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25/05/2021 CLASSE INSECTA MORFOLOGIA EXTERNA Divisões do corpo de um inseto heteronomia Planos de delimitação do corpo de um inseto Cabeça É formada pela fusão de 6 segmentos embrionários a saber: segmentos ocular ou pré-antenal, antenal, intercalar ou labral, mandibular, maxilar e labial Apresenta apêndices fixos: suturas, sulcos , áreas intersuturais, olhos compostos e ocelos e apêndices móveis: antenas e peças bucais O termo sutura indica entalhes que marcam a linha de união de duas regiões que anteriormente eram distintas, enquanto que entalhes com origem puramente funcional, devem ser chamados de sulcos. Apêndices fixos da cabeça I Suturas e sulcos Os principais suturas são: Sutura epicranial: situa-se na parte frontal da cabeça e apresenta-se na forma de um “Y” invertido, com o tronco colocado medianamente na parte superior da cabeça e os ramos divergindo para baixo sobre a face. A parte distal (tronco) é chamada sutura coronal e os ramos são as suturas frontais. b) Sutura epistomal ou clipeal: separa o clípeo da fronte. É também denominada frontoclipeal ou clípeofrontal. c) Sutura clípeolabral ou labroclipeal: separa o clípeo do lábio superior. d) Suturas oculares: também são em número de duas, circundando os olhos compostos, como uma moldura. e) Suturas antenais: encontram-se circundando a base das antenas. f) Sutura occipital: situa-se na parte posterior da cabeça, limitando, anteriormente o occipício. g) Sutura pós-frontal: situa-se geralmente sobre os ocelos, mas nem sempre é encontrada. h) Suturas subgenais: em número de duas, um de cada lado da cabeça, na parte inferior da região genal, próximos às articulações das mandíbulas i) Suturas sub-oculares: encontram-se na região inferior dos olhos, dirigindo-se para a base das mandíbulas. Nem sempre são encontradas. j) Suturas sub-antenais: localizam-se na base das antenas, partindo daí em direção às mandíbulas. Podem ser chamados frontogenais. Nem sempre são encontradas. k) Sutura ptilinal: é encontrada apenas nos dípteros, localizando-se na sua região frontal, acima da base das antenas, em forma de um “V” ou “U” invertidos. l) Sutura pós-occipital: situa-se entre o occipício e o pós-occipício. Morfologia da Cabeça Principais suturas 1111 Vista frontal Vista lateral Apêndices fixos da cabeça: suturas e áreas intersuturais Vista frontal Vista lateral II Áreas intersuturais São áreas delimitadas pelas suturas e as principais são: Frontal: é a região mediana frontal da cabeça, situada acima do sutura epistomal e delimitada pelos suturas frontais. b) Clipeal: é a área disposta imediatamente abaixo da fronte, c) Parietais: encontram-se na parte superior da cabeça, e incluem um olho composto, uma antena e um ocelo dorsal, e são separadas pelo sutura coronal. d) Vértice, vértex, ou epicrânio: é a porção mais elevada da cabeça. Quando se apresenta prolongada para frente recebe a denominação de FASTÍGIO. Cabeça normal Taquarinha Cabeça com fastígio Taquarinha Bicho pau Bicho pau Fêmea Macho Bicho pau II Áreas intersuturais (continuação) e) Genais: são em número de duas e situam-se abaixo e atrás dos olhos, estendendo-se até o sulco subgenal. f) Subgenais: são duas áreas estreitas localizadas entre as genas e a articulação das peças bucais. A porção de cada área subgenal sobre a mandíbula é chamada pleurostoma, e a porção posterior hipostoma. g) Occipital: é a região compreendida entre o sulco occipital e a sutura pós-occipital, formando uma espécie de colarinho, tendo a forma de uma ferradura ou de um arco. h) Pós-occipital: é a área entre a sutura pós-occipital e o cérvix (“pescoço”). Apresenta um côndilo occipital de cada lado, que se articula com o esclerito cervical anterior. II Áreas intersuturais (continuação) i) Cérvix ou cérvice: é o pescoço dos insetos, constituindo-se em uma região membranosa que se segue a região pós-occipital e fornece liberdade de movimentos à cabeça. j) Forame magno: também é conhecido como forame occipital; é atravessado pelos aparelhos circulatório, digestivo e sistema nervoso. É a abertura que permite a comunicação entre a cavidade interna da cabeça com o restante do corpo do inseto. Áreas intersuturais Apêndices fixos da cabeça III Olhos compostos Formados por várias unidades denominadas de omatídios É responsável pela