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Tema 4 - Manejo e Conservação da Vida Silvestre

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Manejo e Conservação da Vida Silvestre
Módulo 1
A Biologia da Conservação é uma ciência multidisciplinar que foi desenvolvida como resposta à crise vivida pela diversidade biológica atualmente. Ela tem dois objetivos principais:
1
Entender os efeitos da atividade humana em espécies, comunidades e ecossistemas;
2
Desenvolver abordagens práticas para prevenir a extinção e, se possível, reintegrar as espécies ameaçadas ao seu ecossistema funcional.
CONCEITOS DE CONSERVAÇÃO, PRESERVAÇÃO E MANEJO
Preservação
O termo preservação do meio ambiente refere-se à proteção integral de uma área natural, sem interferência humana. Ela se faz necessária quando há risco de perda de biodiversidade, seja de uma espécie, seja de um ecossistema, seja de um bioma como um todo.
O naturalista John Muir (1838-1914), considerado o maior representante da vertente preservacionista no século XIX, defendia que a natureza fosse mantida intocada e livre da influência negativa dos seres humanos. 
Conservação
Pensadores criaram uma corrente ideológica chamada de conservacionismo, que contempla o amor à natureza aliado ao seu uso racional e ao manejo criterioso feito pela espécie humana. Esse pensamento conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas e pode ser identificado como o meio-termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo.
No contexto ecológico, a conservação ambiental se refere ao ato de manejar os recursos naturais para obter alta qualidade de vida humana causando o menor impacto possível ao ambiente. Assim, esse termo está intimamente ligado à ideia de desenvolvimento sustentável.
Manejo
Manejo é um tipo de intervenção humana que ocorre de forma ocasional ou sistemática, em cativeiro ou na natureza, visando a manter, recuperar ou controlar populações silvestres, domésticas, domesticadas ou asselvajadas para garantir a estabilidade dos ecossistemas, dos processos ecológicos ou dos sistemas produtivos.
O manejo para conservação tem como objetivo conciliar a proteção dos ecossistemas, dos recursos naturais e de populações animais, atendendo às necessidades econômicas, sociais e culturais das sociedades modernas ao mesmo tempo em que as inter-relações ecológicas e a energia do ecossistema sejam renovadas. O manejo ambiental visa a, fundamentalmente, conseguir a melhora da qualidade de vida humana, integrando diversas áreas de conhecimento ligadas à preservação, ao conhecimento científico, à administração e à política.
A Constituição Brasileira de 1988, em seu art. 225, define a importância de manter o ecossistema equilibrado por meio da preservação e da recuperação ambiental em prol da qualidade de vida a que todo cidadão tem direito. A legislação ambiental compreende leis, decretos, resoluções, portarias, normas que são aplicadas às organizações de qualquer natureza e ao cidadão comum.
Essas leis ambientais definem normas e infrações e devem ser conhecidas, entendidas e praticadas. Podemos destacar algumas que são marcos nas questões relativas ao meio ambiente no Brasil:
LEI DA FAUNA (LEI N. 5.197/1967)
Essa lei proporcionou medidas de proteção à fauna silvestre. Ela classifica como crime uso, perseguição, captura, caça profissional e comércio de espécies da fauna silvestre, bem como de produtos originários de sua caça, além de proibir a importação de espécies exóticas e a caça amadora sem autorização do IBAMA. Criminaliza também a exportação de peles e couros de anfíbios e répteis.
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (LEI N. 6.902/1981)
Essa lei estabelece as diretrizes para a criação das Estações Ecológicas (ESEC) e das Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
As Estações Ecológicas são áreas representativas de diferentes ecossistemas do Brasil que precisam ter 90% do território inalterado e 10% com possibilidade de alterações para fins acadêmicos.
Já as APAs compreendem propriedades privadas que podem ser regulamentadas pelo órgão público competente em relação às atividades econômicas realizadas com o fim de proteger o meio ambiente.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (LEI N. 6.938/1981)
Essa lei dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação.
Ela tem como objetivo a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental benéfica à vida, pretendendo garantir boas condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da qualidade da vida humana. Ela também proíbe a poluição e obriga o licenciamento, além de regulamentar a utilização adequada dos recursos ambientais.
POLÍTICA AGRÍCOLA (LEI N. 8.171/1991)
Essa lei objetiva a proteção do meio ambiente e estabelece a obrigação de recuperar os recursos naturais para as empresas que exploram economicamente águas represadas e para as concessionárias de energia elétrica.
Ela define que o poder público deve disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da água, da fauna e da flora. Além disso, torna-se obrigatória a realização de zoneamentos agroecológicos para ordenar a ocupação de diversas atividades produtivas, o desenvolvimento de programas de educação ambiental e o fomento à produção de mudas de espécies nativas.
