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PROFESSOR: BRUNO BICA, ME. Estrutura de aço e madeira ESTRUTURAS DE CONCRETO AULA 02: PROPRIEDADES DO AÇO E CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS Temas da aula • PROPRIEDADES DO AÇO • DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO E LEI DE HOOKE • PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS • MÉTODOS DE CÁLCULOS • ESTADOS LIMITES PROPRIEDADES DO AÇO Elevada resistência mecânica Fonte: Fakury (2017) • Maior índice de resistência (razão entre resistência e peso específico). • Elementos estruturais com menor seção transversal. PROPRIEDADES DO AÇO Ductilidade Fonte: Fakury (2017) • Resistente ao impacto e a concentração de tensões (redistribuição pelo elemento). • Altas deformações sob ação de cargas (def de ruptura entre 15 a 40%). Grande deformação plástica PROPRIEDADES DO AÇO Fragilidade Fonte: Fakury (2017) • Oposto da ductilidade. Aço pode se tornar frágil devido agentes externos. • Se rompe bruscamente, sem aviso prévio. • Pode ser analisado por dois aspectos: inicio da fratura e propagação. (a) rompimento altamente ductil (b) rompimento dúctil (c) rompimento frágil PROPRIEDADES DO AÇO Dureza Fonte: Fakury (2017) • Resistência ao risco ou abrasão Efeito de temperatura • Temperaturas > 100 ºC tendem a eliminar o limite de esocamento bem definido ( tensão x deformação fica arredondado) • Temperatura elevada: reduz resistência de escoamento, de ruptura e módulo E • 250 a 300 ºC: fluência PROPRIEDADES DO AÇO Resiliência e Tenacidade Fonte: Fakury (2017) • Capacidade de absorver energia em regime elástico • Capacidade de abosrver energia total (elástico + plástico) Fadiga • Quando o aço trabalha sob efeitos de esforços repetidos pode haver ruptura em tensões menores que as obtidas em ensaios com cargas estáticas. • Importante para dimensionamentos de peças sob ação dinâmica (pontes, peças mecânicas) PROPRIEDADES DO AÇO Elevado grau de confiança Fonte: Fakury (2017) Canteiro menor, mais limpo e organizado Facilidade reforço e ampliação Reciclagem e reaproveitamento Rápida execução CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS Fonte: Fakury (2017) As principais propriedades geométricas de figuras planas são: Área (A) Momento de Inércia (I) Momento estático (M) Módulo de resistência (W) Centro de gravidade (CG) Raio de giração (i) CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS A área de uma figura plana é a superfície limitada pelo seu contorno. Para contornos complexos, a área pode ser obtida aproximando-se a forma real pela justaposição de formas geométricas de área conhecida (retângulos, triângulos, etc). A unidade de área é (unidade de comprimento ao quadrado).A área é utilizada para a determinação das tensões normais (tração e compressão) Área CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS O centro de gravidade, também chamada de baricentro, é o ponto de um corpo onde pode ser aplicada a força de gravidade de todo o corpo. É através do centro de gravidade que os corpos atingem ou não um ponto de equilíbrio. Centro de gravidade CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS Portanto, atração exercida pela Terra sobre um corpo rígido pode ser representada por uma única força P. Esta força, chamada peso do corpo, é aplicada no seu baricentro, ou cento de gravidade (CG). O centro de gravidade pode localizar-se dentro ou fora da superfície. O centro de gravidade de uma superfície plana é, por definição, o ponto de coordenadas: CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS Centro de gravidade de figuras compostas Mesmo mudando a posição do corpo aplicando-lhe uma rotação, ele permanecerá sempre sujeito à ação da gravidade. Isto significa que as forças verticais girarão em relação ao corpo, mas continuaram sempre paralelas e verticais. O ponto onde se cruzam as resultantes dessas forças paralelas, qualquer que seja a posição do corpo, chama-se Centro de Gravidade (CG). CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS Momento de inércia O momento de inércia é uma característica geométrica importantíssima no dimensionamento dos elementos estruturais, pois fornece, em valores numéricos, a resistência da peça. Quanto maior for o momento de inércia da seção transversal de uma peça, maior a sua resistência. Obs.: O momento de inércia total de uma superfície é a somatória dos momentos de inércia das figuras que a compõe. