitas 
gura 6.1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
do conversor de
 são carreg
alor “opcio
s podem r
ara indicar e
as suas l
  HG
FE  
  00
  01
  11
  10
 
  HG
FE  
  00
  01
  11
  10
D
C
B
A
 
e códigos BCD
C 
FGHA 
Prof. Tal
gadas nos m
nal” para 
receber um
entrada invá
leituras, e 
   
00  01 
0  0 
0  1 
0  1 
‐  ‐ 
   
00  01 
0  1 
1  0 
0  1 
‐  ‐ 
D5311 para BCD
HGEH 
EGHEF 
les C Pimen
mapas de Ka
facilitar a 
m valor es
álida. 
o seu cir
   
11  10 
0  ‐ 
0  1 
‐  1 
‐  ‐ 
 
   
11  10 
0  ‐ 
1  0 
‐  1 
‐  ‐ 
D8421. 
GH
HGEGF 
nta, PhD 
arnaugh. 
leitura. 
specífico 
rcuito é 
 HFE 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
6.2 CODIFICADORES 
Codificador é um circuito que codifica M linhas de entrada em N linhas de saída, em 
que somente uma de suas linhas de entrada é ativa por vez, cuja representação gráfica é 
apresentada na Figura 6.2. O código referente à entrada ativa é apresentado nas N saídas, 
sendo que o número de entradas M é menor ou igual a 2N. 
Codificador
M ≤ 2N
0
1
M-1
0
1
N-1 
Figura 6.2 - Representação gráfica do um codificador. 
Como exemplo clássico de um codificador, considere o codificador de um teclado 
decimal para BCDXS3, como ilustrado na Figura 6.3. Por simplicidade, o desenho mostra a 
forma de acionamento apenas da tecla X9, porém todas as teclas têm o mesmo tipo de 
acionamento. Considerando-se que somente uma tecla seja acionada por vez, o código 
referente à tecla pressionada aparece nas saídas. 
A As expressões lógicas de cada variável são dadas por: 
D=X5 + X6 + X7 + X8 + X9 
C=X1 + X2 + X3 + X4 + X9 
B=X1 + X3 + X4 + X7 + X8 
A=X0 + X2 + X4 + X6 + X8 
Tabela 6.2 lista a codificação BCD das linhas do codificador de teclado. Assim, 
como exemplo, se a tecla X4 for pressionada, tem-se na saída o código 0111. Se nada for 
pressionado, tem-se 0000 na saída. 
 
Figura 6.3 - Codificador de teclado. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
As expressões lógicas de cada variável são dadas por: 
D=X5 + X6 + X7 + X8 + X9 
C=X1 + X2 + X3 + X4 + X9 
B=X1 + X3 + X4 + X7 + X8 
A=X0 + X2 + X4 + X6 + X8 
Tabela 6.2 – Codificador de teclado. 
Entrada 
Selecionada 
Saídas 
D C B A 
X0 0 0 1 1 
X1 0 1 0 0 
X2 0 1 0 1 
X3 0 1 1 0 
X4 0 1 1 1 
X5 1 0 0 0 
X6 1 0 0 1 
X7 1 0 1 0 
X8 1 0 1 1 
X9 1 1 0 0 
 
A sua implementação usando portas lógicas é apresentada na Figura 6.4. 
X5
D
X6
X7
X8
X9
X1
C
X2
X3
X4
X9
X1
B
X3
X4
X7
X8
X0
A
X2
X4
X6
X8 
Figura 6.4 - Circuito lógico do codificador de teclado. 
6.2.1 Codificador de Prioridade 
Se eventualmente forem pressionadas simultaneamente duas ou mais teclas no 
codificador anterior, as saídas poderão apresentar códigos inválidos. Para evitar esse erro, 
deve-se ter uma prioridade nas teclas, isto é, se mais de uma for pressionada ao mesmo 
tempo, somente uma delas deve ter efeito na saída. Como exemplo, considere o codificador 
decimal para BCDXS3 anterior, com a condição de prioridade. A sua tabela de operação é 
apresentada na Tabela 6.3. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
Tabela 6.3 – Codificador de prioridade. 
Entradas Saídas 
X0 X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 D C B A 
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 
- 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 
- - 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 
- - - 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 
- - - - 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 
- - - - - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 
- - - - - - 1 0 0 0 1 0 0 1 
- - - - - - - 1 0 0 1 0 1 0 
- - - - - - - - 1 0 1 0 1 1 
- - - - - - - - - 1 1 1 0 0 
 
