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Questões de Plenário - Seminário III

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QUESTÕES DE CLASSE: Seminário III - FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
ALUNA: ALINE PREVIATTI DOS SANTOS
1. Que são fontes do “direito”? Os costumes, a doutrina, a jurisprudência e o fato jurídico tributário são fontes do direito? 
R: Fontes do direito, sob uma perspectiva jurídica, e talvez mais coerentemente deva-se usar, neste caso, fonte jurídica do direito, conforme Paulo de Barros Carvalho citado por Aurora Tomazini de Carvalho (p. 663), são “os focos efetores de regras jurídicas, isto é, os órgãos habilitados pelo sistema para produzirem normas numa organização escalonada, bem como, a própria atividade desenvolvida por essas entidades, tendo em vista a criação de normas”. Seguindo a linha de pensamento desses autores, a fonte jurídica do direito é, portanto, a enunciação, que é um acontecimento de ordem social.
Em suma fontes do direito é tanto o produto quanto o procedimento. Tudo aquele que cria o direito, que dá origem ao direito. 
Os costumes são práticas por uma sociedade e não são fontes do direito, pois só geram efeitos jurídicos quando integrantes de hipóteses normativas, ou seja, depois de agregados ao sistema jurídico, por meio da enunciação. 
Já a doutrina não comporta exceções, pois dela extraímos ensinamentos e descrições explicativas do direito positivo. A doutrina está inserida na Ciência do Direito, esta que tem por objeto o próprio direito positivo, daí porque não é uma fonte jurídica do direito, a doutrina apenas o descreve. Ademais, a doutrina não possui o poder de modificar o direito positivo e nenhum cidadão está vinculado as descrições do cientista do direito.
Quanto a jurisprudência, também não se verifica aqui uma fonte jurídica do direito, pois considerando-a como um conjunto de decisões jurídicas uniformes, provenientes de um tribunal, é possível verificar que ela é utilizada para convencimento ou mesmo uma fundamentação, mas não é uma fonte jurídica do direito.
Fato jurídico tributário também não é considerado fonte jurídica do direito, pois os fatos jurídicos produtores de normas são aqueles juridicizados por normas de estrutura e não por normas de comportamento, que é o caso dos fatos jurídicos tributários.
2. A LC 70/91 estabeleceu isenção da COFINS para as sociedades civis de prestação de serviços profissionais, que foi revogada pelo art. 56 da Lei 9.430/96. Pergunta-se: 
a) Que posição ocupa, no sistema jurídico, norma inserida por lei complementar que dispõe sobre matéria de lei ordinária? 
R: Norma inserida por lei complementar que dispõe sobre matéria de lei ordinária, ocupa a mesma posição hierárquica que a lei ordinária.
b) Pode lei ordinária revogar norma introduzida por lei complementar? Neste caso, há que se falar que a isenção da COFINS para as sociedades civis de prestação de serviços profissionais está revogada? 
R: Quando a lei complementar trata de assunto afeto a lei ordinária, as duas possuem a mesma hierarquia, conforme entendimento dos dois doutrinadores acima citados, no entanto, em relação a segunda questão, entendo conforme a professora Aurora, é necessário a produção de outra lei complementar para revogá-la ou outra norma hierarquicamente superior, pois o procedimento de criação, a enunciação, foi realizado de acordo com o procedimento de criação de lei complementar. Ademais, nada impede que a lei complementar verse sobre matéria de lei ordinária, inclusive, essa seria a sua segunda função.
Sim, está revogada.
3. Diante do fragmento de direito positivo abaixo, responda: 
LEI No 10.168, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2000 D.O. 30/12/2000 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o Fica instituído o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, cujo objetivo principal é estimular o desenvolvimento tecnológico brasileiro, mediante programas de pesquisa científica e tecnológica cooperativa entre universidades, centros de pesquisa e o setor produtivo. 
Art. 2o Para fins de atendimento ao Programa de que trata o artigo anterior, fica instituída contribuição de intervenção no domínio econômico, devida pela pessoa jurídica detentora de licença de uso ou adquirente de conhecimentos tecnológicos, bem como, aquela signatária de contratos que impliquem transferência de tecnologia, firmados com residentes ou domiciliados no exterior. 
