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Barragens, Fundações e Obras de Terra Unidade 5 – Fundações Profundas Parte II Prof. Lucas Broseghini Totola Curso: Engenharia Civil – 2023/1 e-mail: lucastotola@professor.multivix.edu.br 1 • ALBUQUERQUE, Paulo José Rocha de. Engenharia de Fundações. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2020. ISBN 9788521636977. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521636977/ • Livro com videoaulas. • DANZIGER, Bernadete R. Fundações em Estacas. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2021. ISBN 9788595158122. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158122/ REFERÊNCIAS 2 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521636977/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158122/ 3 CAPACIDADE DE CARGA • Capacidade de carga de uma estaca isolada: É o valor nominal da carga a ser aplicada a uma estaca isolada que causa a ruptura do solo ou recalque excessivos não aceitáveis à estrutura em implantação. • Determinação da capacidade de carga de uma estaca isolada: a) Método estáticos: • métodos teóricos: baseados teoria da capacidade de carga; • métodos empíricos: baseados em correlações com os ensaios de penetração CPT e SPT; b) Método dinâmicos: baseados na resposta da estaca aos esforços de cravação; c) Prova de carga: estáticas (PCE) e dinâmicas (PDA) 4 CAPACIDADE DE CARGA • Capacidade de Carga de Fundações por Estacas • Variáveis Geotécnicas: Nspt/metro; Tipo de solo; outras informações? • Variáveis Geométricas da Estaca: Material; Geometria; Comprimento; Área de ponta; 5 CAPACIDADE DE CARGA • Capacidade de Carga (Ru) e Carga Admissível (Radm) de Fundações por Estacas 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 𝑅𝑢 𝐹𝑆 𝑅𝑢 = 𝑅𝑃 + 𝑅𝐿 6 CAPACIDADE DE CARGA • Capacidade de Carga (Ru) e Carga Admissível (Radm) de Fundações por Estacas • A capacidade de carga, Ru, é definida pela soma das resistências máximas suportadas pela ponta RP e pelo atrito lateral RL: 𝑅𝑢 = 𝑅𝑃 + 𝑅𝐿 RL : parcela da carga de ruptura devido ao atrito lateral solo‐estaca desenvolvido ao longo do fuste da estaca (capacidade de carga do fuste); RP : parcela da carga de ruptura resistida pela ponta da estaca (capacidade de carga de ponta); • Para estacas pré-moldadas de concreto com seção vazado, usualmente considera-se como estaca maciça, na definição da área de cálculo. Para perfis metálicos, a área pode variar desde a área real do perfil até a área correspondente ao retângulo circunscrito. Para estacas Franki, a área de ponta é calculada a partir do volume da base alargada (V), admita esférica: 7 CAPACIDADE DE CARGA • Resistência de Ponta (RP): • Definida pelo produto da resistência de ponta em unidades de tensão (rp) da camada de solo na cota de apoio da estaca, pela área da seção transversal de sua ponta, Ap: 𝑅𝑃 = 𝑟𝑝 ∗ 𝐴𝑝 • Com U = πd ou U = 4D, para a seção transversal circular ou quadrada do fuste da estaca, respectivamente. • Logo: 8 CAPACIDADE DE CARGA • Resistência Lateral (RL): • Para a parcela de atrito, representemos por (U) o perímetro do fuste e façamos o somatório das forças resistentes por atrito lateral nos diversos segmentos da estaca. Logo: 𝑅𝐿 = 𝑈 ∗𝑟𝐿 ∗ ∆𝐿 𝑅𝑢 = 𝑟𝑝 ∗ 𝐴𝑝 + 𝑈 ∗𝑟𝐿 ∗ ∆𝐿 • Variáveis geométricas + variáveis geotécnicas. 