Como exemplo, observe, pela tabela, que se a tecla X6 for pressionada, independente 
do valor das entradas X0, X1, X2, X3, X4 e X5, a saída apresenta o código 1001. 
Para a implementação desse codificador, torna-se necessário primeiramente fazer a 
conversão da tabela original para a tabela em que somente o bit válidofica ativo, como 
apresentado na Tabela 6.4. Observe agora que se a tecla X6 for pressionada, independente do 
valor das entradas X0, X1, X2, X3, X4 e X5, a linha intermediária Y6 torna-se 1. 
Tabela 6.4 – Codificação intermediária com somente um bit em 1. 
Entradas Linhas Intermediárias 
X0 X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 Y0 Y1 Y2 Y3 Y4 Y5 Y6 Y7 Y8 Y9 
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
- 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 
- - 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 
- - - 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 
- - - - 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 
- - - - - 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 
- - - - - - 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 
- - - - - - - 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 
- - - - - - - - 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 
- - - - - - - - - 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 
 
As linhas intermediárias, em ordem reversa são: 
ଽܻ ൌ ܺଽ଼ܻ ൌ ଼ܺ. ܺଽതതത
଻ܻ ൌ ܺ଻. ଼ܺതതത. ܺଽതതത
଺ܻ ൌ ܺ଺. ܺ଻തതത. ଼ܺതതത. ܺଽതതത
ହܻ ൌ ܺହ. ܺ଺തതത. ܺ଻തതത. ଼ܺതതത. ܺଽതതത
ସܻ ൌ ܺସ. ܺହതതത. ܺ଺തതത. ܺ଻തതത. ଼ܺതതത. ܺଽതതത
ଷܻ ൌ ܺଷ. ܺସതതത. ܺହതതത. ܺ଺തതത. ܺ଻തതത. ଼ܺതതത. ܺଽതതത
ଶܻ ൌ ܺଶ. ܺଷതതത. ܺସതതത. ܺହതതത. ܺ଺തതത. ܺ଻തതത. ଼ܺതതത. ܺଽതതത
ଵܻ ൌ 	 ଵܺ. ܺଶതതത. ܺଷതതത. ܺସതതത. ܺହതതത. ܺ଺തതത. ܺ଻തതത. ଼ܺതതത. തܺ
଴ܻ ൌ 	ܺ଴. ଵܺതതത. ܺଶതതത. ܺଷതതത. ܺସതതത. ܺହതതത. ܺ଺തതത. ܺ଻തതത. ଼ܺതതത. ܺଽതതത
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
Estas linhas também podem ser descritas como: 
ଽܻ ൌ ܺଽ଼ܻ ൌ ଼ܺ. ଽܻഥ
଻ܻ ൌ ܺ଻. ଼ܻഥ
଺ܻ ൌ ܺ଺. ଻ܻഥ
ହܻ ൌ ܺହ. ଺ܻഥ
ସܻ ൌ ܺସ. ହܻഥ
ଷܻ ൌ ܺଷ. ସܻഥ
ଶܻ ൌ ܺଶ. ଷܻഥ
ଵܻ ൌ ଵܺ. ଶܻഥ
଴ܻ ൌ ܺ଴. ଵܻഥ 
Deve-se, entretanto observar que a primeira forma de implementação resulta em um 
circuito maior, porém mais rápido. Na primeira implementação, o atraso máximo é dado por 
inversores e pela porta E. No segundo caso, Y0 depende de Y1, que por sua vez depende de 
Y0, e assim sucessivamente, criando um longo atraso. Adicionalmente, cada saída apresenta 
um atraso diferente. 
Dispondo-se das linhas intermediárias (Y0, Y1, ... , Y9), pode-se implementar o 
circuito da mesma forma apresentada anteriormente para codificadores sem prioridade. 
6.2.2 Codificador de Prioridade Tipo Termômetro 
Se os opcionais da Tabela 6.4 forem substituídos por 1, tem-se o codificador de 
prioridade do tipo termômetro, como mostrado na Tabela 6.5. Nesse codificador um novo 
sinal não elimina o sinal com menor prioridade. Como exemplo, esse codificador é 
encontrado em conversores AD do tipo flash. 
Tabela 6.5 – Codificação intermediária do codificador tipo termômetro. 
Entradas Linhas Intermediárias 
X0 X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 Y0 Y1 Y2 Y3 Y4 Y5 Y6 Y7 Y8 Y9 
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 
1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 
1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 
1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 
1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 
1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 
1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 
1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 
 
 
 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
As linhas intermediárias, em ordem reversa são: 
99 XY   
988 XXY   
877 XXY   
766 XXY   
655 XXY   
544 XXY   
433 XXY   
322 XXY   
211 XXY   
100 XXY   
6.2.3 Codificador de Teclado 
Uma das maneiras de se reduzir o número de linhas de dados em teclados é por meio 
de codificação, sem o uso de portas lógicas. Como exemplo, considere o teclado típico de 
terminais bancários de autoatendimento, ilustrado na Figura 6.5. Além das teclas numéricas, 
há também as teclas * e #. 
 