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS (LEI N. 9.433/1997)
Essa norma institui a política e o sistema nacional de recursos hídricos.
Ela define a água como um recurso natural limitado, provido de valor econômico, que pode ter diversos usos, como o consumo humano, a produção de energia, o transporte, o lançamento de esgotos, entre outros.
Essa lei também prevê a criação do sistema nacional para coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores que interferem em seu funcionamento.
LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (LEI N. 9.605/1998)
Essa lei trata das questões penais e administrativas no que diz respeito às ações nocivas ao meio ambiente, concedendo aos órgãos ambientais mecanismos para punição de infratores, como em caso de crimes ambientais praticados por organizações.
A pessoa jurídica, autora ou coautora da infração, pode ser penalizada, chegando à liquidação da empresa, se ela tiver sido criada ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental. A punição pode ser extinta caso se comprove a recuperação do dano.
SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA (LEI N. 9.985/2000)
Entre os objetivos dessa lei, estão a conservação de variedades de espécies biológicas e dos recursos genéticos, a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais e a promoção do desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais.
NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO (LEI N. 12.651/2012)
Essa lei dispõe sobre a preservação da vegetação nativa e revoga o Código Florestal brasileiro de 1965, determinando a responsabilidade do proprietário de ambientes protegidos, entre eles a Área de Preservação Permanente (APP) e a Reserva Legal (RL), em preservar e proteger todos os ecossistemas.
O Novo Código Florestal levanta pontos polêmicos entre os interesses ruralistas e ambientalistas até os dias atuais. O principal deles foi ter desobrigado pequenos produtores de recuperar áreas de reserva legal que eles desmataram.
FIM DO MÓDULO 1
MÓDULO 2
ECOLOGIA DE PAISAGENS E ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO E MANEJO DA VIDA SILVESTRE
A Ecologia de paisagens vem promovendo uma mudança de paradigma nos estudos sobre fragmentação e conservação de espécies e ecossistemas, pois permite a integração da heterogeneidade espacial e do conceito de escala na análise ecológica, tornando esses trabalhos ainda mais aplicados para resolução de problemas ambientais.
Um dos principais referenciais teóricos da avaliação de paisagens fragmentadas é a teoria da biogeografia de ilhas. Isso ocorre porque, quando aplicado a paisagens terrestres, podemos considerar que os fragmentos de mata se assemelham a ilhas em meio a uma matriz, que é inadequada para a sobrevivência das espécies que vivem no fragmento e por isso pode limitar a movimentação desses animais na paisagem. 
Tudo isso pode aumentar a chance de extinção e reduzir a possibilidade deimigração. Sendo assim, a matriz do entorno do fragmento agiria como um filtro seletivo, e não como barreira absoluta para os movimentos das espécies através da paisagem, e o tipo de vegetação na matriz determinaria a permeabilidade desse filtro para os movimentos. E, quanto mais semelhante a vegetação da matriz for da vegetação do fragmento, mais permeável ela será. Dessa forma, o quanto uma paisagem facilita ou dificulta o movimento entre fragmentos é denominado grau de conectividade.
Aliado à teoria de biogeografia de ilhas, o conceito de metapopulações é fundamental no estudo da Ecologia de paisagens, pois são conjuntos de populações locais conectadas por indivíduos que dispersam entre si. Ou, em uma definição mais recente, um conjunto de populações locais dentro de uma área maior, onde a migração de uma população local para ao menos outra é possível. 
FRAGMENTAÇÃO DA PAISAGEM, EFEITO DE BORDA E CORREDORES ECOLÓGICOS
O processo de fragmentação consiste na transformação de uma paisagem natural contínua em manchas de habitat original, com graus de isolamento distintos e condições ambientais diferenciadas no seu entorno. O processo de fragmentação pode ocorrer naturalmente e em diferentes escalas no tempo.
Fragmentações decorrentes de alterações climáticas ocorrem predominantemente em escalas temporais maiores e resultam em grandes fragmentos de vegetação original. Já os processos de fragmentação causados pela atividade humana tendem a originar fragmentos relativamente pequenos e podem ocorrer tão rapidamente que as comunidades vegetais e animais não conseguem se adaptar a essas mudanças, resultando na extinção de populações e até mesmo de espécies.
Manchas de habitat
No processo de fragmentação, damos o nome de manchas às áreas isoladas de determinado habitat.
Uma mancha corresponde a uma área não linear cuja aparência difere das áreas vizinhas. As manchas podem variar em tamanho, forma, aspecto e características da fronteira, e correspondem a comunidades de plantas que se distinguem das outras que as circundam. A formação das manchas deve-se muitas vezes a perturbações que destroem os habitat. Tais perturbações podem ter origem natural como tornados, cheias, deslizamentos ou mesmo incêndios. As perturbações também podem ser de origem antrópica, como a construção de uma estrada, fogo, criação de uma pastagem etc.