formação de imagens Número de omatídios por olho composto: depende do comportamento e do habitat do inseto Libélulas: 28.000 omatídios Moscas: 3.500 a 4.000 omatídios Abelhas: 5.000 a 5.500 omatídios Formiga do gênero Solenopsis (nome vulgar: lava-pés): operárias têm 9 omatídios; machos alados têm 400 omatídios Formigas: 32 omatídios Facetas circulares de um omatídio Facetas hexagonais de um omatídio O omatídio é formado por: Córnea (lente transparente que permite a passagem de luz) Cone cristalino (estrutura colocada logo abaixo da córnea, que tem por função concentrar os raios luminosos que entram através da normal da córnea e em torno dele estão as células corneagêanicas, que são responsáveis pela recomposição da córnea) Rabdoma (estrutura em forma de bastão secretado pelo conjunto das 7 células retinulares ou retínulas, que espalha a luz para as retínulas) Retina (é formada pelo conjunto das sete células retinulares e conduzem a informação através do nervo ótico ao protocérebro do inseto) O omatídio todo é circundado por uma cortina de células pigmentadas acessórias: as primárias envolvem o cone cristalino e as secundárias dispõem-se lateralmente à retina. Em conjunto, as células primárias e secundárias formam a íris) Córnea Tegumento Células corneagênicas Cone cristalino Rabdoma Retínula Íris Estruturas de um omatídio 1 2 3 5 4 6 7 Retínula Rabdoma Nervo ótico Obs.: a retina é formada pelas 7 retinulas que, em conjunto, secretam o rabdoma Células pigmentadas acessórias primárias Células pigmentadas acessórias secundárias 26/05/2021 Formação de imagens I Por aposição ou justaposição Característica de insetos de hábitos diurnos os cones cristalinos são totalmente circundados por pigmentos e as retínulas e o rabdoma estão colocados imediatamente abaixo dos cones. A luz que chega através do cone impressiona a retínula como um simples ponto de luz. A aposição, ou seja, a colocação lado a lado de todos esses pontos simples, como percebidos por cada omatídio, é que tem importância, pois são eles que formarão a imagem percebida pelo olho composto como um todo, ou seja, uma imagem que tem a aparência de um mosaico. , Nesse tipo de visão denominado de APOSIÇÃO ou JUSTAPOSIÇÃO, somente os raios que incidem na normal da córnea de um omatídio, ou aqueles que podem ser trazidos nessa linha por refração no cone cristalino, alcançam o rabdoma imediatamente abaixo. Aqueles raios que entram muito obliquamente caem nos pigmentos da íris e são absorvidos. Os pigmentos da íris são fixos Assim, a imagem final é formada pela colocação lado a lado ou aposição ou justaposição de inúmeros pontos individuais de luz, formando uma espécie de mosaico, como descrito por MÜLLER em 1824 na “teoria do mosaico” Córnea Tegumento Células corneagênicas Cone cristalino Rabdoma Retínula Íris Estruturas de um omatídio de aposição ou justaposição 1 2 5 6 7 Nervo ótico Células pigmentadas acessórias primárias Células pigmentadas acessórias secundárias + = Í R I S Raio de luz II Por superposição Característica de insetos de hábitos noturnos O omatídio é mais alongado, pois surge entre o cone cristalino e o rabdoma um espaço transparente, sem significado fisiológico, denominado de corpo translúcido Os pigmentos da íris ficam concentrados ao redor do cone cristalino, na parte superior do omatídio. Desta forma, um determinado rabdoma recebe raios não somente de sua própria córnea, mas também de córneas vizinhas. Até 30 omatídiosvizinhos podem se unir para concentrar a luz sobre um único rabdoma. Uma imagem será formada sobre cada rabdoma, mas ela não terá um significado fisiológico. Como cada uma dessas imagens é formada por superposição de luz de um número de facetas adjacentes, a imagem composta é chamada de imagem de superposição ou superposta. Neste tipo de omatídio, os pigmentos da íris são capaz de migrar Assim, quando o inseto está num ambiente com pouca luz, os pigmentos se concentram ao redor do cone cristalino para permitir a entrada dos raios laterais (dos 30 omatídios vizinhos) Quando num ambiente claro, com muita luz, os pigmentos migram para circundar a retínula, além de circundarem o cone cristalino, formando uma cortina protetora que impedirá a passagem dos raios oblíquos e o omatídio passa a funcionar como o de aposição, pois os raios laterais são interceptados e cada omatídio