Figura 6.5 - Teclado numérico típico. 
Um codificador de teclado pode ser implementado por meio de uma matriz formada 
por linhas (conectadas à terra por meio de resistências) e por colunas (ligadas a VDD) como 
ilustrado na Figura 6.6. O código referente às chaves é implementado por meio de diodos. 
Assim, se nenhuma tecla for pressionada, tem-se as linhas A, B, C e D em nível 
baixo (através das resistências). Como exemplo de operação, se for pressionada a tecla 6, as 
linhas D e A, passam para nível alto devido aos diodos, e as linhas C e B permanecem em 
nível baixo, e desta forma tem-se DCBA=1001. Da mesma forma, se for pressionada a tecla 
9, as linhas D e C, passam para nível alto devido aos diodos, e as demais linhas permanecem 
em nível baixo. Nesse exemplo, foi utilizado o código BCDXS3 para os números e os valores 
DCBA=1101 e DCBA=1110 para * e #, respectivamente. Qualquer código pode ser 
utilizado, entretanto não se pode atribuir a combinação DCBA=0000 para nenhuma tecla, 
pois não haveria diferença entre pressionar essa tecla e não pressionar nada (ambas 
condições resultariam em DCBA=1110. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
D
C
B
A
Vcc
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 * #
 Figura 6.6 - Codificador de teclado implementado por matriz de diodos. 
6.3 DECODIFICADORES 
Decodificador é um circuito que decodifica N linhas de entrada em M linhas de 
saída, em que o código presente nas entradas corresponde à saída que deve ser ativa, cuja 
representação gráfica é apresentada na Figura 6.7. Somente uma de suas saídas é ativa por 
vez. O número de saídas M é menor ou igual a 2N. O decodificador executa o papel oposto 
ao do codificador. 
 
Figura 6.7 - Representação gráfica do um decodificador. 
Como exemplo, considere o decodificador BCD para decimal complementado, como 
ilustrado na Figura 6.8, cuja operação é dada pela Tabela 6.6. 
 
Figura 6.8 - Decodificador BCD para decimal complementado. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
Tabela 6.6 – Decodificador BCD para decimal complementado. 
Entradas Saídas 
D C B A Y0 Y1 Y2 Y3 Y4 Y5 Y6 Y7 Y8 Y9 
0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 
0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 
0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 
0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 
0 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 
0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 
0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 
0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 
1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 
1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 
 
Observe que as saídas permanecem normalmente em nível alto e somente a saída 
selecionada vai para nível baixo. Assim, como exemplo, se for aplicado DCBA=0110, 
somente Y9 fica em 0 e as demais saídas em 1. As expressões lógicas de cada saída são 
dadas por: 
ABCDY 0
ABCDY 1  
ABCDY 2  
BACDY 3
ABCDY 4  
ABCDY 5
ACBDY 6
CBADY 7
ABCDY 8
ABCDY 9
6.3.1 Decodificadores BCD e Binário para Sete Segmentos 
Por questões históricas, os conversores de códigos BCD para displays de sete 
segmentos são conhecidos como decodificadores. Os displays apresentam o formato 
ilustrado na Figura 6.9. 
 
Figura 6.9 - Mostrador LED de 7 segmentos. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
Cada segmento do display corresponde a um diodo emissor de luz – LED. 
Dependendo do arranjo dos LEDs acesos e apagados, tem-se a formação de números, como 
indicado na Figura 6.10. 
 
Figura 6.10 - Números apresentados no mostrador de 7 segmentos. 
Podem-se ter também algumas letras, como exemplificado pela Figura 6.11. 
 
Figura 6.11 - Algumas letras apresentadas no mostrador de 7 segmentos. 
Para reduzir o número de terminais, os displays podem estar conectados na 
configuração catodo comum ou na configuração anodo comum, como visto na Figura 6.12. 
 
Figura 6.12 - Conexões catodo comum e anodo comum de mostradores LED de 7 segmentos. 
Na configuração catodo comum, para que um dado segmento acenda, é necessário 
que fornecer corrente ao display, ao passo que no anodo comum, deve-se drenar corrente. 
Algumas famílias lógicas, como exemplo TTL são melhores absorvedores do que 
fornecedores de corrente, e nesse caso deve-se usar a configuração anodo comum. Desta 
forma, para que um segmento acenda a saída do circuito TTL deve apresentar nível lógico 
baixo em sua saída. 
Considerando que o nível lógico da saída deva ser baixo para acender um segmento, 
a tabela de operação deum decodificador BCD para sete segmentos é dada pela Tabela 6.7. 
Nesse caso particular, de DCBA=0000, a saída apresentará o número 0. 
 
 
a b c d e f g
Vddcba d gfe
GND
Notas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
s de Aula – 
Ta
A seguir, 
  DC 
BA   
  00 
  01 
  11 
  10 
 a 
  DC 
BA   
  00 
  01 
  11 
  10 
 c 
  DC 
BA   
  00 
  01 
  11 
  10 
 e 
  DC 
BA   
  00 
  01 
  11 
  10 
 g
ELTD01 
abela 6.7 – Dec
D 
0 
0 
0 
0 
0 
0 
0 
0 
1 
1 
montam-se
   
