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15/04/2024, 09:57 Questionário Online: Revisão da tentativa https://ava.aquivocepode.com.br/avauniplan/mod/quiz/review.php?attempt=587489&cmid=17900 1/3 Questão 1 Completo Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Questão 2 Completo Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Questão 3 Completo Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Questão 4 Completo Avaliar 10,00 de um máximo de 10,00(100%) “A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do sistema a que pertence”. A frase, extraída de Cultura: um conceito antropológico, de Roque de Barros Laraia, é uma das principais regras da antropologia e tem a seguinte consequência teórica e prática: Escolha uma opção: a. Ao segui-la como princípio não se pode tomar as sociedades como primitivas ou evoluídas, pois todas seriam completas a sua maneira. Considerá-las “primitivas ou evoluídas” seria adotar um ponto de vista linear, evolucionista. b. A frase dá margem a muitos preconceitos e é utilizada para condenar pessoas inocentes apenas por integrarem determinadas comunidades culturais. c. Todo hábito cultural deve ser visto como uma expressão da globalização econômica que define os costumes, e, portanto, torna-se propulsora das grandes transformações culturais, apagando os traços próprios de cada povo. d. Tal afirmação implica uma boa dose de preconceito, não servindo a nossas discussões acadêmicas. e. Lévi-Strauss, grande antropólogo e responsável pelo combate a essa visão estrutural, afirmava que os traços culturais das sociedades devem ser analisados com base numa referência única e seriamente constituída. Considerando o trecho da cena imaginária sobre os primórdios da evolução que leva o hominídeo ao humano, assinale a alternativa que apresente essa possibilidade de evolução, uma centelha de humanidade ainda embrionária (algum traço estrito de humanidade): “...Aproximando-nos, fecha-se um close no primeiro rosto. Um homem parece vasculhar o mundo em busca de outras formas como eles. Busca sem sucesso. A personagem invisível que os acompanha é a solidão assustada de toda espécie que se sente caçada. Essa é a marca essencial de todos aqueles corpos pendidos e aqueles rostos torturados: o semblante de uma espécie caçada. A caça tem um olhar que lhe é típico: a impossibilidade do repouso, a consciência contínua da ameaça, o sentimento de que predadores podem surgir por detrás das pedras que os circundam, a sensação de morte em toda parte. Sua morte. Segundo o que nos dizem os especialistas no sangrento passado dos animais, quando uma espécie se encontra sob forte pressão adaptativa, os poucos sobreviventes que restam estão no foco de uma grande violência por parte da seleção natural. Corpos eleitos para o sofrimento. É como se os olhos injetados de sangue do "criador cruel" estivessem pousados sobre esses infelizes. Uma velha grita como que a ver fantasmas. Ela põe as mãos nos ouvidos para não ouvir as vozes dos membros do bando que já estão mortos. Em sua memória essas vozes se misturam aos sons à sua volta. A experiência da memória se confunde com o mundo ao seu redor e nossa anciã inicia a longa caminhada em direção à realidade apartada do delírio. Uma criança estende a mão, sem olhar para onde. Uma menina maior pega sua mão sem olhar para a criança. Caminham juntas como duas sonâmbulas. A criança pega um verme que se arrasta pela areia e come. Um velho geme e cai, enquanto a menina e a criança pisam sobre sua cabeça sem perceber. À medida que o grupo avança, ele os perde de vista. Ele desiste. (…). Quando, finalmente a noite começa a cair, todos se jogam ao chão cansados. Durante a noite, o espaço se enche de sons. Gritos de longe indicam a presença de animais em movimento. A criança abraça forte a menina e pega no sono. Sonhando, ela vê imagens de uma mulher sorrindo que corre em sua direção. A mulher grávida se mexe. Busca uma posição mais confortável. De repente, se contorce de novo em dores que dobram seu corpo. Não há nada a fazer, a não ser esperar que passem as dores. O homem, a mulher, a velha e a menina, em silêncio, menos a criança que dorme e sonha, se entreolham. Estão ali, sob o olhar atento do "deus infeliz" que os contempla.A vigília marca a duração da longa noite. Permanecem ali, olhando um para o outro, todos olhando para o alto. Percebem pequenos pontos que brilham na escuridão do exílio. Essa cena pede silêncio e respeito. Contemplemos por um instante nossos patriarcas. PONDÉ, Luiz Felipe. O exílio. Folha de São Paulo. 