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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Disciplina de Circuitos Elétricos I AAAAPOSTILA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I Professor: Antônio Carniato, M.Eng Aluno(a):______________________ Criciúma 2006 2 Sumário Análise de circuitos: Uma visão geral.________________________________________3 CAPÍTULO I – VARIÁVEIS ELÉTRICAS___________________________________4 CAPÍTULO II – ELEMENTOS DOS CIRCUITOS_____________________________9 CAPÍTULO III – CIRCUITOS RESISTIVOS_________________________________16 CAPÍTULO IV – TÉCNICAS DE ANÁLISE DE CIRCUITOS___________________24 CAPÍTULO V – INDUTORES E CAPACITORES____________________________48 CAPÍTULO VI – ANÁLISE DE CIRCUITOS SENOIDAIS_____________________59 CAPÍTULO VII – POTÊNCIA EM CIRCUITOS SENOIDAIS__________________72 CAPÍTULO VIII – CIRCUITOS TRIFÁSICOS______________________________86 Bibliografia___________________________________________________________98 EXERCÍCIOS 3 Análise de circuitos: Uma visão geral Circuito elétrico = modelo matemático de um sistema elétrico real. Análise de circuito: permite prever o comportamento do circuito e de seus componentes Roteiro para análise de circuito: • Identificar claramente os dados e o que é pedido. • Simplificar ou redesenhar o circuito. • Escolher o método de análise mais simples. • Verificar se a solução encontrada é fisicamente possível. 4 CAPÍTULO I – VARIÁVEIS ELÉTRICAS 5 VARIÁVEIS ELÉTRICAS 1. O Sistema Internacional de Unidades • Unidades de base Grandeza Unidade Símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente elétrica Ampère A Temperatura Kelvin K Intensidade luminosa Candela cd • Unidades derivadas úteis na teoria de circuitos Grandeza Nome / Símbolo Fórmula dimensional Freqüência Hertz (Hz) s-1 Força Newton (N) kg.m/s2 Energia ou trabalho Joule (J) N.m Potência Watt (W) J/s Carga elétrica Coulomb (C) A.s Potencial elétrico Volt (V) W/A Resistência elétrica Ohm (Ω) V/A Condutância elétrica Siemens (S) A/V Capacitância Farad (F) C/V Fluxo magnético Weber (Wb) V.s Indutância Henry (H) Wb/A • Principais múltiplos e submúltiplos das unidades 10-12 10-9 10-6 10-3 0 103 106 109 1012 pico(p) nano(n) micro(µ) mili(m) quilo(K) Mega(M) Giga(G) Tera(T) 6 2. Conceitos básicos de eletricidade a) Cargas elétricas Qualquer matéria é formada por átomos. O do Hidrogênio é o átomo mais simples, o qual é constituído por duas partículas (prótons→ carga positiva e elétrons→ carga negativa). Unidade da carga elétrica = coulomb (C) Átomos normalmente neutros ⇒ N° de elétrons = N° de prótons. Retirando elétrons ⇒ átomo terá carga positiva. Adicionando elétrons ⇒ átomo terá carga negativa. • Matérias onde é fácil retirar ou adicionar elétrons são chamadas de condutores (cobre, alumínio, etc...). • Matérias onde é difícil retirar ou adicionar elétrons são chamadas de isolantes (borracha, porcelana, papelão, etc...). b) Corrente elétrica: movimento dos elétrons. dt dqi = corrente elétrica em Ampère [A] dttitqtq t t .)()()( 0 0 ∫=− Relação de integral: carga em Coulomb[C] tempo em segundos [s] 7 c) Tensão elétrica ou diferença de potencial : Energia usada para mover uma unidade de carga através do elemento. d) Potencia e energia: • Potência = trabalho ou energia por unidade de tempo. • Energia dq dWv = Energia em Joule [J] Carga em Coulomb [C] Tensão em Volt [V] dt dWp = Potência em Watt [W] Energia em Joule [J] Tempo em segundos [s] vi dt dqv dt dWvdqdW ==⇒= vip =∴ dttitvtwtwdttptw t t ).(.)()()().()( 0 0∫ ∫=−⇒= 8 • Convenção de sinais Potência ou energia > 0 ⇒ o elemento absorve potência Potência ou energia < 0 ⇒ o elemento fornece potência 9 CAPÍTULO II – ELEMENTOS DOS CIRCUITOS 10 Elementos dos circuitos I. Introdução Os circuitos podem ter 5 elementos básicos: • Fontes de tensão; • Fontes de corrente; • Resistores; • Indutores; • Capacitores. II. Fontes ideais de tensão e de corrente Fontes = dispositivos capazes de gerar energia elétrica Existem 2 categorias de fontes: • Fontes independentes e • Fontes dependentes (fontes controladas). 1. Fontes independentes • Fonte ideal independente de tensão: estabelece uma tensão que não depende das ligações externas, ou seja, v é fixa, independente de i. • Fonte ideal independente de corrente: estabelece uma corrente que não depende das ligações externas, ou seja, i é fixa, independente de v. A B 12V A B 12V i [A] v [V] 12 Característica tensão/corrente Símbolos ou 11 2. Fontes dependentes ou controladas Fonte controlada é aquela que estabelece uma tensão ou uma corrente que depende do valor da tensão ou corrente em outro ponto do circuito. • Fonte de tensão controlada por tensão • Fonte de tensão controlada por corrente • Fonte de corrente controlada por corrente v [V] i [A] 5 Característica tensão/corrente A B 5A Símbolo 1v 1v - tensão de controle 2v - tensão controlada α - ganho de tensão (adimensional) 12 vv ⋅=α 1i β – ganho de corrente (adimensional) 12 ii ⋅= β 1i 1i - corrente de controle r – transresistência (Ω) 12 irv ⋅= 12 • Fonte de corrente controlada por tensão III. Resistência elétrica (Lei de Ohm) 1. Resistência elétrica Capacidade do material para impedir a circulação da corrente ou especificamente a circulação das cargas. Resistor: elemento do circuito que possui resistência elétrica. Exemplos (resistor não linear): varistor ( )(vfR = ), termistor ( )(TfR = ). 