00  01 
0  1 
1  0 
0  0 
0  0 
CABCD 
   
00  01 
0  0 
0  0 
0  0 
1  0 
ABC 
   
00  01 
0  1 
1  1 
1  1 
0  0 
ABCA 
   
00  01 
1  0 
1  0 
0  1 
0  0 
CBCD 
codificador BC
Entradas 
C B A
0 0 0 
0 0 1 
0 1 0 
0 1 1 
1 0 0 
1 0 1 
1 1 0 
1 1 1 
0 0 0 
0 0 1 
mapas de K
   
11  10
‐  0 
‐  0 
‐  ‐ 
‐  ‐ 
ABC 
   
11  10
‐  0 
‐  0 
‐  ‐ 
‐  ‐ 
 
   
11  10
‐  0 
‐  1 
‐  ‐ 
‐  ‐ 
 
   
11  10
‐  0 
‐  0 
‐  ‐ 
‐  ‐ 
CBA 
CD display sete
S
a b c
0 0 0
1 0 0
0 0 1
0 0 0
1 0 0
0 1 0
0 1 0
0 0 0
0 0 0
0 0 0
Karnaugh p
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e segmentos at
Saídas 
d e f
0 0 0
1 1 1
0 0 1
0 1 1
1 1 0
0 1 0
0 0 0
1 1 1
0 0 0
0 1 0
ara se obter
  DC
BA  
  00
  01
  11
  10
 b 
  DC
BA  
  00
  01
  11
  10
 d 
  DC
BA  
  00
  01
  11
  10
 f 
   
   
   
   
   
   
Prof. Tal
ivo por nível b
f g 
0 1 
1 1 
1 0 
1 0 
0 0 
0 0 
0 0 
1 1 
0 0 
0 0 
r as expressõ
   
00  01 
0  0 
0  1 
0  0 
0  1 
CBABC 
   
00  01 
0  1 
1  0 
0  1 
0  0 
CABCD 
   
00  01 
0  0 
1  0 
1  1 
1  0 
BCBA 
   
   
   
   
   
   
les C Pimen
baixo. 
ões de cada
   
11  10 
‐  0 
‐  0 
‐  ‐ 
‐  ‐ 
AB 
   
11  10 
‐  0 
‐  0 
‐  ‐ 
‐  ‐ 
CBAABC 
   
11  10 
‐  0 
‐  0 
‐  ‐ 
‐  ‐ 
ACD 
   
   
   
   
   
   
nta, PhD 
a saída. 
A 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
6.3.2 Implementação de funções 
Funções Booleanas podem ser implementadas utilizando-se decodificadores. Como 
exemplo, considere a implementação de CBAF  utilizando um decodificador de 3 
entradas e oito saídas. O mapa de Karnaugh dessa função é dado por: 
 
  A     
BC   0  1 
  00 0  1 
  01 1  1 
  11 0  1 
10 0  1 
 
Assim, para CBA=000, a função deve ter valor 0. Portanto quando essa combinação 
for aplicada à entrada do decodificador, a saída 0 torna-se 1. Como essa saída não está 
ligada à porta lógica OU, F fica em 0. Da mesma forma, para CBA=001, a função deve ter 
valor 1 e se essa combinação for aplicada à entrada do decodificador, a saída 1 torna-se 1. 
Como essa saída está ligada à porta lógica OU, F fica em 1. 
Conclui-se que as saídas do decodificador, correspondentes aos valores que tornam a 
função igual à 1, como mostradas na Tabela 6.8, devem ser ligadas à porta lógica OU, como 
ilustrado na Figura 6.13. 
Tabela 6.8 – Função ۴ ൌ ۯ ൅ ۰ഥ۱. 
Entradas Saída 
Decodificador 
Valor 
Função C B A 
0 0 0 S0 0 
0 0 1 S1 1 
0 1 0 S2 0 
0 1 1 S3 0 
1 0 0 S4 1 
1 0 1 S5 1 
1 1 0 S6 1 
1 1 1 S7 1 
 
 
 
Figura 6.13 - Implementação da função ۴ ൌ ۯ ൅ ۰ഥ۱ usando decodificador. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
6.4 MULTIPLEXADOR 
Para um melhor entendimento de multiplexadores, torna-se necessário apresentar o 
princípio da multiplexagem. 
6.4.1 Multiplexagem 
O conceito de multiplexagem pode ser melhor entendido com o auxílio da Figura 
6.14, que apresenta duas chaves mecânicas rotativas de quatro pólos. Estando a Chave 1 na 
posição A e estando a Chave 2 também na posição A, significa que toda informação da saída 
A será a mesma da entrada A. Da mesma forma, passando a Chave 1 para a posição B e 
passando a Chave 2 também para a posição B, significa que toda informação da saída B será 
a mesma da entrada B, e assim sucessivamente. A condição de operação adequada deste 
sistema é que ambas as chaves devam estar sincronizadas. Se for admitido que seja 
necessário somente amostrar as informações de entrada, este sistema funciona perfeitamente 
para se transmitir informações entre pontos distantes através da linha M. 
 