20/10/2008. Escolha uma opção: a. Segundo o que nos dizem os especialistas no sangrento passado dos animais, quando uma espécie se encontra sob forte pressão adaptativa, os poucos sobreviventes que restam estão no foco de uma grande violência por parte da seleção natural. b. A caça tem um olhar que lhe é típico: a impossibilidade do repouso (...). c. Busca uma posição mais confortável. De repente, se contorce de novo em dores que dobram seu corpo. d. A personagem invisível que os acompanha é a solidão assustada de toda espécie que se sente caçada. e. A criança abraça forte a menina e pega no sono. Sonhando, ela vê imagens de uma mulher sorrindo que corre em sua direção. A partir do trecho a seguir, que trata de simbolização e de símbolos fora do contexto original, assinale a alternativa correta. Como os símbolos cotidianos dependem de consenso em torno de sua interpretação, é muito comum que, quando usados em um contexto diferente do original, sejam interpretados de forma completamente diferente à convencionada pela cultura que lhes deu origem. Isso porque, ao saírem da cultura que os originou, podem parar em lugares onde não exista a convenção sobre como eles devem ser interpretados. Em um caso desses, as pessoas tendem a dar um sentido mais apropriado ao seu próprio contexto. O que os indivíduos fazem nessa situação é idêntico ao trabalho feito por um tradutor, ou seja, as pessoas tentam adequar os símbolos de outras culturas a sua própria linguagem e vida social. Assim, quando se adotam símbolos de outras culturas, de outras convenções sociais, a tendência é que as pessoas adaptem os significados possíveis desse símbolo a sua própria realidade. Escolha uma opção: a. O “consenso em torno de sua interpretação” trata, essencialmente, do processo de comunicação. b. O que a autora do texto quer dizer com convenção é que é uma maneira de os símbolos não sofrerem perdas ou mudanças quando transferidos de lugar. c. Não se deve ficar interpretando símbolos, principalmente se não forem da própria cultura. d. Não pode ocorrer o desenraizamento dos significados, pois eles são absolutos, invariáveis em seus significados. e. A tatuagem tribal (a maori, por exemplo) conserva seu significado em contextos diferentes. Leia o seguinte trecho do artigo de Armand Mattelart e assinale a alternativa cuja afirmação siga uma linha de raciocínio de conotação antropológica. 15/04/2024, 09:57 Questionário Online: Revisão da tentativa https://ava.aquivocepode.com.br/avauniplan/mod/quiz/review.php?attempt=587489&cmid=17900 2/3 Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Questão 5 Completo Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Questão 6 Completo Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Questão 7 Completo Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão “A trigésima terceira Conferência Geral da Unesco, em Paris, adotou, no dia 20 de outubro de 2005, uma convenção sobre a proteção e a promoção da diversidade cultural com a quase unanimidade dos 154 países presentes. Dois foram contrários: Estados Unidos e Israel. Quatro abstenções: Austrália, Honduras, Libéria e Nicarágua. Em três dias, aproximadamente, o texto foi aprovado em comissão pelos representantes dos 151 Estados entre os 191 membros da Unesco. O objetivo dessa convenção foi o de dar força de lei à Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, adotada, por unanimidade, após os eventos do 11 de Setembro de 2001. Qualificando a diversidade como 'patrimônio comum da humanidade', essa declaração se opunha aos 'doentios fundamentalistas' com a 'perspectivade um mundo mais aberto, mais criativo e mais democrático'. Dois fóruns institucionais contribuíram para forjar os elementos de uma doutrina sobre a cultura e as políticas culturais. O primeiro é, evidentemente, a própria Unesco. Fundamentalmente a partir do fim dos anos 1960, com a entrada na era pós-colonial, dá-se a era da independência. É nessa época que a relação de força entre os países do Norte e os do Sul afeta, numérica e ideologicamente, o conjunto do sistema das Nações Unidas. Mesmo se o peso da divisão geopolítica Leste/Oeste continua a influenciar as representações dominantes de ordenamento do mundo, a ponto de provocar um curto-circuito na relação Norte/Sul, e as demandas do dito Terceiro Mundo. É o momento no qual se faz patente a crise de uma filosofia do desenvolvimento, para a qual a modernização equivalia à ocidentalização, uma versão requintada dos programas etnocêntricos de assimilação cultural. É a falência da crença em um progresso linear e infinito, dos paliativos sucessivos oferecidos aos povos: a única saída para o dito subdesenvolvimento é