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FLORICULTURA, PAISAGISMO E JARDINAGEM Aula 5: Hormônios e Reguladores Revisão sobre hormônios que atuam no crescimento e desenvolvimento de plantas Regulação fisiológica do florescimento de algumas espécies cultivadas para corte e vaso INTRODUÇÃO É essencial o conhecimento das características fisiológicas que regulam o florescimento, para se obter a produção em quantidade e qualidade nas datas planejadas em função da demanda. INDUÇÃO E CONTROLE DO FLORESCIMENTO CICLO DE PRODUÇÃO ESPÉCIES EM FUNÇÃO DO MERCADO REGULADORES X FITOHORMÔNIOS São produzidos pelo próprio vegetal, substâncias naturais, biologicamente ativas, em baixas concentrações regula processos fisiológicos. São substâncias naturais ou artificiais que possuem efeito no crescimento. Retardar Promover ou Inibir o crescimento vegetativo Promover ou Inibir o florescimento Aumentar a frutificação efetiva Provocar o efeito de raleio em frutos Aumentar o tamanho dos frutos Controlar a maturação dos frutos e senescência Promover enraizamento Quebrar a dormência de sementes e gemas Principais fitohormônios e reguladores Efeitos no crescimento e desenvolvimento vegetal Auxinas Giberelinas Citocininas ABA Etileno Polipeptídeo sistemina Brassinosteróides Salicilatos Jasmonatos Poliaminas FITOHORMÔNIOS MECANISMO GERAL DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS Um exemplo: a raiz percebe a redução na umidade no solo (SINAL) produzirá o hormônio ácido abscísico - ABA (mensageiro primário). ABA é translocado para as folhas, onde altera a concentração de mensageiros secundários (Ca2+ e IP3) no citosol das células-guardas. Esses mensageiros secundários vão amplificar o sinal, através de três vias específicas, as quais produzem o fechamento estomático (Resposta Final). AUXINA Ela ocorre principalmente em órgãos que estão crescendo ativamente, tais como meristemas apicais da parte aérea, folhas jovens e frutos em desenvolvimento e são os sítios primários da síntese de AIA O alongamento do caule, A dominância apical, A cicatrização de ferimentos e A senescência de folhas. Tropismo e Nastismos AUXINA TROPISMOS A resposta pode ocorrer na mesma direção, na direção oposta ou em ângulos específicos em relação ao estímulo. AUXINA FOTOTROPISMO Crescimento em relação à luz, é expresso em toda a parte aérea e em algumas raízes. Ele assegura que as folhas poderão ser supridas com a luz do sol e, portanto, serão capazes de realizar a fotossíntese. GRAVITROPISMO + - Dominância apical O crescimento da gema apical inibe o crescimento das gemas axilares A retirada do ápice aumenta o acúmulo de citocininas na gema axilar e aplicação de auxinas na região apical decapitada, reduz esse acúmulo AUXINA Formação de raízes laterais e adventícias soluções de auxinas podem ser utilizadas para induzir a formação de raízes adventícias em pedaços de caules e de folhas Abscisão foliar AIA é conhecido como retardante do processo de abscisão nos estágios iniciais e como promotor nos estágios finais Desenvolvimento de frutos regulação do desenvolvimento do fruto AUXINA GIBERELINAS REGULADORES DA ALTURA DAS PLANTAS As giberelinas são associadas com a promoção do crescimento do caule Detectadas em folhas, caules, sementes, embriões e pólens. Importante: Iniciação floral e determinação do sexo Crescimento do caule Transição da fase juvenil para a adulta Estabelecimento do fruto Germinação de sementes CITOCININAS REGULADORES DA DIVISÃO CELULAR ausência de citocinina praticamente não se observa a ocorrência de divisão celular Altos níveis de auxina em relação aos de citocinina promovem a formação de raízes, enquanto altos níveis de citocinina em relação aos de auxina estimulam a formação da parte aérea Retardamento da senescência de folhas e mobilização de nutrientes O tratamento de folhas isoladas de muitas espécies com citocininas retarda o processo de senescência. Os efeitos podem também ser localizado dentro de uma mesma folha, se a aplicação for feita de forma localizada CITOCININAS REGULADORES DA DIVISÃO CELULAR ETILENO HORMÔNIO GASOSO Amadurecimento de frutos Epinastia de folhas Expansão celular horizontal e o crescimento lateral do caule Promoção do crescimento do caule e de pecíolos de espécies submersas Senescência de folhas e de flores Abscisão