 
Figura 6.14 - Conceito de multiplexação. 
6.4.2 Multiplexador 
O multiplexador, também conhecido como circuito seletor de dados, faz o papel da 
Chave 1 na figura anterior, porém implementado de forma digital. O multiplexador nada 
mais é que um circuito em que a informação de apenas uma de suas entradas atinja a saída. 
A seleção de qual entrada de dados atingirá a saída é determinado por entradas seletoras. 
Em outras palavras, o multiplexador é uma chave multiposição controlada digitalmente. 
A Figura 6.15 ilustra um multiplexador de duas entradas de canal simples, conhecido 
como MUX 2*1. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
 
Figura 6.15 - Multiplexador MUX 2x1. 
Nesse multiplexador, se a entrada de seleção Es for 0, a saída Y recebe A e se Es for 
1, a saída Y recebe B, como representado na Tabela 6.10. Essa tabela pode ser simplificada, 
gerando a tabela resumo, vista na Tabela 6.10 – Tabela resumida do MUX 2x1. 
Tabela 6.9 – Tabela de operação do MUX 2x1. 
Es A B Y 
0 0 0 0 
0 0 1 0 
0 1 0 1 
0 1 1 1 
1 0 0 0 
1 0 1 1 
1 1 0 0 
1 1 1 1 
 
Tabela 6.10 – Tabela resumida do MUX 2x1. 
Es Y 
0 A 
1 B 
 
A partir da tabela, e usando-se Karnaugh, a expressão de saída é dada por 
BEsAEsY ..  , e o seu circuito é mostrado na Figura 6.16. 
 
Figura 6.16 - Circuito lógico do multiplexador MUX 2x1. 
Da mesma forma, pode-se implementar um multiplexador de quatro entradas de 
canal simples, MUX 4x1, como ilustrado na Figura 6.17. 
A sua tabela de operação pode ser obtida da mesma forma que no caso anterior, o 
MUX 2x1. Entretanto, por simplicidade a Tabela 6.11 ilustrada somente a sua tabela 
resumo. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
 Figura 6.17 - Multiplexador MUX 4x1. 
Tabela 6.11 – Tabela resumida do MUX 4x1. 
E1 E0 Y 
0 0 A 
0 1 B 
1 0 C 
1 1 D 
 
Assim, se E1E0 = 00, a saída Y recebe A, para E1E0 = 01, a saída Y recebe B, com se 
E1E0 = 10, a saída Y recebe C e finalmente se E1E0 = 11, a saída Y recebe D. 
A partir da tabela resumida, obtém-se a expressão de saída, dada por 
DEECEEBEEAEEY 01010101  , de onde o circuito pode ser implementado. 
6.4.3 Composição de Multiplexadores 
Multiplexadores podem ser associados para formar multiplexadores maiores, ou para 
formar multiplexadores com um maior número de canais. Como exemplo, considere dois 
MUX 4x1 ligados com os mesmos sinais de controle, como indicado na Figura 6.18. Nessa 
configuração os multiplexadores estão ligados em paralelo, e formam um multiplexador de 
dois canais, sendo cada canal de 4 entradas. 
 
Figura 6.18 - Dois MUX 4x1 para formar um MUX 4x2. 
Este novo multiplexador, chamado de MUX 4x2, pode ser desenhado de duas 
formas, como ilustradas pela Figura 6.19. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
 
Figura 6.19 - Duas formas gráficas de representar o MUX 4x2. 
Como exemplo de operação, se E1E0 = 00, tem-se Y1Y0 = A1A0, para E1E0 = 01, tem-
se Y1Y0 = B1B0, como indicado pelo percurso de dados, respectivamente, nas Figura 6.20 e 
Figura 6.21. Note entanto, que essa indicação corresponde apenas ao percurso dos dados e 
não uma conexão física. 
 
Figura 6.20 - Fluxo de dados para E1E0 = 00 no MUX 4x2. 
 
 
Figura 6.21 - Fluxo de dados para E1E0 = 01 no MUX 4x2. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
Neste ponto, deve-se fazer uma explanação mais adequada daterminologia usada. 
Ao se expressar MUX MxN, entende-se que o multiplexador tem M canais (ou saídas) e 
cada canal tem N linhas de entrada. O número total dado pela multiplicação de M por N 
corresponde ao número total de entradas de dados do multiplexador. O valor de M deve ser 
menor ou igual a 2n, onde n é o numero de entradas de seleção. 
 