percorrer, uma a uma, as etapas pelas quais atravessaram os grandes países ditos desenvolvidos. De acordo com essa crença, a inovação social deve se dirigir do centro para as periferias. Não há lugar, pois, para as culturas locais, das quais se contesta sua capacidade de invenção. Estigmatizadas como tradicionais, elas são consideradas pela engenharia social como um obstáculo no curso da modernidade, segundo o padrão euro-estadunidense. Ao longo dos anos 1970 aparece em cena, aos poucos, um bloco de nações chamadas a participar de debates, proposições, medidas e estratégias: direito a comunicar, diversidade cultural, políticas culturais, políticas de comunicação e industriais, interdependência e diálogo das culturas”. In: MATTELART, Armand. Mundialização, cultura e diversidade. Revista FAMECOS, nº 31, p. 12-19, dez. 2006, quadrimestral, Porto Alegre. Escolha uma opção: a. O evolucionismo social não está presente na relação entre os países, conforme afirma o excerto. b. e) O “evolucionismo social ou darwinismo social” pode ser observado na ideia de desenvolvimento equivalendo à ocidentalização, indicando que referência de desenvolvimento é a sociedade ou as sociedades classificadoras, no caso, difusoras do “padrão euro-estadunidense”. c. O citado movimento dos anos 1970, pela democratização da informação e pela luta pela qualidade da comunicação, está vinculado ao “padrão euro-estadunidense”, pois são principalmente Estados Unidos da América e os países europeus mais ricos os que têm interesse na disseminação de conhecimento (de variados tipos e em diversos níveis) pelas demais nações do mundo. Um exemplo disso é a doação de tecnologia médica e de produção de energia limpa, além do compartilhamento do conhecimento envolvido nas patentes de medicamentos, entre outras frentes de cooperação constante. d. Falar em assimilação cultural é um absurdo, pois nossa sociedade é modelo de respeito ao modo de vida de grupos étnicos diferentes. Um exemplo disso é a proveitosa relação de aprendizagem (boa para ambos os lados) que sempre mantivemos com os índios que ocupavam as terras que, muito tempo depois, viriam a se tornar o Brasil. e. Não há como estigmatizar sociedades que percorreram caminhos de desenvolvimento bem diversos daqueles trilhados pelas nações europeias. A antropologia demonstra que a cultura influencia profundamente na forma como vemos o mundo e como julgamos costumes diferentes dos nossos ou costumes que fogem ao padrão imposto pelas normas sociais. Por isso existe a tendência a: Escolha uma opção: a. Julgarmos depreciativamente aquilo que foge à lógica cultural que herdamos, o que dificulta a convivência com os costumes alheios. b. Considerarmos as culturas tradicionais como melhores, uma vez que elas parecem ter maior controle c. Sempre considerarmos muito melhores os costumes alheios, uma vez que a rotina e a tradição reprimem a liberdade de expressão de nossa identidade. d. Participarmos de uma identidade globalizada e homogênea, uma vez que não podemos ter consciência da cultura de nossa própria época, nos lugares em que habitamos. e. Procuramos sempre novas influências culturais que possam nos auxiliar a compreender melhor o costume alheio. Sobre a transformação do homem, de Homo sapiens sapiens a ser humano, pode-se dizer, necessariamente, que: Escolha uma opção: a. Envolve a realização do ser humano como busca e como aprendizado da idéia de humano. b. Há grande interesse no meio científico em estudar a infinidade de meninos e meninas (humanos) criados por outros animais. c. É possível a existência do Homo ferus, ou seja, um ser humano crescer, desenvolver sua humanidade, sendo criado por um animal qualquer. d. A humanidade é inata (algo que não é adquirido pelo aprendizado) no Homo sapiens sapiens, pois nascemos já “aparelhados” (com as habilidades e competências) para a vida social. e. A humanidade evocada pelos mitos, pelas religiões e pelas ciências é, fundamentalmente, biológica, pois nós, os seres humanos, somos animais mamíferos. Acerca do papel da cultura na construção da humanidade do Homo sapiens sapiens, podemos afirmar: Escolha uma opção: a. A antropologia social não considera as explicações das demais ciências, que não tomam a cultura em primeiro plano. b. Os povos constroem seus espaços sociais, portanto suas culturas, associando-se aos povos vizinhos, tornando-os parceiros em suas empreitadas; é o que significa o etnocentrismo. c. Não podemos utilizar as referências de uma cultura para julgar a mesma. 