ÁCIDO ABSCÍSICO - ABA MATURAÇÃO DE SEMENTES E ANTIESTRESSE Atua como regulador primário na iniciação e na manutenção da dormência de sementes e de gemas e nas respostas de plantas ao estresse, particularmente estresse hídrico Estresse por frio e salinidade também provocam aumento nos níveis de ABA. ABA influencia muitos aspectos do desenvolvimento da planta atuando como antagonista, de auxinas, citocininas e giberelinas. remoção do ápice da parte aérea provoca a redução nos níveis de ABA nas gemas laterais e isto provoca o crescimento dessa gemas. Altos níveis de AIA (auxina) no ápice da parte aérea podem manter altos níveis de ABA na gema lateral, causando inibição do seu crescimento. Crescimento da raiz e da parte aérea Senescência de folhas: ABA é o agente iniciante da senescência, enquanto o etileno parece exercer seus efeitos em estágio posterior Principais fitohormônios e reguladores Efeitos no crescimento e desenvolvimento vegetal Auxinas Giberelinas Citocininas ABA Etileno Polipeptídeo sistemina Brassinosteróides Salicilatos Jasmonatos Poliaminas Substâncias retardantes no crescimento Bloqueiam principalmente a biossíntese do ácido giberélico AMO 1618 CYCOCEL BX 112 ANCYMIDOL LAB 198 999 TETCYCLASIS UNICONAZOLE FLORESCIMENTO Difere de espécie para espécie, sendo controlado por fatores endógenos e ambientais. O estádio vegetativo é caracterizado por crescimento vigoroso, diferenciação contínua de novas folhas, nós entre nós, caule e de raízes. No crescimento reprodutivo, ocorre mudança no padrão de diferenciação das gemas apicais, levando ao desenvolvimento dos órgãos florais, sépalas, pétalas, anteras, carpelos e posterior frutificação. Taiz e Zeiger (2013) FLORESCIMENTO as espécies são classificadas como neutras, ou seja, não necessitam de um estímulo particular do ambiente para florescerem, e as que dependem de uma condição particular do ambiente, como luz no contexto do fotoperíodo e temperatura no contexto da vernalização. Ex: Roseira – neutra Sensível à temperatura: Lírio Fotoperíodo: Crisântemo. CRISÂNTEMO Para seu cultivo a temperatura diurna deve ser de 23-25°C e a noturna, em torno de 18°C. É uma planta sensível ao fotoperíodo, sendo classificada como planta de dia curto (PDC), tendo seu fotoperíodo crítico de 13 horas, o que possibilita controlar seu florescimento. LÍRIOS Propaga-se de forma vegetativa, através de bulbos e escamas, a qual é utilizada na produção comercial de bulbos. Indução ao florescimento ocorre através da vernalização, podendo assim ser cultivado o ano inteiro. Rosa A rosa independe de fator ambiente específico para indução ao florescimento. Sob condições favoráveis de ambiente, como, luz, temperatura, nutrição e sanidade, o crescimento, o desenvolvimento e consequentemente o florescimento ocorrem continuamente. - Plantas sensíveis ao comprimento do dia (Fotoperiodismo). A ação da luz sobre o florescimento está relacionada com a absorção de luz pelo fitocromo, complexo pigmento/proteína que absorve luz de qualidade 660-730 namômetros (nm), faixa do vermelho e vermelho distante respectivamente. O pigmento P660 ou Pv constitui a forma de proteína que absorve a radiação de 660 nm de comprimento de onda, na região do vermelho, enquanto a forma P730 ou Pvd absorve a radiação de 730 nm de comprimento de onda, região do vermelho distante, sendo a forma fisiologicamente ativa. A forma ativa é o P730 e que a conversão à luz é rápida. No escuro, a conversão é lenta, enzimática e dependente de temperatura Plantas sensíveis ao comprimento do dia (Fotoperiodismo). No caso das plantas de dia curto, em muitas espécies, inclusive no crisântemo,a interrupção da noite é efetiva apenas quando a dose de luz suprida é suficiente para saturar a fotoconversão Pv/Pvd (BARBOSA, 2003). A subsequente exposição à luz Vd ou a rápida exposição ao escuro fotoconverte à forma Pv (fase inativa), mostrando que a alternância luz/escuro 11 também constitui um estado de transformação do fitocromo, conforme esquema abaixo. APLICAÇÃO DE DIAS LONGOS Artificial - usando-se lâmpadas incandescentes ao longo dos canteiros de plantio. A suplementação luminosa pode ser fornecida de forma contínua ou intermitente. De forma contínua, no inverno, são fornecidas 4 horas de luz durante a noite, por exemplo, das 22 às 2 horas e, no