Desta forma, o multiplexador anterior MUX 4x2, tem dois canais de 4 entradas cada. 
Este valor 4 corresponde a 22, pois o circuito tem 2 entradas de seleção. O número total de 
entradas de dados é 8, isto é, o produto de 4 por 2. 
6.5 DEMULTIPLEXADOR 
O demultiplexador executa atividade inversa a do multiplexador, isto é, o dado de 
uma única entrada atinge a saída determinada pelas entradas de seleção. Como exemplo, a 
Figura 6.22 ilustra um demultiplexador de 4 linhas de um canal. 
 
Figura 6.22 - DEMUX 1x4. 
Por conveniência, será adotada uma nomenclatura similar a de multiplexadores. Ao 
se expressar DEMUX NxM, entende-se que o multiplexador tem N canais (ou entradas) e 
cada canal tem M linhas de saída. O número total dado pela multiplicação de M por N 
corresponde ao número total de saídas de dados do multiplexador. O valor de M deve ser 
menor ou igual a 2n, onde n é o numero de entradas de seleção. Como exemplo, a Figura 
6.23 ilustra as duas formas de representação gráfica de um demultiplexador de dois canais 
de 4 linhas cada, ou seja DEMUX 2x4. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
 
Figura 6.23 - Representações gráficas do DEMUX 2x4. 
6.6 UTILIZAÇÃO DE MULTIPLEXADORES 
Multiplexadores podem ser agrupados para formar multiplexadores maiores, ou para 
formar multiplexadores com um maior número de canais, assim como podem ser utilizados 
para implementar funções lógicas. 
6.8.1 Arranjo Paralelo de Multiplexadores 
Pode-se aumentar o número de canais e manter o número de linhas através de um 
arranjo paralelo de multiplexadores. No arranjo paralelo, a informação não passa em mais 
de um multiplexador. Como exemplo, a Figura 6.24 ilustra a formação de um MUX 4x2 a 
partir de MUX 4x1. 
 
Figura 6.24 - MUX 4x2 a partir de MUX 4x1. 
 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
6.8.2 Arranjo Serial de Multiplexadores 
Arranjos seriais de multiplexadores são empregados para formar multiplexadores 
com maior número de linhas de entrada, porém com o mesmo número de canais. No arranjo 
serial, a informação passa em pelo menos dois multiplexadores. Como exemplo, a Figura 
6.25 ilustra um MUX16x1 e a sua formação de a partir de MUX 4x1. 
Nesta figura, observe a ordem das linhas de seleção! Tomando-se como exemplo 
E3E2E1E0 = 1001, tem-se Y = J, como esperado. Como os multiplexadores (a), (b), (c) e (d) 
têm as mesmas linhas de seleção (E1E0), todos selecionam posições equivalentes. Assim, 
para E1E0 = 01, tem-se Y0 = B, Y1 = F, Y2 = J e Y3 = N. Porém, por E3E2 = 10 tem-se Y =Y2, 
ou seja, Y =J. 
 
MUX 
4x1
(a)
E1 E0
MUX 
4x1
(b)
A
B
C
D
Y
MUX 
4x1
(c)
MUX 
4x1
(d)
MUX 
4x1
(e)
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
P
Q
E3 E2
Y2
Y1
Y0
Y3
 
Figura 6.25 - MUX 16x1 e sua implementação utilizando MUX 4x1. 
 
Adicionalmente, podem-se fazer arranjos mais complexos de multiplexadores para 
se aumentar tanto o número de canais quanto o número de linhas. 
6.8.3 Sistema de Comunicação 
Uma aplicação muito interessante para o par multiplexador/demultiplexador é em 
sistemas de comunicação. Considere que se deseja transmitir 16 canais. Se for utilizada a 
transmissão convencional por fio, seriam necessários 16 fios. Entretanto, se o sinal for 
multiplexado na origem e enviado por um único fio de dados e demultiplexado no destino, 
além do fio de dados, seriam necessários 4 fios para as linhas de seleção. Assim, utiliza-se 
um total de apenas 5 fios. Essa ideia está ilustrada na Figura 6.26. 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
MUX
16x1
E1 E0
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
P
Q
E3 E2
DEMUX
16x1
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
P
Q
 
Figura 6.26 - Sistema de comunicação utilizando multiplexação. 
Essa vantagem de redução do número de linhas se torna ainda mais aparente para 
quantidades maiores de canais. Para um sistema de 1024 canais, ao invés de se ter 1024 fios, 
bastam ter 10 fios para as linhas de seleção e mais uma linha de dados. Neste caso, usa-se 
cerca de apenas 1% da quantidade de fios originais! 
A taxa de varredura dos canais deve ser maior (ou igual) que taxa de variação dos. 
Adicionalmente admite-se que haja algum tipo de armazenamento de dados tanto na origem 
quanto no destino. Nos sistemas reais de comunicação, geralmente não se transmitem as 
linhas de seleção. Estas são obtidas no destino a partir da linha de dados, como indicado na 
Figura 6.27. Entretanto este assunto não é objetivo deste estudo e não será explanado. 
 