9 • Uma vez que as fórmulas teóricas geralmente não são confiáveis na previsão da capacidade de carga de fundações por estacas, muitos autores têm proposto métodos baseados em correlações empíricas com resultados de ensaios in situ e ajustados com provas de carga. Destacam-se: • Método Aoki-Velloso (1975) • Método Décourt-Quaresma (1978) CAPACIDADE DE CARGA – Métodos semi-empíricos 10 • Método Aoki-Velloso (1975) • Apresentado em 1975 no Congresso Panamericano de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações pelos engenheiros brasileiros Nelson Aoki e Dirceu Velloso. Pelo método, rp e rL são incógnitas correlacionadas com resultados de penetração estática de cone (CPT) e ensaios SPT. 𝑅𝑢 = 𝑅𝑃 + 𝑅𝐿 𝑅𝑢 = 𝑟𝑝 ∗ 𝐴𝑝 + 𝑈 ∗𝑟𝐿 ∗ ∆𝐿 𝑟𝑝 = 𝑞𝑐 𝐹1 e 𝑟𝐿 = 𝑓𝑠 𝐹2 • Em que qc é a resistência de ponta do cone e fs é o valor do atrito lateral unitário do ensaio. F1 e F2 são fatores de correção para levar em conta a diferença de comportamento entre a estaca e o cone. • Como no Brasil o ensaio CPT não é tão difundido, esses valores podem ser substituídos por uma correlação com o índice de resistência à penetração Nspt CAPACIDADE DE CARGA – Métodos semi-empíricos 11 • Método Aoki-Velloso (1975) 𝑟𝑝 = 𝑞𝑐 𝐹1 e 𝑟𝐿 = 𝑓𝑠 𝐹2 𝑞𝑐 = 𝐾𝑁𝑆𝑃𝑇 • E utilizando a razão de atrito (α) (ou Rf): 𝛼 = 𝑞𝑐 𝑓𝑠 ∴ 𝑓𝑠 = 𝛼𝑞𝑐 = 𝛼𝐾𝑁𝑆𝑃𝑇 • Em que o coeficente K e α dependem do tipo de solo. Portanto: 𝑟𝑝 = 𝐾𝑁𝑃 𝐹1 e 𝑟𝐿 = 𝛼𝐾𝑁𝐿 𝐹2 • Em que NP e NL são, respectivamente, o índice de penetração na cota de apoio da ponta da estaca e o índice de resistência à penetração médio na camada de solo de espessura Δ, obtidos a partir da sondagem mais próxima. CAPACIDADE DE CARGA – Métodos semi-empíricos 12 • Método Aoki-Velloso (1975) • Portanto, a capacidade de carga de um elemento isolado de fundação pode ser estimada pela fórmula semiempírica: 𝑅𝑢 = 𝐾𝑁𝑃 𝐹1 ∗ 𝐴𝑝 + 𝑈 ∗ 𝛼𝐾𝑁𝐿 𝐹2 ∗ ∆𝐿 • Os valores de F1 e F2 foram obtidos por meio de retroanálise de resultados de provas de carga em estacas. CAPACIDADE DE CARGA – Métodos semi-empíricos 13 • Método Aoki-Velloso (1975) • Portanto, a capacidade de carga de um elemento isolado de fundação pode ser estimada pela fórmula semiempírica: 𝑅𝑢 = 𝐾𝑁𝑃 𝐹1 ∗ 𝐴𝑝 + 𝑈 ∗ 𝛼𝐾𝑁𝐿 𝐹2 ∗ ∆𝐿 𝑹𝒂𝒅𝒎 = 𝑹𝒖 𝟐 CAPACIDADE DE CARGA – Métodos semi-empíricos 14 • Método Décourt-Quaresma (1978, 1982) • O método Décourt‐Quaresma (1978) foi proposto baseado em um estudo realizado basicamente em estacas pré‐moldadas de concreto. • No método inicial, a estimativa da resistência unitária lateral propôs a utilização da Tabela 1, considerando os valores médios de SPT ao longo do fuste (NL), sem distinção ao tipo de solo (obs: 1 Kg/cm² = 10t/m² = 100 kPa = 0,1 MPa). No cálculo, limitava-se o valor de NL a 15. CAPACIDADE DE CARGA – Métodos semi-empíricos 15 • Método Décourt-Quaresma (1978, 1982) • Decourt (1982) transformaram os valores tabelados na expressão, estendendo o limite de NL para 50: 𝑟𝐿 = 10 𝑁𝐿 3 + 1 • Para NL > 50, utilizar 50. Para NL < 3, utilizar 3. • NL: valor médio do Nspt ao longo do fuste, não considerando os valores de Nspt utilizados para o cálculo da resistência de ponta. • Para a estimativa da resistência unitária de ponta, utiliza-se a seguinte expressão: 𝑟𝑝 = 𝐶 ∗ 𝑁𝑝 • C: é coeficiente característico do solo ajustado. • Np: é valor médio do índice de resistência à penetração na ponta da estaca, obtido