2. Lei de Ohm Estabelece uma relação algébrica entre tensão e corrente em um resistor. Num resistor linear é utilizando a convenção passiva, esta lei pode ser escrita da seguinte forma: 1v g – transcondutância (S) 12 vgi ⋅= S l S R l⋅ = ρ R – resistência (Ω ) ρ - resistividade do material ( m⋅Ω ) l - comprimento (m) S – seção transversal ( 2m ) Símbolo Riv += v i ou Riv −= v i 13 ∗ Condutância Gvv RR vi === 1 ; R G 1 = (condutância em mho ou S (siemens) ) ∗ Potência num resistor Outras expressões usuais: Gv G i R vP 2 22 === . ∗ Observações Curto-circuito⇔ resistência nula⇔ tensão nula independente da corrente. Circuito aberto⇔ resistência infinita⇔ corrente nula, independente da tensão. ivP ⋅= v i ivP ⋅−= v i Ora, Riv = . Então, 2RiiRiP =⋅= Ora, Riv −= . Então, 2)( RiiRiP =⋅−−= 0== Riv ; i∀ v 0=R 0== R vi ; v∀ v ∞=R 14 IV. Leis de Kirchhoff 1. Definições Nó: ponto de interconexão entre 2 ou mais elementos do circuito. Laço: caminho fechado passando apenas uma vez em cada nó e terminando no nó de partida. Malha: laço que não contém nenhum outro laço por dentro. Exemplo: 2. Lei de Kirchhoff para correntes (LCK) “A soma algébrica das correntes em qualquer nó de um circuito é sempre nula” ∑ = = N n ni 1 0 ⇔ Σ correntes entrando no nó = Σ correntes saindodo nó. Convenção Corrente entrando no nó, atribuir sinal + Corrente saindo do nó, atribuir sinal - R1 I E R2 R3 2 1 3 4 • 4 nós • 3 laços • 2 malhas 15 3. Lei de Kirchhoff para tensões “A soma algébrica das tensões em qualquer laço de um circuito é sempre nula”. ∑ = = N n nv 1 0 Convenção Percorrer o caminho fechado no sentido horário, escrevendo a tensão com o primeiro sinal encontrado. Exemplo: E1 R1 R2 R3 1RV 2RV 3RV 01 321 =−++− RRR VVVE 16 CAPÍTULO III – CIRCUITOS RESISTIVOS 17 1. Resistores em série Associação série ⇔ mesma corrente em todos os elementos. 2. Resistores em paralelo Associação paralelo ⇔ todos os elementos sujeitos à mesma tensão. IRRR IRIRIR VVVV n n n )....( ...... ... 21 21 21 +++= +++= +++= IRV eq .= neq RRRR +++= ...21 1V 2V nV V 1R 2R nR ⇔ V eqR I I V 1R 2R nR ⇔ V eqR I I 1I 2I nI 18 Observação: IRV eq .= eq n n n R V RRR R V R V R V IIII 1 .1...11 ... ... 21 21 21 = +++= +++= +++= neq neq GGGG ou RRRR +++= +++= ... 1...111 21 21 1R 2R 3R ⇔ 1R 2R 21 21. RR RR + 21 // RR 31 // RR ou )//( 321 RRR + Ok! 19 3. Associação de fontes 3.1. Fontes de tensão em série 3.2. Fontes de Tensão em paralelo Fontes de tensão em paralelo só podem ser associadas se apresentarem o mesmo valor. 3.3. Fontes de corrente em série Fontes de corrente em série só podem ser associadas se apresentarem o mesmo valor. A2 A2 A2A4 1V 2V 3V A B ⇔ 321 VVV ++ B A V5 V5 V5V10 20 3.4. Fontes de corrente em paralelo 1I 2I 3I ⇔ 231 III −+ 4. Divisão de tensão De maneira geral iRV .11 = iRRV ).( 21 += ⇒ 21 1 1 . RR VRV + = 21 2 1 . GG VGV + = ou 1R 2R 1V 2V V i 21 1 2 . GG VGV + = iRV .22 = nRRR VRV +++ = ... . 21 1 1 1R 2R 1V 2V V i nR 21 5. O circuito divisor de corrente Mais geral ou 6. Transformação ∆→Υ ou Υ→∆ 1R 2RI 1I 2I V 1 1 R VI = 2 2 R VI = e I RR RRV .. 21 21 + = I RRR RRI . )( . 211 21 1 + = e I RR RI . )( 21 1 2 + = I GG GI . )( 21 2 2 + = I GG GI . )( 21 1 1 + = ou 1 R 2RI 1 I 2 I V nR I RR RRRI eq n .//...//// 1 32 1 + = I GGG GI n . ...21 1 1 +++ = ABR ACR BCR ABR BCRACR ⇔ A B C A C C B 22 Resistência equivalente entre A e B BA BCACAB BCACAB RR RRR RRR += ++ + )( (1) Resistência equivalente entre B e C CB BCACAB ACABBC RR RRR RRR += ++ + )( (2) ABR ACRBCR B A BR AR A CR C B C BRAR A B CR C AR BR ⇔ A C B CR 23 Resistência equivalente entre A e C CA BCACAB BCABAC RR RRR RRR += ++ + )( (3) Transformação ∆ → Υ ACBCAB ACAB A RRR RRR ++ = . ACBCAB BCAB B RRR RRR ++ = . ACBCAB BCAC C RRR RRR ++ = . Transformação Υ → ∆ C CBCABA AB R RRRRRRR ... ++ = B CBCABA AC R RRRRRRR ... ++ = A CBCABA BC R RRRRRRR ... ++ = ABR ACRBCR ARBR CR AB C 24 CAPÍTULO IV – TÉCNICAS DE ANÁLISE DE CIRCUITOS 25 Técnicas de Análise de Circuitos I. Definições Ramo: caminho que liga 2 nós. Circuito planar: circuito que pode ser desenhado no plano sem que dois ramos de cruzem. Exemplo: Circuitos planares 1R 3R 5R 2R 4R 1R 3R5R 2R 4R Circuito não planar II. Método das tensões de nó (análise nodal) É baseada na Lei de Kirchhoff para correntes (LCK). Incógnitas são tensões. No de tensões incógnitas = No de nós – 1 . 26 Roteiro: a. Converter as resistências em condutâncias; b. Escolher o nó de referência, atribuindo-lhe tensão nula; c. Associar a cada nó (exceto o nó de referência, que tem tensão nula) uma tensão incógnita (tensão de nó); d. Aplicar a LCK em cada nó (exceto no nó de referência) considerando todas as correntes saindo do nó (por convenção); e. Resolver o sistema de equações. 1. Fontes do circuito: só fontes de corrente a. Só fontes de corrente independentes = − − 3 6 72 24 2 1 V V ... VV VV 1 2 2 1 = = Nó 1 0)(226 211 =−++− VVV Nó 2 035)(2 212 =−+− VVV ... 1V 2V Ω5,0 Ω2,0 Ω5,0 A6 A3− 0S2 S2 S5 ABV A BG ABV A BG i i ( )AB A Bi GV G V V= = − ( ) ( )AB A B B Ai GV G V V G V V= − = − − = − 27 b. Incluindo também fonte de corrente controlada 2. Fontes do circuito incluem fontes de tensão (dependentes ou independentes) a. Todas as fontes de tensão estão ligadas ao nó de referência Nó 1 1 1 26 2 2 2 ( ) 0i V V V− − + + − = Nó 2 2 1 22( ) 5 2 3 0V V V i− + + − = i 25i V= − 0,5Ω Ω5,0 0,2Ω6A 3A− 2V1V i2 5S 2S 2S 1 2 1 21 2 4 8 6 4 8 6 2 3 3 2 3 3 V V V VV V + = ⇒ ⇔ = + = − − ... 2 1 6 21 2 V V V V = − = Nó 2 2 1 2 31( ) 6 1( ) 0V V V V− − + − = Nó 3 3 2 3 41( ) 4 2( ) 0V V V V− − + − = 2 3 6 2 V V V V = ⇒ = 1V 2V 3V S2S1S1 V2A4−A6V4 4V 1 4 4 2 V V V V = = − Cada fonte de tensão ligada ao nó de referência diminui o número de tensões incógnitas em 1 unidade 28 b. Nem todas as fontes de tensão estão ligadas ao nó de referência Solução: considerar a fonte de tensão e os seus 2 nós como um único grande nó (supernó) ⇔ curtocircuitar nós 2 e 3. II. Método das correntes de malha (análise de malha) É baseada na Lei de Kirchhoff para Tensões (LTK). Incógnitas são correntes. No de incógnitas = No de correntes de malha . VV 101 = Nó 2 2 1 22( ) 4 1 0aV V V I− − + + = Nó 3 32 2 0aI V− + + = Problema: não se conhece a corrente aI na fonte de tensão 2 3 2 6 2 8 24 x x i V V V V i A P W = = ⇒ = = 2 1 2 32( ) 4 1 2 2 0V V V V− − + + + = No supernó, 232 xiVV =− )(2 21 VVix −= = − 10 22 12 23 3 2 V V 1V 2V aI 2 xi S2 A2S1A4V10 xi S2 3V 29 Roteiro: a. Converter as condutâncias em resistências; b. Associar em cada malha uma corrente de malha no sentido horário; c. Aplicar a LTK em cada malha; d. Resolver o sistema de equações, obtendo o valor das correntes de malha. 1. Fontes do circuito: só fontes de tensão a. Só fontes de tensão independentes Correntes de ramo, em função das correntes de malha: 1 1 2 2 3 3 4 1 2 5 3 2 i I i I i I i I I i I I = = − = = − = − Correntes de malha: 1 2 3, ,I I I . Malha 1 1 31 1 1 1 2 30 0R RV V V V R i R i− + + = ⇔ − + + = Malha 2 3 32 3 2 2 2 30 0R RV V V R i V R i+ − = ⇔ + − = Mas 1 1 1 1 1 2 1 2 2 2 2 3 2 2 2 2 3 1 2 ( ) 0 ( ) 0 i I V R I R I I i I V R I R I I i I I = − + + − == ⇒ + + − == − 1 2 2 1 1 2 2 3) 2 2 ( ) ( R R R I V R R R I V + − ⇒ = − + − ... Usando correntes de ramos, temos 3 incógnitas e 2 equações. 