Figura 6.27 - Sistema de comunicação utilizando multiplexação com restauração de sincronismo. 
Notas
6.8.4 
exemp
implem
E, usa
somas
a funç
saída d
implem
multip
anterio
Karna
 
s de Aula – 
Implemen
Expressõe
plo, consi
mentada co
Figura 6.
Essa mesm
ando-se som
s, utilizando
Na verdad
ção CAF 
deve aprese
Da mesm
mentar essa
plexador di
or. Para a 
augh da exp
ELTD01 
ntação de Fu
es Boolean
dere a f
omo mostrad
A
B
C
D
.28 - Implemen
ma função p
mente porta
o decodifica
de, não imp
CBADC 
entar uma d
ma forma 
a função. C
ispõe de 4 
implement
ressão, com
unções Lógi
nas podem 
função lóg
do na Figura
ntação da funç
poderia ter 
s NÃO-OU
ador, etc. 
orta a form
BACD
eterminada 
multiplexa
Considere in
linhas de 
tação da fu
mo mostrado
  AB
CD   
  00
  01
  11
  10
icas 
m ser impl
gica F 
a 6.28. 
ção ۴ ൌ ۯഥ۱ത۲ ൅
sido implem
U, usando-se
ma que tenha
DC , isto é
resposta. 
adores tam
nicialmente
seleção, qu
unção faz-s
o na Figura 
   
00  01 
0  0 
1  1 
1  0 
1  1 
ementadas 
CBADCA 
൅ ۯഥ۰ഥ۱ ൅ ۯ۱۲ ൅
mentada us
e uma expr
a sido imple
é, dada um
mbém pode
e que se dis
ue correspo
se necessár
6.29. 
   
11  10 
0  0 
0  0 
1  1 
1  0 
Prof. Tal
de divers
ACDC 
൅ ۰۱۲ഥ com po
ando-se som
ressão na fo
ementada, m
a combinaç
m ser em
spõe de um
ondem às v
ria a monta
les C Pimen
sas formas
DBC , po
F
 
ortas lógicas. 
mente porta
orma de pro
mas sim que
ção nas ent
mpregados 
m MUX 16x
variáveis da
tagem do m
nta, PhD 
. Como 
ode ser 
as NÃO-
oduto de 
e execute 
tradas, a 
para se 
x1. Esse 
a função 
mapa de 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
 
Figura 6.29 - Implementação da função ۴ ൌ ۯഥ۱ത۲ ൅ ۯഥ۰ഥ۱ ൅ ۯ۱۲ ൅ ۰۱۲ഥ com MUX 16x1. 
Obseva-se o valor de cada combinação das entradas no mapa de Karnaugh e aplica-
se esse valor à respectiva entrada do multiplexador. Assim, a primeira combinacao no mapa 
é ABCD=0000, resultando em F=0. Esse valor 0 é colocado na primeira entrada do 
multiplexador, afinal quando for aplicado ABCD=0000 em suas entradas, a sua saída será 
F=0. Da mesma forma, a segunda combinacao no mapa é 0001 tendo como saída o valor 1. 
Esse valor 1 é colocado na segunda entrada do multiplexador. Este procedimento continua 
até o preenchimento de todas as entradas do multiplexador. 
Desta forma, como exemplo, ao se aplicar 0010 nas entradas do circuito usando-se 
portas lógicas, tem-se na saída o valor 1. Da mesma forma, ao se aplicar 0010 nas entradas 
de seleção do multiplexador, também tem-se também na saída o valor 1. 
Essa função também pode ser implementada com um MUX 8x1. Como esse 
multiplexador tem três linhas de entrada, devem-se selecionar três variáveis para essas 
linhas de seleção.Desta forma, as leituras no mapa de Karnaugh devem envolver essas 
variáveis, e os valores das leituras no mapa de Karnaugh e os valores são colocados no 
multiplexador. 
Como exemplo, considere a seleção das linhas A, B e D. A primeira combinação 
destas variáveis, ou seja, ABD=000 é marcada no mapa de Karnaugh em verde e o seu 
conteúdo é lido. O valor dessa leitura é exatamente igual a C, isto é, se C vale 0, a função 
vale 0 e se C vale 1, a função vale 1. Em outras palavras, para essa combinação de variáveis 
ABD=000 é, a função tem o mesmo valor de C, e assim, o multiplexador recebe C para sua 
primeira entrada. 
Da mesma forma, na próxima combinação, isto é, ABD=001, a leitura de Karnaugh 
(indicada em laranja) é sempre 1, independente de C, portanto a segunda entrada do 
multiplexador recebe 1. Este procedimento é seguido até que se obtenham todas as entradas 
do multiplexador, como ilustrado na Figura 6.30. Ressalta-se que se fossem utilizada outras 
variáveis (ou sequências) no multiplexador, o mapa apresentaria outra leitura. 
Notas
 
