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Os princípios básicos da prática da psicoterapia"Carl Gustav Jung aponta diretrizes essenciais para a realização e condução da prática da psicoterapia, apresentando ideias chave para a atuação de psicoterapeutasde maneira geral. Escolha quatro princípios e discorra sobre eles. (Valor: 2 pontos
Auto-Analíse:
 O princípio da autoanálise, conforme proposto por Carl Jung, é essencial dentro do contexto da psicoterapia junguiana e do desenvolvimento pessoal. Jung reconheceu a importância da autorreflexão e exploração interna como um aspecto crucial para o crescimento psicológico e espiritual do indivíduo.
A autoanálise junguiana é um processo no qual o indivíduo se envolve em uma investigação profunda de sua própria psique, buscando compreender os diferentes aspectos de si mesmo, incluindo as camadas mais profundas do inconsciente. Este princípio não se limita a um simples exame intelectual, mas envolve uma jornada emocional e intuitiva em direção à autoconsciência e autenticidade.
Para Jung, a autoanálise envolve a exploração dos conteúdos do inconsciente, como símbolos, sonhos, fantasias e complexos emocionais. Ele enfatizou a importância de reconhecer e integrar os aspectos sombrios e negados da psique, bem como os potenciais inexplorados e os aspectos mais luminosos do self.
O processo de autoanálise pode ser facilitado por diferentes práticas, como o registro e interpretação de sonhos, a expressão criativa (como arte, escrita ou movimento), a meditação, a introspecção ativa e a psicoterapia. No entanto, Jung também alertou para os perigos da autoanálise não supervisionada, pois pode levar a interpretações distorcidas ou a uma análise superficial dos conteúdos inconscientes.
Um aspecto fundamental da autoanálise junguiana é a busca pela individuação, que é o processo de tornar-se quem realmente se é. Isso envolve a integração dos aspectos conscientes e inconscientes da psique, o desenvolvimento de uma maior consciência de si mesmo e a busca de um sentido mais profundo e significativo na vida.
Em resumo, o princípio da autoanálise de Jung destaca a importância de se comprometer com um processo contínuo de exploração interna e autorreflexão como um caminho para o crescimento pessoal, a autoconsciência e a realização do self mais autêntico.
Slide Dela
O terapeuta precisa estar em constante análise individual para não correr o risco de misturar conteúdos dos seus clientes com os seus conteúdos individuais (Jung). 
Aqui vemos um reconhecimento à FREUD que defendeu a idéia da análise para os próprios analistas.
Está ligado ao que o gestalt-terapeuta Jorge Ponciano Ribeiro nos apresenta como RESPONSABILIDADE no TRATAMENTO. Há uma responsabilidade, um princípio ético, que precisa ser revisitado constantemente em nossa prática, e essa é uma delas: a análise para os analistas.
Subjetividade
O princípio da subjetividade na abordagem de Carl Jung é um elemento fundamental para compreender a psique humana e, consequentemente, o processo terapêutico. Jung reconhecia a importância da subjetividade tanto no entendimento dos processos mentais quanto na relação terapêutica.
Em primeiro lugar, Jung entendia que a psique é, por natureza, subjetiva. Isso significa que as experiências, emoções, pensamentos e percepções de um indivíduo são moldados por sua história pessoal, suas crenças, valores e contextos culturais. Portanto, a compreensão da psique de uma pessoa não pode ser reduzida a uma simples análise objetiva, mas requer uma apreciação profunda de sua subjetividade única.
Na prática terapêutica, a compreensão da subjetividade é crucial. O terapeuta junguiano reconhece que cada indivíduo possui uma perspectiva única sobre sua própria vida e experiências. Portanto, ao trabalhar com um cliente, o terapeuta busca compreender e respeitar essa subjetividade, evitando impor interpretações ou julgamentos externos. Em vez disso, o terapeuta procura criar um espaço seguro e acolhedor onde o cliente possa explorar e expressar livremente sua própria experiência subjetiva.
Além disso, Jung reconhecia a importância dos símbolos na expressão da subjetividade. Os símbolos são formas de linguagem da psique, que podem expressar conteúdos inconscientes de maneira simbólica. Portanto, na psicoterapia junguiana, o terapeuta ajuda o cliente a explorar e compreender os símbolos presentes em seus sonhos, fantasias, imaginação ativa e outras expressões criativas. Essa exploração simbólica permite ao cliente acessar e integrar aspectos profundos de sua subjetividade, promovendo o autoconhecimento e o crescimento pessoal.