15/04/2024, 09:57 Questionário Online: Revisão da tentativa https://ava.aquivocepode.com.br/avauniplan/mod/quiz/review.php?attempt=587489&cmid=17900 3/3 Questão 8 Completo Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Questão 9 Completo Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Questão 10 Completo Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão d. A cultura é condição de existência humana e de relação com a natureza, embora seja, também, responsável por nossos preconceitos. e. A cultura nada tem a ver com seu ambiente de origem, pois é apenas uma construção mental. Analise o trecho do artigo “Um gole de História”, assinalando a alternativa que apresente interação da arte humana (expressão cultural) e elementos da natureza (tomados como recursos): "Os registros mais sérios, no entanto, apontam os sumérios e os assírios - povos da antiga região da baixa Mesopotâmia, as margens do Rio Tigre, e ao norte da Mesopotâmia, alto do Rio Tigre, respectivamente -, como os primeiros mestres cervejeiros. Para dar a essa história sua dimensão correta, é necessária uma breve viagem no tempo. Vamos nos levar para o que era o mundo por volta de dois mil anos a.C. Em 1290 a.C., o faraó Ramsés II governava o Egito, em 1500 a.C. a escrita cuneiforme aparece na Ásia Menor e, menos de 100 anos depois, os fenícios surgem com a primeira escrita semelhante ao alfabeto. Essa época era parte da era do bronze onde hoje é a Escócia, e aqui na América já existiam vilas e fazendas em Honduras, e centros cerimoniais no Peru. O homem já deixara para trás sua vida nômade na maior parte do globo e já dominava com razoável habilidade o manejo da terra e dos artefatos de madeira, metal e barro". ROSA, Sílvia Mascella. Um gole de História: a bebida alcoólica mais antiga da humanidade é parceira do homem em sua jornada sobre a Terra. ADEGA, 2008. Disponível em: . Acesso em: 30.5.2009. Escolha uma opção: a. “O homem já deixara para trás sua vida nômade na maior parte do globo e já dominava com razoável habilidade o manejo da terra e dos artefatos de madeira, metal e barro”. b. "Os registros mais sérios, no entanto, apontam os sumérios e os assírios - povos da antiga região da baixa Mesopotâmia, as margens do Rio Tigre, e ao norte da Mesopotâmia, alto do Rio Tigre, respectivamente -, como os primeiros mestres cervejeiros”. c. E aqui na América já existiam centros cerimoniais no Peru. d. “Para dar a essa história sua dimensão correta,é necessária uma breve viagem no tempo”. e. “Em 1290 a.C., o faraó Ramsés II governava o Egito, em 1500 a.C. a escrita cuneiforme aparece na Ásia Menor e, menos de 100 anos depois, os fenícios surgem com a primeira escrita semelhante ao alfabeto”. A principal característica da cultura é que, em seu processo de representação e experimentação do mundo, sempre inclui tudo do ambiente ao redor - os valores e padrões das coletividades e o universo interno dos indivíduos. Isso significa que: Escolha uma opção: a. Como nenhum lugar e nenhum povo é igual a outros, também não pode haver processos universais. b. Não há fatos culturais universais, e sim fenômenos particulares que não podem ser generalizados. c. Toda cultura é universal, atribuindo valores e sentido a tudo que existe. d. Nada em uma sociedade pode ser generalizado; tudo o que nela acontece é singular, havendo apenas explicações locais para os fatos e processos naturais. e. Na impossibilidade de tudo explicar cada sociedade, originalmente, é preciso complementar suas referências com aquelas de outras culturas. Considere a afirmação a seguir e assinale a alternativa que apresente uma versão antropológica correta para os efeitos da globalização. "[...] De uma cultura para outra, significados variam imensamente, o que torna necessária a compreensão do contexto cultural em que os símbolos são criados e utilizados para que nossa comunicação seja eficaz e consiga atingir seus objetivos." Escolha uma opção: a. Cada vez mais o referido contexto é o da sociedade global, pois os lugares perdem totalmente seus significados. b. A expansão do capitalismo global se faz respeitando as culturas locais. c. Significados sociais eram constituídos na relação desenvolvida entre os membros do grupo e entre estes e o entorno, raízes essas que hoje não são mais necessárias. d. O crescimento econômico das nações se tem dado de modo sustentável, posto que hábitos e costumes vêm sendo preservados em toda parte. e. Por mais que a modernização capitalista busque a padronização cultural pelo e para o mercado, fatos como a diversidade étnica, a variedade de línguas e profundas desigualdades sociais mostram os limites históricos do processo de globalização.
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