2 equações, 2 incógnitas 1I 2I 3I 1i 2i 3i 4i 5i 1I 2I 3i 1V 1i 2V 2i 3R1R 2R 2RV 2RV 1RV 2 malhas⇒2 correntes incógnitas 30 b. Incluindo também fontes de tensão controladas 2. Fontes no circuito: incluindo também fontes de corrente a. Cada uma dasfontes de corrente pertence a uma única malha Calcular a potência na fonte de tensão: Malha 2: 2 2 1 1 2 3 22 2( ) 26 1 2( ) 0 4I I I I I I I A+ − − + + − = ⇒ = Potência na fonte de tensão: 1 226( ) 26(5 4) 26 P V I I I W = + ⋅ = − = = − = ⇒Cada fonte de corrente que pertence a uma única malha diminui o número de incógnitas em 1 unidade. 3 malhas⇒ 3 correntes incógnitas ⇒ 1 2 3 25 5 20 50 5 10 4 0 5 4 9 0 I I I − − − = − − ... 1 2 3 29,6 26 28 I A I A I A = = = 3 malhas⇒3 incógnitas Do circuito, obtém-se imediatamente 1 5I A= e 3 2I A= − . V50 Ω20 ϕi Ω4Ω5 Ω1 ϕi15 1I 3I 2I Malha 1: 1 2 1 350 5( ) 20( ) 0I I I I−− + − + = Malha 2: 2 2 3 2 11 4( ) 5( ) 0I I I I I+ − + − = Malha 3: 3 2 3 14( ) 15 20( ) 0I I i I Iϕ− + + − = 1 3i I Iϕ = − 1I i V26 Ω2 Ω3 2I 3I Ω1 Ω2 31 b. Nem todas as fontes de corrente pertencem a uma única malha Calcular 1V : Existe uma fonte de corrente que pertence a uma única malha⇒2 incógnitas apenas. 1 4I A= Malha 2: 2 1 2 31 4( ) 0I v I I+ + − = Malha 3: 3 1 3 2 1 32( ) 4( ) 9 0I I I I v I− + − − + = Problema: não se conhece a tensão na fonte de corrente ( 1v não é incógnita principal do sistema). Solução: considerar a fonte de corrente como um circuito aberto e escrever a LKT na supermalha. 3 1 2 32( ) 1 9 0I I I I− + + = No interior da supermalha temos: 1 2 35V I I= − ora 1 1 32( )V I I= − Assim 2 184I A= e 3 16I A= − 3 malhas⇒ 3 incógnitas supermalha 2I 1v Ω4 Ω1 Ω2 1V 1I A4 Ω9 3I 15V 32 IV. Análise nodal ou análise de malhas? a) Simplificar o circuito, b) determinar o número de equações necessárias utilizando a tabela abaixo. Análise Nodal Análise de Malha Incógnitas Tensões de nó Correntes de malha Número de incógnitas Número de nós –1 Número de malhas Critério para reduzir o número de incógnitas Fonte de tensão ligada ao nó de referência Fonte de corrente que pertence a uma única corrente de malha Caso especial Fonte de tensão não ligada ao nó de referência ⇒ aplicar conceito de supernó Fonte de corrente que pertence a duas correntes e malha ⇒ aplicar conceito de supermalha Obs.: o nó de referência tem que ser colocado de preferência no nó que tem o maior número de fontes de tensão (dependente ou independente) ligado nele. O método de análise mais adequado será aquele que leva a escrever o menor número de equações. 33 Exemplo 1 Determinar a potência na fonte de tensão controlada Ω300 Ω100 Ω250 Ω500 Ω400 V128V256 Ω200 i50 Ω150 i 34 Exemplo 2 Determinar 1V e 2V . Ω4 Ω6 Ω5,2 141,0 V A5,0 2V Ω5,7 Ω8 28,0 V Ω2 V193 1V 35 V. Transformações de fontes 1. Fonte real de tensão L s V LV V R I= − 2. Fonte real de corrente 1 L s L I I I V R = − Modelo Característica tensão-corrente sI LV b a LR LI IR fonte real fonte ideal de corrente LI LV VR sV LV b a LR LI fonte real fonte ideal de tensão LI LV Característica tensão-corrente Modelo 36 3. Equivalência de fontes Objetivo: transformar uma fonte real de tensão numa fonte real de corrente ou vice-versa. • Fonte de tensão fonte de corrente VR sV LV b a LR ⇒ V s s R VI = b a LRVI RR = • Fonte de corrente fonte de tensão VR sIs IRV = LV b a LR⇒ sI b a LR IR Observações: • A equivalência deve valer para qualquer valor de IR . • A seta da fonte de corrente sempre aponta do - para + da fonte de tensão equivalente. b a1R 2R ⇔ b a 2R b a1R 2R ⇔ b a1R 37 VI. Circuitos equivalentes de Thèvenin e Norton 1. Circuito equivalente de Thèvenin A. Objetivo Obtenção de circuito equivalente simples (fonte de tensão em série com um resistor) a partir de redes lineares quaisquer. LV LIa b ⇔ a b LV LI THV THR Onde THV é a tensão que aparece entra (a) e (b) com a carga desconectada. THR é a resistência equivalente vista dos terminais (a) e (b). B. Determinação de THV e THR : 1o método THV : desconectar a carga e determinar a tensão entre os terminais (a) e (b) CCi : curtocircuitar os terminais (a) e (b) e determinar a corrente de curto-circuito no sentido (a) (b) CC TH TH i VR = 38 Exemplo: determinar o circuito equivalente de Thèvenin V2 a b Ω4 1I 12I Ω3 cargaR 39 C. Determinação de THR e THV : 2o método Objetivo: determinar os valores de THR e THV de tal forma que visto dos terminais (a) e (b) os dois circuitos abaixo são equivalentes. a b ⇔ a b THV THR Rede linear Então se colocamos nos terminais (a) e (b) uma fonte de corrente de teste com valor TI nos dois circuitos, as tensões abV nos dois circuitos devem ser equivalentes. Comparando as equações (1) e (2) podemos deduzir que XRTH = YVTH = Observação: se a escolha da direção da corrente na fonte de teste é invertida, a b ⇔ a b THV THR Rede linear ABV TI ABV TI ab TV XI Y= + (1) ab TH T THV R I V= + (2) a b THV THR ABV TI a b ABV TIRede linear ab TH T THV R I V= − + TH TH R X V Y = − = 40 Exemplo: determinar o circuito equivalente de Thèvenin. V2 a b Ω4 1I 12I Ω3 cargaR 41 D. Caso particular: circuito contendo apenas fontes independentes a b cargaR Rede linear • Determinação de THV : desconectar a carga e determinar a tensão vista dos terminais (a) e (b). • Determinação de THR : desconectar a carga e determinar a resistência equivalente vista dos terminais (a) e (b) com todas as fontes independentes em repouso. Fonte de tensão em repouso ⇔ 0=V (curto-circuito) Fonte de corrente em repouso ⇔ 0=I (circuito aberto). Exemplo: determinar o equivalente de Thèvenin que alimenta a carga LR . a b LRΩ6 Ω3 Ω7 V12 42 2. Circuito equivalente de Norton A. Objetivo Obtenção de circuito equivalente simples (fonte de corrente em paralelo com um resistor) a partir de redes lineares quaisquer. a b Rede linear LI LV ⇔ a b LV LI NI NR Onde: NI é a corrente que vai de (a) para (b) através de um curto-circuito; NR é a resistência equivalente vista dos terminais (a) e (b). B. Determinação de NR e NI : 1o método Idem primeiro do Thèvenin: CCN iI = CC TH N i VR = C. Determinação de NR e NI : 2o método De (1) e (2) ⇒ X RN 1 = e YI N = a b Rede linear abI TV a b NI NR abI TV ab TI XV Y= + (1) 1 ab T N N I V I R = + (2) 43 D. Caso particular: circuito contendo apenas fontes independentes Determinação de NR : idem a THR Determinação de NI : desconectar a carga, curto-circuitar (a) e (b) e