Em resumo, o princípio da subjetividade na abordagem de Carl Jung destaca a importância de reconhecer e valorizar a perspectiva única de cada indivíduo em seu processo de autoconhecimento e crescimento pessoal. Ao compreender a subjetividade, o terapeuta junguiano cria um espaço terapêutico empático e receptivo, onde o cliente pode explorar livremente sua própria psique e encontrar significado em sua jornada de individuação.
Slide dela:
Aqui cabe estar atento às terapias por sugestão, que aplicam métodos técnicos coletivamente, sem levar em conta a SUBJETIVIDADE de cada um;
A subjetividade corresponde ao mundo de idéias, significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, suas vivências e sua constituição biológica e fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais (BOCK, 1999).
É a maneira de sentir, pensar e se expressar de cada um. É única e individual.
Corresponde a nossa SINGULARIDADE.
Espiritualidade
O princípio da espiritualidade na abordagem de Carl Gustav Jung é uma faceta central de sua teoria psicológica, que reconhece a importância da dimensão espiritual na vida humana e no processo de individuação.
Jung diferenciava claramente entre religião e espiritualidade. Enquanto a religião se refere a sistemas organizados de crenças e práticas compartilhadas por uma comunidade, a espiritualidade, para Jung, é uma experiência individual e subjetiva de conexão com algo maior do que o eu pessoal. Essa dimensão espiritual não está necessariamente ligada a uma tradição religiosa específica, mas pode se manifestar de diversas maneiras na vida de uma pessoa.
Para Jung, a espiritualidade é uma expressão da busca do indivíduo por significado e propósito na vida. Ele via a jornada espiritual como parte integrante do processo de individuação, que envolve a integração dos opostos internos e o desenvolvimento do self mais autêntico e integral.
Um aspecto importante da espiritualidade na abordagem junguiana é a noção de arquétipos e imagens simbólicas. Jung acreditava que os arquétipos são padrões universais e atemporais presentes no inconsciente coletivo da humanidade, que se manifestam em símbolos e mitos ao longo da história e em diferentes culturas. Esses arquétipos podem desempenhar um papel central na experiência espiritual de uma pessoa, servindo como pontes para o transcendente e como guias no processo de individuação.
Além disso, Jung explorou o conceito de "self" como o centro unificador da psique, que integra os aspectos conscientes e inconscientes da personalidade. O self é visto como o núcleo espiritual de uma pessoa, que busca expressão e realização ao longo da vida. A individuação, para Jung, é o processo de se tornar consciente do self e de viver em alinhamento com sua orientação única.
É importante ressaltar que Jung não era um teólogo ou líder religioso, mas sim um psicólogo que reconhecia a importância da dimensão espiritual na vida humana. Ele encorajava seus pacientes a explorar sua própria espiritualidade como parte do processo terapêutico, reconhecendo que essa exploração poderia oferecer um sentido mais profundo de significado e plenitude na vida.
Em resumo, o princípio da espiritualidade na abordagem de Carl Jung enfatiza a importância da busca por significado e conexão com algo maior do que o eu pessoal como um aspecto fundamental do desenvolvimento humano e do processo de individuação. Essa dimensão espiritual, que se manifesta por meio de símbolos, arquétipose experiências individuais, é vista por Jung como uma fonte de crescimento pessoal e transformação.
Slide dela
Para Jorge Ponciano Ribeiro (2004, p 11):
“Nenhuma ciência está tão próxima da religião quanto à psicologia”.
O psicólogo deve ter uma base sobre como manter sua religiosidade enquanto atuante de uma ciência que o obriga a não misturá-la com a vida religiosa vivida pelo mesmo, de modo a não comprometer seus estudos e torná-lo imparcial diante dos atendimentos prestados às pessoas de diferentes costumes e credos, inclusive, pessoas sem religião.
Cabe a nós psicólogos a compreensão de que a religião tem um sentido forte na vida das pessoas, portanto não deve ser ignorada.
O contexto religioso do indivíduo que está sendo acompanhado por um psicólogo deve ser analisado como parte da psique do mesmo, pois caso contrário, esse indivíduo não estaria sendo estudado em sua totalidade.
Mais uma vez usando as palavras de Ribeiro: “O psicólogo não tem que acreditar em Deus ou ser religioso, mas precisa aprender a conviver com um Deus que mora na humanidade [...]” (RIBEIRO, 2004, p. 33).
Atendendo diferentes necessidades
O princípio de atender a diferentes necessidades, segundo Carl Gustav Jung, é essencial para compreender a diversidade da psique humana e para oferecer uma abordagem terapêutica adaptada às particularidades de cada indivíduo. Jung reconhecia que as pessoas têm necessidades psicológicas distintas, que podem variar de acordo com sua personalidade, histórico de vida, contexto cultural e estágio de desenvolvimento.