variáv
Karna
variáv
lido. 
entrad
verde 
seja, a
Este p
ilustra
variáv
s de Aula – 
Considere
veis para atu
augh. Como
veis, ou seja
Figura
Neste cas
da. Da mesm
no mapa d
a segunda l
procedimen
ado pela F
veis (ou sequ
Figura
ELTD01 
e agora que
uar como li
o exemplo, 
a, CD=00 é
a 6.30 - Implem
so o conteú
ma forma, a
e Karnaugh
leitura vale 
nto segue at
igura 6.31.
uências) no
a 6.31 - Implem
  AB
CD   
  00
  01
  11
  10
e se deseja u
nhas de sel
selecionam
é marcada e
mentação da fun
údo é 0 e a
a segunda c
h e o seu co
A e, porta
té que se o
 Deve-se l
o multiplexa
  AB
CD   
  00
  01
  11
  10
0
A
A+B
A+B
mentação da fun
   
00  01 
0  0 
1  1 
1  0 
1  1 
utilizar um 
leção no mu
m-se as linh
em laranja n
MU
8x1
C
1
C
0
C
C
C
A B
C
nção ۴ ൌ ۯഥ۱ത۲
assim, o m
combinação
onteúdo é 1
anto a segu
obtenham to
lembrar en
ador, o mapa
   
00  01 
0  0 
1  1 
1  0 
1  1 
MUX
4x1
DC
B
B
nção ۴ ൌ ۯഥ۱ത۲
   
11  10 
0  0 
0  0 
1  1 
1  0 
MUX4x1. 
ultiplexador
as C e D. A
no mapa de
X
1
D
F
 
۲ ൅ ۯഥ۰ഥ۱ ൅ ۯ۱۲
multiplexado
o destas vari
para A igua
unda entrada
odas as entr
ntretanto qu
a apresentar
   
11  10 
0  0 
0  0 
1  1 
1  0 
F
 
۲ ൅ ۯഥ۰ഥ۱ ൅ ۯ۱۲
Prof. Tal
Neste caso
r e para as l
A primeira 
e Karnaugh 
۲ ൅ ۰۱۲ഥ com M
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Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
6.7 CIRCUITOS DE MANUSEIO DE DADOS UTILIZANDO VERILOG 
Circuitos de manuseio de dados utilizando Verilog. 
6.8 EXERCÍCIOS 
1. Projete um conversor do código BCDXS3 para o código BCD6311. 
2. Projete um conversor do código BCD6311 para o código BCDXS3. 
3. Altere os projetos anteriores para que valores de entrada inválidos resultem em todas 
saídas em 1. 
4. Projete um conversor do código BCDXS3 para o código ASCII. 
5. Codificadores de teclado usualmente devem ter a sua saída complementada para 
evitar que “não pressionar nenhuma tecla” seja diferente de pressionar o 0. Projete 
um codificador para o teclado da Figura 6.5, com saída em BCD complementado. 
6. Reprojete o codificador de teclado da Figura 6.6 de modo que a saída seja em BCD 
não complementado. Nesse caso deve-se adicionar uma linha para sinalizar que uma 
tecla foi pressionada. 
7. Quando se apresentam números decimais de dois ou mais dígitos em mostradores 
LED de 7 segmentos, evita-se colocar 0 à esquerda do dígito mais significativo. 
Como exemplo, evita-se 027 e escreve-se 27. Em outras palavras, os zeros sem valor 
devem ficar apagados. Projete um decodificador BCDXS3 para 7 segmentos, de modo 
que se for um zero sem valor, deve ficar apagado. 
8. Implemente a função DBCACDCBADCAF  utilizando um decodificador 
4 para 16. 
9. É possível implementar um decodificador 3 para 8 utilizando um DEMUX 1x8? E o 
contrário, é possível? 
10. Implemente um multiplexador 2x4 utilizando MUX 2x1. 
11. Implemente um multiplexador 2x4 utilizando MUX 4x1. 
12. Implemente um multiplexador 8x1 utilizando MUX 4x1. Como seria a 
implementação de um MUX 8x2? 
13. Implemente as seguintes funções lógicas utilizando MUX 16x1: 
a. CABDCBBAF  
b. DABACBDDBADBAG  
c. H = A(BC)+BCD 
d. I = (AB)(AC)+ACD 
 
Notas de Aula – ELTD01 Prof. Tales C Pimenta, PhD 
14. Implemente as funções lógicas anteriores utilizando MUX 8x1, com as seguintes 
linhas de controle: 
a. ABC 
b. BCD 
c. ABD 
15. Implemente as funções lógicas anteriores utilizando MUX 4x1, com as seguintes 
linhas de controle: 
a. AB 
b. BC 
c. AD 
d. AC 
e. CD 
f. BD

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