determinar a corrente de curto-circuito que vai do terminal (a) ao terminal (b). Exemplo: a b LRΩ6 Ω3 Ω7 V12 44 E. Determinação de NR e NI : 3o método A partir do circuito equivalente de Thèvenin, fazer transformação de fontes. a b TH TH N R VI = NR LR a b LRTHV THR ⇒ VII. Transferência máxima de potência Objetivo: obter a máxima potência possível de uma rede qualquer. LR Rede linear LR LI THV THR ⇒ Determinar LR de tal maneira que a potência dissipada nela seja máxima: 2 2 + == LTH TH LLLR RR VRIRP L Maximizar LRP ⇔ 0= L R dR dP L ⇔ THL RR = Então TH TH THTH TH THmáxR R V RR VRP L 4 22 , = + = 45 Rendimento LTH L THL TH TH LTH TH L V R RR R RR VV RR VR P P TH L + = + ⋅ + == 2 η Máxima transferência de potência não é necessariamente vantajosa. Ex: sistemas de potência 0,5 THR THR 2 4 TH TH V R LR LP LR η 46 VIII. O princípio da superposição Circuito linear: se o circuito é alimentado por mais deuma fonte de energia, a resposta total é igual ao Σ das respostas a cada uma das fontes independentes em repouso. Observações: Fonte de tensão em repouso ⇔ 0=V (curto-circuito) Fonte de corrente em repouso ⇔ 0=I (circuito aberto). Fontes controladas não devem ser colocadas em repouso. Rede linear V I i Rede linear V i Rede linear I i 47 Exemplo: obter XV por superposição. V2 Ω4 1I 12I Ω3 XVA3 48 CAPÍTULO V – INDUTORES E CAPACITORES 49 Indutores e Capacitores Estudo de 2 novos elementos: indutor e capacitor (elementos capazes de armazenar energia). I. O Indutor 1. Características do indutor Basicamente o Indutor é um dispositivo de 2 terminais composto de um fio condutor, enrolado em espiral. O comportamento dos indutores se baseia em fenômenos associados a campos magnéticos. A aplicação de uma corrente variável no indutor produz um campo magnético variável no seu redor. Um campo magnético variável induz uma tensão nos terminais do indutor e essa tensão é proporcional à taxa de variação de corrente que o atravessa. Matematicamente: )(tv )(ti L dt tdi Ltv )( )( = )(tv )(ti L dt tdi Ltv )( )( −= div L dt = Tensão em Volts Indutância em Henry [H] Corrente [A] Tempo [s] Li dv dt Φ = ⇒Φ = Fluxo magnético concatenado Lei de Faraday { )(tv )(ti 50 Observações: Quando a corrente é constante, a tensão entre os terminais de um indutor ideal é nula . Assim, o indutor se comporta como um curto- circuito para corrente contínua. A corrente que atravessa um indutor não pode variar instantaneamente, ou seja, existe inércia de corrente no indutor. Se a corrente variar bruscamente é porque há tensão infinita (imposta por um circuito externo) entre os terminais do indutor. O conceito de impulso é utilizado para modelar matematicamente este fenômeno. Neste caso temos um impulso de tensão nos terminais do indutor. 2. Corrente em um indutor em função da tensão entre os terminais do indutor: 0 0) 0 0 0 ( ) ( 0 0 ( ) 1( ) ( ) ( ) 1 1( ) ( ) 1 1( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) i tt t t i t t t t t t di tv t L di t v t dt dt L di t di v t dt L L i t i t v t dt i t i t v t dt L L = ⇔ = ⇒ = = ⇒ − = ⇒ = + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ 3. Potência e energia nos indutores: 0 0 0 0 0 ( ) ( ) ( )2 0 ( ) ( ) ( ) 2 2 0 0 ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) 1( ) ( ) 2 1( ) ( ) ( ) ( ) 2 t t t t W t i t i t i t W t i t di tp t v t i t Li t dt dW tp t dW t p t dt dt di t di tdW t Li t dt dW t L i t dt dt dt dW L idi W t W t L i W t W t L i t i t = ⋅ = = ⇒ = ⇒ = ⇒ = ⇒ = ⇒ − = ⇒ − = − ∫ ∫ ∫ ∫ Se 0( ) 0i t = , e 0( ) 0W t = , então 21( ) 2 W t Li= . 51 II. O Capacitor O capacitor é um dispositivo de 2 terminais composto por 2 placas condutoras separadas por um isolante. O comportamento do capacitor se baseia em fenômenos associados ao campo elétrico. Os campos elétricos são produzidos por uma separação de cargas elétricas, ou seja, por tensão. Então a carga é proporcional à diferença de potencial e podemos escrever que q = C v. Ora sabemos que i = dq/dt. Assim a relação tensão- corrente no capacitor pode ser escrita da seguinte forma: Observações: Quando a tensão é constante, a corrente em um capacitor ideal é nula, ou seja, o capacitor se comporta como um circuito aberto para corrente contínua. A tensão nos terminais de um capacitor não pode variar instantaneamente: Existe inércia de tensão no capacitor. Se a tensão variar bruscamente, é porque há corrente infinita (imposta por um circuito externo) passando pelo capacitor. O conceito de impulso é utilizado para modelar matematicamente este fenômeno. Neste caso temos um impulso de corrente passando pelo capacitor. 2. Relações integrais para o capacitor 0 0 0 0 0 ( ) 0 ( ) ( ) 1( ) ( ) ( ) 1 1( ) ( ) ( ) ( ) t t t t v t t t v t t t dv ti t C dv t i t dt dt C dv i t dt v t v t i t dt C C = ⇒ = ⇒ = ⇒ = + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ dvi C dt = Corrente [A] Tensão [V] Capacitância, em Farads [F] v∆ 52 1 2 1 2 1 2 ( ) ( ) ( ) ... ( ) ( ) ( ) ( )... ( ) ... n n eq eq n v t v t v t v t di t di t di tL L L dt dt dt di tL dt L L L L = + + + = + + + = ∴ = + + + Os indutores em série se associam como resistores em série. 3. Potência e energia nos capacitores 0 0 0 0 ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 0 0 ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) 1( ) ( ) ( ) ( ) 2 W t v tt t t t W t v t dv tp t v t i t v t C dt dW tp t dW t p t dt dt dv tdW t C v t dW C vdv dt W t W t C v t v t = ⋅ = = ⇒ = ⇒ = ⇒ = ⇒ = + − ∫ ∫ ∫ ∫ Se 0( ) 0W t = e 0( ) 0v t = , 21( ) ( ) 2 W t Cv t= III. Associações de indutores e capacitores em série e em paralelo 1. Associações de indutores A. Indutores em série )(1 tv )(2 tv )(tvn)(tv c )(ti )(tv )(ti 1L 2L nL eqL 53 B. Indutores em paralelo nL2L1L )(1 ti )(2 ti )(tin )(ti )(tv ⇔ eqL )(ti )(tv 0 0 0 0 0 1 2 1 0 2 0 0 1 2 1 0 2 0 0 1 2 ( ) 1 ( ) ( ) ( ) ... ( ) 1 1 1( ) ( ) ( ) ( ) ... ( ) ( ) 1 1 1( ) ... ( ) ( ) ( ) ... ( ) eq n t t t n nt t t t n n t i t L i t i t i t i t v t dt i t v t dt i t v t dt i t L L L i t v t dt i t i t i t L L L = + + + = + + + + + + ⇒ = + + + ⋅ + + + + ∫ ∫ ∫ ∫ 14444244443 144424443 neq LLLL 1...111 21 +++= Os indutores em paralelo se associam como resistores em paralelo. Para 2 indutores, 21 21 LL LLLeq + = . 54 2. Associações de capacitores A. Capacitores em paralelo B. Capacitores em série )(1 tv )(2 tv )(tvn)(tv )(ti )(tv )(ti1C 2C eqC nC ⇔ 4444 34444 21 444 3444 21 )( 00201 1 21 002 2 01 1 21 00 0 00 )(...)