a partir de 3 valores: o correspondente ao nível da ponta, o imediatamente anterior e o imediatamente posterior. CAPACIDADE DE CARGA – Métodos semi-empíricos 16 • Método Décourt-Quaresma (1996) • Decourt (1996) introduz os coeficientes α e β, respectivamente, nas parcelas de resistência de ponta e resistência lateral, resultando na seguinte fórmula: 𝑅𝑢 = α ∗ 𝐶 ∗ 𝑁𝑝 ∗ 𝐴𝑝 + β ∗ 10 𝑁𝐿 3 + 1 ∗ 𝑈 ∗ 𝐿 • Para aplicação do método em estacas escavadas, hélice-contínua, raiz e estacas injetadas. Os valores propostos são: CAPACIDADE DE CARGA – Métodos semi-empíricos 17 CAPACIDADE DE CARGA – Métodos semi-empíricos 18 • Método Décourt-Quaresma (1996) 𝑅𝑢 = α ∗ 𝐶 ∗ 𝑁𝑝 ∗ 𝐴𝑝 +β ∗ 10 𝑁𝐿 3 + 1 ∗ 𝑈 ∗ 𝐿 𝑅𝑎𝑑𝑚 ≤ 𝑅𝑃 4 + 𝑅𝐿 1,3 𝑅𝑢 2 CAPACIDADE DE CARGA – Métodos semi-empíricos 19 • Conhecidos as cargas de projeto e o perfil geotécnico do terreno, e escolhido o tipo de estacas a serem utilizadas, o dimensionamento consiste em determinar o comprimento das estacas, assim como o número delas necessário para transferir a carga para o subsolo. Para o dimensionamento de uma fundação por estacas, basicamente levam-seem consideração: • Escolha do tipo de estaca, com base em critérios técnicos e econômicos • Carga admissível estrutural da estaca • Na grande maioria dos casos, procura-se trabalhar com a carga máxima que a estaca pode suportar do ponto de vista estrutural, isto é, de acordo com sua seção transversal e a resistência à compressão do material que a constitui. • Em qualquer caso, para a definição da carga admissível de uma estaca, deve ser levado em consideração que 𝑅𝑎𝑑𝑚 (𝑔𝑒𝑜𝑡é𝑐𝑛𝑖𝑐𝑎) ≤ 𝑅𝑎𝑑𝑚 (𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙) DIMENSIONAMENTO 20 • Após escolhido o tipo de estaca, o número de estacas por pilar é determinado como: 𝑁. 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 = 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 + 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 • O cálculo acima só é valido se o centro de carga coincidir com o centro de carga do bloco de estacas a ser dimensionado. Para pilares de divisa, deve-se recorrer ao uso de vigas de equilíbrio. DIMENSIONAMENTO 21 • Estaqueamentos Padronizados (Alonso, 2010) DIMENSIONAMENTO 22 • Estaqueamentos Padronizados (Alonso, 2010) DIMENSIONAMENTO 23 • Estaqueamentos Padronizados (Alonso, 2010) DIMENSIONAMENTO 24 • Estaqueamentos Padronizados (Alonso, 2010) DIMENSIONAMENTO 25 • Para blocos com mais de um pilar, o “centro de carga” deve coincidir com o centro de gravidade das estacas. • Nós projetos comuns, não se devem misturar estacas de diferentes diâmetros num mesmo bloco. • É recomendável indicar, no projeto, que os blocos de uma estaca estejam ligados aos blocos vizinhos, pelo menos em duas direções aproximadamente ortogonais, e os blocos de 2 estacas pelo menos com uma viga – absorção de excentricidades entre o eixo do pilar e das estacas. • O espaçamento d entre estacas deve ser respeitado também entre estacas de blocos vizinhos: DIMENSIONAMENTO 26 DIMENSIONAMENTO • Efeito de Grupo: • Entende-se por efeito de grupo a interação entre as diversas estacas ou tubulões constituintes de uma fundação, no processo de transmissão ao terreno das cargas que lhes são aplicadas. Esta interação acarreta uma superposição de tensões, de tal sorte que o recalque do grupo resulta, em geral, diferente daquele do elemento isolado. 