Para Jung, o terapeuta deve ser sensível e receptivo às diferentes necessidades de cada cliente, adaptando sua abordagem terapêutica de acordo com as características individuais de cada pessoa. Isso implica em reconhecer que não existe uma abordagem terapêutica única que sirva para todos, mas sim a necessidade de flexibilidade e criatividade para atender às necessidades específicas de cada cliente.
Uma das maneiras pelas quais Jung propôs atender a diferentes necessidades é através do reconhecimento dos tipos psicológicos. Jung identificou diferentes formas de funcionamento psicológico, como introvertido/extrovertido, pensamento/sentimento, sensação/intuição. Cada indivíduo possui uma combinação única desses tipos psicológicos, e o terapeuta junguiano pode adaptar sua abordagem terapêutica levando em consideração as preferências e inclinações psicológicas do cliente.
Além disso, Jung reconhecia que as pessoas podem ter diferentes necessidades de acordo com o estágio de desenvolvimento em que se encontram. Por exemplo, uma pessoa pode estar lidando com questões relacionadas à identidade na adolescência, enquanto outra pode estar enfrentando questões de integração na meia-idade. O terapeuta junguiano está atento a essas diferenças de desenvolvimento e adapta sua abordagem terapêutica de acordo com as necessidades específicas de cada fase da vida.
Na prática terapêutica, isso pode envolver uma variedade de técnicas e intervenções adaptadas às necessidades individuais do cliente, como a interpretação de sonhos, a exploração de complexos emocionais, o uso de imaginação ativa, a análise simbólica e o desenvolvimento de um relacionamento terapêutico empático e colaborativo.
Em resumo, o princípio de atender a diferentes necessidades, segundo Carl Gustav Jung, destaca a importância de uma abordagem terapêutica flexível e adaptada às particularidades de cada cliente. Reconhecer e responder às diferentes necessidades psicológicas dos clientes é essencial para promover o crescimento pessoal e facilitar o processo de individuação.
Slide dela
Existem várias necessidades diferentes e, por isso, diversas abordagens psicológicas foram desenvolvidas a fim de atender necessidades específicas e individuais.
Exemplo: um caso de ansiedade crônica na atualidade é geralmente indicado para a TCC. Questões EXISTENCIAIS e de AUTOCONHECIMENTO são orientadas para terapias humanistas e existencialistas.
O filme em sala: "Gênio "exemplo de relação terapêutica pautada na liberdade e respeito da pessoa do cliente, de modo que foi possível uma na vida do mesmo. Discorra sobre suas impressões sobre o filme, fazendo um paralelo com os textos lidos sobre relação terapêutica . 
O Filme que retratam uma relação terapêutica pautada na liberdade e respeito pelo cliente e destaca a importância do terapeuta em criar um ambiente seguro e acolhedor para que o cliente se sinta à vontade para explorar suas questões mais profundas 
Uma obra cinematográfica que exemplifica esses princípios é "Good Will Hunting" (Gênio Indomável), dirigido por Gus Van Sant. O filme narra a história de um jovem problemático, Will Hunting, interpretado por Matt Damon, que é um gênio da matemática, mas enfrenta muitos desafios pessoais e emocionais. Ele é confrontado com a prisão após se envolver em uma briga e, como parte de um acordo legal, é obrigado a fazer terapia. 
O terapeuta de Will, interpretado por Williams, cria um ambiente terapêutico no qual Will se sente respeitado e valorizado como indivíduo. O terapeuta demonstra uma profunda empatia pelas experiências passadas de Will e, ao mesmo tempo, desafia-o a enfrentar suas próprias questões emocionais e confrontar os padrões autodestrutivos de comportamento. 
Ao longo do filme, vemos como a relação terapêutica entre Will e seu terapeuta se desenvolve, proporcionando a Will um espaço seguro para explorar suas emoções e enfrentar seus traumas passados. O terapeuta não impõe suas próprias crenças ou soluções a Will, mas o capacita a encontrar suas próprias respostas e assumir o controle de sua própria vida. 
Esse filme pode ser visto como um exemplo de como uma relação terapêutica baseada na liberdade e respeito pelo cliente pode ter um impacto positivo na vida da pessoa. Ele ressalta a importância do terapeuta em criar um ambiente de confiança e apoio, no qual o cliente possa se sentir seguro para explorar suas próprias questões e buscar seu próprio caminho de cura e crescimento pessoal.

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