()()(1...11 )()(1...)()(1)()(1 )(...)()()( tv n t t C n t t t t n n t t n tvtvtvdtti CCC tvdtti C tvdtti C tvdtti C tvtvtvtv eq ++++ +++= =++++++= =+++= ∫ ∫ ∫∫ neq CCCC 1...111 21 +++= . Os capacitores em série se associam como condutâncias em série. nC2C1C )(1 ti )(2 ti )(tin )(ti )(tv eqC )(ti )(tv c dt tdvC dt tdvCCC dt tdvC dt tdvC dt tdvC titititi eq n n n )( )()...( )(...)()( )(...)()()( 21 21 21 = =+++= =+++ =+++= neq CCCC +++= ...21 Os capacitores em paralelo se associam como condutâncias em paralelo. 55 IV. Dualidade Definição: dois circuitos são duais se a equação de malhas que caracteriza um deles tem a mesma forma matemática que a equação nodal que caracteriza o outro. Grandeza Dual Tensão Corrente Carga Fluxo Resistência Condutância Indutância Capacitância Curto-circuito Circuito aberto Impedância admitância Nó (não-referência) Malha Nó de referência Malha externa (laço) Ramo de árvore Ramo de ligação Série Paralelo LKT LKC Exemplo: Determinação de um circuito dual utilizando a tabela acima Capacitor dt dvCi = Indutor dt diLv = ↔ ↔ LC vi Grandezas duais c 1R C 2RLV I 1G 2G C L 1. Colocar um nó em cada malha + um nó de referência 2. Aplicar as regras de dualidade 56 V. Resposta natural de um circuito RL O circuito estava operando em regime permanente quando em 0=t a chave passa da posição A para a posição B. Determine )(til para ≥t 0. HL R R R VE 5 4 20 30 100 3 2 1 = Ω= Ω= Ω= = E 1R 0t = A B 2R 3R L 1R 2R 3R Li ⇔ 1R 2R 3R Li 1 E R eqR t<0 (antes do chaveamento): regime permanente 1 3 2,5 (0 ) 2,5 eq L eq L ER Ri A R R i A− ⋅ = = + = t= 0+ ( logo depois do chaveamento) E 1R 2R 3R L ⇔ 3R L ( )LV t ( )Li t 3 ( )RV t 57 3 3 3 3 3 3 3 ( ) ( ) 0 ( ) ( ) 0 ( )( ) ( ) ( ) ln( ( )) ( ) ( ) L R L L L L L L R t kL L R tk L L V t V t di tL R i t dt R Rdi t di tdt dt i t L i t L Ri t t k i t e e L K e i t Ke − − + = + = = − ⇒ = − ⇒ = − + ⇒ = ⋅ ⇒ = ∫ ∫ K depende das condições iniciais: 0(0 )Li Ke K+ = = Como há inércia de corrente no indutor, (0 ) (0 ) 2,5L Li i A K− += = = 4 5( ) 2,5 t Li t e − ⇒ = Calcular Ldi dt em 0t += e 0t −= : a) utilizando as expressões da corrente em t = 0- e em t = 0+ 0,8 0,8 0 0 (0 ) 2,5 0,8 2,5 2 / (0 ) 0 t t L t t L ddi e e A s dt di dt + − − = = − = = − ⋅ = − = ( )t s ( )( )Li t Ampères 2,5 0 58 b) Utilizando o circuito logo depois do chaveamento (0 ) (0 ) 4 2,5(0 ) (0 ) 2 / 5 L L L L di div L v A s dt dt + + + + − ⋅ = ⇒ = = = − Calcular 3 0 ( )R t dV t dt += : 3 3 3 0,8 3 0 ( ) (0 ) (0 ) 4 ( 0,8) 2,5 8 / R L R tL t V R i t dV diR e V s dt dt + + − = = ⇒ = = ⋅ − ⋅ = − 59 CAPÍTULO VI – ANÁLISE DE CIRCUITOS SENOIDAIS 60 1. Fontes senoidais. Fontes de tensão (corrente) senoidal produzem uma tensão (corrente) que varia com o tempo. wtIti p sen)( = wtVtv p cos)( = obs.: • A função senoidal é uma função periódica isto é ela se repete em intervalos regulares. • Um ciclo da função é um trecho que começa em uma certa amplitude e termina na mesma amplitude. • O tempo necessário para percorrer um ciclo é chamado período. • A freqüência é o número de ciclo por segundo ][1 Hz T f = ou ciclo/s. • Freqüência angular ]/[22 srad T wwt ππ =→= • Função cosseno defasado )cos()( ϕ+= wtAtf Onde ϕ é o ângulo de fase da função cosenoidal e é geralmente apresentado em graus. Ex.: )302cos(20)( o+= ttv ) 180 .301.2cos(20)1( π +=v rad/s Transformação para radianos 0 1.5708 3.1416 4.7124 6.2832 7.854 9.4248 -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 wt v(t) Vp x rad0 1.5708 3.1459 6.28324.7124 6.2832 7.854 9.4248 -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 wt i(t) 1 ciclo Ip x rad 61 • Para determinar a defasagem entre 2 funções senoidais. Seja )cos()( 11 α+= wtVtv p e )cos()( 22 β+= wtVtv p então, )(1 tv está adiantado de βα − em relação à )(2 tv Ex.: 1( ) 100 (7 30 )v t sen t= − o )107cos(40)(2 o+= ttv )1207cos(100)90307cos(100)(1 ooo −=−−= tttv )1007sen(40)10907cos(40)(2 ooo +=++= tttv )(1 tv está adiantada de ooo 13010030 −=−− em relação à )(2 tv . ou )(1 tv está atrasada de o130+ em relação à )(2 tv . 2. Respostas senoidais )()(cos tvtVwtV LRp += Obter uma resposta em Regime Permanente senoidal corresponde a obter a solução particular da equação diferencial (1). A solução particular da equação diferencial tem a mesma forma que a fonte de excitação, então vamos supor que ( ) cos( )pi t I wt ϕ= + . RV wtV p cos LV )(ti LR Hipótese: circuito está em regime permanente dt tdiLtiRwtVp )()(.cos += (1) 62 Objetivo: determinar pI e ϕ . o ABBABA cos.sencos.sen)sen( ±=± o BABABA sen.sencos.cos)cos( ±=± )sen()()cos(.cos ϕϕ +−++= wtIwLwtIRwtV ppp ]cos.sencos.[sen]sen.sencos.[cos.cos wtwtLwIwtwtIRwtV ppp ϕϕϕϕ +−−= wtwLIRIwtLwIRI pppp sen].cos.sen.[cos].sen.cos.[ ϕϕϕϕ −−+−= Por identificação de variável ppp VwLIRI =− ϕϕ sencos (2) 0cossen =−− ϕϕ pp wLIRI (3) fazendo as eqs. (2)2 + (3)2, temos: 22222 )( ppp VIwLIR =+ ⇒ 22 )(LwR V I p p + = e da eq. 3 temos, ϕϕ cossen pp wLIRI −= ⇒ R wLarctg−=ϕ portanto, )cos(. )( )( 22 R wLarctgwt LwR V ti p − + = podemos constatar que a corrente está atrasada de ϕ em relação à tensão. 3. Fasores. Definição: Fasor é um número complexo que representa uma tensão ou uma corrente alternada, cuja parte real representa uma grandeza co-senoidal em t=0. O conceito fasor é baseado na identidade de Euler: θθθ sencos je j ±=± 63 A transformada fasorial de uma tensão senoidal é feita da seguinte forma: { } { } { }jwtj p tjjwt p wtj p p eeVe eeeV eeV wtVv ϕ ϕ ϕ ϕ ℜ= ℜ= ℜ= += + )( )cos( ϕϕ senjVV pp += cos ⇒ Transformada fasorial transfere a função senoidal do domínio do tempo para o domínio da freqüência. Ex.: )502cos(100)(1 += ttv [V] o& 63202 −∠=V [V] 501001 ∠=V& [V] )63cos(20)(2 o−= wttv [V] 4. Excitação Complexa v(t) rede linear i(t) )cos()(1 vp wtVtv θ+= ⇒ )cos()(1 ip wtIti θ+= )sen()(2 vp wtjVtv θ+= ⇒ )sen()(2 ip wtjIti θ+= Utilizando o conceito de superposição [ ] )( 21 )sen()cos()()()( vwtj pvvp eVwtjwtVtvtvtv θθθ +=+++=+= ⇒ [ ] )( 21 )sen()cos()()()( iwtj piip eIwtjwtItititi θθθ +=+++=+= Fasor tensão ϕϕ ∠== p j p VeVV& Forma polar Forma retangular 64 rede linear )( vwtj peV θ+ )( iwtj peI θ+ Fator jwte aparece em todos os termos, o mesmo pode então ser suprimido ficando subentendido. Assim o circuito no domínio da freqüência é: rede linear vj peV θ ij peI θ 5. Elementos passivos no domínio da freqüência 5.1) Para o resistor. )(tv )(ti R Aplicando a Lei de Ohm )(.)