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS Raio de giração Define-se raio de giração como sendo a raiz quadrada da relação entre o momento de inércia e a área da superfície. A unidade do raio de giração é o comprimento. O raio de giração é utilizado para o estudo da flambagem. Diagrama Tensão x Deformação O gráfico corresponde aos resultados de ensaios de tração em amostras do material em forma de barras chatas ou redondas. Verificamos nesta figura que, para aços com patamar de escoamento, o material segue a Lei de Hooke praticamente até o limite de escoamento. Diagrama Tensão x Deformação Considere uma haste reta solicitada por uma força F, aplicada na direção do eixo da peça. Esse estado de solicitação chama-se tração simples. Diagrama Tensão x Deformação Lo representa um comprimento inicial da haste (sem tensões). Sob o efeito da força F de tração simples, o segmento da barra de comprimento inicial Lo se alonga. Novo comprimento = Lo + ΔL Diagrama Tensão x Deformação Dentro do regime elástico, as tensões são proporcionais às deformações. Esta relação é denominada Lei de Hooke O coeficiente de proporcionalidade se denomina módulo de deformação longitudinal ou módulo de elasticidade, ou ainda módulo de Young Uma barra de seção circular com diâmetro igual a 20,4 mm está sujeita a uma tração axial de 40 kN. Calcular o alongamento da barra supondo o comprimento inicial (Lo) = 2,50 m. E = 210000 MPa Métodos de Cálculo Os objetivos de um projeto estrutural são: Garantia de segurança estrutural evitando-se o colapso da estrutura. Garantia de bom desempenho da estrutura evitando-se a ocorrência de grandes deslocamentos, vibrações, danos locais. • CONCEPÇÃO Qual sistema construtivo adotado? Viabilidade técnica x economia. Localização e pré-dimensionamento dos elementos. Combinação de ações (NBR 6120:2019) 2. ANÁLISE ESTRUTURAL Qual sistema construtivo adotado? Viabilidade técnica x economia. Localização e pré-dimensionamento dos elementos. Combinação de ações (NBR 6120:2019) 3. DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO Tipo de perfis, tipo de ligações. Detalhamentos (figura) 4. PRANCHAS E DOCUMENTAÇÃO Detalhamento estruturais, plantas e cortes. Ex.: locação das peças, observações de montagem, cortes dos pavimentos, detalhamento das ligações ART do autor do projeto. Relatório quantitativo, Memorial de cálculo, Memorial descritivo e orçamentos Métodos de Cálculo Nas fases de dimensionamento e detalhamento, utiliza-se, além dos conhecimentos de análise estrutural e resistência dos materiais, grande número de regras e recomendações: • critérios de garantia de segurança; • padrões de testes para caracterização dos materiais e limites dos valores de características mecânicas; • definição de níveis de carga que representem a situação mais desfavorável; • limites de tolerâncias para imperfeições na execução; • regras construtivas. Estados Limites Um estado limite ocorre sempre que a estrutura deixa de satisfazer um de seus objetivos Estado Limite último Estado Limite de Serviço ou utilização Os estados limites últimos estão associados à ocorrência de cargas excessivas e consequente colapso da estrutura!!! Estado Limite último Fachada do edifício que desabou em Miami Beach, nos EUA, Os estados limites últimos estão associados à ocorrência de cargas excessivas e consequente colapso da estrutura!!! Estado Limite último perda de equilíbrio como corpo rígido; plastificação total de um elemento estrutural ou de uma seção; ruptura de uma ligação ou seção; flambagem em regime elástico ou não; ruptura por fadiga. Os estados limites últimos estão associados à ocorrência de cargas excessivas e consequente colapso da estrutura!!! Estado Limite últimoEstado Limite último Os estados limites últimos estão associados associados a cargas em serviço, incluindo: Estado Limite de utilização Os estados limites últimos estão associados associados a cargas em serviço, incluindo: Estado Limite de utilização