recebe luz apenas de sua própria córnea. Córnea Tegumento Células corneagênicas Cone cristalino Rabdoma Retínula Íris Estruturas de um omatídio de superposição 1 2 5 6 7 Nervo ótico Células pigmentadas acessórias primárias e secundárias Corpo translúcido O que o inseto enxerga? Imagem em mosaico: cada omatídio recebe uma parte diferente do campo visual através de lente separada Olho de vertebrado: imagem única (inverte a imagem) Como o olho composto enxerga Olho composto de um inseto Olho do vertebrado O que nós vemos O que a mosca vê https://emsinapse.wordpress.com/2019/06/12/como-funcionam-os-olhos-compostos-dos-insetos/ Rabdoma Omatídio de aposição ou justaposição Omatídio de superposição Olhos simples ou ocelos Ocelos dorsais: são os olhos simples de insetos adultos; auxiliam na percepção imediata de pequenas mudanças na intensidade luminosa Podem ocorrer em número de 3, 2 ou não existirem 3 ocelos Apêndices fixos da cabeça: Ocelos dorsais Olho composto 3 ocelos 3 ocelos 2 ocelos Ocelos laterais ou ocelos larvais: são os olhos simples de fases imaturas como larvas. Uma lagarta, por exemplo, pode ter 12 ocelos laterais, sendo 6 de cada lado da cabeça. 5 ocelos laterais 1 ocelo lateral Cabeça de uma lagarta Estruturas de um estema e de um ocelo Apêndices móveis da cabeça I Antenas Os insetos adultos apresentam 1 par de antenas e, por isso, são denominados de DÍCEROS São apêndices sensoriais (olfato, tato, audição e gustação) Podem também desempenhar funções de equilíbrio e auxiliar o macho a segurar a fêmea durante a cópula Estruturas de uma antena típica Apresenta 3 partes distintas: escapo, pedicelo e flagelo O escapo é o 1º artículo, geralmente o mais desenvolvido e articula-se à cabeça por meio por meio de uma parte mais dilatada denominada de bulbo O pedicelo é o 2º artículo, geralmente curto, que liga o escapo ao flagelo. Pode se apresentar dilatado para abrigar o órgão de Johnston, que tem função auditiva O flagelo é o 3º artículo, sendo formado por um ou vários antenômeros cujo aspecto permite determinar o tipo de antena (importância taxonômica) Estruturas de uma antena Escapo Pedicelo Flagelo Esclerito antenal Sutura anrtenal Antenífero Estruturas de uma antena 1. Antena filiforme Fêmeas de mariposas Louva-a-Deus Grilo Esperança Barata O diâmetro dos antenômeros vai diminuindo da base para o ápice da antena Base Ápice 2. Antena clavada Borboleta Borboleta Borboleta Joaninha Formiga -leão Dilatação no ápice da antena formando uma clava 3. Antena capitada Três antenômeros do ápice da antena são bem dilatados Encontrada em várias espécies de besouros, por exemplo, na broca-do-café (Hipotenemus hampei) 4. Antena moniliforme: antenas com antenômeros arredondados, semelhantes as contas de um colar. Exemplo: Cupins. 5. Antena imbricada: antenômeros em forma de taças, com a base de um encaixada no ápice do outro. Ex: algumas espécies de Coleoptera, como o bombardeiro (família Carabidae) 6. Antena fusiforme: antenômeros medianos dilatados, dando à antena aspecto de fuso horário. Típica das borboletas de hábitos crepusculares (família Hesperidae) . Ápice da antena Ápice da antena Lagarta cabeça-de-fósforo Urbanus proteus 7. Antena serreada: antenômeros semelhante aos dentes de uma serra. É a antena típica dos besouros da família Buprestidae. 8. Antena denteada: antenômeros com expansões arredondadas, com aspecto de dentes. Ex.: vagalumes. Obs.: quando as expansões ocorrem para os dois lados é denominada de bidenteada. 9. Antena estiliforme: extremidade apical da antena em forma de estilete. Ex.: mariposas da família Sphingidae, algumas moscas estilo 10. Antena setácea: o diâmetro dos antenômeros vai diminuindo da base para o ápice e a separação entre eles é evidente. Cigarras Serra-pau Serra-pau Serra-pau Serra-pau Gafanhoto Gafanhoto Percevejo 11. Antena plumosa: apresentam pêlos que circundam todos os antenômeros, lembrando uma pluma. Ex.: Pernilongos machos. Culex Aedes 12. Antena verticilada: quando apresenta pêlos apenas nos vértices dos antenômeros. Ex: fêmeas de pernilongos macho fêmea Antena Plumosa Antena Verticilada Macho Fêmea 13. Antena pectinada: os antenômeros apresentam dilatações semelhantes a um pente (ex.: mariposas) ou bipectinada quando as expansões ocorrem para os dois lado, assemelhando-se a uma espinha de peixe. Ex.: machos de mariposas. Megalopyge radiata Macho Fêmea 13.a Antena bipectinada Antena furcada: antenômeros dispostos em dois ramos, tomando a forma da letra Y. É encontrada em alguns dípteros (Tabanidae) e nos machos de alguns microhimenópteros. 