( tiRtv = ⇒ )()( . iv wtj p wtj p eIReV θθ ++ = iv j p j p eIReV θθ .= ⇒ no domínio da freqüência: IRV && .= Utilizando uma excitação complexa do tipo )()( vwtj peVtv θ+= teremos uma corrente do tipo )()( iwtj peIti θ+= 65 O circuito no domínio da freqüência é V& I& R 5.2) Para o indutor )(tv )(ti L No indutor, a corrente esta atrasada de 90° em relação à tensão. 5.3) Para o capacitor Tensão e corrente em fase dt tdiLtv )()( = )()( iv wtj p wtj p eI dt dLeV θθ ++ = )( iwtj pejLwI θ+= iv j p j p eIjLweV θθ .= o&&& 90.. ∠== ILwIjLwV V& I& jLw dt tdvCti )()( = )()()( ][ vvi wtj p wtj p wtj p ejCwVeV dt dCeI θθθ +++ == )(tv )(ti C 66 VjCwI && = I jwC V && 1 = o & & 90−∠= Cw IV No capacitor, a corrente está adiantada de 90° em relação à tensão. Exemplo: Determinar i(t) em regime permanente. wtV p cos )(ti LR No domínio da freqüência: 6. Impedância ( Z ) e admitância (Y ) a) Impedância( Z ): É a razão entre o fasor tensão e o fasor corrente. (Ω) vj p j p ejCwVeI i θθ = V& I& jCw 1 o0∠pV I& jLwR R LwarctgwLR V jwLR V I pp ∠+ ∠ = + ∠ = 22 )( 00 oo & 22 )( 0 wLR R LwarctgV I p + −∠∠ = o & )cos( )( )( 22 R Lwarctgwt LwR V ti p − + = I VZ & & = V& I& Z 67 Ω { } { } reatânciaBZm aresistênciAZe ==Ι ==ℜ As impedâncias se associam da mesma forma que as resistências. Série neq ZZZZ +++= ...21 Paralelo neq ZZZZ 1...111 21 +++= b) Admitância (Y ) :É a razão entre o fasor corrente e o fasor tensão em um elemento. ( S ou ) Admitâncias se associam da mesma forma que as capacitâncias. Série neq YYYY 1...111 21 +++= Paralelo neq YYYY +++= ...21 Observação:jbaZ += 22 11 ba jbaBjG jbaZ Y + − =+= + == aG ≠ 22 ba aG + = bB ≠ 22 ba bB + −= Z é um número complexo mas não é um fasor jBAZZ +=∠= θ V IY & & = VYI && = Z Y 1 = jBGYY y +=∠= θ Condutância Susceptância V& I& Y 68 7. Análise de circuitos alimentados por fontes senoidais. Determinar o circuito equivalente no domínio da freqüência do circuito estudado. 7.1) Análise nodal Mesmo procedimento que no capítulo 4. 7.2) Análise de malha Idem capitulo 4. 7.3) Transformação de fontes Ver capítulo 4. 7.4) Teorema de Thèvenin ou Norton obs.: fonte teste = fonte de amplitude TI e fase 0. o& 0∠= TT II 7.5) Superposição )30 10cos(10 o+ t )(tvR Ω20 Ω5 H2 V15 )60 20sen(20 o+ t sradw /10= sradw /0= o& 3010 )20//20(5 5 1 ∠ + = j V VV o& 69,377,21 −∠= o3010∠ 1V& Ω20 Ω5 Ω20j 69 sradw /20= ″+′+≠ 111 VVVVR &&&& pois não estão na mesma freqüência. VtttvR )7,6520sen(98,315)69,310cos(77,2)( oo −−−−= 8. Diagramas fasoriais São representações no plano complexo de todos os fasores de tensão e de corrente que aparecem num circuito. Elas permitem visualizar a defasagem entre os fasores tensões e correntes. ′ 1V& Ω20 Ω5 V15 ″ 1V& Ω20 Ω40j o6020∠ VV 151 −=′& o& 6020 )40//5(20 40//5 1 ∠ + − =″ j jV VV o& 7,6598,31 −∠−=″ 70 Regra para construção dos diagramas: • No resistor a corrente está em fase com a tensão. • No indutor a corrente está atrasada de 90° em relação a V. • No capacitor a corrente está adiantada de 90° em relação a V. Exemplo 1: LI CI RI mH2,0 RFµ8000I V& sradw /5000= o L C RI I I I= + +& & & & CI& SI& LI& LC II && + R VI P R =& V& pV3 45 o45 P P V R V tg 3 45 =o ⇒ R VV P P =3 ⇒ Ω= 333.0R Use um ou mais diagramas fasoriais para determinar R para que a corrente no resistor RI fique atrasada de 45° em relação à corrente da fonte 0I . o o& & 90 102,05000 0 3 −∠= ×× ∠ == − p p L L V j V Z VI o & & 904 ∠== p C C V Z VI R V I p R o & 0∠ = 71 )2(1 AI&)20( VV& )5(2 AI& I& SV& XV& 93,26=XV& fRe 65 65 38 iθ Vθ iθ iθ 50 Exemplo 2: No circuito abaixo, o amperímetro indica 5 A. Adotando o fasor V& como referência, desenhar o diagrama fasorial e determinar SV& . A Ω5 Ω10 Ω4j SV& I& 1I& 2I& XV& V& VIjV 20544 2 =×=×= && A V I 2 10 20 101 === & & AI 52 =& 21 III &&& += 39,525 222 2 2 1 =+=+= III &&& o & & 2.68 2 5 1 2 −= − == arctg I I arctgiθ 93,2639,555 =×== IVX && VVV XS &&& += Componente horizontal de VVVV iXS 30)2,68cos(93,2620cos =−+=+= o&&& θ Componente vertical de VVV iXS 25)2,68sen(93,26sen −=−== o&& θ VVS 05,39)25(30 22 =−+=& o8,39 30 25 −= − = arctg SVθ ][8,3905,39 VVS o& −∠= 72 CAPÍTULO VII – POTÊNCIA EM CIRCUITOS SENOIDAIS 73 1. Potência instantânea ( ) ( ) ( )p t v t i t= 2. Potência média 0 0 1 ( ) t T t P p t dt T + = ∫ 3. Valores eficazes de corrente e tensão Método para comparar a potência média dissipada num resistor alimentada por forma de onda diferente. 0I R ( ) cos( )pI t I tω ϕ= + R 2 1 0P R I= P2 = P1 se ( ) cos( )pi t I tω ϕ= + 0 2pI I= rede linear ( )i t ( )v t ( )p t T ( )t s0t 74 Verificação: Potência no resistor alimentado por CC 2 1 0P R I= Potência no resistor alimentado por CA [ ] 2 2 2 2 2 1( ) ( ) cos ( ) cos (1 cos 2 ) 2 1 cos2( ) 2 p p p t Ri t R I t ora A A R I t ω ϕ ω ϕ = = + = + = + + 1 2P P= ⇔ 2 2 0 2 pR I R I = 0 0 2 2 p p I I I I= → = Conclusão: Uma senoide com amplitude de pico igual a pI dissipa a mesma potência que uma corrente constante de valor 2 pI sobre um resistor. Método genérico para determinar o valor eficaz de uma grandeza 0 0 0 0 2 2 2 2 1 ( ) 2 1 ( ) t Tp rms t t T rms t I P R R I R i t dt T I i t dt T + + = = = = ∫ ∫ Obs.: para senoide 2 p rms I I = , 2 p rms V V = 75 4. Potência em elementos passivos 4.1. Caso geral (impedância qualquer) v iϕ θ θ= − ( ) cospv t V tω= 0p p p V VVI I Z ZZ φ φ ϕ ° ° = = = − = − ( ) cos( )pi t I tω ϕ= − ( ) ( ) ( ) cos( ) cos( )p pp t v t i t V t I tω ω ϕ= = − 1 1( ) cos( ) cos(2 ) 2 2p pp t V I t t tω ω ϕ ω ϕ = − + + − ,ora [ ]1cos cos cos( ) cos( ) 2 A B A B A B= − + + 1 1( ) cos( ) cos(2 ) 2 2p p p pp t V I V I tϕ ω ϕ= + − ( ) cos( ) cos(2 )rms rms rms rmsp t V I V I tϕ ω ϕ= + − ,ora cos( ) cos cos sin sinA B A B A B− = + [ ]( ) cos( ) cos(2 )cos( ) sin(2 )sin( )rms rms rms rmsp t V I V I t tϕ ω ϕ ω ϕ= + + [ ]( ) cos( ) 1 cos(2 ) sin( )sin(2 )rms rms rms rmsp t V I t V I tϕ ω ϕ ω= + + potência instantânea na potência instantânea na parte resistiva de Z parte reativa de Z V ο I ο Z Z φ= 76 • Potência média: 0 1 ( ) cos( ) T rms rmsP p t dt V I T ϕ= =∫ , [ W ] • Potência reativa: Valor de pico da potência instantânea da parte reativa. sin( )rms rmsQ V I ϕ= 4.2. Circuito resistivo Tensão e corrente em fase. 0v iθ θ ϕ= ⇒ = . [ ]( ) 1 cos(2 )rms rmsp t V I tω= + [ ] 0 1 1 