27 DIMENSIONAMENTO • Considerando estacas pré-moldadas de concreto centrifugado, com diâmetro de 0,33m, carga de catálogo de 750 kN e comprimento de 12 m, cravadas em local cuja sondagem com Nspt é representada na figura, com a ponta à cota -13m, fazer a previsão da capacidade de carga dessa fundação utilizando o método Aoki e Velloso. 28 EXERCÍCIO 29 EXERCÍCIO 𝑅𝑢 = 𝐾𝑁𝑃 𝐹1 ∗ 𝐴𝑝 + 𝑈 ∗ 𝛼𝐾𝑁𝐿 𝐹2 ∗ ∆𝐿 𝑈 = 2𝜋𝑟 𝐴𝑝 = 𝜋𝐷2 4 30 EXERCÍCIO 𝑅𝑃 = 𝐾𝑁𝑃 𝐹1 ∗ 𝐴𝑝 = 600 ∗ 14 1,4125 ∗ 𝜋 0,33 2 4 = 508, 7 𝑘𝑁 𝐹1 = 1 + 0,33 0,80 = 1,4125 𝐹2 = 2 ∗ 𝐹1 = 2,825−13 𝑚 𝐿 = 1 2 𝑚 0,60*1000 -> kPa 31 EXERCÍCIO 𝑅𝐿 = 𝛼𝐾𝑁𝐿 𝐹2 ∗ ∆𝐿 ∗ 𝑈 = 0,03 ∗ 600 ∗ 3,2 2,825 ∗ 5𝑚 ∗ 1,04𝑚 + 0,03 ∗ 600 ∗ 7,2 2,825 ∗ 5𝑚 ∗ 1,04𝑚 + 0,03 ∗ 600 ∗ 8 2,825 ∗ 2𝑚 ∗ 1,04𝑚 𝑁𝐿,𝐼 = 5 + 2 + 3 + 2 + 4 5 = 3,2 𝑁𝐿,𝐼𝐼 = 4 + 7 + 9 + 4 + 7 5 = 7,2 𝑁𝐿,𝐼𝐼𝐼 = 7 + 9 2 = 8 𝑈 = 𝜋𝐷 = 𝜋 ∗ 0,33 = 1,04m CAMADA I CAMADA II CAMADA III 𝑅𝐿 = 106 + 238 + 106 = 450 𝑘𝑁 1 II III 𝐿 = 1 2 𝑚 3% = 0,03 32 𝑅𝑢 = 𝑅𝑃 + 𝑅𝐿 𝑅𝑢 = 𝐾𝑁𝑃 𝐹1 ∗ 𝐴𝑝 + 𝑈 ∗ 𝛼𝐾𝑁𝐿 𝐹2 ∗ ∆𝐿 𝑅𝑢 = 508,7 + 106 + 238 + 106 = 958,7 𝑘𝑁 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 𝑅𝑢 2 = 958,7 2 = 𝟒𝟖𝟎 𝒌𝑵 EXERCÍCIO 33 EXERCÍCIO Profundidade (m) Cota (m) Nspt ΔL (m) Solo K (kPa) α Ap (m²) F1 RP (kN) F2 U (m) RL (kN) RLacum (kN) Ru (kN) Ru,adm (kN) 0 -1,0m 0 1,0 - - - - - - - - 0 0 0,0 0,0 1 -2,0m 5 1,0 Areia argilosa 600 0,03 0,086 1,4125 72,7 2,825 1,037 33,0 33,0 105,7 52,8 2 -3,0m 2 1,0 109,0 13,2 46,2 155,2 77,6 3 -4,0m 3 1,0 72,7 19,8 66,1 138,7 69,4 4 -5,0m 2 1,0 145,3 13,2 79,3 224,6 112,3 5 -6,0m 4 1,0 145,3 26,4 105,7 251,0 125,5 6 -7,0m 4 1,0 Areia argilosa 254,3 26,4 132,1 386,4 193,2 7 -8,0m 7 1,0 327,0 46,2 178,4 505,3 252,7 8 -9,0m 9 1,0 327,0 59,5 237,8 564,8 282,4 9 -10,0m 9 1,0 254,3 59,5 297,3 551,6 275,8 10 -11,0m 7 1,0 254,3 46,2 343,5 597,8 298,9 11 -12,0m 7 1,0 Areia argilosa 327,0 46,2 389,7 716,7 358,4 12 -13,0m 9 1,0 508,6 59,5 449,2 957,8 478,9 13 -14,0m 14 1,0 581,3 92,5 541,7 1123,0 561,5 14 -15,0m 16 1,0 545,0 105,7 647,4 1192,3 596,2 15 -16,0m 15 1,0 472,3 99,1 746,4 1218,7 609,4 16 -17,0m 13 1,0 472,3 85,9 832,3 1304,6 652,3 Eu posso determinar a variação da resistência admissível com o comprimento da estaca (ou profundidade do solo) 34 EXERCÍCIO Profundidade (m) Cota (m) Nspt ΔL (m) Solo K (kPa) α Ap (m²) F1 RP (kN) F2 U (m) RL (kN) RLacum (kN) Ru (kN) Ru,adm (kN) 0 -1,0m 0 1,0 - - - - - - - - 0 0 0,0 0,0 1 -2,0m 5 1,0 Areia argilosa 600 0,03 0,086 1,4125 72,7 2,825 1,037 33,0 33,0 105,7 52,8 2 -3,0m 2 1,0 109,0 13,2 46,2 155,2 77,6 3 -4,0m 3 1,0 72,7 19,8 66,1 138,7 69,4 4 -5,0m 2 1,0 145,3 13,2 79,3 224,6 112,3 5 -6,0m 4 1,0 145,3 26,4 105,7 251,0 125,5 6 -7,0m 4 1,0 Areia argilosa 254,3 26,4 132,1 386,4 193,2 7 -8,0m 7 1,0 327,0 46,2 178,4 505,3 252,7 8 -9,0m 9 1,0 327,0 59,5 237,8 564,8 282,4 9 -10,0m 9 1,0 254,3 59,5 297,3 551,6 275,8 10 -11,0m 7 1,0 254,3 46,2 343,5 597,8 298,9 11 -12,0m 7 1,0 Areia argilosa 327,0 46,2 389,7 716,7 358,4 12 -13,0m 9 1,0 508,6 59,5 449,2 957,8 478,9 13 -14,0m 14 1,0 581,3 92,5 541,7 1123,0 561,5 14 -15,0m 16 1,0 545,0 105,7 647,4 1192,3 596,2 15 -16,0m 15 1,0 472,3 99,1 746,4 1218,7 609,4 16 -17,0m 13 1,0 472,3 85,9 832,3 1304,6 652,3 Observar que a resistência lateral se acumula. Observar que a resistência de ponta não se acumula. Exatamente