Matriz
A matriz é a unidade dominante da paisagem. Trata-se da principal estrutura em que as outras estruturas da paisagem estão inseridas. A caracterização da paisagem deve-se não só à sua estrutura, mas também à sua constituição, assim como à distribuição espacial das manchas.
Efeito de borda
O processo de fragmentação impõe a criação de uma borda de floresta onde ela não existia anteriormente. Diferentemente das zonas naturais, em que existe um gradiente natural de limites entre dois habitat, a borda consiste em uma quebra abrupta da paisagem, separando um habitat de outro. O efeito de borda nos fragmentos pode ser definido como a influência do meio externo à parte mais marginal da área florestada. Ele ocorre devido às alterações bióticas e abióticas que estão presentes na área circundante ao fragmento, resultando em alterações físicas e estruturais ao longo da borda.
Corredores ecológicos
Corredores ecológicos ou corredores de biodiversidade são áreas que unem fragmentos florestais ou unidades de conservação separados por interferência humana. O objetivo do corredor ecológico é permitir o livre deslocamento de animais, a dispersão de sementes e o aumento da cobertura vegetal.
Ele reduz os efeitos da fragmentação dos ecossistemas ao promover a ligação entre diferentes áreas e permitir o fluxo gênico entre as espécies da fauna e da flora. Esse trânsito permite a recolonização de áreas degradadas, em um movimento que, de uma só vez, concilia a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento ambiental na região.
Consequências da fragmentação
A fragmentação de habitat é indicada como uma das maiores ameaças às espécies e uma das causas de perda da diversidade biológica mais citadas atualmente. Mudanças das condições ambientais, como temperatura e umidade do solo e ar dentro da floresta, podem levar a uma alteração nas taxas de crescimento de plantas. Já o grau de isolamento e os processos de colonização e extinção afetam a riqueza de espécies locais. Mesmo quando o grau de isolamento é baixo, os animais que precisam migrar pela matriz até outro fragmento estão à mercê de diversos riscos, como a predação por aves de rapina e animais domésticos, o atropelamento e a caça.
BIOGEOGRAFIA DE ILHAS
A teoria propõe, basicamente, que a riqueza de espécies em uma ilha é mantida em um equilíbrio entre migrações e extinções – com espécies continuamente sendo substituídas e que, por sua vez, dependem de dois fatores: o tamanho da ilha e seu grau de isolamento.
Com relação ao grau de isolamento, as taxas de imigração tendem a ser maiores em ilhas mais próximas do que em ilhas mais distantes, pois quanto maior a proximidade, maiores as chances de espécies colonizadoras alcançarem a ilha. As taxas de extinção, por sua vez, tendem a aumentar quanto maior for o número de espécies residentes na ilha, provavelmente pelo aumento da exclusão competitiva. A extinção também tende a ser maior em ilhas pequenas, possivelmente em razão da exclusão competitiva ou do tamanho reduzidos das populações, pois populações menores têm maior risco de serem extintas.
A biogeografia de ilhas fornece arcabouço teórico que justifica o tamanho ideal de uma área de proteção que pode incluir não só uma área contínua, mas também fragmentos de onde possam vir espécies migrantes.
A teoria de metapopulações fornece informações sobre como devem agir as populações dessa área e a melhor forma de manter uma ligação entre elas.
A Ecologia de paisagens une todo esse conhecimento em uma perspectiva maior, incluindo variáveis geográficas e climáticas e, assim, temos o melhor desenho de uma área para ser preservada.
FIM DO MÓDULO 2
MÓDULO 3
ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO E MANEJO DA VIDA SILVESTRE:
IN SITU, EX SITU E INTER SITU
Conservação in situ
A melhor estratégia para proteção da diversidade biológica a longo prazo é a preservação das comunidades naturais e das populações no ambiente selvagem, conhecida como preservação in situ ou preservação local.
A conservação in situ é ideal quando a população a ser protegida ainda é grande ou ocorre em áreas protegidas. No Brasil, temos diversos projetos cujo foco principal é a conservação in situ, como o Projeto Baleia Jubarte e o Projeto Papagaio-Chauá.
Conservação ex situ
A conservação in situ pode não ser eficiente para pequenas populações ou para o caso de todos os indivíduos remanescentes se encontrarem fora das áreas protegidas.
Para grupos com menos espécimes e grandes exigências de espaço, como os grandes vertebrados, é provável que a única maneira de se evitar que as espécies se tornem extintas seja manter os indivíduos em condições artificiais sob a supervisão humana. Instalações ex situ para preservação animal incluem zoológicos, fazendas com criação de caça, aquários e programas de criação em cativeiro.