verão, 3 horas, por exemplo, das 22 à 1 hora. A suplementação luminosa intermitente também é efetiva, com uma iluminação cíclica durante a noite que pode ser com 6 minutos de luz a cada 24 minutos de escuridão durante quatro horas, ou com 7,5 minutos de luz a cada 22,5 minutos de escuridão, das 22 às 2 horas. No verão, em locais onde o comprimento do dia for maior que 13 horas, ocorre o fornecimento natural do dia longo, dispensando, ou reduzindo a iluminação artificial para 1 a 2 horas luz por noite. Cuidado, já que a sensibilidade difere entre cultivares. APLICAÇÃO DE DIAS LONGOS Aplicação de dias curtos Aplicação artificial de dias curtos é obtida pelo uso de plástico ou pano preto, cobrindo-se totalmente o canteiro(escuridão total), geralmente colocado às 17 horas e retirado às 7 horas. A indução da gema apical se inicia a partir de 4 dias curtos e se completa aos 14 dias, enquanto a indução das gemas laterais se inicia aos 12 dias, completando-se aos 28 dias. Para garantir a indução total e qualidade comercial, os produtores aplicam de 30-40 dias curtos. Após a indução são cultivadas sob dias normais até a colheita. cada variedade apresenta sua carga genética, a sensibilidade ao dia curto (DC) também varia entre elas. Após a indução expressa visualmente pelos botões florais, as plantas são expostas a 30-40 dias normais, para crescimento e qualidade das inflorescências. Esta resposta à indução floral pelo controle fotoperiódico, permite o planejamento da produção e da comercialização. Aplicação de dias curtos Plantas sensíveis à temperatura (Vernalização). Constitui-se em um processo de acúmulo de baixas temperaturas por parte da planta, desde o estágio de semente germinada até o momento da formação do talo, que de forma semelhante ocorre em nível dos bulbos no caso do lírio. A temperatura adequada para que ocorra a indução ao florescimento é de 1-7°C, sendo o efeito do frio quantitativo. Sem o processo de vernalização, ocorre o crescimento das folhas em rosetas, caracterizado pela redução do crescimento internodal, não ocorrendo emissão da haste floral (TAIZ e ZEIGER, 2004). Apesar disso, se as plantas rosetadas forem vernalizadas, esse distúrbio fisiológico pode ser revertido, voltando a crescer normalmente e a florescer (HARBAUGH e ROH, 1992). A resposta à exposição ao frio requer semanas, e cada espécie responde a determinada quantidade de frio. Em plantas de lírio oriundas de bulbos vernalizados, observa-se emergência mais rápida e uniforme, redução do ciclo e florescimento de todas as plantas. Plantas sensíveis à temperatura (Vernalização). Plantas neutras As roseiras são plantas que necessitam de insolação plena. Ao se escolher o local do plantio deve-se atentar á intensidade luminosa e a qualidade da luz. Mesmo não sendo influenciada pelo comprimento do dia para a indução ao florescimento, seu crescimento e desenvolvimento estão totalmente correlacionados com a intensidade e duração do período luminoso, ou seja, com maior eficiência fotossintética. Sob dias longos, e boa intensidade de luz, o número de botões florais e a qualidade deles são significantemente aumentados. Plantas neutras Apesar de a alta intensidade luminosa aumentar a eficiência fotossintética, dependendo da variedade, ocorre diferenciação de várias gemas vegetativas por haste, tornando necessária a eliminação dos botões laterais para se evitar a formação de flores em cacho, quando não se é de interesse. Ainda em função da competição intraplanta há redução no comprimento da haste e no número de pétalas, comprometendo a qualidade. Plantas neutras No inverno sob restrição luminosa, a planta não produz satisfatoriamente, ocorre o estiolamento das hastes e a planta fica mais predisposta a doenças. CONSIDERAÇÕES Em todos os casos a escolha de cultivares adequadas é a preocupação principal do produtor, pois assim terá o material mais adequado para á realidade em que encontrará sua produção e terá uma melhor resposta do manejo empregado. PRESENTEIE COM FLORES ELAS ALEGRAM A ALMA! image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.jpg image8.jpeg image9.jpeg image10.jpg image11.jpg image12.jpg image13.jpg image14.jpg image15.jpg image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png
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