cos(2 ) T R rms rmsP V I t dt T ω= +∫ 2 2 rms R rms rms rms VP V I R I R = = = 0RQ = 4.3. Circuito exclusivamente indutivo 0 90 90v iθ θ ϕ= = − ° ⇒ = ° ( ) sin(2 )rms rmsp t V I tω= 0LP = 2 2 rms L rms rms L rms L VQ V I X I X = = = 4.4 Circuito exclusivamente capacitivo 0 90 90v iθ θ ϕ= = ° ⇒ = − ° ( ) sin(2 )rms rmsp t V I tω= − 0CP = 2 2 rms C rms rms C rms C VQ V I X I X = − = − = − 77 5. Potência aparente e fator de potência a) Potência aparente: rms rmsS V I= , [VA] potência desenvolvida pela fonte. b) Fator de potência: Fator de potência: coseno do ângulo da carga, ou coseno da defasagem entre a tensão e a corrente. cos( ) cos( )p v iF ϕ θ θ= = − [adimensional] Como a função coseno é uma função par, cos( ) cos( )v i i vθ θ θ θ− = − . Acrescenta-se “atrasado” ou “indutivo” se a corrente da carga é atrasada em relação à tensão nos seus terminais, e “adiantado” ou “capacitivo” se a corrente da carga é adiantada em relação à tensão. • Fluxo da potência num circuito: F o n t e R L C Carga • Relações adicionais: cos( )P S ϕ= sin( )Q S ϕ= 2 2S P Q= + tan( ) Q P ϕ = 78 6. Potência complexa v iφ θ θ= − cos( ) cos( )rms rms rms rms v iP V I V Iφ θ θ= = − { }cos( ) sin( )rms rms v i rms rms v iP V I jV Iθ θ θ θ=ℜ − + − { }( )v ij rms rmsP V I e θ θ−= ℜ { }v ij j rms rmsP V e I eθ θ−= ℜ { }* P V I ° ° = ℜ { }P S=ℜ Definindo a potência complexa * S V I S φ ° ° = = Portanto { }P S=ℜ { }ImQ S S P jQ= = + S S= cos( )pF φ= • Conservação da potência complexa: * S V I ° ° = ( )* * 1 2S V I I ° ° ° = + * * 1 2S V I V I ° ° ° ° = + 1 2S S S= + I ° V ° 1I ° 2I ° rms iI I θ ° = rmsV V vθ ° = Z Z φ= 79 ⇒ Não importa como os elementos estão conectados entre eles, para determinar a potência complexa desenvolvida pela fonte, basta somar todas as potências complexas de cada elemento. • Triângulos de potência (interpretaçãogeométrica da potência complexa): 0ϕ > → carga indutiva • Relações adicionais: V Z I ° ° = 2 * * 2 rms rms I S V I Z I I S Z I Y ° ° ° ° = = ⇒ = = * 2 * 2 * * rms rms VVV S Y V Z Z ° ° = ⇒ = = 7. Correção do fator de potência Objetivo: Minimizar a troca de energia reativa entre a fonte e a carga, sem alterar a energia útil absorvida pela carga. S P Q ϕ 'ϕ Q' S' S P Q ϕ 80 Exemplo: Uma carga de 500 kVA com fator de potência igual a 0,6 atrasado, é alimentado sob uma tensão de 13,8 kVrms. f = 60 Hz a) Determinar a corrente da carga b) Deseja-se corrigir o fator de potência para 0,9 atrasado, através da ligação de capacitores em paralelo com a carga. Determine o valor da capacitância requerida. c) Calcular a nova corrente da carga. Solução: a) 3 3 500 10 36,2 13,8 10 rms SI A V × = = = × b) 3 1 500 10 53,13 cos( ) 0,6 53,13S VA ϕ ϕ ° = × ° = ⇒ = ° 300 400k j k= + 300P kW= ' cos(0,9) 25,84Q arc= = ° 400Q kVAR= ' 333,33 cos( ') PS kVA ϕ = = ' 'sin( ') 145,3Q S kVARϕ= = Potência reativa do capacitor: ' 254,7CQ Q Q kVAR= − = − Potência complexa no capacitor: * CC CS V I P ° ° ° = = 0 C CjQ+ S P Q ϕ 'ϕ Q' S' 81 V ° C * CC CV I jQ ° ° = * 2 * * C C C C C CC VVV jQ jQ ZZ ° ° = ⇒ = *1 1 C CZ Z jc jcω ω = ⇒ = − 22 C C QC f Vπ = − 3 3 254,7 10 3,55 2 60 13,8 10 C Fµ π × = − = × ×− × c) 3 3 ' 333,33 10' 24,15 13,8 10 SI A V × = = = × 82 8. Transferência máxima de potência Objetivo: obter LZ de modo que a potência ativa na carga seja máxima. SV ° L L LZ R jX= + S S SZ R jX= + A B 8.1 Carga puramente resistiva → L LZ R= SV ° LR SZ LI ° S S L S S LS L V VI R jX RZ R ° ° ° = = + ++ 2 2( ) S L S L S V I R R X = + + Potência na carga: 2 2 2 2( ) L S L L L S L S R VP R I R R X = = + + max 0L L L dPP se dR = 83 2 2 L S S SR R X Z= + = 8.2 Carga com RL fixo e XL variável SV ° LR SZ LI ° A B LjX ( ) ( ) S L S L S L VI R R j X X ° ° = + + + 2 2( ) ( ) S L S L S L V I R R X X ° ° = + + + 84 Potência na carga: 2 2 2 2 max ( ) ( ) L S L L L L S L S L S L R V P R I P se X X R R X X = = = − + + + 2 max 2( ) L S L S L R V P R R = + 8.3 Carga com RL variável e XL fixo ( ) ( )2 2 S L S L S L V I R R X X = + + + ( ) ( ) 2 2 2 L S L S L S L R V P R R X X = + + + ; max 0L L L dPP se dR = então ( )22 L S S LR R X X= + + SV LR SZ A B LjX 85 8.4 Carga com RL variável e XL variável ( ) ( ) 2 2 2 L S L S L L S R V P R R X X = + + + Fazendo LX variar: maxLP para L SX X= − . Então: ( ) 2 2' L S L S L R V P R R = + . Em seguida, fazendo LR variar: max ' 0L L L S L dPP se R R dR = ⇔ = . Então: * L S S SZ R jX Z= − = . SV ° LR SZ LjX 86 CAPÍTULO VIII – CIRCUITOS TRIFÁSICOS 87 1. Tensões trifásicas equilibradas • Um sistema de tensões trifásicas equilibradas é um conjunto de 3 tensões senoidais com mesma a mesma amplitude, a mesma freqüência mas defasadas entre si de 120º. • As tensões são chamadas tensões de fase a, b, c. • Seqüência de fases (defasagem entre as tensões de fase): bnV ° cnV ° anV ° Seqüência abc, positiva ou direta Seqüência acb, negativa ou indireta 0an PV V ° = ° 0an PV V ° = ° 120bn PV V ° = − ° 120bn PV V ° = ° 120cn PV V ° = + ° 120cn PV V ° = − ° 0an bn cnV V V ° ° ° + + = • Tipos de ligações possíveis de um gerador 3φ ideal: caV ° bcV ° abV ° a c b tipo Y tipo ∆ bnV ° cnV ° anV ° anV ° cnV ° bnV ° a c b 88 2. Análise do circuito Y-Y (equilibrado) anV ° cnV ° bnV ° a c b A C B n N NnI ° aAI ° bBI ° cCI ° Z Z Z • Tensões nas fases: Tensões entre o neutro e cada uma das linhas, ou tensões nos terminais de cada elemento. Na fonte: anV ° , bnV ° , cnV ° Na carga: ANV ° , BNV ° , CNV ° • Tensões de linhas: Tensões entre as linhas Na fonte = na carga : abV ° , bcV ° , caV ° . • Corrente no neutro: Nn aA bB cCI I I I ° ° ° ° = + + 1 0an bn cn Nn an bn cn V V V I V V V Z Z Z Z ° ° ° ° ° ° ° = + + = + + = Portanto, não existe corrente circulando no neutro num sistema equilibrado. Então: ⇒ Quando existe impedância de linha no neutro, o mesmo pode ser considerado como um curto circuito. ⇒ Quando o neutro não está disponível, o mesmo pode ser colocado no circuito para efeito de cálculo. 