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SEMINARIO I - Plenario

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Plenário
SEMINÁRIO I - REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA, OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E SUJEIÇÃO PASSIVA
Questões
1. A empresa “A” adquiriu estabelecimento industrial da empresa “B” e continuou sua atividade. Aproximadamente um ano depois da aquisição, a empresa “A” é demandada pelo Fisco em relação a fatos geradores realizados pela empresa “B”. No contrato de compra e venda não há disciplina a respeito das dívidas tributárias anteriores à aquisição. Pergunta-se:
a) Pode o Fisco, após a indigitada operação de compra e venda, exigir os tributos, cujos fatos geradores foram realizados por “B” antes de sua aquisição, diretamente de “A”? Há relevância se houver no contrato cláusula de responsabilidade de “B” quanto aos débitos anteriores à operação? 
A classe entendeu de forma unânime que o Fisco pode cobrar da empresa A os débitos (créditos tributários) constituídos antes da data de aquisição de acordo com o Art. 129 e Art. 133 inciso II do CTN. No entanto esta cobrança deve respeitar o quanto disposto no Art. 133 inciso II que diz que a responsabilidade de A é subsidiária, ou seja, o Fisco deverá cobrar de B quem foi que deu causa ao fato gerador e na sua impossibilidade cobrar de A. 
Também entende que não há relevância para tal clausula de responsabilidade de B , sendo irrelevante, pois o CTN prevê que as convenções particulares não podem ser opostas contra o FISCO e a responsabilidade de A decorre da lei . Conforme Art. 123 do CTN, Art. 104 e Art. 166 do C.C. 
b) A empresa “A” sujeita-se às sanções tributárias materiais: (i) multa de mora, (ii) multa pelo não pagamento de tributo, (iii) juros e (iv) multa pelo descumprimento de deveres instrumentais, se aplicadas antes da operação de compra e venda? E se aplicadas depois da operação?
Divergência:
Parte da classe entende que A responde na condição do Art. 133 CTN de forma integral ou subsidiariamente considerando ainda o § 3 do Art. 113 do CTN. Em complemento cita-se esta expressão de Tributo compreendendo a obrigação principal e acessória prevendo o Art. 113 do CTN.
Parte entende que não há base legal para cobrar as sanções de novo tributo, somente à atuação monetária seria também devida.
Parte entende que não sedimenta uma opinião clara citando o voto do Ministro José Delgado utilizando se do termo: “Os Art. 132 e 133 do CTN impões ao sucessor a responsabilidade integral, tanto pelos eventuais tributos devidos quanto pela multa decorrente seja ela de caráter moratório ou punitivo. A multa aplicada antes da sucessão se incorpora ao patrimônio do contribuinte podendo ser exigida do sucessor”, e que por este motivo a multa ou o tributo passa a se de responsabilidade do sucessor constituído até o ato da alienação uma vez que o termo tributo do Art. 133 se refere a obrigação tributária principal (tributo + penalidades).
Parte entende que em conformidade com o Art. 129 do CTN todo tributo (Obrigação tributária refere-se somente ao Art. 3º do CTN) cujo fato gerador tinha ocorrido antes da alienação é de responsabilidade do sucessor mesmo gerando lançamento após o ato de alienação.
1. João, Marcelo e Joaquim eram sócios com poderes de gestão da empresa X Ltda., que também tinha como sócios não gestores Luis e Fernando. Em 2010 por questões econômicas e de desentendimento entre sócios a empresa encerrou irregularmente suas atividades sendo apurado pela Receita Federal o inadimplemento de obrigações tributárias desde o exercício de 2008. Giante deste contexto , pergunta-se Quanto ao artigo 135 do CTN, pergunta-se: 
A dissolução irregular da sociedade caracteriza infração à lei apta a ensejar a responsabilidade do(s) sócio(s) pelas dívidas da pessoa jurídica? E o mero inadimplemento da obrigação de pagar o tributo? Poderia o fiscal lavrar auto de infração contra a empresa (contribuinte) e, posteriormente, executar o sócio de forma solidária à empresa?
A dissolução irregular que é a comprovada intenção fraudulenta e o Fisco deverá redirecionar a execução contra os sócios, pois a responsabilidade é pessoal e não solidária. Art. 135 do CTN e súmula 435 STJ.
No caso da súmula 435 do STJ. A empresa deve comunicar os órgãos competentes acerca da dissolução da sociedade, e uma vez que não realizada esta comunicação, caracteriza-se infração a Lei.
Com relação ao mero inadimplemento de pagamento de tributo, se não comprovado que o sócio agiu com excesso de poder ou infração de lei não haverá responsabilização, pois o mero inadimplemento de obrigação de pagar tributo “não” caracteriza infração à Lei, Sumula 430. STJ “O mero inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente”. 
O auto de infração deverá ser executado em nome da pessoa jurídica e somente redirecionado aos sócios se comprovado ao dolo.
1. Dada a seguinte Lei (fictícia):
Prefeitura de São Pedro, Lei nº 5.151, de 12/10/2001, D.M. 25/10/2001
Art. 1º Fica instituída taxa de conservação e limpeza urbana para o custeio do serviço público municipal de conservação e limpeza de vias públicas. 
Art. 2º A taxa tem como fato gerador a prestação do serviço de limpeza das vias públicas.
Art. 3º A base de cálculo é o valor venal do imóvel.
Art. 4º A alíquota é de 0,1%. 
Art. 5º O contribuinte é o proprietário do imóvel.
Art. 6º Dá-se a incidência todo dia 1º de cada ano.