o valor que encontramos para a camada I (-1m a -6m) 35 EXERCÍCIO Profundidade (m) Cota (m) Nspt ΔL (m) Solo K (kPa) α Ap (m²) F1 RP (kN) F2 U (m) RL (kN) RLacum (kN) Ru (kN) Ru,adm (kN) 0 -1,0m 0 1,0 - - - - - - - - 0 0 0,0 0,0 1 -2,0m 5 1,0 Areia argilosa 600 0,03 0,086 1,4125 72,7 2,825 1,037 33,0 33,0 105,7 52,8 2 -3,0m 2 1,0 109,0 13,2 46,2 155,2 77,6 3 -4,0m 3 1,0 72,7 19,8 66,1 138,7 69,4 4 -5,0m 2 1,0 145,3 13,2 79,3 224,6 112,3 5 -6,0m 4 1,0 145,3 26,4 105,7 251,0 125,5 6 -7,0m 4 1,0 Areia argilosa 254,3 26,4 132,1 386,4 193,2 7 -8,0m 7 1,0 327,0 46,2 178,4 505,3 252,7 8 -9,0m 9 1,0 327,0 59,5 237,8 564,8 282,4 9 -10,0m 9 1,0 254,3 59,5 297,3 551,6 275,8 10 -11,0m 7 1,0 254,3 46,2 343,5 597,8 298,9 11 -12,0m 7 1,0 Areia argilosa 327,0 46,2 389,7 716,7 358,4 12 -13,0m 9 1,0 508,6 59,5 449,2 957,8 478,9 13 -14,0m 14 1,0 581,3 92,5 541,7 1123,0 561,5 14 -15,0m 16 1,0 545,0 105,7 647,4 1192,3 596,2 15 -16,0m 15 1,0 472,3 99,1 746,4 1218,7 609,4 16 -17,0m 13 1,0 472,3 85,9 832,3 1304,6 652,3 𝑅𝑢 = 𝑅𝑃 + 𝑅𝐿, 𝑎𝑐𝑢𝑚 𝑅𝑎𝑑𝑚 = 𝑅𝑢 2 • Considerando estacas pré-moldadas de concreto centrifugado, com diâmetro de 0,33m, carga de catálogo de 750 kN e comprimento de 12 m, cravadas em local cuja sondagem com Nspt é representada na figura, com a ponta à cota -13m, fazer a previsão da capacidade de carga dessa fundação utilizando o método Decourt-Quaresma. 36 EXERCÍCIO 2 𝑅𝑢 = α ∗ 𝐶 ∗ 𝑁𝑝 ∗ 𝐴𝑝 +β ∗ 10 𝑁𝐿 3 + 1 ∗ 𝑈 ∗ 𝐿 37 𝑅𝑃 = α ∗ 𝐶 ∗ 𝑁𝑝 ∗ 𝐴𝑝 𝑅𝑃 = 447,2 𝑘𝑁 EXERCÍCIO 2 𝐿 = 1 2 𝑚 1 tf/m² = 10 kN/m² 38 𝑅𝐿 = β ∗ 10 𝑁𝐿 3 + 1 ∗ 𝑈 ∗ 𝐿 𝑅𝐿 = β ∗ 10 𝑁𝐿 3 + 1 ∗ 𝑈 ∗ 𝐿 𝑅𝐿 = β ∗ 10 𝑁𝐿 3 + 1 ∗ 𝑈 ∗ 𝐿 EXERCÍCIO 2 𝑅𝐿 = 107,33 + 176,29 + 76,04 = 359,7 𝑘𝑁 39 𝑅𝑎𝑑𝑚 ≤ 𝑅𝑃 4 + 𝑅𝐿 1,3 = 388,42 𝑘𝑁 𝑅𝑢 2 = 403,43 𝑘𝑁 Da mesma forma, pode-se fazer uma tabela metro a metro. 𝑅𝑢 = α ∗ 𝐶 ∗ 𝑁𝑝 ∗ 𝐴𝑝 +β ∗ 10 𝑁𝐿 3 + 1 ∗ 𝑈 ∗ 𝐿 EXERCÍCIO 2 • Utilizando o método Aoki e Velloso, calcular a carga admissível de uma estaca do tipo Franki, com diâmetro de fuste de 40 cm e volume da base V = 180 l. O comprimento da estaca e as características geotécnicas do solo são dados a seguir: 40 EXERCÍCIO 3 41 EXERCÍCIO 3 𝑅𝑢= 𝐾𝑁𝑃 𝐹1 ∗ 𝐴𝑝 + 𝑈 ∗ 𝛼𝐾𝑁𝐿 𝐹2 ∗ ∆𝐿 42 EXERCÍCIO 3 𝑅𝑢 = 𝐾𝑁𝑃 𝐹1 ∗ 𝐴𝑝 + 𝑈 ∗ 𝛼𝐾𝑁𝐿 𝐹2 ∗ ∆𝐿 43 𝑅𝑃 = 𝐾𝑁𝑃 𝐹1 ∗ 𝐴𝑝 = 2216,7 𝑜𝑢 2220 𝑘𝑁 EXERCÍCIO 3 ΔL (m) N (médio) K (kPa) α (%) U (m) F2 RL (kN) 44 𝑅𝐿 = 𝛼𝐾𝑁𝐿 𝐹2 ∗ ∆𝐿 ∗ 𝑈 = 173,9 𝑘𝑁 𝑈 = 2𝜋𝑟 EXERCÍCIO 3 Profundidad e (m) Cota Ponta (m) ΔL (m) Nspt Solo K (kPa) α Ap (m²) F1 RP (kN) F2 U (m) RL (kN) RLacum (kN) Ru (kN) Radm (kN) 0 -1,0m 1,0 2 Argila Arenosa 1 -2,0m 1,0 2 2 -2,50m 0,50 2 Argila Silto- Arenosa 3 -3,0m 0,50 5 Areia Siltosa 3 -4,0m 1,0 4 4 -5,0m 1,0 5 5 -6,0m 1,0 5 6 -7,0m 1,0 5 7 -8,0m 1,0 9 Areia Siltosa 28 -9,0m 1,0 10 800 0,02 0,385 2,5 2216,7 5 1,257 40,2 173,9 2390,7 1195,4 9 -10,0m 1,0 18 10 -11,0m 1,0 20 Areia Siltosa 3 11 -12,0m 1,0 18 12 -13,0m 1,0 32 13 -14,0m 1,0 90 45 EXERCÍCIO 3 • Para o perfil de sondagem apresentado a seguir, calcular a carga admissível de uma estaca Strauss, de 0,42 m de diâmetro e 9,0 de comprimento, arrasada na cota 0 m. Calcular pelos métodos Aoki e Velloso e Décourt e Quaresma. • Resolvido em: • https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97885 21636977/epubcfi/6/40%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter1 1%5D!