15. Antena flabelada: expansões laterais em forma de lâminas ou folhas, como em algumas espécies de besouros e de microimenópteros. 16a. Antena lamelada do escaravelho: apresenta uma dilatação típica nos últimos três antenômeros, que quando se juntam, formam uma espécie de bola. Ex.: Besouro da família Scarabaeidae. 16b. Antena lamelada do cachorrinho: Apresenta os últimos três antenômeros em forma de lâminas ou lamelas, que ficam afastadas. Ex.: Besouro da família Passalidae. 17. Antena geniculada: os antenômeros do flagelos são dobrados em ângulos com o escapo. Ex.: Formigas, abelhas e gorgulhos. Escapo longo dobramento 18. Antena composta: é a antena formada pela combinação da antena geniculada (dobrada e com escapo longo) com outro tipo e elas passam a ser denominadas de, por exemplo, geniculo-capitada, geniculo-clavada, geniculo-moniliforme e ocorrem em muitos diferentes tipos de besouros Genículo-clavada Genículo-clavada Genículo- capitada arista pedicelo escapo Flagelo com um único antenômero 19. Antena aristada: flagelo com um único antenômero globoso e com uma cerda (pêlo) denominada arista. Ex.: Mosca doméstica (família Muscidae). 20. Antena irregular: quando não se assemelha a nenhuma das anteriormente descritas ou quando não é possível a sua visualização. Barata d’água: antena setácea curta oculta em fosseta antenal Besouros aquáticos Dimorfismo sexual nas antenas a) Tamanho: as antenas dos machos, geralmente, são mais desenvolvidas. b) Tipo: Há casos em que os machos e as fêmeas possuem antenas de tipos diferentes. Por exemplo, os machos de pernilongos têm antenas plumosas e as fêmeas filiformes ou verticiladas. c) Número de antenômeros: pode variar, de acordo com o sexo. Por exemplo: em alguns himenópteros os machos têm antenas com um número maior de antenômeros do que as fêmeas. d) Inserção: pode variar em função do sexo. Nos machos do gênero Brentus (Coleoptera: Brentidae) as antenas estão inseridas na extremidade do prolongamento cefálico, enquanto que nas fêmeas localizam-se no meio desse prolongamento. filiforme; b) moniliforme; c) clavada; d) capitada;e) setácea; f) imbricada; g) fusiforme; h) serreada; i) flabelada; j) estiliforme; k) plumosa; l) geniculada; m) aristada; n) composta; o) pectinada; p) furcada. image10.png image11.jpg image12.emf image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.jpg image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image34.png image35.png image36.png image37.png image8.png image38.png image39.png image40.png image41.png image42.png image43.png image44.jfif image45.jpeg image46.png image47.jpeg image48.jpeg image49.png image50.png image51.jpeg image52.png image53.png image54.png image55.png image56.png image57.png image58.png image59.png image60.png image61.png image62.png image63.png image64.png image65.png image66.png image67.png image68.png image69.png image70.jpeg image71.png image72.png image73.png image74.png image75.jpeg image76.png image77.png image78.png image79.jpg image80.png image81.png image82.png image83.png image84.png image85.png image86.png image87.png image96.png image97.png image88.png image89.png image90.png image91.png image92.png image93.png image94.png image95.png image98.png image99.png image100.png image101.png image102.png image103.png image104.png image105.png image106.png image107.png image108.png image109.png image110.png image111.png image112.png image113.png image114.png image115.png image116.png image117.png image118.png image119.png image120.png image121.png image122.png image123.png image124.png image125.png image126.png image127.png image128.png image129.png image130.png image131.png image132.png image133.png image134.png image135.png image136.png image137.png image138.png image139.png image140.png image141.jpeg image142.png image143.png image144.png image145.png image146.png image147.png image148.png image149.png image150.png image151.png image152.png image153.png image154.png image155.png image156.png image157.png image158.png image159.png image160.png image161.png image162.png
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