Estado Limite de utilização O que são ações? A DEFINIÇÃO SEGUNDO A NBR 6118/2014 São qualquer influência, ou seu conjunto, capaz de produzir um estado de tensão ou de deformação em uma estrutura. AS AÇÕES PODEM SER: Permanentes Variáveis Excepcionais A ANÁLISE ESTRUTURAL devem ser consideradas a influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativo para a segurança da estrutura em exame,. Ações Permanentes DIRETAS Valores praticamente constantes durante a vida útil da construção. Devem ser consideradas seus valores representativos mais desfavoráveis visando a segurança. INDIRETA S Retração e fluência do concreto, deslocamento de apoios, imperfeições geométricas. Ações Variáveis DIRETAS São as cargas que podem atuar sobre as estruturas em função do seu uso ou cargas de fatores externos. Ações Excepcionais Ataque terrorista, terremoto no Brasil. Variações de temperatura e ações dinâmicas. INDIRETA S Aplicação (NBR 6120/2019) PERMANENTE VARIÁVEIS DE UTILIZAÇÃO • A garantia de segurança no método dos estados limites é traduzida pela equação de conformidade, para cada seção da estrutura • Baseia-se na aplicação de coeficientes de segurança tanto às ações nominais quanto às resistências nominais Método dos estados limites Os coeficientes y de majoração das cargas (ou ações), e ym de redução da resistência interna, refletem as variabilidades dos valores característicos dos diversos carregamentos e das propriedades mecânicas do material e outros fatores como discrepâncias entre o modelo estrutural e o sistema real. Trata- se de um método que considera as incertezas de forma mais racional. Método dos estados limites Os esforços e deformações devem ser menores que determinados valores limites, satisfazendo a inequação: Método dos estados limites Onde Sd é definida por uma combinação de carregamentos em que os esforços nominais são majorados! Método dos estados limites Combinação das ações Combinações normais: com os carregamentos possíveis durante a vida útil da estrutura. Combinações construtivas: com os carregamentos possíveis durante a construção ou montagem da estrutura. Combinações excepcionais: com os carregamentos devido a eventos excepcionais. Combinações normais e construtivas Onde Combinações excepcionais Onde link da fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17448/material/3%20-%20SOLICITACOES%20DE%20CALCULO.pdf link da fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17448/material/3%20-%20SOLICITACOES%20DE%20CALCULO.pdf link da fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17448/material/3%20-%20SOLICITACOES%20DE%20CALCULO.pdf Exemplo de aplicação (Exemplo 3) Vamos considerar uma diagonal de treliça de telhado sujeita aos esforços normais de tração devido aos seguintes carregamentos: Peso próprio da treliça e cobertura = 1,2 kN (permanente) Peso próprio de elementos construtivos = 2,00 kN (permanente) Vento de sobrepressão = 1,45 kN (variável) Sobrecarga variável = 1,15 kN (variável) Calcular o esforço normal solicitante de projeto para a combinação normal de ações Exemplo de aplicação (Exemplo 3) 1º Combinação PESO PROPRIO 1 + PESO PRÓPRIO 2 + SOBRECARGA + VENTO DE SOBREPRESSÃO Ação principal Ação SecundáriaAções permanentes (sempre presentes) Sd1 = 1,25 x 1,20 + 1,5 x 2,00 + 1,5 x 1,15 + 1,40 x 0,60 x 1,45 Sd1 = 7,44 kN Ação principal Ação SecundáriaAções permanentes (sempre presentes) Sd2 = 1,25 x 1,20 + 1,5 x 2,00 + 1,4 x 1,45 + 1,50 x 0,50 x 1,15 Sd2 = 7,39 kN Exemplo de aplicação (Exemplo 3) 2º Combinação PESO PROPRIO 1 + PESO PRÓPRIO 2 + VENTO DE SOBREPRESSÃO + SOBRECARGA Exemplo de aplicação (Exemplo 3) Combinações calculadas: Sd1 = 7,44 kN Sd2 = 7,39 kN Para a verificação à tração dessa diagonal usaríamos o maior valor! Exemplo de aplicação (Exemplo 4) Vamos considerar uma diagonal de treliça de telhado sujeita aos esforços normais de tração devido aos seguintes carregamentos: Peso próprio da treliça e cobertura = 1,4 kN Peso próprio de elementos construtivos = 2,30 kN Vento de sobrepressão = 0,95 kN Sobrecarga variável (biblioteca) = 3,15 kN Calcular o esforço normal solicitante de projeto para a combinação normal de ações
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