Conservação inter situ
A conservação inter situ é uma estratégia intermediária que combina elementos, tanto de conservação in situ quanto de conservação ex situ.
Nesse modelo de conservação são feitos o monitoramento intensivo e o manejo de populações de espécies raras e ameaçadas em pequenas áreas protegidas. Tais populações estão ainda, de certa forma, em nível selvagem, porém a intervenção humana pode ser usada ocasionalmente, para evitar o declínio da população. Um exemplo é o projeto mico-leão-dourado, em que indivíduos reproduzidos em cativeiro foram reintroduzidos em áreas de proteção ambiental onde a espécie estava quase extinta.
MANEJO DE HABITAT
O manejo do habitat consiste em modificações do ambiente que visam ao seu enriquecimento ou à sua adequação a situações de interesse. Por meio da manipulação do habitat, pode-se aumentar ou reduzir a capacidade de suporte dos animais residentesde determinada área, fazendo com que a população passe a flutuar próximo às densidades desejadas. O manejo do habitat pode implicar a recuperação da mata ciliar, oferta de um item alimentar, colocação de barreiras físicas – como cercas vivas e alambrados – que limitam o acesso dos animais a determinada área ou a um recurso. Esse tipo de manejo evita a manipulação direta dos animais e pode ser mais eficiente no controle de populações em desequilíbrio ecológico.
MÉTODOS DE ACOMPANHAMENTO E LEVANTAMENTO POPULACIONAL DAS ESPÉCIES EM MANEJO
Tamanho populacional
Densidade absoluta - Indica o número de indivíduos por unidade de área, ou mesmo volume. Por exemplo, o número de jacarés em um lago.
Densidade relativa - Indica valores que estimam indiretamente a presença de variações temporais e espaciais das populações, como o número de indivíduos pelo tempo de amostragem, o número de indivíduos por quilômetro percorrido ou mesmo o número de avistamentos ou sinais por quilômetro percorrido. Por exemplo, a taxa de avistamento de antas ao longo de trajetos de 5km em uma área de preservação.
A distribuição dos organismos no espaço
DISPERSÃO HOMOGÊNEA OU UNIFORME
Os indivíduos de uma população estão distribuídos mais ou menos uniformemente.
Exemplo: as plantas que secretam toxinas para inibir o crescimento de indivíduos nas proximidades, um fenômeno chamado de alelopatia.
Também podemos encontrar a dispersão uniforme na espécie animal onde os indivíduos vigiam e defendem seus territórios.
DISPERSÃO AGRUPADA OU AGREGADA
Os indivíduos são encontrados aglomerados, em grupos.
Exemplos: animais que vivem em grupos, como cardumes de peixes ou manadas de elefantes.
Dispersões agrupadas também acontecem em habitat que são desiguais, com apenas algumas manchas adequadas para viver.
DISPERSÃO ALEATÓRIA
Os indivíduos estão distribuídos aleatoriamente, sem um padrão previsível.
Exemplo: as flores e outras plantas que têm suas sementes dispersadas pelo vento. Elas se espalham amplamente e brotam onde caem, desde que o ambiente seja favorável, com solo, água, nutrientes e luz suficientes.
Fatores envolvidos no crescimento populacional
Podemos considerar que a população cresce quando indivíduos novos chegam a essa população por imigração, e que a população diminui quando indivíduos deixam essa população por emigração.
Emigrar significa deixar o local de origem e se estabelecer em outro lugar.
Imigrar é o fenômeno protagonizado pelo mesmo indivíduo, mas visto pela perspectiva do local aonde ele chega.
Métodos de acompanhamento populacional
Os métodos mais comuns de amostragem no estudo de Ecologia de Populações são de lotes de amostras, como a contagem de indivíduos arbóreos dentro de parcelas de tamanho padronizado; de transectos, por métodos baseados em monitoramentos ao longo do tempo; e os métodos de captura e recaptura.
O método de captura e recaptura é o mais usado no acompanhamento de populações de animais. Esse método envolve a amostragem de marcação e uma amostragem de recaptura e pode ser feita tanto com plantas como com animais.
O método mais simples foi desenvolvido por C. G. J. Petersen em 1898 e usado pela primeira vez por F. C. Lincoln em 1930, motivo pelo qual é conhecido como método Lincoln & Petersen. Ele envolve uma sequência de ações:
CAPTURA (primeira amostragem) MARCAÇÃO SOLTURA RECAPTURA (segunda amostragem)
O intervalo de tempo entre as duas amostragens deve ser curto, pois assumimos no uso desse método que uma população é fechada, ou seja, não pode haver mortes, nascimentos ou migrações.

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