§ 1o Consideram-se, para fins desta Lei, contratos de transferência de tecnologia os relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e os de fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica. 
§ 1o-A. A contribuição de que trata este artigo não incide sobre a remuneração pela licença de uso ou de direitos de comercialização ou distribuição de programa de computador, salvo quando envolverem a transferência da correspondente tecnologia. (Incluído pela Lei nº. 11452, de 2007) 
§ 2o A partir de 1o de janeiro de 2002, a contribuição de que trata o caput deste artigo passa a ser devida também pelas pessoas jurídicas signatárias de contratos que tenham por objeto serviços técnicos e de assistência administrativa e semelhantes a serem prestados por residentes ou domiciliados no exterior, bem assim pelas pessoas jurídicas que pagarem, creditarem, entregarem, empregarem ou remeterem royalties, a qualquer título, a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior.(Redação da pela Lei 10332, de 19.12.2001) 
§ 3o A contribuição incidirá sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, a cada mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a título de remuneração decorrente das obrigações indicadas no caput e no § 2o deste artigo.(Redação da pela Lei 10332, de 19.12.2001) 
§ 4o A alíquota da contribuição será de 10% (dez por cento). (Redação da pela Lei 10332, de 19.12.2001) (...) 
Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos fatos geradores ocorridos a partir de 1o de janeiro de 2001. 
Brasília, 29 de dezembro de 2000; 179o da Independência e 112o da República. (FERNANDO HENRIQUE CARDOSO) 
a) Identifique os seguintes elementos da Lei no 10.168/00: 
(i) enunciados-enunciados: São todos os preceitos da lei que não fazem parte da enunciação-enunciada, são os preceitos dos quais construímos as normas jurídicas que regulam a conduta humana. É o art. 1º e 2º na íntegra, quanto a ementa, ela faz parte da enunciação-enunciada, mas está inclinada para o enunciado, do que para o processo de enunciação.
(ii) enunciação-enunciada: 
LEI N. 10.168, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2000, D.O.30/12/2000
Institui contribuição de intervenção de domínio econômico destinada a financiar o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2001.
Brasília, 29 de dezembro de 2000; 179º da Independência e 112º da República.
 (iii) instrumento introdutor de norma: É a norma jurídica extraída do art. 61 e seguintes da Constituição Federal.
(iv) fonte material: ato de vontade humana, enunciação, das pessoas competentes para inserir regras no sistema jurídico, de acordo com o procedimento das leis ordinárias.
(v) fonte formal: seguindo a minha linha de raciocínio realizada neste seminário, a fonte formal é a mesma coisa que o instrumento introdutor de norma, portanto, é a norma jurídica extraída do art. 59 e seguintes da Constituição Federal.
(vi) preceitos gerais e abstratos: são aqueles dos enunciados-enunciados, salvo o parágrafo 4º do art. 2º.
(vii) norma geral e concreta: são todas aquelas da enunciação-enunciada e o parágrafo 4º do art. 2º.
b) Os enunciados inseridos na Lei no 10.168/00 pelas Leis nº. 11.452/07 e nº.10.332/01 passam a pertencer a Lei no 10.168/00 ou ainda são parte integrante dos veículos que os introduziram no ordenamento? No caso de expressa revogação da Lei no 10.168/00 como fica a situação dos enunciadosveiculados pelas Leis nº. 11.452/07 e nº.10.332/01? Pode-se dizer que também são revogados mesmo sem a revogação expressa dos veículos que os inseriram?
R: Os enunciados passam a pertencer a Lei n. 10.168/00 e no caso de revogação dessa lei, os enunciados daquelas leis que alteraram a lei n. 10.168/00 também são revogados, já que eles pertenciam mesmo a esta última lei. Sim, conforme art. 2º, § 1º da LINDB. “Art. 2º. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.” (Grifou-se). No caso, a nova lei que revogou a lei n. 10.168/00 expressamente, automaticamente revoga os enunciados contrários a ela presentes na outra lei, já que incompatíveis.

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