/4/1004/20/2/2%400:32.2 46 EXERCÍCIO 4 • Exercício 13.3 • https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97885216369 77/epubcfi/6/44%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter13%5D!/4/716 /4%5Bvst-image-button-415917%5D%400:59.2 47 EXEMPLO PROJETO https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521636977/epubcfi/6/44%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter13%5D!/4/716/4%5Bvst-image-button-415917%5D%400:59.2 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521636977/epubcfi/6/44%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter13%5D!/4/716/4%5Bvst-image-button-415917%5D%400:59.2 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521636977/epubcfi/6/44%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter13%5D!/4/716/4%5Bvst-image-button-415917%5D%400:59.2 48 • O atrito lateral entre o solo e a estaca ocorre quando há deslocamento relativo entre o solo e a estaca. • Atrito positivo: estaca recalca mais que o solo – contribui para a capacidade de carga da estaca. ATRITO LATERAL 49 • Atrito Negativo: Atrito lateral que solicita estacas ou tubulões quando o recalque do solo adjacente é maior do que o recalque dos elementos de fundação. Esse fenômeno ocorre no caso de o solo estar em processo de adensamento, provocado pelo seu peso próprio, por sobrecargas lançadas na superfície, por rebaixamento do lençol freático, pelo amolgamento da camada mole compressível decorrente de execução de estaqueamento etc. ATRITO LATERAL O atrito negativo pode ser interpretado como uma sobrecarga adicional, ou seja, ele atua em conjunto com as cargas aplicadas no topo da estaca 50 ATRITO LATERAL 51 • Os métodos dinâmicos são aqueles que preveem a capacidade de carga de uma estaca com base nos resultados da cravação, ou, ainda, aqueles em que determinada resposta à cravação é especificada no seu controle de embutimento no solo • A maneira mais simples de controlar a cravação é traçar uma linha horizontal na estaca utilizando régua apoiada em dois pontos do bate-estacas (ou no terreno), e aplicar uma sequência de dez golpes, traçar novamente outra linha, medir a distância entre os dois traços e dividir esta distância por 10, obtendo-se assim a penetração média por golpe, também chamada de “nega”. Esses métodos são restritos para as estacas cravadas à percussão. CAPACIDADE DE CARGA – Fórmulas Dinâmicas 52 • As fórmulas dinâmicas se baseiam no princípio da conservação de energia, igualando a energia potencial do martelo ao trabalho realizado na cravação da estaca, ou seja, o produto de resistência vencida pela estaca por sua penetração no solo. CAPACIDADE DE CARGA – Fórmulas Dinâmicas 53 CAPACIDADE DE CARGA – Fórmulas Dinâmicas 54 CAPACIDADE DE CARGA – Fórmulas Dinâmicas 55 CAPACIDADE DE CARGA – Prova de Carga Estática (PCE) • A PCE possibilita conhecer o comportamento de uma fundação quando submetida a cargas estáticas crescentes até que ocorra a ruptura do elo mais fraco do sistema estaca‐solo. Normalmente, a ruptura ocorre no maciço de solo. A partir da NBR 6122/2010 tornou‐se obrigatória PCE ou sua substituição, nos termos da norma, por ensaio de carregamento dinâmico. • O ensaio consiste basicamente em aplicar cargas conhecidas ao solo através do elemento de fundação e medir os deslocamentos correspondentes. As cargas aplicadas podem ser verticais, horizontais ou