89 • Relação entre as tensões de fase e de linha: Supondo seqüência ⊕ então: 0an PV V ° = ° 120bn PV V ° = − ° 120cn PV V ° = ° Sabendo que ab an nbV V V ° ° ° = + 0 120an bn P PV V V V ° ° = − = °− − ° 3 3(cos( 120 ) sin( 120 )) 2 2P P PV V j V j = − − ° + − ° = + Logo 3 30ab PV V ° = ° 3 90bc PV V ° = − ° da forma mais geral fase PV V ϕ ° = 3 150ca PV V ° = ° 3 30linha PV V φ ° = + ° bnV ° cnV ° anV °30° abV ° • Circuito monofásico equivalente (válido somente para sistema equilibrado): anV ° Z bnV ° cnV ° a,b,c A,B,C n N 90 3. Análise do circuito Y-∆ (equilibrado) anV ° cnV ° bnV ° a c b A CB n aAI ° bBI ° cCI ° Z∆ ABI ° BCI ° CAI ° Z∆ Z∆ Correntes de fase: Na carga: , ,AB BC CAI I I ° ° ° Na fonte: , ,aA bB cCI I I ° ° ° Correntes de linhas: Na carga = na fonte: , ,aA bB cCI I I ° ° ° • Determinação das correntes de linhas: Ex.: an aA Y V I Z ° ° = cn cC Y V I Z ° ° = bn bB Y V I Z ° ° = Circuito monofásico equivalente aAI ° 3Y ZZ = a,b,c A,B,C n N cCI ° bBI ° 91 • Determinação das correntes de fases nas cargas pela relação entre correntes de linhas e correntes de fase: aA AB CAI I I ° ° ° = − Supondo seqüência ⊕: 0AB pI I ° ° = ° 120BC pI I ° = − ° 120CA pI I ° = ° 0 120aA p pI I I ° = ° − ° (cos(120 ) sin(120 ))aA p pI I I j ° = − ° + ° 3 3 2 2aA pI I j ° = − 3 30aA pI I ° = − ° 3 150bB pI I ° = − ° 3 90cC pI I ° = ° da forma mais geral, 0fase pI I ° = ° 3 30linha pI I φ ° = − ° Observação: se o gerador estiver ligado em ∆, substitui-se o mesmo por um gerador equivalente ligado em Y tal que a tensão de linha seja a mesma. a c b 220 90 3 ° 220 30 3 − ° 220 150 3 − ° seqüência ⊕ 3 30 30 3 linha linha fase fase V V V V= ° ⇒ = − ° 220120° a c b 220 0° 220 120− ° 92 4. Circuitos 3φ desequilibrados 4.1. Carga desequilibrada em Y com neutro A C B N NI ° AI ° BI ° CI ° AZ BZ CZ 3 circuitos independentes. 0N A B CI I I I ° ° ° ° = + + ≠ Neste caso AN A A V I Z ° ° = BN B B V I Z ° ° = CN C C V I Z ° ° = 4.2. Carga desequilibrada em Y sem neutro anV ° cnV ° bnV ° AI ° BI ° CI ° BZ AZ CZ 1I 2I Utiliza-se o método das malhas. 1AI I ° ° = 2 1BI I I ° ° ° = − 2CI I ° ° = − 93 4.3. Carga desequilibrada em ∆ • Caso não se conhece as tensões de linha na carga, substitui-se o circuito ∆ por seu equivalente em Y, e utiliza-se o método das malhas. ⇔ • Conhece-se as tensões de linha na carga: anV ° cnV ° bnV ° A CB aI ° 1Z ABI ° 2Z 3Z 1 AB AB V I Z ° ° = 2 CACA V I Z ° ° = => a CA ABI I I ° ° ° = − 5. Potência em sistema 3φ A A AZ Z φ= B B BZ Z φ= C C CZ Z φ= , , , ,, , A B C A B CA B C v iφ θ θ= − gZ gZ gZ 1Z 2Z 3Z A C B ( )AI t ( )BI t ( )CI t AZ BZ CZ 94 Tensões de fase instantâneas: Correntes de fase instantâneas: ( ) cos( ) AN Ap vAv t V tω θ= + ( ) cos( ) AN Ap iAi t I tω θ= + ( ) cos( ) BN Bp vBv t V tω θ= + ( ) cos( ) BN Bp iBi t I tω θ= + ( ) cos( ) CN Cp vCv t V tω θ= + ( ) cos( ) CN Cp iCi t I tω θ= + Sabendo que [ ]1cos cos cos( ) cos( ) 2 A B A B A B= + + − Potências instantâneas em cada fase: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) cos ( ) ( ) cos 2 A B C A AN A A rms A rms A A rms A rms v A B B B B B B B B B C C C C C C C C C P t v t i t V t I t V t I t tφ ω θ φ = = + + − Potência instantânea total: ( ) ( ) ( ) ( )A B Cp t p t p t p t= + + Potência ativa total: cos cos cos rms rms rms rms rms rmsA B C A A A B B B C C CP P P P V I V I V Iφ φ φ= + + = + + 5.1. Para um sistema equilibrado rms rms rmsA B C rmsV V V V= = = A B C A B CZ Z Z Z φ φ φ φ= = = ⇒ = = = rms rms rmsA B C rmsI I I I= = = • Potência instantânea: ( ) 3 cosrms rmsp t V I ϕ= • Potência média: 3 cosrms rmsP V I ϕ= → Para carga ligada em Y fase linhaI I= 3 fase linhaV V= 3 cos 3 cos 3 linha Y linha Y linha linha V P I P V Iϕ ϕ= ⇒ = → Para carga ligada em ∆ fase linhaV V= 3 fase linhaI I= 3 cos 3 cos 3 linha linha linha linha I P V P I Vϕ ϕ= ⇒ = YP P= 95 Resumo: V e I em valores eficazes. Por fase Total Potência ativa cosf f fP V I ϕ= 3 cos 3 cosT f f L LP V I V Iϕ ϕ= = Potência reativa sinf f fQ V I ϕ= 3 sin 3 sinT f f L LQ V I V Iϕ ϕ= = Potência aparente f f fS V I= 3 3T f f L LS V I V I= = Potência complexa * ff fS V I ° ° ° = * 3T f fS V I °° ° = Fator de potência cospF ϕ= cospF ϕ= 5.2. Para um sistema desequilibrado Potência ativa total: T A B CP P P P= + + Potência reativa total: T A B CQ Q Q Q= + + Potência aparente total: 2 2 T T TS P Q= + Fator de potência: cos T T T P S ϕ = Potência complexa total: T A B CS S S S ° ° ° ° = + + 6. Medida da potência média em um circuito 3φ 6.1. O Wattímetro I V C A R G A bobina da tensão (resistência alta) bobina da corrente (resistência baixa) Observação: Bobina da corrente em série com a carga Bobina da tensão em paralelo com a carga. cos( )v iW V I θ θ= − 96 6.2. O método dos dois Wattímetros 1 cos( ) ac aac a v IW V I θ θ= − 2 cos( ) bc bbc b v IW V I θ θ= − 1 2P W W= + Exemplo: Se a carga estiver ligada em Y, e o gerador ligado em Y: Seqüência ⊕ 0anV V= ° 120bnV V= − ° 120cnV V= ° Z Z ϕ= 3 30linha faseV V= ° 3 30bc bnV V ° = ° 3 120 30bcV V ° = − ° ° 3 90bcV V ° = − ° ac caV V ° ° = − 3 30ca cnV V ° = ° 3 30 120caV V ° = ° ° 3 150caV V ° = ° 3 150 3 330 3 30V V V V ° ⇒ = − ° = ° = − ° ou Y a c b 1W 2W 97 0an a V VI I ZZ ϕ ϕ ° ° ° = = = − 120 120bn b V VI I ZZ ϕ ϕ ° ° − ° = = = − − ° 1 3 cos( 30 ( ))W V I ϕ= − °− − 2 3 cos( 90 ( 120 ))W V I ϕ= − ° − − ° 1 cos( 30 )L LW V I ϕ= − ° 2 cos( 30 )L LW V I ϕ= + ° Obs.: Para o sistema equilibrado é possível determinar o fator de potência da carga. [ ]1 cos( ) cos(30 ) sin( ) sin(30 )L LW V I ϕ ϕ= ° + ° [ ]2 cos( ) cos(30 ) sin( ) sin(30 )L LW V I ϕ ϕ= ° − ° 2 1( ) 2 cos( ) cos(30 )L LW W V I ϕ+ = ° 2 1 2 1 cos(30 ) cos( ) sin( ) cos(30 ) W W W W ϕ ϕ + ° = − − ° 2 1( ) 2 sin( ) sin(30 )L LW W V I ϕ− = − ° 2 1 2 1 3 cos( ) 32 1 tan( )sin( ) 2 W W W W ϕ ϕϕ + − = − = − 1 2 1 2 tan( ) 3 W W W W ϕ − = + ⇒ 1 2 tan( ) 0 0 cos( ) 1W W ϕ ϕ ϕ= = ⇒ = ⇒ = ⇒ carga resistiva 1 2W W= com sinais apostos → carga reativa pura 1 2 0W W ϕ> ⇒ > ⇒carga indutiva 1 2 0W W ϕ< ⇒ < ⇒ carga capacitiva 98 Bibliografia 1) NILSSON, J. W., REIDEL, S. A. Circuitos Elétricos, 5a edição. Editora LTC. 1999, Rio de Janeiro. 2) BOYLESTAD, Robert., Introdução à análise de circuitos, Editora MAKRON Books. 3) CLOSE, Charles M,. Circuitos Lineares. Rio de Janeiro, LTC Editora S.A., 1988. 4) JOHNSON, D. E., HILBURN, J. L., JOHNSON, J. R., Fundamentos de Análise de Circuitos Elétricos, 4ª edição, Rio de Janeiro, 2000. 5) EDMINISTER, Joseph A., Circuitos Elétricos. São Paulo, Prentice Hall, 10ª Edição, 2004. 6) IRWIN, J. David., Análise de Circuitos em Engenharia. São Paulo. Pearson Education do Brasil. 4ª Ed. 2000. 7) MARKUS, Otávio., Circuitos Elétricos – Corrente Contínua e Corrente Alternada. São Paulo. Editora Èrica. 2003.
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