Art. 7º A importância devida a título de tributo deve ser recolhida até o décimo dia do segundo mês subsequente.
§ 1º No caso de locação, o locatário é responsável pelo recolhimento do tributo.
§ 2º No caso de compra e venda realizada antes do prazo para o pagamento e após o 1º dia do ano, o responsável pelo pagamento do tributo é o adquirente do imóvel. 
§ 3º O não recolhimento no prazo estipulado implica multa de 20% do valor do tributo devido.
Art. 8º Fica o contribuinte obrigado a entregar para a Secretaria de Planejamento Urbano declaração do valor imobiliário até o dia 10 de novembro de cada ano.
Parágrafo único. A ausência da entrega no prazo a que se refere o caput deste artigo implicará multa de 100 UFIRS.
Pergunta-se:
1. Construir as normas jurídicas veiculadas nessa lei, identificando a RMIT.
Antecedente
Critério material: prestação de serviço de limpeza de vias públicas.
Critério espacial: perímetro urbano de São Pedro.
Critério temporal: 1.º dia de cada ano.
Consequente
Critério pessoal: Sujeito ativo: Município
		 Sujeito passivo: proprietário, locatário ou adquirente;
Critério quantitativo base de calculo: Valor Venal do Imóvel
			Alíquota: 0,1%.
Parte entende que: 
1 - Norma de veículo introdutor
(CM) Dado fato da Prefeitura Municipal ter editado e sancionado a Lei 5.151.
(CE) Município de São Pedro 
(CT) Mublicado em 25/10/2001
(CPessoal) Todos os proprietários de imóveis 
(CPrestacional) Devem obedecê-la.
2 - Norma instituidora do tributo (RMIT)
(CM) De ter ocorrido a prestação de serviço de limpeza de vias públicas
(CE) No perímetro urbano de São Pedro
(CT) No dia 1º de cada ano
(CPessoal) O proprietário, locatário ou adquirente deverá pagar ao Fisco Municipal
(CPrestacional) Pagará a taxa de 0,1% sobre o valor venal do imóvel.
3 - Norma de pagamento
(CM) Dado o fato de ter ocorrido a prestação de serviço de limpeza de vias públicas
(CE) No município de São Pedro
(CT) No dia 01 de janeiro
(CPessoal) O proprietário, locatário ou adquirente deverá pagar ao Fisco Municipal 
(CPrestacional) Deve ocorrer o pgto da taxa até o 10º dia do segundo mês subsequente.
4 – Norma de responsabilidade – locação - sucessão
Dado fato de ocorrer locação de imóvel a responsabilidade pelo recolhimento transfere para o locatário
Dado o fato que a compra e venda ocorrer antes do prazo para pagamento após o 1º dia do ano, responsabilidade pelo pagamento do tributo será o adiquirente.
5 - Norma Sancionadora pelo não pagamento do tributo
(CM) Dado o fato do nao pagamento da importância devido a titulo de taxa
(CE) No município de São Pedro
(CT) Após dia 10 dia do segundo mês subsequente a 1 de janeiro
(CPessoal) O contribuinte proprietário, locatário ou adquirente
(CPrestaciona)Pagará multa de 20% sobre a taxa devida.
6 - Norma instituidora de dever instrumental
(CM) Dado fato de ser proprietário ou locatário de imóvel ou adquirente 
(CE) No município de São Pedro
(CT) Até 10 de novembro
(CPessoal) O contribuinte em face do fisco municipal
(CPrestaciona) Deverá entregar a declaração do valor imobiliário imo
7 - Norma Sancionadora pelo descumprimento do dever instrumental
(CM) Dada a não entrega da declaração no valor imobiliário do imóvel
(CE) No município de São Pedro
(CT) Após 10 de novembro
(CPessoal) O proprietário ou locatário
(CPrestaciona) Fica sujeito a multa de 100 UFIRS
Parte entende que:
1ª Norma – Veículo introdutor
2ª Norma – Art. 1º dado o serviço de conservação e limpeza fica instituído o tributo
3ª Norma – RMIT – Principal
4ª Norma – Responsável
5ª Norma – Substituto
6ª Norma – Art. 7º se há incidência deverá ser recolhido
7ª Norma – § 3º do Art. 7º. Dado a instituição do tributo deve ser recolhido até o 10º doa do mês subsequente.
8ª Norma – Art. 8º norma instrumental
9ª Norma – Parágrafo único
Parte entende que: 
1ª Norma – RMIT
2ª Norma – Sanção não pagamento
3ª Norma – Entrega obrigação acessória
4ª Norma – Sanção da não entrega da obrigação acessória
5ª Norma – Locação
6ª Norma – Compra e venda
1. A base de cálculo eleita é compatível com a hipótese tributária? Se incompatíveis, qual deve prevalecer para efeito de se determinar a espécie tributária: o enunciado da hipótese tributária ou o enunciado da base de cálculo? Ambos? Nenhum dos dois?
A base de cálculo é incompatível com a hipótese tributária, pois utiliza a mesma base de cálculo do IPTU contrariando o disposto no Art. 145, §2 da Constituição Federal. E complementando pelo Art. 77 do CTN.
Art. 145 - CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Art. 77 CTN - As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
Em complemento, no IPTU também é cobrado as taxas de conservação de vias e logradouros públicos como base de cálculo o valor venal do imóvel, e por este motivo vejo que nesta Lei também deva prevalecer para efeito de se determinar a espécie tributária base de cálculo como espécie tributária, pois está em conjunto com a equivalência patrimonial do contribuinte.

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