inclinadas; de compressão ou de tração. No caso de uma fundação profunda, o elemento de fundação ensaiado pode ser uma estaca, um conjunto de estacas associadas, ou ainda um tubulão (Niyama et al., 1996). • ABNT NBR 16903:2020; 56 CAPACIDADE DE CARGA – Prova de Carga Estática (PCE) https://www.youtube.com/watch?v=UPpHfwVZLB0&ab_channel=CEDROEngenhariaConsultiva 57 CAPACIDADE DE CARGA – Prova de Carga Estática (PCE) 58 CAPACIDADE DE CARGA – Prova de Carga Estática (PCE) • Diversos motivos que levam à execução de provas de carga: • assegurar que não irá ocorrer ruptura para determinada carga de projeto; • avaliar a integridade estrutural do elemento de fundação; • determinar a carga de ruptura, comparando-a às estimativas por outros métodos; • determinar o comportamento carga vs deslocamento de um elemento de fundação; • conhecer a intensidade do recalque para a carga admissível da fundação. • A prova de carga é essencial para garantir que determinada fundação está realmente de acordo com o que foi projetado, possibilitando que possíveis problemas ou erros sejam percebidos rapidamente, evitando patologias e custos excessivos de reparo. • Além disso, seu uso permite economia, uma vez que ao se realizar provas de carga existe a possibilidade de redução normativa dos fatores de segurança dos projetos de fundação. 59 CAPACIDADE DE CARGA – Prova de Carga Estática (PCE) 60 CAPACIDADE DE CARGA – Prova de Carga Estática (PCE) 61 CAPACIDADE DE CARGA – Prova de Carga Dinâmica (PDA) • O PDA (Pile Driving Analyzer) é um ensaio de carregamento dinâmico que tem como objetivo avaliar a capacidade de carga da interação solo/estaca. O ensaio é baseado na teoria de propagação da onda. Sabe-se que quando uma estaca é submetida a um golpe (por um bate estaca, por exemplo), é gerada uma onda de tensão que se propaga ao longo da estaca, a qual trafega com uma velocidade constante, e que depende apenas das características do material. • Deste modo, o ensaio consiste basicamente em se aplicar impactos na cabeça de uma estaca, e medir com sensores afixados à mesma, a força aplicada e a velocidade de propagação da onda de tensão. • ABNT NBR 13208:2007 62 CAPACIDADE DE CARGA – Prova de Carga Dinâmica (PDA) • Possibilidade de realizar vários ensaios por dia com pouca ou nenhuma interferência na rotina de obra. 63 TUBULÕES • Tubulão é um tipo de fundação profunda, caracterizado por transmitir a carga da estrutura ao solo resistente, por compressão através de sua base alargada, diferenciando-se assim dos demais tipos de fundação profunda, como estacas, que transmitem as cargas ao solo por meio dos atritos, lateral e de ponta. Por ter essa característica de transmissão de carga, seu desempenho se assemelha ao das fundações diretas. 64 TUBULÕES • Elemento estrutural de fundação profunda que diferencia das estacas, por se fazer necessário a descida de operário para executar o alargamento da base ou ao menos para a limpeza do fundo da escavação, tendo em vista que neste tipo de fundação as cargas são resistidas predominantemente pela base. • Tubulões a céu aberto • Tubulões a ar comprimido 65 TUBULÕES Tubulões a céu aberto • São elementos estruturais de fundação constituídos concretando-se um poço aberto no terreno, geralmente dotado de uma base alargada. Esse tipo de tubulão é executado acima do nível d’água natural ou rebaixado, ou, em casos especiais, em terrenos saturadosonde seja possível bombear a água sem risco de desmoronamentos. No caso de existir somente carga vertical, esses tipos de tubulões não são armados; recebem apenas ferragem de topo para ligação com o bloco de coroamento. 66 TUBULÕES https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521636977/cfi/6/38!/4@0:0 67 TUBULÕES Tubulões a céu aberto • Sem contenção lateral: Esses tubulões têm seu fuste aberto por escavação manual ou mecânica, sendo sua base escavada manualmente. Não utilizam nenhum escoramento lateral. Desta forma, o fuste e a base, em especial, devem ser executados em solos que apresentem um mínimo de coesão capaz de garantir a estabilidade da escavação. • Para terrenos com baixa coesão, ou que apresentem risco de desmoronamento, a escavação do poço deve ser acompanhada com escoramentos para contenção lateral da terra, retirados junto à concretagem. 68 TUBULÕES Tubulões a Ar comprimido ou pneumáticos • Quando houver a necessidade de escavação em um solo que, além de precisar de escoramento durante a escavação, estiver situado abaixo do nível d’água (N.A.), serão utilizados os tubulões a ar comprimido ou pneumáticos. Podem ser executados com revestimento de anéis de concreto sobrepostos, ou com revestimento de tubo de aço. • A escavação do solo é feita no interior do revestimento, geralmente manual, a céu aberto, até que seja atingido o nível d’água. A partir deste ponto, é instalada no revestimento uma campânula de chapa de aço, própria para trabalhar com ar comprimido, que é fornecida por um compressor instalado próximo ao tubulão PROIBIDO A PARTIR DE 1o de AGOSTO de 2023 • A máxima pressão empregada em fundações a ar comprimido não deve ultrapassar ≅ 300 kPa por causa das limitações de tolerância do organismo humano. Praticamente, os tubulões a ar comprimido ficam limitados a ≅ 30 a 35 m de profundidade abaixo do N.A. 69 TUBULÕES Vantagens: • Durante a escavação é possível classificar o solo e compará‐lo com as condições de projeto • Diâmetro e profundidade de assentamento podem ser modificados durante execução • Menores custos de mobilização e desmobilização • Pode suportar a carga de cada pilar em um fuste único • Não produz vibrações • As escavações podem atravessar solos com pedras e matacões, sendo possível penetrar em vários tipos de materiais, inclusive em rochas; Desvantagens: • Qualidade depende da técnica construtiva empregada; • Inspeção durante execução requer conhecimentos e experiência consideráveis; • Resistência ao cisalhamento do solo de apoio reduzida devido a escavação (alívio); • Grau de periculosidade elevado para o trabalhador: podem haver desmoronamentos durante a escavação, envenenamento do ar por lençol freático contaminado, além dos riscos com descompressão acelerada; • Durante execução de prova de carga estática, atingir a carga de ensaio pode ser dispendioso, já que o tubulão geralmente é projetado para suportar cargas elevadas. 70 TUBULÕES 71 TUBULÕES • Dimensionamento: Segue os mesmos conceitos das fundações diretas rasas. O atrito lateral entre o fuste e o terreno são desprezados. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71
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